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    52 Rev Bras Enferm. 2015 jan-fev;68(1):52-9. http://dx.doi.org/10.1590/0034-7167.2015680108p

    PESQUISA

    Juliana Ladeira GarbaccioI, Adriana Cristina de OliveiraII

    I Pontifcia Universidade Catlica de Minas Gerais, Departamento de Enfermagem. Belo Horizonte-MG, Brasil.II Universidade Federal de Minas Gerais, Escola de Enfermagem, Departamento de Enfermagem Bsica.

    Belo Horizonte-MG, Brasil.

    Submisso:09-12-2014 Aprovao:08-02-2015

    RESUMOObjetivo: avaliar a adeso e o conhecimento das manicures/pedicures acerca do uso dos Equipamentos de ProteoIndividual (EPI). Mtodo: tratou-se de um survey, com 235 manicures/pedicures, em sales de beleza, Belo Horizonte/Brasil. Os dados foram analisados no programa Statistical package for the social sciences (17.0), por estatstica descritiva,Qui-quadradoe regresso logstica. Resultados: a adeso e o conhecimento entre os profissionais foram avaliados a partirda mediana dos resultados, obtendo-se 52% e 63% respectivamente. As profissionais com menos de 31 anos tiverammaior chance (2,54 vezes) de adeso aos EPI e aquelas que afirmaram ter feito curso de biossegurana e utilizar uniformedurante o trabalho mais chance de conhecimento (2,86 e 3,12 vezes, respectivamente). A maioria (83,4%) afirmou que ouso dos EPI deve ocorrer para todos os procedimentos, porm 71,5% citou no utiliz-los. Concluso: os resultadosindicam a baixa adeso aos EPI reforam o risco biolgico ocupacional e necessidade de capacitao destes profissionais.Descritores: Centros de Embelezamento e Esttica; Podiatria; Exposio a Agentes Biolgicos; Precaues Universais.

    ABSTRACTObjective: this study aimed to assess adherence and knowledge of manicures/pedicures on the use of Personal Protective Equipment(PPE). Method:it was a survey with 235 manicures/pedicures in salons, Belo Horizonte/Brazil. Data were analyzed with the softwareStatistical package for the social sciences (17.0), using descriptive statistics, chi-square and logistic regression. Results:the adherenceand the knowledge of the professional were evaluated using the median of the results, obtaining 52% and 63% respectively. Theprofessionals younger than 31 were more likely (2.54 times) to adhere to PPE and those who claimed to have done biosafety courseand to use uniform during work, had better chance of understanding (2.86 and 3.12 times, respectively). The majority (83.4 %) statedthat the use of PPE should occur for all procedures, meanwhile 71.5 % cited not use them. Conclusion:the results indicate the pooradherence to PPE, strengthen occupational biological risk and need for training of these professionals.Key words: Beauty and Aesthetics Centers; Podiatry; Exposure to Biological Agents; Universal Precautions.

    RESUMENObjetivo: este estudio tuvo objetivo evaluar el cumplimiento y conocimiento de manicura/pedicura en el uso de equipo de proteccinpersonal (EPP). Mtodo: era una encuesta con 235 manicuras/pedicuras en los salones, Belo Horizonte/Brasil. Los datos fueronanalizados con Statistical package for the social sciences(17.0), estadstica descriptiva, chi-cuadrado, regresin logstica. Resultados:la adhesin entre los conocimientos profesionales se evaluaron con la mediana de los resultados, de 52% y 63% respectivamente.Los profesionales con menos de 31 aos eran ms propensos (2,54 veces) de la adherencia al EPP y los que afirmaba haber hechobioseguridad curso, uso uniforme durante el trabajo de ms posibilidades de entendimiento (2,86 y 3,12 veces). La mayora (83,4%)afirm que el uso de EPP debe ocurrir en todos los procedimientos, el 71,5 % no cit utilizar. Conclusin: los resultados indican lafalta de adherencia al EPI, fortalecer riesgo biolgico ocupacional y la necesidad de la formacin de estos profesionales.Palabras clave: Centros de Belleza y Esttica; Podiatra; Exposicin a Agentes Biolgicos; Precauciones Universales.

