000062DE. OREM.
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UNIVERSIDADE COMUNITÁRIA DA REGIÃO DE CHAPECÓUNOCHAPECÓ
Curso de Graduação em Enfermagem
Jéssica Lais Sartori MaroccoJuceli Pagani Negri
PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO AOS IDOSOS E CUIDADORES/FAMILIARES DO CENTRO DE SAÚDE DA FAMÍLIA CHICO MENDES FUNDAMENTADO NA
TEORIA DE DOROTHEA E. OREM.
CHAPECÓ – SC, 2010.
JÉSSICA LAIS SARTORI MAROCCOJUCELI PAGANI NEGRI
PROMOÇÃO DO AUTOCUIDADO AOS IDOSOS E CUIDADORES/FAMILIARES DO CENTRO DE SAÚDE DA FAMÍLIA CHICO MENDES FUNDAMENTADO NA TEORIA
DE DOROTHEA E. OREM.
O presente relatório da Prática Assistencial apresentado ao Curso de Enfermagem da Unochapecó, referente à disciplina de Enfermagem Assistencial Aplicada II (Estágio Curricular) como requisito para obtenção do titulo de Enfermeiro sob orientação da Prof.ª Dr.a Leoni Terezinha Zenevicz .
Chapecó – SC, julho de 2010.
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Universidade Comunitária da Região de ChapecóUNOCHAPECÓ
Curso de Graduação em Enfermagem
MEMBROS DA BANCA EXAMINADORA
______________________________________________________Ana Cristina do Santos
(Representante da Área de Ciências da Saúde)
______________________________________________________Dra Leoni Terezinha Zenevicz
(Orientadora)
_______________________________________________________Lidiana Pauleto Piovezan(Enfermeira Supervisora)
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AGRADECIMENTOS
Muitas pessoas nos auxiliaram nesse trajeto de concluir um curso, citar todos os nomes
seria impossível, porém há algumas pessoas que estiveram mais presentes, sendo impossível
não citá-las para agradecê-las...
A DEUS...
Por nos dar o dom da vida, um dia após o outro vivemos porque ele nos da a chance de
viver intensamente, amando, curtindo, trabalhando, estudando, e principalmente cuidando de
quem precisa de nossos cuidados.
AOS PAIS...
Que se privaram de tantas coisas para nos proporcionar um ensino superior, a educação
que nos deram, ao entenderem nossas ausências em momentos especiais, em escutarem
nossos anseios e angustias, e muitas vezes ouvirem o que não deveria ser dito a eles. São a
base de nossas vidas, se estamos aqui concluindo esse curso é por um esforço muito grande
deles.
ORIENTADORA...
Pela paciência nos nossos momentos de aflição e por nos deixar com autonomia e
confiantes na realização do nosso trabalho.
AOS AMIGOS E COLEGAS...
Simplesmente por nos aturarem, nos ouvirem, rirmos juntos, chorarmos juntos, nos
xingarmos de vez em quando, sem vocês amigos e colegas teria sido muito, mas muito mais
difícil, obrigado por estarem em nossas vidas, mesmo que iremos nos separar mais cedo ou
mais tarde, irão levar um pedacinho de nós, e de vocês também ficará um pedacinho em
nossos corações.
AOS IDOSOS E CUIDADORES/FAMILIARES...
Por nos permitirem realizar nosso trabalho, escutando nossos conselhos de saúde, nos
recepcionando muito bem em suas residências, e principalmente por seus olhares de gratidão
e seus agradecimentos, que nos permitiram perceber que apesar das dificuldades encontradas
4
em nossa futura profissão, ela vale a pena, vale a pena o esforço, quando percebemos através
desses olhares que o nosso feito não foi em vão e jamais será, pois sempre receberemos o
olhar de agradecimento de alguém que vale mais do qualquer recompensa.
A EQUIPE...
A Coordenadora Enfermeira Lidiana, as ACS, a Enfermeira Luciana, enfim a toda equipe
que de uma forma ou de outra nos auxiliaram em nosso trabalho, nos abrindo as portas da
CSF Chico Mendes, nos dando autonomia para realizar nossas atividades, esclarecendo
dúvidas, auxiliando nas visitas domiciliares e em toda a nossa prática assistencial. Sabemos
que nem todas as pessoas deixam-se envolver por um espírito de equipe, porém aqueles que
se engajam para tal, acabam fazendo um grande trabalho.
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RESUMO
Esta prática assistencial de enfermagem teve como objetivo incentivar a promoção do autocuidado aos idosos através do processo educativo juntamente com os cuidadores/ familiares do Centro Saúde da Família Chico Mendes de Chapecó (SC), no período de fevereiro a maio de 2010, sendo fundamentado na Teoria do Autocuidado de Dorothea E. Orem. Utilizamos como metodologia atividades educativas, entrevistas, visitas domiciliares, consultas de enfermagem, levantamento de diagnósticos baseados nos déficits de autocuidado, planos de cuidados, entrega de materiais educativos, orientações grupais e individuais abordando assuntos relacionados à saúde. Nas atividades enfatizávamos ações educativas incentivando os idosos a buscar a autonomia para a realização do seu próprio autocuidado. Os idosos e cuidadores/familiares demonstravam-se participativos e atuantes no processo de promoção dos seus cuidados proporcionando assim uma interação entre enfermeira, idoso e cuidador/familiar a fim de assumirem responsabilidades pessoais para uma busca efetiva por uma melhor qualidade de vida e de saúde. Trabalhar com o referencial de Orem nos possibilitou a percepção e compreensão da atuação do profissional enfermeiro frente à promoção do autocuidado. O autocuidado para a teorista é o desempenho da prática de atividade que os indivíduos, fazem em prol de si, ou quando incapacitados os cuidadores/familiares o fazem, para a manutenção da saúde e bem-estar a fim de manter a integridade e o funcionamento humano. Concluímos que a enfermagem deve estar sempre comprometida com o ser humano, e o idoso é capaz de aprender e realizar as tarefas para o autocuidado, tendo o profissional enfermeiro e o cuidador/familiar como apoiador no desenvolvimento das atividades.
Palavras Chaves: Idoso, cuidador/familiar, Promoção do autocuidado.
6
ABSTRACT
This nursing care practice aimed to encourage the promotion of self-care for the elderly through the educational process with carers / family members of the Family Health Center of Chico Mendes Chapecó (SC) in the period February to May 2010 and is based on Self-care theory of Dorothea E. Orem. Methodology used as educational activities, interviews, home visits, nursing visits, survey of diagnoses based on deficits in self-care, care plans, delivery of educational materials, group and individual guidance addressing health related issues. Enfatizávamos educational activities encouraging the elderly to seek autonomy to carry out their own self-care. The elderly and their caregivers / family members showed up and engaged in the participatory process to promote its care thus providing an interaction between nurses, elderly and caregiver / family to take personal responsibility for an effective search for a better quality of life and health . Working with the benchmark in Orem allowed the perception and understanding of the performance of the professional nurse in the promotion of self care. Self-care for the theorist is the performance of the practice of individuals in this practice the elderly, are in favor of another, or when incapacitated caregivers / family members do, to maintain health and wellness in order to maintain integrity and human functioning. Concluded that nursing must always be committed to the human being, and the elderly are able to learn and perform tasks for self-care, with the nurse and the caregiver/family member as a supporter development activities.
Keywords: Elderly, caregivers and families, promoting self-care
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LISTA DE APÊNDICES
APÊNDICE I: Participação da reunião de equipe do dia 25 de fevereiro de 2010...................75
APÊNDICE II: Termo Coletivo de Consentimento Livre Esclarecido entregue ao Presidente
do Grupo de Idosos...................................................................................................................76
APÊNDICE III: Lembrança entregue ao Grupo de idosos.......................................................77
APÊNDICE IV: Lembrança entregue no Dia Internacional da Mulher...................................78
APÊNDICE V: Lembrança de Páscoa entregue para os idosos...............................................79
APÊNDICE VI: Lembrança entregue no Dias das Mães.........................................................80
APÊNDICE VII: Plano de cuidado baseado em Dorothea E. Orem........................................81
APÊNDICE VIII: Questionário aplicado aos idosos do Grupo ‘Unidos Venceremos’...........82
APÊNDICE IX: Tarde educativa com o Grupo de Idosos no dia 06 de abril de 2010............83
APÊNDICE X: Ofício entregue para Acadêmica de Nutrição................................................84
APÊNDICE XI: Segunda atividade educativa realizada com o Grupo de Idosos...................85
APÊNDICE XII: Folder entregue ao Grupo de Idosos............................................................86
APÊNDICE XIII: Folder educativo entregue aos cuidadores/familiares.................................88
APÊNDICE XIV: Entrevista aplicada aos idosos no Centro de Saúde da Família Chico
Mendes......................................................................................................................................90
APÊNDICE XV: Termo de Consentimento Livre Esclarecido................................................91
APÊNDICE XVI: Convite entregue para os cuidadores/familiares.........................................92
APÊNDICE XVII: Atividade educativa no CSF Chico Mendes com os
cuidadores/familiares................................................................................................................93
APÊNDICE XVIII: Lembrança de agradecimento entregue aos cuidadores/familiares..........94
APÊNDICE XIX: Foto dos cartazes sobre Gripe A (H1N1)...................................................95
APÊNDICE XX: Manhã educativa com grupo de hipertensos e diabéticos com a participação
da acadêmica de nutrição..........................................................................................................97
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LISTA DE ANEXOS
ANEXO I: Mensagem de Acolhimento realizada com a equipe de saúde...............................99
ANEXO II: Mensagem de Agradecimento realizada com a equipe de saúde........................100
ANEXO III: Mensagem de motivação/autoestima realizada com o Grupo de Idosos..........101
ANEXO IV: Roteiro de consulta de Papaléo Netto (2007)....................................................102
ANEXO V: Mensagem homenageando o Cuidador/Familiar................................................103
ANEXO VI: Folder sobre Hepatite........................................................................................104
ANEXO VII: Folder sobre Hepatite B...................................................................................105
ANEXO VIII: Folder sobre Hepatite C..................................................................................106
9
SUMÁRIO
BRASIL. Ministério da Saúde. Portaria n. 1.886, de 18 de dezembro de 1997......................................................65
1. INTRODUÇÃO
10
O presente relatório da prática assistencial é requisito do Curso de Graduação em
Enfermagem da Universidade Comunitária da Região de Chapecó – UNOCHAPECÓ,
referente à disciplina de Enfermagem Assistencial Aplicada II (Estágio Curricular II)
ministrada pela Profª. Liane Colliselli, para a obtenção do título de enfermeiro. Esta prática
assistencial foi realizada com idosos que frequentavam o Centro de Saúde da Família Chico
Mendes (CSF), pelas acadêmicas Jéssica Lais Sartori Marocco e Juceli Pagani Negri, sob
orientação da Profª. Dra. Leoni Terezinha Zenevicz, fundamentado na teoria do autocuidado
de Dorothea E. Orem.
Esta prática assistencial constou de duas fases distintas: a primeira foi obtida no 2º
semestre de 2009, a partir da liberação do Departamento de Estágio da Secretaria Municipal
de Saúde de Chapecó para o período de observação da dinâmica de trabalho e o levantamento
das reais necessidades dos idosos e cuidadores/familiares. A segunda etapa foi a execução da
prática assistencial que ocorreu de fevereiro a maio de 2010, totalizando 240 horas no CSF,
em visitas domiciliares e atividades educativas, e mais 30 horas para confecção do relatório,
totalizando 270 horas.
Este teve por objetivo realizar a assistência de enfermagem aos idosos do CSF Chico
Mendes, buscando promover o autocuidado através do processo educativo juntamente com os
cuidadores/familiares, com fundamentação metodológica e teórica, seguindo concepções e
pressupostos de Dorothea E. Orem que possibilitou a realização de uma assistência composta
de observação e planejamento, acrescidos ao conhecimento técnico-científico adquirido no
decorrer da graduação.
Analisando, os dados do IBGE (2008), verifica-se o aumento da população idosa no
mundo e no Brasil, o que consequentemente, aumenta a demanda nos Centros de Saúde da
Família. Segundo Ministério da Saúde (apud LERMEM; RODRIGUES; GRANDO, 2008),
estima-se que em 2020 as pessoas com idade superior a 60 anos serão responsáveis por mais
de 15% da população brasileira. À medida que as populações envelhecem, um dos maiores
desafios da política de saúde é alcançar um equilíbrio entre o apoio ao “autocuidado”.
(BRASIL, 2005).
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define idoso como pessoa com 60 anos ou mais
para os países em desenvolvimento. O Brasil já pode ser considerado um país estruturalmente
envelhecido. Os principais determinantes do processo de envelhecimento da população
brasileira são a diminuição da taxa de fecundidade e mortalidade infantil, a melhoria nas
condições de saneamento e infraestrutura básica, além dos avanços da medicina (SCARIOTT;
FERREIRA; MIGNONI, 2007).
11
Para Carvalho Filho (apud PAPALÉO NETTO, 2005), o envelhecimento é considerado
um processo contínuo o qual apresenta várias alterações morfológicas, funcionais e
bioquímicas, que vão interferindo e tornando o indivíduo mais susceptível a patologias que
terminam por levá-lo á morte. Esse processo leva a uma diminuição das capacidades
adaptativas, refletindo nos vários ambientes em que o idoso está inserido, aumentando a
dependência com a família e também com a equipe de saúde, sendo um potencial cliente da
enfermagem (TASCA; BUSS, 2006).
Sabe-se que muitas pessoas idosas vivem anos de sua vida em situações de dependência
necessitando de ajuda de profissionais e cuidadores/familiares para a realização das atividades
de vida diária (GUEDES; SILVEIRA, 2004). Também sabe-se que o envelhecimento pode
trazer riscos e incapacidades, e que o idoso poderá viver sem autonomia nos seus últimos anos
de vida. É importante que isso seja amenizado pelos profissionais de saúde, pelos próprios
idosos e cuidadores/familiares através da educação para o autocuidado domiciliar, com apoio
da equipe multiprofissional capacitada.
Cientes de que com o avançar da idade surgem as incapacidades, o embasamento na teoria
do autocuidado de Dorothea E. Orem forneceu subsídios para promovermos o cuidado ao
idoso, incentivando o desempenho de seu próprio cuidado juntamente com seus
cuidadores/familiares, proporcionando atividades para a manutenção da vida, saúde e bem-
estar. Diante do exposto, acreditamos ser de fundamental importância desenvolver atividades
com essa faixa etária, pois o envelhecimento da população constitui-se um desafio para as
políticas públicas de saúde, aos profissionais da saúde e para a estrutura familiar.
2. REVISÃO DA LITERATURA
12
2.1. Idosos
A Organização Mundial de Saúde (OMS) define velhice como o prolongamento e término
de um processo representado por um conjunto de modificações fisiomorfológicas e
psicológicas ininterruptas à ação do tempo sobre as pessoas. O Brasil é um país em
desenvolvimento e considera como pessoa idosa os indivíduos com 60 anos ou mais,
diferentes dos países desenvolvidos que afirmam ser as pessoas idosas aquelas com 65 anos
ou mais.
Para Papaléo Netto (apud FIGUEIREDO; TONINI, 2006, p.31), “o envelhecimento é um
processo, a velhice é uma fase da vida e o idoso é o resultado final”. O envelhecimento é um
fenômeno comum a todos os seres vivos, considerado como uma fase de todo um
“continuum” que é a vida, tendo início na concepção e terminando com a morte (PAPALÉO
NETTO, 2002).
Esse fenômeno, para Neri (2001), pode ser considerado uma nova fase da vida do ser
humano, o qual traz consigo alterações estruturais e funcionais, que embora variem de um
indivíduo a outro, são encontrados em todos os seres humanos em processo de
envelhecimento naturais e gradativos.
Ainda para Neto e Cunha (2002), o processo de envelhecimento é marcado por mudanças e
ressaltam que a “característica universal” do envelhecimento é a ocorrência de mudanças
contínuas durante toda a vida, independente de causarem danos ou não sobre a vitalidade e a
longevidade. Esse é influenciado não apenas pela idade, mas, em grande parte, pelo modo
como o indivíduo vive.
A velhice deve ser encarada como mais uma etapa de vida. Para a Organização Pan-
Americana de Saúde (OPAS), o envelhecimento é:
Um processo sequencial, individual, acumulativo, irreversível, universal, não - patológico, de deterioração de um organismo maduro, próprio a todos os membros de uma espécie, de maneira que o tempo o torne menos capaz de fazer frente ao estresse do meio ambiente e, portanto, aumente sua possibilidade de morte. (BRASIL, 2007, p.08).
Podemos destacar que existem dois tipos de idade a ser considerados: a cronológica, que é
o tempo transcorrido a partir da data de nascimento, e a biológica que são os eventos que
ocorrem no tempo, acontecem em momentos e ritmos diferentes em cada pessoa. Essas
mudanças podem ser observadas em partes do corpo, variando de pessoa para pessoa. Ao
13
contrário do envelhecimento cronológico, no biológico é difícil aferir mudanças biológicas
associadas à idade (MOTTA apud SALDANHA; CALDAS, 2004).
Ainda conforme os autores acima citados, o envelhecimento não é um processo de
adoecimento, porque enquanto envelhecemos estamos experimentando mudanças normais e
esperadas. Porém, a probabilidade de adoecer aumenta com a idade pelo fato de que essas
mudanças trazem certa debilidade física, se comparado com pessoas mais jovens.
O grande contingente de idosos daqui a 30 anos representará 40% da população da
Alemanha, do Japão e da Itália. Diferentes estatísticas demonstram que nos países
desenvolvidos até 2050 a expectativa de vida será de 87,5 anos para os homens e 92,5 para as
mulheres. Já nos países em desenvolvimento como o Brasil, será de 86 anos para as mulheres
e 82 anos para homens, ou seja, 21 anos a mais do que na atualidade, que é de 62,1 e 65,2
anos. Este aumento é resultante da melhora da qualidade de vida, consequentemente da
expectativa de vida da população idosa (IBGE, 2008).
