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PUCRS, FENG, CONCRETO ARMADO 3 COMENTÁRIOS: NBR 6118/2007 Prof. Eduardo Giugliani 1 Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul Faculdade de Engenharia Curso de Engenharia Civil CONCRETO ARMADO 3 COMENTÁRIOS Norma NBR 6118/2007 Prof. Eduardo Giugliani

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 Prof.  Eduardo  Giugliani     1        

 

Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul

Faculdade de Engenharia

 

Curso de Engenharia Civil

CONCRETO ARMADO 3  

 

COMENTÁRIOS Norma NBR 6118/2007

 

Prof. Eduardo Giugliani  

 

 

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0. COMENTÁRIOS NBR 6118/2007 (RELATIVOS AOS ASSUNTOS DE CONCRETO 3)

ITEM DA NORMA BRASILEIRA 6. Diretrizes para durabilidade das estruturas de concreto

6.4. Agressividade do ambiente

6.4.1. A agressividade do meio ambiente está relacionada às ações físicas e químicas que atuam sobre as estruturas de concreto, independentemente das ações mecânicas, das variações volumétricas de origem térmica, da retração hidráulica e outras previstas no dimensionamento das estruturas de concreto.

6.4.2. Nos projetos das estruturas correntes, a agressividade ambiental deve ser classificada de acordo com o apresentado na Tabela 6.1 e pode ser avaliada, simplificadamente, segundo as condições de exposição da estrutura ou de suas partes.

Tabela 6.1 – Classes de agressividade ambiental

6.4.3. O responsável pelo projeto estrutural, de posse de dados relativos ao ambiente em que será construída a estrutura, pode considerar classificação mais agressiva que a estabelecida na tabela 6.1.

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7. Critérios de projeto que visam a durabilidade

7.4. Qualidade do concreto de cobrimento

7.4.1. Atendidas as demais condições estabelecidas nesta seção, a durabilidade das estruturas é altamente dependente das características do concreto e da espessura e qualidade do concreto do cobrimento da armadura.

7.4.2. Ensaios comprobatórios de desempenho da durabilidade da estrutura frente ao tipo e nível de agressividade previsto em projeto devem estabelecer os parâmetros mínimos a serem atendidos. Na falta destes e devido à existência de uma forte correspondência entre a relação água/cimento, a resistência à compressão do concreto e sua durabilidade, permite-se adotar os requisitos expressos na tabela 7.1.

Tabela 7.1 – Correspondência entre classe de agressividade do concreto

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7.4.7. Para o cobrimento deve ser observado o prescrito em 7.4.7.1 e 7.4.7.2

7.4.7.1. Para atender os requisitos estabelecidos nesta Norma, o cobrimento mínimo da armadura é o menor valor que deve ser respeitado ao longo de todo o elemento considerado e que se constitui num critério de aceitação.

7.4.7.2. Para garantir o cobrimento mínimo (cmin) o projeto e a execução devem considerar o cobrimento nominal (cnom), que é o cobrimento mínimo acrescido da tolerância de execução (Δc). Assim, as dimensões das armaduras e os espaçadores devem respeitar os cobrimentos nominais, estabelecidos na tabela 7.2.

Tabela 7.2 – Correspondência entre classe de agressividade ambiental e cobrimento nominal para Δc = 10 mm.

7.4.7.6. A dimensão máxima característica do agregado graúdo utilizado no concreto não pode superar em 20% a espessura nominal do cobrimento, ou seja:

dmax ≤ 1,2 cnom

7.4.7.7. No caso de elementos estruturais pré=fabricados, os valores relativos ao cobrimento das armaduras (tabela 7.2) devem seguir o disposto na ABNT 9062.

