0 Sustentabilidade Resumo Para Estudo

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SUSTENTABILIDADE RESUMO DE ESTUDO PROBLEMÁTICA A partir da década de 1960, a crescente urbanização e a conseqüente degradação da qualidade de vida nas cidades colocaram em pauta diversas questões, entre elas moradia, infra-estrutura, saneamento básico e meio ambiente. O processo acelerado de urbanização associado a uma produção e reprodução de desenvolvimento pautado no crescimento econômico, acumulação de capital e mais recentemente marcado pela força da globalização, tem acarretado um impacto sobre os recursos naturais básicos, gerando problemas de ordem ambiental, social, cultural, econômico e político nas cidades. Viver na cidade tem se tornado insustentável. Em muitos países, os recursos têm diminuído, os custos de moradia têm se elevado, assim como o número de moradores vivendo em condições de pobreza, especialmente no meio urbano. Se por um lado, as cidades representam locais de oportunidades e de crescimento, por outro, o acelerado crescimento de populações urbanas, em especial nos países em desenvolvimento, se defrontam com recursos decrescentes para acompanhar o rápido processo de urbanização. Diante destes impasses evidenciados por enormes déficits habitacionais, de infra-estruturas e deterioração das condições ambientais, percebeu-se que o desenvolvimento deveria ter conotação que ultrapassasse o aspecto econômico, englobando outras dimensões

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Resumo para estudo

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SUSTENTABILIDADERESUMO DE ESTUDO

PROBLEMTICA

A partir da dcada de 1960, a crescente urbanizao e a conseqente degradao da qualidade de vida nas cidades colocaram em pauta diversas questes, entre elas moradia, infra-estrutura, saneamento bsico e meio ambiente. O processo acelerado de urbanizao associado a uma produo e reproduo de desenvolvimento pautado no crescimento econmico, acumulao de capital e mais recentemente marcado pela fora da globalizao, tem acarretado um impacto sobre os recursos naturais bsicos, gerando problemas de ordem ambiental, social, cultural, econmico e poltico nas cidades. Viver na cidade tem se tornado insustentvel. Em muitos pases, os recursos tm diminudo, os custos de moradia tm se elevado, assim como o nmero de moradores vivendo em condies de pobreza, especialmente no meio urbano. Se por um lado, as cidades representam locais de oportunidades e de crescimento, por outro, o acelerado crescimento de populaes urbanas, em especial nos pases em desenvolvimento, se defrontam com recursos decrescentes para acompanhar o rpido processo de urbanizao.Diante destes impasses evidenciados por enormes dficits habitacionais, de infra-estruturas e deteriorao das condies ambientais, percebeu-se que o desenvolvimento deveria ter conotao que ultrapassasse o aspecto econmico, englobando outras dimenses indispensveis qualidade de vida e incluindo o governo e os atores sociais e privados na construo deste desenvolvimento.Assim, inicia-se a reflexo em diversos campos da cincia sobre um novo conceito de desenvolvimento, capaz de gerar o menor impacto possvel ao ambiente e seus reflexos na vida social urbana. O desenvolvimento sustentvel surge, ento, como tentativa de resposta ao desafio de dar conta do processo dinmico de vida nas cidades.

CONCEITOS DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTVEL - UM PERCURSO HISTRICO

