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Processo Seletivo – 2015 008. PROVA OBJETIVA Programa de Residência Multiprofissional em Saúde – Terapia Ocupacional Você recebeu sua folha de respostas, este caderno, contendo 60 questões objetivas, e o caderno de prova dissertativa. Confira seu nome e número de inscrição impressos na capa deste caderno e na folha de respostas. Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum problema, informe ao fiscal da sala. Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta. Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta azul ou preta, a letra correspondente à alternativa que você escolheu. A duração das provas objetiva e dissertativa é de 4 horas e 30 minutos, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas e a transcrição do texto definitivo. Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorridas 3 horas do início das provas. Ao sair, você entregará ao fiscal o caderno de prova dissertativa, a folha de respostas e este caderno, podendo levar apenas o rascunho de gabarito, localizado em sua carteira, para futura conferência. Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas. AGUARDE A ORDEM DO FISCAL PARA ABRIR ESTE CADERNO DE QUESTÕES. 29.11.2014

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Processo Seletivo – 2015

008. Prova objetiva

Programa de Residência Multiprofissional em Saúde – Terapia Ocupacional

� Você recebeu sua folha de respostas, este caderno, contendo 60 questões objetivas, e o caderno de prova dissertativa.

� Confira seu nome e número de inscrição impressos na capa deste caderno e na folha de respostas.

� Quando for permitido abrir o caderno, verifique se está completo ou se apresenta imperfeições. Caso haja algum problema, informe ao fiscal da sala.

� Leia cuidadosamente todas as questões e escolha a resposta que você considera correta.

� Marque, na folha de respostas, com caneta de tinta azul ou preta, a letra correspondente à alternativa que você escolheu.

� A duração das provas objetiva e dissertativa é de 4 horas e 30 minutos, já incluído o tempo para o preenchimento da folha de respostas e a transcrição do texto definitivo.

� Só será permitida a saída definitiva da sala e do prédio após transcorridas 3 horas do início das provas.

� Ao sair, você entregará ao fiscal o caderno de prova dissertativa, a folha de respostas e este caderno, podendo levar apenas o rascunho de gabarito, localizado em sua carteira, para futura conferência.

� Até que você saia do prédio, todas as proibições e orientações continuam válidas.

AguArde A ordem do fiscAl pArA Abrir este cAderno de questões.

29.11.2014

3 UFSP1402/008-ProgResMultSaúde-TerapiaOcupacional

ConheCimentos Gerais

Língua Portuguesa

Leia o texto para responder às questões de números 01 a 06.

Você se lembra do Hal 9000, o computador superinteli-gente que Stanley Kubrick criou no filme 2001: Uma Odisseia no Espaço? Ele era amigo e companheiro do tripulante de uma nave espacial. A relação azedou quando Hal decidiu que sua missão era mais importante do que os desejos do tripu-lante. No embate, Hal tenta assassinar o tripulante e tudo ter-mina em tragédia quando, em ato desesperado, o tripulante desliga aos poucos o computador, que lamenta, suplica, se infantiliza e morre.

O cientista que ajudou Stanley Kubrick a criar Hal foi Irving Good, um matemático que pertencia ao grupo de cien-tistas arrebanhados por Alan Turing (o pai da computação), em Bletchley Park, uma casa no interior da Inglaterra. Foi nessa casa que matemáticos, estatísticos e criptógrafos trabalharam durante a Segunda Guerra Mundial decifrando mensagens criptografadas dos alemães. Muitos acreditam que o sucesso desse time foi uma das razões para que alia-dos fossem bem-sucedidos na invasão da Europa.

Na última década, a ideia de sistemas de computação mais poderosos que o cérebro humano volta à tona: hoje existem computadores capazes de vencer os melhores cé-rebros humanos em jogos de xadrez. É assustador imaginar que uma máquina como essa pode ser a derradeira invenção do ser humano e que, após sua criação, poderemos passar a ser a segunda espécie mais inteligente no planeta. Será que nos tornaremos tão dependentes quanto os cachorros hoje dependem de nossas vontades e tecnologias? E, tudo isso, se essas máquinas acreditarem que vale a pena nos manter vivos.

(Fernando Reinach, O Estado de S.Paulo, 04.10.2014. Adaptado)

01. Lendo-se o primeiro parágrafo, conclui-se que

(A) Hal submete o tripulante a situações extremas de humilhação e subserviência, o que provoca a des-truição da nave espacial.

(B) a relação entre Hal e o tripulante foi marcada por al-tos e baixos, até chegar a um nível de compreensão e companheirismo.

(C) Hal disputa com o tripulante o controle da nave, mas hesita quando seu intento está prestes a se realizar.

(D) o tripulante assume o controle da situação e, com um gesto intempestivo, põe fim ao conflito e valida seu poder perante Hal.

(E) Hal não conseguiu esconder os traços de infantilida-de, e o tripulante começa a descrer de seus superpo-deres e inteligência.

02. O sucesso obtido pelo grupo de Alan Turing indicia o fato de que

(A) a tecnologia tem contribuído para uma cultura que opta, antes de tudo, pela busca de soluções de pro-blemas.

(B) os cientistas estão sempre se empenhando em pes-quisas voltadas para o aprimoramento da espécie humana.

(C) os matemáticos têm-se revelado os verdadeiros cientistas, pois, deve-se a eles o patamar tecnológi-co da modernidade.

(D) a ciência tem suas virtudes, mas nem sempre se acredita que os cientistas aplicam-na a fins benéfi-cos a todos.

(E) o objetivo de toda ciência, como a matemática, é pro-mover pesquisas que conduzam todas as nações ao progresso.

03. Pode-se afirmar que o autor, Fernando Reinach,

(A) põe em xeque o papel da ciência e a capacidade dos cientistas em inventar objetos tecnológicos.

(B) expressa inquietação quanto à possibilidade de as máquinas questionarem a sobrevivência da espécie humana.

(C) lamenta o fato de os cientistas não conseguirem mais inventar máquinas tão potentes como o computador.

(D) acredita que os homens farão, em um futuro próxi-mo, uma autocrítica em relação à dependência que têm das máquinas.

(E) alimenta a ideia de que a invenção das máquinas possa contribuir para melhores condições de vida no planeta.

04. Assinale a alternativa que substitui, correta e respectiva-mente, de acordo com a norma-padrão, os termos des-tacados em:

… Hal decidiu que sua missão era mais importante do que os desejos do tripulante.

O matemático pertencia ao grupo de cientistas arreba-nhados por Alan Turing.

E, tudo isso, se essas máquinas acreditarem que vale a pena nos manter vivos.

(A) superava os desejos…/ instalava-se na equipe…/ suporem…

(B) excedia aos desejos…/ agregava-se na equipe…/ supõem…

(C) relevava-se nos desejos…/ integrava-se à equipe …/ suporão…

(D) prevalecia aos desejos …/ atrelava-se a equipe …/ supunham…

(E) suplantava os desejos…/ incorporava-se à equipe…/ supuserem…

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06. Assinale a alternativa em que as frases estão corretas, quanto à pontuação.

(A) Cientistas, arrebanhados por Alan Turing, o pai da computação, em Bletchley Park, decifraram mensa-gens criptografadas pelos alemães./ Eles concebe-ram sistemas de computação mais poderosos que o cérebro humano e, hoje, existem computadores capazes de vencer os melhores cérebros.

(B) Cientistas, arrebanhados por Alan Turing, o pai da computação, em Bletchley Park, decifraram mensa-gens criptografadas pelos alemães./ Eles concebe-ram, sistemas de computação, mais poderosos que o cérebro humano e hoje existem, computadores ca-pazes de vencer os melhores cérebros.

