01 apostila parte01

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Apresentação Este trabalho foi desenvolvido com o propósito de apresentar JESUS uma pessoa viva, real e companheira. Para estudar e refletir deverá ter em mãos a Sagrada Escritura e sempre em espírito de oração. Agradeço a Deus-Pai e Deus-Espírito Santo, nosso Deus Amoroso, que permitiu que eu fosse seu instrumento.

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Apresentação

Este trabalho foi desenvolvido com o propósito de apresentar JESUS

uma pessoa viva, real e companheira. Para estudar e refletir deverá ter

em mãos a Sagrada Escritura e sempre em espírito de oração.

Agradeço a Deus-Pai e Deus-Espírito Santo, nosso Deus Amoroso,

que permitiu que eu fosse seu instrumento.

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Observações:

1) Bibliografias e/ou fontes consultadas vede na última página

2) As músicas citadas nos encontros encontram-se no final (localizar pelo

índice – Cânticos)

3) Peço a gentileza, de fornecer qualquer idéia/sugestão/correção. A

inclusão e ou modificações poderão ser encaminhados para:

[email protected] ou entrar em contato pelo telefone

2485-2924. Qualquer alteração será recebida de bom grado.

Que Nosso Deus Amoroso nos abençoe!

Paróquia JESUS Sacramentado

Pe. Nivaldo Alves dos Anjos Jr – O Pároco

Maria AuxiliaDÔRA

Catequista com Adultos

http://www.catequisar.com.br/txt/ad/apostila/ind.htm

Í N D I C E

A Bíblia - Leitura Orante da Bíblia ................................................ 51A Bíblia ....................................................................................... 30A Santa Missa – Estrutura resumida .......................................... 80A Santa Missa – Os grandes AMEM e Procissões .................... 79A Santa Missa parte por parte .................................................. 56A Tábua e os pregos ...................................................................... 263

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Ao Encontro do Pai ........................................................................ 436As bem-aventuranças e Amor ao próximo................................... 249As Pastorais ................................................................................... 421As três peneiras - um modo de amar............................................ 262Cânticos ......................................................................................... 449Carta Amorosa do PAI ................................................................... 29Confissão – 1ª opção (Filho Pródigo) ....................................... 321Confissão – 2ª opção .................................................................... 325Confissão – Hora de confessar ..................................................... 328Conhecendo mais a Bíblia .......................................................... 52Conhecendo mais a Santa Missa ................................................. 73Criação do Mundo e Paraíso ........................................................ 95Devoções Mariana .......................................................................... 198Dízimo .............................................................................................. 425Ecumenismo ................................................................................... 428Eucaristia – Última Ceia ............................................................... 346Exame de Consciência ................................................................. 333Explicando irmãos na Bíblia ....................................................... 197Falsas doutrinas ............................................................................ 430Fica Comigo JESUS .................................................................... 400Hoje também se ama ..................................................................... 264Igreja – As pastorais ..................................................................... 421Igreja ............................................................................................... 412Igreja x preservativos ................................................................... 182Imagens: Adoração ou Veneração ............................................... 142Impossibilidade de comungar o Corpo de JESUS ................... 447Quérigma ...................................................................................... 11Mandamentos da Igreja ................................................................. 423Mandamentos da Lei de DEUS .................................................... 154Maria ............................................................................................... 189Marketing do Inferno ..................................................................... 435Matrimônio ..................................................................................... 304Método natural para espaçar ou evitar gravidez (planejamento Familiar 173/180Milagres de JESUS ..................................................................... 226Novena eficaz ao Sagrado Coração de JESUS ......................... 357O Ano Litúrgico parte por parte ................................................... 81O Banquete recusado .................................................................... 431O Filho ............................................................................................. 372O Maravilhoso valor da Santa Missa ........................................... 76O Nascimento de JESUS ............................................................. 211O Batismo de JESUS .................................................................. 219

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O Pão da Vida ................................................................................ 337O Pecado ......................................................................................... 312O Terço ............................................................................................ 207O Terço da Misericórdia ................................................................ 371Objetos e vestes Litúrgico ............................................................. 72Oração ............................................................................................ 236Oração ao Divino Espírito Santo ................................................... 9Oração da Unidade ......................................................................... 263

Os Discípulos de Emaús e a Missa .............................................. 390Os Patriarcas (1ª parte) .................................................................. 114Os Patriarcas (2 ª parte) ............................................................... . 127Paixão e Morte de JESUS .......................................................... 360Parábola do Filho Pródigo ............................................................. 321Pecado Original (Caim, Noé, Torre de Babel) .............................. 103Pentecostes .................................................................................... 401Por que será que a minha oração nunca é ouvida??? ............... 247Por o Católico não pode ser espírita? .......................................... 386Programa ......................................................................................... 7Promessas de JESUS à Santa Margarida .................................. 359Resista ............................................................................................. 172Ressurreição e Ascensão ............................................................. 379Sacramentos ................................................................................... 274Sexualidade .................................................................................... 186Símbolos pascais .... ..................................................................... 94Via Sacra ......................................................................................... 374Visita ao Santíssimo Sacramento ................................................. 355Vocação - JESUS e os Apóstolos ................................................ 265

Controle sua presença

Encontro Terça Sábado Domingo Encontro Terça Sábado Domingo1 27/02/2007 03/03/2007 04/03/2007 25 21/08/2007 25/08/2007 26/08/20072 06/03/2007 10/03/2007 11/03/2007 26 ÚNICO DAS 7 ÀS 18 HORAS 02/09/20073 13/03/2007 17/03/2007 18/03/2007 27 04/09/2007 08/09/2007 09/09/20074 20/03/2007 24/03/2007 25/03/2007 28 11/09/2007 15/09/2007 16/09/20075 27/03/2007 31/03/2007 01/04/2007 29 18/09/2007 22/09/2007 23/09/2007

Semana Santa 03/04/2007 07/04/2007 08/04/2007 30 25/09/2007 29/09/2007 30/09/20076 10/04/2007 14/04/2007 15/04/2007 31 02/10/2007 06/10/2007 07/10/20077 17/04/2007 21/04/2007 22/04/2007 32 09/10/2007 13/10/2007 14/10/2007

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8 24/04/2007 28/04/2007 29/04/2007 33 16/10/2007 20/10/2007 21/10/20079 01/05/2007 05/05/2007 06/05/2007 34 23/10/2007 27/10/2007 28/10/200710 08/05/2007 12/05/2007 13/05/2007 35 30/10/2007 03/11/2007 04/11/200711 15/05/2007 19/05/2007 20/05/2007 36 06/11/2007 10/11/2007 11/11/200712 22/05/2007 26/05/2007 27/05/2007 37 13/11/2007 17/11/2007 18/11/200713 29/05/2007 02/06/2007 03/06/2007 ÚNICO DAS 7 ÀS 18 HORAS 25/11/200714 05/06/2007 09/06/2007 10/06/2007 38 27/11/2007 01/12/2007 02/12/200715 12/06/2007 16/06/2007 17/06/2007 39 04/12/2007 08/12/2007 09/12/200716 ÚNICO DAS 7 ÀS 18 HORAS 24/06/2007 40 11/12/2007 15/12/2007 16/12/200717 26/06/2007 30/06/2007 01/07/2007 41 12/02/2008 16/02/2008 17/02/200818 03/07/2007 07/07/2007 08/07/2007 42 19/02/2008 23/02/2008 24/02/200819 10/07/2007 14/07/2007 15/07/2007 43 26/02/2008 01/03/2008 02/03/2008

20 17/07/2007 21/07/2007 22/07/2007 44 04/03/2008 08/03/2008 09/03/200821 24/07/2007 28/07/2007 29/07/2007 45 11/03/2008 15/03/2008 16/03/200822 31/07/2007 04/08/2007 05/08/2007 46 18/03/2008 22/03/2008 23/03/200823 07/08/2007 11/08/2007 12/08/2007 47 25/03/2008 29/03/2008 30/03/200824 14/08/2007 18/08/2007 19/08/2007 48 ÚNICO DAS 7 ÀS 18 HORAS 30/03/2007

Você pode vir em qualquer um dos horários abaixo:

1º Dia: terça-feira às 19:15 horas

2º Dia: Sábado às 8:15 ou

3º Dia: Domingo às 16:30.

Se não comparecer em um desses horários, perdeu o tema do dia. Neste caso fique

atento na reposição do tema.

Encontros remarcados - Não percam!

Encontro terça-feira Hora Sábado Hora Domingo Hora1º 27/02/2007 19:15 03/03/2007 8:00 04/03/2007 16:30

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2007 – SERÁ O MELHOR ANO DE SUA VIDA,PARTICIPE DE TODOS OS ENCONTROS QUE VERÁ!

Janeiro Fevereiro Março AbrilD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 6 1 2 3 1 2 3 1 2 3 4 5 6 7

7 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 10 4 5 6 7 8 9 10 8 9 10 11 12 13 14

14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 11 12 13 14 15 16 17 15 16 17 18 19 20 21

21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24 18 19 20 21 22 23 24 22 23 24 25 26 27 28

28 29 30 31 25 26 27 28 25 26 27 28 29 30 31 29 30

Maio Junho Julho AgostoD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S

1 2 3 4 5 1 2 1 2 3 4 5 6 7 1 2 3 4

6 7 8 9 10 11 12 3 4 5 6 7 8 9 8 9 10 11 12 13 14 5 6 7 8 9 10 11

13 14 15 16 17 18 19 10 11 12 13 14 15 16 15 16 17 18 19 20 21 12 13 14 15 16 17 18

20 21 22 23 24 25 26 17 18 19 20 21 22 23 22 23 24 25 26 27 28 19 20 21 22 23 24 25

27 28 29 30 31 24 25 26 27 28 29 30 29 30 31 26 27 28 29 30 31

Setembro Outubro Novembro DezembroD S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S D S T Q Q S S 1 1 2 3 4 5 6 1 2 3 1

2 3 4 5 6 7 8 7 8 9 10 11 12 13 4 5 6 7 8 9 10 2 3 4 5 6 7 8

9 10 11 12 13 14 15 14 15 16 17 18 19 20 11 12 13 14 15 16 17 9 10 11 12 13 14 15

16 17 18 19 20 21 22 21 22 23 24 25 26 27 18 19 20 21 22 23 24

16 17 18 19 20 21 22

23 24 25 26 27 28 29 28 29 30 31 25 26 27 28 29 30 23 24 25 26 27 28 29

30 30 31

Catequese com Adultos – Programação de 2007/2008Fevereiro 2007 a Abril 2008

Encontro Terça Sábado Domingo TEMA1 27/02/2007 03/03/2007 04/03/2007 Querigma – O AMOR DE DEUS2 06/03/2007 10/03/2007 11/03/2007 Querigma – PECADO/JESUS A SOLUÇÃO DE DEUS3 13/03/2007 17/03/2007 18/03/2007 Querigma – FÉ/CONVERSÃO/DONS DO ESPÍRITO SANTO/COMUNIDADE4 20/03/2007 24/03/2007 25/03/2007 Bíblia5 27/03/2007 31/03/2007 01/04/2007 O Dia do Senhor – Padre Nivaldo.6 10/04/2007 14/04/2007 15/04/2007 A Santa Missa - parte por parte7 17/04/2007 21/04/2007 22/04/2007 O ano litúrgico - parte por parte 8 24/04/2007 28/04/2007 29/04/2007 A criação/paraíso 9 01/05/2007 05/05/2007 06/05/2007 O pecado (origem, Abel/Caim, Noé e torre de Babel)

10 08/05/2007 12/05/2007 13/05/2007 Os Patriarcas (Abraão/Isaac/Jacó)11 15/05/2007 19/05/2007 20/05/2007 Os Patriarcas (José/Moisés) 12 22/05/2007 26/05/2007 27/05/2007 Os Patriarcas (Reis, Juízes, Profetas)13 29/05/2007 02/06/2007 03/06/2007 Imagens 14 05/06/2007 09/06/2007 10/06/2007 O Rebanho será incentivado a participar de todas as atividades da festa do

