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EMBAIXADA ROCHA VIVA CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS. AULA INAUGURAL — CONFIANÇA EM DEUS [1] INTRODUÇÃO: a. Em quem devemos confiar? Saúde? Dinheiro? Vale a pena confiar em alguém? Até que ponto eu posso confiar? Podemos confiar no governo? na imprensa? Como seria o mundo se a gente não confiasse em ninguém? b. Nós somos confiáveis? As pessoas podem confiar em mim? Sou fiel? [2] LER O TEXTO: Jeremias 17.5-8 a. Jeremias aborda um momento crucial do povo judeu, uma vez que o ministério dele ocorre durante a decadência de Judá como reino, no plano interno, e fortes transformações geopolíticas, no plano externo. b. Poesia : maldição e benção e conseqüência de cada uma. MALDIÇÃO BÊNÇÃO Maldito o homem que confia no homem Bendito o homem que confia no Senhor faz da carne mortal o seu braço e cuja esperança é o Senhor. e aparta seu coração de Iavé. [e une seu coração a Iavé]. Porque será como arbusto solitário; Porque ele é como a árvore plantada no deserto e não verá quando chegar o bem junto às águas antes morará nos lugares secos do deserto que estende as suas raízes para o ribeiro na terra salgada e desabitada. e não receia quando vem o calor mas a sua folha fica verde; e no ano de seca não se perturba nem deixa de dar fruto. Enganoso é o coração, mais do Eu, o Senhor, esquadrinho a ENSINANDO COM EXCELÊNCIA A PALAVRA DE DEUS! Página 1

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ESTUDOS

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EMBAIXADA ROCHA VIVA

CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS.

AULA INAUGURAL — CONFIANÇA EM DEUS

[1] INTRODUÇÃO:

a. Em quem devemos confiar? Saúde? Dinheiro? Vale a pena confiar em alguém? Até que ponto eu posso confiar? Podemos confiar no governo? na imprensa? Como seria o mundo se a gente não confiasse em ninguém?

b. Nós somos confiáveis? As pessoas podem confiar em mim? Sou fiel?

[2] LER O TEXTO: Jeremias 17.5-8

a. Jeremias aborda um momento crucial do povo judeu, uma vez que o ministério dele ocorre durante a decadência de Judá como reino, no plano interno, e fortes transformações geopolíticas, no plano externo.

b. Poesia : maldição e benção e conseqüência de cada uma.

MALDIÇÃO BÊNÇÃOMaldito o homem que confia no homem Bendito o homem que confia no Senhor faz da carne mortal o seu braço e cuja esperança é o Senhor.e aparta seu coração de Iavé. [e une seu coração a Iavé].Porque será como arbusto solitário; Porque ele é como a árvore plantadano deserto e não verá quando chegar o bem junto às águasantes morará nos lugares secos do deserto que estende as suas raízes para o ribeiro na terra salgada e desabitada.—

e não receia quando vem o calor

mas a sua folha fica verde; e no ano de seca não se perturba nem deixa de dar fruto.

Enganoso é o coração, mais do que todas as coisas, e perverso; quem o poderá conhecer?

Eu, o Senhor, esquadrinho a mente, eu provo o coração; e isso para dar a cada um segundo os seus caminhos e segundo o fruto das suas ações

[3] O QUE SIGNIFICA CONFIAR: CONFIDARE — FIDE — FIDEL :

a. Confiar : fiar; depositar fé; esperar em; ser convencido por; crer, acreditar; entregar-se; contar com; reconhecer a dependência; aceitar os cuidados. b. Dependência : o ser humano precisa confiar porque depende de outros para satisfazer suas necessidades de amor e segurança: meio ambiente, pais, pessoas...c. Dilema : confiar ou não? Se confiar demais, pode sofrer muitas decepções; se não confiar, não conseguirá viver neste mundo.

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d. Tipos de confiança :

1. Confiança natural: todos confiam em pessoas e coisas no nível necessário para viver; o passageiro confia no motorista; o motorista no carro; o pedestre no guarda.

2. Confiança emocional: marido confia na esposa; filho confia na mãe; confia no amigo.

3. Confiança cruzada: confio em você porque ele me garante que você é confiável.

4. Confiança cega: credulidade e ingenuidade. 5. Desconfiança: desconfiômetro; confiamos desconfiando e desconfiamos

confiando.

[4] CONFIAR EM SI MESMO — AUTOCONFIANÇA

a. "Se queres alguém em quem confiar, confia em ti mesmo" (Renato Russo).b. Qual o perigo de confiar em si mesmo ? — Você confia em quem não conhece? Você conhece seu próprio coração? Logo, não é possível confiar muito em si mesmo.

I. “E é por Cristo que temos tal confiança em Deus; Não que sejamos capazes, por nós, de pensar alguma coisa...; mas a nossa capacidade vem de Deus” (2 Co 3.5).

II. “Hoje, ou amanhã, iremos a tal cidade, e lá passaremos um ano, e contrataremos, e ganharemos... Porque, que é a vossa vida? É um vapor que aparece por um pouco, e depois se desvanece. Em lugar do que devíeis dizer: Se o Senhor quiser, e se vivermos, faremos isto ou aquilo” (Tg 4. 13-17)

.[5] CONFIAR NO HOMEM:

a. Requisitos : por que vc confia em uma pessoa e não confia na outra? Por que as pessoas em quem confiamos nos decepcionam?

1. Conhecer o caráter: falar a verdade; ser coerente; identificação; reciprocidade;

2. Conhecer os talentos: a pessoa tem as habilidades necessárias; confiar na habilidade do médico, do motorista, do piloto.

b. Por que é perigoso confiar em pessoas : 1. Porque não conhecemos ninguém perfeitamente: “o homem vê o exterior,

mas o Senhor [conhece] o coração” (1 Sm 16.7). 2. Porque as pessoas mudam: se toda a minha confiança estiver distribuída

apenas nas pessoas, o risco de decepção é muito alto. 3. Porque as pessoas são insuficientes: no máximo, as outras pessoas

também são dependentes e não são capazes de prover tudo que precisamos.

[6] CONFIAR EM DEUS:

a. Confiança espiritual : confiar em Deus de modo absoluto, seguro e crescente. 1. “Confia no Senhor de todo o teu coração e não te apóies no teu próprio

entendimento” (Pv 3.5). “Provai, e vede que o SENHOR é bom; bem-aventurado o homem que nele confia” (Sl 34.8).

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b. Confiar e temer : a confiança deve estar unida ao temor a Deus; confiança sem temor se transforma em arrogância, e o temor sem a confiança em covardia.

1. “Deus aprecia aqueles que O temem, os que esperam no Seu amor” (147, 11). 

c. Por que o homem deve lançar toda sua confiança em Deus ?

1. Deus é fiel : o fundamento da fé é o próprio caráter de Deus. Ele é fiel a si mesmo.

2. Deus é revelação: não é necessário confiar em Deus cegamente. “Em ti confiarão os que conhecem o teu nome; porque tu, SENHOR, nunca desamparaste os que te buscam” (Sl 9.10); “O SENHOR e conhece os que confiam nele” (Na 1.7).

3. Deus é amor: o grande amor de Deus envolve os que nele confiam (Sl 32.10).

4. O homem é dependente: só Deus tem os recursos para a realização total e permanente de todas as expectativas da vida.

5. “... nós nos gloriamos em Jesus Cristo, e não confiamos na carne (Fp 3.3).

d. Deus e as pessoas : quem confia em Deus, tem autoconfiança e pode confiar nas pessoas, porque a base está em Deus e não em si mesmo nem nos outros.

[7] CONCLUSÃO:

a. A figura da árvore é perfeita para ilustrar a relação entre o homem e Deus:

1. Assim como a árvore não pode viver isoladamente, mas depende do clima, do solo e da água, assim também o homem depende de Deus.

2. Assim como a árvore estende suas raízes em direção ao ribeiro em busca de nutrientes, o homem não pode viver sem confiar em alguma fonte.

.3.O homem que confia em si mesmo é tão desprotegido e solitário como um arbusto no deserto; porque não dispõe de todos os recursos necessários.

4. O homem que confia em Deus é como uma árvore junto às águas e feliz. 5. Confiar no homem é uma vida de solidão e privação. 6. Confiar em Deus e apoiar-se inteiramente nele é garantia de vida e

satisfação.

b. Por que confiamos tanto em nós mesmos? Nós somos perecíveis e fracos. c. Por que (des)-confiamos nas pessoas? Elas são imprevisíveis e mudam.d. Por que temos tanta dificuldade de confiar em Deus? e. Aplicação : confiança em Deus — Nós sempre viveremos de acordo com o Deus que cremos. Aceitem o testemunho da fidelidade de Deus e cresçam no conhecimento dele a fim de terem experiências pessoais da fidelidade de Deus.

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CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS

[1] INTRODUÇÃO:

a. Questões : Afinal por que conhecer a Deus? Para que estudar sobre Deus? Por que Deus quer ser conhecido? O conhecimento de Deus é relevante para a vida? É importante estudar teologia? Não basta viver a fé?

b. Objetivos : estabelecer a importância do conhecimento de Deus e suas aplicações práticas.

[2] CONHECIMENTO RETÓRICO X CONHECIMENTO REAL;

a. Teologia : as doutrinas que praticamos hoje foram formuladas dentro da igreja para a igreja; os teólogos mais importantes, os pais da igreja não eram intelectuais apartados da realidade da igreja, mas pastores preocupados.

b. Barreira teórico x real : i. Conhecimento retórico : ser evangélico ortodoxo; poder explicar o evangelho com clareza e distinguir a doutrina falsa; saber ensinar sobre Deus

ii. Conhecimento real : ter a alegria, a bondade, a liberdade de espírito, que constituem as marcas de quem conhece a Deus.

c. Packer : “Um pequeno conhecimento de Deus vale bem mais que um grande conhecimento a respeito dele.”

d. Conclusão : i. Conhecer sobre Deus x Conhecer a Deus : é possível saber sobre Deus sem conhecê-lo; ler livros de teologia e apologética; aprofundar-se na história cristã e estudar o credo cristão; aprender a manusear bem as Escrituras.

e. Conhecer sobre piedade X Conhecer a Deus : ouvir sermões, ler livros e ter bons amigos; fazer cursos sobre “como orar”, “como testemunhar”, “como ler a Bíblia”, “como ser um casal cristão” e aprender muito sobre a prática cristã, mas não conhecer realmente a Deus.

[3] FUNDAMENTOS PARA O CONHECIMENTO DE DEUS:

a. Deus Criador : não há nada no universo dotado de auto-movimento; não há nenhum ser no universo dotado de vida autônoma, que não dependa de algo externo a si mesmo para viver;

1. Mente : dentre todos os seres do universo, Deus concedeu apenas ao homem a capacidade de se relacionar pessoalmente com ele.

2. Conclusão : se Deus criou todas as coisas, todos os seres e todas as leis, então é fundamental e necessário conhecer a Deus.

3. Mapa : se você fosse colocado no meio de Tóquio, sem conhecer nada do Japão? Conhecer a Deus é vital para viver no mundo criado por Deus. Não conhecer a Deus implica em confusão, solidão e morte.

b. Identidade : quem eu sou? Só há duas respostas:

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AULA 1 — INTRODUÇÃO

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1. Animal melhorado: fruto do acaso e do tempo, desprovido de propósito; “conforme-se”; o homem deveria estar contente e adaptado à vida em relação à evolução;

2. Semideus: o homem é um ser autônomo, dotado de capacidade infinita, basta canalizar e obter as condições necessárias.

3. Pecado: a dependência de Deus é tão absoluta que apenas o pecado explica a nossa arrogância e tentativa de ser autônomo e rebelde em relação a Deus (como um boneco de cordas que não sabe que um dia para).

4. Autoconhecimento: eu não conheço a Deus a partir de mim; é o contrário: eu conheço a mim a partir de Deus.

5.João Calvino: “(...) é evidente que o homem jamais alcançará um conhecimento perfeito de si mesmo, a menos que primeiramente vislumbre o rosto de Deus e daí desça para a contemplação de si mesmo”.

c. Estilo de vida saudável : apenas o conhecimento de Deus nos permite saber cuidar da nossa vida e escolher nossos caminhos: por que buscar a santidade? Por que evitar pecados? Baseado em meus impulsos ou em minha identidade como ser criado à semelhança de Deus?

d. Conclusão : apenas o conhecimento de Deus permite evitar a arrogância de ser semideus e a falta de significado do evolucionismo materialista.

[4] FONTES DE CONHECIMENTO DE DEUS:

a. Revelação natural : tudo que Deus criou fala sobre ele (Rm 1.20); a unidade na diversidade e a complexidade do ser humano; a criação permite saber muito sobre Deus, mas não fala sobre a pessoalidade e o relacionamento.

b. Revelação proposicional : Deus falou aos homens, e a Bíblia é sua Palavra, que nos foi dada a fim de nos tornar sábios para a salvação.

c. Revelação pessoal : Jesus Cristo, o Filho de Deus (Hb 1.1-3),

1.Relação com Jesus: quando Jesus estava para se retirar dentre os discípulos, ele disse que deveria ir a fim de que o Espírito viesse (Jo 14.26-29; 16.7-14); portanto, podemos ter o mesmo relacionamento com Jesus.

[5] BEM, ANTES DE COMEÇAR — CONHECIMENTO APLICADO:

a. Intenções : quais são as nossas intenções em conhecer a Deus? Onde queremos chegar? O conhecimento como fim em si mesmo envaidece.

b. Propósitos : o que eu pretendo fazer com o conhecimento de Deus? A nossa fé tem sido ponte para um alvo particular? O nosso alvo é Deus?

i. “Se alguém [obedecer a Deus], conhecerá a respeito da doutrina” (Jo 7.17).

ii. “Ninguém conhece o Filho senão o Pai; e ninguém conhece o Pai senão o Filho, e aquele a quem o Filho o quiser revelar” (Mt 11.27).

iii. “Ninguém jamais viu a Deus; o Deus unigênito que está no seio do Pai, é quem o revelou” (Jo 1.18).

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c. Objetivo errado : o conhecimento como fim em si mesmo produz orgulho.

1. “o saber ensoberbece, mas o amor edifica...” (1Co 8.1,2). 2. “Quem dentre em vós é sábio e entendido? Mostre em mansidão de

sabedoria, mediante condigno proceder, as suas obras” (Tg 3.13).

d. Objetivo adequado : conhecer o caráter de Deus, segundo a revelação do Espírito Santo, para obediência (Sl 119.1,2,5;12,18,97,103,125; Fp 3.8-11).

[6] VAMOS REFLETIR:

a. Primeiro passo : reconhecer como é pequeno nosso conhecimento sobre Deus e pedir ao Senhor que sonde o nosso coração.

b. Segundo passo : buscar a Deus; embora Jesus não esteja presente em corpo, espiritualmente isso não faz diferença; ainda podemos ter relacionamento com Deus.

c. Convite : renovar o compromisso de buscar a conhecer a Deus.

CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS

[1] INTRODUÇÃO:

a. Questões : O que significa conhecer? Como se conhece uma pessoa? O que significa conhecer a Deus? Como se adquire conhecimento de alguém único?

b. Conhecimento inato : todo homem tem noção de Deus (Rm 1.20). c. Conhecimento revelado : todo homem tem o dever de conhecer a Deus.

[2] CONHECER — SIGNIFICADO:

a. Etimologia : a palavra ‘conhecer’ vem do latim cognoscere (co + gnos) que quer dizer aprender com a mente; saber (sapere de sabor); discernir; reconhecer; ter noção, informação de algo (matéria) ou alguém (pessoa).

1.Conhecer é uma relação entre sujeito e objeto; não há conhecimento sem um sujeito que conhece ou sem um objeto conhecido.

2.Curiosidade: a palavra latina para ‘saber’ está relacionada etimologicamente a sabor (sapere, ter gosto).

b. Sentido bíblico : yâda (heb) refere-se à intimidade conjugal (p. ex., Adão e Eva, em Gn 4.1,17,25; Elcana e Ana, em 1Sm 1.19; José e Maria, em Mt 1.25; Lc 1.77); ginoceko (grego) estar ciente; sentir; perceber; ter certeza.

c. Obediência : pré-condição para conhecer a Deus;

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AULA 2 — CONHECER E SER CONHECIDO

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1. “Se alguém me ama, guardará a minha palavra” (Jo 14.15,21,23; 15.10);

.2.“Nisto sabemos que o conhecemos: se guardarmos os seus mandamentos” (1Jo 2.3,4,5).

[3] CONHECER — NIVEIS DE COMPLEXIDADE:

a. Conhecer a Deus não é : um tipo de emoção; arrepios; emoções irreais; sensação de entorpecimento e euforia procurada pelos viciados em drogas; um tipo de experiência intelectual.

b. Na prática : que tipo de atividade ou acontecimento pode ser propriamente descrito como "conhecer a Deus"?

c. Níveis de complexidade : "conhecer" a Deus é necessariamente um assunto mais complexo que "conhecer" uma pessoa, assim como "conhecer" uma pessoa é mais complexo que "conhecer" um lugar; conhecer um ser vivo é mais complicado do que conhecer uma matéria.

d. Níveis de complexidade : matéria/local animal pessoa pessoa superior

1.matéria: estudo, observação e descrição; local: pesquisa; visitação; exploração;

2.animal: requer saber suas reações, comportamento e necessidades. 3.pessoa: é mais complexo, porque o exterior não revela o coração; há

níveis de conhecimento (“conheço bem” ou “conheço de vista”); depende mais da permissão do outro do que do esforço próprio; a relação vai até o limite que a outra parte impõe.

4.pessoa superior: em posição de autoridade, capacidade profissional ou social — o conhecimento depende da disposição, abertura e iniciativa do outro; se a pessoa se restringir ao protocolo, não poderemos tratar com familiaridade.

[4] CONHECER A DEUS — A INICIATIVA DE DEUS:

a. Deus tomou a iniciativa : o Criador todo-poderoso, o Senhor dos Exércitos, o grande Deus diante de quem as nações são como uma gota no oceano, se aproxima de nós e fala ao nosso coração:

1. Como ele fala? especialmente por meio das Sagradas Escrituras. 2. Com quem ele fala? com você e comigo. 3. O que ele fala? sobre seu pecado, culpa e fraqueza, cegueira e

insensatez e o leva a ver quem é de fato; mas também fala de perdão, nova vida e eternidade.

4. Para que? Deus abre seu coração conosco para nos tornar seu amigo e “parceiro de aliança” — segundo a expressão de Barth.

b. Ilustração : o ato divino de tirar José da prisão e torná-lo primeiro-ministro do Faraó ilustra o que Deus faz com todo cristão: de prisioneiro de Satanás a uma posição de confiança a serviço de Deus.

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c. Conclusão : conhecer a Deus é participar de um relacionamento iniciado por ele mesmo; um relacionamento entre o Deus santo e os homens pecaminosos no qual estes são aceitos como filhos, amigos e cooperadores de Deus (1Co 3:9).

[5] CONHECER A DEUS — O QUE ENVOLVE:

a. Fé : não é possível confiar em quem não se conhece; por outro lado, não se conhece a Deus se não crer que ele é quem diz ser; “sem fé é impossível agradar-lhe; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe, e que é galardoador dos que o buscam” (Hb 11.6).

b. Revelação natural — a criação: todo homem é responsável por conhecer a Deus com base nas coisas que existem; esta percepção de que há um Deus pessoal será a base do julgamento justo contra os incrédulos (Rm 1.20).

c. Revelação especial — Palavra de Deus: ouvir a Palavra de Deus e recebê-la de acordo com a interpretação do Espírito Santo ao aplicá-la a nós (Rm 10.17).

d. Revelação plena — o Filho de Deus: quando Filipe pediu a Jesus que lhe mostrasse o Pai, a resposta foi: quem me vê a mim, vê o Pai (Jo 14.8.11); Jesus é a plena revelação de Deus (Hb 1.1-3; Cl 1.19; 2 Co 3.16 – 4.6);

e. Foco da revelação — o caráter de Deus: prestar atenção, meditar sobre a natureza e o caráter de Deus revelados em sua Palavra e obra.

f. Obediência : aceitar seu convite de amor e obedecer a suas ordens por amor.g. Relacionamento : reconhecer o amor demonstrado por Deus e alegrar-nos nele.

“Amar a Deus sobre todas as coisas”; qualquer coisa ou pessoa que amarmos mais do que a Deus corromperá nosso coração.

[6] PARA REFLETIR:

a. Conhecer sobre Deus X conhecer a Deus : é possível saber sobre Deus sem conhecê-lo; ler livros de teologia e apologética; aprofundar-se na história cristã e estudar o credo cristão; aprender a manusear bem as Escrituras.

b. Pergunta : como podemos transformar nosso conhecimento sobre Deus em conhecimento de Deus?

c. Resposta : transformar cada verdade aprendida sobre Deus em assunto de meditação diante de Deus, conduzindo-nos à oração e ao louvor a Deus.

d. O que é meditação ? É o ato de trazer à mente as coisas conhecidas sobre os caminhos, propósitos e promessas de Deus; pensar, deter-se nelas e aplicá-las à própria vida; é falar consigo mesmo a respeito de Deus e de si próprio; é um meio de raciocinar consigo mesmo em ocasiões de dúvida e apreensão até chegar ao claro entendimento do poder e da graça de Deus.

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AULA 3 — O QUE É CONHECER A DEUS

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[1] INTRODUÇÃO d. Conhecer a Deus : é o alicerce, a forma e o alvo da vida, além de ser uma

escala de prioridades e de valores; se aceito que conhecer a Deus é a principal razão da vida, muitos problemas serão resolvidos.

e. Alvo : o que dá valor à vida é ter um grande objetivo, alguma coisa que prenda nossa imaginação e conserve nossa fidelidade;

1. "Assim diz o Senhor: 'Não se glorie o sábio em sua sabedoria nem o forte em sua força nem o rico em sua riqueza, mas quem se gloriar, glorie-se nisto: em compreender-me e conhecer-me, pois eu sou o Senhor" (Jr 9:23s).

[2] CONHECER A DEUS — O QUE É

f. Conhecer a Deus não é : um tipo de emoção; arrepios; emoções irreais; sensação de entorpecimento e euforia; um tipo de experiência intelectual.

g. Conhecer a Deus é :

1. Ouvir a Palavra de Deus e recebê-la de acordo com a interpretação do Espírito Santo ao aplicá-la a nós;

2. Atentar para a natureza e o caráter de Deus revelados na Palavra e obra;

[3] CONHECER A DEUS – UMA QUESTÃO PESSOAL

h. Pessoal : o relacionamento com Deus é individual e intransferível. i. Conhecer a Deus é mais do que conhecer sobre Deus: um teólogo conhece

mais a Deus do que um crente analfabeto? j. Conhecer a Deus é uma precondição para confiar nele: "E como alguém pode

ter fé no Senhor se não ouvir falar dele?" (Rm 10.14). k. Intimidade : de íntimo ou dentro, interior; significa submissão, dependência,

entrega sem medo a Deus; somente é possível pelo Espírito (1Co 2.10);

1.“No amor não existe medo... o perfeito amor lança fora o medo” (1Jo 4.18).

2. “A nós, porém, Deus o revelou pelo Espírito. Pois o Espírito sonda todas as coisas, até mesmo as profundidades de Deus" (1Co 2.10,11).

3. “A intimidade do Senhor é para os que o temem aos quais ele dará a conhecer a sua aliança” (Sl 25.14).

l. Mutualidade : Deus sabe tudo sobre nós e ainda nos ama — ele não tem ilusões a nosso respeito; o relacionamento com Deus implica em segurança.

1. “tu me sondas e me conheces” (Sl 139.1);

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2. “Conheço-te pelo teu nome“(Ex 33.11); 3. “Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci” (Jr 1.5). 4. “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me

conhecem a mim. Assim como o Pai me conhece e eu conheço o Pai...As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão eternamente...” (Jo 10.14,15,27,28).

m. Salvação : ninguém é salvo por conhecer doutrina, mas é salvo pela vida de Cristo, recebida pela fé por meio do Espírito Santo (e permanecer num), relacionamento de confiança e obediência a Deus.

[4] CONHECER A DEUS – UMA QUESTÃO DE ENVOLVIMENTO PESSOAL

n. Envolvimento : vontade, mente e emoções; experimentar (provar) seu amor.o. Relação integral : “Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda

a tua alma, e de todo o teu pensamento” (Mt 22.37,38); os evangelhos de Marcos (12.30) e Lucas (10.27) falam em coração (volitiva), alma (emocional), entendimento (intelectual) e forças.

p. Amar : “Quem não ama, não conhece a Deus, pois Deus é amor” (1 Jo 4.8).q. Obedecer : “Se me amais, guardai os meus mandamentos” (Jo14.15,21-24).r. Emoções : compartilhar alegrias e tristezas; não desprezar as emoções;

1.de um lado, devemos lembrar que Deus não existe para nosso conforto ou para proporcionar "experiências religiosas"; se alguém diz que conhece a Deus, mas não lhe obedece, é mentiroso (1Jo 2.4, 9,11; 3:6,11; 4.20).

2.por outro lado, não devemos desprezar o fato de que o conhecimento de Deus é uma relação emocional, assim como intelectual e volitiva; se não for assim, não é integral ou profundo; o cristão é, e deve ser, emocional.

s. Provar : "experimentar" com a intenção de apreciar o sabor;

1. um prato pode parecer delicioso e ser bem recomendado pelo cozinheiro, mas não saberemos suas reais qualidades enquanto não o provarmos.

2. um amigo se torna um grande companheiro à medida que experimentamos suas virtudes e qualidades, especialmente em momentos difíceis.

3. "Provai e vede que o Senhor é bom" (Sl 34:8); 4. “Se é que já tendes a experiência de que o Senhor é bondoso” (1Pe

2.1).

[5] CONHECER A DEUS – UMA QUESTÃO DE GRAÇA

t. "Conhecer": em relação a Deus, é uma palavra da graça soberana; Deus tomou a iniciativa de amar, escolher, redimir, chamar e preservar.

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1. “Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós, e enviou seu Filho para propiciação...” (1Jo 4.10).

2. “conhecendo a Deus, ou, antes, sendo conhecidos por Deus” (Gl 4.9); 3. O Senhor disse a Moisés “[...] porque tenho me agradado de você e o

conheço pelo nome” (Êx 33.17). 4. “Antes de formá-lo [Jeremias] no ventre eu o escolhi; antes de você

nascer, eu o separei” (Jr 1.5). 5. “Eu sou o bom pastor; conheço as minhas ovelhas, e elas me

conhecem [...] e dou a minha vida pelas ovelhas [...] As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço [...] jamais perecerão” (Jo 10:14,15,27,28).

u. Auto-revelação : Deus se deixa conhecer e achar pelo homem que o busca; a revelação é dada a cada um na medida da fé pessoal e da maturidade.

1. “Eu amo os que me amam; os que me procuram me acham” (Pv 8.17).

2. “Buscar-me-eis, e me achareis, quando me buscardes como todo o vosso coração, e serei achado de vós” (Jr 29.13);

3. “buscai e encontrareis” (Mt 7.7).

[6] PARA REFLETIR:

v. Revelação : abrir os olhos — remover o véu — e dar instrução sobre ele e sua vontade por meio da comunhão com ele.

w. Expectativa : à medida que penetramos mais e mais profundamente nessa experiência de sermos humilhados e exaltados, nosso conhecimento de Deus aumenta e, com ele, teremos paz, força e alegria para a vida.

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AULA 4 — O ÚNICO E VERDADEIRO DEUS

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"Não farás para ti nenhum ídolo, nenhuma imagem de qualquer coisa no céu, na terra, ou nas águas debaixo da terra. Não te prostrarás diante deles nem lhes prestarás culto, porque eu, o Senhor, o teu Deus, sou Deus zeloso" (Êx 20:4,5).

1.IDOLATRIA :

x. O que a palavra idolatria sugere : selvagens prostrados diante de um poste-ídolo? estátuas com faces cruéis nos templos hinduístas? danças religiosas dos sacerdotes de Baal ao redor do altar levantado por Elias?

y. A idolatria não : se refere apenas à adoração de imagens de outros deuses (ver Is 44.9; 46:1), ou o paganismo do mundo greco-romano (Rm 1.23-25); não se aplica apenas a representações imorais ou degradantes de Deus, tiradas dos cultos pagãos.

z. A idolatria é : fazer uso de nenhuma representação visual de Deus; "... a idolatria consiste não só no culto a falsos deuses, mas também no culto ao verdadeiro Deus através de imagens" (Charles Hodge).

2.O PERIGO DAS IMAGENS:

A. Problemas: que mal pode haver em usar estátuas e quadros se estes ajudam a elevar o coração a Deus? Se são úteis, porque são proibidos? B.O segundo mandamento proíbe o:

1. Uso de imagens que representam como a mais elevada criatura, o homem;

2. Uso de imagens de Jesus como homem, embora ele tenha sido homem;

3. Uso de qualquer figura ou estátua de Deus Pai, do Filho e do Espírito Santo.

C. Resposta: a Bíblia mostra que a glória de Deus e o bem espiritual do homem estão diretamente ligados ao mandamento.

3. DOIS FUNDAMENTOS DA PROIBIÇÃO DA IDOLATRIA:

A. As imagens desonram a Deus, pois obscurecem sua glória.

1. Nenhuma criatura é capaz de refletir a glória de Deus: as coisas celestes (sol, lua, estrelas), terrestres (homens, animais, pássaros, insetos) e marítimas (peixes, mamíferos, crustáceos) não correspondem ao Criador.