O CLUBE DE ROMA - 1972A busca por um novo conceito e paradigma regente do desenvolvimento surgiu em meados do sculo XX, quando o crescimento exponencial da populao colocou em alerta um grupo de pessoas (cientistas, educadores, economistas, funcionrios pblicos) que, representando 10 pases, reuniram-se na Accademia dei Lincei, em Roma, dando origem ao Clube de Roma, em 1972. Foi dada, assim, origem ao Projeto sobre o Dilema da Humanidade com objetivo de examinar problemas inter-relacionados e comuns a todas as sociedades: pobreza e abundncia, deteriorao do meio ambiente, no confiana nas instituies, expanso urbana, insegurana no emprego, alienao da juventude, rejeio aos valores tradicionais, inflao e outros problemas econmicos.AS CONFERNCIAS DA ONU, A PARTIR DE 1972No mesmo ano, o ento secretrio geral da ONU- Kurt Waldheim- passa a tentar exercer o papel de mediador entre os interesses das grandes potncias e os do Terceiro Mundo, inaugurando e participando uma srie de conferncias sobre problemas mundiais emergentes. CONFERNCIA DA ONU SOBRE MEIO AMBIENTE - 1972A reunio de Founex o marco inicial da virada conceitual e do surgimento de um novo paradigma. Convocada como parte do processo preparatrio para a Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente de 1972 e projetada para explorar a relao entre meio ambiente e desenvolvimento, resultou no Relatrio Founex, que rejeitou as abordagens reducionistas representadas pelo ecologismo intransigente e pelo economicismo de viso estreita.A Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, Junho de 1972, e conhecida como Conferncia de Estocolmo, abordou, ento, problemas ambientais decorrentes da poluio atmosfrica, crescimento populacional e crescimento versus desenvolvimento. Tanto o Relatrio Founex como a Declarao de Estocolmo de 1972 transmitiram uma mensagem de esperana sobre a necessidade e a possibilidade de se projetar e implementar estratgias ambientalmente adequadas, para promover um desenvolvimento scio-econmico equitativo, batizado por alguns pesquisadores como desenvolvimento sustentvel.SURGIMENTO DE PROPOSTAS CONCEITUAIS-1974Assim, em 1974, surge a proposta do ecodesenvolvimento, formulada por intelectuais como Sachs, Leff e Strong, que incorpora, alm das questes econmicas e sociais; as questes culturais, polticas e ambientais, noo de desenvolvimento.I CONFERNCIA DA ONU SOBRE OS ASSENTAMENTOS HUMANOS - 1976J em 1976, em Vancouver, Canad, a ONU realiza a I Conferncia das Naes Unidas para os Assentamentos Humanos, conhecida como Conferncia de Vancouver ou Conferncia Habitat I, dando origem ao Programa Habitat, programa das Naes Unidas para os assentamentos humanos (ONU-Habitat), com sede estabelecida em Nairbe, Qunia. A Declarao de Vancouver e o Plano de Ao de Vancouver foram os documentos resultantes do Habitat I. Aps esta conferncia, a agncia ONU-HABITAT, passa a implementar a Agenda Habitat (plano de ao global que passou a ser adotado pela comunidade internacional a partir da II Conferncia sobre a mesma temtica, realizada em 1996.CONFERNCIA DA ONU SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO HUMANO - 1992Todavia, o termo 'sustentvel' aparece pela primeira vez no relatrio do processo preparatrio para a Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano, produzido pela Comisso Brundtland (Comisso Mundial sobre o meio ambiente e desenvolvimento), conhecido como Nosso Futuro Comum e divulgado a partir de 1987. O termo apresentado no relatrio, tambm conhecido como Relatrio Brundtland, encerra a tese-chave de que possvel desenvolver sem destruir o meio ambiente e prope que todos os pases se unam para evitar a catstrofe global: degradao crescente no s das grandes cidades industriais, onde primeiro se fizeram sentir os efeitos da destruio ambiental, mas do ambiente global (atmosfera, florestas, oceanos). Neste documento, assentou-se: desenvolvimento sustentvel aquele que atende s necessidades do presente sem comprometer a possibilidade de as geraes futuras atenderem as suas prprias necessidades. Apesar do seu alto grau de generalizao, de tal conceito se infere que a satisfao das necessidades e das aspiraes humanas o principal objetivo do desenvolvimento.A Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento Humano veio a ser realizada no Rio de Janeiro, Brasil, em 1992, ficando conhecida como Rio-92 ou ECO-92 e resultando no documento Agenda 21. O documento critica o ento modelo de desenvolvimento econmico, considerado injusto socialmente e perdulrio (desregrado, depredador) do ponto de vista ambiental. Rene o conjunto de premissas e de recomendaes sobre como as naes devem agir para alterar seu vetor de desenvolvimento em favor de modelos sustentveis, apontando como via poltica para tal mudana a democracia participativa, com foco na ao local e na gesto compartilhada dos recursos. possvel notar que as premissas da Agenda 21 encontram fundamentao na proposta conceitual de Ignacy Sachs. Sachs faz uma proposta para a definio do contedo da palavra desenvolvimento partindo da seguinte hierarquizao: o social no comando, o ecolgico enquanto restrio assumida e o econmico recolocado em seu papel instrumental. A essas trs principais dimenses da sustentabilidade social, ecolgica e econmica ele acresce a cultural e a espacial. Com vistas a transformar tais dimenses em critrios objetivos de poltica pblica, Roberto Pereira Guimares, autor brasileiro que tem contribudo para o entendimento da temtica, adiciona a essas a dimenso ambiental, demogrfica, poltica e institucional. II CONFERNCIA DA ONU SOBRE OS ASSENTAMENTOS HUMANOS - 1996Dando continuidade ao Programa Habitat e corroborando para a maturao do conceito de desenvolvimento sustentvel, a ONU realiza a II Conferncia das Naes Unidas para os Assentamentos Humanos, em Istambul, Turquia, 1996, que ficou conhecida como Habitat II ou Cpula das Cidades e seguiu a tnica da ECO-92. O Habitat II resultou no documento Agenda Habitat, que enfatizou recomendaes da Agenda 21, expressando que a sustentabilidade do planeta passa pela sustentabilidade das cidades. O documento foi aprovado por consenso pelos 171 pases participantes da conferncia.A misso da Agenda Habitat o atendimento aos objetivos: (1) moradia adequada para todos e (2) desenvolvimento de assentamentos humanos sustentveis em um mundo em urbanizao.Os fatores definidores de habitabilidade prescritos na Agenda so: garantia de posse das habitaes, estabilidade da estrutura fsica das residncias, integrao das habitaes com a estrutura urbana, acesso infra-estrutura bsica (gua, saneamento e tratamento de resduos) e custo acessvel para todos, o que no implica o valor de mercado como fator definidor.AGNCIA HABITAT NOS DIAS DE HOJEAtualmente, a Agncia Habitat est diretamente relacionada com a Declarao do Milenium, particularmente focada nas metas dos Estados-Membros para melhorar a vida de pelo menos 100 milhes de moradores de favela at o ano 2020. Sua viso estratgica abrange 4 questes visando atingir a meta de Cities without Slums (Cidades sem favelas): normas legais globais, anlise de informaes, campo de testes de solues e de financiamento, definindo-se desta forma as 4 principais funes atribudas agncia: pesquisa e monitoria, poltica de desenvolvimento, capacitao e financiamento para habitao e desenvolvimento urbano.A III Conferncia da ONU sobre Moradia e Desenvolvimento Urbano Sustentvel, Habitat III, dever ocorrer em Quito, Equador, em 2016, para a qual j se processam as discusses preparatrias.CONSIDERAES FINAISO que se depreende da srie de conferncias da ONU bem como das intervenes de vrios autores que o conceito de desenvolvimento sustentvel est em processo de construo, avanando frente aos desafios impostos pela necessidade cada vez mais urgente de medidas e intervenes capazes de atender s necessidades do presente garantindo s geraes futuras o atendimento as suas prprias necessidades, dados os danos ambientais da vida na cidade provocados pelo modelo de urbanizao e desenvolvimento processados no decorrer dos ltimos anos. Contudo, pode-se identificar duas noes j norteadoras da construo deste conceito: a sustentabilidade num enfoque ampliado e a sustentabilidade num enfoque progressivo.