    Adeso e conhecimento sobre o uso de equipamentos de proteoindividual entre manicures e pedicures

    Adherence and knowledge about the use of personal protective equipment among manicurists

    Composicin y conocimientos sobre el uso de equipos de proteccin personal entre manicura y pedicura

    Juliana Ladeira Garbaccio E-mail: [email protected] CORRESPONDENTE

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    Adeso e conhecimento sobre o uso de equipamentos de proteo individual entre manicures e pedicures

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    INTRODUO

    Os profissionais do ramo da beleza e esttica, quando noconhecem e/ou no aderem s boas prticas de segurana,aumentam a chance de se exporem a micro-organismos pelocontato direto ou indireto, seja pelas vias cutneo mucosa,cutnea ou percutnea, a exemplo da pele que sofre abrases,

    descamaes, perfuraes e da mucosa ocular atingida porfragmentos de unhas(1).O servio ofertado por manicures/pedicures apresenta um

    alto impacto social, dada a sua demanda pela populao in-dependente do sexo ou idade(2). No entanto, no cuidado sunhas comum ocorrerem acidentes com material perfuro-cortante, atingindo o leito vascular durante a remoo do epo-nquio (cutcula) com alicates podendo levar a transmisso depatgenos veiculados pelo sangue como os vrus de hepatiteB (VHB), C (VHC) e o HIV(3).

    A transmisso cruzada microbiana pode ocorrer entreclientes, entre profissionais, de clientes para profissionais evice versa. A fim de minimizar o contato com o material bio-

    lgico e proteger os profissionais e clientes a eles expostos, oCenters for Disease Control and Prevention(CDC) props umguia com recomendaes a serem adotadas no atendimentode todo e qualquer paciente, independente de seu diagnsti-co, sendo denominadas Precaues Padro (PP). Essas forammantidas e reforadas na reviso do guia, em 2007, reafir-madas no Brasil pela Agncia Nacional de Vigilncia Sanit-ria(4). Dentre as medidas de PP preconizadas foram includasa higienizao das mos, o uso de Equipamento de ProteoIndividual (EPI), a vacinao contra a hepatite B e o descarteadequado de materiais perfurocortantes(4).

    A falta da adeso a medidas de PP pelos profissionais pode

    resultar em exposio a material biolgico, aumentando achance de contaminao por micro-organismos potencial-mente causadores de infeces, o que consequentementeacarreta danos sade, alm de custos associados e o preju-zo social.

    A adeso aos EPI por profissionais do segmento da belezae esttica depende, todavia, do conhecimento dos envolvi-dos (empregadores, empregados e clientes) acerca da impor-tncia da sua utilizao, mas tambm da oferta e disponibi-lidade dos EPI que so determinados legalmente a qualquerempregador ou estabelecimento independente do ramo deatividade (5).

    A escassez de pesquisas sobre a segurana e os riscos ocu-pacionais relacionados exposio a material biolgico nosegmento da beleza e esttica trouxe inquietaes que leva-ram a proposio deste estudo, que teve como objetivo ava-liar a adeso e o conhecimento de manicures/pedicures, quetrabalham em sales de beleza, acerca dos equipamentos deproteo individual.

    MTODO

    Tratou-se de um survey (baseia na interrogao diretade pessoas cujo comportamento/conhecimento acerca doproblema se deseja investigar)(6) realizado com manicures/

    pedicures, conduzido no perodo entre junho de 2012 a mar-o de 2013, em sales de beleza em Belo Horizonte, no Esta-do de Minas Gerais, aps aprovao junto ao Comit de ticaem Pesquisa da Universidade Federal de Minas Gerais (CAAE 0195.0.203.000-11). Um nico profissional foi entrevistadopor salo de beleza em uma amostra de 235 estabelecimen-tos, calculada com intervalo de confiana de 95%, desvio pa-dro de 0,5 e erro mximo de estimativa de 0,05 a partir deuma populao de 600 sales, com cadastro e autorizao defuncionamento fornecido pela Secretaria Municipal Adjuntade Regulao Urbana da prefeitura da cidade, em 2010.

    Cada salo foi escolhido a partir de uma seleo aleatriasimples, entre os 600 cadastrados. Tomou-se o cuidado demapear os centros de beleza e esttica por bairros de formaa obter uma amostra geograficamente distribuda em todasas regies da cidade que registrou no censo de 2010 2.475milhes de habitantes(7). Para confirmao da existncia eendereo foram realizadas ligaes telefnicas para todos osestabelecimentos.

