002 - Apostila Ramatis - 02 - Deus

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    GETER Grupo de Estudos e Trabalhos Espiritualistas Ramats

    INTRODUO AO ESTUDO DAS OBRAS DE RAMATS

    DEUS1. DEUS

    ... ns, do lado de c, dispomos de uma viso mais ampla, que no se restringe a fixar apenas ascontingncias dopresente. Em alguns casos conseguimos ver os horizontes luminosos doamanh. E, porisso, em certas matrias que abordamos nas obras que transmitimos Terra, algumas das nossasdivagaes j constituem esclarecimentos fundamentais para o futuro.

    RAMATS (Elucidaes do Alm)

    1.1 A NECESSIDADE DA EXISTNCIA DE DEUS

    Dado que o homem existe, tambm existe um Universo que lhe ampara a vida. Por pura necessidade delgica, todo efeito observado no Universo deriva-se de uma origem ou causa; no h efeito sem causa.

    Se o homem existe como efeito de uma realidade endossada pela mente humana, h de existir, tambm,uma Causa primordial que plasmou o Universo, que Deus ! Independentemente da suposio ou danatureza que se atribua essa realidade divina, evidente que Ele existe acima e alm da concepoinfantil mitolgica ou da prpria pesquisa cientfica.

    O homem uma entidade criada, conseqentemente e sob a premissa lgica de que o efeito tem causa, ohomem o efeito criado de uma Causa Criante: Deus!

    O apercebimento da existncia de Deus pura questo de sensibilidade psquica, pois quando a criaturasente que existe como individualidade ou conscincia definida no seio do Cosmo, ela tambm sente nomago de si mesma a natureza divina e criadora do Pai!

    O homem no um ser esttico e produto de um acaso acidental, que aps comp-lo e cri-lo, oabandonou como efeito de uma causa sem inteligncia e discernimento progressista.

    Todo efeito inteligente no seio do Cosmo s pode se originar de uma Causa tambm inteligente.

    O homem atual fruto de uma incessante atividade de elaborao, cuja linhagem inferior se apura e elevacada vez mais sobre a prpria espcie animal, que lhe fornece a vestimenta carnal, revelando, como panode fundo, um processo inteligente de evoluo fsica.

    O homem o ser mais valioso e inteligente da Criao e rege a maior expresso no planeta Terra, operandoe contribuindo para a metamorfose de um mundo primrio, em transformao, para maior perfeio, semelhana de Deus.

    Mas, vtima da prpria cristalizao personalista, o homem por vezes confunde o potencial criador doUniverso, que vibra em si prprio, com a faculdade e a capacidade humana de descobrir o que Deus jcriou, confundindo transformao com criao, o que o leva a atribuir sua existncia ao Acaso, guisade um deusinho que lhe satisfaz a vaidade.

    Basta ao homem analisar e pesquisar as leis justas e coerentes que regem o Universo para se aperceber daexistncia de um Autor inteligente, sbio e amoroso, tradicionalmente aceito por Deus, governando oCosmo sob o controle de uma Suprema Inteligncia.

    S a existncia de uma Mente Csmica sbia e justa pode se responsabilizar por todos os fenmenos eacontecimentos que ocorrem no Universo, sob incessante e implacvel aperfeioamento.

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    A existncia de Deus , portanto, uma necessidade lgica, dado que as estruturas estveis, perfeitas ecomplexas, presentes no Universo, obedecendo a leis sensatas, lgicas e sbias, no podem ser explicadascomo fruto do acaso ou de um acidente imprevisvel que pudesse produzir fenmenos e fatos inteligentes,como a Vida no Cosmo, demonstrando um plano de inteligncia incomum e superior ao mais avanadondice de intelecto humano.

    O homem sem presuno acadmica, ao estudar as leis que regem a natureza, o destino do seu orbe e desi mesmo, sente que Deus existe como causa das prprias leis atuantes, ainda, acima da capacidade e doentendimento humano.

    Apesar do homem no poder comprovar corretamente a realidade de Deus, ele podeinferir quanto a Sua existncia atravs das leis e dos fenmenos inteligentes da Natureza.

    1.2 A IDIA DE DEUS

    A idia de Deus, como a certeza de sua existncia, inata no homem por que seu esprito uma centelha

    de luz divina despertando e se desenvolvendo incessante e conscientemente no seio do Esprito Eterno doCriador:

    GNESE O homem foi feito imagem de Deus.