SUSTENTABILIDADE AMPLIADAO sustentabilidade ampliada consiste no entendimento de interdependncia entre as variadas dimenses da sustentabilidade, j que atender s necessidades do presente garantindo s geraes futuras o atendimento as suas prprias necessidades implica o uso controlado ou limitado dos recursos naturais, a adoo de fontes renovveis de energia nos processos de produo, a superao da pobreza e equidade social, a satisfao das necessidades bsicas de alimentao, sade e habitao, a organizao equilibrada do espao, alm da sinergia entre poder pblico, agentes privados e populao como via poltica para a gesto da cidade. Como se v, esto envolvidas todas as dimenses da sustentabilidade apontadas nos referenciais tericos. Principais dimenses da sustentabildiade:Dimenso ecolgica Este conceito aborda a natureza externa ao ser humano e a concepo de que quanto mais modificaes realizadas pelo homem na natureza menor sua sustentabilidade ecolgica e quanto menor a interferncia humana na natureza, maior sua sustentabilidade.Objetiva a conservao e uso racional do estoque de recursos naturais incorporados s atividades produtivas.Atingvel com medidas como a limitao do uso de recursos no renovveis substituindo-os por recursos ou produtos renovveis e/ou abundantes e ambientalmente inofensivos; reduo do volume de resduos e de poluio, por meio da conservao e reciclagem de energia e recursos; autolimitao do consumo material pelos pases ricos e pelas camadas sociais privilegiadas em todo o mundo; intensificao da pesquisa de tecnologias limpas, com eficiente utilizao dos recursos para promoo do desenvolvimento urbano, rural e industrial; alm da definio de regras para proteo ambiental.Dimenso ambientalJ a sustentabilidade ambiental preza pelo respeito capacidade de autodepurao dos ecossistemas naturais, ou seja, est relacionada capacidade de absoro e recuperao das agresses derivadas da ao humana, e no pela preservao do potencial do capital natureza na sua produo de recursos renovveis como ocorre com a sustentabilidade ecolgica.Dimenso socialObjetiva promover a melhoria da qualidade de vida e a reduzir os nveis de excluso social por meio de polticas de justia redistributiva. Distribuio de renda justa e promoo da igualdade no acesso aos recursos e servios sociais.Dimenso culturalNecessidade de manter a diversidade de culturas, valores e prticas que integram ao longo do tempo as identidades dos povos, bem como acompanhar as suas transformaes.Dimenso polticaTrata da participao democrtica na tomada de decises, est relacionada, portanto, construo da cidadania plena dos indivduos por meio do fortalecimento dos mecanismos democrticos de formulao e implementao de polticas pblicas.Dimenso espacialObjetiva a obteno de uma configurao rural-urbana mais equilibrada e a uma melhor distribuio territorial dos assentamentos humanos e das atividades econmicas.Dimenso econmicaEstabelece que a eficincia econmica deve ser avaliada em termos macrossociais, e no apenas atravs do critrio da rentabilidade empresarial de carter microeconmico.Outras dimenses: psicolgica, demogrfica, planetria, institucional.

