0 Tudo peta· Rêpublíca!· -...

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ANO · 1V-NUIVIERD l.à33 ---- ------ - --- .. Lisboa -Terca•'leira ·, 20 de Uu'lubro. de 1925 . . ' PREÇO 20 CENTAVOS I .. . ... PROPRIEDADE DAS COMISSÕES DO P. R. P., EM LISBOA Travessa da Agua de Flõr, 33, 1. 0 -LISBOA + EDITOR: Raul das Ne. ves Lopes 1 Uirector-ANTONIO JOSÉ CORREIA + ----- TELEFONE 3476 N. + 't :l\11unci.0J!1 !.ª JOSOJ 1\ssinatuJ'as1 [..isboa. l ::: -+ P. hnha; 2. , ó$00; 5. , 5$00, Sec· tfOO; Pro9inc1as, tnmestre, lstOO; ' ção de 1inuncios <medida estreColónias, trimestre, 4i>$00; &. ta, $40 a Jinha.-Todas estas pu- 11 angeiro, trimestre, 90$00. ' l>licações si!ocontadaspelolino· Numero nvulso, r.lOcenta\101; + metrt> de corpo 6. -Repetições Depois do dia dnp11blicação U1 . ' + + IMPRESSÃO-Rua da Atalaia, 114 e 116 + CHEFE DE REDACÇÃO- JOSÉ DO VALE ADMINISTRADOR - MANUEL J, SANTOS + preço con\lencional. cema<ios. + ...... + + + + + ++ + ++ t + ++ + + + ++ ++·+++++++++++++++Hl Tudo peta · Rêpublíca! · Os republlca1aoa 1iao podem l"eailur: perante os alaq11ea e a acçiio dos n101iarquicoa de· vem ret101J1· •ar de a fim de manterem firmemente os aeiia poatoM para def eaa da Patria e da Bepublica. l.aao é para têlea Ul'Htl queatíio de principias e da ' 'tlig11idade peaaoal Em fac'Z do ·. inimigo N nao RENUNCIA. ... ....... ---- -- Tem se falado ultimamente na renuncia do sr. Presidente da Republica. Varios colegas se teem ocupado do caso, a que nós oão te mos ligado maior atenção, não porque ele não se• ja dos tais de importancia ma- xima, mas unicamente pelo re- putarmos de tal modo invero- símil, ou mesmo absurdo, que entendemos não dever avolu- · mar um boato, que nada pode ter de consistente e que com certeza foi gerado por querp tem grande vontade de manter e adensar um sinistro ambiente de grave mesmo á custa de quem deve estar aci .. ma de toda e qualquer especie de especulação. A renuncia do Chefe do Es• ... Mas como, porquê e com que razão ou leve motivo, sequer, a 1azer admitir, mesmo em mera hipotese? Não gosa o Senhor Presiden- te da Republica dos respe!tos gerais da Nação? Pequenas excepções de qual- quer condenavel exultação, po· derão explicar uma atitude de lmperdoavel defectismo, como quando a propria hoste repu· blicana que.de Sua Ex.ª lamen· tavelmente se afastava, tacita- mente, mas por modo a bem fa- zer-se ouvir, inteiramente abju- rou de um proposito que nunca poderia estar aos designios se• renos dos seus patrioticos obje· tivas e tão somente viver o mo· meato efemero de um irrepri- mivel desvario? Não. Cois1 alguma pode de qualquer forma suscitar a ideia dum acto que ficaria na Histo• ria como indelevel afirmação de fraqueza e até poderia dar aso a interpretações de imper .. doavel parcialismo, que não es· tá, nunca poder·a estar, no alto e alevantado espirita do cida• dão eminente a quem a Re· tJUblica confiou a· seu mais alto ;>os to. .. Não. Não ha Jogar para re• núacia. Com o Senhor Presi- àenfe da Republica colabora um governo constituido por ho- méns dedicados, cheios de va- , 1or e prestigio, que nada por 1mbição. pessoal, mas tudo por •mor ao Regime, estão realisan· 3o uma obra cujos beneficos resultados se estão iniludivel. :mente verificando. Á frente dêsse governo cstã ;. figura inconfundivel do sr. dr. üomingos Pereira,· a quem o do Estado recorreu numa hora meltndrosa e grave, e pô- de obter da sua inquebrantavel firmeza, da sua nobre lealdade e bem provada abnegação o ai· to serviço da formação do mi- nisterio que, sem dúvida, pelo sr. Teixeira Gomes, como por todo o País, jámais será esque· cido. Esse ministerio tem corres: pondido inteiramente á con• fiança que nele foi depositada. Ao seu lado, dando-lhe todo o apoio .. está o P. R. P., o maior Partido da Republica; estão to• dos os republicanos sem filia• ção partidaria; e inimigo o não consideram, nem podem consi• derar, os proprios agrupamen. tos que se lhe declararam em oposição ainda quando o Con• gresso funcionava e até aqÚeles que para mais mos procuram conduzir o Re· gim e: Ha certamente vozes