    JESUSO reino de Deus est prprio no homem. O homem e Deusso um s.

    SABEDORIA ORIENTAL(Hermes)

    Deus o macrocosmo e o homem o microcosmo; o queest em cima est embaixo.

    O homem em seus vrios estgios evolutivos sempre buscou Deus:

    ALGUNS ESTGIOS EVOLUTIVOS DA IDIA DA DIVINDADE SUPREMA(conforme o progresso, entendimento e cultura humana)

    POVO / RELIGIOENTIDADESUPREMA

    CARACTERSTICAS

    Silvcolas Tup Deus do Raio e do Trovo

    Atlantes / Egpcios / Astecas Sol Centro da Vida Divina do Criador

    Hebreus Jeov Deus guerreiro e poderoso

    Catlicos DeusVive no Cu, distribui graas aos Seus

    devotos e condena ao Inferno os pecadores

    Espritas DeusSuprema Inteligncia do Universo / CausaPrimria de todas as coisas

    Deus no apenas uma idia ou fruto das necessidades psicolgicas do homem; medida que este maiscompreende a Vida, mais seu psiquismo se apercebe da Verdade Csmica. A criatura tem uma viso deDeus tanto mais fantasiosa ou mais prxima da realidade quanto maior for sua experincia, sabedoria,sensibilidade e evoluo, mas sem nunca atingir a soluo que lhe ultrapassa a sua capacidade mental.

    O progresso tcnico e cientfico do mundo, ao contrrio de causar prejuzos e enfraquecer a crena ou idiade Deus, substitundo-a por uma realidade controlada pela prpria cincia do mundo, ajuda o homem adistinguir e a separar o real da fantasia improdutiva, em conseqncia do seu melhor ajuste a uma vivncia

    cada vez mais autntica, com melhor percepo da realidade exata da Criao.

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    A Verdade definitiva e imutvel expressa pelas prprias leis e princpiosirrevogveis do Cosmo ! Buscai a Verdade e ela vos libertar !

    medida que o homem se espiritualiza, pelo amadurecimento e amplitude de sua conscincia, ele tambm

    melhora a sua concepo sobre Deus e abrange maior rea da manifestao Divina. No importam osdiversos aspectos da imagem ou idia de Deus elaborados pela humanidade ignorante da Realidade Divina,quando os homens podem sent-lo ou mesmo identific-lo atravs das leis justas e sbias que regem aCriao, pois que imanadas de um nico Criador.

    O terceiro milnio h de apresentar humanidade terrena uma nova expresso da idia de Deus esposadaat o presente, por cujo motivo, mesmo os mais avanados espiritualistas ho de sofrer o choque damudana para o sentido mais real, e no entanto, sumamente revolucionrio perante toda a tradioconhecida, obrigando a renovaes mentais que traro severo deslocamento psicolgico e filosfico naconcepo de Deus.

    O catlico que s admite Deus como sendo um velhinho de barbas nveas, envolvido pelas nuvensimaculadas do cu, sentir seu corao sangrar, se tiver que substitu-lo pela idia esotrica e sem forma da

    Fora, Luz, Amor e Sabedoria! A fase de transio para o terceiro milnio, conhecida por fim de tempos,tambm portadora de renovaes mentais que obrigaro a severa deslocao psicolgica e filosfica naconcepo de Deus.

    3. CONHECIMENTO DA REALIDADE DE DEUS

    A criatura humana jamais conseguir definir ou identificar racionalmente a Realidade Absoluta do Criador,embora ela seja tambm uma partcula divina, pois, tal como a parte no pode definir o Todo, o criado notem como definir o Criador.

    Assim como um neurnio do crebro humano no est em condies de avaliar o equipo psicofsico doseu dono, a criatura, que to somente uma partcula microcsmica do Universo, tambm no estcapacitada para julgar e explicar o Cosmo em todos os seus aspectos. Caso o homem pudesse faz-lo, eleento seria outro Deus para ser descoberto, descrito e identificado, pois s outro Deus, alm ou semelhanteao que se pretende conhecer, que poderia lograr tal intento.

    Deus, fonte original e incriada da Vida, pr-existe antes de qualquer coisa ou ser; em conseqncia,no pode o homem explicar o que j existe muito antes e independente de sua prpria existncia!

    Deus a prpria Eternidade, e seria demasiada vaidade e estultcia o homem pretender conhec-Lo em tocurto lapso da vida humana. Deus incessante e inesgotvel alegria que mais interpenetra na intimidadeda criatura quanto mais o homem avana em sua realizao csmica.