2. Calvino: "A verdadeira imagem de Deus não é encontrada em nenhuma parte do mundo; conseqüentemente [...] sua glória é profanada, e sua verdade corrompida pela mentira, sempre que ele nos é apresentado de forma visível [...] Projetar qualquer imagem de Deus é por si só irreverência, porque mediante essa corrupção sua majestade é adulterada..."

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3.Toda imagem obscurece a glória de Deus: não é apenas em relação à semelhança, mas a natureza pessoal e o caráter de Deus. 4."Com quem vocês compararão Deus?" (Is 40.18).

b. As imagens enganam os homens ao projetar idéias falsas sobre Deus.

1. Quando os pensamentos estão focalizados na imagem de Deus, a pessoa orará "curvando-se" e "adorando" a imagem; como a imagem falha em representar a verdade sobre Deus, a adoração não é verdadeira.

2. A mente que admite imagens não aprendeu ainda a amar e a ouvir a Palavra de Deus; quem espera ser guiado a Deus por meio de imagens, materiais ou mentais, não está levando a sério a palavra de Deus.

4. IMAGENS ESCULPIDAS X IMAGENS MENTAIS

a. Imagem material : qualquer imagem e figura visível de Deus. b. Imagem mental : idéias ao gosto pessoal — "Gosto de pensar em Deus como o

grande Arquiteto”; ou "Não penso em Deus como juiz, mas como pai". c. Que imagem temos de Deus ? De um homem — o homem ideal ou um super-

homem; Deus não é igual a nenhum tipo humano. d. “Imago dei”: embora tenhamos sido criados a imagem de Deus, não podemos

pensar em Deus de acordo com ela.e. Deus é real : ninguém é livre para pensar em Deus como gosta, porque ele é

real e existe objetivamente; imagens mentais de Deus servem de pretexto para negar algum ensinamento bíblico a respeito de Deus.

f. Segundo mandamento : 1. Propósito positivo: conhecer a Deus como ele é revelado em sua

Palavra e obra, isto é, como Deus Criador, transcendente, misterioso e inescrutável, além do alcance de qualquer conjectura filosófica.

2. Propósito negativo: exortação contra a adoração e prática religiosa que desonram a Deus e falsificam sua verdade.

g. Dependência de Deus : humilhar-se diante de Deus, ouvi-lo e aprender dele; Ele mesmo nos ensinará como é e como devemos pensar sobre ele.

1. "Os meus pensamentos não são os pensamentos de vocês, nem os seus caminhos são os meus caminhos..." (Is 55.8,9).

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2. "Ó profundidade da riqueza da sabedoria e do conhecimento de Deus! Quão insondáveis são os seus juízos e inescrutáveis os seus caminhos! Quem conheceu a mente do Senhor?" (Rm 11:33,34).

5. IMAGENS X PALAVRA DE DEUS

h. Palavra de Deus : a proibição de imagens na adoração coloca a fabricação de imagens com a atenção aos mandamentos e à palavra de Deus, como se ambas fossem mutuamente excludentes (Deuteronômio 4).

i. Monte Sinai : o povo viu sinais da presença de Deus, mas não viu nenhuma representação visível do próprio Deus; eles ouviram sua palavra.

j. Significado : Deus não lhes apresentou nenhum símbolo visível de si mesmo, mas falou com eles; portanto, eles não deveriam procurar símbolos visíveis de Deus, mas simplesmente obedecer a sua Palavra.

6. PARA REFLETIR:

k. Perguntas :

1. Até que ponto estamos guardando o segundo mandamento? Com certeza, não temos em nossas igrejas e nem crucifixos em casa.

2. Adoramos o Deus da Bíblia, o Deus triúno, o único e verdadeiro Deus? Ou nossa concepção dele demonstra que não o conhecemos?

l. Teste: como saber se eu sirvo o Deus verdadeiro ?

1. O Deus da Bíblia falou através de seu Filho. A luz do conhecimento de sua glória nos é dada na face de Jesus Cristo. Olhar habitualmente para a pessoa e obra do Senhor Jesus Cristo como a revelação da verdade final sobre a natureza e a graça de Deus. Compreender todos os propósitos de Deus centralizados em Jesus Cristo.

2. Se creio nisto e, com fé, aceito a solução de Deus na cruz de Cristo, então posso saber que realmente adoro o Deus verdadeiro, que ele é o meu Deus e que já desfruto a vida eterna de acordo com a definição do próprio Senhor: "Esta é a vida eterna: que te conheçam, o único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem enviaste" (Jo 17:3).

CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS

1. INTRODUÇÃO:

a.ADificuldades para crer: expiação; ressurreição; nascimento virginal; milagres.

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AULA 5 — DEUS ENCARNADO

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b.Dificuldade real: a encarnação de Jesus; "O Verbo se fez carne" (Jo 1.14). c.Quem é Jesus: um homem piedoso? Um louco? Ou a Palavra eterna, o agente do Pai na criação? "por quem criou igualmente os mundos" (Hb 1:2) d.Objetivo: demonstrar a natureza e a divindade de Jesus, Filho de Deus.

2. PRÓLOGO DE JOÃO — QUEM É JESUS?

a.Objetivo de João: a fim de que "creiam que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e, crendo, tenham vida em seu nome" (Jo 20.31).b.Destinatários: dirige-se a leitores tanto de formação judaica quanto grega.c.Filho de Deus: expressão corrompida por associações filosóficas errôneas.

1. teologia judaica: usava o título para o esperado Messias (humano).

2. mitologia grega: inclui muitos "filhos dos deuses", super-homens nascidos da união de alguma divindade com seres humanos.

3.PRÓLOGO DE JOÃO — ANÁLISE DA DIVINDADEa.“No princípio era o Verbo” (v. 1a): aqui está mostrada a eternidade da Palavra. Ele não teve começo quando as outras coisas começaram; ele era

1.pano de fundo: evidente é Gn 1.1 — “No princípio, Deus criou” (heb: bereshit); João menciona um “princípio” anterior a Gênesis; compare com Cl 2.18: “Ele é o princípio”; “Eu sou ... o princípio e o fim” (Ap 21.6; 22.13).

b.“e o Verbo estava com Deus” [pros theos] (v. 1b): aqui a Palavra tem personalidade; coexistência e co-eternidade; o poder que cumpre os propósitos de Deus procede de um ser pessoal, que está em relacionamento eterno de amizade viva com Deus (este é o significado da frase).c.“e o Verbo era Deus” (v. 1b): aqui está a divindade da Palavra; um ser com Deus; pessoalmente distinto do Pai, mas não é criatura; é divino como o Pai. d.“Todas as coisas foram feitas por ele” (v. 3): a Palavra criando; agente do Pai em todos os atos da criação; participação ativa de Cristo na criação anterior e na nova criação; todo homem é nova criatura (2 Co 5.17).e.“Nele estava a vida [ zoé ] ” (v 4a): ver Jo 14.6 – “eu sou... a VIDA”; a Palavra animando; não há vida física (bios) na criação a não ser por meio dele. f.“e a vida era a luz dos homens” (v 4b): a Palavra revela; ao conceder vida, também dá luz; equivale a dizer que todo ser humano recebe intimações de Deus apenas pelo fato de estar vivo em seu mundo, e isso, não menos que o fato de viver, é decorrência da ação da Palavra.

g.“E o Verbo se fez carne” (v. 14): a encarnação da Palavra; o bebê na manjedoura em Belém não era outro senão a Palavra eterna de Deus.h.Revelação: depois de mostrar quem a Palavra é — uma pessoa divina, criadora de todas as coisas — João faz uma identificação: A Palavra foi revelada pela encarnação:

1. "Vimos a sua glória, glória como do Unigênito vindo do Pai" (v. 14b).

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2. "O Deus Unigênito, que está junto do Pai".

i.Conclusão: “Jesus Filho de Deus” — Jesus é a Palavra de Deus; a Palavra é Deus; logo Jesus é Deus.

1. “E todos nós recebemos também da sua plenitude, e graça por graça...”

2. “a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo. Deus nunca foi visto por alguém. O Filho unigênito, que está no seio do Pai, esse o revelou.”

4.ENCARNAÇÃO — DEUS FEITO HOMEM

a.”Natal”: O bebê nascido em Belém era Deus feito homem. A Palavra se fez carne: uma criança, humana e real.

b.Totalmente Deus:

1. não deixou de ser Deus; 2. não era menos Deus do que havia sido antes, mas passou a ser

homem; 3. não era Deus com menos elementos de divindade, mas Deus e

mais tudo o que havia tornado seu ao assumir a forma humana.

c.Totalmente homem: O criador do homem sentia agora o que era ser homem; ele assumia um estado no qual podia ser tentado por sua própria criatura — o Diabo — porém sem pecado (Hb 4.15). d.Homem perfeito: a perfeição de sua vida humana só seria alcançada por meio do conflito com o Diabo; isto é um grande conforto.

1.“Por essa razão era necessário que ele se tornasse semelhante a seus irmãos em todos os apectos [...] Porque tendo em vista o que ele mesmo sofreu quando tentado, ele é capaz de socorrer aqueles que também estão sendo tentados. [...]” (Hb 2.17-18).

2.“Pois não temos um sumo sacerdote que não possa compadecer-se das nossas fraquezas, mas sim alguém que, como nós, passou por todo tipo de tentação, porém, sem pecado. Assim, aproximemo-nos do trono da graça com toda a confiança, a fim de recebermos misericórdia e encontrarmos graça que nos ajude no momento da necessidade” (Hb 4.15-16).

5.PARA REFLETIR:

a.Ministério da encarnação:

1.Credo atanasiano: "... nosso Senhor Jesus Cristo, o Filho de Deus, é Deus e homem; [...] Deus perfeito e Homem perfeito [...] Ainda que é Deus e Homem, nem por isso são dois, mas um único Cristo. Um

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só, não pela transformação da divindade em humanidade, mas mediante a recepção da humanidade na divindade".

2.Charles Wesley: "Nosso Deus reduzido ao tamanho de um palmo Incompreensivelmente fez-se homem".

b..Divindade de Cristo:

1.pedra fundamental: “Sobre esta pedra edificarei a minha igreja e as portas do inferno não prevalecerão contra ela (Mt 16.15,16)

2.pedra de toque: a fé em Cristo é o critério que decide o destino eterno. Quem crer é salvo, quem não crê já está condenado (Jo 3.18). Pedro fala de Cristo como sendo a pedra viva para os que crêem e pedra de tropeço para os que não crêem. “Por isso também na Escritura se contém: Eis que ponho em Sião a pedra principal da esquina, eleita e preciosa; e quem nela crer não será confundido” (1 Pe 2.4-8).

CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS

1.INTRODUÇÃO:

a.Calvário: o significado de Belém reside na seqüência de passos que levaram o Filho de Deus à cruz do Calvário.

b.Encarnação:

1. Fato: "E o Verbo se fez carne e habitou entre nós" (Jo 1.14).2.Significado: "Pois vocês conhecem a graça de nosso Senhor Jesus Cristo, que, sendo rico, se fez pobre por amor de vocês, para que por meio de sua pobreza vocês se tornassem ricos" (2Co 8.9).

2.DIVINDADE DE CRISTO

a.Divindade: “subsistindo em forma de Deus” — “sendo em a forma de Deus”.

1.subsistindo: (gr. uparxwn) existência eterna, prévia, não criada.

2.forma (gr. morphe): não é formato independente da essência, mas aparência externa indicativa de uma realidade interior; atributos essenciais que se demonstram na forma; p. ex.: metamorfose – mudança de forma.

3.Deus: forma de Deus significa que ele tem conteúdo e essência de Deus; “nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2.9); “Ele é a expressão exata de seu Ser” (Hb 1.3).

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AULA 6 — DEUS CRUCIFICADO

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b.Igualdade: “não julgou como usurpação o ser igual a Deus” — “não considerou o ser igual a Deus coisa a que se devia aferrar”.

1.usurpação: 2 aspectos –

1º) Jesus tinha pleno direito a existir como Deus, porque esta é a sua natureza; ele não abriu mão de sua glória porque estivesse no lugar errado; sua condição de Deus não havia sido usurpada ou “tomada a força”.

2º) mesmo sendo Deus, ele não considerou que devesse se aferrar a isto.

2.ser igual a Deus: Jesus é Deus com Deus; plena identificação com o Pai.

3.ESVAZIAMENTO DE CRISTO

a.Menor que Deus: Jesus era completamente Deus e completamente homem;

1.se estivesse privado de atributos divinos, como ele poderia ser Deus?

2.como ele poderia manifestar completamente o Pai? 3.se ele não pode encarnar e ser Deus, como ele está hoje? 4.ficou reduzido em sua divindade? 5."[As naturezas] divina e humana se reuniram em uma Pessoa,

para nunca mais se separarem" (Trinta e nove artigos de religião, §2º).

b.Ekenosen: “antes a si mesmo se esvaziou” — “fez-se de nenhuma reputação”; “Jesus... sendo rico se fez pobre por amor de vós” (2Co 8.9).

1.voluntário: Jesus não foi tirado de sua posição; o Pai não empurrou o Filho para fora, como se ele não tivesse o direito de estar ali; antes, o Filho se determinou à obra da redenção; “ninguém a tira [a vida] de mim, pelo contrário, eu espontaneamente a dou” (Jo 10.18).

2.reputação: Cristo não considerou a manifestação da sua divindade no céu como um tesouro a que devia se agarrar e reter a todo custo; na sua encarnação ele não se preocupou em reter nada dessa manifestação.

c.Esvaziar-se: de que? de sua glória e dignidade e não de seus poderes e atributos divinos, porque isto seria impossível; se ele se esvaziasse de ser Deus, ele deixaria de existir; se você deixar de ser você, deixará de existir;

1.Jesus é a glória de Deus (1 Co 2.8; Tg 2.1); Rei da Glória (Sl 24); “Isaías viu a glória de Cristo” (Jo 12.41); “a glória do Senhor se manifestará, e toda a carne a verá” (Is 40.6; Hc 2.14); “encherei de glória esta casa” (Ag 2.9);

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2.transfiguração: “uma nuvem luminosa os envolveu” (Mt 17.5); “ele recebeu da parte de Deus Pai, honra e glória, quando pela Glória Excelsa lhe foi enviada a seguinte voz... ” (2 Pe 1.17; c/c Lc 9.31).

3.Jesus: “glorifica-me com a glória que eu tive junto de ti antes que houvesse mundo” (Jo 17.5,22,24;1Tm 3.16); ver também Jo 8.54.

4.HUMILHAÇÃO DE CRISTO:

a.Encarnação: “assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens” — “a forma de servo havendo tomado, havendo sido feito na semelhança de homens.”

1.assumiu: (gr. genomenov) compare “subsistindo ” e “assumiu”; tornar-se, em certo momento, homem; não assumiu forma de Deus, mas de homem.