discor- dantes, mas essas são em tão pequeno numero que mal con• seguem fazer-se ouvir, a des· peito de todo o barulho que constantemente intentam er· guer. São as vozes de Belem, em 5 de Outubro, que tão desagradavel• mente devem ter soado aos ouvi- dos do Chefe do Estado. São as vozes tresvairadas da especula· ção revoltante que inconscien· temente gritam e até dão aso, senão tendenciosamente, a abrir possibilidades a boatos como esse da renuncia que, a não ser conhecido como é, o nobre ca· racter, a isenção suprema e o correto aprumo do sr. Presi• dente da Republica, muito la· mentavelmente podia afectar o btiÍo e a propria dignidade de Sua Ex.ª. Não. Renúncia não. Ninguem pensa em tal e multo menos o Chefe do Estado, que conhece bem as suas altas res· ponsabilidades e o seu imperio· . so dever, responsabilidades e dever a que ·não sabe faltar. E' baixa, é reles, é mesmo ignominiosa a especulação que ã volta da eminente personali- dade que preside á Repuhlica se está fazendo. Contra ela indignadamente protestamos, e é para isso, e só para isso, que deste inconve· niente assunto nos ocupamos. O Chefe do Estado deve es- tar acima de todas as especula• c;ões. Merece e tem o respeito de todos. Está no seu posto e ali ha de permanecer rodeado do justo prestigio de que iOSa e que a DIARIO LIVRE ASPECTOS & IMPRESSÕES A União dos Interesses Economicos anda em acêsa propaganda eleitoral, procurando conquistar votos para os seus candidatos, isto é, para declarados inimigos da Republica. Essa propagan- da tem sido realisada livremente como é proprío de uma democracia, ouvindo o povo as afirmações mais fantasticas. Nessa propaganda acusa-se a Republica ' de ter governado ual, de ter arrecadado mal os impostos, de ter cometido os mais crassos erros de caracter adminis- trati'fo, de ter fomentado a miseria _ publica. Tudo um ludibrio. Esses pro- pagandistas andam pura e simples- mente e nganando o publico, com 9 consciencia de que procedem crimino- samente. Os governos teem, na verdade, errado muitas vezes, mas apenas por culpa dos admiradores e socios da União dos In- teresses Economicos que, ambiciosos de lucros, os enganam por uma fórma mi· seravel. Para não ir mais longe referimo-nos simplesme11te ao que se passou com os fornecimentos para a guerra. Aparece- ram latas de cor.serva em condições que não se apristavam a qualquer contrato. Algumas iam cheias de tudo menos de peixe, outras iam deterioradas. O ser- • viço de alimentação dos bravos solda- dos portugueses ressentiu-se bastante por esse facto. Quem foram os culpados? Oo famosos membros das forças vivas, agora reuni- dos na União dos Interesses Economi. cos, que não hesitavam em praticar esses verdadeiros crimes, sati ifazendo simplesmente as suas ambições de lu- cros. Com o fornecimento de fazendas e calçado sucedeu o mesmo, sendo os sol- dados prejudicados e o Estado roubado Os governos tiveram culpa, certa- mente - a de não castigarem rigorosa- mente os burlões e os stius intermedia- rios e agentes como criminosos de lesa- Patria. Depois disso ainda as forças viv;is fi. zeram mais. Desencadeiavam uma tre· menda colera social com as suas especu- lações, encarecendo a vida a ponto de a tornarem insuportavel, criando um pro• fundo desequilíbrio. E o Estado teve de arrostar com essas dificuldades, enquanto as forças vi vas enriq 11eciam escandalosamente, exibin- do em publico essa riqueza originada no crime contra a grande maioria da nação. Com que clireito andam os c1 Jpados, instigadores, autores e dofensores dessa situação que podia tornar-se cactica a agitar o país, mentindo-lhe ce>m a con· ciencia do que méntiu? , José do Vale. Catastrofe mariiima NEW-YORK, 19.