SUSTENTABILIDADE PROGRESSIVAInfere que a sustentabilidade deve ser um processo pragmtico, no estacionrio, mas contnuo e evolutivo.A AGENDA 21 A Conferncia das Naes Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento, Rio-92, resultou na aprovao do documento Agenda 21.Agenda 21 Pacto de compromisso com um modelo de civilizao onde predomine equilbrio ambiental e justia social A problemtica social urbana e a problemtica ambiental das cidades (desenvolvimento e conservao ambiental) foram estabelecidas como um binmio indissolvel, compatibilizando duas grandes aspiraes do presente sculo: Direito ao desenvolvimento Direito ao usufruto da vida em ambiente saudvel pelas futuras geraes Representa um novo paradigma de desenvolvimento, o desenvolvimento sustentvel, como uma reinterpretao do conceito de progresso, cuja avaliao passa a ser medida por indicadores de desenvolvimento humano, e no indicadores econmicos de acumulao de riqueza. D aos governos prerrogativas e responsabilidade de desenvolver as agendas 21 locais. AGENDA 21 BRASILEIRAAGENDA 21 BRASILEIRA processo de planejamento participativo diagnstico e anlise da situao do pas, regies, estados e municpios, como requisito para o planejamento do desenvolvimento sustentvel capaz de atender realidade local foi instituda a comisso das polticas de desenvolvimento sustentvel e da Agenda 21: Governo FHC. METODOLOGIA para a construo da Agenda 21 Brasileira: Seleo de reas temticas Proposio de instrumentos capazes de induzir o desenvolvimento sustentvel TEMAS DEFINIDOS NA ABORDAGEM DA AGENDA 21 BRASILEIRA Agricultura sustentvel Cidades Sustentveis Infra-estrutura e Integrao Regional Gesto dos Recursos naturais Reduo das desigualdades sociais Cincia e Tecnologia para o desenvolvimento sustentvel

DAS CIDADES SUSTENTVEIS Documento elaborado pelo Consrcio 21. Tem como objetivo geral subsidiar a elaborao da Agenda 21 Brasileira Incorpora os principais objetivos da Agenda 21 e da Agenda Habitat Marco terico: noo de cidades sustentveis a partir da sustentabilidade ampliada e sustentabilidade progressiva. As propostas de induo do desenvolvimento sustentvel para o tema Cidades Sustentveis foram consolidadas e ordenadas em 4 estratgias de sustentabilidade urbana, identificadas como prioritrias para o desenvolvimento das cidades brasileiras:

Para cada estratgia h a proposio de instrumentos capazes de atender ao seu objetivo e induzir, assim o desenvolvimento urbano sustentvel. (para aprofundamento, pginas 16 a 18 do documento Cidades Sustentveis).Novos marcos da Gesto Urbana pginas 31 a 34 do documento Cidades Sustentveis.Observadas as estratgias da temtica Cidades Sustentveis, nota-se que essas so atendidas tendo como objeto da ao tanto o urbano, como o edifcio na cidade, advindo a idia de Arquitetura Sustentvel.

ARQUITETURA SUSTENTVELA indstria da construo civil o setor que mais consome recursos naturais e utiliza energia de forma intensiva, de acordo com o Conselho Internacional da Construo (CIB). Alm disso, o setor responsvel ainda por impactos associados gerao de resduos slidos, lquidos e gasosos de acordo com dados do conselho, mais de 50% do lixo gerado pela atividade humana proveniente da construo.Na busca para mitigar esses danos, surgiu o coneito da construo sustentvel, que busca substituir os produtos e processos que agridem o meio ambiente por produtos e processos sustentveis. Inserida no contexto da construo sustentvel, a arquitetura sustentvel preconiza que uma construo deve alterar minimamente o meio ambiente em que est inserida. Para isso, utilizando a maior quantidade possvel de elementos de origem natural, procurando garantir um aproveitamento racional dos recursos necessrios para iluminar e ventilar os ambientes; de forma a reduzir os desperdcios nessas reas. Alm disso, a arquitetura sustentvel deve preocupar-se com o uso de materiais certificados e que venham de fornecedores legalmente estabelecidos e que professem as mesmas crenas em relao diminuio dos impactos ambientais e das emisses de gases poluentes. tambm freqente o uso de materiais considerados ecologicamente correto, como os reciclados ou os oriundos de projetos sociais. Depois de tudo; ainda h um estudo detalhado de como se portar a construo e de como sero tratados os resduos gerados por ela; de forma a no afetar (ou reduzir drasticamente esse efeito) o ambiente que circunda o imvel. Aplica tcnicas de projeto sustentvel arquitetura e est relacionada ao conceito de edifcio verde (ou arquitetura verde). PROJETO SUSTENTVEL ecologicamente correto (dimenso ecolgica e ambiental da sustentabilidade) socialmente justo (dimenso social, poltico, cultura, espacial) economicamente vivel (dimenso econmica)TCNICAS DE PROJETO E PRTICAS UTILIZADAS NA ARQUITETURA SUSTENTVEL ARQUITETURA VERDE - EDIFCIO VERDEEdifcio Verde a prtica de aumentar a eficincia de edifcios, reduzindo o impacto da construo sobre a sade humana e o ambiente, atravs da melhor localizao, projeto, construo, operao, manuteno, e remoo o ciclo completo de vida til do edifcio.Enfatiza tirar vantagem de recursos naturais e renovveis.Como parte da eficincia energtica no edifcio, tambm h que se considerar a anlise da energia embutida nos materiais, atravs do seu ciclo de vida; desde a sua produo, processo, incorporao na obra, e reciclagem posterior.Existem vrios passos no projeto de um edifcio sustentvel: especificar materiais verdes de fontes locais, reduzir as cargas, otimizar os sistemas e gerar energia renovvel no local etc.Os materiais considerados verdes incluem materiais renovveis e outros que so no txicos, reutilizveis ou reciclveis. Os materiais de construo devem ser extrados e manufaturados localmente para minimizar a energia embutida em seu transporte.Alm da indicao de uso correto da edificao e do comportamento adequado dos seus ocupantes para a garantia da sustentabilidade de um edifcio[footnoteRef:2], alguns aspectos principais podem ser destacados na dimenso ambiental e considerados como premissas norteadoras da elaborao de um projeto de arquitetura sustentvel: [2: Uma edificao que foi projetada para ser energeticamente eficiente pode falhar no seu objetivo se os ocupantes tiverem um comportamento de desperdcio energtico.]