(C) Cientistas, arrebanhados por Alan Turing, o pai da computação, em Bletchley Park, decifraram mensa-gens, criptografadas pelos alemães./ Eles concebe-ram, sistemas de computação mais poderosos que o cérebro humano, e hoje existem computadores, capazes de vencer os melhores cérebros.

(D) Cientistas, arrebanhados por Alan Turing, o pai da computação, em Bletchley Park, decifraram, mensa-gens criptografadas, pelos alemães./ Eles concebe-ram sistemas de computação, mais poderosos que o cérebro humano, e, hoje existem computadores capazes de vencer, os melhores cérebros.

(E) Cientistas, arrebanhados por Alan Turing, o pai da computação em Bletchley Park decifraram, mensa-gens criptografadas pelos alemães./ Eles concebe-ram, sistemas de computação mais poderosos, que o cérebro humano e hoje existem computadores, ca-pazes de vencer, os melhores cérebros.

05. Assinale a alternativa correta quanto à concordância verbal.

(A) Empenharam-se em decifrar mensagens, durante a segunda guerra mundial, matemáticos, criptógrafos e estatísticos./ Há computadores capazes de vencer os melhores cérebros humanos em jogos de xadrez./ Qual dos cientistas acreditaria que sua invenção contribuiria com a guerra?

(B) Empenhou-se em decifrar mensagens, durante a segunda guerra mundial, matemáticos, criptógrafos e estatísticos./ Haverão computadores capazes de vencer os melhores cérebros humanos em jogos de xadrez./ Qual dos cientistas acreditariam que sua in-venção contribuiria com a guerra?

(C) Empenhou-se em decifrar mensagens, durante a segunda guerra mundial, matemáticos, criptógrafos e estatísticos./ Haviam computadores capazes de vencer os melhores cérebros humanos em jogos de xadrez./ Qual dos cientistas acreditariam que sua in-venção contribuiria com a guerra?

(D) Empenharam-se em decifrar mensagens, durante a segunda guerra mundial, matemáticos, criptógrafos e estatísticos./ Haveriam computadores capazes de vencer os melhores cérebros humanos em jogos de xadrez./ Qual dos cientistas acreditariam que sua in-venção contribuiria com a guerra?

(E) Empenhou-se em decifrar mensagens, durante a segunda guerra mundial, matemáticos, criptógra-fos e estatísticos./ Havia computadores capazes de vencer os melhores cérebros humanos em jogos de xadrez./ Qual dos cientistas acreditaria que sua in-venção contribuiria com a guerra?

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Leia a charge para responder à questão de número 10.

Australopithecusrobustus

Homo habilis Homo sapiensneanderthalensis

Homo erectus Homo sapienssapiens

10. Assinale a alternativa compatível com os sentidos da fi-gura.

(A) A espécie humana vem perdendo estatura e habili-dades corporais.

(B) À medida que o homem evoluiu, o cérebro foi se ex-pandindo ao longo das eras.

(C) As características físicas humanas não passaram por mudanças significativas.

(D) Andar e correr foram habilidades que determinaram a evolução do cérebro.

(E) Do homem primitivo à espécie atual, não se percebe sinal de evolução.

PoLítica de saúde

11. Uma diretriz prevista no artigo 198 da Constituição Federal do Brasil estabelece que as ações e serviços públicos de saúde devem ser organizados com a par-ticipação da comunidade. Esta participação deve ser exercida por meio

(A) da Comissão Tripartite Nacional (usuários, funcioná-rios e profissionais de saúde).

(B) dos Conselhos de Saúde nas esferas municipal, estadual e federal de governo.

(C) da Comissão Intergestores Bipartite (CIB) nas esfe-ras municipal e estadual.

(D) da Comissão Intergestores Tripartite (CIT) formada por representantes do governo, dos trabalhadores e das comunidades municipais.

(E) dos Conselhos Regionais de Secretários Municipais de Saúde (CRESEMS).

Leia o trecho para responder às questões de números 07 a 09.

Com as tecnologias computadorizadas, o homem está se entregando cada vez mais à capacidade das máquinas de modificar seu pensamento. Identidades são vividas a par-tir de máquinas. O humano se reafirma, pois, atrás de mou-ses, teclados, luvas, na ponta de fios, cabos, há sempre um homem, com a sua energia natural, que se funde à energia das máquinas. O sangue tem o mesmo valor que a corrente elétrica.

(www.google.com.br)

07. Assinale a alternativa que completa, corretamente, quan-to ao sentido do trecho e ao uso do acento indicativo da crase, o segmento frasal: Homens e máquinas …

(A) complementam-se e, afeitos à uma boa convivência, formam um conjunto inquestionável.

(B) interdependem-se, já que eles as criaram e, com fre-quência, é à elas que eles recorrem sempre.

(C) convivem, desde longa data, razão pela qual elas prestarão serviços à todas as gerações futuras.

(D) encontram-se no aparato tecnológico, à saber: mou-ses, teclados, cabos elétricos e fios.

(E) relacionam-se de tal forma que a energia vital huma-na mescla-se à força da maquinaria elétrica.

08. As expressões destacadas no trecho estão, correta e res-pectivamente, substituídas, sem prejuízo do sentido, em

(A) está se submetendo/ resistente

(B) está se subtraindo / atrelado

(C) está se sujeitando/ incorporado

(D) está se furtando/ imune

(E) está se voltando/ refratário

09. A conjunção pois, na quarta linha, pode ser substituída, sem alteração de sentido, por

(A) no entanto.

(B) portanto.

(C) porém.

(D) ainda assim.

(E) entretanto.

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14. Sobre a Atenção Básica no Brasil, pode-se afirmar que

(A) é um componente com função complementar no sistema de saúde, desenvolvendo a atividade de “triagem”, destinado ao atendimento curativo/assis-tencial simples, de menor complexidade tecnológica.

(B) é um conjunto de ações destinadas a populações que não têm acesso à medicina de mercado, ofere-cendo as ações clínicas mínimas e necessárias que permitem resolver de imediato a maioria dos proble-mas de saúde.

(C) sua dinâmica e efetividade está centrada na atuação harmônica de uma equipe que se reveza, cada qual envolvido com a prática de sua especialidade, aten-dendo a uma demanda identificada com as patologias de maior prevalência na região, previamente definida por um sistema centralizado.

(D) tem sua função básica centrada na facilitação do acesso a especialistas e hospitais públicos com vistas a atribuir maior qualidade no atendimento e, com isso, dar maior resolutividade ao sistema.

(E) deve ser entendida como um componente estratégi-co na organização do SUS, um espaço de produção de mudanças de sistemas de saúde, e atua como elemento organizador e articulador do cuidado em saúde.

15. Entre as atribuições dos membros das equipes de Saúde da Família, podem-se citar:

1. a participação no processo de territorialização e ma-peamento da área de atuação da equipe;

2. a manutenção atualizada do cadastramento de famí-lias e dos indivíduos no sistema;

3. a realização de busca ativa e notificação de doenças e agravos de notificação compulsória.

Assinale a alternativa que, corretamente, relaciona-se com essas atribuições.

(A) São todas restritas ao agente comunitário de saúde.

(B) Duas delas cabem exclusivamente ao profissional de enfermagem.

(C) São atribuições específicas, seguindo a ordem, respectivamente, do agente comunitário de saúde, do profissional de enfermagem e do médico.

(D) São comuns a todos os membros da equipe.

(E) O médico não participa de nenhuma dessas atri-buições.

12. Segundo a Lei número 8.080/90, estão entre as competên-cias das direções estadual e municipal do SUS – Sistema Único de Saúde, respectivamente, coordenar e executar ações e serviços de saúde. Dessa forma, cabe à direção municipal, entre outros, executar serviços de vigilâncias epidemiológica e sanitária, de alimentação e nutrição, de saneamento básico e de saúde do trabalhador. Desses serviços citados, o único que não é coordenado pela dire-ção estadual do SUS é

(A) a vigilância epidemiológica.