-Desembarcaram em l\fayport, ua F Jorida, os naufragos do navio americano ccOomanche», incen· diado no alto mar a um dia de viagem de Jackeonville para Ncw-York. Supõe- se que 4.0 pessoas tenham perdido a viJa na catastrofe. Nação lhe reitera constante· mente e rectificará devidamen· te por dos repre· sentantes que terá no proximo Congresso. Abaixo, pois, a especulação, Viva o stnho1· Pre:aiàcnte da Republica. " podflmos rflnunc1ar a lua NO PORTO A conferencia do sr. Antonio Ma· ria da Silva causou a melhor impressão Ante.ontem realisou no Cen- tro Republicano do ,Bomfim, uma conferencia tendente a ini- ciar a propaganda eleitoral, o nosso presado amigo e ilustre correligionario sr. Antonio Ma- ria da Silva. Essa conferencia, de que procuraremos amanhã dar mais resolvido extrato, cau- sou verdadeiro sucesso entre os nossos dedicados correJigio· narios do Porto, sendo o con- ferente entusiasticamente aplau· dido. Nessa conferencia o sr. An- tooio Maria da Silva não teve as promessas faceis dos charla- tães, antes expôz com toda a se- renidade de um verdad:!iro ho· mem de go9'erno os diversos problemas da actualidade, en· tre eles o das relações que a Re .. publica deve manter com as classes trabalhadoras. E' assim que os homens do Partido Republicano Português realisam uma propaganda hô· nesta, inspirando-se nos gran· des interesses nacionais, sem descerem a cabotinismos char· latanescos, Os da «mão esquerda» e os seus principias ••. -Os mais pífios e avariados PORTO, 17.-Tudo quanto representa a negação da verda- de e da justiça, da lealdade e da lisura, os da mão esquerda empregam como ótimos prin· cipios para a propaganda qo seu programa extremista e de captação dos que se deixam ir pelas aparencias e boas palavri- nhas ..• E não deve causar espanto que muitos ingenuos os acredi· tem, sabendo·se que as gazetas noticiam diariamente contos do vigario e aparece sempre mais um que vem á cidade ... Política, na mais elevada si· gnificação · do termo, não a fa. zem. Eles usam de todos os trucs e processos para atacarem os republicanos filiados no Parti- do Republicano Português. Só são desassombrados na mentira e no enrodilhar as questões! Não dizem claramente ao vo o que querem. Procuram por todos os meios e feitios ilu- di-lo com mil promessas de coi• sas mágicas, ao mesmo .tempo que lhe insinuam as maiores vi· lanias para arredarem do cami· nho os ' republicanos duma só lé que não estão dispostos a deixar avançar mais os politi· cos aventureiros. • A unica questão que preo .. cupa 03 da mão esquerda reduz· se a um -Penacho de que o sr. dr. José Domingues dos Santos so- nhou ser o possuidor. Ambicio• O CDfiTRABílrtDD DE SEDAS Parece que se está fazendo em larga escala no Porto e em Lisboa Urge tomar medidas rigorosas para que o Estado evite ser mais defraudado O caso da apreensão de nove malas com sedas de que a im- prensa se tem ocupado larga• mente, coloca na ordem do dia a questão do contrabando que · se está fazendo em larga escala. Ha quem ande em constante . vi.agens, com senhoras, pua rea- lisu essa manobra roubando fraudulentemente a fazenda na- cional e fazendo uma concor- rencia desleal ao comercio le· gitimo. Todas as providencias que se tomem nesse sentido serão bem recebidas, mas. é urgente que sejam, tomadas porque a quadri- lha dos contrabandistas afigura· -se-nos grande e bem organi• sada. Pelo visto, nas informações dos jornais ha funcionarios da Alfandega envolvidos nesse contrabando. E' mister que o castigo a aplicar-se-lhes seja se- vero, para ficar de exemplo. Não basta transferi-los. Devem ser demitidos e entregues aos tribunais. H'.\ anos, ainda no tempo da monarquia, descobriu-se uma fraude importante nas Enco- mendas Postais. Pois os funcio· narios que tinham responsabi· tidades nesse caso tiveram ape• nas este castigo - uma transfe- rencia de poucos meses para os Açores! Chega a ser comico. · Neste caso das sedas tem de haver procedimento diferente, aplicando-se sanções rigorosas aos delinqúentes. E' necessario apurar tambem quem promove e realiza esses contrabandos com o proposito firme de defraudar o Estado, para que responda pelos seus actos. l Cijleeta o PARIS, 19. -0 Eco de Parfa publica hoje um telegrama que recebeu do seu correspondente de Berlim, dizendo que, a partir do dia 20 do corrente, será. au· torisada a importacão de todos os vi- nhos, licores, bebidas espirituosas e al- coois, mediante o pagamento de direitos muito elevados. nava ser chefe