PADROEIRO15 12/06/2007 16/06/2007 17/06/2007 Paternidade resp/ planej. familiar – método contraceptivo natural

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16 24/06/2007 VIVÊNCIA – A Lei do Senhor é Perfeira! - Das 7:00 às 18:00 - Os Mandamentos da Lei de DEUS

17 26/06/2007 30/06/2007 01/07/2007 O Sim de Maria18 03/07/2007 07/07/2007 08/07/2007 O terço e outras devoções Marianas19 10/07/2007 14/07/2007 15/07/2007 Rezar o terço meditado20 17/07/2007 21/07/2007 22/07/2007 O Nascimento de JESUS21 24/07/2007 28/07/2009 29/07/2007 Batismo de JESUS 22 31/07/2007 04/08/2007 05/08/2007 Milagres de JESUS23 07/08/2007 11/08/2007 12/08/2007 Bem-aventuranças 24 14/08/2007 18/08/2007 19/08/2007 Vocação - JESUS e os Apóstolos25 21/08/2007 25/08/2007 26/08/2007 Oração 26 28/08/2007 01/09/2007 02/09/2007 Sacramentos – Introdução, (reflexão do texto Jo4,7-42) Batismo e Crisma27 04/09/2007 08/09/2007 09/09/2007 Sacramentos – Confissão e Unção dos enfermos 28 11/09/2007 15/09/2007 16/09/2007 Sacramentos – Ordem e Matrimônio 29 18/09/2007 22/09/2007 23/09/2007 Pecado 30 25/09/2007 29/09/2007 30/09/2007 Preparação para a confissão 31 25/09/2007 29/09/2007 30/09/2007 O Pão da Vida32 02/10/2007 06/10/2007 07/10/2007 Eucaristia – Encenação da Última Ceia 32 09/10/2007 13/10/2007 14/10/2007 Paixão de JESUS

13/10/2007 SÁBADO Primeira Confissão – das 8 às 11 horas17/10/2007 QUARTA Primeira Confissão – das 19 às 21 horas

20/10/2007 SÁBADO Primeira Confissão – das 8 às 11 horas33 16/10/2007 20/10/2007 21/10/2007 Ressurreição e Ascensão de JESUS34 23/10/2007 27/10/2007 28/10/2007 Os Discípulos de Emaús 35 30/10/2007 03/11/2007 04/11/2007 Pentecostes - Encerramento da Festa da Penha - O encontro passará para às 10:30.36 06/11/2007 10/11/2007 11/11/2007 Igreja – Nós formamos a Igreja37 13/11/2007 17/11/2007 18/11/2007 Mandamentos da Igreja38 25/11/2007 VIVÊNCIA – Senhor, aumenta minha Fé! Sendo o ápice da VIVÊNCIA –

pregação sobre a SAGRADA EUCARISTIA 39 27/11/2007 01/12/2007 02/12/2007 O Banquete recusado e o Jovem Rico 40 04/12/2007 08/12/2007 09/12/2007 Mistagogia do ADVENTO Segunda Confissão – confissão comunitária para o NATAL

41 12/02/2008 16/02/2008 17/02/2008 Mistagogia da QUARESMA 42 26/02/2008 01/03/2008 02/03/2008 Parábola do Semeador e Círculos Bíblicos43 04/03/2008 08/03/2008 09/03/2008 Parábola dos Talentos e envio à Perseverança com Adultos44 11/03/2008 15/03/2008 16/03/2008 Mistagogia da PÁSCOA45 18/03/2008 22/03/2008 23/03/2008 Semana Santa – Participação em todas as atividades

22/03/2007 Batismo – Vigília Pascal46 25/03/2008 29/03/2008 29/03/2007 Casamentos comunitário46 25/03/2008 29/03/2008 30/03/2008 VIVÊNCIA – Senhor ensina-nos a rezar!

05/04/2008 Primeira Comunhão – O GRANDE DIA06/04/2008 Crisma - SOLDADO DE CRISTO

NOTA:

1) Quando houver atividades Arquidiocesanas que geralmente são aos domingos, os encontros mudarão para a parte da manhã. Será incentivada e cobrada a participação deles, por exemplo, Encerramento do mês Mariano, Festa da Penha, Festa do Padroeiro, etc...

2) Os Catequistas ficarão sempre atentos a comentar um pouco a Liturgia do domingo que antecede o encontro, usando motivação necessária. Será distribuido a todos o calendário litúrgico.

3) Haverá reposição dos encontros em todos os horários até o 8ª encontro, após deste, a reposição será realizada somente aos domingos às 15:30 horas.

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Oração ao Divino Espírito Santo

Vinde Espírito Santo,

Enchei os corações de vossos fiéis e acendei neles o fogo do Vosso Amor.

Enviai, Senhor, o vosso Espírito e tudo será criado e

renovareis a face da terra.

Oremos: DEUS, que instruístes os corações dos vossos fiéis com a luz do Espírito Santo,

fazei que apreciemos retamente todas as coisas segundo o mesmo Espírito e gozemos

sempre de sua consolação. Por Cristo Nosso Senhor. Amém.

Espírito de DEUS

Espírito de DEUS vem e fica aqui, ó Espírito de

DEUS vem e fica aqui.

E passeia no meio do teu povo e toca o coração

do teu povo.

Ó Espírito de DEUS vem e fica aqui. (bis)

Vem, vem Espírito Santo.

Vem, Vem, vem Espírito Santo.

Transforma minha vida quero renascer. (2x)

Quero abandonar-me em seu amor.

Encharcar-me em seus rios, Senhor.

Derrubar as barreiras em meu coração

DEUS Trino-725

Em nome do PAI, do PAI e do Filho, do Filho e

do Espírito Santo estamos aqui. (bis)

Para louvar e agradecer, bendizer e adorar,

estamos aqui Senhor, a teu dispor.

Para louvar e agradecer, bendizer, adorar,

Te aclamar, DEUS trino de Amor.

Reunidos aqui-576

Reunidos aqui só pra louvar o Senhor,

novamente aqui, em união.

Algo bom há de acontecer, algo bom DEUS tem

para nós. Reunidos aqui só pra louvar o Senhor.

Eu Navegarei-571

Eu navegarei no oceano do Espírito

E ali adorarei ao DEUS do meu amor (bis)

Espírito, Espírito, que desce como fogo

9

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Vem como em Pentecostes e enche-me de

novo. (bis)

Eu adorarei ao DEUS da minha vida.

Que me compreendeu sem nenhuma

explicação (bis)

A nós descei

A nós descei divina Luz (2x) Em nossas almas

acendei, O amor, o amor JESUS (2)

Vós sois a alma da Igreja. Vós sois a vida, sois

o Amor; Vós sois a graça benfazeja (2x) que

nos irmana no Senhor. (2x)

Divino Espírito descei. Os corações vinde

inflamar, e as nossas almas preparar (2) para

o que DEUS quer nos falar. (2x)

10

Page 11: 01 apostila parte01

QuérigmaTema: Quérigma

Objetivo: Anunciar JESUS, uma pessoa viva, levando o catequizando ao desejo de converter-se e

aderir JESUS.

1 – Dar boas vindas

Motivação: quando encontramos uma pessoa qual é a primeira coisa que queremos saber dela?

(pausa) O que vocês estão querendo saber de mim? (pausa) O nome, não é isso? É isso que

vamos fazer agora. Vamos saber o nome de todos, pois afinal passaremos o ano juntos!

Dinâmica – teia de aranha (com um rolo de barbante).

1.1- Desenrolar um pouco laçando em seu dedo (começa pela catequista).

1.2- Dizer o nome e mais alguma coisa, por exemplo: Meu nome é Maria Auxiliadora, sou

casada, tenho três filhos, detesto quiabo... etc.

1.3- Em seguida jogar o rolo para o próximo (sou fulano, estou aqui para conhecer JESUS) e

assim por diante com a participação de todos.

1.4- Ao término da apresentação de cada um todos dizem:

a) Sou feliz em sua companhia, ou.

b) É bom conhecer você, ou.

c) Todos cantar: O Senhor tem muitos filhos...

1.5- Comentar a teia formada.

O que parece isso? (pausa) Uma teia de aranha. Quem conhece a teia de aranha? Alguém já viu

aranha? (pausa - Esta dinâmica ajudará no conhecimento e entrosamento da turma)

Comentários: Vocês já imaginaram se algum de nós soltar o dedo... o que vai acontecer?

(pausa) Vai ficar um buraco. Será que vai fazer falta? (pausa) Vai, o seu lugar só você pode

ocupar. Cada um de nós é muito importante. Por isso cada um vai fazer o possível para não

faltar aos encontros. Deverá vencer o sono de manhã, o frio, a chuva, o sono depois do

almoço, o cansaço do final do dia, o calor de verão. Não podemos deixar que nada nos

atrapalhe.

Cada um de nós falou o porquê de estar aqui, será que é por isso mesmo? Eu acredito que

fomos chamados. O nosso 1º chamado foi à vida. O nosso 2º chamado foi no dia do nosso

batismo e fomos convidados a sermos Santos e hoje estamos aqui e, com certeza, não

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sabemos exatamente o porquê, mas acredito que cada um de nós foi chamado para estar

aqui. Com o passar dos encontros cada um irá descobrir o motivo verdadeiro.

1.6 – Desfazer a teia e sentar nos lugares. Enquanto desfaz a teia pode-se cantar um

canto vocacional, por exemplo: Te Amarei...

2 – O que é catequese? (pausa)

Catequese é fazer ecoar o que vem do alto. A catequese tem o objetivo de instruir, informar, transmitir,

ensinar de viva voz; portanto: “Catequese é um processo dinâmico e abrangente da educação da fé, da

doutrina cristã, a fim de iniciar na plenitude da vida cristã e ajuda as pessoas a se encontrarem com

Cristo e a caminhar com Ele. Catequese é o aprofundamento da fé daqueles que já se converteram,

mas sentem necessidade de conhecer mais detalhadamente a pessoa, o ensinamento e a prática de

JESUS”. Ela busca sempre unir fé e vida, ajudando as pessoas a crescer segundo a vontade e os

projetos de DEUS.

Portanto catequese não é um curso que tem fim. Devemos, cada vez mais, buscar conhecimentos

ligados à nossa muito amada Igreja Católica. Entramos para a catequese para conhecer e amar a

DEUS.

Catequese é formação de discípulos consciente de Cristo.

Hoje estamos iniciando a etapa da catequese para preparação para receber o Batismo, Crisma e a

Sagrada Eucaristia para alguns e a Sagrada Eucaristia para outros.

O que é a catequese com adultos? A catequese com adultos (também chamado de Catecumenato de

Adultos) é um processo que visa tornar discípulos de Jesus aquele adulto que está ingressando na

Igreja ou retornando a ela após anos de afastamento. A base para a catequese com adultos deve ser o

RICA - Ritual de Iniciação Cristã de Adultos.

A catequese com adultos não deve ser uma preparação rápida para o adulto ser batizado, receber a

Primeira Eucaristia, ser crismado ou receber o sacramento do matrimônio; deve, sim, ser um processo

que leva o adulto à prática evangélica.

3 – Por que participar dos Sacramentos?

Os Sacramentos são alimento necessário à nossa fé e para nossa santificação, é o seguimento da

nossa vida religiosa. Todo ser humano tem necessidade de uma religião. Por que? DEUS quando criou

o homem o fez a sua imagem e semelhança (Gn 1,27), DEUS insufla no ser humano alma espiritual.

Daí brotam a inteligência (tende para o bem) e a vontade (permite evitar o mal).

Page 13: 01 apostila parte01

4 - O que é religião?