No Brasil, os idosos representam 10,5% da população total e 83% deles vivem nas cidades.
Em Santa Catarina, vivem mais de 480 mil idosos correspondendo a um total de 12,2% da
população. No município de Chapecó, os idosos correspondem a 6,14% da população. Outro
dado observado é com relação ao número de mulheres idosas, sendo este superior aos homens
idosos, conhecido como feminilização do envelhecimento, encontrado principalmente na
Região Sul do Brasil. Em 2007, havia 79 homens com mais de 60 anos para cada 100
mulheres nesta faixa etária (IBGE, 2008).
Como consequência do aumento da expectativa de vida, a saúde da pessoa idosa ficará, na
maioria das vezes, mais fragilizada. Para Medina (apud KARSCH, 2003, p.861):
Cerca de 40% dos indivíduos com 65 anos ou mais de idade precisam de algum tipo de ajuda para realizar pelo menos uma tarefa como fazer compras, cuidar das finanças, preparar refeições e limpar a casa. Uma parcela menor (10%) requer auxílio para realizar tarefas básicas, como tomar banho, vestir-se, ir ao banheiro, alimentar-se, sentar e levantar de cadeiras e camas.
Cuidar do ser humano idoso, nessa fase especial da vida, é cuidar de um sujeito que tem
singularidades, que interage e requer respeito. Os profissionais da área da saúde devem se
preparar para cuidar do idoso doente/fragilizado.
A Política Nacional da Saúde do Idoso reconhece a importância da parceria com os
profissionais de saúde e as pessoas que cuidam dos idosos, apontando que esta deverá
possibilitar a sistematização das tarefas a serem realizadas no próprio domicílio,
14
privilegiando-se aquelas relacionadas com a prevenção de incapacidades e a manutenção da
capacidade funcional do idoso dependente e do seu familiar/cuidador (BRASIL, 1999).
2.2. Promoção do Autocuidado
Segundo Dicionário Aurélio (2008), promoção é definida como “ato de promover” que se
designa: ‘elevar a uma dignidade, a uma categoria/ dar impulso a; pôr em execução; promover
uma política’. E o autocuidado, para Bub (et al., 2006), pode ser definido como ações de
atividades de cuidados cujos indivíduos desempenham de forma deliberada em seu próprio
benefício com o propósito de manter a vida, a saúde e o bem-estar, um dos aspectos do viver
saudável. Adultos cuidam-se voluntariamente, já os bebês, as crianças, os idosos, os enfermos
e os deficientes necessitam de cuidado/assistência parcial ou integral nas atividades de
autocuidado.
Sabemos que envelhecimento aumenta a susceptibilidade a enfermidades crônicas e
incapacidades e, consequentemente, a demanda por serviços médico-sociais, políticas e
programas de promoção da saúde e de prevenção desses agravos. Almeida (et al., 2008)
acredita que uma das formas de se avaliar a funcionalidade e autonomia é por meio da
classificação de idosos quanto à sua capacidade para o autocuidado.
O autocuidado foi mencionado pela primeira vez, no campo da enfermagem, em 1958,
quando Orem passou a refletir acerca do porquê os indivíduos necessitam de auxílio da
enfermagem. Orem acredita que o autocuidado encontra-se centrado no paradigma da
totalidade, ou seja, o ser humano é visto como um ser somativo que precisa se adaptar ao
meio ambiente para atingir seus objetivos (SILVA et al., 2009).
O cuidado é a essência da vida. Cunha (et al., 2009) afirma que o cuidado é inato, é
inerente, é próprio de todo ser vivo, isto é, os animais irracionais demonstram ações de
cuidado com suas crias, e o ser humano expressa a magnitude de sua capacidade de cuidado
desde a concepção até a morte.
A promoção do autocuidado visa buscar a melhoria da qualidade de vida dos idosos e tem
como objetivo fazer com que os idosos realizem seus cuidados e quando estes não podem
realizar que seus cuidadores/familiares possam proporcionar a eles.
A enfermagem, juntamente com outros membros da equipe de saúde, desenvolve um
importante papel na promoção do autocuidado, tendo como função modificar o ambiente para
15
aprendizagem e gerar comportamentos mais independentes (FERRAZ et al., 2007). Ajudar os
idosos a desenvolver suas habilidades e talentos ao máximo, removendo o preconceito que
gera em torno da terceira idade.
O envelhecimento da população tem exigido respostas no que se refere à formulação de
políticas públicas de saúde e políticas sociais dirigidas aos idosos, na intenção de preservar a
saúde destas pessoas e melhorar sua qualidade de vida, dividindo, então, as atenções e
conduzindo-as para além do tradicional atendimento às doenças e seus agravos (SOUZA;
LAUTERT, 2008).
Considerando a importância do sentimento de autonomia verbalizado pelos idosos, é
imprescindível que o profissional de enfermagem reflita sobre seu papel e sua
responsabilidade em busca da promoção do autocuidado com a terceira idade. Neste contexto
a educação em saúde é uma das alternativas que dispomos para transformar os sujeitos em
indivíduos ativos na reconstrução de sua vida e de sua independência, através da educação.
2.3. Cuidadores/Familiares
A mudança de perfil de saúde da população idosa trouxe a necessidade de alterações nas
formas de cuidado dessa população, e uma delas foi o retorno ao modelo de cuidados
domiciliares. A prática de cuidados no domicílio retorna na atualidade como uma alternativa
na atenção à população idosa, pois traz como ponto positivo o fato de que este suporte tende a
reduzir os efeitos negativos do estresse no idoso (RESENDE; DIAS, 2008).
O cuidado dos idosos, em todos os países do mundo, é feito por um sistema de suporte
informal, no qual estão incluídos a família, os amigos, os vizinhos e os membros da
comunidade. Essa atividade geralmente é prestada voluntariamente e sem remuneração. A
família predomina como alternativa no sistema de suporte informal. Sobre esse cuidador recai
também a maior parte da carga física e emocional (SALDANHA; CALDAS, 2004 e
MARTINS et al., 2007).
Para Duarte e Diogo (2005, p. 27), “as famílias são parte integrantes da intervenção em
saúde em todas as fases da doença, em todos os contextos da assistência, independente do
grupo etário do paciente”. Provê de 80% a 90% do cuidado de seus membros idosos, o que
inclui cuidado médico e de enfermagem, serviços sociais, entre outros. Freitas (et al., 2006)
acredita que a família exerce papel fundamental no bem-estar de seus membros, além disso,
16
quanto mais debilitado o idoso estiver o membro da família se torna mais responsável pelo
cuidado.
Saldanhas e Caldas (2004) ainda abordam que o cuidado familiar é um aspecto importante
da cultura, e que as mulheres da família são a maioria entre os cuidadores de idosos, devido a
questões de tradição. Porém, deve ser lembrado que existe idoso que não têm família, por isso
a família não deve ser vista como a única estrutura para o cuidado dessas pessoas. Em
algumas situações eles precisam do suporte de outras estruturas da sociedade (MARTINS et
al., 2007).
Para Schossler e Crossetti (2008, p.281), “cuidar de um idoso no domicílio é uma tarefa
árdua, pois o cuidado é delegado, geralmente, a uma pessoa que não possui apenas essa
atividade e acaba conciliando-a com outras tarefas, como o cuidado dos filhos, da casa,
atividade profissional, dentre outras”.
Segundo Lermem; Rodrigues; Grando (2008) e Gonçalves (2006), por a família estar
presente no dia a dia do idoso, acaba se envolvendo com o processo de envelhecimento e com
os demais problemas resultantes. Ela pode ser considerada o habitat natural das pessoas
humanas. O cuidado normalmente incide em um de seus membros, o qual é denominado
cuidador familiar principal por ser o responsável pelos cuidados do idoso.
A família é uma peça importante durante toda a vida, mas especialmente no processo de
envelhecimento do indivíduo, pois esta fase é marcada por uma acentuada perda da
capacidade de adaptação e menor expectativa de vida, tornando os idosos mais susceptíveis a
morbidades e mortalidades. Portanto, podemos dizer que a qualidade no cuidado tanto da
enfermagem, quanto da família deve ir além da busca do prolongamento da vida e sim na
busca da qualidade desta vida (LINO; SILVA apud LERMEM; ROGRIGUES; GRANDO,
2008).
No art.3º, do estatuto do idoso, consta que é obrigação da família, da comunidade, da
sociedade, além do Poder Público, assegurar aos idosos o direito à vida, à saúde, à
alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, à cidadania, à liberdade, ao respeito e à
convivência familiar e comunitária (BRASIL, 2003).
É importante estar ciente que o Ministério da Saúde tornou obrigatório, nos hospitais
públicos contratados ou conveniados com o SUS, meios que permitam a presença de
acompanhante para pacientes idosos internados. O atendimento aos idosos hospitalizados e
aos seus acompanhantes/familiares se constitui em uma oportunidade para a participação ativa
dos envolvidos no processo de cuidado e de aprendizagem (TASCA; BUSS, 2006).
17
A família, em conjunto com a equipe de saúde, deve reconhecer seus riscos potenciais e
trabalhar, criando mecanismos de proteção para o idoso. Cuidar e promover a educação em
saúde aos familiares, juntamente com os cuidados, é uma das tarefas mais desafiantes para o
profissional enfermeiro, bem como para a equipe multidisciplinar de saúde. A deficiência de
orientação para o cuidado pode colocar em risco a saúde do idoso, por isso a equipe deve estar
sempre atenta às orientações repassadas aos familiares e aos idosos (DIAS et al., 2007 e
MARTINS et al., 2007).
3. REFERENCIAL TEÓRICO
18
Tendo em vista o exercício da profissão de Enfermagem, consideramos de fundamental
importância seguir um referencial teórico, que possibilitá-se direcionar as ações da assistência
prestada com diretrizes para o alcance do autocuidado voltado aos idosos e
cuidadores/familiares do CSF Chico Mendes.
Nosso relatório foi respaldado na teoria do Déficit de Autocuidado de Dorothea E. Orem
que descreve sobre a promoção do autocuidado, portanto, entendemos ser a teoria que melhor
se adaptou na assistência que desenvolvemos.
Dorothea Elizabeth Orem nasceu em 1914, em
Baltimore, Maryland. Iniciou sua educação em
enfermagem no Providence School of Nursing,
concluindo o curso no início dos anos 30. Durante sua
vida profissional, trabalhou como enfermeira de equipe,
enfermeira particular, educadora de enfermagem,
administradora e consultora (GEORGE, 2000). Iniciou
os estudos a respeito da sua teoria em 1958 e foi
desenvolvida entre 1959 a 1985. Orem, em 1971,
publicou suas ideias sobre processo de enfermagem e
desenvolveu a teoria do déficit de autocuidado
(LEOPARDI, 1999).FIGURA 1: Dorothea E.Orem.Fonte: http://www.seniorenheim-brickwedel.de/images/orem_bild.jpg
3.1. Teoria Geral de Enfermagem
Orem (apud GEORGE, 2000, p.84) traz sua teoria geral como a seguir:A condição que valida a existência de uma exigência de enfermagem em um adulto é a ausência da capacidade de manter continuamente a quantidade e a qualidade do autocuidado que são terapêuticas na sustentação da vida e da saúde, na recuperação da doença ou da lesão ou no enfrentamento de seus defeitos. Nas crianças, a condição é a incapacidade dos pais ou responsáveis em manter continuamente, para criança, a quantidade e a qualidade do cuidado terapêutico.
19
A autora citada acima aborda que a teoria de enfermagem do déficit de autocuidado
(Teoria Geral de Orem), é composta de três teorias inter-relacionadas: a teoria do
autocuidado, a teoria do déficit do autocuidado e a teoria dos sistemas de enfermagem.
3.1.1. Teoria do Autocuidado
A teoria do autocuidado engloba o autocuidado, a atividade de autocuidado e a exigência
terapêutica de autocuidado (FOSTER; JANSSENS apud TORRES; DAVIM; NÓBREGA,
1999).
Para Orem (apud GEORGE, 2000), o autocuidado é o desempenho ou a prática de
atividades que o indivíduo realiza em seu beneficio para manter a vida, saúde e o bem-estar.
Quando o autocuidado é efetivamente realizado, ajuda a manter a integridade estrutural e o
funcionamento humano.
A atividade de autocuidado constitui uma habilidade para engajar-se em autocuidado, e a
exigência terapêutica de autocuidado constitui a totalidade de ações de cuidado, através do
uso de métodos válidos e conjuntos relacionados de operações e ações (FOSTER; JANSSENS
apud TORRES; DAVIM; NÓBREGA, 1999).
Segundo Luce (apud TORRES; DAVIM; NÓBREGA, 1999), a teoria tem como premissa
básica a crença de que o ser humano tem habilidades próprias para promover o cuidado de si
mesmo, e que pode se beneficiar com o cuidado da equipe de enfermagem quando apresentar
incapacidade de autocuidado ocasionado pela falta de saúde e também com o
cuidador/familiar para a promoção do autocuidado.
O autocuidado é um conjunto de práticas exercidas por uma pessoa, no sentido de se
conservar sadia, de recuperar sua saúde ou de minimizar os efeitos de uma doença sobre sua
vida. Enfim, é tudo o que uma pessoa pode fazer intuitivamente ou como resultado de um
processo educativo em benefício de sua saúde. Segundo Souza (2008), são três os requisitos
de autocuidado ou exigências apresentados por Orem:
1. Requisitos universais – são comuns a todos os seres humanos durante todos os estágios do
ciclo vital. Estão associados a processos de vida e a manutenção da integridade da estrutura e
funcionamento humanos.
2. Requisitos de desenvolvimento - são as expressões especializadas de requisitos universais
que foram particularizados por processos de desenvolvimento, associados a algum evento.
20
3. Requisitos por desvio de saúde - é exigido em condições de doença, ferimento ou
moléstia, ou pode ser consequência de medidas médicas exigidas para diagnosticar e corrigir
uma condição.
3.1.2. Teoria do Déficit de Autocuidado
A teoria do déficit de autocuidado, segundo George (2000, p.85), é considerada o núcleo
da teoria geral de Orem, pois delineia quando a enfermagem é necessária:
A enfermagem é exigida quando um adulto (ou no caso de um dependente, o pai ou responsável) é incapaz ou tem limitações na provisão de autocuidado efetivo continuado. A enfermagem pode estar presente se “a habilidade de cuidador está aquém da exigida para o preenchimento de uma demanda conhecida de autocuidado... [ou] a habilidade de autocuidado ou dos cuidados dependentes excede ou iguala-se a exigida para satisfazer a demanda de autocuidado atual”.
Nesta Teoria, Orem especifica o quanto a enfermagem é necessária para auxiliar o
indivíduo a promover o autocuidado, e identifica cinco métodos de ajuda:
• Agir ou fazer para outra pessoa;
• Guiar e orientar;
• Proporcionar apoio físico e psicológico;
• Proporcionar e manter um ambiente de apoio ao desenvolvimento pessoal;
• Ensinar. (GEORGE, 2000).
3.1.3. Teoria dos Sistemas de Enfermagem
Segundo George (2000), é baseado nas necessidades de autocuidado e nas capacidades do
paciente para desempenhar as atividades de autocuidado, sendo formada por três sistemas:
1. Sistema totalmente compensatório: é quando o indivíduo é incapaz de engajar-se
nas ações de autocuidado, sendo socialmente dependente de outros;
2. Sistema de enfermagem parcialmente compensatório: ocorre quando o autocuidado
é realizado tanto pelo paciente como pela enfermeira;
21
3. Sistema de apoio-educação: é quando o indivíduo é capaz de desempenhar ou pode e
deve aprender a desempenhar as medidas de autocuidado. O enfermeiro promove ao paciente
a capacidade de realizar o seu cuidado através da educação.
3.2. Metaparadigma
Além disso, Orem enfatiza, no decorrer de sua teoria, quatro conceitos importantes que
são: ser humano, saúde, sociedade e enfermagem:
- Seres Humanos: Para Orem, os seres humanos são diferenciados dos outros seres por
sua capacidade de pensar sobre si mesmos e inferir no meio ambiente, a fim de comunicar-se
e agir em seu próprio benefício ou dos outros.
- Saúde: Orem compartilha com a definição de saúde da Organização Mundial de
Saúde, como o estado de bem-estar físico, mental e social, e não simplesmente a ausência de
doença ou enfermidade. Também relata que o indivíduo interage com os aspectos físicos,
psicológicos, interpessoais e sociais da saúde, os quais são inseparáveis dele. Entendo que o
ser humano vivencia um único processo de viver e morrer, e que esse fenômeno é permeado
por desequilíbrios de seu processo saúde-doença.
- Sociedade: é um grupo de pessoas que convivem e se relacionam numa determinada
área, cidade ou distrito sob as mesmas leis. As comunidades possuem características
diferentes entre elas, o que acaba influenciando na saúde pelo modo de vida das pessoas, os
seus estados de saúde e bem-estar são afetados positivamente e negativamente pela
estabilidade ou mudança física, biológica, pelas condições ambientais, entre outras. O ser
humano e o meio ambiente nunca estão isolados, formam um sistema integrado, que se
relaciona com o autocuidado.
- Enfermagem: Ela define como sendo uma arte através da qual a enfermeira fornece
assistência especializada às pessoas com inabilidade, de igual modo que uma assistência
comum é necessária para satisfazer as suas necessidades de autocuidado, para que a pessoa
participe inteligentemente dos cuidados prestados (GEORGE, 2000).
22
4. MARCO CONCEITUAL
23
FIGURA 2: Diagrama representativo da Teoria do Autocuidado de Dorothea E. Orem.Fonte: Acadêmicas de enfermagem Jéssica Lais Sartori Marocco e Juceli Pagani Negri.
Este desenho representa o marco teórico da teoria do autocuidado de Dorothea E. Orem, no
qual o idoso é o ponto central da prática assistencial realizada. Este centro constitui-se pelos
indivíduos inseridos no CSF Chico Mendes, recebendo apoio para a realização do
autocuidado e cuidados quando há déficit de autocuidado, de três esferas integradas:
enfermagem, família e comunidade.