politico! Chefe é... Comanda uma patrulha. Não será tão numerosa como desejaria. Mas não ·está longe de ser até chefe duma legião ... em reg-ressando da Africa aque· les inocentes, pelos quais o sr. dr. José Domingues dos Santos tanto se tem interessado. Eis a pureza dos principias dos da mão , esquerda, que tel· mam em fazer acreditar que são os maiores amigos do partido que fez a Republica. Que excelentes principias e que brancas consciencias! Como são perfeitos nas ma• nhas jesuíticas! nntonlo Maria O nosso presado amigo sr. Antonio Maria da Silva, recebeu das comissões políticas do concelho de Moura o se- guinte oficio: nEx.m• Sr. Antonio Maria da Silva: -As comissões políticas do P. R. P. deste concelho de Moura, reunidas ne> dia 12 do corrente, conjuntamente com grande numero do correligionarios das diversas freguesias do mesmo, resolve- ram por UJrnnimidade protestar iudi- gnadamente contra a forma incorrecta , com que alguns ciiscolos, pretenderam ofender V. Ex.• por ocasião do aniver• sario da Republica e prestar a V. Ex.• aquela homenagem a que como indefe· ctivel republicano e grande patriota que é, tem direito. O passado de V. Ex.• os grandes sa• · crificios pela causa da Republica, i . qual tem dado o seu melhor esforço, im- em V. Ex.• ao respeito e censiderapão de todos os bons republicanos, que não vendo na Republica uma forma de go• verno para servir os seus interesses ' pessoais, querem a Republi<Ja no que . ela repres@nta de engrandecimento de uma Patria e que creiem que pela Republica crearemos, como sonhamos, um Portugal maior! Se o acto por essas duzias de maus portugueses magoou V. Ex.• profundamente, não menos nos magoo'!l a nós e por isso vimos perante V. Ex.• · afirmar a nossa repulsa por êle o tra- zer-lhe por esta forma, as nossas sauda- ções e a certeza de que em todos os campos n.>s estamos ao lado de V. Ex.•, oferecendo-lhe aquela de quem só tem em vista o engrandeci- mento da Republica e a dignificação daqueles que a sua vida foteira teem sacrificado, em defesa dos sãos princi- pios da ordem o da justica. Q11eira pois aceitar V. Ex.• com os protestos da nossa mais alta considera- ção o testemunho da nossa inteira soli- dariedade com a orientação pol itica, que V. Ex.• segue, na certeza das nos- sas tão sinceras afirmações como subida consideracão o são de V. Ex.• correli- ligionarios dedicados. Pela Comissão Muni l: ipai de Moura, José. Maria Gonçalves Perf eito, Teodoro de Carvalho, Jo sé P e dro A lves, Abilio Augusto Valente Perf eito; pela Comissão de Safara, Manuel Vidigueira; peln Co- missão de Santo Aleixo, Clodovem Cal- deira; pela Comissão da Povoa, J oa• quim Santana; pela Comissão àe A:nar- deja, Manuel .Martins Fran co; pela Ce>- missão do Sobral da Adiça, Joaq11im José AfonsoDeclarações de Painlevt\ 19.-Painlevé, discursando 011· tem na sessão de encerramento do con- gresso radical, demonstrou a necessida- de duma estreita concordia entre todos os franceses e a importancia do pacto de Locarno, que marca o inicio da ver- dadeira reconciliação europeia. Falando ácerca de Marrocos, o chefe do governo afirmou ter desaparecido o perigo o ser necessario concluir uma pas equitativa. · Presidente da Republica Acompanhado do seu secretario par• ticular, sr. Viana de Carvalho, deve par- tir ainda esta semana para o Buçaco o chefe do Estado. Ontem, na presidencie da Republica, não houve audiencias. NO CHill A eleição presidencial SANTIAGO DO CHILE, corno . se .. uro que, devido á decidida ati- tude d:s organizações políticas, não será · adiada a data das eleições presi· deuciais. O coronel Ibt1i'1 )Z havia pro- posto uma trnnsferenda da eleição part dar t empo a que se chegasse a um acor• do entre as diversas tendencias. A maio- ria do exercito insiste na candidatura do coronel Ib-ai'1ez:, mas ha tambem ele- men tos que entQndem dever sustentar-si a candidatura Figueirôa. Os preside11• tes dos partidos comunicaram áquele oficial que, não obstante n atitude de "'randtt parte do exercito, e.stão resolYi• Jos a ma11ter a candidatura do sr. Fi· gueirôl Larrain.