É a ligação do homem com DEUS. E qual é o fundamento da religião? É DEUS. É próprio do ser humano

inteligente investigar o porquê estar ligado a DEUS.

Devido à falta de esclarecimentos sobre a fé, a imagem da religiosidade é vista muitas vezes como algo que

castra, que proíbe, que diz não. Na realidade religião é a ligação do homem a DEUS. A palavra religião quer

dizer religar. Religar o quê? Religar o homem com DEUS. Religião é uma opção de vida que assumimos e

não alguma coisa para procurar de vez em quando.

É claro que não existe SIM a algo que não gere um NÃO a outro. Para dizer SIM a bondade, tem que dizer

não a maldade. Para dizer SIM a caridade, tem que dizer NÃO ao egoísmo. Para estarmos aqui participando

da catequese, tenho certeza que cada um abriu mão de alguma coisa.

“Temos o privilégio de ser membros de uma Religião viva. A religião Católica não é uma idéia, não é uma

filosofia. Seu fundador é o Santo dos Santos, sua doutrina é verdade”. Madre Maria Helena - Irmãs de

Belém.

JESUS sinal visível do Amor de DEUS, deixa-nos a sua Igreja.

5 – Comentar um pouco sobre amor (deixar os catequizandos livres para comentar)

Comentário: Vou apresentar para vocês um amor diferente! Que amor será esse? Vou falar do Amor de

DEUS.

O catequista expõe o cartaz em lugar visível onde todos poderão vê-lo. (O cartaz contém fixo nele um

coração vermelho, bonequinhos na parte inferior representando a humanidade e do coração parte fitinhas

para lembrar a união de DEUS para com os seus amados. Amor em grego é sair de si, é doação. DEUS sai

de Si e vai ao encontro da humanidade. E no decorrer da explanação abaixo o catequista vai completando).

Para falar deste grande amor e você se maravilhar de sua grandeza, vamos iniciar falando desde do início

de tudo.

No início do mundo a terra estava sem forma e vazia e o Espírito de DEUS pairava sobre as águas. (O

catequista poderá utilizar uma metade de cartolina preta ou marrom e ao pronunciar isto vai fazendo

movimento giratório na cartolina com a pomba).

O amor é, por natureza, transbordante - sai fora das bordas... Assim como a água transborda de sua

nascente e forma o rio... O amor de DEUS é tão intenso que transborda e cria o Universo! E, em amor, por

amor e para o amor DEUS cria o Homem à sua imagem e semelhança, à imagem da Santíssima Trindade:

Page 14: 01 apostila parte01

“Façamos o Homem à nossa imagem, como nossa semelhança, e homem e mulher DEUS os criou” (Gn

1,26-27).

Imagem e semelhança de DEUS, o Homem foi criado para uma vida de amor, de intimidade com DEUS e

com o próximo, seu irmão. Foi criado para reinar sobre o mundo, “para o cultivar e o guardar” (Gn 2,15),

respeitando a obra criadora de DEUS, preservando a natureza e sabendo usá-la para o bem comum.

DEUS e o homem viviam em perfeita comunhão (mostrando no cartaz apontando do coração para a parte

inferior, através das fitinhas) e nada lhes faltava. O bem-estar era tão grande que o autor sagrado narra na

Bíblia que o homem vivia no paraíso, isto é, um estado de vida extremamente agradável, e o Senhor

passeava à brisa do dia e conversava com o homem.

Que tamanha Paz! Que grande companheiro é o nosso DEUS!

E Amor de DEUS por esta humanidade é enorme! (e voltando para os catequizandos continua...) Isto é

proclamado para nós (pode-se dirigir alguém e exclamar: para você fulano) DEUS é apaixonado por cada

um de nós. E, esse DEUS é Pai. Ninguém é Pai como DEUS! Ele quer o seu bem e está ansioso para

abençoar profundamente a sua vida e toda a sua família de uma maneira que você nem pode imaginar! A

maior felicidade da humanidade é poder chamar a DEUS de Pai. É simplesmente maravilhoso poder

levantar as mãos para o céu e exclamar: Pai nosso que estás no céu... Você tem um DEUS que é PAI, já

imaginaram a grandeza disso? E o maior dom do homem, a maior alegria, este privilégio vale mais do que

tudo o que há neste mundo, porque o dono do mundo quis ser e é o nosso PAI. Ele nos chama pelo nome.

DEUS te conhece pelo nome; Mas não é só o nome que Ele conhece (Maria, Vera), Ele te conhece na

intimidade. Ele sabe o que somos capazes de fazer. DEUS nos conhece mais que todo mundo. Ele

conhece a minha vida, meus sentimentos, pensamentos, alegrias, tristezas, minha força e minha fraqueza.

É um conhecer muito mais que ter uma apreensão exterior. Conhecer, na visão bíblica, é travar uma

experiência de vida, ter um contato existencial, uma familiaridade profunda semelhante à de um marido e de

sua esposa ou a de uma mãe por seu filhinho. E por te conhecer tanto Ele te ama demais!

Você é especial, você é único para DEUS! Podemos lembrar daquela impressão digital gravada em nossa

carteira de identidade. É uma prova impressa, visual, simples mas incontestável, de você é único, de que

não existe outra pessoa igual a você!

Estamos tão acostumados com isso que quando lembramos não nos mergulhamos na profundidade do seu

significado e na grandeza que reside no íntimo de todo ser humano.

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E essa grandeza humana única nos remete “Aquele” que nos criou como seres “ únicos” e que nos ama

como filhos únicos.

E diante dessa maravilhosa realidade. O salmista exclama: “Essa verdade por demais maravilhosa, é tão

sublime que não posso compreênde-la .Sl138,6. Não posso compreende-la? É verdade! Mas posso tomar

posse desta verdade agora e vive-la com intensidade. VOCÊ É ÚNICO PARA DEUS!

A alegria da experiência do amor de DEUS é algo indescritível. Quem a tem, pode partilhar, testemunhar,

mas jamais poderá traduzir em palavras a profundidade desta experiência. Mesmo que você a tenha em

algum encontro, ela é pessoal e intransferível. Ao mesmo tempo ela é igual para todos por ser marcante,

santificadora, momento de cura, de auto conhecimento, de paz. Nela DEUS se revela plenamente, ainda

que não possamos percebê-lo totalmente e em geral, nos identificamos com o que é resposta àquilo que

estamos vivendo.

Marcante porque quem experimenta DEUS nunca mais esquece. Se você teve uma experiência com DEUS,

ela modifica a sua vida de alguma forma. Até a rebeldia e a resistência às coisas de DEUS são reações à

ação de DEUS na tua vida. E não pense que DEUS te invadiu ou não respeitou sua liberdade. Nada disso!

Pode ser que você não aceite, mas a verdade é que “o desejo de DEUS está inscrito no coração do

homem, já que o homem é criado por DEUS e para DEUS” (CIC 27).

Em matéria de viver e amar DEUS nos precedeu, isto é, Ele toma a iniciativa; Ele nos procurou antes do

que nós O procurássemos e continua a nos querer perto D’Ele, mesmo que não O procuremos nunca, Ele

estará nos chamando, não como quem procura, mas como quem quer diálogo. DEUS sabe onde estamos

e sabe, perfeitamente, o que somos e o que sentimos”.

DEUS nos criou por amor, e planeja imergir-nos em seu amor por toda eternidade. Mesmo quando me

afasto de Dele, Ele permanece sempre comigo, envolvendo-me tanto quanto eu permito, chamando-me à

completa união com Ele. É projeto de DEUS ver-nos face-a-face.

DEUS nos busca diariamente porque somos muito preciosos para Ele.

Foi DEUS quem te amou primeiro e o escolheu como filho e é exatamente por causa deste amor sem limite,

Ele te trouxe aqui hoje e tenho certeza que Ele tem um plano especial para você.

Diz São João: “Amemos a DEUS porque DEUS nos amou primeiro” 1Jo4-19. DEUS nos procura como uma

mãe busca seu filho, simplesmente por que o ama. (Pode-se refletir aqui o salmo 138 ou Jer1,5).

O amor de DEUS por nós é ETERNO, é PESSOAL e é INCONDICIONAL.

Page 16: 01 apostila parte01

Ele não nos perde de vista e mostra para todos nós que somos filhos queridos e que podemos chamá-lo de

PAI. Diz São João Magno disse: “Este é o dom que supera todos os outros; que DEUS chame o homem de

Filho e que o homem chame de Pai a DEUS”.

Nós somos muitos preciosos para a DEUS. Somos a obra mais preciosa da criação. DEUS deixou sua

marca, seu selo em toda obra da criação “... E viu que era bom” mas quando criou o homem, quando criou

você, “Ele viu que era muito bom”. Sabe porque? Por que Ele viu no homem à sua imagem e semelhança.

E podemos confirmar este amor tão intenso lendo em Is 54,10 diz: ”Mesmo que as montanhas oscilassem e

as colinas se abalassem, jamais meu amor te abandonará”. Amor imenso! Quer dizer que o amor de DEUS

é impossível ser medido, não existe nada que possa comparar.

Quantas e quantas vezes chegamos a pensar: DEUS se esqueceu de mim! Será que isto é possível?

Vejam que bela canção inspirada no profeta Isaías para fazer uma comparação maravilhosa do Amor do

nosso DEUS: “A mãe será capaz de se esquecer algum daquele que gerou? Mas se existir acaso tal

mulher Eu lembrarei de ti” (ou ler a passagem): Isaías Is49,15-16. Vejam! é este DEUS apaixonado por

você é que eu quero apresentar. Ah! Tome posse disso, isso é proclamado para você individualmente”.

Pode haver uma declaração de amor mais profunda e desafiadora do que essa? Mesmo que nossa mãe

nos esquecesse – e isso é impossível! – Ele não nos esqueceria jamais.

DEUS tatuou o nosso nome na palma de Sua Mão. Ah, que maravilhoso é isso! Cada vez que Ele usa a

Sua Mão, vê o nosso nome ali tatuado, lembra-se de nós, olha-nos e nos abençoa, pois nos ama com a

filhos únicos.

É isso mesmo! DEUS Pai procura nos convencer de que nos ama. Deseja muito que cada um de nós nos

sintamos amados por Ele e hoje ouvimos na Sua Palavra, de modo tão humano, “tatuado” que o nosso

nome está tatuado em Sua Mão.

Você pode exclamar: Tantas mães abandonam seus filhos! Sim, abandona, mas esquecer que um dia

gerou um filho isto é difícil demais de acontecer. Pois esta é a comparação, DEUS jamais esquecerá de

seus amados! Ele jamais deixará de nos amar e nos atrair. Amará e atrairá até darmos o último suspiro!

E como DEUS não cessa de atrair-nos para ele, em todas as culturas, em todas as crenças, em todos os

povos podemos perceber essa busca do homem por DEUS, mesmo quando nos relacionamos com Ele com

esquecimento, negação, resistência ou rejeição.

E já que isso é verdade, estamos sempre a um passo de experimentá-lo em nossas vidas. Podemos

começar das pequenas coisas. Pode parecer bobo, mas aquela sensação gostosa da brisa do mar batendo

em seu rosto no fim da tarde fala de DEUS para você. O encontro inesperado com alguém de quem você

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tinha muita saudade fala de DEUS para você. Os teus filhos na inocência de criança falam de DEUS para

você. O zelo de tua mãe, o esforço do teu pai, tua capacidade de aprender, os seus planos e tantas outras

coisas falam de DEUS para você. Basta você perceber. Comece com esses presentes de DEUS a cada

manhã e que se estendem por todo o dia. Depois passe a perceber DEUS nas atitudes, nos

acontecimentos, e até no mal que é transformado por Ele em um bem, muitas vezes trazendo um alerta,

provocando mudanças de vida, gerando crescimento pessoal e comunitário. É um exercício. Aos poucos

você vai perceber que a sua vida é por si só, desde o seu nascimento, é uma experiência concreta de

DEUS que passou despercebida, esquecida ou negada.