2.forma de servo e semelhança de homens: Cristo, sendo Deus, assumiu forma humana, uma semelhança real, física; não fantasmagórica.

3.carne: sua humanidade era tão real quanto a sua divindade. “E o Verbo se fez carne" (Jo 1.1); "[Jesus] nasceu da descendência de Davi segundo a carne" (Rm 1:3); "Deus enviou seu Filho, nascido de mulher" (Gl 4:4).

4.encarnação: Jesus aceitou assumir a semelhança de homem durante a encarnação; ele aceitou a limitação de espaço, conhecimento e poder.

5.natureza humana: Jesus assumiu uma natureza humana, não uma pessoa humana; a pessoa de Cristo é o Filho de Deus; ter natureza humana significa que Jesus tinha alma, espírito e corpo humano.

b.Humilhação: “e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou” —

1.ato voluntário: humilhou-se a si mesmo; repete ênfase do v. 6. 2.limitação: posição de Filho, de Servo, submeteu-se à autoridade;

"... aprendeu a obediência..." (Hb 5:8); "... todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres..." (Mt 26:39,42).

5.EXPIAÇÃO DE CRISTO:

a.Submissão: “tornando-se obediente até à morte, e morte de cruz” — “e, na figura havendo sido achado como um homem, humilhou-se a si mesmo havendo se tornado obediente até a morte, morte mesmo de uma cruz.”b.Obediente até à morte: “Meu Pai, se é possível, passe de mim este cálice” (Mt 26:39); “Jesus... pelo gozo que lhe estava proposto, suportou a cruz, desprezando a afronta, e assentou-se à destra do trono de Deus” (Hb 12:2).

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c.Morte de cruz: Cristo sofreu a execução mais degradante em todos os sentidos (Sl 22:1,6-8,11-18; Is 53:2-12; Gl 3:13).

1.Ele percorreu a descida do trono de Deus até o nível mais baixo para atender a lei de Deus e resgatar o homem.

2.“Cristo nos resgatou da maldição da lei, fazendo-se maldição por nós; porque está escrito: Maldito todo aquele que for pendurado...” (Gl 3:13).

6.PARA REFLETIR:

a.Por que é necessário que o redentor fosse Deus: somente Deus poderia satisfazer a justiça de Deus.b.Por que é necessário que o redentor fosse homem: somente um homem real poderia substituir o homem e pagar a culpa da humanidade. c.“Seja a atitude vocês a mesma que houve em Cristo Jesus” (Fp 2.5).

CLÍNICA DO CONHECIMENTO DE DEUS

1.INTRODUÇÃO:

a.Segunda pessoa: “e o Verbo se fez carne... “glória como do unigênito de Deus,” (Jo 1.1-14); “... o Deus unigênito que está no seio do Pai...” (Jo 1.18)b.Terceira pessoa: “o Pai vos dará outro Consolador” (Jo 14.16). c.Espírito Desconhecido: noção vaga; “espírito do Natal”; discípulos em Éfeso: "nem sequer ouvimos que existe o Espírito Santo" (At 19.2).

2.O OUTRO CONSOLADOR a.“outro”: o grego usa duas palavras: hetero (outro diferente) e allos (outro igual); Jesus disse que o Espírito é o “allos Parakleto” (outro da mesma natureza de Jesus);

1.“E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador” (Jo 14.16-18).

b.Consolador: "Conselheiro" (NVI), "Auxiliador" (VFL), "Paráclito" (BJ). c.Significado: estímulo, apoio, assistência, cuidado e aceitação de responsabilidade pelo bem-estar alheio. d.Consolador: Jesus com os crentes e diante do Pai (Jo 14.25; 1 Jo 2.1).e.Outro consolador: Espírito Santo nos crentes (Jo 14.16,26; 15.26; 16.7).f.Missão do outro Consolador: o Espírito vem " estar com vocês para sempre" (14.16) para continuar o ministério de Jesus; fazer o que Jesus fez em relação ao

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AULA 7 — ELE DARÁ TESTEMUNHO

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amor, cuidado, instrução paciente e preocupação com o bem-estar de seus discípulos durante o seu ministério terreno.

3.O ESPÍRITO SANTO:

a.Divindade: os nomes "Espírito da verdade" e " Espírito Santo" (Jo 14.17,26). b.Pessoalidade: Jesus o chama “Santo” como o Pai de "Pai santo" (17.11).c.Palavra e Espírito: no AT, a Palavra de Deus e o Espírito de Deus são figuras paralelas; a Palavra de Deus é sua voz, o Espírito é seu alento. d.Poder em ação: a palavra e o alento de Deus aparecem juntos na criação:

1."O Espírito [alento] de Deus se movia sobre a face das águas. Disse [palavra] Deus [...] e houve [...]" (Gn 1:2, 3);

2."Mediante a palavra do Senhor foram feitos os céus, e os corpos celestes, pelo sopro [alento] de sua boca" (Sl 33:6).

4.O ESPÍRITO SANTO NA TRINDADE:

a.Trindade: “... em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.18); o Espírito Santo é o mesmo Espírito do Senhor (At 5.9; 1 Co 3.17,18); Espírito de Deus (Mt 3.16: Rm 8.9,14); Espírito de Cristo (Rm 8.9; 1 Pe 1.11).b.Deus Espírito Santo: eterno (Hb 9.14); onipresente (Sl 139: 07-10); onipotente (Lc 1.35); onisciente (1 Co 2.10). c.Pessoa: — intelecto (administra, 1 Co 2:10, 11); — vontade (guia, intercede, Jo 16:13; Rm 8.26); — emoções (Rm 15:30; Ef 4:30). d.Mistério da Trindade: três pessoas e um Deus; o Filho realiza a vontade do Pai, e o Espírito a vontade do Pai e do Filho; e.Importância: se o ministério de Cristo foi importante, o ministério do Espírito Santo é igualmente importante; se a obra realizada por Cristo foi importante para a Igreja, também a obra do Espírito é importante.

5. A OBRA DO ESPÍRITO — O EVANGELHO:

a.Comissão: Cristo confiou aos discípulos a missão de ir e fazer discípulos em todas as nações; "e vocês também testemunharão" (Jo 15.27); "E serão minhas testemunhas [...] até aos confins da terra" (At 1.8). b.Promessa: Cristo enviou o Espírito para lhes ensinar todas as verdades;

1."[...] o Conselheiro [...] lhes ensinará todas as coisas e lhes fará lembrar tudo o que eu lhes disse" (Jo 14.26).

2."quando o Espírito da verdade vier, ele os guiará a toda a verdade. Não falará de si mesmo; falará apenas o que tiver ouvido" (Jo 12.49; 17.8,14);

3."e lhes anunciará o que está por vir. Ele me glorificará, porque receberá do que é meu e o tornará conhecido" (16.12-14);

4."ele testemunhará a meu respeito" [a vocês a quem o enviarei] "e" [capacitados pela sua atuação] "vocês também testemunharão..." (15.26,27).

c.Autoridade:

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1.profetas do AT: "Assim diz o Senhor Jeová", 2.apóstolos do NT: "Assim diz o Senhor Jesus Cristo".

d.Paulo: “... Deus o revelou a nós por meio do Espírito [...] porém [...] recebemos [...] o Espírito procedente de Deus, para que entendamos as coisas que Deus nos tem dado gratuitamente. Delas também falamos... com palavras ensinadas pelo Espírito” (1 Co 2.9-13).

6.A OBRA DO ESPÍRITO — A IGREJA:

a.Revelação: "O deus desta era cegou o entendimento dos descrentes" (2Co 4:4); o cego não reage ao estímulo da luz. b.Cristo: "Ninguém pode ver o Reino de Deus se não nascer de novo" (Jo 3:3; cf. v. 5). "[...] vocês não aceitam nosso testemunho" (v. 11). c.Testemunho: a igreja prega o Evangelho e o Espírito Santo dá testemunho. “A minha palavra e a minha pregação não consistiram em linguagem persuasiva de sabedoria, mas em demonstração do Espírito... " (1Co 2.1). d.Ministério do Espírito Santo: Jo 16.8

1.em relação ao mundo: convence do pecado, da justiça, e do juízo; 2.em relação aos crentes: ensina, guia, exorta, consola, disciplina,

capacita...; 3.em relação à igreja: une, edifica, conserva, vivifica, exorta, etc.

7.A RESPOSTA APROPRIADA:

a.Com relação à fé: reconhecemos a autoridade da Bíblia, o Antigo Testamento e o Novo Testamento que ele inspirou? Nós o lemos e ouvimos com a reverência e fé devidas à Palavra de Deus?b.Com relação à vida: aplicamos a autoridade da Bíblia e vivemos por ela, sem nos importar com o que possam dizer contra ela, reconhecendo que a Palavra de Deus tem propósito, é verdadeira e que ele manterá sua palavra? c.Com relação ao testemunho: lembramo-nos de que apenas o Espírito Santo pelo seu testemunho pode tornar autêntico o nosso? Esperamos que ele o faça e confiamos que ele o fará, demonstrando realmente nossa confiança, abstendo-nos de demonstrar sabedoria humana? d.Julgamento: a frieza e a esterilidade na vida da Igreja é o julgamento de Deus sobre nós pelo modo como temos desonrado o Espírito Santo; "Aquele que tem ouvidos ouça o que o Espírito diz às igrejas."e.“se vós que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem” (Lc 11.9)

AQUI NESTE CONTEXTO – MINISTRAR SOBRE O ESPÍRITO SANTO/;Ver lições 28 a 32 sobre o Espírito Santo no estudo Fundamentos da fé cristã.

[1] Veja se tudo está certo entre você e Deus:

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ANEXO

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a) Confissão : confessar significa reconhecer a verdade; concordar com Deus que você ofendeu Seu santo caráter, que você merece punição e necessita de perdão.

b) Andar na luz : confessar o que o Espírito Santo traz a mente (1 Jo 1.7); "O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará" (Pv 28:13).

c)Billy Graham : “Devemos lidar completamente com o pecado em nossas vidas, se quisermos ser cheios do Espírito Santo”

[2] Reconheça sua necessidade e a provisão de Deus:

a) Sondar o coração : permita que o Espírito Santo sonde o seu coração e seja honesto. não faça confissões gerais mas específicas; mencione claramente.

b) Confie na provisão : creia que o Espírito Santo purifica, consola e fortalece.

[3] Tenha fome e sede da plenitude do Espírito:

a) “Bem-aventurados os que têm fome e sede de justiça, porque serão fartos” (Mt 5.6).

b) “Se alguém tem sede, venha a mim e beba” (Jo 7.38-39); “Buscar-me-eis e me achareis quando me buscardes de todo o vosso coração”(Jr 29.13; ver Is 44.3; 55.1).

c)Torrey : “Homem algum jamais recebeu esta benção enquanto sentiu que podia passar sem ela”.

[4] Entregue-se totalmente ao senhorio de Cristo:

a) Sacrifício vivo: entregue a si mesmo, sua vontade, ambições, posses (Rm 12.1-2).

c)Dê a preferência a Jesus: “Busque em primeiro lugar o reino de Deus” (Mt 6.33)

[5] Peça em oração:

a) “Se vós que sois maus, sabeis dar boas dádivas aos vossos filhos, quanto mais o Pai celestial dará o Espírito Santo àqueles que lho pedirem” (Lc 11.13)

d) “pedi, pedi”: indica um tempo de espera em que Deus prepara o coração (Is 40.31).

[6] Apropriar-se pela simples confiança:

a) O dom do Espírito Santo não vem por obras, mas pela fé (Atos 15.9).e) A.J. Gordon : “Parece claro pelas Escrituras que é ainda o dever e privilégio

dos crentes receber o Espírito Santo mediante um ato consciente e definido de fé, assim como receberam Jesus Cristo”.

[7] Lembretes sobre o enchimento do Espírito Santo:

a) É instantâneo.

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f) É uma realidade espiritual (não de sentimentos). g) Pode ocorrer muitas vezes. h) Alegre-se na plenitude de Deus continuamente.

CLINÍCA DO CONHECIMENTO DE DEUS

Texto: “Ouve, Israel, o SENHOR, nosso Deus, é o único SENHOR” (Dt 6.4,5).

1.INTRODUÇÃO:

A. Trindade não é : 3 deuses em 1 deus (triteísmo); o filho não é criado pelo pai (arianismo e TJ); as pessoas de Deus não são apenas manifestações (modalismo).B.Trindade no Antigo Testamento: criação de todas as coisas; confissão do monoteísmo: “Ouve, Israel, o Iavé, nosso Elohim é o único Iavé” (Dt 6.4); C.Trindade no Novo Testamento: batismo de Cristo: fórmula batismal: “em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo” (Mt 28.19); benção apostólica.

2.Características da Trindade:

A.Pessoas: o termo pessoa não se refere ao uso comum, mas ao modo de subsistência pessoal em Deus (vontade, emoções e inteligência).B.Tri-unidade: um Deus — três pessoas; único ser, essência e natureza harmonia.C.Unidade: nenhuma pessoa sem as outras é Deus; cada pessoa com as outras é Deus.D.Igualdade: o Pai não é o Filho; o Filho não é o Espírito Santo e o Espírito Santo não é o Pai. Eles são co-iguais, co-eternos e co-poderosos.E.Pericorese ( circuminsercio ) : onde uma pessoa está, as outras também estão; Jo 14.10 — “Quem me vê a mim, vê o Pai... não credes que eu estou no Pai e que o Pai está em mim?” – contém e está contido (ver Mt 28.20 Jo 14.18,23).

3. Esquema ilustrativo:

A.Diversidade: o Pai não é o Filho; o Pai não é o Espírito Santo; o Filho não é o Espírito Santo.B.Unidade: o Pai é Deus; o Filho é Deus; o Espírito Santo é Deus. C.Pericorese: O Pai e o Filho estão no Espírito Santo; O Pai e o Espírito Santo estão no Filho; O Filho e o Espírito Santo estão no Pai.

PAI

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AULA 8 – A SANTÍSSIMA TRINDADE

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EMBAIXADA ROCHA VIVA

Não é Não é

FILHO ESPÍRITO SANTO Não é

4.Aplicação doutrinária quanto à personalidade:

A. Personalidade de Deus: se Deus fosse unipessoal, ele não conheceria o relacionamento com outra pessoa além dele mesmo. A Bíblia diz que “Deus é amor” (1Jo 4.8), mas não é possível haver amor na solidão pessoal. B.Personalidade do homem: Se este “Deus Uno” criasse o homem à sua imagem e semelhança, os seres humanos teriam uma natureza ‘autista’, em que o relacionamento seria impossível.

C. Implicações:

1. Se Deus precisasse do homem para se relacionar, ele seria dependente.

2. Se Deus fosse fechado em si mesmo, ele não se relacionaria com criação.

3. Caso Deus se relacionasse de alguma forma com a sua criatura, não haveria amor nem segurança de coexistência de Deus com a humanidade.