Princpios com foco na GUA, enquanto recurso natural essencial vida humana e em atual crise de poluio e esgotamento: Uso racional da gua, implicando a reduo: da quantidade de gua extrada em fontes de suprimento; da demanda por gua tratada e do desperdcio de gua. Permeabilidade do solo, garantindo absoro do excesso das guas da chuva pelo solo. Reuso das guas-cinzas (proveniente de mquinas de lavar louas ou roupas) e aproveitamento de guas pluviais, atravs da captao, armazenamento, tratamento (no caso das guas cinzas) e disponibilizao para uso em fins no potveis: descargas sanitrias, mquinas de lavar roupa, rega de jardim e lavagem de quintais ou automveis. Limitao do uso de gua tratada para irrigao e descarga, procurando para esses fins o aproveitamento da gua da chuva ou das guas-cinzas. Reduo na demanda de gua tratada, atravs da mudana de hbitos, do aproveitamento de guas pluviais, reuso das guas cinzas e utilizao de equipamentos de baixo consumo de gua. Introduo de equipamentos economizadores de gua (bacias sanitrias e dispositivos de descargas acopladas que demandam menor volume de gua, torneiras de lavatrios e cozinhas acionadas por sensor ou com tempo de fluxo determinado, chuveiros com dispositivos limitadores de vazo). Princpios com foco na ENERGIA necessria produo e operao de um edifcio: Otimizao da eficincia energtica (obteno de um servio com baixo dispndio de energia), atravs do bom desempenho trmico da edificao: uso de aparelhos energeticamente eficientes (trazem o menor impacto possvel sobre o ambiente e a vida humana); aproveitamento da iluminao natural (aberturas verticais/janelas e iluminao zenital); uso racional da iluminao artificial e incorporao de sistemas de iluminao eficientes (substituio das lmpadas incandescentes pelas fluorescentes compactas ou comuns, uso de minuterias, sensores de presena, luminrias mais eficientes e reatores eletrnicos so algumas dessas medidas); controle no uso de vidros, atendendo para a especificao (evitando-se uso de vidros e pelculas absorventes em climas quentes e optando-se por vidros reflexivos, duplos ou triplos com tratamento de baixa emissividade) e localizao adequados ao controle (reduo ou aproveitamento) da transmitncia trmica; medidas para controle da transmitncia trmica das paredes (menor insolao possvel em climas quentes e uso de materiais de construo e acabamentos adequados para a reduo ou aproveitamento das cargas trmicas), janelas (localizao e especificao de vidros adequados, quando for o caso) e coberturas (uso de materiais de maior reflexo radiao solar ou mesmo a implantao do teto verde, quando o ideal for a reduo da transmisso de carga trmica para o interior da edificao).Um edifcio mais eficiente energeticamente que outro quando proporciona as mesmas condies ambientais com menor consumo de energia.