Concordamos com Smelter e Bare (2006) que a atuação do enfermeiro junto ao idoso deve
estar centrada na educação em saúde voltada para o cuidado e esta deve ser fornecida nos
ambientes de cuidados agudos, habilitados e de vida assistida, comunitários e domiciliares.
Nesta linha de pensamento, George (2000) consolida o pensamento de Orem que a
enfermagem se faz necessária quando os indivíduos não são capazes de manter a qualidade e
quantidade de seu autocuidado.
24
Esse sistema de integração visou agrupar esforços no sentido de resgatar habilidades e
competências para o autocuidado. A enfermagem buscou parcerias que vieram a contribuir na
promoção à saúde e na qualidade de vida do idoso.
Buscou-se realizar a assistência de enfermagem identificando os problemas de maneira
individualizada, planejando, executando e avaliando a assistência prestada a cada pessoa,
além de ver o ser humano como um ser somativo total, cuja natureza é uma combinação de
aspectos bio- psico- sócioespirituais (PAPALÉO NETTO, 2007).
Para a concretização desta assistência, utilizou-se recursos disponíveis tais como: ambiente
físico, equipamentos e recursos pessoal, envolvendo a enfermagem, a equipe, a família e os
grupos de apoio. Assim, o objetivo de promover a saúde aos idosos se concretizou de forma
adequada, pois auxiliou o idoso a se adaptar às mudanças físicas e emocionais que interferem
na realização de seu autocuidado, a fim de garantir o resgate de habilidades e competências
deste.
5. METODOLOGIA DA PRÁTICA ASSISTENCIAL
25
5.1. Cenário da prática
FIGURA 3: Mapa geográfico situando o CSF Chico Mendes, representado pelo balão vermelho.Fonte: http://www.google.com.br/search?hl=ptBR&source=hp&q=chico+mendes+Chapecó
Nossa prática assistencial aplicada de Enfermagem, fundamentada na teoria de Orem, foi
desenvolvida no CSF Chico Mendes, no município de Chapecó – Santa Catarina.
Chapecó foi fundado em 25 de agosto de 1917, tendo como principais colonizadores a
população de origem italiana e alemã. É considerada a capital brasileira da agroindústria. Com
uma população estimada em 179.073 habitantes, localiza-se na região Oeste do estado de
Santa Catarina, a 630 quilômetros da capital Florianópolis. Possui uma área de 625,6Km2,
cuja sede urbana é de 113,24Km2 (CHAPECÓ, 2009).
O CSF Chico Mendes foi inaugurado em março de 1999 e localiza-se no bairro Presidente
Médici, Rua Irlanda, 310 E, ao lado do pavilhão comunitário. Abrange parte do centro, parte
dos bairros Presidente Médice, Passos dos Fortes, Maria Goretti e loteamento Vita Romana.
Segundo dados coletados com profissionais do CSF, o início da povoação da área de
abrangência ocorreu a partir de 1917. Em 2009, a população do CSF Chico Mendes, era de
14.000 habitantes para 2 ESF. Mediante Política Nacional de Atenção Básica, que preconiza
atendimento de no máximo, 4.000 pessoas para cada Estratégia de Saúde da Família (ESF), os
26
funcionários da equipe, juntamente com a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) e a
população da área, solicitaram a redivisão de áreas. Com isso, foram relocadas em torno de
4.000 pessoas para dois centros de saúde vizinhos.
A população atual do CSF é de 9.153 habitantes, 4.293 do sexo masculino e 4.860 do sexo
feminino, sendo 2.914 famílias cadastradas. Há duas áreas de abrangência, na área 115 são
3.480 pessoas e 1.031 famílias dividias em 5 microáreas e na área 118 são 5.673 pessoas e
1.883 famílias divididas em 8 microáreas (SIAB, 2010).
O CSF possui uma área de 371,90m2. A estrutura física do CSF conta com: 01 sala para as
Agentes Comunitárias de Saúde (ACS), 01 sala de esterilização, 01 lavanderia, 02 banheiros
para o público, 02 banheiros para funcionários, 01 almoxarifado, 01 sala de estoque da
farmácia, 01 cozinha, 02 consultórios odontológicos, 01 consultório pediátrico, 01 sala de
agendamento, 01 sala para ginecologista, 01 sala para coordenadora, 01 sala de sinais vitais,
01 farmácia, 01 sala de vacinas, 01 sala da criança, 01 sala de procedimentos, recepção, 01
sala da enfermeira, 02 consultórios médicos, 01 sala de coleta.
Quanto aos funcionários do CSF Chico Mendes, podemos citar que a Equipe conta com a
atuação de 39 pessoas: 01 enfermeira coordenadora, 01 enfermeira assistencial, 03 médicos,
01 ginecologista, 01 pediatra, 01 dentista, 01 odontopediatra, 02 auxiliares de saúde bucal, 08
auxiliares de enfermagem, 01 técnica de enfermagem, 02 auxiliares administrativo, 13 ACS,
01 vigia, 03 serviços gerais.
5.2. Perfil da Clientela
Segundo os dados do SIAB de julho de 2009, existem no município de Chapecó-SC 8.143
mulheres e 6.635 homens com sessenta anos ou mais (SIAB, 2009).
Entre as pessoas com sessenta anos ou mais, o CSF Chico Mendes atende, segundo dados
coletados com as ACS, 928 idosos, dos quais a partir do nosso levantamento em estágio, 73
necessitavam de visita domiciliar, pois não conseguiam vir ao CSF por dificuldade de
deambulação, sequelas de AVC, entre outras dificuldades. Destes 10 são totalmente
acamados.
Em relação aos Grupos existentes no CSF, trabalhamos com grupo de diabéticos e
hipertensos onde são realizados encontros bimestrais, cujos participam adultos e idosos.
27
Nesses grupos são fornecidas orientações em saúde por um profissional, além de ser
verificado PA, peso, HGT e entrega das medicações.
Ao lado do CSF, há um espaço livre no qual o grupo de idosos “Unidos Venceremos”
realiza, todas as terças-feiras, tardes dançantes e na última terça-feira do mês o almoço
patrocinado pela Fundação de Assistência Social e Cidadania (FASC). O grupo dispõe de
aproximadamente 120 idosos inscritos e que participam das atividades aproximadamente 70
pessoas. Para realizar as tardes dançantes, eles pedem para os participantes uma contribuição
espontânea de dois reais por tarde, para pagar o som ao vivo e o lanche.
5.3. Desenvolvimento da Prática Assistencial
A prática assistencial objetivou realizar a assistência de enfermagem aos idosos do Centro
de Saúde da Família Chico Mendes, buscando promover o autocuidado através do processo
educativo juntamente com os cuidadores/ familiares, sendo fundamentado na Teoria de
Dorothea E. Orem. As estratégias e ações foram desenvolvidas a partir das entrevistas,
observações, assistência de enfermagem, visitas domiciliares, atividades educativas,
orientações, cartazes e folders educativos com a participação de outros profissionais de saúde.
5.3.1. Objetivo Específico 1
Realizar apresentação do projeto com à equipe, idosos e cuidadores/familiares.
Estratégia 1: Realizar dinâmica de apresentação do projeto de TCC e acolhimento com
a enfermeira coordenadora, equipe e grupo de idosos.
Ação desenvolvida
Ação 1: Apresentar projeto trocando ideias com a enfermeira coordenadora, a equipe
do Centro de Saúde da Família e o grupo de idosos.
28
Primeiramente entramos em contato, no dia 18 de fevereiro de 2010, com o CSF Chico
Mendes para averiguarmos se a Coordenadora Enfermeira Lidiana estaria presente para
conversarmos com ela. Fomos informadas que ela estaria em férias. Então marcamos um
horário com a Enfermeira Luciana.
No dia 19 de fevereiro, às 10 horas, conversamos com a Enfermeira Luciana, quando
expomos o objetivo da prática assistencial e cronograma das atividades a serem desenvolvidas
nas visitas domiciliares, e que pretendíamos realizar um trabalho de orientações e palestras
sobre promoção à saúde com o grupo de Idosos e com os cuidadores/familiares. Após a
exposição, fomos autorizadas a iniciar nossas atividades antes da volta da Coordenadora.
Iniciamos as nossas atividades na segunda-feira, dia 22 de fevereiro de 2010. Neste dia, a
enfermeira Luciana nos repassou alguns casos significativos de pacientes idosos da respectiva
área de abrangência do CSF.
No dia 25 de fevereiro, participamos da reunião de equipe (APÊNDICE I) para a
apresentação do projeto aos profissionais do CSF. Iniciamos nos apresentando como
acadêmicas de enfermagem do 9º período e expomos o objetivo da prática assistencial. Após
o término da explanação, entregamos uma mensagem de acolhimento (ANEXO I) para a
reflexão da equipe e proporcionamos um espaço para receber sugestões dos profissionais que
estão mais próximos da realidade.
Optamos pela entrega de uma mensagem de acolhimento, pois acolher significa receber,
recepcionar e, também, aceitar o outro como sujeito de direitos e desejos e como
corresponsável pela produção da saúde, tanto na perspectiva individual como do ponto de
vista coletivo. O acolhimento é uma estratégia de mudança do processo de trabalho em saúde,
buscando alterar as relações entre os trabalhadores, humanizar a atenção, estabelecer
vínculo/responsabilidade das equipes, resgatando o conhecimento técnico da equipe de saúde,
e ampliar a sua intervenção. Compreendemos que para o acolhimento ser efetivo, a equipe de
saúde deve estar apta a estabelecer uma relação humanizada. E, para que a equipe de saúde
tenha essa capacidade, é necessário que ela também seja acolhida (SCHNEIDER, 2008).
Com relação à apresentação do projeto aos idosos, no dia 23 de fevereiro, entramos em
contato com o Presidente do Grupo de Idosos “Unidos Venceremos”. O Sr. João relatou que
os encontros aconteciam todas as terças-feiras pela parte da tarde, com música ao vivo, porém
na última terça-feira do mês se reúnem no período matutino e vespertino, pois fazem um
almoço. Conversamos a respeito das atividades a serem realizadas, pedimos um horário.
Foram cedidos 03 encontros, sendo realizado na última terça-feira do mês de março, abril,
29
maio. O Sr. João assinou um Termo Coletivo de Consentimento Livre Esclarecido
(APENDICE II). Para que de fato esta ação ocorresse, utilizamos de uma ferramenta essencial
no nosso dia a dia chamada comunicação. Para a Stefanelli (1993), a comunicação é o meio
através do qual pessoas interagem umas com as outras, isto é, o ser humano utiliza a
comunicação nas ações do cotidiano e é por meio dela que partilham com os demais suas
ideias, podendo receber aprovação e desaprovação das outras pessoas.
Oliveira (et al., 2005) afirma que na enfermagem a comunicação está presente em todas as
suas ações, influenciando diretamente a qualidade da assistência prestada aos que necessitam
de seus cuidados e a interação enfermeira paciente.
A Teoria do Autocuidado é um instrumento válido para promover comunicação mais
objetiva entre pesquisador e pesquisado, pois Orem (apud GEORGE, 2000) salienta que o
autocuidado é aprendido através da interação humana e da comunicação.
Estratégia 1.2: Entregar mensagem de acolhimento no início e no final da prática
assistencial como agradecimento à equipe e aos idosos.
Ação desenvolvida
Ação 1: Confeccionar uma lembrança de boas-vindas à equipe.
No dia 25 de fevereiro, utilizamos o espaço da reunião de equipe, juntamente com a
acadêmica de nutrição, para nos apresentarmos e falarmos do nosso projeto de TCC. Esteve
reunida aproximadamente 50% da equipe e na oportunidade entregamos aproximadamente 18
mensagens de acolhimento (ANEXO I). Após, realizamos a leitura refletindo sobre a
mensagem. Ao final, deixamos em aberto para sugestões da equipe que poderiam contribuir
com o nosso trabalho.
Ao final de nossas atividades no CSF Chico Mendes, participamos, no dia 06 de maio, da
reunião da equipe para nos despedirmos da equipe e agradecer a colaboração. Havíamos
preparado a dinâmica "Chupa ai" que tinha como objetivo estimular o trabalho em equipe.
Seriam utilizadas balas de acordo com o número de participantes, podendo ser colocadas
sobre a mesa ou dentro de uma bandeja. Após seria informado aos participantes que deveriam
chupar a bala, só que não poderiam usar suas mãos para desembrulhar a bala e colocar em sua
própria boca. Esta dinâmica tinha o intuito de prover a ajuda entre eles. Um ajudaria a
desembrulhar a bala, colocando-a na boca do outro. Tínhamos o intuito de fazer os
30
participantes refletir a respeito da importância do trabalho em equipe, mas não foi possível
desenvolver devido ao curto tempo no final da reunião. Então, apenas lemos a mensagem
sobre o trabalho em equipe para motivar e fazer todos refletir sobre como deve ser o trabalho
em equipe (ANEXO II).
O encontro agendado para realizarmos o acolhimento, bem como a entrega de uma
mensagem especialmente confeccionada ao Grupo de Idosos “Unidos Venceremos” não foi
realizada, pois houve mudança na data e não nos foi comunicado.
No dia 04 de maio, ocorreu o último encontro onde finalizamos com uma mensagem final
de motivação (ANEXO III) e entregamos a lembrança de agradecimento em forma de ímã de
geladeira (APÊNDICE III).
A dinâmica tem o intuito de promover a participação e é também recomendada para
facilitar o trabalho em equipe. O objetivo das dinâmicas é criar um ambiente descontraído,
democrático e agradável, para que todas as pessoas do grupo comecem a exercer um novo
comportamento e descobrir suas potencialidades humanas (PERPÈTUO; GONÇALVES,
2000)
Utilizamos de mensagem de acolhimento, a fim de criarmos um vínculo com estes
indivíduos. As mensagens podem ser consideradas como ações de humanização, tornam o
ambiente mais agradável, realizam o acolhimento e valorizam as pessoas como seres humanos
(MEZZOMO apud DURGANTE, 2008)
Portanto, neste contexto, Schneider (et al., 2008), diz que através do acolher, permitimos o
encontro, o estar presente, o relacionamento, a criação de vínculo entre a família/paciente e
trabalhadores da saúde. O acolhimento gera as relações humanizadas entre quem cuida e
quem é cuidado, pois é uma ferramenta tecnológica imprescindível no cuidado em saúde.
Schmidt e Figueiredo (2009) salientam que esta dimensão abrange tanto as relações entre os
profissionais e usuários como também as relações intraequipe. Estimula a participação, a
autonomia e decisão coletiva. Dentro deste contexto, Orem traz que um dos modos de
intervenção da enfermagem é proporcionar um ambiente adequado, portanto, acreditamos que
o acolhimento é uma forma de criar vínculos entre o cuidado e os cuidadores no ambiente em
que ambos estão inseridos (LEOPARDI, 1999).
Estratégia 1.3: Homenagear os idosos e cuidadores/familiares nas datas comemorativas.
Ações desenvolvidas
31
Ação 1, 2 e 3: Confeccionar uma lembrança de Páscoa e fazer uma confraternização
com tarde dançante; Entregar uma mensagem do Dia Internacional da Mulher; Fazer
um ímã de geladeira relacionado ao Dia da Vovó.
Confeccionamos mensagem relacionada ao Dia Internacional da Mulher, ao dia da Páscoa
entregues juntamente com um bombom, e ao Dia das Mães, um ímã de geladeira, que foram
entregues nas consultas de enfermagem, VD e na sala de vacinação.
Nos dias 08 a 13 de março, foram entregues 35 lembranças do Dia Internacional da Mulher
(APÊNDICE IV).
Em virtude da comemoração da Páscoa, do dia 29 de março ao dia 01 de abril, realizamos
a entrega de 32 lembrancinhas (APÊNDICE V). O objetivo planejado era entregar as
lembranças de Páscoa ao Grupo de Idosos “Unidos Venceremos” e realizar com eles uma
tarde dançante, mas não foi viável, pois o Grupo, nesta semana, não realizou o encontro,
porque muitos idosos não estariam presentes por motivo de viagem e visitas familiares.
Em relação à confecção da lembrança que iríamos entregar do Dia da Vovó, não foi
realizada, pois a data festiva cairia no dia 25 de julho, após o término de nosso trabalho. Então
confeccionamos a lembrança do Dia das Mães (APÊNDICE VI), totalizando 75 lembranças
que foram entregues no dia alusivo a elas.
Durante as atividades profissionais no cotidiano do CSF, trabalhar com os idosos
individualmente e em grupo foi fundamental, pois vivenciamos situações que nos despertaram
quanto à necessidade de desenvolver estratégias que contemplem o bem-estar, interações
sociais, elevação da autoestima, além do sentimento de respeito e valorização. Muitas vezes,
os idosos procuram o CSF não para a realização de um atendimento específico, mas para
conversar com a equipe de saúde (VITOR et al., 2007).
Devido a isso, consideramos a entrega de lembranças indispensáveis, pois é uma forma
simpática de demonstrar à pessoa (idoso) sua importância e que sua presença é valorizada,
elevando, desta forma, sua autoestima. Assim, compartilhando datas especiais, unem-se
profissionais, pacientes e familiares (PERPÉTUO; GONÇALVES, 2000).
Orem (apud NARDI; SIGNOR; REBENICH, 2009) corrobora apontando que, em qualquer
situação vivenciada, onde se preservam os laços de afetividade, apesar da diversidade de
pensamento, crenças e valores, serve de elo entre os indivíduos e objetiva o bem-estar. Ainda
por Orem (apud GEORGE, 2000), a enfermagem é uma atividade humana que se diferencia
32
das outras profissões, pois ela deve buscar e aplicar formas diferenciadas para ampliar as
potencialidades e interesses do indivíduo na prática do autocuidado.
Avaliação do objetivo 1
Acreditamos que este objetivo foi realizado parcialmente, pois não foi viável juntar os
cuidadores/familiares apenas para apresentar o projeto como havíamos proposto.