    Deus o Esprito-Uno que sustenta cada forma e energia transcendental do Universo e existe no vazio doincriado, alm de quaisquer fenmenos concebidos pelas criaturas em realizao do autoconhecimento.

    Considerando-se Deus simbolizado por raios que partem geometricamente de um ponto central e seperdem no infinito, a conscincia do homem pode ser comparada figura de uma esfera limitada sobre ocentro desses raios.

    medida que o homem, aps situar-se no seio da matria, vai aumentando seu grau de conscientizao,realizando em si mesmo seu desenvolvimento espiritual, vai ampliando, sua compreenso de Deus namesma medida da amplitude da limitao humana. Embora essa conscincia se amplie e se desenvolvaincessantemente em todos os sentidos, ela jamais alcanar os raios infinitos.

    Dessa forma, medida que o ser amplia essa conscincia no contato incessante e educativo com as formasdos mundos planetrios, ele tambm abrange maior poro divina e mais se apercebe de Deus.

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    justamente esse desejo incessante dohomem de conhecer e sintonizar-se como Criador que o impele e o estimula parasua mais breve elevao espiritual.

    Considerando-se Deus, o Esprito TotalCsmico, como Chama ou Luzinfinita, acima e alm do tempo e doespao, ento os espritos dos homens,os filhos de Deus, podem ser comparadosa pequenas centelhas emanadas dessaeterna, infinita e incognoscvel Energia.

    No atual estgio de desenvolvimentoespiritual do homem, de nada adiantaria oconhecimento da forma e da essncia doseu Criador, pois isso no provocaria deper si as modificaes necessrias e

    louvveis em sua vida, em direo suasenda evolutiva, pela abdicao deinteresses subalternos e pela dignificaoda experincia das relaes humanas.

    A criatura que ainda vibra num estgioespiritual primrio no se encontrapreparada para entender a natureza realde Deus e sua manifestao csmica;para tanto, precisa emancipar-se doinstinto primitivo atravs do cultivo dosvalores divinos adormecidos em seuprprio esprito.

    O esprito humano precisa superar osresqucios da linguagem animal que lheoriginou o organismo carnal e adquirir oestado anglico, para se libertar definitivamente da matria e realizar-secomo ser espiritual integral.

    At que isso acontea, deve procurar compreender os desgnios divinos atravs do respeito e do amor atodas as criaturas. No apenas a luta para ser livre da matria que far o homem conhecer Deus, mas o binmio sentir -saber que realmente desvenda o panorama do infinito !

    Liberdade sem sabedoria poder ser direo.

    O esprito realizado em Deus aquele que j sobrepaira acima de todas as identificaes com os sentidos epermanece consciente, em incessante unio com o Criador.

    Quando encarnado, vive ao mesmo tempo consciente de sua realidade divina, e entende os motivos de suaprpria existncia e os objetivos de sua eterna ventura, executando sua tarefa educativa no mundo, masusufruindo sua jubilosa calma interior.

    Em outras palavras, o esprito realizado aquele que j dominou ou extinguiu em si Maya, a ilusocsmica dualista, citada pelos Vedas, ou seja, apercebeu-se da unidade divina do Cosmo, ao verificar queele no autenticamente o prprio corpo, porm o seu corpo to somente a manifestao exterior, numcerto momento e num certo tempo, do Esprito Imortal !

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    A compreenso de Deus exige do homem:

    UMA REALIZAO ATRAVS DA EXEMPLO

    INTERNA COMUNHO COM DEUSbusca da sabedoria e do equilbriopsquico (harmonia interior)

    estado de xtase (samdhi)atingido pelos iogues

    EXTERNAAO POR DEUS

    ao exterior de renncia e serviofraterno a todos os seres na natureza

    prtica da caridadepelos cristos

    Jamais a criatura poder equacionar o Universo e assimilar a natureza divina do Criador, confiando tosomente nos seus sentidos, mesmo que amparado pela mais perfeita tcnica instrumental do mundotransitrio e limitado da matria.

    mais fcil ao homem aperceber-se da Realidade Divina atravs da intuio, cuja sensibilidade aumentaquanto mais ele aufere e ausculta o mundo espiritual, do que atravs da inteligncia, que, em realidade, conseqncia da energia espiritual oculta que aciona a mente humana.