Otimizao do sistema de aquecimento e resfriamento atravs da instalao de equipamentos eficientes e inspees regulares. Em certas condies climticas, o ar condicionado a interveno mais adequada para garantir o conforto trmico dos usurios. Alm do uso de equipamento e sistema eficiente, neste caso deve-se garantir a estanqueidade dos ambientes, evitando a infiltrao do ar exterior e optar por aparelhos mais eficientes. Alm disso, o projetista deve observar os cuidados requeridos na instalao do equipamento, no expondo-o ao sol e prevendo o isolamento trmico dos fechamentos da edificao. Em condies climticas onde a temperatura do exterior no ultrapassa os 10,5C, o aquecimento artificial aconselhvel. Neste caso, importante o bom isolamento trmico dos fechamentos, evitando a ventilao da cobertura, adotando aberturas com vidro duplo e tambm construindo paredes com materiais de baixa condutividade trmica. Tambm nesse caso necessrio evitar a infiltrao do ar externo. Orientao do edifcio de modo a aproveitar as brisas (ventilao e resfriamento natural com o emprego da ventilao cruzada sempre que possvel) e evitar a radiao solar excessiva, minimizando as cargas de energia e carga trmica na envoltria, medida bsica e essencial. Uso da vegetao como sombreamento e de protees solares em aberturas (atentando para sua influncia sobre a luz natural e visibilidade para o exterior), amenizando a insolao sobre a envoltria do edifcio e favorecendo o seu conforto trmico. O uso de rvores com folhas caducas pode ser uma soluo para o problema. Alm de sombrear a janela sem bloquear a luz natural, permite a incidncia do sol desejvel no inverno, quando ento as folhas tendem a cair. Uso da cor: cores escuras aplicadas nas superfcies exteriores podem incrementar os ganhos de calor solar, absorvendo maior quantidade de radiao. Isto pode ser til em locais onde h necessidade de aquecimento. As cores claras nas superfcies externas de uma edificao aumentam sua reflexo radiao solar, reduzindo os ganhos de calor pelos fechamentos opacos. No interior, cores claras refletem mais luz, podendo ser empregadas em conjunto com sistemas de iluminao natural ou artificial. Princpios com foco nos RECURSOS RENOVVEIS DE ENERGIA: A necessidade de se considerar o impacto sobre as fontes de energia um aspecto indiscutvel na produo da arquitetura sustentvel, considerando-se: o efeito estufa e sua conseqente ao direta nas mudanas climticas perigosas; a destruio da camada de oznio[footnoteRef:3] que, comprometida, passa a transmitir radiao ultravioleta, nociva vida animal e vegetal; a emisso de substncias e gases txicos, provocando a poluio do ar, da gua e do solo (fontes naturais de energia). H ainda que se considerar a poluio decorrente da disposio inadequada do lixo no ambiente. [3: As substncias que produzem a destruio da camada de oznio so produtos qumicos manufaturados-clorofluocarbonos, encontrados em larga escala entre os materiais usados na construo civil: espumas plsticas, lquidos refrigerantes dos sistemas de refrigerao, solventes de limpeza, entre outros.]

Limitao e controle de uso das energias no renovveis, incorporando o uso de fontes renovveis de energia, como: energia solar (que pode ser captada e armazenada para aquecimento da gua- uso de coletores- ou mesmo para converso em energia eltrica uso de clulas fotovoltaicas incorporadas ao edifcio), elica (captao dos ventos atravs de turbinas gigantes que o convertem em energia eltrica) e biomassa; reduzindo o impacto do edifcio sobre as fontes esgotveis. Princpios com foco na GESTO DE RESDUOS DA CONSTRUO E DEMOLIO: A deposio irregular e o grande volume produzido so os principais problemas do ponto de vista ambiental acerca dos resduos da construo e demolio (RCD). Depositados irregularmente, causam enchentes, proliferao de vetores nocivos sade, interdio parcial de vias e degradao do meio ambiente urbano. Essas mesmas consideraes aplicam-se ao lixo urbano no proveniente das construes, mas da vida na cidade em si. Reduo da produo de resduos, com uso de tcnicas construtivas sustentveis; Reciclagem de resduos, cuja possibilidade vai depender de sua composio, de um modo geral constituda de: solos, materiais cermicos, materiais metlicos e materiais orgnicos. Sistemas adequados para a coleta e deposio do lixo residual. Uso de modulao na fase projetual reduz os desperdcios, constituindo-se medida na gesto dos RCD. A previso de coleta seletiva tambm uma medida de minimizao dos resduos na construo.

De um modo geral, buscam-se medidas que possam assegurar: Reuso da edificao; Reuso de recursos, especificando materiais de demolio e reciclados, quando apropriados ao uso; Uso de materiais de baixo impacto ambiental (baixa emisso de gases), sempre que possvel Uso de materiais e energias de rpida renovao.

MATERIAIS VERDES Visam o reaproveitamento de materiais e a reduo do uso abusivo de matrias primas no-renovveis bem como daquelas prejudiciais ao meio ambiente (emissoras de substncias qumicas ou gases poluidores- do ar, gua, solo, e danosos vida humana e animal). Seguem alguns materiais verdes:Blocos de entulho Blocos feitos a partir de entulhos modos. Reaproveitam os restos de construes demolidas ou de reformas. Estes podem receber vigas em seu interior ou no.Madeira Manufaturada- So tbuas de madeira feitas a partir de serragem e madeiras de construes demolidas e restos de madeira. Diminuindo assim o entulho resultante de construes.Blocos de pedra So blocos de pedra mesmo. Podem ser usados em construes no lugar dos blocos comuns.Madeira certificada Madeira certificada madeira extrada legalmente e que muitas vezes vem de rvores plantadas especialmente para este fim.Telhado Verde Pode-se colocar uma cobertura vegetal sobre o telhado, o que permite uma melhor regulao da temperatura interna da residncia, evitando desperdcios com aquecimento e resfriamento do local. O ecotelhado, como chamado, consegue absorver grande parte da gua das chuvas, o que pode ajudar a evitar enchentes. Ateno! Um telhado verde no pode ser feito de qualquer jeito. necessrio escolher bem a planta que ser usada (que necessitem de pouca poda e irrigao) e estruturar as camadas de terra que sero substrato para estas plantas. Tijolos de Terra (1) paredes estilo pau-a-pique: feitas com uma mistura de terra argilosa, gua e palha que colocada em uma estrutura de madeira tranada. Estas paredes podem levar reboque e outros acabamentos. (2) Tijolos adobe: so feitos com terra crua, gua e palha. Os tijolos adobe podem inclusive ser feitos no local da obra. Tijolos de terra em geral geram um bom conforto trmico e acstico. Outra opo so os (3) tijolos de terra-cimento ou blocos de terra comprimida, que levam terra, gua e um pouco de cimento. Geralmente no precisam de argamassa, e reduzem a utilizao de estruturas de ferro na construo.Mycobond- embalagem 100%biodegradvel, um polmero (plstico), composto de dejetos da agricultura e razes de fungos. Os seus criadores fundaram a Ecovative Design. Uso: embalagens de produtos, isolamento trmico e acstico.