Em relação à equipe, apresentamos o projeto através da reunião habitual que ocorre na
CSF. Tivemos aproximadamente 50% da equipe presente, houve pouca participação, alguns
membros até mesmo se ausentaram antes do término da reunião. A Coordenadora Enfermeira
Lidiana não estava presente, devido a férias, porém já havíamos apresentado o projeto a ela no
ano passado, que nos deu total abertura para realizarmos as atividades propostas.
Com o grupo de idosos realizamos a apresentação no primeiro dia de atividade educativa.
Em função do curto tempo que nos foi disponibilizado, não conseguimos realizar a
apresentação como havíamos planejado. Os idosos não estavam interessados no projeto, pois
se apresentavam ansiosos para a tarde dançante. A dificuldade maior foi na receptividade, não
pelo Presidente, mas sim pelos integrantes do grupo.
Já os idosos com quem realizávamos consulta de enfermagem, nos apresentávamos e
relatávamos o projeto, deixando-os livres para serem ou não atendidos por nós. Não houve
nenhuma objeção, todos os que nos eram encaminhados aceitavam fazer parte desta prática
assistencial.
Como não foi viável realizar a apresentação para os cuidadores/familiares no geral também
apresentávamos sucintamente o projeto em cada visita domiciliar realizada, sendo bem
recepcionadas em todas as residências.
5.3.2. Objetivo Específico 2
Prestar a assistência de enfermagem aos idosos no CSF e domicílio.
Estratégia 2.1: Realizar consulta de enfermagem no CSF e em domicílio.
33
Ações desenvolvidas
Ação 1: Utilizar Roteiro Pré-estabelecido de Papaléo Netto (2005) de consulta de
enfermagem.
Realizamos no CSF Chico Mendes, durante nossa prática assistencial, um total de 77
consultas de enfermagem com idosos, utilizando o roteiro de consulta proposto por Papaléo
Netto (2005) (ANEXO IV), o qual forneceu subsídios para descrever a evolução nos
prontuários dos pacientes, dar as orientações, fazer o levantamento de diagnósticos de
enfermagem e, a partir destes, realizar planos de autocuidado.
A consulta de enfermagem é competência exclusiva do enfermeiro. A Lei do exercício
profissional N.º 7498, de 25 de junho de 1986, artigo 11, inciso I, alínea “i”, legitima o
enfermeiro para o pleno exercício dessa atividade, com o indivíduo, família e a comunidade,
seja no âmbito hospitalar, ambulatorial, domiciliar ou em consultório particular (MACHADO;
LEITÃO; HOLANDA, 2005).
Papaléo Netto (2007) descreve a consulta de enfermagem como uma metodologia
assistencial e deve conter o levantamento de dados, incluindo a avaliação das atividades de
vida, o planejamento da assistência, a intervenções de enfermagem, além da avaliação da
assistência prestada. Além disso, o autor salienta que a consulta de enfermagem exige
disponibilidade por parte do enfermeiro ou o número suficiente de profissionais, assim
permite uma melhor avaliação da dependência do idoso para o autocuidado.
A consulta é também um processo de interação entre o profissional enfermeiro e o
assistido, na busca da promoção da saúde, da prevenção de doenças e limitação do dano,
sendo fundamental a participação do paciente (MACHADO; LEITÃO, HOLANDA, 2005).
Diante disto, Orem salienta que a consulta de enfermagem é indispensável quando os
indivíduos são incapazes, de forma contínua, de manter em quantidade e qualidade a vida e a
saúde.
Ação 2: Realizar levantamento dos Diagnósticos de enfermagem.
Para a realização desta ação, os diagnósticos de enfermagem foram levantados a partir das
visitas domiciliares, onde realizávamos as consultas de enfermagem. Este levantamento
ocorria nas situações em que percebíamos que o idoso não estava sendo cuidado
adequadamente pelo cuidador/familiar. A partir deste, consideramos necessário desenvolver
34
uma ação não prevista, realizando um plano de cuidados embasados nos déficits de
autocuidado.
Estes planos abordavam desde a alimentação adequada, movimentos com o idoso, higiene
e conforto e todos os cuidados para proporcionar-lhe uma melhor qualidade de vida.
Realizamos cinco planos de cuidados para os pacientes em situação de déficit de cuidados.
Alguns foram entregues pela ACS responsável pela área, e outros em visitas subsequentes
(APENDICE VII).
Segundo Carpenito (2003), para a enfermagem fazer um diagnóstico preciso, ela deve ser
capaz de: coletar dados válidos e pertinentes; analisar os dados; saber diferenciar os
diagnósticos dos problemas; formular corretamente os diagnósticos e selecionar os mais
prioritários.
Cabe lembrar que o diagnóstico de enfermagem também fornece critérios mensuráveis
para a avaliação da assistência prestada; dá suporte e direção ao cuidado; facilita a pesquisa e
o ensino; delimita as funções independentes de enfermagem; estimula o cliente a participar de
seu tratamento e do plano terapêutico e contribui para a expansão de um corpo de
conhecimentos próprios para a enfermagem (JESUS apud FOSCHIERA; VIERA 2004).
Após o diagnóstico e formulação dos problemas identificados, inicia-se o planejamento da
assistência de enfermagem, que consiste em um meio em que o enfermeiro dispõe para aplicar
seus conhecimentos técnico-científicos e humanos na assistência ao paciente e caracterizar
sua prática profissional, colaborando na definição de seu papel. Em função disto o
tal planejamento deve levar à realização de planos, como formas organizadas de expressar os cuidados de enfermagem, que orientem a atenção que deve ser dada aos aspectos relativos à alimentação, ao repouso, à atividade física, à terapêutica medicamentosa, aos cuidados especiais determinados pela patologia e às condições específicas de cada paciente/cliente, entre outros, caracterizando, assim, uma orientação individualizada, que compõem todo um processo de decisões, permitindo determinar os cuidados de enfermagem pertinentes e adequada à condição única desse paciente/cliente. (LUNARDI FILHO; LUNARDI; PAULITSCH, 1997, p. 64).
Na visão de Orem, o diagnóstico de enfermagem e prescrição na forma de plano de
cuidados se faz necessária, porque a enfermagem deve realizar a análise e interpretação desses
dados, cujo enfoque devem ser os indivíduos incapacitados, visando proporcionar ações
contínuas de cuidados de saúde. O indivíduo, a família e a comunidade devem estar inseridos
no contexto e assumirem as responsabilidades pessoais ou de algum membro na busca efetiva
de uma melhor qualidade de vida, saúde e bem-estar (GEORGE, 2000).
35
Ação 3: Prestar orientações aos pacientes nas consultas individuais de enfermagem.
Para darmos início a realização das consultas de enfermagem, primeiramente
acompanhamos a Enfermeira Luciana em duas consultas a seu pedido e, após esse
acompanhamento, iniciamos as nossas atividades.
Apresentávamos-nos a todos os pacientes que eram encaminhados para a realização da
consulta de enfermagem, dialogávamos a respeito da prática assistencial com pessoas acima
de 60 anos, assim deixamos livre a escolha de serem atendidos por nós. Utilizamos o roteiro
de consulta anteriormente citado nos pacientes idosos que aceitavam serem consultados por
nós acadêmicas. O roteiro norteava para a evolução e identificação dos déficits de
autocuidado e prescrição das orientações individuais.
Foram realizadas 77 consultas de enfermagem, e estas eram basicamente para fornecer
medicações a pacientes hipertensos e diabéticos. Mesmo assim, em cada consulta realizada,
questionávamos quais as medicações que o idoso ingeria e pedíamos para relatar de que forma
e a quantidade correta de cada medicação. Caso identificássemos que os idosos não
estivessem fazendo o uso correto, orientávamos e, após, pedíamos para repetir a nossa
explicação e observávamos se o idoso havia realmente entendido como era o uso correto. Em
casos mais complicados, agendávamos visita domiciliar (VD). Além disso, prestávamos
orientações de saúde com o intuito de fazer os idosos serem capazes de ter autonomia sobre o
seu cuidado.
A tarefa do profissional de saúde é decodificar, decifrar e perceber o significado da
mensagem que o paciente envia, para só então estabelecer um plano de cuidados adequado e
coerente com as suas necessidades (SILVA, 2002).
Para uma consulta de enfermagem ser eficiente, temos ciência de que o diálogo é
fundamental. Portanto, é através da comunicação com o paciente que o enfermeiro poderá
compreender o seu modo de pensar, sentir e agir, assim identificar seus problemas e efetuar as
ações necessária que venham contribuir para o bem-estar (STEFANELLI, 1993).
Concordamos com Rebecca e Bebb (apud SILVA, 2002, p.13), pois elas afirmam que “a
comunicação é parte do tratamento do paciente e ficar conversando com ele, muitas vezes, é o
próprio remédio”.
Orem (apud GEORGE, 2000), dentro do processo de enfermagem, afirma que a enfermeira
deve desempenhar e regular as tarefas de autocuidado do paciente, ou auxiliá-lo, orientá-lo,
36
direcioná-lo e apoiá-lo, a fim de exercitar ou a não exercitarem a ação do autocuidar, sendo
essas ações realizadas através do diálogo sobre educação em saúde.
Ação 4 e 5: Identificar os idosos que necessitam de visita domiciliar no território;
Realizar visita domiciliar.
Para realizarmos essas ações, sentamos várias vezes com cada ACS para fazer o
levantamento dos idosos no território de abrangência do CSF que necessitavam de VD. Nestas
ocasiões, aproveitávamos para conversar com as auxiliares e com as enfermeiras do CSF.
Cada uma das 10 ACS têm um levantamento em um livro/caderno com os pacientes das suas
áreas, onde são especificados os problemas de saúde em cada residência. O levantamento e as
anotações diárias facilitaram a organização do cronograma de visitas domiciliares aos idosos
que mais precisam de assistência domiciliar. Também realizamos análise de alguns
prontuários o que contribuiu para a identificação de mais alguns casos graves que não haviam
sido repassados para nós. No levantamento, constatamos 73 idosos que necessitam de VD, e
destes, 10 são totalmente acamados, dois idosos em cadeira de rodas, ou que possuem
dificuldade de deambulação por sequelas de AVC, problemas com Alzheimer, Parkinson,
problemas respiratórios com uso de O2, neoplasias, entre outros.
Para o melhor conhecimento da população, há necessidade de realizar o reconhecimento
do território considerado um passo básico para a caracterização desta população e de seus
problemas de saúde, bem como para avaliação do impacto dos serviços sobre os níveis de
saúde dessa população. Silva (et al., 2001) nos traz ainda que o território baseia-se em
critérios de acesso geográfico da área e fluxo da população, envolve a noção de
corresponsabilidade da população do CFS sobre as ações de promoção da saúde dentro do
mesmo.
Esse reconhecimento é realizado através da observação das condições criadas no espaço
para a produção, circulação, residência, comunicação para o exercício das políticas e das
crenças, para o lazer e como condição de vida (PEREIRA; BARCELLOS, 2006). Orem (apud
GEORGE, 2000) descreve o ambiente (território) como tudo aquilo que está relacionado com
o meio externo e interno do paciente, isto é, o espaço onde as ações de enfermagem se
desenvolvem.
Para a enfermagem reconhecer o território e realizar as ações de saúde, é fundamental que
o trabalho das agentes comunitárias de saúde sejam bem executado, sendo que cada ACS fica
37
responsável segundo a Portaria Nº 1.886, de 18 de Dezembro de 1997 em diretrizes
operacionais, com algumas atribuições como:
• O Agente Comunitário de Saúde - ACS deve trabalhar com adscrição de famílias em
base geográfica definida;
• Um ACS é responsável pelo acompanhamento de, no máximo, 150 famílias ou 750
pessoas;
• São considerados requisitos para o ACS: ser morador da área onde exercerá suas
atividades há pelo menos dois anos, saber ler e escrever, ser maior de dezoito anos e
ter disponibilidade de tempo integral para exercer suas atividades;
• O Agente Comunitário de Saúde deve desenvolver atividades de prevenção das
doenças e promoção da saúde, através de visitas domiciliares e de ações educativas
individuais e coletivas, nos domicílios e na Comunidade, sob supervisão e
acompanhamento do enfermeiro instrutor/supervisor lotado na unidade básica de
saúde da sua referência;
• São consideradas atribuições básicas dos ACS, nas suas áreas territoriais de
abrangência: realização do cadastramento das famílias; participação na realização do
diagnóstico demográfico e na definição do perfil socioeconômico da comunidade, na
identificação de traços culturais e religiosos das famílias e da comunidade, na
descrição do perfil do meio ambiente da área de abrangência, na realização do
levantamento das condições de saneamento básico e realização do mapeamento da sua
área de abrangência; realização do acompanhamento das microáreas de risco;
realização da programação das visitas domiciliares, elevando a sua frequência nos
domicílios que apresentam situações que requeiram atenção especial; realização de
atividades de prevenção e promoção da saúde do idoso; entre outros (BRASIL, 1997).
Para desenvolvermos a quinta ação, necessitamos do acompanhamento das ACS, pois não
sabíamos os endereços corretamente. Em sua maioria, as VD foram realizadas em dupla e a
pé. Algumas vezes ficou disponível o carro, isso geralmente ocorria nas segundas-feiras, no
período da manhã. E em duas tardes realizou-se VD juntamente com o médico do CSF.
Totalizaram-se 74 visitas domiciliares. Para isso, nós verificávamos o prontuário de cada
paciente onde as visitas estavam programadas. Após analisarmos todo o histórico do paciente
no CSF, saíamos com a ACS da área. Ao chegarmos às residências, elas nos apresentavam
como Acadêmicas de Enfermagem e nós falávamos do nosso trabalho. Caso aceitassem,
identificávamos a situação e realizávamos a assistência de enfermagem no domicílio.
38
Consideramos importante verificar os prontuários, pois segundo Oselka (2002), é nele que
se registram todas as informações, exames, procedimentos e quaisquer documentos
pertinentes à assistência. A própria experiência dos Conselhos de Medicina comprova que o
prontuário é instrumento fundamental, não só para contribuir com a qualidade de atendimento
ao paciente, como também, quando isto se faz necessário, para a defesa do profissional de
saúde em eventuais demandas judiciais.
O prontuário ainda pode ser definido como um documento único, “constituído de um
conjunto de informações, sinais e imagens registradas, geradas com base em fatos,
acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada, de caráter
legal, sigiloso e científico”, que possibilita a comunicação entre membros da equipe
multiprofissional e a continuidade da assistência prestada (VASCONCELLOS; GRIBEL;
MORAES, 2008, p.173)
A verificação dos prontuários, desta forma, se torna fundamental para realizar as visitas
domiciliares, entendida como uma oportunidade de compreender melhor o modo de vida do
usuário; conhecer o ambiente e as relações intrafamiliares; abordar questões que vão além da
doença física e que contemplem também os problemas sociais e emocionais; proporcionando,
assim, orientações mais voltadas para as reais necessidades de saúde do usuário, e buscar
singularidades na forma de se cuidar (SAKATA et al., 2007). Podemos considerar que a
pessoa que precisa do cuidado domiciliar não está isolada, mas sim em um contexto dinâmico,
com relações muitas vezes conflituosas em que precisamos cuidar da família inteira (KLOCK;
HECK; CASARIM, 2005).
Smelter e Bare (2005) relatam que a enfermagem no cuidado domiciliar, depois de avaliar
as necessidades do paciente, deve fazer encaminhamentos para outros membros da equipe
sempre que necessário. Em função disto, nas VD que encontrávamos casos com déficit de
autocuidado, repassávamos para a enfermeira ou ao médico responsável pelo território de
abrangência, ou realizávamos o agendamento de consulta médica para VD.
Os mesmo autores destacam ainda que os idosos são os usuários mais frequentes dos
serviços de cuidados domiciliares, ficando sob responsabilidade da enfermagem fazer
avaliação criteriosa das condições físicas, psicológicas, social e ambiental do paciente. Cabe à
enfermeira instruir o paciente e cuidador/ familiar nas competências e estratégias de
autocuidado, bem como nas atividades de promoção e manutenção da saúde.
Segundo Orem, as demandas de autocuidado terapêutico variam na sua composição,
complexidade e estabilidade, de acordo com os requisitos de autocuidado que lhes deu
origem. A enfermagem atua quando são identificados déficits para o autocuidado,
39
estabelecendo com o paciente o seu plano de ação, delegando a sua responsabilidade, a do
paciente e a de outros profissionais, bem como aos cuidadores/familiares, para que as
demandas terapêuticas para o autocuidado sejam atendidas (PEIXOTO, 1996).
Ação 6 e 7: Realizar técnicas de enfermagem e dar orientações sobre medicamentos para
os idosos e seus familiares em domicílio.
Para realizarmos as técnicas de enfermagem em domicílio, pedíamos permissão ao
paciente ou ao cuidador/familiar. As técnicas de enfermagem aplicadas foram verificações de
pressão arterial (PA), ausculta pulmonar e cardíaca em todas as VD, hemoglicoteste (HGT)
em pacientes diabéticos, nove curativos em úlceras de decúbitos e pós-cirúrgicos, uma
sondagem vesical suprapúbica e uma sondagem nasoenteral. Utilizamos os materiais
disponíveis no CSF.
Quanto às atividades assistenciais, para Costa e Chimizu (2005), o enfermeiro, devido ao
desempenho de diferentes papéis na gerência e na assistência, prioriza a realização de
procedimentos técnicos de maior complexidade e cuidados físicos aos pacientes mais graves.
Como consequência, apesar de o enfermeiro ser o profissional qualificado e capacitado
legalmente para desenvolver uma assistência integral aos pacientes, observa-se que presta
assistência sem sistematização e de forma fragmentada.
A assistência domiciliar, para Lopes (2003) constitui uma atividade básica a ser realizada
na Atenção Primária à Saúde para responder às necessidades de assistência de pessoas que, de
forma temporária ou permanente, estão incapacitadas para deslocarem-se aos serviços de
saúde. Nesta assistência, intervêm, de forma diferenciada, todos os componentes da equipe de
saúde, estando a resolutividade relacionada com a composição e as condições proporcionadas
à equipe pelo doente, família e domicílio.