Tudo isso para que procurem a DEUS e se esforcem por encontrá-lo como que às apalpadelas, pois na

verdade ele não está longe de cada um de nós.” (Atos 17, 27).

Qual é o maior desejo do homem?

O maior desejo do homem é ver a DEUS. Este é o grito de todo seu ser. Quero ver a DEUS!. O homem

realiza sua autêntica e plena felicidade na visão e na beatitude d’Aquele que o criou por amor e o atrai para

si com seu amor infinito.

Por isso agora convido a experimentar o AMOR DE DEUS. Tome posse deste momento pois será

marcante em sua vida.

6 - Dinâmica:

Com os olhos fechados, vamos imaginar. Cada um vai olhar para dentro de si e perceber como está agora,

você pode também pensar naquilo que mais detesta em você, aquele defeito que você gostaria de não ter,

com aquele vício que não consegue se libertar. Ainda com os olhos fechados, imagine uma pessoa à sua

frente. É um velhinho acolhedor e amoroso. Imagina Ele te estendendo a mão como uma mãe, como um pai

estende a mão para acolher o seu filho e lhe dizendo: Eu te amo desse jeito, com esse defeito que você não

consegue se libertar, com esse vício que prejudica sua saúde, é desse jeito que Eu te amo.

Fale o seu nome: Por exemplo: Dôra, DEUS me ama como sou. É Ele que diz para você agora: Is43,1-5

(ler e partilhar com os catequizandos - ainda com os olhos fechados. Toda vez que você ouvir Israel ou

Jacó, fale o seu nome, é para você esta declaração de amor).

Que DEUS tremendo! Que DEUS tremendo! Que declaração de Amor! Quanta confiança Ele quer te

oferecer! Se esta Palavra chegou ao seu coração com valor maior do que o do ouro refinado, se desceu

mais doce que o destilar dos favos, se veio do coração de DEUS e se foi para você eu convido você a um

desafio: Sinta Ele à sua frente e fale para Ele — Senhor, eu entrego todo o meu ser nas Tuas mãos nesta

hora — Sinta esta presença, ouça Ele dizendo para você: Dôra, eu te amo por que te amo. Eu decidi te

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amar e o amo com amor eterno. Como esperei por este momento para declarar o meu amor por você

Dôra!... (pode-se colocar a música baixinho Ou Senhor eu sei que Tu me sondas). DEUS quer ser o seu

amigo. Você já imaginou a grandeza disso? Ter DEUS como um amigo?!

Antes de abrir os olhos poderá dar para cada catequizando um espelhinho dentro de um envelope ou

coração duplo. De modo que ao abrir o catequizando se verá no espelho, porém antes o catequista dirá:

Agora você vai conhecer a pessoa mais amada do mundo! Você quer conhecê-la? Então abra seu coração.

(O espelho deverá conter os dizeres: “Eis o meu filho muito amado!” Levar os catequizandos a refletir um

pouco sobre a sua imagem. Ler e refletir 1Jo3,1-3).

E ainda para maravilharmos do que ouvimos retomo: “Eu te chamo pelo nome...” O Pai declara que nos

conhece pessoalmente, sabem bem o nosso nome, como um pai conhece seus filhos e chama cada um

por seu próprio nome.

“Tu és meu!” Se pararmos para refletir sobre essa declaração, perceberemos com que profundidade e

realismo o Pai nos ama como a filhos únicos: “tu és meu”! quer dizer: “Tu me pertences! Fui eu que te

chamei à vida! Sou teu Pai! És meu filho muito amado! Tu és meu e mais ninguém!

Ah, como é bom saber que DEUS me ama, não é verdade!? E o amor de DEUS é tão enorme, tão intenso,

tão perfeito que hoje Ele te trouxe aqui para declarar o seu amor por você (o catequista poderá olhar nos

olhos de cada catequizando e falar para ele: O Amor de DEUS por você, fulano, é sem medida, você é

único para DEUS). DEUS te ama como você necessita ser amado. O amor de DEUS é incondicional.

Hoje DEUS quer te revelar o que Ele espera de você. Muitos poderiam estar aqui, mas não estão. Por que

será que você, fulano, está aqui agora? Certamente Ele quer te revelar que deseja muito vê-lo face-a-face.

Mas por que fulano, fulano, e não fulano (as preocupações do mundo, quem sabe?). Muito tem medo de

DEUS!

Irmãos isto tudo é mistério de DEUS. Quero apenas dizer para você que está aqui é que você foi o

escolhido. “DEUS quer salvar todos os homens” (Tm2, 4). Isto quer nos dizer que ninguém foi criado para a

condenação eterna.

E com certeza você poderá estar com uma dúvida: se o amor de DEUS por nós é tão intenso, por que há

tanto sofrimento no mundo? Eu respondo para você com toda certeza que DEUS não quer que soframos.

Se isso acontece em nossa vida é por causa do pecado. Foi o pecado que trouxe todo o sofrimento ao

mundo. DEUS não quer a ruína do homem, mas permite, respeitando a sua livre opção.

Page 19: 01 apostila parte01

O problema da dor e do sofrimento é um mistério que está intimamente ligado ao pecado original e

acompanha a humanidade desde suas origens. A presença de JESUS é sempre um alívio para os corpos e

uma garantia da libertação espiritual.

Cristo não tirou o sofrimento da vida do homem. Mas assumiu a natureza humana e transformou a dor e o

sofrimento em instrumento de redenção. Assim valorizou o sofrimento humano, transformando-o em

princípio de ressurreição e vida.

7 - O que é o pecado?

É a falta de confiança em DEUS. Confiamos mais em nós mesmos do que em DEUS. Não queremos

depender de DEUS, queremos fazer a nossa vontade, negando assim a DEUS. O Pecado consiste em não

confiar no amor de DEUS e em sua sabedoria; é confiar mais na força humana do que na força do alto. É

um não dito a DEUS.

Apesar de não faltar nada ao homem e gozar da presença viva de DEUS, deixaram-se seduzir pela

serpente. O pecado corrompeu o espírito do Homem e o Homem olhou para DEUS como um rival: quis ser

como DEUS. Cedeu o Homem à tentação e transgrediu a ordem de DEUS (Gn 3,4s). Pelo pecado, o

Homem rompeu com DEUS, arrastando consigo toda a comunidade humana, isto é, a natureza humana.

O homem livremente escolhe a desobediência, contrariando a ordem que haviam recebido de DEUS, para

que não comessem do fruto da árvore (simbologia do fruto da árvore usada para explicar a origem do

pecado) que estava no meio do jardim. O homem, criado à imagem e semelhança de DEUS, foi chamado a

viver na presença de DEUS, com um destino sobrenatural. Pelo pecado foi expulso do Paraíso, isto é, da

vida de DEUS. Mas... tendo sido criado para DEUS, o homem sempre sente saudades do convívio divino e

do Paraíso, isto é, um estado de vida agradável que fora perdido pelo pecado e com isso sofre.

Pecaram, viraram as costas para o DEUS de Amor, preferiram seus projetos aos projetos de DEUS. Se

desligaram de DEUS, que é a fonte da vida e, em conseqüência, se aproximaram da morte. (O

catequista desliga as fitinhas do coração e as deixas penduradas). Pronto! Está o homem desligado da

Verdadeira Vida, do seu Criador, seu PAI amoroso!

O homem não quis depender de DEUS, ele quis fazer-se DEUS. Tratou não somente de conhecer o bem e

o mal, mas de constituir-se juiz soberano de suas próprias ações; direito que pertence somente ao Criador.

A humanidade sofre e torna-se incapaz de chegar até DEUS por suas próprias forças. O homem foi

atendendo seus anseios, desejos, tentações e assim o pecado foi se alastrando para o mundo todo e hoje

podemos ver o que está aí. Ele se tornou escravo do pecado Jo8,34-36. O homem tenta ser feliz por

diversos caminhos, mas na força humana:

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a) Falsos caminhos (droga, vícios, o sexo, disk TV para sexo, disk TV para companhia, namoros na

Internet, etc).

b) Falsos ídolos (dinheiro, poder da mente, horóscopos, doutrinas, bruxaria, etc).

E para tudo isto, uma má notícia. O homem não encontrará solução. O homem tem um grande inimigo que não

pode vencer; tem um problema que não pode resolver e não consegue sair do pecado. O homem não pode

salvar a si mesmo e nem salvar os outros. O homem não pode chegar a DEUS com suas próprias forças.

Diante desta má notícia, será que não há solução? Temos, mas é claro que temos! Nós já não vimos o

tamanho do amor de DEUS por nós? Nem mesmo o sofrimento são capazes de nos afastar do Amor de

DEUS e esta deve ser a razão da nossa perseverança. DEUS não desiste do ser humano por que o ama

desde toda a eternidade. E aí rebanho amado, o que será que NOSSO DEUS AMOROSO FEZ? Jo3,16-

18

É preciso que o DEUS vivo venha ocupar o lugar que é só Dele em nosso coração. Lugar que ninguém e

nada pode ocupar, a não ser Ele mesmo. E se ali não estiver, o lugar ficará vago e surgirá o vazio, a

saudade, a sensação de ausência e de perda.

8 - Qual é a Solução/Boa notícia?

Há uma solução para salvação do mundo, somente uma: JESUS. O amor de DEUS chegou a tal ponto que

transbordou. DEUS se encarnou na pessoa de JESUS Cristo. O homem estava incapacitado de chegar até

DEUS, por isto, DEUS chegou até o homem através de Seu Filho; JESUS veio e venceu Satanás. (Gn

3,15). Mas como aconteceu isto?!

DEUS inflamado de amor pela humanidade, porque o amor de DEUS é assim mesmo! Até a ingratidão dos

homens inflama o seu amor, e, inflamado Ele derrama-0 na Pessoa de JESUS CRISTO. JESUS se encarna

e vem morar no meio de nós (o catequista coloca a cruz no cartaz, ligando o coração aos bonequinhos), a

fim de ensiná-lo a amar, a viver, a saborear a amizade e o amor do PAI e dar possibilidade ao homem

fazer novamente comunhão com DEUS. JESUS é o 1º e maior sacramento do PAI, isto é, o primeiro sinal

que comunica o amor de DEUS pela humanidade.

Quando DEUS nos percebeu feridos pelo pecado de Adão e Eva, Ele não nos abandonou pelo contrário,

ainda mais nos assumiu, compromentendo-se com o nosso destino e sorte, com nossa dignidade e

salvação.

O Pecado longe de afastar DEUS de nossa vida, faz com que Ele mais ainda se apaixone por nós, seus

filhos. Ele não aceita ver seu filho muito amado no caminho da infelicidade. JESUS é o caminho que nos

leva ao PAI!

Page 21: 01 apostila parte01

Ao falar de JESUS, é por demais importante tomar conhecimento e assimilar que é possível a comunicação

da pessoa humana com DEUS. Porém, é bom ficar claro para nós aqui agora que esta iniciativa é do

próprio DEUS. Portanto, o próprio DEUS é quem dá início ao relacionamento pessoal com Ele.

JESUS CRISTO. Não foi a humanidade que pediu a vinda do Filho de DEUS. Isso é coisa do PAI! Em vez

de ele exigir que nós subíssemos até ele, preferiu que o Filho descesse até nós. E para facilitar ao máximo,

JESUS desembarca no mundo como um de nós. DEUS derrama todo seu amor na pessoa de JESUS

CRISTO. JESUS deixa tudo com o PAI aquilo que o possa diferenciar das pessoas humanas. Ele abre o

caminho de maneira desimpedida, para que todos tenham acesso.

Ah, como não maravilhar do nosso DEUS!

A iniciativa da ruptura partiu do Homem; a iniciativa da reconciliação só poderia vir de DEUS “porque

DEUS é Amor” IJo4,8 e está sempre em busca do Homem, obra de suas mãos!