    Cinco entrevistadores foram devidamente treinados e a to-

    dos foi distribudo o plano de visitas com os endereos dosestabelecimentos sorteados. Em caso de recusa de algum sa-lo ou caso este se encontrasse fechado ou no localizado,utilizou-se o critrio de substituio pelo prximo localizadoa esquerda, desde que possusse cadastro de funcionamento

    junto prefeitura de Belo Horizonte.Como critrio para participao da manicure/pedicure na

    pesquisa estabeleceu-se entrevistar aquelas com no mnimoum ano de experincia nesta profisso, idade acima de 18anos, independente do sexo, proprietria ou funcionria dosalo.Em caso de interesse de mais de um profissional parti-cipar, a definio do respondente foi realizada atravs da es-

    colha pela data de nascimento que mais se aproximava datada visita. As entrevistas ocorreram aps o convite verbal aosproprietrios dos estabelecimentos e aos profissionais expli-cando os objetivos e relevncia da pesquisa. Aps o aceite foiapresentado aos profissionais o termo de consentimento livree esclarecido.

    Para a entrevista adotou-se um questionrio estruturadocontendo questes de mltipla escolha e abertas dividido emcinco partes: I- caractersticas sociodemogrficas dos profis-sionais; II e III - aspectos voltados para a adeso e o conheci-mento dos profissionais aos EPI; IV- fatores que dificultam adoo dos EPI pelos profissionais. O questionrio foi previa-mente validado por quatro juzes pesquisadores com conheci-mento e formao em estatstica, epidemiologia, infectologiae controle de infeco.

    Para as questes abertas as respostas foram categorizadase assim como as fechadas analisadas no programa statistical

    package for the social sciences(Spss/pc) verso 17.0 por meiode estatstica descritivas, teste qui-quadrado de Pearson ouexato de Fisher.

    Foi utilizada a regresso logstica binria multivariada paraanalisar a influncia das variveis sociodemogrficas comvalor p 0,20 consideradas potenciais fatores associados adesoe conhecimentoacerca dos equipamentos de prote-o individual.

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    Garbaccio JL, Oliveira AC.

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    RESULTADOS

    Dos 600 sales de beleza cadastrados, 235 foram sele-cionados, entre os quais 102 aceitaram participar da pes-quisa, 31 se recusaram e os demais no se encontravam noendereo informado. Procedeu-se ento a substituio poroutros 133 conforme critrio previamente definido, totali-

    zando ao final 235 sales. A distribuio dos sales visita-dos foi proporcional por regies da cidade.

    Em 32 sales, mais de uma manicure/pedicure apresen-taram interesse em participar, adotando-se assim a data denascimento que mais se aproximava do dia da visita para de-finio do profissional.

    Responderam ao questionrio 235 manicures, todas do sexofeminino, a idade entre 18 e 69 anos (mdia 32,6 anos). Osdemais dados sociodemogrficos encontram-se na Tabela 1.

    Na avaliao de todas as questes, para anlise da ade-so e do conhecimentoacerca dos Equipamentos de Proteo

    Tabela 1- Perfil sociodemogrfico de manicures e pedicures entrevistadas, Belo Horizonte, 2013

    Variveis SociodemogrficasTotal = 235

    Variveis SociodemogrficasTotal = 235

    N % n %

    Sexo Exerce a atividade em outro salo

    Feminino 235 100 Sim 4 1,7

    No 231 98,3

    Faixa etria Carga de Trabalho/ dia

    31 anos 119 50,6 6 horas 21 8,9

    > 31 anos 116 49,4 8 horas 122 52,0

    > 8 horas 92 39,0

    Estado civil Formao profissional

    Solteiro 108 46,0 No regular/ informal 155 66,0

    Casado, unido, amasiado 107 45,5 Curso regular profissionalizante 80 34,0

    Outros (divorciado, vivo) 20 8,5

    Escolaridade Capacitao cursos diversos

    1oGrau Incompleto 22 9,4 Sim 124 52,8

    1oGrau Completo 44 18,7 No 111 47,22oGrau Incompleto 36 15,3 Curso em biossegurana