A Organização Mundial da Saúde (apud LOPES, 2003, p. 11) define assistência domiciliar
como:
a provisão de serviços de saúde por prestadores formais e informais com o objetivo de promover, restaurar e manter o conforto, função e saúde das pessoas num nível máximo, incluindo cuidados para uma morte digna. Serviços de assistência domiciliar podem ser classificados nas categorias de preventivos, terapêuticos, reabilitadores, acompanhamento por longo tempo e cuidados paliativos.
40
Cada solicitação de assistência domiciliar pode requerer recursos diferenciados, por isso a
importância de um planejamento para a realização das visitas domiciliares e acompanhar a
pessoa doente no domicílio. Os procedimentos realizados devem ser feitos utilizando as
técnicas corretas, prevenindo qualquer tipo de infecção, visando sempre um bom prognóstico
para o paciente. Na realização de qualquer curativo, é importante priorizar o uso de técnica
asséptica, evitando assim a proliferação de bactérias que podem agravar e prejudicar o quadro
clínico do paciente. Recomenda-se organização de maleta de atendimento domiciliar,
contendo alguns dos seguintes itens: estetoscópio, esfigmomanômetro, glicosímetro,
termômetro, agulhas, escalpe, gazes, seringas, sonda vesical (SOUZA et al, 2009).
Em todas as VD, conferimos a forma como o paciente estava fazendo uso das medicações,
e orientávamos quanto a horários, data de validade, a importância de fazer o uso correto, e nos
casos com maior dificuldade, realizamos caixinhas onde separávamos as medicações
conforme horários (manhã, tarde, noite), facilitando para que o paciente fizesse o uso correto.
Para dar as orientações, nos embasamos em Rodrigues e Diogo (2004), que salientam:
• O horário dos remédios devem ser programados conforme as atividades do dia (café
da manhã, almoço, jantar...);
• Deixar as medicações em local visível;
• Utilizar um esquema de horários, colocando-os nas caixas dos remédios;
• Utilizar o despertador nos horários da medicação;
• Telefonar para o idoso, lembrando-o para tomar o remédio;
• Oferecer líquidos para ingerir o remédio, facilitando a deglutição.
Sabemos que o medicamento é toda a substância que, ao ser introduzido no organismo,
tem como finalidade a prevenção, a cura de doenças e o alívio de alguns sintomas
(RODRIGUES; DIOGO, 2004).
No envelhecimento, devido às inúmeras transformações que ocorrem, os idosos tendem a
adoecer, ou já são doentes crônicos e utilizam diferentes medicamentos. O uso inapropriado
por essa população de diferentes medicamentos, alguns inclusive sem necessidade, tem se
tornado um problema, tanto do ponto de vista humanístico quanto econômico. Seguindo este
raciocínio, é de fundamental importância que o paciente tenha conhecimento do que seja cada
tipo de medicamento, principalmente devido ao grau de cuidado que cada um exige quando se
trata de seu poder lesivo, se o utilizar inadvertidamente (ANDRADE; SILVA; FREITAS,
2004).
Existem idosos independentes, que não necessitam de ajuda para administrar a medicação,
apenas orientação; outros são parcialmente dependentes, havendo necessidade de intervenção
41
de um cuidador para auxiliá-los ou lembrá-los de tomar medicação. Já os idosos dependentes
necessitam de um cuidador que administre o remédio, pois não conseguem realizar seu
autocuidado (RODRIGUES; DIOGO, 2004).
No uso correto das medicações, devem ser seguidas algumas recomendações úteis, citadas
pelo autor acima:
• O idoso deve ser estimulado a assumir e responsabilizar-se pelo seu tratamento,
passando cuidados a outras pessoas somente quando impossibilitado;
• Cuidar o prazo de validade dos medicamentos e mantê-los em local seguro e
protegido;
• Caso o idoso tenha dificuldade visual, seja analfabeto, ou não consiga manipular os
remédios, deve-se separá-los para uso diário em frascos identificados, conforme o
horário em que deverão ser tomados;
• O idoso deve manter consultas médicas periódicas, informando o médico sobre seus
tratamentos;
• Utilizar somente remédios receitados e levá-los nas consultas médicas;
• Não se deve aumentar ou diminuir as doses sem conhecimento do médico.
A consulta de enfermagem em domicílio constitui um espaço de realização de técnicas,
identificação das demandas e levantamento das capacidades do paciente para o exercício das
atividades de autocuidado. Também, envolve um momento educativo através de orientações,
visando preparar tanto o indivíduo como a família para o autocuidado (SANTOS;
OLIVEIRA, 2004).
A qualidade da assistência prestada ao paciente está diretamente relacionada ao
desenvolvimento de ações educativas, onde o enfermeiro deve usar da comunicação para
conseguir estabelecer relacionamento efetivo com o paciente, a fim de oferecer-lhe apoio,
conforto e informação/orientações, e despertar seu sentimento de confiança e autoestima, bem
como lhe ensinar (STEFANELLI, 1993).
Freire (1977) afirma que o educador deve priorizar o conhecimento do educando, seu
mundo e suas atitudes. Neste sentido, a educação deve ser compreendida numa perspectiva
que permita que a verdade humanize o homem e que este deve utilizar ações que o auxiliem a
melhorar o mundo e a sua saúde.
Orem relata que as ações de enfermagem são complexas e permitem que elas auxiliem e
conduzam as pessoas para o autocuidado. E quando estes não são aptos, a enfermagem ou o
cuidador/familiar desempenham a ação de cuidar (GEORGE, 2000).
42
Avaliação do objetivo 2
Acreditamos que este objetivo foi alcançado, pois conseguimos realizar todas as ações
previstas. Ao realizarmos a prática assistencial, acreditávamos que teríamos maior dificuldade
nas VD, porém em todas as casas em que as realizamos fomos bem recepcionadas.
Algumas dificuldades encontradas foram em relação aos dias de muita chuva, pois houve
dias em que programamos as VD e não pudemos realizá-las devido ao mau tempo, assim nos
reorganizávamos e fazíamos alguma atividade na unidade, como as confecções de caixinhas
para medicamentos, materiais para as atividades educativas e planos de cuidados. Outra
dificuldade encontrada foi por parte da colaboração de algumas ACS, isto é, tivemos casos de
omissão de pacientes que necessitavam de VD, e que descobrimos, realizando a análise dos
prontuários ou com as enfermeiras, também alguns casos em que sempre diziam ter outras
atividades para realizar.
No caso das consultas de enfermagem, no primeiro mês em que estivemos presentes no
CSF, realizávamos as consultas todas as manhãs, devido à disponibilidade de salas, e
marcávamos as VD apenas para as sextas-feiras. Porém, a partir do mês de abril, ocorreu um
imprevisto, acabamos ficando sem sala para atendimento no CSF, pois a sala em que
atendíamos passou a ser sala de agendamento de exames. Devido a esse ocorrido, passamos a
ter a sala da ginecologista disponível apenas nas segundas-feiras e quartas-feiras, assim a
nossa demanda de consultas diminuiu consideravelmente, sendo que às vezes, na segunda-
feira, não realizávamos atendimento. Pelo carro estar disponível, acabávamos fazendo
algumas VD mais distantes do CSF. E, em duas quartas-feiras realizamos a atividade
educativa com o grupo de hipertensos e diabéticos.
Encontramos facilidade no caso dos pacientes, pois nenhum recusou o nosso atendimento,
e também na disponibilidade da Coordenadora que nos foi dada para estarmos realizando a
nossa prática assistencial.
5.3.3. Objetivo Específico 3
Fornecer orientações de cuidados ao grupo de idosos e cuidadores/ familiares visando a
promoção da saúde dos idosos.
43
Estratégia 3.1: Realizar educação em saúde sobre os cuidados específicos para a faixa
etária acima de sessenta anos ou mais com o grupo de idosos.
Ações desenvolvidas
Ação 1: Conversar com o grupo de idosos e ver que assuntos eles necessitam de maior
orientações.
Na tarde de 24 de fevereiro, fomos ao grupo de idosos para conversar com o Presidente
sobre o início de nossas atividades com o grupo. Então, dia 09 de março, realizamos e
aplicamos um questionário (APÊNDICE VIII), pois o Sr. João nos falou que seria mais difícil
estar conversando com eles. Conseguimos aplicar apenas 26 questionários, pois, quando a
música ao vivo iniciou, os idosos ficaram dispersos e não quiseram mais responder as
questões. Mas, com esse número, conseguimos realizar um levantamento dos assuntos mais
solicitados, que foram a Gripe A (H1N1), alimentação adequada, importância dos exercícios
físicos e DST’s.
Para Gonzales; Beck; Denardim (1999), um grupo não é apenas um aglomerado de
pessoas, mas um sistema identificável, composto de três ou mais indivíduos que se engajam
em certas tarefas para atingir um objetivo comum. Já Orem (apud GEORGE, 2000) aborda
que um grupo é um conjunto de pessoas que procuram preservar laços de afinidades, mesmo
frente à singularidade de pensamentos, crenças e valores. Serve como ponto de referência ao
indivíduo e objetiva o bem comum de seus membros.
O grupo possibilita reflexões coletivas partindo da realidade de cada integrante,
valorizando sua experiência e contexto de vida (CARRARO; WESTEPHALEN, 2001). O
grupo pode também ser algo dinâmico, um processo que se da a partir do momento em que as
pessoas se encontram e podem ainda constituir como um espaço de troca de experiências
(LAGO; BRUGNERA; DEITOS, 2010).
Para um grupo interagir, há necessidade da comunicação que implica em uma
reciprocidade que não pode ser rompida. O que a caracteriza é o diálogo e expressão verbal
(FREIRE, 1977). Conforme Silva (2002, p.09), “somos por excelência seres de comunicação.
No encontro comunicativo com os outros, nós descobrimos quem somos, nos
compreendemos, crescemos em humanidade, mudamos para melhor e nos tornamos fator de
44
transformação da realidade em que vivemos”. Isso contribui para uma melhor convivência
grupal.
Ação 2: Realizar tardes de conversações sobre qualidade de vida, autocuidado,
prevenção de quedas e demais dúvidas relatadas pelos idosos.
Juntamente com o Presidente do grupo, combinamos três dias de conversação com os
idosos, que ocorreriam nos dias 30 de março, 27 de abril e 25 de maio, nos dias em que são
realizados os almoços do grupo. Com essa atividade tivemos alguns imprevistos, iniciando
pelo dia 30 de março. Havíamos programado para realizar a atividade educativa sobre
exercício físico, Gripe A (H1N1) e qualidade de vida, porém quando fomos ao pavilhão para
realizar a atividade, nos informaram que o almoço havia sido antecipado para o dia 23 de
março. Não fomos avisadas dessa antecipação.
Entramos em contato por telefone com o Presidente e marcamos nova data, no dia 06 de
abril. Nesta tarde, fomos ao grupo para realizar as atividades programadas para o dia 30 de
março, porém ocorreu mais um imprevisto. Fomos ao pavilhão comunitário às 13h, e os
idosos começaram a chegar às 13:30h. Assim sendo, iniciamos nossa palestra às 14h
(APÊNDICE IX), porém não conseguimos abordar todo o planejado. Falamos sobre a Gripe
A (H1N1), e como gerou muitas dúvidas entre os ouvintes, nos estendemos mais no assunto.
Quando eram 14:30h, o som ao vivo iniciou e os idosos se dispersaram e não quiseram mais
participar da atividade educativa. Participamos com eles da confraternização.
No dia 27 de abril, antes de irmos ao Grupo de idosos, fomos ao CSF. Às 10h fomos ao
pavilhão juntamente com a Acadêmica de Nutrição convidada por nós através do ofício
(APÊNDICE X), para falar sobre alimentação. Organizamos o local da atividade educativa, e
enquanto aguardávamos as pessoas chegarem, interagimos com os idosos. Ao tentarmos dar
início às atividades tivemos um contratempo. Neste dia estava presente também uma
responsável da FASC, que nos falou que iria ocupar apenas alguns minutos do nosso tempo
para passar alguns informes gerais, porém ocupou mais de meia hora, assim ficando reduzido
o tempo que restava para as nossas atividades com eles. Ainda frisou que “esses dia é
destinado para atividades de vocês!, não precisam aceitar outras atividades!". Devido ao
ocorrido, não conseguimos realizar toda a programação que tínhamos para o grupo como as
dinâmicas. Apenas realizamos as palestras e entregamos os folders (APÊNDICE XI e XII).
Os 83 idosos participantes foram ativos, fizeram perguntas, interagiram com a atividade.
Ficamos com eles no almoço e no período da tarde dançante, dando abertura para esclarecer
45
dúvidas. Vários idosos nos procuraram para perguntar sobre diversos assuntos como
sintomas, tratamento e prevenção de algumas doenças.
Na terça-feira do dia 25 de maio, nós realizaríamos a última atividade educativa com o
grupo, porém a atividade programada para este dia foi transferida pela FASC inclusive de
local, para a Efapi, juntamente com outros grupos de idosos, em função da realização de um
almoço com fins lucrativos no dia 23 de maio. Devido ao ocorrido, não realizamos a atividade
prevista. Cogitamos em marcar outro encontro com o Grupo, porém o próximo encontro
ocorreria em julho, o que tornaria impossível devido ao cronograma estipulado de atividades
desta prática assistencial. Sendo assim, no dia 04 de maio, fomos ao encontro do Grupo de
Idosos ‘Unidos Venceremos’ para fazer um agradecimento pela participação nas atividades
educativas. Encerramos as ações lendo uma mensagem de autoestima (ANEXO III) e foi
entregue uma lembrança em forma de ímã de geladeira (APÊNDICE III).
Consideramos fundamental participar com os idosos, após as atividades educativas das
tardes dançantes, já que os mesmos consideram de lazer. Para Rodrigues e Diogo (2004), o
lazer corresponde a um tempo de liberação e de prazer em que os indivíduos escolhem uma
atividade de acordo com os critérios prioritários e interesses pessoais. Dumazedier (apud
RODRIGUES; DIOGO, 2004, p.113-114), considera:
o tempo em que cada um tem para si. Representa o conjunto de ocupações não obrigatórias as quais o indivíduo pode se entregar de bom grado, seja para repousar, para se divertir, para desenvolver sua informação ou formação desinteressada, sua participação social ou sua livre capacidade criadora, depois de liberado de suas obrigações profissionais, familiares e sociais.
O idoso pode, através do lazer, expressar-se melhor em todos os sentidos, o qual favorece
o desenvolvimento da sociabilidade e de formações de grupos, evitando, desta forma, o
isolamento social. Festas, bailes, passeios, viagens são algumas expressões deste tipo de
interesse que marcam a busca de um estado de satisfação (RODRIGUES; DIOGO, 2004).
Observamos que os idosos do grupo que participavam das tardes dançantes apresentavam
autoestima elevada, estavam de alto astral, motivados, as mulheres bem arrumadas com
maquiagem e os homens extrovertidos, contando piadas. Eles valorizavam a música, pois
quando esta dava início, todos se dirigiam à pista para dançar. Para Santos (1995), a música
pode ser considerada um recurso terapêutico importante, pois permite a expressão de
sentimentos e emoções de foro íntimo que possibilitam novas formas de interação.
A música também é considerada um processo destinado a facilitar e promover
comunicação, relacionamento, aprendizado, mobilização, expressão, organização e outros
46
objetivos terapêuticos relevantes, a fim de atender as necessidades físicas, emocionais,
mentais, sociais e cognitivas (TESTON, 2002).
A nossa participação nas tardes dançantes facilitou a nossa interação e comunicação com
os idosos. A comunicação representa uma troca de informação e compreensão entre as
pessoas, com objetivo de transmitir fatos, pensamentos e valores. É um processo humano de
emissão e recepção de mensagens, no qual existem dois meios de transmissão: o verbal e não
verbal (OLIVEIRA et al., 2005).
É através da comunicação que o profissional de saúde poderá ajudar o paciente a enfrentar
os seus problemas, visualizar a sua participação na experiência e alternativas de solução
desses problemas, encontrando novos padrões de comportamento (SILVA, 2002, p. 14).
Na visão de Orem (apud LEOPARDI, 1999), o autocuidado é aprendido através da
interação humana e comunicação. O contato entre enfermeiro e paciente em torno da
assistência prestada pode ser formal ou informal. Orem também relata que a forma de se
cuidar pode estar relacionada com a autoestima que influencia o indivíduo direta ou
indiretamente no âmbito comportamental, social, emocional e até mesmo no sistema
autoimune.
Ação 3: Confeccionar folder educativo contendo ações de qualidade de vida para
entregar aos participantes das rodas de conversação.
Confeccionamos os folders educativos (APÊNDICE XII), após levantamento dos assuntos
que os idosos mais tinham interesse. Buscamos variadas referências para realizar os dias
educativos e também para a construção do folder, assim nos possibilitou ter mais que uma
opinião sobre os assuntos que abordamos como: autocuidado, qualidade de vida, estatuto do
idoso, prevenção de quedas, alimentação, higiene e conforto, sono e repouso, autoestima, e
demais cuidados para se manter uma vida com qualidade. No total foram entregues 75 folders
no Grupo de Idosos, no dia 22 de abril. Além disso, disponibilizamos um folder para a
Coordenadora.
Segundo Kubota (1980, p.101), materiais educativos ou meios instrucionais são
"instrumentos físicos que possibilitam a transmissão de estímulos necessários à
aprendizagem”. Existe uma série de materiais instrucionais, entre os quais os impressos que
os profissionais responsáveis por ações educativas em saúde utilizam, a fim de reforçar as
orientações e facilitar o processo de ensino-aprendizagem.
47
Para Brasil (2006), o material educativo serve como aporte para desenvolvermos ações
voltadas para a promoção da saúde. O Ministério da Saúde e SMS também tem a
responsabilidade de fornecer esses materiais.
A enfermeira, segundo Orem (apud GEORGE, 2000, p.91), deve apoiar e orientar “os
pacientes no aprendizado de atividades e fornecer indicações para o aprendizado assim como
sessões instrucionais”, podendo ser estas através de materiais educativos.