    O homem poderia encontrar satisfatria soluo da Realidade Divina atravs da prpria Cincia,transformada em filosofia transcendental, porm, com mais sucesso e preciso, se guiado nessa busca pelosentimento intuitivo, que seu mais ntimo vnculo com a Mente Csmica.

    O destino glorioso do homem a angelitude, e a luz que o guia queima no prprio combustvel de suacentelha interna. Em face da prpria centelha divina existente no mago do homem, medida que esteamplia a compreenso mental tambm dinamiza o vnculo ntimo e intuitivo que liga a criatura ao Criador, asaber: o seu sentimento religioso!

    A incessante conscientizao espiritual liberta-o das frmulas, ritos, smbolos e dogmas interpostos pelasreligies convencionais no seu contato ntimo com Deus, e que o isolam da pureza inicitica religiosa devibrar mais prximo da freqncia divina, pois, quanto maior for a amplitude de unio eletiva entre oshomens, tambm mais lhes favorecida a penetrao de maior rea de Deus e, conseqentemente, maiorabsoro de vibrao divina.

    Deus pode ser apercebido atravs das prprias leis imutveis, sbias e criativas que agemcorretamente em todos os nveis de vida e nas mais longnquas latitudes csmicas.

    Atravs dessas leis e princpios, cuja finalidade o equilbrio e a ordem, e que visa sempre oaperfeioamento da criatura, que Deus opera sobre todos os seres e as coisas; so leis impecveis,

    sensatas e disciplinadas, que regem os fenmenos do mundo material e comprovam Sua presena ocultano Universo!

    a Vontade que preside todos os fenmenos do Cosmo e comunica a todos o anelo de perfeio eascenso, pois o Universo perfeito em sua criao infinita e eterna, porque perfeita a Entidade nicaque o criou! Jamais essas leis causaram surpresas, equvocos ou alienao, cuja existncia s pode sercreditada m interpretao ou ignorncia humana.

    As prprias aberraes da Natureza, que poderiam despertar a censura dos homens contra um Criadorimperfeito, no passam de importantes pesquisas e ensaios na busca de maior perfeio.

    H perfeita ordem e coerncia em todos os fenmenos ocorridos na Natureza fsica de nosso planeta, osquais atestam o efeito inteligente, progressista e sensato, sob inflexvel lgica que aperfeioa todas as

    formas e seres. Tudo harmonioso, sensato e coerente pois no h excentricidade ou qualquer aberraoinjustificvel.

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    Basta a criatura sensvel e sem premeditao perscrutar a intimidade dos acontecimentos desagradveis outrgicos, considerados inteis e onerosos, para descobrir, sob o vu do que asqueroso ou daninho, amensagem de uma inteligncia oculta que atua no mundo espiritual modelando na matria as futurasformas de estesia anglica.

    H sempre indcios benficos no mago das coisas e dos seres bons ou maus, belos ou feios, sadios ouenfermos e que se pode evidenciar, aos poucos, medida que se investiga e se conclui sobre osfenmenos da prpria vida.

    As almas argutas podem perceber que essa ao oculta mais sbia do que instintiva, mais previsvel doque simples acaso, mais ao do que passividade, disciplinando os mnimos acontecimentos sucedidos noUniverso.

    1.4 CRENA EM DEUS

    Somente a crena em Deus no basta para a elevao do homem em Sua direo, mas sim odesenvolvimento em si mesmo dos atributos divinos, ou seja, a ampliao da miniatura divina que todo ser

    possui dentro de si prprio.

    Somente crer em Deus no a vivncia em Deus; no propriamente ach-Lo !

    A crena, de per si, no uma auto-realizao, no proporciona o autntico encontro de Deus, mas apenasuma simples projeo do prprio indivduo no desconhecido.

    A simples crena traz em si uma recompensa extramaterial, constituindo um verdadeiro mercado deredeno espiritual, onde os crentes investem na expectativa dos dividendos da Divindade, pois tm nacrena um motivo para viverem mais confiantes e esperanosos, pretensamente garantindo a salvao,caso exista alguma coisa alm e aps a morte do corpo fsico.

    As religies organizadas ficam repletas de crentes que cultuam certos postulados afins a uma idiaespecfica de Deus, condicionados a uma crena sistemtica e padronizada, sem entretanto, modificarem oseu eu interior e sem incorporarem os valores incomuns do EU superior divino, que conquistaindividual atravs do estudo, pela abnegao, servio ao prximo e, sobretudo, ao independente dequalquer interesse egosta.