    2oGrau Completo 125 53,2 Sim 65 27,7

    Superior 8 3,4 No 170 72,3

    Nmero de filhos Responsvel por renda familiar

    Nenhum 84 35,7 Sim 89 37,9

    Um 60 25,5 No 146 62,1

    Dois 55 23,4

    Trs 36 15,3

    Tempo de trabalho no ramo Insero em associao de classe

    10 anos 139 59,1 Sim 3 1,3> 10 anos 96 40,9 No 232 98,7

    Tempo de trabalho no salo visitado Participao no estabelecimento

    2 anos 138 58,7 Emprego informal 178 75,7

    > 2 anos 97 41,3 Emprego formal 27 11,5

    Scio 18 7,7

    Proprietrio 12 5,1

    Curso regular profissionalizante = educao em escolas regulamentadas pelas diretrizes do Ministrio da Educao, concludo e com diploma/certificado. Noregular = autodidata, treinamento e insero em servio sem formao qualificada. Capacitao cursos diversos = decorao de unhas, unhas de porcelana,tcnica de maquiagem, penteados. Curso em biossegurana = qualquer curso ou treinamento, podendo ter sido ofertado no local de trabalho, durante curso profis-sionalizante, eventos/feiras. Emprego formal = com registro na carteira de trabalho. Emprego informal = prestao de servio sem vnculo empregatcio.

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    Tabela 2 - Distribuio das variveis sociodemogrficas em relao adesoe conhecimentoacerca dos Equipamentos de ProteoIndividual entre manicures/pedicures (N= 235), categorizadas pela mediana de acerto nas questes, Belo Horizonte, 2013

    Variveis N

    Adeso(proporo acerto > 52%)

    Conhecimento(proporo acerto > 63%)

    Corretos % Valor p Corretos % Valor p

    Faixa etria (mediana)

    31 anos 119 65 54,6 < 0,01 50 42,0 0,17> 31 anos 116 43 37,1 59 50,9

    Estado civil

    Casado, unido, amasiado 107 49 45,8 0,92 45 42,1 0,47

    Solteiro 108 49 45,4 54 50,0

    Outros 20 10 50,0 10 50,0

    Escolaridade

    1 Grau Incompleto 22 12 54,5 0,49 14 63,6 0,51

    1 Grau Completo 44 17 38,6 21 47,7

    2 Grau Incompleto 36 14 38,9 16 44,4

    2 Grau Completo 125 60 48,0 54 43,2

    Superior 8 5 62,5 4 50,0

    Nmero de filhosNenhum 84 42 50,0 0,08 35 41,7 0,36

    Um 60 22 36,7 33 55,0

    Dois 55 22 40,0 23 41,8

    Trs 36 22 61,1 18 50,0

    Tempo de trabalho no ramo

    < 10 anos 139 70 50,4 0,10 60 43,2 0,23

    > 10 anos 96 38 39,6 49 51,0

    Tempo de trabalho no salo

    < 2 anos 138 97 70,3 0,34 63 45,7 0,78

    > 2 anos 97 41 42,3 46 47,4

    Carga de trabalho/ dia

    6 horas 21 7 33,3 0,43 10 47,6 0,618 horas 122 56 45,9 60 49,2

    > 8 horas 92 45 48,9 39 42,4

    Formao profissional

    No regular/ informal 155 77 49,7 0,11 75 48,4 0,39

    Curso regular profissionalizante 80 31 38,8 34 42,5

    Capacitao cursos diversos

    Sim 124 56 45,2 0,79 44 35,5 < 0,01No 111 52 46,8 65 58,6

    Curso em biossegurana

    Sim 65 39 60,0 0,05 42 64,6 < 0,01No 170 78 45,9 62 36,5

    Responsvel por renda familiar

    Sim 89 38 42,7 0,43 40 44,9 0,73

    No 146 70 47,9 69 47,3

    Participao no estabelecimento

    Emprego informal 178 87 48,9 0,43 82 46,1 0,45

    Emprego formal 27 10 37,0 10 37,0

    Scio 18 6 33,3 11 61,1

    Proprietrio 12 5 41,7 6 50,0

    Acidente de trabalho

    Sim 158 78 49,4 0,13 67 42,4 0,08

    No 77 30 39,0 42 54,5

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    Individual (tipo e perodo de troca dos EPI, higienizao sim-ples das mos antes/aps uso de luvas, vesturio, uso de ja-leco/avental, processamento do vesturio, sapatos fechados)as mdias, medianas e mnimo da proporo de acertos nasquestes relacionadas ao conhecimento, foram superiorescomparadas s de adeso. A mediana para a adeso foi 52% epara o conhecimento63%. O ndice de acertos nos diferentes

    tpicos pesquisados variou bastante 7,7% a 90% para adesoe 25% a 87,5% para o conhecimento.A Tabela 2 apresenta o resultado da anlise bivariada entre

    as variveis sociodemogrficas e as variveis adesoe conheci-mentoacerca dos EPI entre manicures/pedicures. Os dados estoconsiderando a porcentagem de acerto definido pela mediana.