Estratégia 3.2: Realizar educação em saúde sobre os cuidados a idosos com os
cuidadores/familiares e envolvê-los na realização da assistência de enfermagem
domiciliar.
Ações desenvolvidas
Ação 1: Prestar orientações e auxiliar no cuidado ao idoso acamado.
Nas visitas domiciliares, prestávamos orientações tanto ao paciente idoso como aos
cuidadores/familiares. Ensinávamos as maneiras mais práticas de realizar alguns cuidados,
como a mudança de decúbito do acamado, algumas dicas para prevenção de úlceras de
pressão, como o uso de coxins, lençóis, hidratação da pele, alimentação, e demais cuidados
gerais.
Para Figueiredo (2005), cabe à enfermagem trabalhar questões de orientações para auxiliar
no enfrentamento de mudanças, estimulando uma atitude positiva perante a vida e a
autoestima e também ressaltar a capacidade da pessoa idosa em adaptar-se às mudanças
físicas, sociais e emocionais.
Ainda para Smeltzer e Bare:
Suas metas englobam a promoção e manutenção do estado funcional e o auxilio para que os idosos identifiquem e utilizem seus potenciais para atingir a independência ótima. A enfermeira ajuda a pessoa idosa a manter a dignidade e a autonomia máxima, apesar das perdas físicas, sociais e psicológicas. (2005, p.202).
Portanto, no cuidado domiciliar, o profissional de saúde tem um papel de mediador entre
quem necessita de cuidados e a pessoa que vai realizar a ação do cuidado (KLOCK; HECK;
CASARIM, 2005).
48
Vilela (apud ARAGÃO, 2008) acredita que, para cuidar do idoso, não adianta somente a
disposição e a solidariedade do cuidador, também são necessárias orientações básicas sobre as
doenças que podem acometer o idoso e estratégias de cuidado nas diversas situações.
Orem, em sua teoria, salienta que a pessoa pode aprender seu cuidar, desde que a
enfermagem na assistência utilize formas diferenciadas para prestar orientações visando o
autocuidado (GEORGE, 2000).
Ação 2: Realizar orientações educativas individuais com os familiares/cuidadores sobre
a assistência em: dieta, sono/repouso, higiene, cuidado/prevenção com úlceras de
pressão, medicalização, quedas.
Quando realizávamos as VD, levantávamos um diagnóstico simplificado para darmos as
dicas essenciais e individuais ao cuidador/familiar, que seriam fundamentais para o melhor
cuidado do paciente. Algumas orientações eram realizadas apenas quando estávamos somente
na presença do cuidador, para não constranger o idoso. O cuidador relatava dificuldades
enfrentadas e particularidades relacionadas ao cuidar. Nos casos em que percebíamos os
déficits do cuidado realizado pelo cuidador, realizávamos o plano de cuidado citado no
objetivo específico 2 para ser entregue a quem cuida, em linguagem simples e sucinta.
Concordamos com Martins (apud ARAGÃO, 2008), quando aponta que a falta de
orientação para o cuidador pode gerar riscos à saúde do idoso, porém, quando é
instrumentalizado corretamente, poderá enfrentar com maior segurança as dificuldades no
processo de cuidar. Em função disto é que resolvemos realizar ações educativas individuais
com os cuidadores/familiares.
Conforme Karch (2003), não apenas os idosos, mas também o cuidador/familiar de idosos
incapacitados precisa ser alvo de orientação de como proceder nas situações mais difíceis e
receber em casa periódicas visitas de multiprofissionais.
Para Sánchez (apud ARAGÃO, 2008), as necessidades do cuidador familiar principal
variam conforme o estado de saúde da pessoa cuidada, do apoio familiar e social disponível,
da condição econômica, da facilidade de acesso aos serviços de saúde, do conhecimento e
experiências acerca do cuidar dos problemas de saúde de seu familiar e, especialmente,
depende da capacidade de aceitação de ser cuidador.
Neste contexto, Orem (apud LEOPARDI, 1999) aborda que o sistema educativo suportivo
é quando ocorrem requerimentos de assistência na tomada de decisão, no controle de
49
comportamento e na aquisição de conhecimento. Neste sistema, os pacientes podem
desempenhar autocuidado com assistência.
Ação 3: Elaborar as cartilhas a partir dos temas abordados e dúvidas dos
cuidadores/familiares em relação ao cuidado a idosos acamados.
Como não foi viável financeiramente a elaboração de cartilhas, criamos os folders
educativos (APÊNDICE XIII) a partir das VD e das dúvidas frequentes que percebíamos
atingirem os cuidadores/familiares, em forma de dicas de cuidados com orientações e práticas
compatíveis com o nível socioeconômico da área de abrangência. Os folders abordaram sobre
sono e repouso, cuidado com sonda e oxigênio, prevenção de escaras, alimentação, ambiente,
mudança de decúbito. Foram entregues dois folders aos participantes da palestra com
cuidadores/familiares, e os demais foram entregues à Coordenadora.
A produção de um material didático precisa ser cuidadosa em relação à linguagem de seus
textos, qualquer que seja o nível do curso ou grau de escolaridade de seu público-alvo. O
material não precisa conter todos os conteúdos e todas as possibilidades de aprofundamento
da informação oferecida (FUNDAÇÃO OSWALDO CRUZ, 2005).
Orem aponta, neste sentido, que o engajamento dos indivíduos nas práticas de autocuidado
depende, em grande parte, dos aspectos culturais, educacionais relativos a habilidades e
limitações pessoais, experiências de vida, estado de saúde e recursos disponíveis (PEIXOTO,
1996).
Ação 4: Esclarecer dúvidas em relação ao cuidado do idoso acamado.
Em todos os momentos, nas visitas domiciliares e na atividade educativa realizada com os
cuidadores/familiares, esclarecemos as dúvidas que possuíam em relação aos cuidados com
acamados. As dúvidas eram de todos os tipos: como realizar mudança de decúbito, como
prevenir úlceras de pressão, cuidados na alimentação, no sono e repouso, formas de melhor
realizar a higiene e conforto, entre outras.
No caso de pacientes crônicos e acamados ou com dificuldades de locomoção, as visitas
domiciliares são os melhores recursos da equipe de saúde para acompanhamento, tratamento e
resolução de intercorrência. Muitas são as causas que podem levar uma pessoa ficar acamada
ou parcialmente imobilizada, dentre elas podemos citar: pacientes com uso de ventilação
50
mecânica, oxigênioterapia, senilidade, acidentes de trânsito, acidente vascular cerebral, lesão
medular, alterações psiquiátricas, entre outros (GREFFE; FRANÇA; IZCAK, 2009).
As mesmas autoras citadas acima abordam que os efeitos adversos que decorrem devido a
imobilização incluem:
• Efeitos no sistema músculo-esquelético: hipotrofia ou atrofia muscular, fraqueza
muscular, contraturas, rigidez muscular, deformidades, osteopenia ou osteoporose;
• Efeitos no sistema respiratório: diminuição de volume e capacidade pulmonar,
dificuldade de remoção de muco nas vias aéreas, atelectasia e pneumonia;
• Efeitos no sistema digestivo: broncoaspiração, perda de apetite, constipação intestinal
e incontinência fecal;
• Efeitos no sistema cardiovascular: descompensação cardíaca, diminuição do volume
total de sangue, redução da concentração de hemoglobinas, trombose venosa profunda,
tromboembolismo pulmonar e hipotensão ortostática;
• Efeitos no sistema urinário: cálculo renal, infecções, bexiga neurogênica e
incontinência urinária;
• Efeitos no sistema tegumentar: úlceras de pressão.
Com base em todos os problemas que um paciente acamado possa vir a enfrentar, é de
fundamental importância que a enfermagem esclareça as dúvidas do cuidador/familiar para
que os cuidados sejam realizados da melhor forma possível, a fim de diminuir as
consequências do estar imobilizado. O enfermeiro utiliza a comunicação como instrumento
básico para todas as ações de enfermagem, considerando que temos a função de orientar e
ensinar pacientes, familiares e participar da educação continuada em serviço para a equipe de
trabalho (SILVA, 2002).
Para Orem (1991), os pacientes acamados estão incluídos no Sistema Totalmente
Compensatório, que compreende situações em que há limitações do indivíduo, tanto ao
cuidado terapêutico como à locomoção e manipulação, ou quando existe prescrição médica
em abster-se de realizar alguma atividade. Reúnem-se alguns subtipos nesse sistema:
incapacidade de desempenhar qualquer função de autocuidado; não conseguem se locomover
ou não devem cumprir estas ações, mesmo conscientes e com tomada de decisões; incapazes
de cuidar de si mesmos e com parcial tomada de decisões, mas sem possibilidade de
locomoção e pouco autocuidado, necessitando de supervisão contínua. Neste sistema, a
enfermagem realiza todo o cuidado ao usuário. Com o idoso acamado a enfermagem ou o
cuidador/familiar utiliza do Sistema Totalmente Compensatório para manter o seu bem-estar
(GREFFE; FRANÇA; IZCAK, 2009).
51
Ação 5: Pedir ao cuidador/familiar para auxiliar na assistência ao idoso, orientando-o se
estiver prestando assistência de forma incorreta.
Quando havia um procedimento de técnica, como curativo, administração de alimento e
medicação em sonda nasoentérica, troca da água do oxigênio no fluxometro, pedíamos ao
cuidador/familiar demonstrar como estava realizando a técnica e assim o auxiliávamos e
corrigíamos, caso estivesse fazendo de forma indevida, ensinando o cuidador a realizar da
forma mais próxima da técnica adequada possível, conforme a disponibilização de material.
Para Marques; Rodrigues; Kusumota (apud ARAGÃO, 2008), o enfermeiro deve
incentivar a família na participação e responsabilidade no cuidado do idoso dependente e
também deve orientá-la tanto na internação como na comunidade.
Brew; Pretto; Ritzel (2000) salientam que a família tem um papel fundamental nas práticas
de saúde. O respeito e a individualidade permitem uma relação de confiança com o
profissional, sendo fundamental para o sucesso da educação familiar e a realização das
orientações. Lago; Brugnera; Deitos (2010) salientam que “a aprendizagem para ser
significativa deve estar diretamente relacionada a experiência afetiva que o indivíduo vive.”
Orem ressalta que a família, os indivíduos e a comunidade devem estar inseridos, a fim de
assumirem responsabilidades pessoais ou então de alguns membros da família com o intuito
de promover uma melhor qualidade de vida, saúde e bem-estar. Sendo assim, envolve o
controle, a liberdade e a responsabilidade (GEORGE, 2000).
Avaliação do objetivo 3
Acreditamos que conseguimos atingir este objetivo, porém ocorreram alguns imprevistos
na execução das ações planejadas.
Na nossa primeira estratégia, encontramos algumas dificuldades, tivemos que alterar nosso
cronograma acordado com o Presidente do grupo devido aos imprevistos citados
anteriormente. No primeiro dia em que fomos aplicar o questionário, alguns idosos se
apresentaram impacientes e desinteressados para responder as questões, já outros interagiram
com nós e mostraram interesse em participar das atividades educativas. Outra dificuldade
encontrada é que as tardes dançantes se tornam uma prioridade na semana e eles não querem
perder esta atividade, então tivemos que adaptar o planejamento das ações.
52
Nas atividades educativas, a maioria dos participantes interagiu conosco nas falas,
questionando-nos e relatando casos que aconteceram com eles, ou com conhecidos, fazendo
com que nossa atividade atingisse o nosso objetivo de promover atitudes para o autocuidado.
Com relação à segunda estratégia, os cuidadores/familiares nos receberam bem em suas
residências e grande parte mostrou-se interessado em aprender corretamente as formas de
cuidar através de nossas orientações. No entanto, teve uma pequena parcela destes que não
conseguimos envolver na assistência, pois a partir do relato das ACS, estes familiares não são
presentes no cuidado, deixando assim o idoso sem suporte físico e emocional. Mesmo tentado
envolvê-los com nossas orientações e incentivo, percebemos em suas falas e reações que não
conseguiríamos potencializar a capacidade deste cuidador/familiar, a fim de realizar o melhor
cuidado para o paciente.
5.3.4. Objetivo Específico 4
Auxiliar os idosos no resgate de habilidades e competências para realização de seu
autocuidado.
Estratégia 4.1: Realizar levantamento das principais dificuldades encontradas para a
realização do autocuidado com os idosos e auxiliá-los na superação das dificuldades
relatadas.
Ações desenvolvidas
Ação 1: Elaborar questionário com cinco perguntas pré-elaboradas relacionada às
dificuldades do autocuidado ou outras dúvidas/dificuldades que eles possuem, com
idosos que frequentam o CSF.
Realizamos um questionário (APÊNDICE XIV) com cinco questões voltadas para a Teoria
de Orem e questões voltadas ao apoio familiar, com intuito de levantar as principais
dificuldades encontradas pelos idosos no seu dia a dia e também verificar se estão tendo o
apoio da família nas atividades realizadas. Esse questionário foi aplicado somente nas
53
consultas de enfermagem no CSF. Devido às manhãs que a demanda de atendimento era
grande não conseguíamos aplicar o mesmo com todos os idosos. Quem respondeu o
questionário assinou um Termo de Consentimento Livre e Esclarecido (TCLE) (APÊNDICE
XV), concordando que suas respostas fossem divulgadas na forma de um artigo, que será
realizado após a defesa desta prática assistencial. Totalizou-se 35 questionários aplicados.
O questionário pode ser um método de entrevista dirigida. A entrevista aberta atende
finalidades exploratórias, com relação a sua elaboração. O entrevistador introduz o tema e o
entrevistado tem a liberdade de falar sobre o assunto sugerido (DALTON, 2002).
Concordamos com Komatsu (2003), quando aborda que as entrevistas devem entender as
necessidades de cuidados e outras necessidades do sujeito, na singularidade de sua condição e
expressão, na interpretação da sua linguagem verbal e não verbal, que envolve as sutilezas do
gesto e da atitude. E isto implica auscultar o interior: nosso e de outrem.
Orem ressalva que o ouvir faz parte do processo de enfermagem, sendo que a
entrevista/questionário é um serviço de enfermagem que através da tecnologia traz um
conjunto de informações sistematizadas para a obtenção de resultados, com a finalidade de
desempenhar a assistência (LEOPARDI, 1999).
Ação 2: Incentivar e orientar o idoso na realização dos cuidados, buscando o resgate de
habilidades e competências.
Através das consultas de enfermagem e das VD, orientávamos os idosos na realização do
seu autocuidado e na importância da autonomia para ele, mostrando que o envelhecimento
não é motivo para depender de outras pessoas, que qualquer pessoa acima de 60 anos ainda
pode realizar as suas atividades normais, como ler, participar de grupos de idosos, ginástica,
de artesanato, de caminhadas, viajar, namorar, realizar afazeres domésticos e, acima de tudo,
continuar se gostando. O incentivo emocional motiva as pessoas a viverem melhor consigo
mesmas, apesar das dificuldades apresentadas.
O indivíduo não apenas tem o direito de cuidar de seu corpo, bem como a obrigação. O
dever dos profissionais de saúde é orientar através da educação para a saúde. “O
comportamento de se cuidar através da educação é uma responsabilidade individual, mas
também coletiva e social, e implica em dar atenção não só ao corpo físico, como também ao
de toda a sociedade. Um povo informado e educado é um povo livre e saudável.”
(GAUDERER, 1991, p.123).
54
O mesmo autor acima cita que no paciente acima de 60 anos há um processo de
fragilização, incapacitação e dúvidas, portanto cabe aos profissionais de saúde dar
responsabilidade a ele, atribuir-lhe, de maneira respeitosa, deveres e funções para o
autocuidado, sempre levando em consideração a sua capacidade de executá-los. Devemos
tornar o paciente responsável sobre si, a fim de que ele não se sinta impotente ou incapaz,
tornando-o menos dependente da equipe de saúde.
Essa conduta tenderá a diminuir reações emocionais como raiva, depressão ou culpa,
melhorando assim o plano terapêutico. Para alcançar essa meta, devemos ter a capacidade de
ouvir o paciente e negociar com ele o quanto de responsabilidade lhe pode ser atribuída
(GAUDERER, 1991).
Cabe à enfermagem, segundo Figueiredo (2005), preservar e encorajar a autonomia
funcional e emotiva do idoso, identificando junto a ele seus potenciais e a forma de utilizá-los,
mantendo a abertura de espaço para que, em gozo de suas faculdades mentais, tenha o direito
de receber orientações, emitir opiniões, escolher e decidir, consentir e recusar, pedir ajuda, ter
privacidade e participar, a fim de resgatar suas habilidades e competências para o cuidado.
A enfermeira, ao prestar cuidados à pessoa idosa, valoriza e estimula a independência e
autonomia do cliente, valendo-se, entre vários recursos, da prática de educação participativa
para o autocuidado nas atividades do viver diário. Por meio de ações libertadoras de educação
para a vida e para saúde, a pessoa idosa e sua família cuidadora são capazes de manter e/ou
buscar o bem-estar e qualidade de vida que desejam para si. Quando, devidamente
informados, orientados e motivados acerca da sua saúde e de seus direitos de cidadão, os
clientes são capazes de tomar suas próprias decisões e de se autocuidarem (OREM apud
GONCALVES; SCHIER, 2005).
Avaliação do objetivo 4
Acreditamos que este objetivo foi atingido parcialmente, já que a ação de escrever o artigo
sobre o questionário ocorrerá depois da redação do relatório.
Outra dificuldade encontrada, em relação a este objetivo, foi que, em função de algumas
manhãs a demanda de atendimento ser maior no CSF, não conseguimos aplicar o questionário
a todos os idosos com os quais realizávamos a consulta de enfermagem. Uma facilidade foi a
de que grande parte dos idosos aceitaram responder nosso questionário mesmo que fôssemos
realizar um artigo com as respostas.