Bellwether Materials: isolante feito com l de ovelha, que utiliza pouca energia na produo e seguropara pessoas, ambiente e animais. A l ainda absorve poluentes do ar e de difcil combusto em caso de incndio.

Tintas Ecodomus Matte:derivadas de minerais naturais, no contm toxinas e so hipoalergnicas, alm de impedir o surgimento de bactrias do mofo e absorver CO2.

Painis StormWall:sistema de paredes, piso e forro estruturais que substituem o uso de drywall. Absorvem mais de trs vezes a quantidade de CO2 emitida em sua cadeia de produo.Cobertura GR Green:restos de pedra calcria e plstico reciclado (garrafas de leite e sacolinhas plsticas) compem o produto de baixo custo de produo, longa durao (pelo menos 50 anos) e reciclvel.

Biobrick: uma espcie de tijolo fabricado a partir de microorganismos, no h emisso de CO2. Possuem custo e desempenho semelhantes alvenaria tradicional e podem ser usados em substituio a ela. Ecococon: painis de palha para construes pr-fabricadas de custo acessvel e bom isolamento. HaploBuilt: materiais biodegradveis ou reciclveis tambm utilizados em construes pr-montadas. Dispensam o uso de gua e podem ser desmontados e reutilizados em uma nova construoPainis ECOR:feitos de fibra de celulose, so fabricados em um ciclo que reutiliza 99,5% da gua necessria para a produo.

Dutch Design Initiative: painel reforado de cimento, madeira e l, resistente ao fogo, gua, a insetos, no apodrece e ainda por cima um isolante trmico e acstico.Tijolo ecolgico ele feito de terra e cimento (mistura de 88% de saibro- constituio de mais ou menos 70% de areia, e 12% de cimento - 6 sacos de cimento/milheiro) e, por isso, sua cura no envolve energia. No vai para o forno, deixando de utilizar lenha e emitir gases que causam o efeito estufa. feito em prensa hidrulica e curados com gua. Tem um formato autoencaixvel que permite um assentamento com pouca argamassa, dispensando qualquer tipo de acabamento, alm do rejuntamento com rejunte flexvel. Assim, economiza cerca de 70% do concreto e argamassa de assentamento e 50% de ferro, alm de diminuir o tempo de construo. Ainda, possui furos para auxiliar a rede hidrulica, eltrica e as estruturas de pilares; sua canaleta ecolgica serve para verga, contra-verga e vigueta. Cimento ecolgico conhecido como CPIII (cimento portland de alto forno), o produto reaproveita 70% do resduo gerado por diversas indstrias-siderrgicas, de fundio, termeltrica, carvo vegetal, e isso que confere a ele uma funo ecolgica. A substituio co clinquer por esses materiais reduz em 95% a emisso de gs carbono e em 80% o gasto de energiaem relao ao processo tradicional. Ainda, considerado uma opo mais estvel para as construes por ser mais durvel que os demais.Tintas minerais elas so feitas geralmente base de terra crua e emulso aquosa e no tm derivao de petrleo. Possuem baixa concentrao de compostos orgnicos volteis, os VOCs, que evaporam e danificam a camada de oznio. Telhas ecolgicas so telhas fabricadas com resduos slidos (embalagem longa vida), e possuem em sua composio predominante papel, plstico e metal. Por ser aluminizada, alm da durabilidade e resistncia, ela atua na reflexo da luz solar, deixando o ambiente mais fresco e agradvel.Bambu- O bambu uma matria-prima altamente sustentvel, pois abundante e renovvel. Seu rpido ciclo de renovao permite que seja colhido anualmente sem causar prejuzos natureza. muito resistente sendo uma opo ao ao, ao concreto e principalmente madeira, devido ao seu baixo custo, rapidez no processo de construo e manejo, alm de aspectos estticos.Forro Ecolgico: o projeto usa caixas de leite longa vida para revestir o teto. Os benefcios do projeto so a reduo do consumo de energia, o isolamento do calor, diminuindo a temperatura do ambiente em at 10 graus, e a contribuio para o meio ambiente.COB: composto de argila, areia e palha que, com custo praticamente nulo, permite a construo de casas dos mais diferentes tamanhos e formatos. Seu uso oferece uma aparncia mais rstica e, ao mesmo tempo, escultural. Em geral, as edificaes feitas com cob contam com paredes bastante grossas que conseguem realizar um timo trabalho de isolamento trmico, deixando a edificao quente no inverno e mais fresca em pocas de calor. Com isso, os moradores acabam dispensando utenslios como aquecedores, ventiladores e ares condicionados, economizando energia. Um dado curioso que, mesmo que feitas basicamente de barro, as casas construdas com cob resistem tranquilamente at nas regies mais midas sem necessitar de manuteno. Tijolo de isopor: minimiza o uso de materiais poluentes, a gerao de grandes montantes de resduos ao termino da obra e um material reciclvel. Custo 50% menor com relao ao tijolo convencional, tijolos de EPS classe F, especficos para construo, no geram combusto e nem propagam o fogo; oferece isolamento trmico possui vida til longa, leve, baixa absoro de gua, reduo no tempo da obra por ser de fcil manuseio e instalao, alm de serem resistentes contra choques e compresses.Tubulao verde: plstico verde extrado de etanol de cana-de-acar, desenvolvido pela brasileira Braskem. O plstico criado feito 100% de fontes renovveis, diferente do tradicional polietileno, de origem fssil. Utilizado para canalizar a gua at o esgoto e em substituio ao PVC.