(B) a vigilância sanitária.

(C) o saneamento básico.

(D) a saúde do trabalhador.

(E) a alimentação e nutrição.

13. Considere as cinco diretrizes centrais para orientar a ação das equipes que têm por tarefa produzir saúde:

1. Acolhimento,que inaugura e sustenta processos de cuidar.

2. Gestão Democrática das organizações de saúde, dos processos de trabalho e de formação, da clínica e da saúde coletiva.

3. Clínica Ampliada, com ampliação de suas bases conceituais, para além da alopatia, incluindo práticas complementares; para além do biológico, incluindo as dimensões social e subjetiva; e para a ação inter-disciplinar, com aposta no trabalho em equipe.

4. Valorização do trabalho dos trabalhadores da saúde, sem a qual não se fará de forma sustentada a reforma sanitária de nosso país.

5. Garantir os direitos dos usuários, na justa medida da produção corresponsabilizada do cuidado, que significa produção ativa de saúde entre os sujeitos, trabalhadores e equipes – usuários e sua rede sócio--familiar.

Essas diretrizes foram formuladas

(A) pela Política Nacional de Humanização (Humaniza – SUS).

(B) para melhorar em número e em qualidade os profis-sionais que compõem as equipes do Programa de Saúde da Família (PSF), em todo o território nacional.

(C) para avaliar, quantitativamente, a eficácia do pro-grama QualiSUS – Rede.

(D) visando ampliar a participação da comunidade na Relação Nacional de Ações e Serviços de Saúde – RENASES.

(E) pela Política Nacional de Saúde e Segurança do Trabalhador, com o objetivo de humanizar as suas condições de trabalho.

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18. Os coeficientes de morbidade têm muita importância em vigilância de saúde e, sobre eles, pode-se afirmar que

(A) medem o percentual de pessoas portadoras de doenças crônicas não transmissíveis (DCNT) em uma população de doentes por várias causas.

(B) não se prestam para análises de frequências de doenças.

(C) utilizam como denominador, para estimar a força de uma doença, o número de óbitos, pela mesma doença, ocorridos no período de estudo.

(D) analisam o comportamento das doenças e dos agra-vos à saúde em uma população exposta.

(E) embora úteis para estudos populacionais em geral, não são adequados para análises comparativas entre dois extratos de população.

19. Assinale a alternativa que se relaciona corretamente com a Portaria número 1.271/2014, que define a Lista Nacional de Notificação Compulsória.

(A) A vigilância sentinela é o modelo de vigilância restri-ta aos serviços de atendimento de urgência e emer-gência, incluindo os privados, a partir da suspeita de casos de doença infectocontagiosa.

(B) Notificação compulsória é a comunicação obrigatória e sempre imediata à autoridade de saúde, realizada pelos médicos, profissionais de saúde ou responsá-veis pelos estabelecimentos de saúde, públicos ou privados, sobre a ocorrência de doença que tenha o diagnóstico confirmado.

(C) A comunicação de doença, agravo ou evento de saú-de pública de notificação compulsória pode ser rea-lizada à autoridade de saúde por qualquer cidadão que deles tenha conhecimento.

(D) A notificação compulsória imediata deve ser realiza-da pelo profissional de saúde ou responsável pelo serviço assistencial que prestar o primeiro atendi-mento ao paciente, em até 8 (oito) horas desse aten-dimento, pelo meio mais rápido disponível.

(E) A notificação compulsória deverá ser feita obrigato-riamente ao Ministério da Saúde e, para não con-gestionar o sistema, exclusivamente pelos meios eletrônicos disponíveis nas secretarias estaduais de saúde.

20. A vacina é aplicada em dose única, mas no Programa Nacional de Imunização (PNI) recomenda-se uma se-gunda dose quando, após 6 meses, não se observar cicatriz no local da aplicação. Essa vacina é

(A) contra a influenza.

(B) a tríplice viral.

(C) contra a hepatite B.

(D) a pneumocócica 23-valente.

(E) a BCG.

16. Em estudo desenvolvido em uma comunidade, obteve--se, entre outras informações relevantes, um valor de 80% para o índice de Swaroop-Uemura.

Sobre esse resultado, pode-se dizer que ele

(A) retrata uma comunidade com boas condições econô-micas, sociais e de saúde.

(B) retrata uma comunidade com baixo índice de desen-volvimento econômico e social.

(C) tem relação apenas com a situação de saúde que, no caso, revela-se precária.

(D) só terá validade quando analisado em associação com a taxa de mortalidade proporcional.

(E) apenas indica a boa situação da rede de saneamento básico que, nesse caso, atende quase a totalidade das residências.

17. Embora sejam inegáveis e representativos os avanços alcançados pelo SUS nos últimos anos, ainda é evidente a dificuldade em superar a intensa fragmentação das ações e serviços de saúde e qualificar a gestão do cuidado no contexto atual. Como estratégia para superar a fragmen-tação da atenção e da gestão nas Regiões de Saúde e aperfeiçoar o funcionamento político-institucional do SUS, com vistas a assegurar ao usuário o conjunto de ações e serviços que necessita com efetividade e eficiência, estruturou-se um conjunto de serviços e equipamentos de saúde, num determinado território geográfico, responsá-vel não apenas pela oferta de serviços, mas ocupando-se também de como estes estão se relacionando, asseguran-do dessa forma que a ampliação da cobertu ra em saúde seja acompanhada de uma ampliação da comunicação entre os serviços, a fim de garantir a integralidade da atenção.

(Portaria número 4.279/2010. Adaptado)

Essa organização, utilizada como estratégia para o cuidado integral, tornou-se realidade com o nome de

(A) Sistema Nacional de Vigilância Epidemiológica (SNVE).

(B) Redes de Atenção à Saúde (RAS).

(C) e-SUS Atenção Básica (AB).

(D) Núcleos de Apoio à Saúde da Família (NASF).

(E) Programa de Melhoria do Acesso e da Qualidade na Atenção Básica (PMAQ-AB).

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23. Dentre os instrumentos utilizados atualmente por terapeu-tas ocupacionais, tem-se a , que se baseia em princípios da Prática Centrada no Cliente e que foi construída para ser utilizada por terapeutas ocu-pacionais, tendo como finalidade mensurar mudanças na percepção e satisfação do cliente sobre seu desempenho ocupacional ao longo do tempo, em três áreas de desem-penho: autocuidado, trabalho e lazer.

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.

(A) Medida Canadense de Desempenho Ocupacional

(B) Autoavaliação do Funcionamento Ocupacional

(C) Classificação de Idosos quanto à Capacidade para o Autocuidado

(D) Avaliação de Desempenho do Cliente

(E) Classificação Internacional de Funcionalidade

24. Leia as assertivas seguintes:I. Foi elaborado baseado no Modelo da Ocupação

Humana, que utiliza conceitos para designar como as pessoas organizam suas ocupações de acordo com 3 componentes inter-relacionados: a vontade, a habi-tuação e a capacidade de performance.

II. Tem como premissa que a Terapia Ocupacional, ao compreender a incapacidade e suas consequências para o desempenho ocupacional, pode auxiliar no estabelecimento e recuperação dos papéis ocupa-cionais, considerados de grande importância para a construção da identidade pessoal e social dos indi-víduos.

As assertivas referem-se ao seguinte instrumento de Terapia Ocupacional:

(A) Entrevista da História do Desempenho Ocupacional.

(B) Escala de Observação Interativa de Terapia Ocupa-cional.

(C) Lista de Identificação de Papéis Ocupacionais.

(D) Avaliação da Coordenação e Destreza Motora.