“Pois DEUS, o Pai, não enviou seu Filho ao mundo para condenar o mundo, mas para que o mundo

seja salvo por ele” (IJo3 17).

Outro aspecto de fundamental importância é que, na pessoa de JESUS, a comunicação ficou muito fácil,

porque Ele criou a maneira de fazer isso. E Ele não veio só para falar às pessoas. Veja que maravilha! Ele

elevou as pessoas humanas à condição de interlocutores de DEUS e não apenas ouvintes. Cada um de

nós é esse interlocutor que fala entre si. Somos os participantes do diálogo.

E mais! dialogamos com Ele como irmãos entre irmãos! Ele se fez um de nós, como nós, e possibilitou-nos

tornarmo-nos um com Ele.

No nosso dia-a-dia, encontramos exemplos da vida real: pessoas “importantes” que se achegam dos

simples com naturalidade; que conversam com os simples de igual para igual. Já perceberam que quando

isto acontece a gente sente bem? Sim! Por que percebemos que podemos nos achegar e dialogar.

E esta é a pedagogia de DEUS, Ele nos envia JESUS em tamanha simplicidade para que o ser humano

pudesse adquirir confiança e sinceridade e assim dirigir a DEUS com naturalidade, porque Ele próprio

assim o quer, assim escolheu.

JESUS desce e assume toda a humanidade. Ele assume tudo que não presta do homem e sente que é

preciso que Ele tome do homem as suas dores e seus pecados. Mas o que é tomar? (o palestrante pega

algum objeto de um dos participantes e exclama: “Isto me pertence? Não! O que foi que fiz? Eu tomei”).

Page 22: 01 apostila parte01

Foi isto que JESUS fez! Ele conhecendo o homem no seu mais íntimo do seu ser e percebendo que o

homem não consegue chegar a DEUS por suas próprias forças, Ele toma pra si as misérias e fraquezas do

homem, para que o homem pudesse chegar até DEUS. Ele vive aqui na terra condições humanas

verdadeiras. Diz um pensamento de Leonardo Boff: “Para ser tão humano, só poderia ser DEUS”.

JESUS com sua Morte e Ressurreição deu a você vida (o catequista pode pegar agora o crucifixo). JESUS

aceita livremente sofrer e morrer numa cruz para que o homem tivesse acesso a DEUS (o catequista une

mais fitinhas ao coração). Vida de Filho de DEUS. JESUS é o nosso Salvador. Ele nos comunica a vida

Divina. Ele dá sentido a vida humana. Só Ele é capaz de derrubar todas as barreiras que nos impedem de

ver a DEUS. JESUS veio ao mundo por mim, por você pessoalmente, apesar dos nossos pecados somos

muito amados de DEUS e JESUS é a grande prova disso. Somos tão preciosos para JESUS que Ele

promete dizer nossos nomes a Seu Pai.

Ah, como não exclamar: “Muito obrigado JESUS por seu amor!”

E JESUS afirma e, na cruz, confirma: “Ninguém tem maior amor do que aquele que dá a vida por seus

amigos” (Jo 15,13), e, dando ao homem a vida divina, tornou-o filho adotivo de DEUS.

Cristo não tirou o sofrimento da vida do homem, mas assumiu a natureza humana e transformou a dor e o

sofrimento em instrumento de redenção. Assim Ele valorizou o sofrimento humano, transformando-o em

princípio de ressurreição e vida.

E é através de JESUS Cristo que DEUS vai chamando diariamente cada um de seus filhos para aquilo que

Ele quer. Vou citar para vocês várias situações de pecado; de um lado o homem de coração aberto,

decidido a mudar e de outro lado JESUS com a sua infinita bondade, o Amor de DEUS, que se fez em

pessoa Humana, acolhendo e restituindo a paz.

a) Jo 8, 1-11 – a mulher adúltera, JESUS restitui a paz e diz: “vai e não peques mais”.

b) Lc 19, 1-10 – o rico Zaqueu, JESUS devolve-o a dignidade humana, dá um novo sentido a sua vida,

libertou-o da sua cobiça.

c) Lc 23, 39-43 - o Ladrão arrependido – Paz com DEUS. Deu-lhe uma nova vida.

Em todos nestes fatos vemos a misericórdia (ter coração para com os miseráveis) de DEUS e a vontade do

ser humano. (Aos poucos iremos conhecer estes textos melhor e amá-los muito).

A fé em JESUS Ressuscitado é a certeza de que a intimidade profunda entre DEUS e o homem não é apenas

uma promessa ou algo que se realiza no passado, mas uma aliança definitiva. JESUS é a última revelação de

DEUS Pai. E é na Bíblia que veremos como DEUS se revela a Si mesmo e nos dá a conhecer o mistério da Sua

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Vontade. A razão de JESUS vir a terra foi para revelar o amor e a vida do Pai aos homens e levá-los ao Pai.

Com JESUS Cristo, o inimigo visível do homem, a morte eterna, está vencida e tudo isso só tem uma

explicação: “De tal modo DEUS amou o mundo...” Jo3,16. JESUS foi ferido por causa de nossos pecados,

esmagado por caus de nossos crimes...” Is53,5 (O catequista deverá pronunciar isto com o crucifixo na mão).

Então: JESUS CRISTO é o caminho definitivo, é a tábua da salvação para toda a humanidade. Com JESUS

inicia-se uma nova criação IICor5,17.

Nós somos salvos em JESUS! Rm5,8-9

Nós estamos salvos, que notícia maravilhooooosa! E o que é cada um deve fazer?

Rebanho amado, você está salvo! Tome posse disso agora! Mas... o que adianta anunciar para você, que você

tem uma grande herança em Pidamonhagaba, se você não for lá tomar posse? Adianta alguma coisa? Não! É

isto que você está convidado a fazer: Tomar posse desta salvação que hoje foi anunciada... Assuma JESUS em

sua vida!

(o parágrafo a seguir cai bem se contar a história do quadro JESUS batendo na porta)

DEUS não força. Ele nos acolhe sempre que O procuramos. DEUS quer, Ele deseja muito fazer parte de

nossa vida, mas nos deixa livre. Ele não força a entrada em sua vida, em seu coração, uma vez que, a

porta do coração, só se abre por dentro, Ele espera ansioso a sua resposta, coloca os ouvidos na porta,

para ver se escuta algo, tamanha é a sua esperança. O que O faz continuar é o amor que Ele tem por nós.

Não importa, se até hoje, você não quis DEUS em sua vida, o que importa é a sua resposta daqui para

frente. DEUS jamais se cansa e nunca se cansará de procurar buscar seus filhos distantes, faça chuva ou faça

sol, DEUS quer você, porque Ele simplesmente o ama muito.

Ele quer entrar na sua vida como você está agora, pois o nosso DEUS é um eterno apaixonado pela

fraqueza, pela miséria humana. Condena o pecado, mas ama totalmente o pecador.

Mas ... para que você tome posse dessa salvação, deverá ter algo muito essencial que é a fé. É impossível

acreditar em tudo que está sendo proclamado sem fé. Sim! Você vai sair para o mundo que proclama tudo ao

contrário, que te convence que precisa aproveitar a vida e com isso muitas vezes através do pecado - Fé é

dom, é GRAÇA DE DEUS Ef2,1-9.

Sua vida será um sucesso se você hoje sair daque e ir ao encontro do Senhor e pedir a de graça “voltar por um

outro caminho”: O Caminho é JESUS. Pense nisso e boa caminhada.

9 - O que é a fé?

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Fé é certeza das realidades que ainda não se pode ver e sentir. Fé não é sentimento, não é uma abstração. Fé

é mudança de vida, de coração. Fé é o fundamento da nossa vida cristã. Fé é uma da virtude teologal, isto é,

vem de DEUS e a recebemos no batismo. Fé é crer em DEUS, confessá-lo como seu único Senhor e Salvador,

é assumir JESUS como nossos irmãos protestantes assumem. É afirmar que só JESUS SALVA, que JESUS é

o Senhor de minha vida!

Fé é caminhar em direção a DEUS, é aderir à pessoa e a missão de JESUS Cristo. Fé é convidar JESUS para

tudo aquilo que vai fazer, é convidá-lo para fazer parte de sua vida. É um sim lúcido e consciente a Cristo. É o

abandono pelo qual o homem desiste de contar com seus próprios pensamentos e forças, para entregar-se à

palavra e ao poder daquele em quem crê (catequista poderá usar o cartaz com o neném nas mãos). É

aceitar as verdades por Ele revelado. É através de JESUS Cristo que DEUS vai chamando diariamente

cada um de seus filhos para aquilo que Ele quer. JESUS Cristo é o centro da revelação de DEUS.

Se juntarmos a fé em DEUS à sinceridade e pureza de nossa alma, removeremos todos os obstáculos para

nosso progresso e felicidade. Porém a fé só age com toda a sua força em nós quando estamos voltados à

verdade e ao bem.

Um detalhe que podemos falar sobre a fé: “CREIO, mas não pratico”! É possível isso? Às vezes num

encontro de amigos, a conversa gira em tono de assuntos religiosos, é comum alguém afirmar, com

naturalidade e segurança: “Creio, mas não pratico”! Trata-se de uma afirmação que parece ser tão bem

formulada, de um pensamento que dá a a impressão de ser tão lógico que, normalmente, ninguém o

contesta. E, assim, dias depois, em outro grupo, se a discussão for também sobre questões religiosas, é

possível que alguém volte afirmar: “Creio, mas não pratico”! Por que não questionamos? Por que já se

tornou tão comum... A justificativa desse comportamento varia de pessoa para pessoa. Há aquele que

deixou de lado a prática religiosa pela decepção com um líder; alguns sem perceber, abandonara, pouco a

pouco, sua vida de fé: passaram tanto tempo sem rezar, sem participar de nenhuma atividade na Igreja que,

quando notaram, já havia organizado a vida de de tal maneira que não havia mais esaços para

expressões religiosas, e outros ainda tinham um conhecimento tão artificial que abandonaram sem nenhum

questionamento. Sua fé fica resumida em atos sociais.

Mas afinal, é possível crer sem praticar? Algumas pessoas deixam de viver uma fé alegando que não

gostam de ritos, celebrações e dizem que procuram uma religião “mais interior”, livre...

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Acontece que não somos seres espirituais, eles sim não precisam de sinais, gestos e palavras para se

relacionarem. Nós somos seres humanos e precisamos de tudo isso, usamos até o nosso corpo como meio

de comunicação. Traduzimos nossos sentimentos com um sorriso, um aperto de mão, uma palavra;

fazemos questão de nos reunir.

Os Dons do Espírito Santo

E se você estiver pensando que não tem mais fé? Como irá fazer? Você vai pedir a DEUS para revivar a

sua fé, pois você a recebeu no seu batismo. No batismo recebemos todos os Dons do Espírito Santo

necessário para caminhar na fé. É só pedir que o Espírito Santo lhe concederá. Você é filho de DEUS!

Gl4,6-7 – Vós sois filhos, com certeza Ele vai derramar o Espírito Santo! Vamos ver esta certeza também

em Lc 11, 9-13 (ler a passagem). A palavra de DEUS é viva e eficaz, então abra o seu coração e peça o

dom da fé, que certamente você conseguirá! (O catequista poderá dirigir uma prece espontânea pedindo o

derramamento do Espírito Santo) E você recebendo o Espírito santo, receberá vários frutos - Gl5,22-23.

O Espírito Santo nos leva a glorificar a DEUS – ICor6,19-20 – A própria dignidade do homem pede que ele

glorifique a DEUS no próprio corpo e não permita que se escravize às inclinações perversas do coração.

E um detalhe importante demais: Quanto mais optamos pelas coisas de DEUS, qunato mais deixemos que

Ele ocupe nosso coração, mais as nossas mentes se abrem à necessidade de uma conversão. Precisamos

estar abertos para DEUS se comunicar conosco.