    Observou-se associao significativa (p< 0,05) entre as va-riveis adeso: faixa etria ecurso em biossegurana e para oconhecimentodestacou-se acapacitao cursos diversos e deforma semelhante adeso tambm esteve associado a reali-zao de curso em biossegurana.As profissionais com at 31anos apresentaram maior adeso ao uso de EPI (54,6%) semrefletir, no entanto no conhecimento (p< 0,05). As manicu-

    res/pedicures que afirmaram ter capacitao em cursos diver-sos obtiveram menor acerto nas questes de adeso(46,8%) ede conhecimento(58,6% - p< 0,05). Por outro lado, aquelasque revelaram participao em curso de biossegurana apre-sentaram maior adeso e conhecimentonas questes sobreEPI (60% e 64,6% respectivamente - p< 0,05).

    Os resultados da regresso logstica binria multivariadapara a adesoe conhecimentoacerca dos EPI em relao svariveis sociodemogrficas revelaram que as profissionaismais jovens ( 31 anos) tiveram maior chance (2,54 vezes)de adeso. Aquelas que afirmaram ter feito curso de biossegu-rana e que declararam utilizar uniforme durante o trabalho

    apresentaram mais chance (3,12 e 2,86 vezes, respectivamen-te) de conhecimento sobre EPI (Tabela 3).Foi detalhado cada um dos componentes dos equipamen-

    tos de proteo individual, a seguir apresentados.A maioria das participantes (71,5%) afirmou no utilizar

    EPI durante o atendimento aos clientes. O uso da luva foi

    referido por 26,4% das entrevistadas, a mscara por 13,2%,a touca por apenas 3,4% e os culos de proteo citado por3%. As situaes apontadas para a adeso foram consideradaspara todo e qualquer atendimento (16,2%), aps um procedi-mento que gerou sangramento ou quando conhecido queo cliente possui alguma doena (7,6%), sem muito critrio(3,8%) e quando algum cliente solicita (4,7%).

    A reutilizao das luvas foi apontada por apenas 2,6% dasmanicures/pedicures, as demais afirmaram descart-las a cadacliente. Em relao s mscaras 12,3% dentre as 31 profis-sionais que afirmaram utiliz-las referiram cobrir a boca e onariz, com 9% realizando a troca deste EPI diariamente ou acada cliente e 4,3% sem critrio.

    No que se refere ao conhecimento sobre o uso dos EPI,83,4% afirmaram que deve ser para todos os procedimentos,para 7,2% a freqncia do uso depende da experincia doprofissional, para 3,8% est indicado apenas aps procedi-mento que gerou sangramento e 5,6% citaram no ser neces-srio ou no saber quando usar. A maioria (91,5%) respondeucorretamente sobre a necessidade de descartar as luvas en-

    tre os atendimentos, mas 8,5% referiram que poderiam serreutilizadas desde que pouco sujas ou at que apresentassemrasgos. Adicionalmente ao uso das luvas, a maioria (83,8%)considerou ideal lavar as mos antes e aps a sua utilizao,13,6% antes ou aps e 2,6% identificaram o uso das luvascomo um substituto da higienizao das mos (HM).

    Em relao mscara, a maior parte acertou as questesafirmando que este EPI deve cobrir boca e nariz, mas 10,2%determinaram que o nariz pode ficar descoberto. Para os cu-los de proteo o conhecimento tambm foi adequado com76,2% das respondentes determinando o especfico com pro-teo lateral, 8,1% referiu que poderia ser utilizado culos de

    qualquer tipo, 6,4% os de correo visual e 9,4% no soube-ram responder esta questo.No que refere aos motivos para a no utilizao de EPI pe-

    las manicures entrevistadas, a principal justificativa foi sentirincmodo e desconforto durante o uso (38,3%), seguido dealergia 25,1%, julgamento de que a atividade que realizam

    Tabela 3 Modelo de Regresso logstica final ajustado para a varivel dependente percentual de acerto das questes relacio-nadas adeso e conhecimento acerca dos Equipamentos de Proteo Individual, Belo Horizonte, 2013