(E) Escala de Ocupação Humana.

ConheCimentos esPeCÍFiCos

21. Sobre o “Tratamento Moral”, considerado um dos movi-mentos precursores da Terapia Ocupacional, é correto afirmar que

(A) se tratava de um conjunto de práticas de humaniza-ção do tratamento dos doentes mentais, que passa-ram a ser considerados sujeitos de direitos.

(B) se utilizava da noção de atividade como elemento do processo de reabilitação psicossocial e como fon-te de tranquilidade para os pacientes considerados agitados.

(C) se baseava na noção de trabalho real como fonte de recuperação, com programas de capacitação volta-dos para a empregabilidade e a geração de renda dos pacientes.

(D) se baseava em um programa de atividades realiza-das na comunidade em que o doente residia com sua família, visando à normalização de seu compor-tamento desorganizado.

(E) se utilizava do trabalho como recurso terapêutico para introduzir a aprendizagem de ordem e disciplina e como forma de rentabilização econômica do asilo.

22. No Brasil, na década de 1970, dois referenciais se torna-ram importantes para a Terapia Ocupacional, particular-mente no campo da Saúde Mental, representados, res-pectivamente, pelos trabalhos da terapeuta ocupacional Jô Benetton e do médico Luis Cerqueira:

(A) a Praxiterapia e o Behaviorismo.

(B) a Fenomenologia e a Psicoterapia Institucional.

(C) a Psicodinâmica e a Socioterapia.

(D) a Psicanálise e o Tratamento Moral.

(E) a Terapia Cognitiva e a Laborterapia.

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28. A portaria no 1.823, publicada em 2012, instituiu a Política Nacional de Saúde do Trabalhador e da Trabalhadora. Sobre esta Política, assinale a alternativa correta.

(A) A Política instaura o Sistema Único de Saúde do Trabalhador, alinhado com o conjunto de políticas de saúde no âmbito do SUS, mesmo que em um Sistema próprio, pois considera a transversalidade das ações de saúde do trabalhador e o trabalho como um dos determinantes do processo saúde-doença.

(B) Todos os trabalhadores, homens e mulheres, inde-pendentemente de sua localização, urbana ou rural, de sua forma de inserção no mercado de trabalho, formal ou informal, de seu vínculo empregatício, público ou privado, assalariado, autônomo, avulso, temporário, cooperativados, aprendiz, estagiário, doméstico, aposentado ou desempregado são sujei-tos desta Política.

(C) A participação dos trabalhadores, ao contrário do que ocorre no SUS, não é prevista, embora não seja proibida, nos processos de identificação das situa-ções de risco presentes nos ambientes de trabalho e das repercussões sobre a sua saúde, haja vista o risco de o trabalhador ou a trabalhadora sofrer prejuí-zos nas relações com colegas e/ou chefias diretas.

(D) A incorporação do princípio da precaução nas ações de saúde do trabalhador considera que, por precau-ção, medidas devem ser implantadas visando preve-nir danos à saúde dos trabalhadores apenas quando houver certeza científica formal da existência de risco e ou o estabelecimento de nexo causal entre trabalho e dano grave ou irreversível à saúde.

(E) A capacitação dos profissionais para o desenvol-vimento das ações em saúde do trabalhador tem importância estratégica e deverá considerar a ne-cessidade de harmonização dos conceitos e valores, e de mudanças nos processos de trabalho e nas práticas de saúde das equipes multiprofissionais nas três esferas de gestão do SUST – Sistema Único de Saúde do Trabalhador.

29. Nos últimos anos, os terapeutas ocupacionais que atuam na área de saúde e trabalho têm buscado congregar abordagens teóricas e metodológicas a fim de ampliar sua atuação, anteriormente dirigida apenas à reabilitação e à readaptação profissional, para a prevenção de pro-cessos de adoecimento e o estudo e a transformação de situações de trabalho. Dentre essas abordagens, duas encontram maior destaque na produção científica em Terapia Ocupacional. São elas:

(A) a Ergonomia e a Psicodinâmica.

(B) a Ergoterapia e a Psicanálise.

(C) a Reabilitação pelo Trabalho e a Psicodinâmica.

(D) o Tratamento Moral e a Psicodinâmica.

(E) a Ergonomia e a Tecnologia Assistiva.

25. Na atenção a pessoas com restrições de mobilidade e/ou diminuição da capacidade funcional motora, uma das principais abordagens utilizadas pelo terapeuta ocupacional para a análise das atividades prevê a seg-mentação da atividade em estágios, com o objetivo de compreender o funcionamento musculoesquelético do sujeito, criar alternativas, adaptar ou graduar a atividade para que o desempenho funcional e ocupacional possa melhorar. Essa abordagem é denominada

(A) Análise do Desempenho Ocupacional.

(B) Análise de Atividades Focada no Cliente.

(C) Análise Neuroevolucional.

(D) Análise de Atividade Focada na Tarefa.

(E) Análise Biomecânica ou Cinesiológica.

26. Benedetto Saraceno, autor de grande influência para a Terapia Ocupacional, propõe um conceito importante a ser trabalhado na prática junto a pessoas com vulnerabi-lidades diversas.

Sobre esse conceito, leia as assertivas a seguir:

•   diz  respeito à nossa capacidade de  ter/produzir  valor social;

•   todos nós o exercemos em  três grandes cenários da vida: no habitat, no mercado de trocas materiais e no mercado de trocas afetivas;

•   o principal objetivo do processo de reabilitação junto às pessoas que sofrem processos de exclusão social seria ampliar esse conceito.

Essas assertivas identificam o seguinte conceito:

(A) Empatia.

(B) Rede social.

(C) Poder contratual.

(D) Capital social.

(E) Poder aquisitivo.

27. Traduz-se em relações cristalizadas em que a falta está sempre no outro, seja num atributo físico, numa diminui-ção da capacidade funcional ou em uma preconcepção a respeito de alguma característica individual. Na atuação do terapeuta ocupacional, é essencial promover ações que rompam com essa concepção e que favoreçam as relações sociais.

Assinale a alternativa que identifica o conceito de que trata o trecho anterior.

(A) Loucura.

(B) Incapacidade.

(C) Deficiência.

(D) Estigma.

(E) Doença.

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32. Considera-se, também, na implementação das Redes de Atenção à Saúde (RAS), o atual perfil epidemiológico brasileiro, sobre o qual é possível afirmar que

(A) se caracteriza pela completa erradicação constatada de doenças parasitárias, infecciosas e desnutrição.

(B) os problemas de saúde reprodutiva com mortes maternas e óbitos infantis por causas consideradas evitáveis não estão entre as principais questões a serem enfrentadas.

(C) se caracteriza pela diminuição de mortes por causas externas em decorrência da diminuição da violência e dos acidentes de trânsito.

(D) se apresenta o desafio das doenças crônicas e de seus fatores de risco como sedentarismo, tabagis-mo, alimentação inadequada, obesidade.

(E) há a crescente necessidade de ampliação do foco da atenção para o manejo das condições agudas em detrimento das crônicas.

33. A Rede de Atenção à Saúde organiza-se a partir de um processo de gestão da clínica, que dispõe de ferramen-tas de microgestão que permitem integrar os pontos de atenção e conformar a RAS.Considere a afirmação a seguir:

“É um processo que se desenvolve entre o profissional responsável pelo caso e o usuário do serviço de saúde para planejar, monitorar e avaliar ações e serviços, de acordo com as necessidades da pessoa, com o objetivo de propiciar uma atenção de qualidade e humanizada”.

Essa definição aborda a seguinte ferramenta de micro-gestão:

(A) Gestão da Condição de Saúde.

(B) Linha de Cuidado.

(C) Avaliação de Qualidade.

(D) Gestão do Caso.