O Espírito Santo vai nos ajudar a sentir o amor de DEUS. Ele age abrindo nosso entendimento, nossas

faculdades mentais para descobrirmos que somos realmente amados. E ao sentirmos amados, com

certeza, a nossa vai reviver e daí teremos condição de assumir JESUS.

10 - Porque às vezes aparecem pessoas sem fé?

Porque elas se deixaram guiar pelas coisas que o mundo oferece. E muitas destas pessoas voltam a

DEUS pela dor, sofrimento, vazio.

Já falamos do amor de DEUS, do pecado, da solução e da fé. Mas tem algo muito importante ligado a tudo

isto. Quem sabe? É a conversão.

11 - O que é conversão? At3,17,19-20

Page 26: 01 apostila parte01

É a decisão de mudar, é exatamente isto que somos convidados a fazer com este encontro. Converter é

abrir o coração. De que tenho que converter? (do rancor, ódio, preguiça, comodismo, falta de perdão).

Converter é nos reconciliar com DEUS.

E para que fiquem tranqüilos e abertos à conversão é necessário que você saiba: DEUS não nos olha

segundo os nossos pecados, mas segundo o Seu AMOR, não nos trata conforme nossos pecados, mas

segundo o Seu AMOR. O que converte uma pessoa e que o transforma, é sentir o amor de DEUS.

Quem é tocado por esse amor não fica indiferente. Peçam a DEUS hoje uma experiência no seu amor.

Insista como uma criança, persevere com uma criança: PAI eu quero sentir o seu AMOR, eu quero me

encontrar contigo! Deixe o VERDADEIRO AMOR TE TOCAR! Reconcilie com DEUS agora! Jo3,3; Ap3,15-

16.

Conversão é fácil, é só ser dócil a voz da sua consciência. É refletir na ação a ser praticada: Isto me leva a

DEUS ou não?

12 - O que é reconciliação?

É a retomada dos laços de união. É conversão no seu sentido profundo: voltar-se para DEUS e sua

vontade; voltar-se amorosamente para os irmãos; voltar-se de forma responsável para a realidade que nos

cerca. E esta conversão, primeiramente do coração e da vida, é celebrada no sacramento da reconciliação

(Confissão) – Rm5,1-5

DEUS sempre que nos acolher, vamos conferir esta afirmação em 2CR7,14 ou Ex34,6-7 – É isso mesmo!

DEUS nos conhece, sabe de que barro somos feito, mas Ele é amoroso demais e sempre nos acolherá.

Como não maravilhar do nosso DEUS!

13 - Falamos o que vamos fazer (ter fé e conversão). Como vamos viver esta fé?

Esta fé vai vivê-la em comunidade. O Reino de DEUS acontece aqui e agora. Não é para depois: “eu faço

parte deste Reino e tenho que levar a vida, a resposta ao irmão”. É na comunidade que alimentamos a

nossa fé, nossa união, através das orações e da participação dos sacramentos, e, assim, fortalecidos, levar

a Boa Notícia a todos os irmãos.

Se fores seguidor de JESUS deve comungar os ideais de JESUS, se assim não for, não seremos os

verdadeiros seguidores Dele (não existe fé isolada) Rm12,5 – Nós formamos a Igreja o Corpo de Cristo.

Igreja esta que “JESUS não só amou-nos até o fim mas até as últimas possibilidades do amor”.

Page 27: 01 apostila parte01

E isso (comunidade) constitui um esforço pessoal e muito importante, por que às vezes ouvimos certas

pessoas que afirmam não ser necessário ir à igreja e assistir missa para acreditar em DEUS. E é verdade

que elas têm razão! Mas chamo atenção para o fato de que uma fé assim, quase anti-social, corre o risco

de se apagar e desaparecer. E nas dificuldades? Quantas vezes nos sentimos sem força e recorremos

aos irmãos aqui na Igreja! Um olhar... uma palavra... E se estiver fora como iremos fazer? É por que muitas

vezes é a fé dos outros reforça a minha fé.

Quanto mais irmãos eu vejo rezando comigo na igreja, mais eu me animo e faço atos de fé. É espontâneo,

é natural! Faço uma comparação que pode pecar, mas que ajuda. Um exemplo que todos podem

visualizar; No campo de futebol e ficamos no lado da torcida do nosso time, temos mais coragem e

convicção de torcer; quando, porém, estamos no meio da torcida adversária, ou quando a torcida do time é

reduzida, temos entusiasmo de torcer e de gritar, não é issso?

É bom a gente dar testemunho e receber testemunhos positivos de fé! Assim sendo, viver em comunidade

é essencial para alimentar a nossa fé (testemunho pessoal). Tão essencial como nossa vida em

comunidade “social” trabalho, escola, etc... E como viviam os primeiros cristãos – At2,42.

Assim como precisamos de uma família, escola, clubes, etc.., precisamos do grupo de fé a Igreja, para

crescer na fé, especialmente em tempos de “tempestade”. Na comunidade, nós nos ajudamos

mutuamente a crescer na fé. A fé é um tesouro e, juntos, devemos cuidar bem dela. (testemunho de vida de

comunidade – Dora). O que vou fazer também na Comunidade? Vamos ler Ef4,11-16

E, falando em Comunidade, lembro que o maior ponto de oração comunitária Cristã é a Santa Missa.

Concluindo: Vamos pedir a DEUS que aumente em nós o dom da fé para que possamos acompanhar com

amor e carinho esta etapa de catequese que hoje iniciamos. Levar o catequizando o desejo de agradecer o

encontro com oração espontânea – Ap3,19-22a.

Gesto concreto: Você deverá lembrar e repetir durante toda a semana: DEUS me conhece pelo nome e

me ama como ninguém. Você sentiu a presença de DEUS na sua vida, durante a semana? (partilhar no

próximo encontro) - Cantar: O amor de DEUS é maravilhoso (48) ou O Senhor tem muitos filhos.

Antes de despedi-los, poderá distribuir em envelope fechado a carta da página seguinte orientando-os que

deverão abri-la quando tiver tempo suficiente para ler e meditar. Deverá ser lida em espírito de oração.

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Motivação para o próximo encontro: Hoje conhecemos o Nosso Pai, o tamanho do seu amor por cada

um de nós. Como será que DEUS nos comunica conosco? Será imperdível o próximo encontro!

Meu Filho Amado : Maria Auxiliadora

O meu desejo de PAI, com esta carta que lhe escrevo é confirmar a você o que já ouvi durante o encontro de Catequese,

a Boa Notícia, e exortar com muito carinho você a fazer uma profunda experiência de amor COMIGO.

Você pode falar comigo! Perceba neste momento diante MIM. Perceba minha presença transmitindo a Paz que durante

toda a sua vida você procurou. Eu olho para você e, radiante de Luz, espero uma reação sua... O que você quer falar

agora? Que palavras você quer dirigir a MIM, meu Filho Amado? Quer agradecer a vitória que JESUS conquistou para a

sua felicidade eterna, morrendo na Cruz e derramando Seu Sangue Redentor por você? Abra o seu coração, EU quero

muito ouvir você! Já pensou no que você, Meu amado Filho, diria a JESUS? Então diga agora mesmo, porque Ele

também está aqui a seu lado, vendo e escutando você neste momento. Nós queremos ouví-lo!

Não me importa como está sentido, por onde você andou, o que você já fez em sua vida. O que importa Meu Filho

Amado, é que agora neste momento estou diante de você. Esperei muito por este momento poder estar diante de você!

Quantas vezes você desejou aproximar–se de mim e fazer um pedido, desabafar, aliviar seu coração, mas as mágoas e

traumas profundos que traz e carrega como um peso em seu coração, sempre impediram-no de confiar plenamente em

MIM. Hoje, porém, com a Fé e a Esperança depositadas no ENCONTRO DE CATEQUESE COM ADULTOS e no valor

infinito e eterno do PRECIOSÍSSIMO SANGUE DO MEU FILHO DERRAMADO NA CRUZ, preço pelo qual foi pago, para

todo o sempre, sua valiosa filiação, encontras coragem e disposição para oferecer, entregar sem reservas e consagrar a

MIM, SEU PAI, este seu corpo que, com tanto AMOR criei, e esta alma onde, com infinita Misericórdia, soprei a VIDA

ETERNA.

Na paz e felicidade interior que nascem desta entrega radical, sinta-se livre o suficiente para se lançar e abandonar,

como criança pequenina e indefesa, na segurança e no calor de MEUS BRAÇOS FORTES E PODEROSOS DE PAI.

Permita-se, meu filho que experimente desde agora, através de sinais transformadores e visíveis em sua vida, e

depois, por toda a eternidade, que ninguém é PAI como eu sou. NINGUÉM É PAI COMO DEUS! NINGUÉM AMA

COMO EU!

Amado Filho, deixe tudo de lado, não deixes este momento de Graça passar em sua vida pois o Sangue de JESUS, MEU

FILHO, preço de sua salvação, é muito valioso para ser desvalorizado ou ignorado.

Aceite os meus sinceros votos de uma CATEQUESE COM ADULTOS transformadora em sua vida e na vida de seus

familiares, e o despertar de uma nova criatura em você.

NINGUÉM É PAI COMO EU SOU!!!!!

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Um abraço carinhoso e afetuoso de Seu PAI, SEU DEUS, que jamais o esquecerá!

A BÍBLIA

Tema: A Bíblia

Objetivo: Mostrar ao catequizando que a Bíblia é Palavra de DEUS.

1 - Motivação: Levar os catequizandos comentar os tipos de comunicação que existem, incentivando a

participação de todos dando ênfase na carta de amor.

2 – Introdução

A Bíblia, chamada de Sagrada Escritura, é a palavra de DEUS. Ela nos revela o insondável amor de

DEUS-Pai para seus amados, que é toda a humanidade. É o amor de DEUS traduzido em palavras. A

Bíblia é DEUS nos falando e nos revelando seu amor, indicando-nos o caminho e o segredo da posse

da vida, a salvação. A Bíblia nos revela um DEUS apaixonado pela vida humana. Revela-nos um DEUS

tão junto da vida e da história humana, que não há paralelos iguais na história das religiões. DEUS tem

um recado para nós. Ele fala ao coração de cada pessoa usando a linguagem da própria vida.

Ela nos mostra um DEUS PAI sempre presente, harmonizando a nossa existência. A pedagogia de

DEUS concretiza-se na prática de JESUS CRISTO, na força do Espírito Santo.

A Sagrada Escritura nos apresenta DEUS como presença paterna e misericordiosa. “Como um pai que

educa o seu filho, assim DEUS educa o seu povo” Dt8,5.

A Bíblia é o Livro que nos permite descobrir esse amor sem limites de DEUS- PAI. De um modo

particular, o amor do coração de nosso DEUS PAI que se traduz em palavras. A Bíblia traz a mensagem

de DEUS para todos nós, ela é uma verdadeira carta de amor do Nosso Pai. DEUS fala conosco em

todas as épocas e de diferentes maneiras: pelos fatos da vida do povo de DEUS, por atitudes humanas

e, pessoalmente, em JESUS Cristo. (Hb 1,1-2) Toda Bíblia é comunicação de DEUS com os homens!

Cantar: Toda Bíblia é...

A palavra de DEUS é viva e eficaz. Só podemos dizer que DEUS É AMOR quando amamos

concretamente nossos irmãos. A grande chave da Bíblia é o Amor. Só entende a Bíblia quem ama no

dia-a-dia.

A Bíblia tem dois pontos fundamentais:

1º) Mostra quem é DEUS, não o que é DEUS em Si, pois isso é um mistério. Mostra o que Ele é para

os homens, e o projeto que Ele realiza na vida e na história. Em toda a história da humanidade vemos

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que se o homem aceita, DEUS se prontifica a caminhar com ele, a fim de conquistar a vida e a

liberdade.