    VariveisAdeso

    (proporo acerto > 52%)

    OR (IC 95%)

    p-valor Variveis

    Conhecimento(proporo acerto >

    63%)OR (IC 95%)

    p- valor

    Faixa Etria Curso em biossegurana

    > 31 anos 1 No 1

    31 anos 2,54 (1,33-4,84) < 0,01 Sim 3,12 (0,16-0,65) < 0,01

    Tipo de Vesturio

    Roupa comum 1 < 0,01

    Uniforme 2,86 (1,32-6,19) < 0,01

    Jaleco/avental sobre roupa 0,55 (0,16-1,80) 0,32

    Uniforme e jaleco/avental 0,21 (0,03-1,27) 0,09

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    no as expem a sangue e ferimentos (10,6%), por trabalharno ramo h muito tempo e nunca se acidentar (5,1%). Outrasainda apontaram no saber da necessidade do uso (4,3%),produzir incmodo ao cliente (3,8%), considerar elevado ocusto dos EPI (3,4%), o salo no oferecer os EPI (1,7%) esempre utiliza os EPI (7,7%).

    Foram ainda analisados o tipo de vesturio, o uso de aces-

    sriose, apesar da maioria (83,4%) ter apresentado conhe-cimento acerca desta temtica (determinando uniformes ouroupas exclusivas para o trabalho, protegidas por um avental,trocada todos os dias, sendo lavadas com alvejante e sepa-radas; sapato fechado, sem exposio dos ps) tal fato noimplicou em adeso na mesma proporo. Apenas 34% re-feriram utilizar sapatos fechados, 68,1% o uso de uniformeou avental sobre a roupa, 37% afirmaram remover todos osacessrios durante o trabalho e 63,4% possuir unhas de curtocomprimento. O processamento adequado das roupas utiliza-das no salo lavando-as separado de outras ou do restante daprpria famlia foi citado por 79,1% das manicures/pedicures.

    DISCUSSO

    O ndice de recusa entre os sales visitados foi de 15,5%e este resultado superior ao obtido por outros estudos emsales de beleza com aceite entre 94% a 100%, e inferior aoutra pesquisa com resposta por 60%(3,8-10).

    A totalidade dos participantes era do sexo feminino, jovemcom idade mdia de 32,6 anos. Este resultado corrobora compesquisas que indicaram esta categoria como exercida par-ticularmente por profissionais com este perfil(3,9-13). O tempotrabalhando no salo participante desta pesquisa foi de ape-nas dois anos, indicado uma alta rotatividade no emprego.

    Este fato pode ser explicado pela ausncia do vnculo empre-gatcio, pois a maior parte referiu no ter a carteira de trabalhoassinada. O tempo exercendo a profisso como manicure/pe-dicure foi por 10 anos (definidos pela mediana), semelhante aoutros estudos e mais elevado comparado aos com seis anosde experincia determinado por outro autor(1,12-13).

    No presente estudo o conhecimento dos profissionais so-bre a importncia e a utilizao correta dos EPI no refletiu namesma proporo na prtica, representada por baixa adeso aeles. Apenas 26,4% dos profissionais citaram o uso de luvas,com reutilizao por 2,6%, sendo inferior a adesos ms-caras (13,2%) e culos de proteo (3%). As luvas devem serde uso nico, retiradas e descartadas aps a utilizao entreum cliente e outro e, aps cal-las fundamental evitar tocarsuperfcies e outros objetos que no faam parte do cuidadodireto ao cliente(4).

    Os dados referentes adeso ao EPI deste estudo esto emconsonncia com trs outros que apontaram variaes entre26% e 95% de no adeso s luvas de procedimento por ma-nicures/pedicures durante o atendimento aos clientes(1,7,12). E,em um destes estudos houve relato do contato com sangue declientes pelas manicures (100%) sem luvas e, a maioria delascom marcador sorolgico positivo para hepatite B. Entre asque afirmaram usar luvas 34% referiram faz-lo para evitardoenas e 19% para proteo prpria e do cliente. Um dado

    importante foi a no adeso a qualquer outro EPI como ms-cara, culos de proteo, touca por todas as manicures(1).