ESTRATGIAS A NVEL URBANO Minimizao dos problemas de ilha de calor e impacto no microclima Um aspecto importante de planejamento urbano sustentvel o fornecimento de reas verdes em diversas escalas: playgrounds, parques pblicos e jardins em reas urbanas, reduzindo a poluio e criando zonas moderadoras do microclima local. A presena de gua e de vegetao modifica a umidade, a temperatura do ar, reduz a velocidade do vento, filtra a luz do sol, absorve o barulho e a poluio do ar. O uso da vegetao pode ainda reduzir o excesso de gua da chuva que escorre pela superfcie do solo uso de materiais reflexivos ou de cor clara (preferencialmente branco) nas superfcies das edificaes, pavimentos, estradas, contrabalanceando os efeitos da ilha de calor. Uso de materiais que permanecem frios no sol, so os chamados Cool Materials, que refletem a energia solar incidente de volta ao espao e podem ser utilizados para resfriar cidades inteiras. Os materiais utilizados em telhados so particularmente importantes. Nas coberturas, o conceito de cool roofs (telhados frios) compreende uso de materiais que refletem de maneira eficaz a energia do sol da superfcie do telhado. Os materiais neles usados (cool materials materiais frios) para telhados de baixa-inclinao so caracterizados principalmente por ser na cor branco brilhante. Os telhados frios devem tambm ter uma emissividade elevada, permitindo que emitam a energia infravermelha. Os telhados frios reduzem a temperatura de superfcie da cobertura, reduzindo desse modo o calor transferido ao interior do edifcio, bem como contribuindo para reduzir as ilhas urbanas de calor. gua e Resduos O manejo dos resduos e a conservao da gua so itens ligados entre si, j que o manejo malfeito do lixo e de resduos pode comprometer de maneira irreversvel a qualidade da gua. Deve-se evitar projetar caractersticas de paisagismo os quais usem gua potvel, assim como qualquer ao que levem a contaminao da gua. Para fins de reduzir o investimento e os custos de manuteno para o suprimento pblico de gua, sistemas de drenagem urbana, e sistemas de manejo de lixo e resduos, os projetos e regulamentos devem: Minimizar a demanda de gua adequada para o consumo; Minimizar a quantidade de gua usada, a ser tratada em sistemas mecnicos convencionais; Minimizar a produo de resduos slidos, particularmente aqueles no classificados. Adoo de sistemas que separam as guas cinzas das guas negras, de modo que aquelas possam ser tratadas (tratamento biolgico-tanque de zona de razes) antes de sua liberao para o esgoto. Reserva de faixas de cobrimentos permeveis e lagos, permitindo que a gua da chuva percole de volta ao solo (lenol fretico). Refugos domsticos e comerciais, lixos de rua, resduos de construo e demolio, processos industriais e outros tipos de resduos, juntamente com o esgoto apresentam problemas ambientais. Algumas estratgias adotadas na maioria dos pases europeus para minimizar esses impactos incluem: Reduo dos resduos na fonte; Reuso e Reciclagem de materiais, quando apropriados;Seleo e depsito seguro do lixo; Coleta seletiva de lixo (separao, coleta e reuso ou reciclagemUtilizao do lixo orgnico como fertilizante.

A arquitetura sustentvel, na escala do edifcio bem como do urbano, constitui a esperana de garantir uma sobrevida raa humana e uma oportunidade de termos cidades mais bem planejadas e capazes de lidarem com os seus resduos de forma correta e prtica. O edifcios sustentveis, por sua vez, representam uma economia imensa de recursos energticos e de gua, trazendo impacto positivo sobre o meio ambiente e sobre a cidade, bem como garantindo que esses recursos estejam disponveis para as geraes futuras.