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ANO ·1V-NUIVIERD l.à33 ---- ----------.. Lisboa -Terca•'leira·, 20 de Uu'lubro. de 1925 . . ' -------~~--'---~---

PREÇO 20 CENTAVOS

I .. . ...

i!•••··~it!0Ã6~~~:::;.~t~ ~·6::p~i;Ã~··•••: PROPRIEDADE DAS COMISSÕES DO P. R. P., EM LISBOA Travessa da Agua de Flõr, 33, 1.0 -LISBOA +

EDITOR: Raul das Ne.ves Lopes 1 Uirector-ANTONIO JOSÉ CORREIA + ----- TELEFONE 3476 N. +

•++++++++++.+++++••···············~·~~··~·· 't :l\11unci.0J!1 !.ª ~ál!Jna, JOSOJ 1\ssinatuJ'as1 [..isboa. l mê~. ::: -+ P. hnha; 2. , ó$00; 5. , 5$00, Sec· tfOO; Pro9inc1as, tnmestre, lstOO; '

ção de 1inuncios <medida estrei· Colónias, trimestre, 4i>$00; &. ta, $40 a Jinha.-Todas estas pu- 11 angeiro, trimestre, 90$00.

' l>licações si!ocontadaspelolino· Numero nvulso, r.lOcenta\101; + metrt> de corpo 6. -Repetições Depois do dia dnp11blicação U1 • . ' + + IMPRESSÃO-Rua da Atalaia, 114 e 116 + CHEFE DE REDACÇÃO- JOSÉ DO VALE ·~·~ ADMINISTRADOR - MANUEL J, SANTOS

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Tudo peta· Rêpublíca!· -================~======:=::=========---

Os republlca1aoa 1iao podem l"eailur: perante os alaq11ea e a acçiio dos n101iarquicoa de· vem ret101J1·•ar de eafor~o• a fim de manterem firmemente os aeiia poatoM para def eaa da Patria e da Bepublica. l.aao é para têlea

Ul'Htl queatíio de principias e da''tlig11idade peaaoal

Em fac'Z do ·. inimigo N nao

RENUNCIA. ... -----~ ....... ------

Tem se falado ultimamente na renuncia do sr. Presidente da Republica. Varios colegas se teem ocupado do caso, a que nós oão te mos ligado maior atenção, não porque ele não se• ja dos tais de importancia ma­xima, mas unicamente pelo re­putarmos de tal modo invero­símil, ou mesmo absurdo, que entendemos não dever avolu- · mar um boato, que nada pode ter de consistente e que com certeza foi gerado por querp tem grande vontade de manter e adensar um sinistro ambiente de grave perturbaçã~. mesmo á custa de quem deve estar aci .. ma de toda e qualquer especie de especulação.

A renuncia do Chefe do Es• ~ado?! ...

Mas como, porquê e com que razão ou leve motivo, sequer, a 1azer admitir, mesmo em mera hipotese?

Não gosa o Senhor Presiden­te da Republica dos respe!tos gerais da Nação?

Pequenas excepções de qual­quer condenavel exultação, po· derão explicar uma atitude de lmperdoavel defectismo, como quando a propria hoste repu· blicana que .de Sua Ex.ª lamen· tavelmente se afastava, já tacita­mente, mas por modo a bem fa­zer-se ouvir, inteiramente abju­rou de um proposito que nunca poderia estar aos designios se• renos dos seus patrioticos obje· tivas e tão somente viver o mo· meato efemero de um irrepri­mivel desvario?

Não. Cois1 alguma pode de qualquer forma suscitar a ideia dum acto que ficaria na Histo• ria como indelevel afirmação de fraqueza e até poderia dar aso a interpretações de imper .. doavel parcialismo, que não es· tá, nunca poder·a estar, no alto e alevantado espirita do cida• dão eminente a quem a Re· tJUblica confiou a· seu mais alto ;>os to. ..

Não. Não ha Jogar para re• núacia. Com o Senhor Presi­àenfe da Republica colabora um governo constituido por ho­méns dedicados, cheios de va­,1or e prestigio, que nada por 1mbição. pessoal, mas tudo por •mor ao Regime, estão realisan· 3o uma obra cujos beneficos resultados se estão iniludivel. :mente verificando.

Á frente dêsse governo cstã ;. figura inconfundivel do sr. dr. üomingos Pereira,· a quem o ~hefe do Estado recorreu numa

hora meltndrosa e grave, e pô­de obter da sua inquebrantavel firmeza, da sua nobre lealdade e bem provada abnegação o ai· to serviço da formação do mi­nisterio que, sem dúvida, pelo sr. Teixeira Gomes, como por todo o País, jámais será esque· cido.

Esse ministerio tem corres: pondido inteiramente á con• fiança que nele foi depositada.