(E) Participação Social.

34. De acordo com a Portaria no 793, de 24 de abril de 2012, o componente Atenção Básica na Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência terá como pontos de atenção as Unidades Básicas de Saúde (UBS) e poderá contar com

(A) Núcleo de Apoio à Saúde da Família e atenção odon-tológica.

(B) Programa de Saúde da Família Estratégica e ambu-latório multidisciplinar.

(C) Núcleo de Assistência Psicossocial e atenção médica.

(D) Núcleo de Apoio Especializado e atenção ambulato-rial fisioterapêutica.

(E) Programa de Assistência à Saúde do Deficiente e atenção psicoterapêutica.

30. Com base no que o terapeuta ocupacional que atua na atenção à saúde ao trabalhador deve considerar em sua prática, assinale a alternativa correta.

(A) O estabelecimento de nexos causais entre o traba-lho e o agravo à saúde só pode ser realizado pelo profissional que atua no Centro de Referência em Saúde do Trabalhador, cuja formação especializada o capacita para tal.

(B) O terapeuta ocupacional que atua na Atenção Básica em Saúde desempenhará junto ao trabalhador ape-nas as ações de promoção da saúde e prevenção de riscos, enquanto as ações de identificação de doença relacionada ao trabalho e a reabilitação devem ser executadas pela atenção especializada.

(C) O principal objetivo da atuação do terapeuta ocupa-cional junto ao trabalhador e à trabalhadora é ade-quá-los ao seu posto de trabalho, visto que este é ainda um campo de atuação pautado no atendimento individual.

(D) A capacidade de identificação da relação entre o tra-balho e o processo saúde-doença deve ser imple-mentada desde a atenção primária até o nível terciá-rio, incluindo as ações de Vigilância em Saúde, o que implica uma atuação interdisciplinar e intersetorial do terapeuta ocupacional.

(E) O mundo atual do trabalho, que extrapola os vínculos formais entre empregador e empregado, exige que o terapeuta ocupacional atue de forma fragmentada e reduzida, direcionando sua ação apenas às grandes empresas, não atingindo uma grande parcela de trabalhadores informais.

31. A estruturação de Redes de Atenção à Saúde (RAS), no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS), é uma estra-tégia justificada principalmente pela

(A) superação da intensa fragmentação das ações e ser-viços de saúde e qualificação da gestão do cuidado.

(B) identificação de temas que serão prioritários no setor público e daqueles que serão delegados à iniciativa privada.

(C) necessidade de priorização da atenção às doenças agudas em consonância com o perfil epidemiológico brasileiro.

(D) importância do fortalecimento das entidades de classe e das ações profissionais.

(E) identificação do tipo de clientela que poderá ter acesso aos diversos pontos de atenção.

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37. Entre as ações desenvolvidas por um terapeuta ocupa-cional que esteja inserido na equipe multiprofissional de um serviço como o descrito na citação, pode estar:

(A) convencer os usuários atendidos no serviço de que o uso de tecnologias assistivas é por si só reabilitador, positivo e sempre traz vantagens.

(B) incluir os familiares durante o projeto, o planejamento estratégico e a avaliação do produto final, uma vez que os usuários não têm autonomia para esse processo.

(C) desenhar e modelar dispositivos que sejam genéri-cos e abrangentes, visto que é impossível desenvol-ver tais tecnologias de modo singular em um serviço de saúde pública.

(D) considerar, na construção do projeto terapêutico do sujeito, o uso da tecnologia assistiva dentro de um projeto de vida e não apenas como mecanismo com-pensatório.

(E) desenvolver próteses de baixa e média complexi-dade; os demais tipos de dispositivos assistivos devem ser desenvolvidos pelos fisioterapeutas.

38. Sara é terapeuta ocupacional de uma equipe multipro-fissional em UTI Neonatal. Atuando nesse contexto, é importante que Sara e os demais membros da equipe co-nheçam e trabalhem com , definido(a) pela Organização Mundial de Saúde como o cuidado do recém-nascido de baixo-peso, após estabilização inicial, pele a pele com a mãe, iniciado precocemente e manti-do de forma contínua e prolongada. É indicado(a) para o recém-nascido prematuro ou de baixo-peso estável, que necessita de proteção térmica, alimentação adequada, observação frequente e proteção contra infecções.

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.

(A) a Estimulação Precoce

(B) a Abordagem Neurocognitiva

(C) o Método Canguru

(D) o Cuidado Integrativo

(E) a Terapia Neuropsicológica

35. Um terapeuta ocupacional inserido na Atenção Básica deve priorizar, juntamente com os demais profissionais da equipe, algumas ações estratégicas para a ampliação do acesso e da qualificação da atenção à pessoa com deficiência. Assinale a alternativa que apresenta uma dessas ações.

(A) Capacitação dos Agentes Comunitários de Saúde para a identificação precoce dos primeiros sinais e sintomas de deficiências e encaminhamento imediato para o serviço de diagnóstico especializado.

(B) Acompanhamento de recém-nascidos de alto risco apenas até os seis meses de vida, quando o bebê deve ser encaminhado ao serviço especializado para tratamento adequado.

(C) Desenvolvimento de protocolos de dispensação de órteses e próteses na Unidade Básica de Saúde, com prioridade para as próteses de baixa comple-xidade.

(D) Capacitação de famílias de crianças com deficiên-cia para que desempenhem atividades e cuidados aos pacientes que, por diversos sintomas clínicos, apresentem prognóstico desfavorável à promoção de autonomia.

(E) Apoio e orientação, por meio do Programa Saúde na Escola, aos educadores, às famílias e à comunidade escolar, visando à adequação do ambiente escolar às especificidades das pessoas com deficiência.

Utilize a descrição seguinte para responder às questões de números 36 e 37.

“É um ponto de atenção ambulatorial especializada em reabilitação que realiza diagnóstico, tratamento, concessão, adaptação e manutenção de tecnologia assistiva, consti-tuindo-se em referência para a rede de atenção à saúde no território”. (Portaria MS no 793/12)

36. O ponto de atenção da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência descrito é:

(A) Serviço de Reabilitação Física.

(B) Centro Especializado em Reabilitação.

(C) Centro de Especialidades Odontológicas.

(D) Unidade Especializada de Saúde.

(E) Serviço de Oficina Ortopédica.

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Com base no relato do caso seguinte, responda às questões de números 41 a 44.

Eduardo tem 23 anos. Mora em um município da grande São Paulo com a mãe, o pai e mais três irmãos numa casa alugada, onde dorme num sofá na sala, junto a um de seus ir-mãos. Segundo relatos da mãe, Eduardo passou normalmen-te pela infância e adolescência; foi bom aluno, tinha amigos e nunca usou álcool ou outras drogas. Aos 16 anos, a mãe começou a observar que Eduardo tornou-se mais arredio e passou a recusar-se ir à escola. Ficou assim por dois anos, sua irritabilidade e isolamento agravando-se. Aos 18 anos, ele “surtou”. Passou a ouvir vozes e a ver pessoas; fugia de casa dizendo que iria arrumar um emprego e uma namorada, como os irmãos. Passava dias sumido e, geralmente, voltava para casa sujo e machucado. Na família, o pai e a irmã mais velha têm diagnóstico de transtornos mentais.

41. No município em que Eduardo mora, está em implanta-ção a Rede de Atenção Psicossocial. Nesse contexto, qual serviço deve ser o primeiro responsável pelo cuidado de Eduardo?

(A) A Atenção Básica, visto ser a porta de entrada obri-gatória da RAPS e o centro coordenador do cuidado de Eduardo, independentemente do serviço que assumir seu cuidado.

(B) O Hospital Geral, a partir da emergência psiquiátrica, visto que Eduardo está em crise e precisa, antes de tudo, ser contido com medicamentos e ter seu qua-dro psicótico estabilizado.