    Estudo realizado com cabeleireiros, o uso de luvas foi iden-tificado para 68%, entretanto 50,5% as reutilizavam e, parabarbeiros houve registros tambm de baixa adeso aos EPI,com ausncia do uso de luvas mesmo quando em contatocom sangue(9,14).

    As luvas requerem a HM antes de cal-las e aps remov--las. Neste estudo percebeu-se conhecimento satisfatrio para83,8% acerca da HM associada ao uso das luvas e a adesoreferida foi maior para aps retir-la (21,3%) comparado aoantes de us-las (16,2%). O uso de luvas no exclui a obrigato-riedade da HM sabendo que so porosas e podem apresentarmicro perfuraes permitindo a troca de substncias entre apele das mos e o meio externo(5,15).

    A obrigatoriedade do uso de EPI estabelecida para to-dos os trabalhadores brasileiros pela norma regulamentadoraNR6 de 1978(16). E, no caso de riscos de contatos com materialbiolgico o uso dos EPI uma medida universal, no restritaapenas aos profissionais de sade, mas a todos que tenham a

    possibilidade de contato com sangue e outros lquidos cor-preos passveis de transmisso microbiana e, isto inclui ma-nicures/pedicures. O uso de luvas, na preveno do contatocom sangue, deve ocorrer para todas as situaes em que ho risco e no aps a exposio sangunea ter acontecido(4-5).

    Em relao ao vesturio, o utilizado no cotidiano do pro-fissional de sade tem sido considerado como potencial re-servatrio e envolvido na transmisso microbiana mesmoque em menor proporo(17-18). Apesar da ausncia de estudossobre o vesturio dos profissionais da beleza e esttica infere--se que, como os de profissionais de sade, eles podem secontaminar por micro-organismos que podem causar danos

    especialmente quando h algum desequilbrio imunolgico.Portanto alguns cuidados devem ser tomados com uniformes,aventais e jalecos usando-os apenas no salo de beleza, evi-tando circular com estes em outros ambientes fora do localde trabalho. Este vesturio deve ser lavado diariamente, comoo de profissionais da sade, pois quanto menor a frequnciadeste cuidado, maior a possibilidade de contaminao e ma-nuteno dos micro-organismos nos tecidos(17-18).

    Quando a lavagem do vesturio se der no mbito doms-tico, ele deve ser separado de outras roupas ou do restanteda prpria famlia e passado ferro quente, pois micro-or-ganismos em especial fungos podem resistir ao processo delavagem simples, mas ser eliminados pela temperatura a queso submetidos quando passados(19).

    As manicures/pedicures desta pesquisa mostraram baixaadeso ao uniforme ou avental (68,1%) e tambm ao uso desapatos fechados (34%), predominando a lavagem das roupasusadas nos sales juntamente com as demais roupas (21%).Estudos com barbeiros mostraram falta de cuidado com o ves-turio e aventais que no eram lavados ou trocados regular-mente (80%-100%)(20-21).

    A justificativa mais frequente para a no adeso aos EPIfoi o incmodo ou desconforto/alergia durante o uso. Somen-te 10,6% relatou no utilizar EPI devido a atividade no tra-zer riscos de contato com sangue, o que foi verificado como

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    Garbaccio JL, Oliveira AC.

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    coerente a partir das respostas obtidas sobre o conhecimentosobre os EPI, em que 93,2% afirmaram ser importante o usodeles na prtica.

    O desconforto no uso dos EPI apontado em outros estu-dos, alm de subestimar o risco ou desconhec-lo e relataralergia ao ltex das luvas de procedimento. Subestimar o ris-co pode ser atribudo a vrios aspectos do comportamento

    humano, pela indevida percepo de um risco invisvel (mi-cro-organismos) ou no mensurvel e no considerao daresponsabilidade do profissional na resoluo, minimizaoou preveno de um problema. Evidncias quanto ao conhe-cimento suficiente de profissionais da sade sobre os perigose riscos biolgicos nas atividades que exercem, contudo noincorporando as precaues padro de forma efetiva na prti-ca cotidiana, tem sido registrado(21-22).

    A alergia ao ltex tem sido identificada em pessoas que tra-balham continuamente utilizando luvas, como os profissionaisda sade e no Brasil estima-se que esta atingiu 30% deles com-parado a 2% na populao em geral. Aqueles que calam luvastm risco aumentado para sensibilizao ao ltex. Os alrgenos

    presentes no ltex so protenas que podem ser absorvidas pelaumidade natural da pele ou, indiretamente, dissolvidas ao talcoem contato com a pele ou por via inalatria e, os sinais mais co-muns da reao ao ltex so as dermatites de contato, urticriade contato, conjuntivite, rinite, asma e anafilaxia(23).