Ao seu lado, dando-lhe todo o apoio .. está o P. R. P., o maior Partido da Republica; estão to• dos os republicanos sem filia• ção partidaria; e inimigo o não consideram, nem podem consi• derar, os proprios agrupamen. tos que se lhe declararam em oposição ainda quando o Con• gresso funcionava e até aqÚeles que para mais amplos~extremis· mos procuram conduzir o Re· gim e:

Ha certamente vozes discor­dantes, mas essas são em tão pequeno numero que mal con• seguem fazer-se ouvir, a des· peito de todo o barulho que constantemente intentam er· guer.

São as vozes de Belem, em 5 de Outubro, que tão desagradavel• mente devem ter soado aos ouvi­dos do Chefe do Estado. São as vozes tresvairadas da especula· ção revoltante que inconscien· temente gritam e até dão aso, senão tendenciosamente, a abrir possibilidades a boatos como esse da renuncia que, a não ser conhecido como é, o nobre ca· racter, a isenção suprema e o correto aprumo do sr. Presi• dente da Republica, muito la· mentavelmente podia afectar o btiÍo e a propria dignidade de Sua Ex.ª. Não. Renúncia não. Ninguem pensa em tal e multo menos o Chefe do Estado, que conhece bem as suas altas res· ponsabilidades e o seu imperio·

. so dever, responsabilidades e dever a que ·não sabe faltar.

E' baixa, é reles, é mesmo ignominiosa a especulação que ã volta da eminente personali­dade que preside á Repuhlica se está fazendo.

Contra ela indignadamente protestamos, e é para isso, e só para isso, que deste inconve· niente assunto nos ocupamos.

O Chefe do Estado deve es­tar acima de todas as especula• c;ões. Merece e tem o respeito de todos.

Está no seu posto e ali ha de permanecer rodeado do justo prestigio de que iOSa e que a

DIARIO LIVRE ASPECTOS & IMPRESSÕES

A União dos Interesses Economicos anda em acêsa propaganda eleitoral, procurando conquistar votos para os seus candidatos, isto é, para declarados inimigos da Republica. Essa propagan­da tem sido realisada livremente como é proprío de uma democracia, ouvindo o povo as afirmações mais fantasticas. Nessa propaganda acusa-se a Republica

' de ter governado ual, de ter arrecadado mal os impostos, de ter cometido os mais crassos erros de caracter adminis­trati'fo, de ter fomentado a miseria

_publica. Tudo um ludibrio. Esses pro­pagandistas andam pura e simples­mente enganando o publico, com 9

consciencia de que procedem crimino­samente.

Os governos teem, na verdade, errado muitas vezes, mas apenas por culpa dos admiradores e socios da União dos In­teresses Economicos que, ambiciosos de lucros, os enganam por uma fórma mi· seravel.

Para não ir mais longe referimo-nos simplesme11te ao que se passou com os fornecimentos para a guerra. Aparece­ram latas de cor.serva em condições que não se apristavam a qualquer contrato. Algumas iam cheias de tudo menos de peixe, outras iam deterioradas. O ser-

• viço de alimentação dos bravos solda­dos portugueses ressentiu-se bastante por esse facto.

Quem foram os culpados? Oo famosos membros das forças v ivas, agora reuni­dos na União dos Interesses Economi. cos, que não hesitavam em praticar esses verdadeiros crimes, sati ifazendo simplesmente as suas ambições de lu­cros.

Com o fornecimento de fazendas e calçado sucedeu o mesmo, sendo os sol­dados prejudicados e o Estado roubado

Os governos tiveram culpa, certa­mente - a de não castigarem rigorosa­mente os burlões e os stius intermedia­rios e agentes como criminosos de lesa­Patria.

Depois disso ainda as forças viv;is fi. zeram mais. Desencadeiavam uma tre· menda colera social com as suas especu­lações, encarecendo a vida a ponto de a tornarem insuportavel, criando um pro• fundo desequilíbrio.

E o Estado teve de arrostar com essas dificuldades, enquanto as forças v ivas enriq 11eciam escandalosamente, exibin­do em publico essa riqueza originada no crime contra a grande maioria da nação.

Com que clireito andam os c1 Jpados, instigadores, autores e dofensores dessa situação que podia tornar-se cactica a agitar o país, mentindo-lhe ce>m a con· ciencia do que méntiu?

,José do Vale.

Catastrofe mariiima NEW-YORK, 19.-Desembarcaram

em l\fayport, ua F Jorida, os naufragos do navio americano ccOomanche», incen· diado no alto mar a um dia de viagem de Jackeonville para Ncw-York. Supõe­se que 4.0 pessoas tenham perdido a viJa na catastrofe.

Nação lhe reitera constante· mente e rectificará devidamen· te por interme~ i o dos repre· sentantes que terá no proximo Congresso.