4. Os seres humanos seriam incapazes de se relacionar com amor e, neste caso, a própria sobrevivência da espécie estaria ameaçada de extinção.

5. Se os seres humanos se relacionassem bem entre si, então eles seriam melhores do que Deus?

D.Conclusão: a perfeição de Deus está assentada na elevada ordem da Trindade, ou seja, um Deus que subsiste em três pessoas em comunhão eterna, íntima e perfeita, que criou o homem à sua imagem e semelhança.

5.Aplicação doutrinária quanto ao amor:

A. Amor: fora de Deus não há explicação para o amor; a Trindade é a referência universal para o amor, porque o amor existiu em Deus desde toda eternidade. Quando o homem moderno afirma que é produto de evolução, ele nega sua personalidade e reduz a si mesmo a um ser originado do impessoal. B. Imagem e semelhança de Deus: só o cristão pode compreender o sentido do amor e vivê-lo “de fato, e de verdade”, em toda a sua beleza e plenitude. Em

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é

DEUS

é é

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Cristo, o amor deixa de ser uma palavra sem sentido porque sua realidade se fundamenta no amor que sempre houve entre as pessoas da Trindade, desde toda eternidade.

C. Implicações:

1.Se Deus fosse uno, ele não poderia comunicar plenamente o seu amor.

2. Se há amor na Trindade, então Deus é pessoal. 3. Se Deus criou os homens à sua imagem e semelhança, somos

pessoais. 4. Ao amar, estou refletindo uma experiência que sempre houve em

Deus. Eu posso me relacionar com Deus em amor e posso amar os meus semelhantes.

6. Aplicação doutrinária quanto à justificação:

A. Deus Uno: se Deus fosse uno, santo e justo, Ele não poderia salvar o homem sem comprometer sua santidade. Como é que o Todo-Santo poderia perdoar e ter comunhão com os pecadores? (Jó 9.22 — “não há entre nós árbrito”) B. Trindade: Deus é justo e o Justificador de nossos pecados (Rm 3:23-26), porque ele é pluri-pessoal; assim ele pode ser o Santo Juiz, o Cordeiro sacrificial que morreu em nosso lugar e o Espírito santificador que atua em nós.

7. Reflexão:

A. Trindade: 1. Deus é três pessoas; 2. Cada pessoa é plenamente Deus; 3. Há um só Deus" (Wayne Grudem).  B. Deus é invisível: Paulo diz que Deus é o Rei eterno, invisível a quem nenhum homem viu nem é capaz de ver. Este Deus se revelou a nós por meio de Cristo. C. Comunhão: nós fomos chamados à comunhão da Trindade (ver a oração sacerdotal de Jesus em Jo 17.11, 21, 23, 26; “nossa comunhão é com o Pai e com seu Filho“ 1Jo 1.3b).

CLINÍCA DO CONHECIMENTO DE DEUS — II

1. INTRODUÇÃO

A. Bíblia: Palavra de Deus — lâmpada para nossos pés e luz para o caminho; mas como os fatos do passado podem nos alimentar hoje?

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LIÇÃO 9 — O DEUS IMUTÁVEL E VERDADEIRO

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B. Problemática: Como o registro das palavras e ações de Deus podem nos ajudar hoje? Qual o ponto de contato entre o mundo antigo e o nosso?

2. A VIDA DE DEUS NÃO MUDA

A.Vida imutável: ele existe para sempre e é sempre o mesmo; não envelhece, sua vida não aumenta nem diminui; não ganha novas forças nem perde a que possui; não amadurece nem se desenvolve; "vida indissolúvel" (Hb 7:16). B.Textos bíblicos: Ele é "desde a antigüidade" (Sl 93:2): "o rei eterno" (Jr 10:10); "incorruptível" (Rm 1:23); "o único que é imortal" (1Tm 6:16); "Antes de nascerem os montes e de criares a terra e o mundo, de eternidade a eternidade tu és Deus" (Sl 90:2); “A terra e o céu perecerão, mas tu permanecerás; envelhecerão como vestimentas... tu permaneces o mesmo, e os teus dias jamais terão fim" (Sl 102:26,27); "eu [Deus] sou o primeiro e sou o último" (Is 48:12); “Pois eu, o Senhor, não mudo” (Ml 3:6).

3. O CARÁTER DE DEUS NÃO MUDA

A. Caráter imutável : Deus nunca se torna melhor do que sempre foi; o caráter de Deus é hoje, e sempre será, exatamente como era nos tempos bíblicos; "[Deus] em quem não pode existir variação ou sombra de mudança" (Tg 1.17).

B. Nome de Deus: revelação do caráter de Deus em seu nome

1. Êxodo 3.14: "Eu sou o que Sou" — tetragrama Yahweh (ou Iavé, Senhor) — este nome declara sua existência e eterna imutabilidade; tem vida em si mesmo e o que ele é agora será eternamente. (Êxodo 34.6-7.)

4. A VERDADE DE DEUS NÃO MUDA

A.Palavra imutável: permanece para sempre como expressões permanentemente válidas de sua mente e de seu pensamento.

1."Toda a carne é erva [...] seca-se a erva [...] mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente" (Is 40:6).

2. "A tua palavra, Senhor, para sempre está firmada nos céus" (Sl 119:89);

3."[...] todos os teus mandamentos são verdadeiros [...] tu os estabeleceste para sempre" (Sl 119.151,152).

B.Bíblia: não é relíquia de eras passadas, mas a revelação eternamente válida da mente divina para seu povo, em todas as gerações, enquanto este mundo existir.

"A Escritura não pode falhar" (Jo 10:35).

5. OS PROPÓSITOS DE DEUS NÃO MUDAM

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A. Propósito imutável: Deus tem a sabedoria para propor e o poder de realizar tudo que propõe; ele jurou a Abraão, pai da fé (Hb 6:17).B. Textos bíblicos: Querendo Deus mostrar mais abundantemente aos herdeiros da promessa a imutabilidade do seu conselho (Hb 6.16-20); "Aquele que é a glória de Israel não mente nem se arrepende, pois não é homem para se arrepender" (1Sm 15:29);

5.1 DEUS É VERDADE

a. Queda : conhecer a verdade me si mesmo; conhecedores do bem e do mal. b. O que é a verdade ? É possível ser totalmente verdadeiro? c. O que significa para a nossa fé pessoal a afirmação bíblica de que Deus é fiel?d. Crise de verdade : O que é confiável?

5.2. VERDADE – CONCEITOS IMPORTANTES

e. Significado : o nosso conceito moderno de verdade deriva de 3 fontes etimológicas principais:

1. aletheia ( grego): significa ‘o não oculto’, ‘não escondido’,‘não dissimulado’; verdadeiro é o que se manifesta ou existe tal como é; o contrário de falso (‘pseudos’); verdadeiro é o evidente, claro, delineado, estruturado, visível.

2. veritas (latim): refere-se à precisão, ao rigor e à exatidão de um relato, no qual se diz com detalhes, pormenores e fidelidade o que aconteceu; veradeiro se refere à linguagem como narrativa de fatos acontecidos; contrário de mentira;

3. emunah (hebraico): significa ‘confiança’; refere-se ao caráter das pessoas; a pessoa é verdadeira se cumpre o que promete, se são fieis à palavra dada; o contrário é trair a confiança; emunah é da mesma origem da palavra amém (‘que assim seja’); a verdade é uma crença fundada na esperança e na confiança, referidas ao futuro, ao que será ou virá; sua forma mais elevada é a revelação divina e sua expressão mais perfeita é a profecia.

f. Conclusão :

1. Aletheia refere-se ao que as coisas são; veritas aos fatos que foram; emunah se refere às ações e coisas que serão.

2. A nossa concepção de verdade é uma síntese dessas três fontes e por isso se refere às coisas presentes (aletheia), aos fatos passados (veritas) e às coisas futuras (emunah).

3. Também se refere à própria realidade (aletheia), à linguagem (veritas) e à confiança-esperança (emunah).

1. VERDADE — O CARÁTER DO DEUS VERDADEIRO

g. Fonte de verdade : Deus sabe tudo sobre tudo; tem todo poder e santidade; portanto somente nele a verdade é perfeita;

1.“Deus é a verdade” (Dt 32.4); “O Senhor Deus é a verdade” (Jr 10.10);

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2.Jesus : “Eu sou a... verdade” (Jo 14.6); “Porque a lei foi dada por Moisés; a graça e a verdade vieram por Jesus Cristo” (Jo 1.17).

3.“Espírito da verdade...” “guiará a toda a verdade” (Jo 14.17;15.26;16.13); 4.“ a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).

h. Luz : sinônimo de verdade e pureza total; Pai das Luzes (Tg 1.17);

1.“Deus é luz, e não há nele treva nenhuma” (1Jo 1.5); 2.“Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a

luz da vida” (Jo 8.12;9.5;12.46); ver Jo 1.4,5,9; 3.19;2 Co 4.4-6. 3.Caráter : não há possibilidade de qualquer variação ou inverdade; Deus não

mente (Tt 1:2; Nm 23:19; Hb 6:18); suas palavras são verdade e não falham.

Conclusão: Deus é único que pode ser o padrão de verdade, porque é perfeito em essências, em conhecimento e em santidade. Deus não apenas conhece a verdade, Ele é a própria verdade.

CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS — II

1. INTRODUÇÃO:

A. Soberania de Deus: exercício da supremacia ou do poder divino sobre a criação; Deus é supremo e independente. B. Majestade: vem do latim; indica a suprema grandeza de Deus.

1.“Tua, Senhor, é a grandeza, o poder, a honra, a vitória e a majestade; porque Teu é tudo quanto há nos céus e na terra; Teu, Senhor, é o reino, e Tu Te exaltaste por chefe sobre todos... dominas sobre tudo” (2Cr 29.11,12).

2. SOBERANIA NA CRIAÇÃO, GOVERNO E SALVAÇÃO:

A. Criador soberano: Deus não criou nada por necessidade;

1."Tudo o que o Senhor quis, fez, nos céus e na terra, nos mares e em todos os abismos" (Sl 135.6).

2.“Mas nosso Deus está nos céus; fez tudo o que lhe agradou" (Sl 115.3). B. Senhor soberano : Deus reina e sustenta todas as coisas; ele está no controle

de todas as coisas e de todos os poderes dos homens e do maligno.

1."Os meus tempos estão em tuas mãos" (Sl 31:15) 2."Como ribeiros de águas assim é o coração do rei na mão do Senhor;

que o inclina a todo o seu querer" (Pv 21.1).C. Salvador soberano: Deus não era obrigado a salvar os homens; a condenação seria dos homens seria justa; ele salvou por graça (Rm 4.4); "Logo, pois, compadece-se de quem quer, e endurece a quem quer". (Rm 9.18).

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ESTUDO 10 — SOBERANIA E MAJESTADE DE DEUS

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3. CONHECIMENTO INFINITO – ONISCIENTE:

A. Onisciência: omni (latim) – tudo; “Deus conhece plenamente a si mesmo e todas as coisas reais e possíveis num ato simples e eterno" (Grudem)B. Onisciência de Deus é:

1. Abrangente: Deus conhece todas as circunstâncias, tudo e todos. Conhece a si mesmo, e todas as suas criaturas; seu entendimento transcende a todo o entendimento e a todas as mentes.

2. Exaustivo: Deus conhece tudo de tudo (não conhece algo parcialmente).

3. Infinito: Deus conhece exaustivamente tudo o que criou, mas seu conhecimento ainda transcende a sua própria criação.

4. Arquitípico: Deus conheceu o universo como ele existiu em sua própria e eterna idéia, antes que viesse a existir no tempo e no espaço.

5. Intuitivo: Deus não usa instrumentos para conhecer alguma coisa, seu conhecimento é inato, Deus não possui um conhecimento a posteriori.

6. Simultâneo: Deus é atemporal não está sujeito ao tempo que ele próprio criou, desta forma Deus não vê os fatos pouco a pouco no tempo em que estão acontecendo, mas os vê, ou os conhece em sua totalidade.

C. Conhecimento perfeito de si: conhece tudo sobre si (1Co 2.10); D.Conhecimento do homem: todas as ações (Sl 139.2a); todos os pensamentos (139.2b); todos os hábitos, planos idéias (139.3); todas as intenções (139.4); “Porque... às coisas que vos sobem ao espírito Eu as conheço” (Ez 11.5); ver Mt 10.30; Pv 15.11; Sl 103.13-14; Is 46.10.

4. PRESENÇA INFINITA – ONIPRESENTE:

A. Presença total: Deus está presente em tudo e além de tudo que existe;

1.Para onde me irei do teu espírito, ou para onde fugirei da tua face? (139.6-12).

2.“Porventura sou eu Deus de perto, diz o Senhor, e não também Deus de longe? Esconder-se-ia alguém em esconderijos, de modo que eu não o veja? diz o Senhor. Porventura não encho eu os céus e a terra? diz o Senhor” (Jr 23.23,24).

C. Presença individual : o salmista compreende que não pode fugir deste Deus no espaço, no tempo ou na eternidade; veja Salmo 139.5:

1. “Tu me cercaste por detrás e por diante, e puseste sobre mim a tua mão”.

2. “não há criatura alguma encoberta diante dele; antes todas as coisas estão nuas e patentes aos olhos daquele com quem temos de tratar” (Hb 4.13).

3. Jesus: "Eis que estou convosco todos os dias" (Mt. 28.18-20). 4. "Não te deixarei, nem te desampararei..." (Hb. 13.5,6; Is 43.2). 5. "Ainda que eu andasse pelo vale da sombra da morte, não temeria mal

algum, porque tu estás comigo..."  (Sl. 23.4)

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D. A.W. Tozer : "Deus está em todo lugar aqui, perto de tudo, próximo a todos."

5. PODER INFINITO – ONIPOTENTE (SALMO 139.14):

A. Todo-poderoso: nome de Deus revelado a Abraão em Gn 17.1:

1. “Eu sou o Deus Todo-Poderoso, anda em minha presença e sê perfeito.”

2. Eu sou o Alfa e o Omega, o princípio e o fim, diz o Senhor, que é, e que era, e que há de vir, o Todo-Poderoso (Ap 1.8)

3. “Santo, Santo, Santo, é o Senhor Deus, o Todo-Poderoso, que era, e que é, e que há de vir” (Ap 4.8).

B. Poder e vontade: Deus pode fazer tudo que ele quer.

1.“Acaso para Deus há coisa demasiadamente difícil?” (Gn 18.14; Jr 32.27).

2.“Para Deus nada é impossível”: nascimento virginal (Lc 1.37); regeneração da humanidade decaída (Mc 10.27).

3."Eu te louvo porque me fizeste de modo especial e admirável. Tuas obras são maravilhosas!" (139.14).