55
A partir das nossas orientações para a promoção do autocuidado, percebemos, através dos
relatos de algumas ACS, de cuidadores/familiares e reconsultas, que conseguimos atingir o
objetivo de auxiliar grande parte dos idosos no resgate de suas habilidades para realizarem o
seu cuidado.
Em nossa prática assistencial, para realizarmos as ações educativas, nos baseamos no
sistema de apoio-educação de Orem. A autora afirma que os indivíduos são habilitados a
desempenhar suas ações de autocuidado, e os mais debilitados devem ter um
cuidador/familiar para auxiliá-los. Para os cuidados serem realizados de forma mais eficiente,
alcançando uma melhor qualidade de vida, há necessidade de orientação do profissional de
enfermagem, para promover o idoso ou o cuidador/familiar a agentes do próprio cuidado
(FOSTER; BENNETT apud GEORGE, 2000).
5.3.5. Ações realizadas que não estavam planejadas
No decorrer da nossa prática assistencial, desenvolvemos algumas ações que não estavam
previstas no projeto, a fim de suprir as necessidades encontradas ao longo de nossa prática
assistencial.
Essas ações foram as seguintes:
1- Atividade educativa sobre o cuidado com pacientes acamados para
cuidadores/familiares.
Em função das VD realizadas, observamos a necessidade de realizar uma atividade
educativa para prestar orientações aos cuidadores/familiares dos pacientes acamados, pois
havia acamados com alguns déficits de cuidado. Sendo assim, nos programamos
antecipadamente para realizar uma manhã educativa com esse público, confeccionamos um
convite (APÊNDICE XVI), entregue às ACS, para elas realizarem a entrega aos
cuidadores/familiares. Foram entregues 90 convites às ACS, no dia 29 de abril, para elas
avisarem os familiares e assim se programarem para participar da manhã educativa, marcada
para o sábado de manhã dia 15 de maio, às 9h. Decidimos por esse horário e dia pelas
conversas com alguns familiares, para sabermos em qual horário seria melhor para elas
receberem as informações.
56
Realizamos a manhã educativa no CSF Chico Mendes na sala das ACS (APÊNDICE
XVII), pelo espaço ser menor e mais fácil a comunicação do que no Pavilhão ao lado do CSF,
como havíamos planejado. Participaram da palestra apenas duas cuidadores/familiares.
Apesar de terem sido poucos os participantes, a palestra foi válida, pois os
cuidadores/familiares interagiram conosco. A eles entregamos um folder educativo, uma
lembrança de agradecimento (APÊNDICE XIII e APÊNDICE XVIII) e lemos uma mensagem
para homenageá-los (ANEXO V). Como havíamos produzido 36 folders, entregamos o
restante à Coordenadora Enfermeira Lidiana para ela entregar a quem relatasse esta
necessidade.
Palestras participativas sobre a saúde para os cuidadores/familiares dessa faixa etária são
também uma das funções da enfermeira, que exerce nesses casos muito mais o papel de
orientadora, oferecendo subsídios para que o cuidador/familiar enfrente os desafios de cuidar
de um idoso da melhor forma (JACOB FILHO, 2003). Segundo Belo e Silva (2004), a
atividade educativa deve ter um enriquecimento teórico para ocorrer a integração e
formulação de aspectos preventivos tão necessários à resolução do problema vivenciado. Os
fornecimentos de material educativo darão subsídios para o cuidador/familiar elucidar
dúvidas, mitos e fundamentar práticas.
Concordamos com Moreira; Nóbrega; Silva (2003), quando eles abordam que a escrita é
amplamente utilizada nas atividades educativas em saúde, sendo a comunicação indispensável
no contexto da assistência. As trocas de informações entre o enfermeiro e a família têm
função de proporcionar ao familiar segurança e confiança para a realização do cuidado com
idoso. Para que essas informações possam ser devidamente transmitidas, o enfermeiro deve
lembrar-se que a comunicação envolve a linguagem verbal e não verbal, ou seja, que essa se
processa através de palavras, gestos e expressões (BEZERRA et al., 1998).
Orem salienta que as atividades educativas com os familiares/cuidadores ajudam os
pacientes, pois propiciam, mesmo que indiretamente, um sistema unificado de atendimento
coordenado e que traz resultados benéficos a todos (GEORGE, 2000).
2- Participações do Grupo de hipertensos e diabéticos.
Resolvemos participar das reuniões de grupo de hipertensos e diabéticos, pois
participamos uma primeira vez com a médica e observamos que a maioria dos participantes
dos grupos eram pessoas acima de 60 anos, alcançando assim o público alvo da nossa prática
assistencial. Participamos de cinco manhãs, no dia 24 de fevereiro, a primeira reunião em que
57
estivemos presente, a Médica Daniela abordou com o grupo o tema sobre Fibromialgia.
Apenas observamos e, após, auxiliamos a Enfermeira Luciana na entrega das medicações e
verificação de pressão e peso.
No segundo dia de grupo, ocorrido no dia 03 de março, apenas realizamos a entrega das
medicações. No terceiro dia de grupo, dia 17 de março, quem ministrou a atividade educativa
foram os estagiários do curso técnico de enfermagem do SENAC (Serviço Nacional de
Aprendizagem Comercial), que abordaram sobre o tema Gripe A (H1N1). Deram orientações
e falaram sobre a importância de realizar a vacinação nas datas previstas. Após, realizamos as
receitas para cada paciente, os auxiliamos na entrega das medicações, verificação de pressão,
peso e glicemia (HGT).
No dia 14 de abril, realizamos orientações com o Grupo sobre Influenza A (H1N1)
(APENDICE XIX), Hepatites A, B e C. No dia 28 de abril, falamos sobre as Hepatites A, B e
C novamente e tivemos a presença da Acadêmica de Nutrição Talita, que abordou sobre a
alimentação adequada para hipertensos e diabéticos (APÊNDICE XX). Os assuntos se
repetiam, pois os grupos não eram os mesmos. O encontro de cada grupo é uma vez a cada
dois meses tanto para o grupo de hipertensos como para o grupo de diabéticos. No final de
cada ação educativa que realizamos, fizemos a entrega de folders sobre as Hepatites (ANEXO
VI, VII e VIII), orientações, verificação de pressão, peso, glicemia e a entrega das medicações
corretas. Participaram das atividades cerca de 67 idosos.
Quando se realiza um grupo, as pessoas se tornam potencialidades. “É um dispositivo para
construir relações de coleguismo, vínculos de empatia com a experiência do outro e uma
estratégia de reinvenção do cotidiano, pois entendemos que a prática esvaziada de
compromisso e criatividade vira rotina.” (LAGO; BRUGNERA; DEITOS, 2010, p.183).
Ainda para os mesmos autores, trabalhar com um grupo significa criar um espaço no qual
se dão trocas horizontais e significativas, abordando tanto aspectos dificultadores do trabalho
quanto aspectos potencializadores, entre atores comprometidos com a construção da sua
autonomia. Orem considera o grupo uma potencialidade para o ensino-educação, um requisito
básico de autocuidado universal, a capacidade do ser humano a manutenção do balanço entre
o estar só e a interação social (LEOPARDI, 1999).
3- Participação na Campanha do Preventivo.
Resolvemos participar da Campanha do Preventivo realizada no dia 20 de março, pois foi
um convite da Coordenadora Enfermeira Lidiana. Consideramos que poderia ser proveitoso
58
na nossa prática assistencial. Participamos no período da manhã e da tarde. De manhã
realizamos a Coleta de Preventivo (CP) apenas em mulheres adultas, devido à maca ser
improvisada. Ficaria mais difícil realizar em mulheres idosas. No período da tarde, mudamos
de sala e pudemos realizar o CP com mulheres acima de 60 anos também.
No total, atendemos quatorze mulheres, dentre elas quatro idosas. Além da coleta do CP
com as mulheres, realizamos orientações sobre educação sexual, a importância da camisinha,
tanto para mulheres solteiras como casadas, idosas ou não, além de entregarmos camisinhas a
quem solicitava.
A cada mulher que era encaminha para realizarmos a coleta, apresentávamos nosso projeto
e deixávamos livre para escolherem se a coleta poderia ou não ser realizada por nós
acadêmicas. Não tivemos nenhuma recusa de atendimento. Tivemos dificuldade em realizar a
coleta com as mulheres idosas, devido a menor lubrificação vaginal e a atrofia já apresentada
no canal vaginal. Outro aspecto é abordar com elas o uso da camisinha e como manter uma
relação sexual segura. Sentimos que as mulheres mais velhas sentem mais dificuldade para
falar sobre o assunto, ainda mais se tratando com futuras profissionais mais novas que elas.
Com respeito, cuidado e de forma agradável conseguimos conversar com todas as mulheres a
respeito da importância de sempre cuidar da sua saúde e vida sexual. O autocuidado é a
prática de atividades que as pessoas desempenham em seu próprio beneficio para manter a
vida e a saúde (OREM apud PEIXOTO, 1996).
Segundo Cruz e Loureiro (2008), o câncer de colo do útero é a segunda neoplasia maligna
mais comum entre as mulheres no mundo, sendo responsável, aproximadamente, por 471 mil
novos casos e por cerca de 230 mil óbitos de mulheres por ano. A faixa etária para a
incidência do câncer cérvico-uterino evidencia-se de 20 a 29 anos, aumentando o risco e
atingindo seu pico na faixa etária de 45 a 49 anos. O exame preventivo do câncer de colo de
útero apresentou menores proporções na faixa etária de 50 a 59 anos, o que supõe uma menor
procura por serviços de saúde das mulheres acima da faixa etária reprodutiva. Devido à
grande incidência, é importante orientar que as mulheres realizem o exame CP, independente
da idade.
O exame preventivo do câncer do colo do útero (exame de Papanicolaou) consiste na
coleta de material citológico do colo do útero. É coletada uma amostra da parte externa
(ectocérvice) e outra da parte interna (endocérvice). Para a coleta do material, é introduzido
um espéculo vaginal e procede-se à escamação ou esfoliação da superfície externa e interna
do colo através de uma espátula de madeira e de uma escovinha endocervical (INCA, 2008).
59
4- Atendimento ao adulto.
Outra ação que não estava prevista era o atendimento de enfermagem aos adultos. Em
algumas situações, a Coordenadora Lidiana solicitou auxílio para realizar o atendimento, pois
em alguns dias o CSF esteve sem enfermeiras para realizar a consulta de enfermagem.
Foram realizadas 21 consultas com adultos nas quais foram prestadas orientações e
fornecido medicação para hipertensão, diabetes, anticoncepcional oral, entrega de exames de
CP e cadastro de gestante. Também realizamos quatro VD para adultos, uma com
acompanhamento da Enfermeira Luciana para troca de sonda vesical suprapúbica, uma por
solicitação da ACS para verificação da situação em que o paciente se encontrava e solicitar
consulta médica, outra para verificação da PA e orientações ao cuidador/familiar, e também
uma para cadastro de pessoa com tuberculose.
O Ministério da Saúde prevê dentro da Estratégia Saúde da Família o PAISA – Programa
de Atenção Integral à Saúde do Adulto, que prioriza no CSF o atendimento de agravos
específicos como hipertensão arterial, diabetes mellitus, tuberculose (SILVA, 2005).
O adulto, pessoa de 20 a 60 anos, deve ser considerado como sujeito histórico, com uma
vivência sociocultural e psicológica própria que se reflete em suas condições de saúde,
somando-se a uma herança biológica. Trata-se de uma fase mais produtiva, por isso tende a
ter “estilos de vida” prejudiciais, não praticando o autocuidado (SOUZA, 200-).
O mesmo autor aborda que, devido a isso, a assistência de enfermagem, voltada à
prevenção de doenças, é de fundamental importância. O atendimento da demanda espontânea
deve ser organizado de tal forma que possa ampliar a oferta de cuidados, criando ações de
prevenção e promoção da saúde, além das ações curativas, contextualizando o usuário na sua
realidade social, familiar e produtiva. Nesta fase do ciclo vital, todo adulto, independente do
motivo do atendimento, necessita de atenção preventiva à saúde. Apenas existem diferenças
nessas ações relacionadas à idade, ao gênero ou aos fatores de risco.
Neste contexto para o atendimento ao adulto, Orem (apud LEOPARDI, 1999) intervém
com a Teoria de Sistemas de Enfermagem, que delineia quando a enfermagem é necessária,
ou seja, quando o adulto é incapaz ou tem limitações na provisão do autocuidado, visando
satisfazer as próprias exigências terapêuticas.
Avaliação das atividades não planejadas
60
Consideramos a experiência muito válida, bem como a confiança e a abertura ao
aprendizado que as enfermeiras do Centro de Saúde da Família Chico Mendes, nos
proporcionaram. Oportunizaram experenciar o atendimento a diferentes públicos em situações
diversas, colaborando para o enriquecimento e ampliação das atividades propostas
inicialmente na prática assistencial.
61
6. COMPROMISSO ÉTICO
A ética, segundo Cohen e Segre (1999), deve ter como princípio fundamental o respeito ao
ser humano como sujeito e autônomo, o compromisso com o público que se trabalha e a
liberdade de escolha de participação.
Para a elaboração dessa prática assistencial, encaminhamos um ofício à Secretaria
Municipal de Saúde de Chapecó, solicitando a autorização da elaboração e do
desenvolvimento desta prática da disciplina de Enfermagem Assistencial Aplicada I e II no
Centro de Saúde da Família Chico Mendes.
Para Fortes (1998),[...] as pesquisas com seres humanos devem atender aos princípios éticos do respeito à autonomia individual, do direito a informação, do consentimento esclarecido, da privacidade, da confidencialidade das informações e da ponderação entre riscos e benefícios, com predomínio dos benefícios esperados sobre os riscos previsíveis.
Realizamos a prática assistencial respeitando as questões éticas pautadas na resolução nº
196/96 do Ministério da Saúde, mediante assinatura do Termo de Consentimento Livre e
Esclarecido, solicitado a todos os pacientes que fizeram parte, garantindo a individualidade, a
privacidade e a identidade dos participantes, explicando e deixando claro o direito do
participante desistir das atividades propostas, caso assim o desejasse.
62
7. CONSIDERAÇÕES FINAIS
Como o envelhecimento é uma ocorrência normal que engloba todas as experiências de
vida e vem aumentando no mundo significativamente, consideramos fundamental o trabalho
com esta faixa etária. Realizamos a nossa prática assistencial junto aos idosos do CFS Chico
Mendes, Grupo de Idosos ‘Unidos Venceremos’, abordando os cuidadores/familiares, a fim
de que os idosos resgatassem suas habilidades e competências para promover o seu
autocuidado e serem capazes de se proporcionarem melhor qualidade de vida.
Para desenvolver a prática assistencial com idosos, trabalhamos com o referencial de
Dorothea E. Orem, o qual mostra que a enfermagem é necessária, quando o indivíduo não é
mais capaz de desenvolver e manter a qualidade e quantidade de seu autocuidado,
prejudicando sua integridade e funcionamento. É possível considerar que o uso da teoria do
autocuidado é um instrumento válido, o qual nos ajudou a promover uma comunicação mais
objetiva entre nós, os idosos e cuidadores/familiares, realizando as intervenções de acordo
com a dificuldade de cada um.
Foi pertinente a utilização desta teoria, pois nos forneceu uma base para o
desenvolvimento dos cuidados. Durante as situações que vivenciamos, percebemos, que os
gestos, emoções, fala, olhar nos deram a certeza de que estávamos realizando uma assistência
de qualidade.
Além da assistência técnica de enfermagem no CSF e no domicílio, realizamos também
trabalhos com orientações de saúde para os grupos de idosos, cuidadores/familiares com
intuito de ampliar o conhecimento através de atividades educativas, folders e cartazes que
abordavam a prevenção de doenças, informações para melhor qualidade de vida e para
cuidados com pacientes acamados, entre outros.
O trabalho com os cuidadores/familiares foi fundamental, pois estes exercem um papel
importante no cuidado ao idoso com déficit de autocuidado, mantendo o equilíbrio emocional
e a manutenção dos laços afetivos. Como na família, o cuidador possui a responsabilidade e
assume a totalidade dos cuidados prestados ao idoso. Para ele, o cuidador, o nível de estresse
pode ser grande, tornando-se essencial que o profissional de saúde reforce as potencialidades
do idoso e de seu cuidador para a realização dos cuidados.
63
Ao trabalhar com os idosos, devemos contribuir para que, apesar das suas dificuldade e
limitações, estes possam viver suas vidas com qualidade, envolvendo familiares e a
comunidade nas atividades. Sempre devemos lembrá-los da importância de sua independência
no autocuidado, fazendo-os sentir o valor da prevenção dos problemas relacionados ao
envelhecimento, encontrando seu equilíbrio com relação a saúde nos seus vários aspectos,
para que assim adquiram autonomia.
Durante a realização da prática assistencial, percebemos diferentes realidades com relação
à população cuidada, mostrando-se um desafio, pois tivemos que adaptar as técnicas a cada
situação vivenciada. A assistência prestada aos idosos e cuidadores/familiares deu-se numa
relação baseada no diálogo, compreensão, voltada para a promoção do autocuidado.
Nossos objetivos, apesar de algumas dificuldades encontradas, foram alcançados com
êxito. Chegando ao final de nossa prática, observamos que o cuidado e as preocupações com
os idosos não podem ser limitados a uma disciplina, mas sim serem fornecidos através de um
esforço de cooperação. O trabalho em equipe deve ser contínuo e voltado à promoção do
autocuidado, tanto para os idosos como para seus cuidadores/familiares, para que dessa forma
eles adquiram a autonomia e felicidade no transcurso de seu processo de envelhecimento e
menos dependência dos serviços de saúde.
Ao concluir esta etapa, que encerra a trajetória como acadêmicas, nos sentimos realizadas
no desempenho das atividades, pois estas possibilitaram um crescimento pessoal e
profissional. Desenvolvemos a capacidade de estabelecer relações interpessoais, respeitando
às diferenças de cada indivíduo, adquirindo e aprimorando habilidades na assistência de
enfermagem.