    Pouco adianta o homem crer em Deus e no desenvolver em si mesmo os atributos divinos que possuilatentes no mago do seu prprio esprito, pois somente a ativao em si mesmo dos princpios quesintetizam o Amor, a Sabedoria e o Equilbrio infinitos que far a criatura conseguir maior proximidade como Criador.

    A crena puramente intelectual e especulativa torna-se atributo dispensvel,caso no modifique a maneira de agir e sentir do homem !

    Embora o intelecto planeje atravs do poder mental, o centro psquico que sublima e sensibiliza o ser aafetividade, que vitaliza o crescimento divino atravs do Amor!

    A crena em Deus de pouca significao no homem que no desenvolve em si prprio os valores crticos,mesmo que venha contribuindo financeiramente com obras religiosas e caritativas, geralmente por medo deperder o Cu!

    Muitos so aqueles que crem veementemente em Deus, freqentam instituies religiosas, mas vivem de

    maneira to censurvel que desmentem frontalmente a posse dos atributos do mesmo Criador em que elescrem acreditar.

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    A descrena em Deus no atestado de inteligncia incomum, mas apenas fruto da excessiva escravidoaos sentidos fsicos do homem transitrio, e conseqncia da ignorncia humana de no saber que oCriador permanece integrado na sua obra, podendo ser sentido pelas suas criaturas.

    Isso ocorre quando o intelecto orgulhoso da personalidade humana transitria se sobrepe intuio doesprito imortal, dinamizado pelo cientificismo querelante, sentindo-se humilhado em fazer concesses a

    uma Realidade Divina, alm de si mesmo.

    O estgio nos mundos fsicos tem somente a funo restrita de despertar os valores psquicos do cidadoespiritual, mas impossvel de lhe comunicar a Realidade Divina. O homem que ainda no se conhece a siprprio, infeliz vtima dos vcios e das paixes da coao animal, jamais deve se orgulhar de negar Deus,que criou o Universo.

    A crena em Deus pode ser enfermia e devastadora, quando contraria e desmente os prprios atributos daDivindade, pelos crentes que ainda cultuam o dio, a ignorncia, a maldade e a injustia, que so opostosaos valores divinos do Amor, Sabedoria, Bondade e Justia, ou seja, ainda cultuam as manifestaesnormais da natureza inferior humana, em face de ignorarem a existncia das leis divinas que regem oCosmo e que so emanadas do Ser Supremo.

    O crente que age de modo censurvel e repelente nega a sua assimilao a qualquer postulado religioso deaspecto divino, e com isso demonstra o seu atraso espiritual.

    necessrio que o homem creia para se renovar, para se higienizar espiritualmente, para se aperceber dodivino e para atender ao impulso ntimo de comunho com Deus na busca de ascese anglica, mas ignomnia toda crena que divide os homens, e se transforma em atos censurveis que desmentemfrontalmente os valores autnticos da espiritualidade ante o predomnio dos instintos inferiores daanimalidade.

    No se pode louvar qualquer crena em Deus que leve ohomem a se desgraar em lutas antifraternas e religiosas.

    A crena em Deus leva o indivduo a demonstrar certa humildade, uma vez que confia em algo superior a siprprio, ao admitir a existncia de um Criador alm de sua reconhecida incapacidade humana.

    Essa humildade traduz um eficiente estado de apercebimento da prpria vida superior, ou faculdade deauscultao psquica que favorece o fluxo de intuio e, enquanto manifestao transcendental, requer umacerta eletividade do homem, uma espcie de encontro simptico no limiar de ambos os mundos espiritual ematerial. Assim a crena em Deus, e a admisso da sobrevivncia do esprito, j uma comprovao deuma sensibilidade mais incomum, embora possa ser rotulada de superstio, misticismo ou ingenuidade.

    Por outro lado, todo aquele que tiver de provar, pela matemtica e lgica do mundo, todo fenmeno oupreviso do futuro, para s ento crer em Deus, ser lamentado pela infelicidade de nunca poder crer emDeus, porque, alm de no poder analisa-lo e descreve-lo, Ele incomprovvel!

    A simples premissa de que para crer preciso provar, torna o homem eternamente atesta,pois o maior e o mais importante fenmeno, que Deus, nunca poder ser provado!