C.A.W. Tozer: "... A fé se ergue e se eleva, entrando em comunhão com Aquele que pode fazer tudo que quer para quem nada é impossível ou difícil porque o Seu poder é absoluto". 

6. PARA REFLETIR:

A. Reprova idéias erradas sobre Deus: '"Com quem vocês me vão comparar? Quem se assemelha a mim?', pergunta o Santo" (v. 25).

1. Lutero: "Suas idéias a respeito de Deus são muito humanas"

B. Reprova idéias erradas sobre nós:"Por que você reclama, ó Jacó, e por que se queixa, ó Israel: 'O Senhor não se interessa pela minha situação; o meu Deus não considera a minha causa?'" (v. 27). Deus não abandona; Cristo, o Bom Pastor, jamais perde a direção do rebanho.

1.Se você tem se resignado com a idéia de que Deus o abandonou, busque a graça para se sentir envergonhado.

C. Reprova a demora em crer em Deus: "Será que você não sabe? Nunca ouviu falar? O Senhor é o Deus eterno, o Criador de toda a terra. Ele não se cansa nem fica exausto" (v. 28).

CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS

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ESTUDO 11 — A BONDADE E A SEVERIDADE DE DEUS

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1. A BONDADE DE DEUS: a. Texto base : "...considere a bondade e a severidade de Deus; severidade para com aqueles que caíram, mas bondade para com você" (Rm 11:22). b. Palavra-chave : conjunção e — aparecem juntas em todo o processo da graça e devem ser conhecidas juntamente para que se conheça a Deus de fato.

2. CONCEITOS GERAIS: a. Bondade : qualidades morais de Deus que nos levam à adoração por sua generosidade, misericórdia, graça e amor.

1.Moisés: "... Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio de amor e de fidelidade, que mantém o seu amor a milhares e perdoa a maldade, a rebelião e o pecado. Contudo, não deixa de punir o culpado..." (Êx 34:5-7).

2.Davi: "Este é o Deus cujo caminho é perfeito; a palavra do Senhor é ... genuína. Ele é escudo para todos os que nele se refugiam". (Sl 18:30);

b. Generosidade : dar aos outros sem nenhum interesse mercenário, sem limitar-se ao que o receptor merece, mas indo sempre muito além;

1.Salmo 145: "O Senhor é bom para todos; a sua compaixão alcança todas as suas criaturas [...] Os olhos de todos estão voltados para ti, e tu lhes dás o alimento no devido tempo" (v. 9,15,16; cf. At 14:17).

2.Natural x espiritual: as misericórdias de Deus no plano natural são encobertas pelas maiores misericórdias da redenção espiritual.

3. ADORAÇÃO E OBEDIENCIA: a. Israel : dar graças a Deus porque "[...] ele é bom; o seu amor dura para sempre" (Sl 106:1; 107:1; 118:1; 136:1; cf. 100:4,5; 2Cr 5:13; 7:3; Jr 33:11), b. Paulo : a misericórdia de Deus em enxertar os gentios "selvagens" em sua oliveira; isto é, na comunidade dos salvos, do povo da aliança (Rm 11.22).

c. Salmo 107 : dar "graças ao Senhor, porque ele é bom"; 4 exemplos de como as pessoas “clamaram ao Senhor, e ele os livrou da tribulação" (v. 6,13,19,28):

1.Deus livra os indefesos de seus inimigos e tirando-os da aridez do deserto para conduzi-los a um lar (107.6).

2.Deus livra das "trevas e da sombra mortal" os que por sua rebeldia haviam sido levados pelo próprio Senhor nessa condição (107.13).

3.Deus cura as doenças daqueles "tolos" que ele próprio havia punido por causa de sua negligência (107.19).

4.Deus protege os viajantes quando acalmou a tempestade que poderia afundar seus navios (107.28).

d. Cada episódio termina com este refrão: "dêem graças ao Senhor por seu amor

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leal e por suas maravilhas em favor dos homens" (v. 8,15,21,31). O salmo todo é um panorama majestoso da atuação da bondade divina transformando as vidas humanas.

4. A SEVERIDADE DE DEUS:

a. Significado : a palavra usada significa literalmente "cortar fora" e denota a retirada decisiva de sua bondade dos que a haviam rejeitado (Êx 34:6,7).

b. Alerta : se o cristão se desviar como Israel havia feito, Deus também o rejeitará:

1."... Eles, porém, foram cortados devido à incredulidade, e você permanece pela fé. Não se orgulhe, mas tema. Pois, se Deus não poupou os ramos naturais, também não poupará você" (Rm 11:20,21).

c. Princípio : por trás de toda manifestação de bondade divina encontra-se uma ameaça de severidade no julgamento, caso essa bondade seja desprezada. d. Repreensão : "não reconhecendo que a bondade de Deus o leva ao arrependimento?" (Rm 2.4); ou "tem o objetivo de conduzi-los ao arrependimento" (John B. Phillips). "Portanto, você, que julga os outros, é indesculpável; pois está condenando a si mesmo naquilo em que julga".e. Auto-análise : Deus tem suportado nossas faltas, as mesmas faltas que consideramos dignas de juízo quando as vemos em outros; por isso, devemos ser humildes e agradecidos; caso contrário seremos disciplinados (Rm 2:1-5).f. Condição : "[...] desde que permaneça na bondade dele. De outra forma, você também será cortado" (Rm 11:22); negar-se a responder à bondade de Deus com arrependimento, fé, confiança e submissão a sua vontade não pode se surpreender ou reclamar se os sinais da bondade divina forem retirados.

5. PACIÊNCIA DE DEUS: a. Deus é "tardio em irar-se" (Ne 9:17; Sl 103:8, 145:8; Jl 2:13; Jn 4:2) e "paciente" (Êx 34:6, Nm 14:18; Sl 86:15). b. A Bíblia fala muito sobre a paciência e clemência de Deus em adiar a merecida condenação a fim de dar mais oportunidade para o arrependimento.

c. Exemplos :

1.“Deus esperou pacientemente” antes de enviar o dilúvio (1Pe 3.20); 2.Deus "suportou com grande paciência os vasos de sua ira,

preparados para a destruição" (Romanos 9.22); 3.Deus "é paciente com vocês, não querendo que ninguém pereça,

mas que todos cheguem ao arrependimento" (2Pe 3:9).

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d. Paciência x arrependimento : o NT destaca a paciência como virtude e dever cristão porque é parte da imagem de Deus (Gl 5:22; Ef 4:2; Cl 3:12).

6. PARA REFLETIR — 3 lições:

a. Apreço pela bondade de Deus: ser grato pelas pelas bençãos de Deus; não considere os benefícios naturais, dons e prazeres como certos e agradeça a Deus; não despreze a Bíblia; o Calvário é a medida da bondade de Deus. "Como posso retribuir ao Senhor toda a sua bondade para comigo?" (Sl 16:12).b. Apreço pela paciência de Deus: ser grato pela paciência de Deus; aprenda a maravilhar-se com a paciência divina; peça a Deus que o ajude a imitá-la em seu relacionamento com os outros; procure não provocar mais sua paciência.c. Apreço pela disciplina de Deus: ser grato pelas provas que Deus lhe envia; a bondade de Deus o tem levado ao arrependimento e à fé em Cristo?

1."Meu filho, não despreze a disciplina do Senhor" (Hb 12:5); 2."Foi bom para mim ter sido castigado, para que aprendesse os teus

decretos" (Sl 119:71).

ANOTAÇÕES:_________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________________.CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS

1. DEUS É JUSTO:

a. Supremo Juiz : Deus é Pai, amigo, ajudador, ama; mas também é juiz.b. Exemplos de juízos executados por Deus

1.Antigo Testamento: Adão e Eva (Gn 3); dilúvio (Gn 6-8); Sodoma e Gomorra (Gn 18,19); Egito (Êx 7-12); (Êx 32:26-35); Nadabe e Abiú (Lv 10); Acã (Jz 7);

c. no Novo Testamento : judeus (Mt 21:43,44; 1Ts 2:14-16); Ananias e Safira (At 5); Herodes (At 12:21); Elimas (At 13:8);

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ESTUDO 12 — JUSTIÇA E IRA

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d. Julgamento futuro : "dia do julgamento", "o dia da ira", "a ira vindoura" e proclama Jesus, o divino Salvador, como o Juiz indicado por Deus.

1.Juízo: Deus "estabeleceu um dia em que há de julgar o mundo com justiça, por meio do homem que destinou" (At 17:31); "no dia em que Deus julgar os segredos dos homens, mediante Cristo Jesus" (Rm 2:16).

2. CARACTERÍSTICAS DO JUIZ:

a. O juiz possui autoridade : Deus é o juiz do seu mundo; ele tem o direito de criar leis para suas criaturas e recompensá-las de acordo essas leis.

b. O juiz se identifica com o que é bom e certo : o juiz bíblico ama a justiça e a honestidade e sente repulsa por toda maldade infligido às pessoas.

c. O juiz tem sabedoria para discernir a verdade : o juiz deve apurar os fatos; interrogar, detectar mentiras e determinar a situação real (Gn 18:20; 2Co 5:10).

d. O juiz tem poder para executar a sentença : Deus é juiz e executor.

3. PRINCÍPIO DA RETRIBUIÇÃO:

a. Justiça : a retribuição é o centro da justiça de Deus; ele dará ao ser humano o que merece; "de acordo com o que tenham feito" (Mt 16:27; Ap 20:12).

b. Juízo universal : “[Deus] retribuirá a cada um conforme o seu procedimento... vida eterna aos que... buscam glória, honra e imortalidade. Mas haverá ira e indignação para os que são egoístas... Pois em Deus não é parcial” (Rm 2:6).

c. Juízo imparcial : o princípio da retribuição é aplicado integralmente a cristãos e não-cristãos "todos... comparecer perante o tribunal de Cristo para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo" (2Co 5:10).

d. Garantia : o caráter de Deus é a garantia de que tudo o que é errado será endireitado um dia (Rm 2:5); Deus não é indiferente ao mal.

e. Conclusão : a retribuição é a inescapável lei moral da criação; Deus cuidará para que cada pessoa receba o que merece, aqui ou na vida futura.

4. INDICATIVOS DO CORAÇÃO:

a. Obras : base do julgamento final; pois indicam o que há no coração. b. Palavras : mostram o que você é interiormente (Mt 12.33-37; 25:34-46.).c. Problema : a salvação é dom da graça ou das obras?

1.Jesus : "Quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna e não será condenado, mas já passou da morte para a vida" (Jo 5:24).

2.Paulo : "Pois todos nós devemos comparecer perante o tribunal de Cristo, para que cada um receba de acordo com as obras praticadas por meio do corpo, quer sejam boas, quer sejam más" (2Co 5:10).

5. A IRA DE DEUS:

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a. Introdução : a Bíblia fala da ira de deus (Rm 1:18; 2:5; 5:9; 12:19; 13:4,5; lTs 1:10; 2:16; 5:9; Ap 6:16,17; 16:19; Lc 21:22-24 etc).b. Sentido comum : "um intenso sentimento de ódio ou rancor"; ódio é "aversão intensa"; rancor é "mágoa guardada por uma ofensa ou um mal recebido". c. Sentido teologico :.

1.Noção equivocada: Deus não pode ficar irado, porque significa perda de controle humana, impotência consciente, orgulho ferido, ou mau gênio.

2.Antroporfismo: uso de termos humanos para descrever Deus; nós é que somos imagem de Deus e não o inverso; p.ex., Deus não ama como os homens.

3.Ira de Deus: reação justa diante do mal; Deus não pode ser indiferente ao mal; ele tem prazer na justiça e odeia a iniquidade.

4.Perfeição moral: Um Deus que tivesse tanto prazer no mal quanto no bem seria um Deus bom? Um Deus que não reagisse contra o mal em seu mundo seria moralmente perfeito? A perfeição moral de Deus exige ira contra o mal.

6. FUNDAMENTOS PARA A IRA DIVINA:

a. A ira de Deus na Bíblia é sempre judicial : a ira do juiz aplicando a justiça; cada um recebe exatamente o que merece.

1."dia da ira": dia "quando se revelará o seu justo julgamento. Deus 'retribuirá a cada um conforme o seu procedimento'" (Rm 2:5,6). Lucas 12:47,48

b. A ira de Deus é escolhida pela própria pessoa : o homem é um ser moral que faz escolhas e assume os resultados.

1."quem não crê [em Jesus] já está condenado, por não crer no nome do Filho Unigênito de Deus... Este é o julgamento: a luz veio ao mundo, mas os homens amaram as trevas, e não a luz, porque as suas obras eram más" (Jo 3:18,19).

2.Ônus da moralidade: tudo o que Deus faz subseqüentemente, aplicando a ação judicial ao descrente, é com a finalidade de mostrar-lhe a conseqüência total da escolha que fez e levá-lo a senti-la.

7. A IRA DIVINA EM ROMANOS:

a. O significado da ira de Deus : denota sua ação resoluta na punição do pecado; é a manifestação ativa de seu ódio à descrença e à perversidade moral; Deus não é injusto por aplicar a sua ira" (3:5). b. A revelação da ira de Deus :

1."Porquanto, a ira de Deus é revelada dos céus contra toda impiedade e injustiça dos homens que suprimem a verdade pela injustiça" (1:18);

(1) "é revelada" — verbo no presente — implica manifestação constante, agindo

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durante todo o tempo; (2) "dos céus" implica a manifestação universal atingindo quem não foi ainda

alcançado pelo Evangelho. 2.Como se processa a revelação? Deus imprime sua lei diretametne

na consciência de cada pessoa. 3.O livramento da ira de Deus : "Como agora fomos justificados por

seu sangue, muito mais ainda, por meio dele, seremos salvos da ira de Deus!" (5:9).

c. A.W.Pink : A ira de Deus é a perfeição do caráter divino sobre o qual precisamos meditar freqüentemente

1.para que nosso coração tema o ódio divino contra o pecado; 2.para criar o verdadeiro temor e gratidão a Deus; e 3.para levar nossa alma ao fervoroso louvor (a Jesus Cristo) por ter-

nos livrado da "ira vindoura" (1Ts 1:10).

CLINICA DO CONHECIMENTO DE DEUS

1) INTRODUÇÃOa) "Deus é amor" (1Jo 4:8,16): o que significa? É necessário ler o contexto:

i) "Assim conhecemos o amor que Deus tem por nós e confiamos nesse amor" (v. 16).

ii) Paulo diz: "... Deus derramou seu amor em nossos corações, por meio do Espírito Santo que ele nos concedeu" (Rm 5:5).

b) Amor, espírito e luz : "Deus é espírito" (Jo 4:24); Deus é luz (1Jo 1:5). Deus-amor é primeiro e acima de tudo luz; o amor de Deus é santo; Deus ama a justiça e odeia a iniqüidade (Mt 5:48; Hb 12:6-11).

c) Objetivo : mostrar a natureza do amor divino derramado pelo Espírito; o amor de Deus é a revelação de seu próprio ser interior.