    Outra justificativa para a baixa adeso aos EPI poderia serinferida pela indisponibilidade deles no salo, seja por noaquisio pelo proprietrio, no sentido de reduzir custos oumesmo por falta de conhecimento ou exigncia da VigilnciaSanitria. Contudo, este motivo foi citado por apenas 1,7%das manicures/pedicures entrevistadas. Oferecer EPI adequa-do ao risco ou minimizando a exposio de cada atividade

    uma obrigao do empregador alm de exigir o seu uso apsorientar e treinar o trabalhador e, ao empregado cabe cumpriras determinaes do empregador sobre o uso adequado(5,16).

    A atuao dos rgos de vigilncia sade, por meio daslegislaes sanitrias constitui um dispositivo fundamental paraa orientao, o aconselhamento e a superviso das atividadesprofissionais destas categorias. Verificaram-se no Brasil poucasnormas sanitrias levando-se em conta a dimenso do pas, comteor das regulamentaes sanitrias se encontrando desatuali-zado e a normatizao sem deixar evidentes e detalhadas asrecomendaes especficas voltadas para a adoo de medidasde biossegurana. O estado do Paran (PR) relaciona a respon-sabilidade dos estabelecimentos em oferecer servios sob as di-retrizes de biossegurana e sanitrias com o Cdigo de Proteoe Defesa do Consumidor, a lei Federal 8.078, de 1990(24). Estainstitui que um dos direitos bsicos do consumidor a proteo

    da sade contra os riscos provocados por prticas no forneci-mento de servios. Assim, o segmento de beleza e esttica seenquadra nas disposies de tal cdigo(24-25).

    Outro problema a ausente regulamentao da profissode manicures/pedicures. Caso houvesse a obrigatoriedade deformao dos profissionais em cursos regulares prevendo umadisciplina sobre biossegurana e as escolas propusessem ati-

    vidades extracurriculares (palestras, visitas tcnicas), haveriamaiores chances de capacitao sobre este assunto.

    CONCLUSO

    As manicures/pedicures entrevistadas apresentaram melhorresultado para o conhecimento s medidas acerca dos Equipa-mentos de Proteo Individual comparado sua adeso.

    Houve baixa adeso aos equipamentos de proteo indi-vidual, ao uniforme, jaleco ou avental, ao uso de sapatos fe-chados e tambm remoo dos acessrios. A reutilizaode luvas foi baixa entre as participantes condizendo com amaioria que respondeu adequadamente sobre a necessidade

    de descartar as luvas entre os atendimentos. No que se refereao conhecimentosobre o uso dos EPI a maioria afirmou serobrigatrio para todos os procedimentos.

    Os fatores intervenientes referidos pelos profissionais parano adeso aos EPI foi o incmodo e desconforto, alergia nouso de EPI sendo baixa a referncia indisponibilidade delesnos sales de beleza.

    A partir dos achados sugere-se uma ampla campanha de es-clarecimentoaos profissionais de beleza e esttica e propriet-rios de sales de beleza sobre os EPI e cuidados com higienepessoal, no sentido de melhorar a prtica do uso de EPI, seguin-do as recomendaes legais relacionadas com maior ateno a

    atitudes seguras que minimizem os riscos biolgicos ocupacio-nais. Cabe ao Estado a elaborao de uma poltica especfica embiossegurana para o setor, com suas atribuies, assim comoum rigoroso controle. Alm disso, cabe tambm aos profissio-nais de sade implementar aes para a concretizao nas nor-mas de biossegurana na realidade desses servios, assim comona educao em sade para profissionais de beleza e para a so-ciedade que constitui sua clientela, ambos inseridos nos territ-rios de abrangncia dos servios de sade. Estado, profissionaisde sade e sociedade como um todo devem ser atores respons-veis pelo desenvolvimento de prticas seguras nesse mbito. Oenfermeiro, como integrante da equipe de sade, tem a funode planejar, executar e avaliar programas de sade, alm de ze-lar pela sade pblica, seja por aes diretas na assistncia devigilncia sanitria ou por atividades de educao e pesquisaque visem a melhoria da sade da populao.

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