(C) O CAPS, considerando que o caso de Eduardo é grave e complexo e demanda atenção especializada, não havendo nada que a Atenção Básica possa fazer ou propor.

(D) O Serviço Residencial Terapêutico, uma vez que há outros casos de transtorno mental na família e o SRT é o único lugar em que Eduardo estará protegido, sendo impedido de fugir.

(E) Qualquer ponto da rede, seja a Atenção Básica, a es-pecializada ou o hospital geral, uma vez que, no con-texto da RAPS, os serviços atuam de forma articu lada e devem ser acessíveis, eliminando as barreiras para que Eduardo possa receber o cuidado necessário.

39. No contexto de atuação profissional na Atenção Básica, inserido em uma equipe de um Núcleo de Apoio à Saúde da Família, particularmente a seu componente vinculado ao Programa de Atenção à Saúde da Criança e do Ado-lescente, compete aos profissionais, entre estes o tera-peuta ocupacional, apoiar as equipes de Saúde da Famí-lia em diversas circunstâncias.

Assinale a alternativa que apresenta corretamente uma ou algumas dessas circunstâncias.

(A) Na tomada de medidas de prevenção e identificação de crianças em situação de risco social ou afetivo--cultural, encaminhando sempre para outros serviços seguirem com o atendimento e acompanhamento.

(B) Na vigilância do desenvolvimento infantil, na identi-ficação de atrasos de desenvolvimento com orienta-ção aos cuidadores e também no encaminhamento, quando for o caso, para serviços especializados.

(C) No acompanhamento das escolas para identificação precoce de transtornos de déficit de atenção, pois constata-se que um dos graves problemas identifi-cados é o baixo acesso dessa população a medica-mentos.

(D) Na identificação de casos de deficiência para enca-minhamento para abrigo ou instituições filantrópicas, visto que é necessário diminuir a carga da família.

(E) No encaminhamento a serviços de internação psiquiátrica quando identificados os primeiros sinais e sintomas de transtornos mentais ou com-portamentais.

40. Trabalhando junto a crianças e adolescentes vítimas de situação de violência, um objetivo importante da atua-ção do terapeuta ocupacional deve ser a promoção de vínculos e o fortalecimento do(a) , compreendido(a) como a capacidade de superar adver-sidades e de lidar positivamente com situações difíceis, como, por exemplo, as de violência, que têm alto poten-cial de produzir muito sofrimento. Está relacionado(a) ao suporte e ao respeito mútuo proporcionados pela família, à capacidade individual de se desenvolver autonoma-mente (autoestima positiva, autocontrole, temperamento afetuoso e flexível) e ao apoio oferecido pelo ambiente social, amigos, professores, profissionais de saúde e outras pessoas significativas para o indivíduo ao longo de sua vida.

Assinale a alternativa que preenche corretamente a lacuna.

(A) afeto

(B) resiliência

(C) autonomia

(D) estoicismo

(E) invulnerabilidade

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45. Na RAPS, um dos pontos da rede se constitui em ser-viço de saúde destinado a oferecer cuidados contínuos de saúde, de caráter residencial transitório por até nove meses para adultos com necessidades clínicas estáveis decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas. Este ponto da rede é denominado:

(A) Unidades de Acolhimento.

(B) Serviços de Atenção em Regime Residencial.

(C) Serviço Residencial Terapêutico.

(D) Hospital especializado.

(E) CAPSad III.

46. O terapeuta ocupacional, ao atuar na RAPS junto à po-pulação com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, deve considerar os diversos pon-tos de atenção da rede. Assinale a alternativa correta.

(A) Nas Enfermarias especializadas em Hospital Geral, deve promover ações de cuidado hospitalar para casos graves, com encaminhamento dos serviços ambulatoriais especializados, podendo a internação durar até, no máximo, 12 meses.

(B) Nos CAPSad III, promover ações de cuidado com objetivo final de obter a abstinência do uso da droga pelo sujeito, visto que as estratégias de redução de danos só devem ser promovidas na Atenção Básica.

(C) Na Unidade de Acolhimento, receber pessoas em síndrome de abstinência ou em crise psicomotora devido ao uso de qualquer substância psicoativa, garantindo que o sujeito ficará protegido dos males provocados pela dependência química até o completo encaminhando à comunidade terapêutica.

(D) Na Atenção Básica, deve desenvolver ações de redução de danos e cuidado direto para pessoas com necessidades decorrentes do uso de crack, álcool e outras drogas, compartilhadas, sempre que necessário, com os demais pontos da rede.

(E) Na Equipe de Consultório na Rua, ser capaz de iden-tificar uma situação de uso abusivo de substância psicoativa e fazer o correto encaminhamento para a atenção especializada, visto que tais equipes não são habilitadas para oferecer cuidados em saúde mental.

42. O terapeuta ocupacional que acompanhar e participar do cuidado de Eduardo, independentemente do ponto da rede em que ele estiver alocado, deverá considerar

(A) as demandas já manifestadas por Eduardo, bem como sua história de vida e complexidade do caso para a formulação do Projeto Terapêutico Singular.

(B) a proteção de Eduardo acima de quaisquer outras demandas, evitando que ele fuja, internando-o em um hospital fechado.

(C) a história familiar e, portanto, a determinação bioló-gica do quadro de Eduardo, que implica a incurabili-dade e elimina as possibilidades terapêuticas.

(D) o diagnóstico elaborado pelo médico psiquiatra e a prescrição das atividades e oficinas que Eduardo deve frequentar e desenvolver.

(E) a hierarquia da rede de serviços, a qual implica que, mesmo havendo indicação para que Eduardo seja atendido pela TO, ele deverá aguardar o fluxo entre os serviços.

43. Pautando-se no que Eduardo manifesta, além dos servi-ços de saúde, que outro componente da RAPS provavel-mente será acessado por ele?

(A) O Programa de Volta para Casa, que consiste em um auxílio-reabilitação psicossocial.

(B) A Reabilitação Psicossocial que consiste em iniciati-vas de trabalho e renda, empreendimentos solidários e cooperativas sociais.

(C) As Unidades de Acolhimento, destinadas às pessoas com transtornos mentais graves em momentos de crise.

(D) As equipes de Consultório na Rua, que preveem atendimento itinerante, assumindo o cuidado inde-pendentemente do local de moradia de Eduardo.

(E) Os Serviços Residenciais Terapêuticos, que con-sistem em moradias inseridas na comunidade para pessoas em processo de acompanhamento intensivo.

44. Que outra ação deve ser considerada no cuidado de Eduardo?

(A) O atendimento por todas as especialidades da saúde, de forma compartimentalizada.

(B) A inclusão em oficinas protegidas de trabalho, junto a outros jovens com psicose, com o objetivo de melhorar a socialização.

(C) O atendimento familiar, incorporando a abordagem da dinâmica familiar no cuidado em saúde mental.

(D) A vinculação de Eduardo a um único serviço, promo-vendo a dependência institucional e o vínculo.

(E) A busca pela cura de seu transtorno, já que a doença mental torna a vida cotidiana insustentável.

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49. No Brasil, a mortalidade proporcional por câncer cresceu consideravelmente nas últimas décadas, acompanhando o cenário mundial. Evidentemente, este crescimento apresenta relação direta com a transição demográfica e epidemiológica verificada no País. Para enfrentar tal pro-blema, em maio de 2013, foi instituída a Política Nacio-nal para a Prevenção e Controle do Câncer na Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde. Entre as princi-pais mudanças que essa política traz, para o sistema de saúde e para o usuário, destaca-se a seguinte:

(A) os usuários com câncer terão o início de seu trata-mento assegurado em no máximo 60 dias após o registro do diagnóstico em seu prontuário.