2) DEFINIÇÃO DO AMOR DE DEUS

O amor de Deus é um exercício de sua bondade para com os pecadores, individualmente, por meio do qual, tendo se identificado com o bem-estar dessas pessoas, entregou seu Filho para ser o Salvador delas, e agora as leva a conhecê-lo e a desfrutá-lo em uma relação de aliança.

a) O amor de Deus é um exercício de sua bondade : o amor de Deus é a manifestação suprema e mais gloriosa desta bondade;i) Berkhof : a bondade divina é "a perfeição em Deus que o leva a tratar

benévola e generosamente todas as suas criaturas. É a afeição que o Criador sente para com as suas criaturas dotadas de sensibilidade consciente" (citando Sl 145:9,15,16; Lc 6:35; At 14:17).

ii) James Orr : "O amor é, de forma geral, o princípio que leva um ser moral a desejar e a se alegrar com outro, e alcança sua forma mais elevada em uma amizade na qual cada um vive na vida do outro e encontra sua

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ESTUDO 13 — O AMOR DE DEUS

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alegria em se dar ao outro, recebendo de volta o extravasamento da afeição do outro em si mesmo".

b) O amor de Deus é um exercício de sua bondade para com os pecadores : o amor encerra a natureza da graça e da misericórdia; é emanação divina na forma de bondade, não apenas imerecida, como contrária a qualquer merecimento; (Rm 5.8);

c) O amor de Deus é um exercício de sua bondade para com os pecadores, individualmente: o exercício do amor de Deus, no tempo, em relação aos pecadores, individualmente, é a execução do propósito formado por ele na eternidade, no sentido de abençoar esses mesmos indivíduos pecadores.i) E encontra a prova de que "o Filho de Deus [...] me amou" no fato de que

ele "se entregou por mim" (Gl 2:20).ii) "Mas nós devemos sempre dar graças a Deus por vocês, irmãos amados

pelo Senhor, porque desde o princípio Deus os escolheu para serem salvos [o fim determinado], mediante a obra santificadora do Espírito e a fé na verdade" (2Ts 2:13).

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d) O amor de Deus pelos pecadores implica sua identificação com o bem-estar deles: esta identificação está envolvida em toda espécie deamor, sendo, na realidade, uma prova para verificar se o amor é genuíno ou não; quem ama de verdade só fica feliz quando as pessoas queridas também estão felizes; Deus como o Pai amoroso noa ama assim. Deus tem prazer na nossa salvação: i) Há alegria no céus quando um pecador se arrepende (Lc 15:10); ii) haverá "grande alegria" quando Deus nos colocar imaculados em sua

santa presença no último dia (Jd 24). e) O amor de Deus pelos pecadores foi expressa pela dádiva de ser seu

Filho o Salvador deles: o amor é medido pelo que oferece; Deus deu seu único Filho para morrer pelos pecadores, e assim tornar-se o único mediador que nos pode levar a Deus; amor grande (ver Ef 2:4; 3:19); i) "Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós,

como não nos dará... de graça, todas as coisas?" (Rm 8:32). ii) "Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas

que ele nos amou e enviou seu Filho como propiciação pelos nossos pecados" (1Jo 4:9,10).

iii) "Porque Deus tanto amou o mundo que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crer [...] tenha a vida eterna" (Jo 3:16).

f) O amor de Deus pelos pecadores alcança seu objetivo quando os leva a conhecê-lo e a desfrutá-lo em uma relação de aliança: aliança é quando as duas partes estão permanentemente comprometidas uma com a outra em serviço mútuo e dependência (p. ex., o casamento); a Bíblia fala de um relacionamento baseado na aliança com Deus; i) aliança com Abraão: "para ser o seu Deus e o Deus dos seus

descendentes" (Gn 17:1-7).ii) herdeiros dessa promessa: ver Gálatas 3:15-29. iii) Sibbes : "Esta é a primeira promessa e a fundamental, na verdade, é a vida

e a alma de todas as promessas".iv) Brooks : [Isto] é como se ele dissesse: "Você terá uma participação tão

verdadeira em todos os meus atributos, para seu benefício, como eles são meus para minha glória" [...] "Minha graça", disse Deus, "será de vocês para lhes perdoar, meu poder será de vocês para protegê-los, minha sabedoria será para dirigi-los, minha bondade para livrá-los, minha misericórdia para sustentá-los e minha glória será de vocês para coroá-los".

3) PARA REFLETIRa) Se Deus é amor : então por que eu sempre reclamo e mostro

descontentamento diante das circunstâncias em que Deus me colocou? Por que estou sempre desconfiado? Por que sempre me permito ficar impassível, formal e pouco dedicado ao serviço do Deus que me ama tanto? Por que permito que minha lealdade se divida, de modo que Deus não tenha todo meu coração?

b) Ponto de ética : "... visto que Deus assim nos amou, nós também devemos amar uns aos outros" (1Jo 4:11): será que algum observador poderá aprender pela qualidade e intensidade de amor que eu mostro aos outros (esposa, marido, família, vizinhos, irmãos da igreja, colegas de trabalho) alguma coisa sobre a grandeza do amor de Deus por mim?

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CURSO CONHECIMENTO DE DEUS

1.INTRODUÇÃOa. Conceito : qualidade tanto moral quanto intelectual; consiste em conhecer a

verdade e escolher os melhores meios para atingir os melhores fins.b. Sabedoria e bondade : sabedoria é o lado prático da bondade moral; por isso, é

encontrada em plenitude somente em Deus; Deus é sábio em tudo o que fez. c. Essência de Deus : a sabedoria é sua essência, assim como também o são poder,

verdade, bondade — elementos que formam seu caráter.

2.SABEDORIA E PODER DE DEUS d. Sabedoria de Deus : não pode ser frustrada pois está unida à onipotência; a

onisciência governando a onipotência, o poder infinito dirigido pela sabedoria também infinita, assim é basicamente a descrição do caráter divino na Bíblia.

i. "Sua sabedoria é profunda, seu poder é imenso" (Jó 9.4); "Deus é quem tem sabedoria e poder" (12.13); "[...] grande é em força e sabedoria" (36.5; SBTB);

ii. "Tão grande é o seu poder... sua sabedoria é insondável" (Is 40.26ss; Dn 2.20).iii. Paulo : "àquele que tem poder para confirmá-los pelo meu evangelho... ao único

Deus sábio..." (Rm 16.25,27). e. Sabedoria e poder : sabedoria sem poder seria patética e inútil; poder sem

sabedoria seria meramente assustador; em Deus a sabedoria ilimitada e o poder infinito estão unidos; por isso, Deus é digno de toda a nossa confiança.

f. Sabedoria imutável : a poderosa sabedoria de Deus está sempre ativa e jamais falha. Todas as obras de sua criação, providência e graça demonstram isso, e enquanto não virmos nelas sua sabedoria não teremos uma avaliação correta.

g. Engano : não podemos reconhecer a sabedoria de Deus a menos que conheçamos com que finalidade ele age; Deus é amor (1Jo 4.8-10); mas ele permite problemas e sofrimento para todos, independente da condição moral.

3.SABEDORIA DE DEUS — PROPÓSITO h. Propósito : Deus criou o homem para comunhão com ele e adoração, para

desfrutar de Deus e da criação; o pecado não mudou o propósito de Deus; i. Salvação : o objetivo supremo de Deus é levar o homem a um estado de

obediência, em que Deus seja tudo para nós e juntos nos regozijemos continuamente na fruição do amor mútuo.

j. Consumação : Deus está lidando com um mundo contaminado pelo pecado e com pessoas rebeladas; ele usa todas as circunstancia para seu propósito.

2. DEUS INTERAGE COM SEU POVOa. Biografia de Abraão : falhas de caráter (mentira, medo, fraco); andando com

Deus, ele cumpriu fielmente sua missão foi o primeiro a receber a aliança.b. Biografia de Jacó : o filho preferido de Rebeca, dotado de instintos oportunistas e

amorais; Deus já o havia escolhido para a promessa; mas ele precisou ser tratado para abandonar seu pecado e confiar totalmente em Deus (Sl 102.23);

c. Biografia de José : vendido como escravo, traído pela esposa de Potifar, preso, e, depois, elevado a ministro; Deus o ensinou a esperar com paciência.

d. Aplicação pessoal : Deus é poderoso para fazer todas as coisas cooperarem para

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LIÇÃO 14 — SABEDORIA DE DEUS

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o seu propósito (Rm 8.28); exercícios para fortalecer a paciência, bom humor, compaixão, humildade, mansidão; lições de abnegação e dependência; purificar marcas de orgulho; fortalecer a comunhão; preparação para missão futura; ver 2Co 1.4; Hb 5.8,9.

e. J.I. Packer : “Não devemos hesitar em confiar em sua sabedoria, mesmo quando ele nos deixa na ignorância.”

f. Como enfrentar situações difíceis, quando não entendemos o propósito? i. Primeiro , aceitando-as como vindas de Deus e perguntando-nos que reações o

Evangelho de Deus requer de nós. ii. Segundo , buscando a face de Deus especialmente acerca delas.iii. "A minha graça te basta, o meu poder se aperfeiçoa na fraqueza" (2Co 12.9).

3. A SABEDORIA DE DEUS E A NOSSAa. Dom de Deus : Deus está sempre disposto a conceder este dom a seus filhos. i. "Se algum de vocês tem falta de sabedoria, peça-a a Deus" (Tg 1.5).ii. "Tenham cuidado com a maneira como vocês vivem, que não seja como

insensatos, mas como sábios [...] Portanto, não sejam insensatos, mas procurem compreender qual é a vontade do Senhor" (Ef 5.15,17).

iii. "Sejam sábios no procedimento para com os de fora [...]" (Cl 4.5). iv. Paulo ora para que "... sejam cheios do pleno conhecimento da vontade de Deus,

com toda a sabedoria [...] (Cl 1.9). b. Provérbios 1 a 9 : exortação única e constante à busca desse dom. i. "O conselho da sabedoria é: Procure obter sabedoria; use tudo o que você possui

para adquirir entendimento [...] Apegue-se à instrução, não a abandone; guarde-a bem, pois dela depende a sua vida" (Pv 4.7,13).

ii. “Como é feliz o homem que me ouve... Pois todo aquele que me encontra, encontra a vida e recebe o favor do Senhor” (Pv 8.34-36).

iii. A sabedoria convida ao banquete : "Venham todos os inexperientes!" (Pv 9.4). c. Pré-requisitos para receber o dom da sabedoria: i. Aprender a reverenciar a Deus : "O temor do Senhor é o princípio da sabedoria”

(SI 111.10; Pv1.7; 9.10; 15.33); a sabedoria está com os humildes (Pv 11.2). ii. Aprender a receber a palavra de Deus : a sabedoria é dada aos que buscam;

(1) "Os teus mandamentos me tornam mais sábio que os meus inimigos. Tenho mais discernimento que todos os meus mestres, pois medito...” (Sl 119.98,99).

(2) "Habite ricamente em vós a palavra de Cristo...com... sabedoria” (Cl 3.16). (3) As “Escrituras... podem fazer-te sábio para a salvação, pela fé que há em Cristo” e aperfeiçoar o homem de Deus em "toda boa obra" (2Tm 3.15s).

4. PARA REFLETIRa. O que sabedoria não é : não é conhecimento de tudo que Deus está fazendo; não

é assumir o controle; não é ilusão; falso sentimento; não é viver no mundo dos sonhos, com a cabeça nas nuvens e os pés fora do chão.

b. Para que serve a sabedoria : para discernimento de situações e oportunidades, para melhor aplicação do conhecimento; reação apropriada; para ter visão clara e real da vida como ela é de fato; para depender de Deus.

c. Fruto da sabedoria : humildade, alegria, piedade, discernimento da vontade de Deus, prontidão para obedecer; o fruto da sabedoria é a semelhança com Cristo: paz, humildade e amor (Tg 3.17), e a raiz disso é a fé em Cristo (1Co 3.8; 2Tm 3.15) como manifestação da sabedoria divina (1Co 1.24,30).

d. Princípio da sabedoria : "Tema a Deus e obedeça aos seus mandamentos."

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(12.13).

CURSO CONHECIMENTO DE DEUS

1. INTRODUÇÃO : "que diremos [nós], pois, diante dessas coisas?"a. Rm 8.1-30 : fala da suficiência da graça de Deus. b. Rm 8.31-39 : fala da suficiência do Deus da graça. c. Pergunta : "que diremos [nós], pois, diante dessas coisas?" i. “... pois...: diante do que foi descrito nos Rm 8.1-30.ii. Quem é “nós” : é uma fórmula inclusiva, exortativa, da pregação cristã, que quer

dizer "eu e você e todos os crentes conosco" em todos os lugares e em todos os tempos.

iii. Quais são "essas coisas ": o que determina a situação dos cristãos são dois fatores comuns independente de lugar e tempo. (1) o compromisso com toda a justiça : pressupõe sujeição a Deus como

"escravos da justiça" (6:18) e o desejo de executar a vontade de Deus.(2) a exposição a todas as pressões : pressupõe dificuldades materiais e

hostilidades humanas Rm 8.35); "É necessário que passemos por muitas tribulações" (At 14:22). d. Resposta : 4 idéias focalizadas nas seguintes perguntas: (1) "Se Deus é por nós,

quem será contra nós?"; (2) “... como não nos dará..., e de graça, todas as coisas?"; (3) Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus; (4) “Quem nos separará do amor de Cristo?”.

i. Palavra-chave : por (gr. hyper, "em lugar de"): "Deus é por nós [...] seu próprio Filho [...] entregou por todos nós [...] e Cristo [...] intercede por nós".

ii. Conclusão : o quarto pensamento conclui os três primeiros: “nada poderá separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus nosso Senhor".

2. PRIMEIRA PERGUNTA : “se Deus é por nós quem será contra nós?”a. Idéia central : nenhuma oposição poderá nos fazer mal; a garantia é a suficiência

de Deus; a base é a aliança conosco; contra o medo da derrota, do fracasso. b. “Se Deus é por nós ”: "Senhor, Deus compassivo e misericordioso, paciente, cheio

de amor e de fidelidade" (Êx 34:6), aquele a quem "o Deus Unigênito, que está junto do Pai, o tornou conhecido" (Jo 1:18); "Eu sou Deus, e não há nenhum outro; eu sou Deus, e não há nenhum como eu. Desde o início faço conhecido o fim, desde tempos remotos, o que ainda virá" (Is 46:9,10).

c. “Se Deus é por nós ”: aliança de compromisso; o objetivo da graça é criar uma relação de amor entre Deus e os que crêem; Ele é fiel (Gn 17. 1,7,9); “EU SOU contigo” é apresentado não apenas como “ELE É conosco”, “ELE É” a nosso favor.

i. “Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, E chamá-lo-ão pelo nome de EMANUEL, Que traduzido é: Deus conosco” (Mt 1.23; cfe Is 7.14).

ii. “Deus... que trabalha para aquele que nele espera” (Is 64.4b; 2Cr 32.7,8); iii. “Mas fiel é o Senhor, que vos confirmará, e guardará do maligno” (2 Ts 3.3).iv. “Ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que eu

estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28.20).