Abaixo, pois, a especulação, Viva o stnho1· Pre:aiàcnte da

Republica.

• " podflmos rflnunc1ar a lua

NO PORTO A conferencia do sr. Antonio Ma·

ria da Silva causou a melhor impressão

Ante.ontem realisou no Cen­tro Republicano do ,Bomfim, uma conferencia tendente a ini­ciar a propaganda eleitoral, o nosso presado amigo e ilustre correligionario sr. Antonio Ma­ria da Silva. Essa conferencia, de que procuraremos amanhã dar mais resolvido extrato, cau­sou verdadeiro sucesso entre os nossos dedicados correJigio· narios do Porto, sendo o con­ferente entusiasticamente aplau· dido.

Nessa conferencia o sr. An­tooio Maria da Silva não teve as promessas faceis dos charla­tães, antes expôz com toda a se­renidade de um verdad:!iro ho· mem de go9'erno os diversos problemas da actualidade, en· tre eles o das relações que a Re .. publica deve manter com as classes trabalhadoras.

E' assim que os homens do Partido Republicano Português realisam uma propaganda hô· nesta, inspirando-se nos gran· des interesses nacionais, sem descerem a cabotinismos char· latanescos,

Os da «mão esquerda» e os seus principias ••. -Os

mais pífios e avariados

PORTO, 17.-Tudo quanto representa a negação da verda­de e da justiça, da lealdade e da lisura, os da mão esquerda empregam como ótimos prin· cipios para a propaganda qo seu programa extremista e de captação dos que se deixam ir pelas aparencias e boas palavri­nhas ..•

E não deve causar espanto que muitos ingenuos os acredi· tem, sabendo·se que as gazetas noticiam diariamente contos do vigario e aparece sempre mais um que vem á cidade ...

Política, na mais elevada si· gnificação · do termo, não a fa. zem.

Eles usam de todos os trucs e processos para atacarem os republicanos filiados no Parti­do Republicano Português.

Só são desassombrados na mentira e no enrodilhar as questões!

Não dizem claramente ao po~ vo o que querem. Procuram por todos os meios e feitios ilu­di-lo com mil promessas de coi• sas mágicas, ao mesmo .tempo que lhe insinuam as maiores vi· lanias para arredarem do cami· nho os ' republicanos duma só lé que não estão dispostos a deixar avançar mais os politi· cos aventureiros. • A unica questão que preo .. cupa 03 da mão esquerda reduz· se a um -Penacho de que o sr. dr. José Domingues dos Santos so­nhou ser o possuidor. Ambicio•

O CDfiTRABílrtDD DE SEDAS

Parece que se está fazendo em larga escala no Porto

e em Lisboa

Urge tomar medidas rigorosas para que o Estado evite

ser mais defraudado

O caso da apreensão de nove malas com sedas de que a im­prensa se tem ocupado larga• mente, coloca na ordem do dia a questão do contrabando que

· se está fazendo em larga escala. Ha quem ande em constante

. vi.agens, com senhoras, pua rea­lisu essa manobra roubando fraudulentemente a fazenda na­cional e fazendo uma concor­rencia desleal ao comercio le· gitimo.

Todas as providencias que se tomem nesse sentido serão bem recebidas, mas. é urgente que sejam, tomadas porque a quadri­lha dos contrabandistas afigura· -se-nos grande e bem organi• sada.

Pelo visto, nas informações dos jornais ha funcionarios da Alfandega envolvidos nesse contrabando. E' mister que o castigo a aplicar-se-lhes seja se­vero, para ficar de exemplo. Não basta transferi-los. Devem ser demitidos e entregues aos tribunais.

H'.\ anos, ainda no tempo da monarquia, descobriu-se uma fraude importante nas Enco­mendas Postais. Pois os funcio· narios que tinham responsabi· tidades nesse caso tiveram ape• nas este castigo - uma transfe­rencia de poucos meses para os Açores!

Chega a ser comico. · Neste caso das sedas tem de

haver procedimento diferente, aplicando-se sanções rigorosas aos delinqúentes.

E' necessario apurar tambem quem promove e realiza esses contrabandos com o proposito firme de defraudar o Estado, para que responda pelos seus actos.

l ll~manba Cijleeta o ale~~li~mo PARIS, 19.-0 Eco de Parfa publica

hoje um telegrama que recebeu do seu correspondente de Berlim, dizendo que, a partir do dia 20 do corrente, será. au· torisada a importacão de todos os vi­nhos, licores, bebidas espirituosas e al­coois, mediante o pagamento de direitos muito elevados.

nava ser chefe politico! Chefe já é... Comanda uma patrulha. Não será tão numerosa como desejaria. Mas não ·está longe de ser até chefe duma legião ... em reg-ressando da Africa aque· les inocentes, pelos quais o sr. dr. José Domingues dos Santos tanto se tem interessado.