(B) os usuários com câncer terão o início de seu trata-mento assegurado imediatamente após o registro do diagnóstico em seu prontuário.

(C) os profissionais da Atenção Básica serão treinados para fazer a confirmação do diagnóstico definitivo do câncer de mama, colo do útero e próstata, conside-rados os mais comuns.

(D) os profissionais só poderão registrar em prontuário o diagnóstico de câncer após a comprovação da existência do tumor a partir de exames de imagem e biópsia.

(E) a portaria prevê apenas o tratamento cirúrgico, já que os medicamentos quimioterápicos e os equipa-mentos para radioterapia não são disponibilizados pelo SUS.

50. É(são) ponto(s) da rede para a atenção integral ao usuário com câncer:

(A) a atenção hospitalar, visto a cirurgia ser o único pro-cedimento disponibilizado pelo SUS e pelos CAPS, que prestarão cuidado em saúde mental.

(B) apenas a Atenção Básica, que realizará detecção precoce do câncer, fará a confirmação diagnóstica e acompanhará o usuário em atenção domiciliar.

(C) a atenção domiciliar e os sistemas de apoio, parti-cularmente os diagnósticos e de assistência farma-cêutica.

(D) apenas a atenção domiciliar, na qual os profissio-nais estarão pautados pelos princípios do cuidado paliativo.

(E) apenas a atenção ambulatorial, que realizará o aten-dimento especializado, exames para diagnóstico do câncer, apoio terapêutico e o tratamento de lesões precursoras.

A Portaria no 483, de 1o de abril de 2014, redefine a Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas no âmbito do Sistema Único de Saúde (SUS) e estabelece dire-trizes para a organização das suas linhas de cuidado.

Considerando esta Portaria, responda às questões de núme-ros 47 e 48.

47. Sobre essa Rede, é correto afirmar que

(A) a atenção integral à saúde das pessoas com doen-ças crônicas dar-se-á apenas em serviços especí-ficos, constituídos para este fim, e a atenção será desenvolvida por meio da realização de ações de promoção e proteção da saúde, prevenção de agra-vos, diagnóstico, tratamento, reabilitação, redução de danos e manutenção da saúde.

(B) se consideram doenças crônicas as doenças que apresentam início gradual, com duração longa ou incerta, que, em geral, apresentam múltiplas causas e cujo tratamento envolva mudanças de estilo de vida, em um processo de cuidado contínuo que, usualmente, não leva à cura.

(C) a mudança no modelo de atenção à saúde, por meio da qualificação da atenção às pessoas com doenças crônicas e da ampliação das estratégias para pro-moção da saúde da população e para prevenção do desenvolvimento das doenças crônicas e suas com-plicações, deve ser promovida apenas na Atenção Básica.

(D) as doenças crônicas deixaram de representar um problema de saúde pública, saindo do principal mapa de agravos à saúde e diminuindo as estatísticas de morbimortalidade, graças às políticas em saúde e, especialmente, à ampliação da cobertura pela Aten-ção Básica.

(E) os casos diagnosticados para procedimentos clíni-cos ou cirúrgicos em função de complicações decor-rentes das doenças crônicas, ou quando esgotadas as possibilidades terapêuticas na Atenção Básica, deverão ser acompanhados em regime de interna-ção hospitalar.

48. Expressa(m) os fluxos assistenciais que precisam ser garantidos ao usuário a fim de atender às necessida-des de saúde relacionadas a uma condição crônica e define(m) as ações e os serviços que serão ofertados por cada componente da Rede de Atenção à Saúde das Pessoas com Doenças Crônicas, baseadas em diretrizes clínicas e de acordo com a realidade de cada região de saúde, sempre considerando as evidências científicas sobre o tema de que trata.

A definição anterior refere-se a que ferramenta organiza-tiva do cuidado?

(A) Ao Projeto Terapêutico Singular.

(B) Ao Matriciamento.

(C) Às Linhas de Cuidado.

(D) Às Referência e Contrarreferência.

(E) Ao Acolhimento.

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53. Incluída no âmbito da Seguridade Social e regulamen-tada pela Lei Orgânica da Assistência Social – LOAS em dezembro de 1993, como política social pública, a assis-tência social inicia seu trânsito para um campo novo: o campo dos direitos, da universalização dos acessos e da responsabilidade estatal. A inserção na Seguridade Social aponta, entre outros aspectos, para seu caráter de política de Proteção Social articulada a outras políticas do campo social, voltadas à garantia de direitos e de con-dições dignas de vida.

De acordo com a Política Nacional de Assistência Social – PNAS, a proteção social deve garantir as seguintes seguranças: segurança de sobrevivência (de rendimento e de autonomia); de acolhida; de convívio ou vivência familiar.

Sobre a segurança de acolhida, assinale a alternativa correta.

(A) Trata-se da garantia de que todos tenham uma forma monetária de assegurar sua sobrevivência, indepen-dentemente de suas limitações para o trabalho ou do desemprego.

(B) É compreendida como uma das seguranças primor-diais da política de assistência social. Ela opera com a provisão de necessidades humanas que começa com os direitos à alimentação, ao vestuário e ao abri-go, próprios à vida humana em sociedade.

(C) A conquista da autonomia na provisão de necessida-des básicas não é a orientação dessa segurança da assistência social, pois é voltada para sujeitos que jamais conseguirão alcançar esse objetivo, por diver-sas razões.

(D) Considera que não é próprio da natureza humana o comportamento gregário e, por isso, sugere que se deve investir em soluções individualizantes, pois os sujeitos em situação de vulnerabilidade perdem a capacidade de socialização.

(E) Destina-se, exclusivamente, a grupos e indivíduos que apresentem inserção precária ou não inserção no mercado de trabalho formal e informal, além das situações de trabalho infantil ou em condições aná-logas às da escravidão.

51. Ao trabalhar junto à população idosa e de acordo com a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, o terapeuta ocupacional deve preconizar, em sua atuação,

(A) as atividades grupais, uma vez que os idosos não são capazes de desenvolver processos terapêuticos individualmente, visto que a maior necessidade dessa população é a socialização.

(B) a compreensão dos processos de asilamento do idoso, preconizado pela Política com o objetivo de evitar o abandono e garantir que o cuidado seja ofer-tado de acordo com o grau de dependência para as AVDs.

(C) os atendimentos individuais, pautados apenas na manutenção da memória, o que garante a preserva-ção da independência e a autonomia do idoso em relação aos seus familiares.

(D) as ações de promoção do envelhecimento saudável, ofertando o cuidado baseado nas necessidades da pessoa idosa, levando-se em consideração a sua capacidade funcional.

(E) o atendimento familiar e/ou ao cuidador, uma vez que o envelhecimento trata-se de processo natural da vida e, portanto, não há intervenções efetivas, a não ser garantir que o cuidado em casa seja adequado.

52. Conforme a Política Nacional de Saúde da Pessoa Idosa, são eixos fundamentais para a ampliação do cuidado da população idosa:

(A) a disciplinarização do cuidado e a compreensão do envelhecimento como processo natural da vida humana.

(B) o envelhecimento ativo como norteador para a construção do cuidado e o asilamento como medida protetiva prioritária.

(C) a capacitação dos cuidadores informais, únicos res-ponsáveis pelo cuidado do idoso, e a integralidade.

(D) o uso de tecnologias assistivas para o aumento da capacidade funcional do idoso e a transferência da responsabilidade civil para um familiar.

(E) a intersetorialidade e o enfrentamento de fragilidades da pessoa idosa, da família e do sistema de saúde.