2º) Mostra quem são os homens; a Bíblia é realista e não se preocupa em ser edificante. Nela

encontramos o que o homem tem de bom e de perverso; os tropeços, o egoísmo, a teimosia, as

angústia, as buscas e a boa vontade.

A Bíblia mostra o encontro dos homens com DEUS e caminhando em busca da vida e da liberdade.

Outros se fecham em torno do próprio egoísmo, dos seus pecados, da sua comodidade. A Bíblia,

portanto, é a nossa história. É o diálogo entre DEUS e os homens e este diálogo atinge seu ponto alto

na pessoa de Nosso Senhor JESUS Cristo.

A Bíblia é o nosso Livro Sagrado. Bíblia é uma palavra grega que significa livros. Ela não é um livro,

mas uma coleção de livros, é uma verdadeira biblioteca.

Ela não é um livro científico. Para entendê-la melhor é preciso distinguir o que é exato do que é

verdadeiro. Exato é tudo o que pode ser visto, tocado e comprovado. Verdadeiro é o que traz

dinamismo e gera o novo na vida das pessoas, mesmo sem provas materiais. Não é cientificamente

exata a linguagem com que a Bíblia relata, por exemplo, a criação do mundo e do homem. Mas é

verdadeiro o que a Bíblia afirma acerca dela, usando para isso a cultura e linguagem do povo de Israel

e a forma como seus sábios compreenderam a revelação de DEUS e relação inicial dos antepassados

com Ele.

A Bíblia, a Sagrada Escritura, é dividida em duas partes que são: O Antigo e o Novo Testamento. A

mesma palavra grega significa tanto aliança como testamento. Poderíamos, então, dizer: Antiga e Nova

aliança.

O que é o Antigo Testamento?

O Antigo Testamento narra a revelação feita por DEUS antes da vinda de Nosso Senhor JESUS Cristo

ao mundo, isto é, a história do povo e DEUS. O AT é o testemunho autêntico da Revelação Divina.

Nele encontramos a história de Israel, o povo que DEUS escolheu para com ele fazer uma aliança.

Portanto, o Antigo Testamento é a história de um povo. Narra como ele surgiu, como viveu escravo no

Egito, como possuiu uma terra, como foi governado, quais as relações que teve com outras nações,

como estabeleceu as suas leis, a sua religião. Apresenta seus costumes, sua cultura, seus conflitos,

derrotas e esperanças.

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Mas essa parte da Bíblia é, antes de tudo, a história desse povo em aliança com DEUS. Nada do que se

conta no Antigo Testamento a respeito de Israel está desligado do seu relacionamento com Javé, o nome

com que DEUS se revelou. O Antigo Testamento conta como esse povo se comportou em relação a Javé.

Mostra qual o projeto que DEUS quis realizar no meio da humanidade através desse povo.

Israel foi um povo escolhido, diferente, justamente porque estava encarregado de realizar esse plano de

DEUS. Esse projeto aparece bem claro nesses livros: considerar só DEUS como o Absoluto, para que as

relações entre as pessoas possam ser fraternas e ter como centro a vida e a liberdade.

Vendo como Israel foi fiel ou não a esse plano e como DEUS agiu no meio dele, poderemos nos aproximar

com mais compreensão da outra parte da Bíblia, chamada Novo Testamento.

Como se divide o Antigo Testamento?

O Antigo Testamento é uma biblioteca de 46 livros, onde encontramos as experiências, individuais e

coletivas, do povo de Israel com DEUS. Esses livros formam quatro grandes blocos ou tipos de escritos: o

Pentateuco, os livros históricos, os livros poéticos e sapienciais e os livros proféticos.

1. O Pentateuco compreende os cinco primeiros livros da Bíblia. Nele temos a criação do mundo e do

homem, a formação do povo de Israel, sua libertação e condução através do deserto para uma terra, e

as normas básicas que devem reger uma sociedade justa e fraterna.

2. Os livros históricos mostram os diversos momentos da vida do povo de Israel na terra prometida e no

exílio: suas grandezas e lutas, e as conseqüências práticas de sua fidelidade ou infidelidade ao DEUS

da aliança.

3. Os livros poéticos e sapienciais apresentam a reflexão de Israel a partir das experiências concretas de

vida. Tais livros tratam dos problemas que surgem na vida de cada um e que exigem um discernimento,

para que se possa encontrar sentido e realização na vida.

4. Os livros proféticos são uma crítica profunda do presente, para abrir caminhos para o futuro. Antes do

exílio, os profetas criticam as estruturas políticas, econômicas, sociais e religiosas injustas e opressoras,

exigindo mudanças radicais para que se instaure uma sociedade segundo a justiça e o direito. Após o

exílio na Babilônia, eles são anunciadores de consolação e esperança no Senhor, para que o povo de

Israel possa reconstruir a sua história conforme o projeto da aliança com DEUS.

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O que é o Novo Testamento?

O Novo Testamento composto de 27 livros narra a revelação feita diretamente por JESUS Cristo e

transmitida pelos apóstolos e autores sagrados. Sua mensagem central é o próprio Filho de DEUS.

No Novo Testamento sobressai os Evangelhos, onde nós vemos a missão e a Vida de JESUS. Sendo

DEUS e Homem, o próprio JESUS é a expressão total dessa aliança: ele mostra que DEUS é Pai para

os homens, e como os homens devem viver para se tornarem filhos de DEUS.

Através de sua palavra e ação, JESUS inaugurou a nova aliança ou, em outras palavras, o Reino de

DEUS. Esse Reino ou aliança não é mais aliança com um povo. É aliança aberta a todos os homens,

todos os povos de todos os tempos e lugares.

JESUS não deixou nada escrito. Ele pregou, ensinou e colocou em prática a vontade de DEUS. Isso fez

com que ele entrasse em conflito com a estrutura da sociedade, que o perseguiu, prendeu e matou.

Mas JESUS ressuscitou, enviou o Espírito aos seus seguidores, chamados apóstolos e discípulos, e

estes continuaram sua missão, pregando, ensinando e fazendo como JESUS fazia. Foram eles que

escreveram o que encontramos no Novo Testamento. Não pretenderam fazer uma biografia de JESUS,

nem uma história ou crônica da ação dos seus seguidores. Eles quiseram, em primeiro lugar, anunciar

JESUS para que os homens tivessem fé e se comprometessem com JESUS. Fé e compromisso que

significam continuar sua palavra e ação, construindo o Reino.

Os livros do NT nos narram também o nascimento da Igreja. No Novo Testamento destacamos os

evangelhos, Atos dos Apóstolos, 21 epístolas (cartas pastorais, trazem ensinamentos dos Apóstolos às

comunidades que foram surgindo com a difusão do Evangelho) e o livro do Apocalipse, o único livro

profético do Novo Testamento (Livro escrito utilizando-se de uma simbologia forte).

O que são Evangelhos?

Evangelho é uma palavra grega que significa “boa notícia”. Os evangelhos de Mateus, Marcos, Lucas e

João são escritos que nasceram em comunidades cristãs particulares, refletindo suas necessidades,

seus problemas e seu compromisso de fé com JESUS Cristo. Bem cedo esses escritos começaram a

circular em outras comunidades, e logo se tornaram patrimônios de toda a Igreja.

Objetivo dos Evangelhos: Os evangelhos apareceram entre 30 e 70 anos depois da morte de JESUS. Sua

intenção não era em primeiro lugar fazer uma biografia, uma história de JESUS. Queriam, sim, esclarecer e

manter vivo na comunidade o compromisso com JESUS, recordando e adaptando suas palavras, sua

atividade e seu destino (morte e ressurreição). Desse modo, as comunidades podiam continuamente se

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lembrar do que deviam dizer e fazer e de como era chamada a seguir o mesmo destino de JESUS, rumo à

morte e ressurreição. Os Evangelhos são quatro, a saber:

1) Evangelho de São Mateus – Apresenta JESUS como mestre da justiça. Ele é o novo Moisés.

Mateus apresenta JESUS com o título de Emanuel, que significa: “DEUS está conosco” (Mt 1,23). À medida

que lemos este Evangelho, vamos descobrindo o significado desse título: DEUS está presente em JESUS,

comunicando a palavra e ação que libertam os homens e os reúnem como novo povo de DEUS. As últimas

palavras de JESUS (Mt 28,20) são uma promessa de permanência: “Eis que eu estarei com vocês todos os

dias, até o fim do mundo”. Essas palavras, dirigidas ao grupo dos discípulos, mostram que Mateus vê a

comunidade cristã como semente do novo povo de DEUS, povo que é o lugar onde se manifestam a

presença, ação e palavra de JESUS.

Segundo Mateus, JESUS é o Messias que realiza todas as promessas feitas no Antigo Testamento. Essa

realização ultrapassa as expectativas puramente terrenas e materiais dos contemporâneos de JESUS, que

esperavam apenas um rei terrestre para libertá-los da dominação romana. Frustrados em suas expectativas,

eles o rejeitam e o entregam à morte. Por isso, a comunidade reunida em torno de JESUS torna-se agora a

portadora da Boa Notícia a todos os homens, a fim de que eles façam parte do Reino do Céu.

Logo de início, Mateus apresenta JESUS como o Mestre que veio realizar a justiça: “devemos cumprir toda

a justiça” (Mt 3,15). O restante do Evangelho mostra que, através da palavra e ação, JESUS vai educando a

comunidade cristã para a prática dessa justiça, isto é, vai ensinando como se deve realizar concretamente a

vontade de DEUS. Desse modo, a comunidade aprenderá a dizer a palavra certa e a realizar a ação

oportuna no tempo e lugar em que está vivendo.

2) Evangelho de São Marcos – Responde a pergunta: quem é JESUS?

Marcos escreveu o seu Evangelho para responder à pergunta “Quem é JESUS?”. O evangelista, porém,

não responde isso diretamente. Ele apenas relata a prática ou atividade de JESUS, deixando que o leitor

chegue por si mesmo à conclusão de que JESUS é o Messias, o Filho de DEUS (1,1; 8,29; 14,61; 15,39).

Portanto, na leitura de Marcos, o importante é estar atento ao que JESUS faz.

O livro de Marcos é apenas o começo da Boa Notícia, ou Evangelho (1,1). O autor deixa claro, portanto,

que sua obra não é completa e que, para chegar ao fim, supõe que o leitor tome uma posição: continuar o

livro através de sua própria vida, tornando-se discípulo de JESUS. Como discípulo, o leitor deve agora

chegar a uma decisão, isto é, reconhecer JESUS como o Messias que leva à plenitude da vida (8,29; 15,39)

e aceitar o seu convite, indo ao encontro do Ressuscitado na Galiléia (16,7). Não se trata simplesmente de

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voltar a ler o Evangelho desde (1,14) e sim, de continuar no tempo presente a atividade concreta de

JESUS, através de uma prática que faça renascer continuamente a esperança da vinda do Reino.

3) Evangelho de São Lucas: Com JESUS nasce uma nova história.

O terceiro Evangelho apresenta o caminho de JESUS como um caminho que se realiza na história. Para

percorrê-lo, o Filho do Altíssimo (1,32) se faz homem em JESUS de Nazaré (2,1-7), trazendo para dentro da

história humana o projeto de salvação que DEUS tinha revelado, conforme a promessa feita no Antigo

Testamento (1,68-70).

O ápice desse evangelho está nas palavras de JESUS na cruz: “Pai, nas tuas mãos entrego o meu espírito”

(23,46). A morte de JESUS é a sua libertação nas mãos de DEUS. Ela aparece como conseqüência da sua

ação voltada para os pobres e oprimidos, provocando toda a violência do sistema baseado na riqueza e no

poder. Mas ela é também a libertação, por causa da obediência total e confiante a DEUS.

Lucas também é o autor do livro Atos dos Apóstolos. Os três evangelhos acima são chamados Sinóticos,

isto é, eles são semelhantes entre si.

4) Evangelho de São João: JESUS é o caminho, a verdade e a vida.