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LIÇÃO 15 — A SUFICIÊNCIA DE DEUS

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v. "Mas eu, quando estiver com medo, confiarei em ti [...] Os meus inimigos retrocederão, quando eu clamar por socorro" (Sl 56.9).

vi. “Eis que vos dou poder para pisar serpentes e escorpiões, e toda a força do inimigo, e nada vos fará dano algum” (Lc 10.19)

3. SEGUNDA PERGUNTA : "Aquele que não poupou seu próprio Filho, mas o entregou por todos nós, como não nos dará..., e de graça, todas as coisas?". a. Idéia central : nenhuma coisa boa será negada; contra o medo da necessidade.b. 3 comentários reforçam o argumento de Paulo :i. o preço de nossa redenção : "não poupou seu próprio Filho" — para nos salvar

Deus foi ao máximo; nunca poderemos saber o que a cruz custou para Deus. ii. a eficácia de nossa redenção : "o entregou por todos nós" — é a garantia de que

Deus nos dará todas as coisas; um só propósito divino: da eleição eterna até a glória.

c. as conseqüências de nossa redenção : Deus nos dará "todas as coisas" em Cristo — chamado, justificação e glorificação (8.30), ministério do Espírito;

i. “Todas essas coisas vos serão acrescentadas” (Mt 6:33; ver Mc 10.29); ii. "Deus é fiel; ele não permitirá que vocês sejam tentados além do que podem

suportar" (1Co 10:13). "Minha graça é suficiente para você " (2Co 12:9).d. Cristo e “todas as coisas” são um só conjunto do plano eterno de salvação.

4. TERCEIRA PERGUNTA : "Quem fará alguma acusação contra os escolhidos de Deus? É Deus quem os justifica. Quem os condenará?" (v. 33,34). a. Idéia central : nenhuma acusação poderá nos deserdar; contra o medo da culpa.b. graça da eleição divina : se a justificação fosse em qualquer tempo revogada, o

plano de Deus para eles seria inteiramente desfeito.c. soberania do julgamento : "Deus... os justifica”; se Deus pronuncia a sentença,

então ninguém jamais poderá duvidar do veredicto (Ap 12:10).d. eficácia da mediação de Cristo : "Quem os condenará? Foi Cristo Jesus que

morreu; e mais, que ressuscitou e está à direita de Deus, e também intercede por nós?"

5. QUARTA PERGUNTA : “quem pode nos separar do amor de Cristo?”a. Idéia central : nenhuma separação do amor de Cristo será permanente; contra o

medo da solidão.b. Deus é suficiente como nosso protetor : nada "será capaz de nos separar do amor

de Deus" porque o amor de Deus nos segura firme. c. Deus é suficiente como nosso objetivo : os relacionamentos amorosos do ser

humano — entre filhos e pais, de esposo e esposa, ou entre amigos — são fins em si mesmos, tendo valor e alegria próprios. O mesmo acontece com o conhecimento do Deus que nos ama, do Deus cujo amor é visto em Jesus. Paulo escreveu:

6. APRENDER A CONHECER A DEUS EM CRISTOa. Deus é suficiente ? “Temos medo de aceitar totalmente a autoridade de Deus por

causa de nossa secreta incerteza quanto à sua insuficiência para cuidar de nós.”b. Packer : Um dia veremos que nada — literalmente nada — que possa aumentar

nossa eterna felicidade nos foi negado e que nada — literalmente nada — que possa reduzir essa felicidade nos foi tirada. Que maior garantia queremos? (p. 328-329).

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c. “Deus age em todas as coisas para o bem daqueles que o amam” (Rm 8.28) d. O.Chambers : "A melhor medida da vida espiritual não é o êxtase, mas a

obediência".e. Prioridade de nossa vida : quem aprender a conhecer a Deus em Cristo descobrirá

o segredo da verdadeira liberdade e da verdadeira humanidade.f. Para refletir : “Ora, àquele que é poderoso para vos guardar de tropeçar, e

apresentar-vos irrepreensíveis, com alegria, perante a sua glória, Ao único Deus sábio, Salvador nosso, seja glória e majestade, domínio e poder, agora, e para todo o sempre” (Jd 1.24,25).

CURSO CONHECIMENTO DE DEUS — II

AULA OPCIONAL — O CONHECIMENTO DE DEUS APLICADO SOBERANIA DE DEUS EM RELAÇÃO À ORAÇÃO

[1] PROBLEMATIZAÇÃOa. Imutabilidade : Deus é imutável em ser e em sua perfeição; isto não significa

que Deus não possa mudar seu tratamento, sentimento e relacionamento, porém nunca em contrariedade com sua natureza perfeita

b. Soberania : Deus sabe tudo, pode tudo e está em tudo, mas isto não impede de manter relacionamento pessoal com os seres humanos.

c. Eternidade : Deus está acima do tempo e do espaço; Ele é auto-existente, mas isto não impede de agir no tempo e no espaço.

d. Perguntas : i. Qual a função da oração? A oração muda Deus? ii. A oração intercessória em favor da salvação ou cura de alguém tem valor? iii. Se Deus sabe tudo e pode tudo, para que eu preciso orar?

[2] PRESSUPOSTOS DA ORAÇÃO CRISTÃa. Delimitação : há vários tipos de oração (adoração, louvor, gratidão, confissão,

petição, intercessão); as orações em questão são a petição e a intercessão.b. Elementos da oração : os elementos que tornam a oração válida são:

i. Há um Deus pessoal : "sem fé é impossível agradar a Deus...” (Hb 11.6).ii. O motivo da oração deve ser puro e lícito: “pedis mal” (Tg 4.3); ver At 8.24. iii. Orar segundo a vontade de Deus : "ele nos ouve" (1 Jo 5.14; ver 3.22).c. Confissão Westminster : “oração é o oferecimento de nossos desejos a Deus,

em nome de Jesus, com o auxílio de Seu Espírito, com a confissão de pecados e gratidão por suas misericórdias.”

i. Dirige -se a Deus : Jesus apresenta Deus como o ‘paizinho’ (Rm 8.15)ii. Em nome de Jesus : orar segundo a vontade dele (Jo 14.15;16.23); Jesus

intercede por nós (Rm 8.34; Hb 7.25; 1Jo 2.1); único Mediador (1 Tm 2.5). iii. Assistência do Espírito Santo : o Espírito nos assiste para orarmos como

convém (Rm 8.26); ver Ef 6.18, Jd 1.20; o que é orar como convém? d. Hunter : “a oração [não] é um meio de obter de Deus o que desejamos. Pelo

contrário, a oração é um meio que Deus usa para nos dar o que ele deseja.”

[3] A ORAÇÃO MUDA DEUS?

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a. Deus ouve orações : a oração é um meio de graça, cujos fins estão sempre na vontade de Deus.

i. Von Allmen : “Oração é a partilha voluntária que Deus faz conosco de sua vontade, de seu poder e de seu amor por meio da palavra humana”.

b. Deus não depende de oração : há coisas que acontecem independentemente de nossas orações; Deus não está limitado em nenhum sentido.

i. “Mas se ele resolveu alguma coisa, quem o pode dissuadir? O que ele deseja, isso ele fará.” (Jó 23.13);

ii. “Muitos propósitos há no coração do homem, mas o desígnio do Senhor permanecerá” (Pv 19.21).

c. Oração não muda os decretos de Deus : i. Deus não ouviu a oração de Moisés para entrar em Canaã (Dt 3.26); ii. Deus mandou Samuel parar de interceder por Saul (1Sm 16.11); iii. Deus disse que não ouviria a intercessão nem de homens como Moisés e

Samuel (Jr 15.1); iv. não tirou o espinho da carne de Paulo (2Co 12.7-9); v. João disse que há pecados pelos quais não devemos orar (1Jo 5.16).

d. Decretos de Deus não dispensam a oração : i. Elias : Deus manda Elias se apresentar a Acabe e anuncia que mandará chuva sobre a terra (1Rs 18.1); Elias enfrenta os profetas de Baal e anuncia ao rei que já ouve “ruído de abundante chuva” (18.41); mas em seguida ora sete vezes até que a chuva caia, conforme o prometido (18.42-46).

ii. Jeremias : o mesmo Deus que anunciou a destruição de Jerusalém (32.1-4), também prometeu que a cidade seria reconstruída (32.26-44); o próprio Deus diz ao profeta: “Invoca-me e anunciar-te-ei” (Jr 33.3,4,6,7).

iii. Daniel : entendeu, pelos escritos de Jeremias, que o tempo das assolações de Jerusalém seria de setenta anos (Dn 9.2) e passou a orar a respeito (Dn 9.4,5,14,16 e 18); para que os decretos de Deus se cumprissem na história.

iv. Ezequiel : “permitirei que eu seja solicitado pela casa de Israel” (Ez 36.37).v. Neemias : mesmo sabendo das promessas de Deus sobre a reconstrução de

Jerusalém, propõe-se a orar e se dispõe a ser parte da resposta de Deus. vi. Jesus : sabia que seria glorificado pelo Pai após a cruz, mas ora para que o

Pai o glorifique em Jo 17.5.

[4] ENTÃO, POR QUE ORAR? PARA QUE ORAR?a. Dutch Sheets apresenta o seguinte argumento:

i. Deus deu autoridade ao homem sobre a terra : “Os céus... o Eterno reservou para si, a terra Ele a atribuiu aos homens” (Sl 115.16; Gn 1.26-28; Sl 8:3-8).

ii. O homem era representante (imagem) de Deus na terra : Gn 1.26; Sl 8.5; esta posição é tão séria que o homem poderia delegá-la a outro.

iii. O homem caiu em pecado : perdeu a autoridade sobre a terra e a capacidade de representar Deus; Satanás disse a Jesus: “Dar-te-ei toda esta autoridade e a glória destes reinos, porque ela me foi entregue, e a dou a quem eu quiser. Portanto, se prostrado me adorares, toda será tua” (Lc 4.6,7);

iv. Satanás se tornou o príncipe deste mundo : ele é chamado assim 3 vezes nos Evangelhos (Jo 12.31;14.30;16.11).

v. Cristo morreu para restaurar os direitos de Deus sobre os homens e sobre a terra: Deus decidiu fazer sua obra na terra por meio dos seres humanos.

b. Deus busca intercessores : “Busquei entre eles um homem que tapasse o muro e se colocasse na brecha perante mim a favor desta terra, para que eu não a

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destruísse; mas a ninguém achei. Por isso eu derramei sobre eles a minha indignação, com o fogo do meu furor os consumi; fiz cair-lhes sobre a cabeça o castigo do seu procedimento, diz o Senhor Deus.” (Ez 22.30,31)

c. Respostas: i. Para honrar a Deus : reconhecer o governo absoluto de Deus em um mundo caído e rebelde e adorá-lo por seu caráter perfeito e confiável; pela oração, o crente invoca o nome do Senhor e reconhece seu domínio absoluto sobre toda a criação, independente da rebelião de satanás e do homem;

ii. Para crescer na graça : a oração completa nosso diálogo com Deus, assegura nossa relação de dependência de Deus; exercita a fé (Sl 116.1); pela oração, Deus é honrado como Senhor e sua ação é “legitimada” pela invocação espontânea de seus fiéis.

[5] DEUS SE ARREPENDE? a. Deus se arrepende : Gn 6.6; Ex 32.14; 1Sm15.35; Sl106.45; Am 7.3; Jn 3.10. b. Deus não se arrepende : Nm 23.19 e 1Sm 15.29. c. Arrependimento :

i. do homem é por causa do pecado e implica mudança de mente e propósito; ii. de Deus : indica mudança na manifestação e atividade, porém sempre em

harmonia com Seu caráter e propósito imutável. d. Promessas e ameaças : podem ser absolutas ou condicionais

i. Absoluta : não depende de mudança do homem; em todos os casos de palavras incondicionais, Deus cumpriu o que estabeleceu.

ii. Condicional : em todos os casos em que Deus não fez o que prometera, ele mesmo havia estabelecido condição; exemplos: 1. Jonas em Nínive : condição — arrependimento. 2. Rei Ezequias : condição implícita — oração e dependência de Deus (Is 39).

e. Por que Deus avisaria alguém do juízo ? Ora, Deus pode executar juízo contra quem quiser, porque Ele é sempre justo. Então por que ele avisaria? Não será justamente para provocar na pessoa uma reação de arrependimento?

[6] PARA REFLETIRa. Dize-me como oras e eu direi em que Deus você crê :

i. Eu informo a Deus? (Mt 6.8); ii. Eu faço exigências? iii. Eu tento convencer Deus a fazer minha vontade? iv. Eu conheço e aceito a vontade de Deus? v. Eu especifico o que eu quero receber?

b. Citações interessantes: i. Calvino : “Os crentes não oram com a intenção de informar a Deus sobre as coisas que ele desconheça, ou para incitá-lo a cumprir o seu dever, ou para apressá-lo, como se ele fosse relutante. Pelo contrário, oram para que assim possam despertar-se e buscá-lo, e assim exercitem a sua fé na meditação das promessas de Deus, e aliviam suas ansiedades, deixando-as nas mãos dele; numa palavra: oram com o fim de declarar que sua esperança e expectativa de coisas boas, para eles mesmos e para os outros está só nele.”

ii. Lutero : “Orar não é vencer a relutância de Deus, mas é apropriar-se do beneplácito de Deus.”

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iii. Andrew Murray : “O dar de Deus é inseparavelmente ligado ao nosso pedir... apenas pela intercessão é que o poder é trazido dos céus e capacita a Igreja a conquistar o mundo.”

iv. Jack Hayford : “A oração é essencialmente uma parceria do filho redimido trabalhando ombro a ombro com o Deus para a realização de Seus propósitos redentores sobre a terra.”

v. Gordon : “Você pode fazer mais do que orar após ter orado, mas você não pode fazer nada mais do que orar, enquanto não orar. A oração é acertar o golpe da vitória... o serviço é colher os resultados”

vi. Isaías : “desde a antiguidade não se ouviu, nem com ouvidos se percebeu, nem com os olhos se viu Deus além de Ti, que trabalha para aquele que nele espera” (Is 64.4)

Referências: COLE, C. D.. “A imutabilidade de Deus”; disponível no site WWW.PALAVRAPRUDENTE.COM.BR. FONTES, Paulo Ribeiro. “Providência e Oração”; disponível no site WWW.EBENEZER.ORG.BR. PINK, A. W. “A soberania de Deus e a oração”; disponível no site WWW.MONERGISMO.COM. SHEETS, Dutch. Oração Intercessória. Editora Atos.

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