    1.5 PRESENA DE DEUS E EVOLUO

    H uma sabedoria muitssimo alm da capacidade e da ao humana, e da pretensa espontaneidade daNatureza, que regula a procriao dos seres at um limite ou risco sensato, que permite a sadia einteligente continuidade da vida. A sabedoria e o poder de Deus so perceptveis nos mais singelos

    fenmenos da Natureza, nas incessantes mutaes das coisas e dos seres orgnicos do mundo, antes damais sbia interveno humana.

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    O psiquismo matriz da vida, de onde provm toda a substncia do mundo, ampara a sobrevivncia dosinsetos, rpteis, aves, animais e dos prprios homens em incessante progresso. Todos os esquemas demanifestao da vida, processada atravs das mais variadas formas fsicas, compatveis a cada tipo deorbe pulsante no Universo, so fruto de um planejamento cuidadosamente antecipado.

    No difcil ao homem verificar as inmeras provas do seu progresso biolgico de estados inferiores para

    nveis superiores atravs dos milnios, num processo evolutivo e num sentido deliberadamente progressistade harmonia e beleza, cuja constatao se verifica pelo exame e comparao de sua vida desde a idadedas cavernas at o conhecido estgio da atualidade.

    O prprio homem, periodicamente e pessoalmente, intervm na Natureza corrigindo as coisas e melhorandoos seres do mundo fsico, dirigindo o seu poder e aplicando a sua inteligncia na fenomenologia da matria,mas sempre em obedincia a uma Sabedoria Divina, que ativa as energias latentes que fluem pelaintimidade das formas, no milagre da incessante transformao.

    Mesmo o modo intuitivo, caracterstico das espcies inferiores, conseqncia desse mesmo princpiointeligente da Conscincia Espiritual de Deus, que mobiliza os recursos adequados sobrevivncia esubsistncia a cada espcie, cujos corpos carnais transitrios de seus indivduos so apenas vestimentaspassageiras, em processo de adestramento e aperfeioamento, a fim de servirem mais tarde a exigncias

    das mentes individualizadas. uma fase de evoluo em que esse psiquismo se ativa pelas experinciasvividas no orbe, mesmo as dramticas ou trgicas.

    Existe, portanto, um cuidado fundamental da Divindade em executar, pela vestimenta carnal mais instintiva,a ao de um futuro psiquismo melhor elaborado. A constatao desse fenmeno, embora no induza aqualquer concluso csmica definitiva acerca da comprovao direta da Divindade, oferece ao homemarguto o ensejo de extrair ilaes corretas e sensatas quanto indiscutvel verdade de uma IntelignciaSuperior operando na intimidade de todos os fenmenos da natureza.

    Tambm ocorrem fenmenos na intimidade do corpo humano para comprovar a presena de uma sabedoriaoculta, inata ao prprio homem, que, embora atue de um modo instintivo, demonstra uma faculdadedeliberadamente inteligente.

    O homem se revela um ser racional graas sabedoria do seu psiquismo que lheopera na intimidade, sob a diretriz de uma potncia oculta superior e poderosa !

    A entidade humana, portanto, est submetida a uma srie de leis, princpios e regras que lhe orientam,instante a instante, o seu organismo, obedecendo, entretanto, a um esquema de alta preciso sob ocontrole da Suprema Inteligncia de Deus, atravs da interferncia oculta da sabedoria do seu psiquismo,no sentido de alongar a vivncia do esprito do homem na matria educativa.

    A vida no campo denso da matria propositalmente eivada de experincias dificultosas, nas quais oesprito do homem ativado por energias que se atritam, requintam-se e se sublimam, para que ele supereo instinto animalque o protege, mas tambm o escraviza vibraes inferiores.

    O homem luta sob o impulso energtico das foras primrias da animalidade, sob a energia telrica queeclode da espcie animal instintiva e implacvel, mas seu esprito deve se opor veementemente a essafora bruta e alcanar os frutos definitivos dos princpios superiores.

    O corpo carnal , portanto, o veculo em que o esprito se engasta sob a disciplina das regras e dastendncias da vida fsica, mas deve se opor vigorosa tirania do instinto animal, que o ajuda por um lado eque o escraviza por outro, ativando e desenvolvendo o amor e a sabedoria, que so os princpiosfundamentais do futuro anjo!

    O processo evolutivo de transformar e sublimar a conscincia humana at alcanar

    uma freqncia superior permitir ao homem aperceber-se da essncia do Criador !