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56. De acordo com o Código de Ética e Deontologia da Tera-pia Ocupacional, é correto afirmar que o terapeuta ocu-pacional

(A) deve, em defesa do cliente/paciente/usuário/família/grupo/comunidade ou instituição/programa em que trabalha, advertir qualquer profissional membro de sua equipe por atos que caracterizem negligência ou imprudência.

(B) não pode, em nome da defesa do cliente/paciente/usuário/família/grupo/comunidade ou instituição/pro-grama em que trabalha, advertir qualquer membro de sua equipe de outra área profissional por atos que caracterizem imperícia.

(C) não pode, em vista de atos de profissionais mem-bros de sua equipe de trabalho, representar a outros órgãos fiscalizadores do exercício da atividade pro-fissional que não o Conselho Regional de Fisiotera-pia e Terapia Ocupacional.

(D) não pode, na defesa do cliente/paciente/usuário/ família/grupo/comunidade ou instituição/programa em que trabalha, advertir médico faltoso por atos que a seu juízo caracterizem negligência ou imprudência, em vista do princípio da supremacia do ato médico.

(E) não pode advertir outros profissionais membros de sua equipe por danos decorrentes de imperícia, negligência ou imprudência, salvo quando condena-dos em processo administrativo sujeito ao contradi-tório e à ampla defesa.

57. Constitui, de acordo com o Código de Ética e Deontologia da Terapia Ocupacional, conduta vedada ao terapeuta ocupacional:

(A) exercer atividades de docência e pesquisa sem que esteja devidamente registrado no Conselho Regio-nal de sua circunscrição, mesmo quando tais ativi-dades não envolvam assistência ao paciente/cliente/ paciente/usuário/família/grupo/comunidade ou práti-ca profissional.

(B) exibir paciente ou sua imagem em anúncios profis-sionais ou na divulgação de assuntos terapêuticos ocupacionais em qualquer meio de comunicação, ainda que autorizado por ele ou seu responsável le-gal.

(C) atender em qualquer hipótese a cliente/paciente/usuário/família/grupo que saiba estar em tratamento com outro terapeuta ocupacional.

(D) deixar de comunicar, ao Conselho Regional de Fisio-terapia e de Terapia Ocupacional, recusa, demissão ou exoneração de cargo, função ou emprego, que foi motivada pela necessidade de preservar os legíti-mos interesses de sua profissão.

(E) prestar assistência profissional gratuita ou a valor inferior à Referencial Nacional de Procedimentos Terapêuticos Ocupacionais da Terapia Ocupacional.

54. De acordo com a PNAS, sobre a Proteção Social Espe-cial, é correto afirmar que

(A) o Centro de Referência da Assistência Social – CRAS é uma unidade pública estatal de base terri-torial, localizada em áreas de vulnerabilidade social, responsável pela execução de serviços de proteção social especializada.

(B) são considerados serviços de proteção especial de assistência social aqueles que potencializam a família como unidade de referência, fortalecendo seus vínculos internos e externos de solidariedade.

(C) os benefícios, tanto de prestação continuada como os eventuais, compõem a proteção social especiali-zada, dada a natureza de sua realização.

(D) se trata de provisões gratuitas implementadas em espécie ou em pecúnia que visam cobrir determina-das necessidades relacionadas a situações de vul-nerabilidade temporárias.

(E) é a modalidade de atendimento assistencial desti-nada a famílias e indivíduos que se encontram em situação de risco pessoal e social, por ocorrência de maus-tratos, uso de substâncias psicoativas, situa-ção de rua, entre outras.

55. O campo da assistência social tem se configurado como um campo de atuação para terapeutas ocupacionais, que podem estar inseridos em diversos pontos da rede. Um dos serviços em que podem atuar refere-se às medidas socioeducativas restritivas e privativas de liberdade (semiliberdade, internação provisória e sentenciada). Trata-se de modalidade de serviço classificada pela Polí-tica Nacional de Assistência Social como serviço de Pro-teção Social

(A) Básica.

(B) Avançada.

(C) Semiespecial.

(D) Especial de Média Complexidade.

(E) Especial de Alta Complexidade.

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60. Para a formação no trabalho, ou a educação dos tra-balhadores em saúde no SUS, a Política Nacional de Educação Permanente pressupõe duas considerações importantes para a efetivação desse processo. São elas:

(A) a aprendizagem no trabalho, onde o aprender e o ensinar se incorporam ao cotidiano das organiza-ções e ao trabalho, e a aprendizagem significativa, que propicia a construção de conhecimentos a partir dos saberes prévios dos sujeitos articulados aos pro-blemas vivenciados no trabalho.

(B) a aprendizagem baseada em problema, na qual o objeto de ensino é o próprio paciente, no ambiente de trabalho, e a metodologia ativa de aprendizagem, que promove a autonomia e a flexibilidade dos profissionais de saúde, indispensáveis à prática do cuidado.

(C) a aprendizagem programática, em que os níveis de conhecimento são atingidos progressivamente, a partir de uma lógica de acúmulo de saberes que se complementam, e a aprendizagem especialística, em que se enfatizam os saberes de cada profissional membro da equipe.

(D) a aprendizagem prévia, que deve ser adquirida durante a formação na graduação, como espaço interdisciplinar, em que os alunos não têm fragmen-tação de acordo com o curso escolhido, e a apren-dizagem pelo trabalho, com vistas a processos de sistematização e avaliação dos conhecimentos adquiridos na prática.

(E) a aprendizagem focal, na qual os conhecimentos espe cíficos de cada categoria profissional são apli-cados às situações reais vividas no ambiente de trabalho, e a aprendizagem procedimental, na qual ganham destaque a atualização e a reciclagem dos conhecimentos sobre os procedimentos a serem aplicados no trabalho.

58. Relativamente à divulgação profissional, segundo dispõe o Código de Ética e Deontologia da Terapia Ocupacional, é correto afirmar que é vedado(a) ao terapeuta ocupa-cional:

(A) a divulgação em meio eletrônico de textos, imagens e vídeos com orientações para cliente/paciente/ usuário/família/grupo/comunidade.

(B) a divulgação, para fins de autopromoção, de atestado, declaração, imagem ou carta de agradecimento emi-tida por cliente/paciente/usuário/família/grupo/comu-nidade, em razão de serviço profissional prestado.

(C) a utilização de logomarca, logotipos ou símbolos de instituições, programas, entidades, empresas, socie-dades, associações e federações às quais o profis-sional seja vinculado.

(D) a inserção, em qualquer hipótese, em anúncio ou divulgação profissional de referência que possibilite a identificação do cliente/paciente/usuário/família/grupo/comunidade.

(E) a utilização, no serviço ou no consultório, de nome fantasia, logomarca ou logotipo próprios.

Enfrentar os desafios presentes hoje no SUS depende do protagonismo dos múltiplos atores que o compõem. Neste sentido, formar e capacitar os trabalhadores de saúde repre-senta hoje uma das maiores estratégias para a qualificação do Sistema e, especialmente, do cuidado em saúde.

Com base no trecho, responda às questões de números 59 e 60.

59. Associe os principais pressupostos descritos a seguir à Educação Continuada (a) ou à Educação Permanente (b).

I. O objetivo principal é a atualização de conhecimentos específicos.

II. O modus operandi é ascendente, ou seja, parte da análise coletiva dos processos de trabalho, identifi-cando os nós críticos e produzindo a demanda por formação.

III. As práticas são definidas por múltiplos fatores (conhecimentos, valores, relações de poder, organi-zação do trabalho etc.).

IV. Dentre suas atividades educativas, a principal são os cursos padronizados, priorizando o conhecimento técnico-procedimental.

(A) I–a; II–a; III–b; IV–b.

(B) I–b; II–a; III–b; IV–b.

(C) I–a; II–b; III–a; IV–b.

(D) I–a; II–a; III–b; IV–a.

(E) I–a; II–b; III–b; IV–a.

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