64
8. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
ALMEIDA, Maria Helena Morgani de et al. Classificação de idosos quanto a capacidade para o autocuidado. Revista de Saúde Pública, São Paulo, v.42, n. 2, 2008. Disponível em: <http://www.scielo.br/pdf/rsp/v42n2/6334.pdf>. Acesso em: 26 set. 2009.
ANDRADE, Marcieni Ataide de; SILVA, Marcos Valério Santos da; FREITAS, Osvaldo de. Assistência farmacêutica como estratégia para o uso racional de medicamentos em idosos. Semina: Ciências Biológicas e da Saúde, Londrina, v. 25, n. 1, 2004. Disponível em: <http://www.uel.br/proppg/semina/pdf/semina_25_1_20_17.pdf>. Acesso em: 1 jun. 2010.
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74
9. APÊNDICES
APÊNDICE I: Participação da reunião de equipe do dia 25 de fevereiro de 2010.
75
APÊNDICE II: Termo Coletivo de Consentimento Livre Esclarecido entregue ao Presidente
do Grupo de Idosos.
76
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado a participar de uma pratica assistencial intitulada “PROMOÇÃO
DO AUTOCUIDADO AOS IDOSOS E CUIDADORES/FAMILIARES DO CENTRO DE
SAÚDE DA FAMÍLIA CHICO MENDES FUNDAMENTADO NA TEORIA DE
DOROTHEA E. OREM” que será realizada no Município de Chapecó-SC pelas acadêmicas
de enfermagem Jéssica Lais Sartori Marocco e Juceli Pagani Negri sob orientação da Profª.
Drª. Leoni Terezinha Zenevicz. O objetivo desta prática é realizar a assistência de
enfermagem aos idosos do Centro de Saúde da Família Chico Mendes, buscando promover o
autocuidado através do processo educativo juntamente com os cuidadores/familiares. A sua
participação nesta prática consiste na participação das palestra do Grupo de Idosos “Unidos
Venceremos- Chico Mendes” e em responder a um questionário com perguntas abertas sobre
quais os assuntos de interesse sobre saúde e doença para receber as palestra. A assinatura
neste consentimento autoriza a utilização de todos os materiais (fotos, conversas e resultados
desta pesquisa) para a publicação de artigos, textos em revistas nacionais e internacionais,
mas garantindo o anonimato dos participantes. Para esclarecimentos ou informações
adicionais ou se não queiras mais participar desta pesquisa favor explicitar/falar ou entrar em
contato pelos telefones 88122990 (Jéssica); 88062811(Juceli). Esta pesquisa obedece as
normas da Resolução 10/196 de Outubro de 1996 e Resolução 251/97 de Agosto de 1997 do
Conselho Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, e,que regulamenta a pesquisa e suas
complementares e somente será iniciada após o recebimento da aprovação do Comitê de
Ética. Para maiores informações entrar em contato pelo telefone (49)33218215. Igualmente,
as acadêmicas e pesquisadora declaram-se ciente destas normas e aceita a publicação dos
resultados sejam eles positivos ou negativos.
Chapecó - SC...../...../.......
__________________________________ __________________________Assinatura do Presidente do Grupo de Idosos Identidade ou CPF “Unidos Venceremos”
APÊNDICE III: Lembrança entregue ao Grupo de idosos.
77
APÊNDICE IV: Lembrança entregue no Dia Internacional da Mulher.
78
APÊNDICE V: Lembrança de Páscoa entregue para os idosos.
79
APÊNDICE VI: Lembrança entregue no Dias das Mães.
80
81
APÊNDICE VII: Plano de cuidado baseado em Dorothea E. Orem.
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APÊNDICE VIII: Questionário aplicado aos idosos do Grupo ‘Unidos Venceremos’.
Questionário com idosos
1- Nome:......................................................................................................................
2- Idade:..................... Sexo: ( )M ( )F Escolaridade:.............................
3- Estado civil:
( )solteiro ( )casado ( )viúvo ( ) outro:...............................
4- Reside com quem?...............................................................................................
5- Em relação a sua saúde qual é a maior dificuldade? ...................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................................
6- Que tema relacionado a saúde você teria curiosidade em conhecer?
( ) quedas
( )exercícios físico
( )cuidados com hipertensão/diabetes
( )DSTs/sexualidade
( )doença:..............................
( )outro:................................
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APÊNDICE IX: Tarde educativa com o Grupo de Idosos no dia 06 de abril de 2010.
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APÊNDICE X: Ofício entregue para Acadêmica de Nutrição.
Ofício nº 01/ SC
Chapecó, 30 de março de 2010
Prezada Talita Fachinello,
Convidamos Vossa Senhoria para contribuir em nosso Trabalho de Conclusão de
Curso (TCC) com o tema: Promoção do Autocuidado aos idosos e cuidadores/familiares
do Centro de Saúde da Família Chico Mendes fundamentado na teoria de Dorotheia E.
Orem, realizando uma palestra sobre alimentação saudável para o grupo do grupo de Idosos
Unidos Venceremos , no próximo dia 27, terça-feira as 10 horas no Pavilhão Comunitário
do Bairro Presidente Médice e também se possível para o grupo de hipertensos , no próximo
dia 28, quarta-feira as 8 horas no Centro de Saúde Chico Mendes.
Para que o nosso trabalho possa ser bem organizado, agradecemos a confirmação da
sua presença até o dia 8, pelos telefones nº. 88062811 e nº. 88122990, ou pelo e-mail
Atenciosamente,
_______________________________________________Jessica Lais Sartori Marocco e Juceli Pagani Negri
Acadêmicas de enfermagem
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APÊNDICE XI: Segunda atividade educativa realizada com o Grupo de Idosos.
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APÊNDICE XII: Folder entregue ao Grupo de Idosos.
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APÊNDICE XIII: Folder educativo entregue aos cuidadores/familiares.
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APÊNDICE XIV: Entrevista aplicada aos idosos no Centro de Saúde da Família Chico
Mendes.
Entrevista com Idosos
Nome_________________________________________________________________Idade:_____Escolaridade:_____________________Estado civil:__________________
1. Quais são as maiores dificuldades encontradas?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
2. Qual é seu entendimento sobre autocuidado?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
3. Você necessita de ajuda para realizar seu autocuidado?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
4. Você tem apoio da sua família ou alguém próximo quando necessita de ajuda?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
5. O que você faz para realizar o seu autocuidado?_______________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________
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APÊNDICE XV: Termo de Consentimento Livre Esclarecido.
TERMO DE CONSENTIMENTO LIVRE E ESCLARECIDO
Você está sendo convidado a participar de uma pratica assistencial intitulada “PROMOÇÃO
DO AUTOCUIDADO AOS IDOSOS E CUIDADORES/FAMILIARES DO CENTRO DE
SAÚDE DA FAMÍLIA CHICO MENDES FUNDAMENTADO NA TEORIA DE
DOROTHEA E. OREM” que será realizada no Município de Chapecó-SC pelas acadêmicas
de enfermagem Jessica Lais Sartori Marocco e Juceli Pagani Negri sob orientação da Profª.
Drª. Leoni Terezinha Zenevicz. O objetivo desta prática é realizar a assistência de
enfermagem aos idosos do Centro de Saúde da Família Chico Mendes, buscando promover o
autocuidado através do processo educativo juntamente com os cuidadores/familiares. A sua
participação nesta prática consiste em responder a um questionário com perguntas abertas e
realizar os cuidados aprendendo a fazê-lo dentro de uma nova perspectiva. A assinatura neste
consentimento autoriza a utilização de todos os materiais (fotos, conversas e resultados desta
pesquisa) para a publicação de artigos, textos em revistas nacionais e internacionais, mas
garantindo o anonimato dos participantes. Para esclarecimentos ou informações adicionais ou
caso não queiras mais participar desta pesquisa favor explicitar/falar ou entrar em contato
pelos telefones 88122990 (Jéssica); 88062811(Juceli). Esta pesquisa obedece as normas da
Resolução 10/196 de Outubro de 1996 e Resolução 251/97 de Agosto de 1997 do Conselho
Nacional de Saúde/Ministério da Saúde, e,que regulamenta a pesquisa e suas complementares
e somente será iniciada após o recebimento da aprovação do Comitê de Ética. Para maiores
informações entrar em contato pelo telefone (49)33218215. Igualmente, as acadêmicas e
pesquisadora declaram-se ciente destas normas e aceita a publicação dos resultados sejam eles
positivos ou negativos.
Chapecó - SC...../...../.......
_______________________ ___________________________________Assinatura do participante Identidade ou CPF
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APÊNDICE XVI: Convite entregue para os cuidadores/familiares.
CONVITE
Convidamos os Senhores Cuidadores/Familiares dos Idosos para participarem de uma Palestra sobre Promoção do Autocuidado, que será realizada no dia 15 de maio, nas dependências do Centro de Saúde Chico Mendes do Bairro Presidente Médice, a partir das 09:00 horas.
Desde já agradecemos sua presença
Acadêmicas de Enfermagem 9° Período: Jessica e Juceli
CONVITE
Convidamos os Senhores Cuidadores/Familiares dos Idosos para participarem de uma Palestra sobre Promoção do Autocuidado, que será realizada no dia 15 de maio, nas dependências do Centro de Saúde Chico Mendes do Bairro Presidente Médice, a partir das 09:00 horas.
Desde já agradecemos sua presença
Acadêmicas de Enfermagem 9° Período: Jessica e Juceli
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APÊNDICE XVII: Atividade educativa no CSF Chico Mendes com os cuidadores/familiares.
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APÊNDICE XVIII: Lembrança de agradecimento entregue aos cuidadores/familiares
z“A verdadeira famíliaé aquela unida pelo espírito
Agradecemos a sua participação!sparetto)
Agradecemos a sua participação!
“A verdadeira famíliaé aquela unida pelo espírito
e não pelo sangue”.(Luis Gasparetto)
Agradecemos a sua participação!
Acadêmicas de Enfermagem do 9º. PeríodoJéssica Marocco e Juceli Negri
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APÊNDICE XIX: Foto dos cartazes sobre Gripe A (H1N1).
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APÊNDICE XX: Manhã educativa com grupo de hipertensos e diabéticos com a participação
da acadêmica de nutrição.
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10. ANEXOS
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ANEXO I: Mensagem de Acolhimento realizada com a equipe de saúde.
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ANEXO II: Mensagem de Agradecimento realizada com a equipe de saúde.
Sobre Gansos e Equipes
Quando você vê gansos voando em formação “V”, pode ficar curioso quanto às razões pelas quais eles escolhem voar dessa forma. A seguir, algumas descobertas feitas pelos cientistas:
1º Fato: À medida que cada ave bate suas asas, ela cria uma sustentação para a ave seguinte. Voando em formação “V”, o grupo inteiro consegue voar pelo menos 71% a mais do que cada
ave voasse isoladamente.Verdade: Pessoas que compartilham uma direção comum e um senso de equipe chega ao seu
destino mais depressa e facilmente porque elas se apóiam na confiança uma das outras.
2º Fato: Sempre que um ganso sai fora de formação, ele repentinamente sente a resistência e o arrasto de tentar voar só, e de imediato, retorna à formação para tirar vantagem do poder de
sustentação da ave à sua frente.Verdade: Existe força, poder e segurança em grupo quando se viaja na mesma de direção
com pessoas que compartilham um objetivo comum.
3º Fato: Quando o ganso líder se cansa, ele reveza, indo para a traseira do “V”, enquanto outro assume a ponta.
Verdade: É necessário o revezamento quando se necessita fazer um trabalho árduo.
4º Fato: Os gansos de trás grasnam para encorajar os da frente a manterem o ritmo e a velocidade.
Verdade: Todos necessitam ser reforçados com o apoio ativo e encorajamento dos companheiros.
5º Fato: Quando um ganso adoece ou se fere e deixa o grupo, dois outros gansos saem da formação e o seguem para ajudar e proteger. Eles o acompanham até a solução do problema e então, reiniciam a jornada os três, ou juntam-se a outra formação até encontrarem o seu grupo
original.Verdade: A solidariedade nas dificuldades é imprescindível em qualquer situação.
PARA O BEM DO GRUPO, É FUNDAMANTAL SER UM GANSO VOANDO EM “V”.VAMOS PROCURAR NOS LEMBRAR MAIS FREQUENTEMENTE DE DAR UM
“GRASNADO” DE ENCORAJAMENTO E NOS APOIAR UNS NOS OUTROS COM AMIZADE.
(Autor Desconhecido).
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ANEXO III: Mensagem de motivação/autoestima realizada com o Grupo de Idosos.
SER IDOSO ou SER VELHO
Idoso é quem tem o privilégio de viver a longa vida; velho é quem perdeu a jovialidade.
A idade causa a degenerescência das células; a velhice causa a degenerescência do espírito.
Você é idoso quando sonha; você é velho quando apenas dorme.
Você é idoso quando ainda aprende; você é velho quando já nem ensina.
Você é idoso quando se exercita; você é velho quando somente descansa.
Você é idoso quando tem planos; você é velho quando só tem saudades.
Você é idoso quando curte o que lhe resta de vida; você é velho quando sofre o que o
aproxima da morte.
Você é idoso quando indaga se vale a pena; você é velho quando, sem querer pensar,
responde que não.
Você é idoso quando ainda sente amor; você é velho quando não sente nada mais do que
ciúme e possessividade.
Para o idoso a vida se renova a cada dia que começa; para o velho a vida se acaba a cada noite
que termina.
Para o idoso o dia de hoje é o primeiro do resto de sua vida; para o velho todos os dias
parecem o último da longa jornada.
Para o idoso o calendário está repleto de amanhãs; para o velho o calendário só tem ontens.
Enquanto o idoso tem os olhos postos no horizonte de onde o sol desponta.
O velho tem a sua miopia voltada somente para as sombras do passado.
Enquanto as rugas do idoso são bonitas porque foram sulcadas pelo sorriso.
As rugas dos velhos são feias porque foram vincadas pela amargura.
Enquanto o rosto do idoso se ilumina de esperança.
O rosto do velho se apaga de desânimo.
Idoso e velho podem ter a mesma idade cronológica, mas têm idades diferentes no coração!
(Autor: Jorge R. Nascimento)
103
ANEXO IV: Roteiro de consulta de Papaléo Netto (2005).
I. DADOS PESSOAIS, DE SAÚDE E DA FAMÍLIA Nome:____________________________________RG:______________ Sexo:_______Idade:_____Estado Civil:___________Há quanto tempo:________Religião:_________Instrução:_______________Ocupação anterior ou atual:_________________________Onde Mora:__________________Com quem mora:_____________________________Quem cuida do (a) idoso (a):______________________Quem responde:____________Razão para o encaminhamento do idoso:______________________________________Percepção do idoso sobre seu estado de Saúde:_________________________________História médica (problemas ou doença):______________________________________Medicação e Tratamento:__________________________________________________Tabagismo e etilismo:_____________________________________________________Qual é a maior preocupação do idoso no momento:_____________________________Como os outros (parente e amigos) reagiram á procura do idoso a instituição_________Observações:____________________________________________________________ II. AVALIAÇÃO DAS ATIVIDADES DA VIDA Manutenção do ambiente seguro (Características da habitação):____________________Locomoção, atividade física e esforços:_______________________________________Alimentação, hidratação:__________________________________________________Eliminações Vesicais:_________________eliminações intestinais:_________________Higiene corporal:________________________________________________________Ato de vestir-se:_________________________________________________________Atividade realizada em casa:_______________________________________________Lazer e recreação:________________________________________________________Sono repouso:___________________________________________________________Expressão da sexualidade:_________________________________________________Comunicação:___________________________________________________________Orientação no tempo e espaço:______________________________________________Uso de transporte:________________________________________________________ III. EXAME FÍSICO Sinais vitais: T: __ P:___R:___ PA:____ Peso:______________Altura:____________Cabeça e Pescoço:_______________________________________________________Audição;_______________________________________________________________Visão:_________________________________________________________________Tronco Anterior e posterior:_______________________________________________Membros:______________________________________________________________Outras informações:______________________________________________________
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ANEXO V: Mensagem homenageando o Cuidador/Familiar.
CUIDANDO DE QUEM CUIDADA
CUIDAR DE UMA PESSOA É RESPONABILIDADE MAIS DIFÍCIL QUE UMA PESSOA PODE TER.VOCÊ CUIDA DOS OUTROS LOGO VOCÊ É UM CUIDADOR...PESSOAS CUIDAM DE VOCÊ LOGO VOCÊ É CUIDADO...CUIDAR DE QUEM CUIDA É OLHAR O OUTRO COM AMOR E ATENÇÃO.NÃO SEI... SE A VIDA É CURTA OU LONGA DE MAIS PARA NÓS, MAS SEI QUE NADA DO QUE VIVEMOS TEM SENTIDO SE NÃO TOCAMOS OS CORAÇÕES DAS PESSOAS.MUITAS VEZES BASTA SER:COLO QUE ACOLHE;BRAÇO QUE ENVOLVE;PALAVRA QUE CONFORTA;SILÊNCIO QUE RESPEITA;ALEGRIA QUE CONTAGIA;LÁGRIMA QUE CORRE;OLHAR QUE ACARÍCIA;DESEJO QUE SACIA;AMOR QUE PROMOVE.E ISSO NAO É COISA DE OUTRO MUNDOÉ O QUE DA SENTIDO A VIDA, É O QUE FAZ COM QUE ELA NÃOSEJA NEM CURTA ,NEM LONGA DEMAIS, MAS QUE SEJA INTENSA, VERDADEIRA PURA ENQUANTO DURAR.
É TEMPO DE RECARREGAR AS BATERIAS, DE SE SENTIR EM CASA E PRINCIPALMENTE ENTRE AMIGOS.
FAÇA TUDO COM DEDICAÇÃO E AMORTENDO EM MENTE QUE VOCE NÃO DEVE NUNCA PROVAR NADA A NINGUEM. (Autor Desconhecido).
ANEXO VI: Folder sobre Hepatite.
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ANEXO VII: Folder sobre Hepatite B.
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ANEXO VIII: Folder sobre Hepatite C.
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