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    O homem, criado por Deus para ser feliz por toda a eternidade, entretanto, o autor da sua prpriaconscientizao, o agente de sua prpria evoluo espiritual atravs dos mundos fsicos transitrios, que lheproporcionam a aquisio dos valores autnticos de sua felicidade, de seu glorioso destino que aangelitude.

    O mal e o sofrimento na vida humana so etapas transitrias do mesmo processo evolutivo, que tendesempre a um resultado superior de aperfeioamento espiritual, visando despertar os valores eternos daimortalidade e alcanar sua prpria ventura, sua auto-realizao, quando o esprito aprimoraconscientemente os seus poderes criativos e a possibilidade de plasmar nas formas do mundo toda aintuio superior.

    Em todos os reinos da vida fsica, o sofrimento e a dor so caractersticas fundamentais do aperfeioamentoe embelezamento das formas e dos seres, sob a gide da justia divina, que variam conforme asensibilidade e o poder de comunicao daquilo que sofre, com o mundo exterior:

    REINO AO DEPURATIVA EXEMPLO

    MINERAL sofre silenciosamente a dor produzidaem suas entranhas adormecidas o ferro na fundio sofre a fim de lograr aqualidade superior do ao

    VEGETALestremece sob a ao externa(registrvel atravs de aparelhoseletrnicos sensveis)

    os gros do trigo e da uva sofrem torturanteesmagamento a fim de se transformarem em po evinho

    ANIMALexterioriza a dor fsica em gemidoslancinantes

    sofre na muda, na gestao e na competioagressiva pela sobrevivncia

    HOMINALemotivo e racional, chega o homem adramatizar seu burilamento dolorosoem obras literrias

    sofre a dor humana no renascer, na superaode enfermidades para adquirir resistncia, nodespertar das sensibilidades superiores

    vedado ao homem, em seu atual estgio, recusar-se a sofrer para evoluir em sua conscientizaoindividual, repudiando sua existncia como criatura eterna no seio da Divindade, pois, mesmo se tratandode uma partcula inerente ao Todo nico, como o esprito humano, s depois de sua emancipaoespiritual, que ento poderia manifestar sua deciso pela continuidade de sua existncia, ou por suadesintegrao no Todo Csmico.No entanto, quando tal estgio de desenvolvimento do esprito humano for alcanado, este j ter atingido aangelitude fascinante, autntica e venturosa, custa das etapas prvias da dor e do sofrimento nasexistncias ilusrias das vidas fsicas efmeras.

    1.6 A VISO MONISTA DA REALIDADE DIVINA

    O Universo uma entidade que abrange e incorpora tudo o que possvel da criatura conceber porexistente. A ordem e a sabedoria que presidem os fenmenos da Vida no Cosmo comprovam a existnciade uma s Vontade criando e governando o Cosmo.

    Em Deus est toda a sabedoria, a justia, o amor e a realizao, pois sendo a Unidade, Dele mesmo sederivam todos os processos que estabelecem os fenmenos do Universo.

    Monismo a concepo da existncia de que tudo o que existe resulta de uma nica Fonte!

    A conceituao monista desvincula a Divindade de um aspecto antropomrfico, indicando a convergncia da

    vida, em todas as latitudes csmicas, para um princpio nico ou centraldo Universo, em que Deus a suaUnidade Autntica e Infinita, o fundamento orgnico e ao mesmo tempo a funo dinmica do Cosmo!

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    Deus, a Inteligncia Csmica Incriada e Indestrutvel Uno, o Universo monista; todasas energias se reduzem e convergem para um s comando e fenmeno em movimento!

    Em contraposio ao monismo, que assevera que tudo o que existe provm de uma nica origem, e que

    Deus est inserido em toda a Sua criao, pois ambos constituem uma nica realidade, encontra-se odualismo, que, de outro lado, prega que a essncia da realidade divina imperscrutvel e de naturezadesconhecida, distinta de tudo o que existe no Universo fsico observvel, que pode ser resumido nobinmio matria-energia.

    MONISMO

    O Universo UNO: Criador e criatura constituem uma nica e inseparvel realidade.O UNO est nas partes e as partes integradas no UNO: CONCEPO TESTA

    (DEUS = esprito + matria + energia)

    DUALISMO

    O Universo DUAL: O esprito, de origem divina, tem natureza totalmente diversa detudo o que existe na realidade fsica: CONCEPO DESTA

    (UNIVERSO FSICO = matria + energia / DEUS = essncia espiritual distinta)

    A aceitao do princpio de que Deus a Inteligncia Suprema e a Causa Primria de todas as coisasimplica em considerar, sem dvida, que o Universo monista, pois Inteligncia Suprema sinnimo deSuprema Lei, que incide na existncia de um s Deus e na idia de um Princpio nico, Eterno e Infinito,que anima, disciplina, movimenta e procria todo o Cosmo.