Eis a pureza dos principias dos da mão, esquerda, que tel· mam em fazer acreditar que são os maiores amigos do partido que fez a Republica.

Que excelentes principias e que brancas consciencias!

Como são perfeitos nas ma• nhas jesuíticas!

nntonlo Maria ~a ~ilua O nosso presado amigo sr. Antonio

Maria da Silva, recebeu das comissões políticas do concelho de Moura o se­guinte oficio:

nEx.m• Sr. Antonio Maria da Silva: -As comissões políticas do P. R. P. deste concelho de Moura, reunidas ne> dia 12 do corrente, conjuntamente com grande numero do correligionarios das diversas freguesias do mesmo, resolve­ram por UJrnnimidade protestar iudi­gnadamente contra a forma incorrecta

, com que alguns ciiscolos, pretenderam ofender V. Ex.• por ocasião do aniver• sario da Republica e prestar a V. Ex.• aquela homenagem a que como indefe· ctivel republicano e grande patriota que é, tem direito.

O passado de V. Ex.• os grandes sa• · crificios pela causa da Republica, i . qual tem dado o seu melhor esforço, im­

põem V. Ex.• ao respeito e censiderapão de todos os bons republicanos, que não vendo na Republica uma forma de go• verno para servir os seus interesses

' pessoais, querem a Republi<Ja no que . ela repres@nta de engrandecimento de

uma Patria e que creiem que só pela Republica crearemos, como sonhamos, um Portugal maior!

Se o acto prati~do por essas duzias de maus portugueses magoou V. Ex.• profundamente, não menos nos magoo'!l a nós e por isso vimos perante V. Ex.•

· afirmar a nossa repulsa por êle o tra­zer-lhe por esta forma, as nossas sauda­ções e a certeza de que em todos os campos n.>s estamos ao lado de V. Ex.•, oferecendo-lhe aquela ~olidariedade de quem só tem em vista o engrandeci­mento da Republica e a dignificação daqueles que a sua vida foteira teem sacrificado, em defesa dos sãos princi­pios da ordem o da justica.

Q11eira pois aceitar V. Ex.• com os protestos da nossa mais alta considera­ção o testemunho da nossa inteira soli­dariedade com a orientação pol itica, que V. Ex.• segue, na certeza das nos­sas tão sinceras afirmações como subida consideracão o são de V. Ex.• correli­ligionarios dedicados.

Pela Comissão Muni l:ipai de Moura, José. Maria Gonçalves Perfeito, Teodoro de Carvalho, José P edro A lves, A bilio Augusto Valente Perfeito; pela Comissão de Safara, Manuel V idigueira; peln Co­missão de Santo Aleixo, Clodovem Cal­de ira; pela Comissão da Povoa, J oa• quim Santana; pela Comissão àe A:nar­deja, Manuel .Martins Franco; pela Ce>­missão do Sobral da Adiça, Joaq11im José Afonso.»

Declarações de Painlevt\ NI~E, 19.-Painlevé, discursando 011·

tem na sessão de encerramento do con­gresso radical, demonstrou a necessida­de duma estreita concordia entre todos os franceses e a importancia do pacto de Locarno, que marca o inicio da ver­dadeira reconciliação europeia.

Falando ácerca de Marrocos, o chefe do governo afirmou ter desaparecido o perigo o ser necessario concluir uma pas equitativa. ·

Presidente da Republica Acompanhado do seu secretario par•

ticular, sr. Viana de Carvalho, deve par­tir ainda esta semana para o Buçaco o chefe do Estado. Ontem, na presidencie da Republica, não houve audiencias.

NO CHill A eleição presidencial

SANTIAGO DO CHILE, 19.~Dá-se corno. se .. uro que, devido á decidida ati­tude d:s organizações políticas, não será ·adiada a data das eleições presi· deuciais. O coronel Ibt1i'1 ) Z havia pro­posto uma trnnsferenda da eleição part dar t empo a que se chegasse a um acor• do entre as diversas tendencias. A maio­ria do exercito insiste na candidatura do coronel Ib-ai'1ez:, mas ha tambem ele­men tos que entQndem dever sustentar-si a candidatura Figueirôa. Os preside11• tes dos partidos comunicaram áquele oficial que, não obstante n atitude de "'randtt parte do exercito, e.stão resolYi• Jos a ma11ter a candidatura do sr. Fi· gueirôl Larrain.