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8. Propriedade dos materiais

8.2. Concreto

8.2.1. Classes:

Esta Norma é aplicável para Classes ≤ C50 (ABNT NBR 8953 à Grupo I), considerando:

≥ C20 à concreto com armadura passiva

≥ C25 à concreto com armadura ativa

≥ C15 à somente para fundações e para obras provisórias

8.2.2. Massa específica:

Concreto Simples: 2.400 kg/m3

Concreto Armado: 2.500 kg/m3

8.2.3. Coeficiente de Dilatação Térmica: 10-5/°C-1

8.2.4. Resistência à compressão: fckj (28 dias)

8.2.5. Resistência à tração: (em MPa)

fctk,inf = 0,7 fct,m fct,m = 0,3 fck2/3 fctk,sup = 1,3 fct,m

Inferior média Superior

8.2.8. Módulo de Elasticidade

Módulo de Elasticidade Tangente

Eci = 5.600 (fck)1/2 (em MPa)

(expressão válida para idades j ≥ 7 dias)

Módulo de Elasticidade Secante

Ecs = 0,85 Eci (em MPa)

(para verificações no ELServiço, deformação e fissuração)

8.2.9. Coeficiente de Poisson = 0,20

Módulo de Elasticidade Transversal: Gc = 0,4 Ecs

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8.3. Aço de Armadura Passiva

8.3.1. Categorias:

CA25, CA50, CA60 (ABNT NBR 7480)

8.3.2 Tipo de Superfície:

A conformação superficial é medida a partir do coeficiente ῃ1, conforme a tabela abaixo:

Coeficiente ῃ1 1.0 1.4 2.25 Aço CA25 CA50 CA60

Tipo de Barra Lisa Entalhada Alta Aderência

8.2.2. Massa específica: 7.850 kg/m3

8.3.4. Coeficiente de Dilatação Térmica: 10-5/°C-1

8.2.8. Módulo de Elasticidade: Es = 210.000 MPa

8.4. Aço de Armadura Ativa

8.4.1. Categorias:

Fios e cordoalhas: NBR 7482 e NBR 7483

8.4.2. Massa específica: 7.850 kg/m3

8.4.3. Coeficiente de Dilatação Térmica: 10-5/°C-1

8.4.4. Módulo de Elasticidade: Es = 200.000 MPa

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13. ... deslocamentos e aberturas de fissuras

13.3 Deslocamentos Limites

Deslocamentos limites são valores práticos utilizados para verificação em serviço do estado limite de deformações excessivas na estrutura. Para os efeitos desta Norma são classificados nos quatro grupos básicos a seguir relacionados e devem obedecer aos limites estabelecidos na tabela 13.2:

a) Aceitabilidade sensorial: o limite é estabelecido por vibrações indesejáveis ou efeito visual desagradável;

b) Efeitos específicos: os deslocamentos podem impedir a utilização adequada da construção;

c) Efeitos em elementos não estruturais: deslocamentos estruturais podem ocasionar o mau funcionamento de elementos que, apesar de não fazerem parte da estrutura, estão a ela ligadas;

d) Efeitos em elementos estruturais: os deslocamentos podem afetar o comportamento do elemento estrutural, provocando afastamento em relação às hipóteses de cálculo adotadas. Se os deslocamentos forem relevantes para o elemento considerado, seus efeitos sobre as tensões ou sobre a estabilidade da estrutura devem ser considerados, incorporando-as ao modelo estrutural adotado.

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Tabela 13.2 – Limites para deslocamentos

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13. ... deslocamentos e aberturas de fissuras

13.4 Controle da Fissuração e proteção das armaduras

13.4.1. Introdução

A fissuração é inevitável.

Visando obter bom desempenho quanto à proteção e corrosão das armaduras, busca-se controlar a abertura das fissuras.

As fissuras podem ainda ocorrer por outras causas, como retração plástica térmica ou devido a reações químicas internas do concreto nas primeiras idades, devendo ser evitadas ou limitadas por cuidados tecnológicos, especialmente na definição do traço e na cura do concreto.

13.4.2. Limites de fissuração e proteção das armaduras quanto à durabilidade

Abertura máxima (wk): 0,2 mm ≤ wk ≤ 0,4 mm (tabela 13.3), considerando a ação das combinações frequentes no ELServiço.

Tabela 7.2 – Exigências de durabilidade relacionadas à fissuração e à proteção da armadura em função das classes de agressividade ambiental.

13.4.3. No caso de as fissuras afetarem a funcionalidade da estrutura, como por exemplo, no caso da estanqueidade de reservatórios, devem ser adotados limites menores para as aberturas das fissuras. Para controles mais efetivos da fissuração nestas estruturas, é conveniente a utilização da protensão.