    O Cosmo to somente o invlucro exterior e transitrio da Divindade Absoluta,diminuta frao do princpio original e nico que lhe vitaliza a intimidade imodificvel.

    Afora do monismo, ter-se-ia de aceitar a existncia de mais de uma Vontade com poderes de criar ecomandar o Universo, ou aceitar a concepo de um Acaso inteligente criador, o que implicaria naocorrncia de conflitos, desarmonia e choques no metabolismo csmico em decorrncia da possveldiferena de capacidade, objetos ou competies por parte das vrias mentes atuantes, ou ento dosacidentes fortuitos, o que, na prtica, no se verifica em absoluto no Cosmo observvel.

    inegvel e ponto definitivo que o princpio um s, uma s origem e uma s vontade central criadora detodo o Cosmo; a Realidade Monista divina indissolvel!

    Deus a nica e imodificvel essncia e a substncia da qual os homensdescendem como fagulhas, centelhas ou partculas espirituais divinas.

    Depois de criadas no seio da Divindade, as mnadas ou centelhas divinas so lanadas em peregrinaopelas formas educativas dos orbes fsicos, no processo incessante de organizar sua prpria conscinciaindividual e adquirir a noo de existir como entidade parte, mas vinculadas intimamente ao prprio Todo,ou seja, como Esprito Imortal. Deste estgio em diante, passam ento a ampliar essa conscincia espiritualnuma esfericidade sem limites, at abranger os fenmenos macro e microcsmicos da Vida.

    O esprito do homem, como herdeiro dos atributos divinos, nico e indestrutvel, pr-existe materializao ou gestao de um corpo fsico na face dos mundos planetrios, e sobrevive inclume aodesgaste e ao desfazimento de seu organismo provisrio carnal. Por isso se afirma que Deus est nohomem, que o homem foi feito imagem de Deus, ou que o Pai e o Filho so um.

    Com o decorrer do tempo, os espiritualistas adquiriro uma nova concepo de Deus, muito alm de umaInteligncia Infinita, concepo mais adequada ao processo incessante da criatura humana.

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    O excessivo apego aos dolos e a formulas religiosas do mundo terminam por cristalizar a crena humanasob a algema dos dogmas impermeveis a raciocnios novos, para no chocar o sentimentalismo datradio.

    As criaturas que estratificam no subconsciente uma crena religiosa, simptica, cmoda ou tradicional, terode sofrer quando, sob o impulso imperativo do pregresso espiritual, tiverem de substituir sua devoo

    primitiva e saudosista por outras revelaes mais avanadas sobre a Divindade.

    Krishnamurti, numa concepo puramente monista, carregando toda a responsabilidade divina sobre osombros do prprio homem, em exposio rasante e demolidora da velha idia desta (dualista), malgradosua aparncia hertica, centrada no pensar reto e no autoconhecimento, afirma:

    preciso o homem matar o velho Deus, limpar a mente das quinquilhariasdo passado, a fim de evitar a explorao religiosa de outros homens tolos,

    e encontrar a Divindade no microcosmo de sua prpria alma !

    Essa afirmativa, em relao busca de uma nova realidade divina, pode ser ilustrada considerando queassim como um aposento s pode receber moblia nova depois de convenientemente desimpedido damoblia velha, a mente do homem tambm precisa arejar-se dos seus condicionamentos religiososanacrnicos, para ento assimilar os novos conceitos autnticos da espiritualidade!

    Fontes bibliogrficas:

    1. Maes, Herclio. O Evangelho Luz do Cosmo - Obra medinica ditada pelo esprito Ramats. 3 ed. Riode Janeiro: Freitas Bastos, 1987.

    2. Maes, Herclio. O Sublime Peregrino Obra medinica ditada pelo esprito Ramats. 7 ed. Rio deJaneiro: Freitas Bastos, 1990.

    3. Maes, Herclio. Mensagens do Astral Obra medinica ditada pelo esprito Ramats. 9 ed. So Paulo:Freitas Bastos, 1989.

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