O Evangelho de João é diferente dos três primeiros. Em Mateus, Marcos e Lucas há muitos milagres e

palavras de JESUS. Em João encontramos apenas sete milagres, que são chamados de sinais, e alguns

discursos que se desenvolvem lentamente, repetindo sempre os mesmos temas-chave.

O Evangelho de João é uma espécie de meditação, que procura despertar e alimentar a fé em JESUS

Cristo, o Filho de DEUS, a fim de que os homens tenham vida (Jo 20,30-31). JESUS é o enviado de DEUS,

aquele que revela o Pai aos homens. DEUS ama os homens e quer dar-lhes a vida. JESUS revela esse

amor e realiza a vontade do Pai, dando sua vida em favor dos homens. João procura mostrar isso através

dos sete sinais que ele apresenta na primeira parte do Evangelho, salientando aí a importância do

compromisso da fé. Na segunda parte, ele mostra a mesma coisa, salientando a importância do amor e

narrando o supremo sinal: a volta de JESUS ao Pai, através da morte e ressurreição.

O evangelista São João escreveu também três cartas (IJo, IIJo e IIIJo, dirigidas à Igreja, isto é, a nós) e o

livro do Apocalipse.

Atos dos Apóstolos - Este livro é a segunda parte do Evangelho de São Lucas. No Evangelho, Lucas

apresenta a vida e a atividade terrestre de JESUS como uma grande viagem que vai da Galiléia até

Jerusalém, centro político-religioso do judaísmo. Nos Atos dos Apóstolos, ele apresenta a atividade dos

apóstolos como uma grande viagem que vai de Jerusalém até Roma, o centro do mundo naquela época. O

resumo do livro dos Atos está em At 1,8: “O Espírito Santo descerá sobre vocês, e vocês serão minhas

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testemunhas em Jerusalém, em toda a Judéia e Samaria, até os confins da terra”. O livro dos Atos é,

portanto, o livro do testemunho. Há quatro pontos importantes nesse livro: o kérigma, a catequese, a vida

das comunidades e a missão.

O kérigma é o primeiro anúncio, para provocar a conversão daqueles que não aceitaram ou daqueles que

ainda não conhecem JESUS Cristo. Esta foi a primeira atividade dos apóstolos.

A catequese é o aprofundamento na fé daqueles que já se converteram, mas sentem necessidade de

conhecer mais detalhadamente a pessoa, o ensinamento e a prática de JESUS.

A vida das comunidades: A ação dos apóstolos dá origem às primeiras comunidades cristãs, núcleo de uma

nova sociedade, baseada na fraternidade e na partilha. O livro narra também as dificuldades, os conflitos

que essas comunidades viveram e enfrentaram.

A missão apostólica, sintetizada principalmente na figura de São Paulo. Ele é apresentado como o modelo

do agente missionário que leva o Evangelho por todas as partes, até atingir o centro do mundo daquela

época (Roma).

Temos também no NT as cartas dos Apóstolos dirigidas a várias comunidades e um livro profético que é o

Apocalipse, que quer dizer revelação.

3 – Como a Bíblia chegou até nós.

DEUS fala pela vida do povo. Em seguida, o povo conta e reconta como descobriu DEUS na vida, ou seja,

era o povo que conservava a história na memória. E onde eram contadas estas histórias? Era nos templos,

em romaria, enfim qualquer lugar onde tinha o povo de DEUS reunido. É isto que chamamos de Tradição

Oral. Hoje a tradição é registrada nos documentos eclesiásticos (Igreja).

Temos a revelação, tradição e Magistério da Igreja. Daí surge a Sagrada Escritura, nosso livro por

excelência e os documentos da Igreja, sendo estes inesgotáveis, isto é, sempre haverão.

A Bíblia foi escrita para: contar o passado, anunciar o futuro e mostrar o presente.

Por volta do ano 1200 a C, o povo começou a escrever estas histórias em folhas de papiro (um tipo de

papel) e pergaminho (couro seco de ovelha). O objetivo era preservar bem na memória a revelação de

DEUS na vida do povo.

Os primeiros escritos foram anônimos, com o passar do tempo, foram colecionados, atualizados e

incorporados em conjuntos maiores. Só então foram atribuídos a algum grande personagem. Por exemplo,

a Lei foi atribuída a Moisés, os salmos a Davi e os livros sapienciais a Salomão (livros que apresentam a

sabedoria e a espiritualidade de Israel). A Bíblia ficou pronta no ano 100 d.C.

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Dentre as diversas traduções da Bíblia, vamos ver as duas mais conhecidas que são: Tradução dos Setenta

e a Vulgata.

a) Tradução dos Setenta: Como foi que surgiu esta tradução? Os Judeus de Alexandria falavam o grego e

tinham uma literatura própria. Era necessária que tivessem também a Bíblia em grego.

Começou-se então a tradução da Bíblia para o grego em meados do séc. III a.C. e durou cerca de um

século. Diversos tradutores trabalharam com resultados diferentes. Os Judeus foram os primeiros a

perceber que o que “era dito em hebraico quando traduzido perdia sua força para outra língua”. Mesmo

assim esta tradução foi usada e recebeu o nome de “a tradução de Alexandria”. De onde surgiu a

denominação de Setenta? Surgiu de uma lenda; diz que esta tradução teve origem milagrosa, a saber: o rei

Ptolomeu II (285-247 a C), querendo possuir um exemplar grego dos livros sagrados dos Judeus, teria

pedido ao sumo sacerdote Eleázaro de Jerusalém os tradutores respectivos. Eleázaro teria enviado seis

sábios de cada uma das tribos de Israel (72 sábios) para Alexandria. Cada um destes sábios ficou em um

cubículo isolados e produziram o mesmo texto grego do AT! Este fato tornou-se bastante conhecido e fez

com que a tradução de Alexandria fosse também denominada dos “Setenta Intérpretes”. Isso é muito

importante porque refere o modo como os Judeus liam a Bíblia nos século III/II a.C.

b) A Vulgata: Entre os Cristãos do Ocidente havia no século IV tantas traduções latinas da Bíblia que os

leitores se viam confusos a respeito. Foi por isto que o Papa São Dâmaso (366-384) d.C pediu a São

Jerônimo que fizesse uma revisão dessas traduções. São Jerônimo dedicou uma boa parte de sua vida,

mais ou menos 20 anos, levando uma vida de ascetismo e de estudo. Sem esmorecer diante das

dificuldades e sem se cansar no longo e áspero caminho, revisou o texto grego do N.T. e traduziu o

hebraico do A.T., dando à Igreja um texto latino que logo se propagou e foi chamado “Vulgata latina”. Esta

tradução foi lida até o Concílio Vaticano II. Hoje a que nós lemos é a tradução Neo-Vulgata, isto é, a mesma

do São Jerônimo, porém com mais recursos lingüísticos.

Falando em São Jerônimo, é bom lembrar que o seu dia é comemorado no dia 30/09. Vamos pedir a Ele

neste dia que interceda a DEUS por nós para que despertemos maior interesse pela Sagrada Escritura.

4 – O Autor da Bíblia

O autor da Bíblia é o próprio DEUS. A Bíblia é, do início ao fim, inspiração de DEUS. Inspiração é a

iluminação da mente do autor humano para que possa, com os dados de sua cultura religiosa e profana,

transmitir uma mensagem fiel ao pensamento de DEUS. Então podemos afirmar claramente que DEUS

nada dispensa a atividade do homem. Podemos dizer que a Bíblia é um livro humano e divino. A Bíblia é

toda de DEUS e toda do homem, ela nos transmite o pensamento de DEUS revestido da linguagem

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humana. Assemelha-se como o Mistério da Encarnação; DEUS se revestiu da carne humana. A Bíblia é a

palavra de DEUS revestida da palavra do homem.

“Toda a Escritura é inspirada por DEUS e útil para ensinar e para convencer, para corrigir e para educar

na justiça, a fim de que o homem de DEUS seja perfeito e preparado para as boas obras." (2Tm 3, 16-

17)".

A finalidade da inspiração bíblica é estritamente religiosa. Não existem erros na Bíblia. Não podemos

comparar fatos encontrados na Bíblia com o de ciências naturais. Portanto, o objetivo da inspiração bíblia

é religiosa, pois nos ensina aquilo que o homem não pode compreender por sua inteligência, ensina sobre o

plano de amor e salvação que DEUS tem para nós.

5 – Gênero literário

Como já vimos, a Bíblia é a palavra de DEUS revestida da palavra humana. Veja, se DEUS usou o homem

para que Sua palavra fosse escrita, Ele respeitou a linguagem e o gênero de cada autor. Se este quis usar

de metáfora, não deverei tomá-lo ao pé da letra, se quis usar de gênero estritamente narrativo, não deverei

entendê-lo metaforicamente.

Assim, temos na Bíblia vários estilos diferentes; a poesia, história, parábolas, etc. Cada gênero literário tem

suas regras de expressão, por exemplo: temos uma história belíssima, espécie de romance que é o livro de

Tobias. Mas devemos ter sempre em mente que todo e qualquer versículo da Bíblia, por menor que seja,

tem o objetivo de transmitir um ensinamento divino.

O livro Cânticos dos Cânticos também nos fala de um amor apaixonado. Ele aborda a experiência humana

mais profunda, universal e significativa: o amor. Porém, de que amor se fala? Ele nos fala

inseparavelmente, pois o homem, com toda sua humanidade, é imagem e semelhança de DEUS e, além

disso, como diz São João, “O amor procede de DEUS, e todo aquele que ama nasceu de DEUS, e conhece

a DEUS... pois DEUS é Amor” (1Jo4, 7-8). Assim sendo, o amor humano é o espelho, o sacramento, o

sinal, a manifestação do próprio DEUS. Em suma este livro mostra o Amor de DEUS para com os homens

Cant2,8-10 e Os11,3-4.

Nestes textos é narrado em linguagem bem humana o tamanho do amor de nosso DEUS! No primeiro é

relação apaixonada de homem/mulher. Quem de nós aqui não chama o seu amado de algum nome

carinhoso? Assim é o nosso DEUS. No texto de Oséias vemos a relação de PAI/MÃE que cuida de seu

filho. Deixe-se ser cuidado por esse PAI AMOROSO!

A Bíblia inteira está penetrada pelo amor gratuito e misericordioso de DEUS. É um amor que humaniza,

dignifica e promove; um amor que corrige quando é necessário; um amor que liberta e salva.

Page 39: 01 apostila parte01

Temos também um livro de difícil leitura que é o Livro do Levítico. Este livro é um dos mais difíceis e o

menos lido na Bíblia. Qual será o seu conteúdo? O livro do Levítico apresenta um emaranhado de leis,

cerimônias, rituais, festas e costumes. Até JESUS parece desestimular sua leitura quando Ele critica as leis

sobre o que é puro e impuro. Os Judeus observavam à risca o conteúdo deste livro.

Mas, mesmo que este livro apresenta dificuldades para a leitura e muitas leis superadas mas não podemos

esquecer que faz parte da revelação de DEUS e tem mensagem válida sempre. É no Levítico que

encontramos o convite: “Sede santos por que eu, o Senhor vosso DEUS, sou santo” Lv 19,2. E também

encontramos uma regra de ouro, que JESUS retoma: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo“ Lv 19,18.

Outro estilo muito usado pelo Mestre JESUS é o da parábola. Por exemplo, o Filho Pródigo, onde JESUS

quis nos mostrar o grande amor de DEUS e como Ele trata o pecador que se arrepende. Lc 15-11-32

A linguagem da Bíblia é a linguagem daquela época; era a realidade daquele povo. Às vezes aparece

sentido metafórico.

Outro exemplo de parábola é a da videira; onde JESUS diz ser a videira, DEUS é o agricultor; e quem são

os ramos? Somos nós! JESUS fez a comparação da videira, pois todos aqueles que O seguiam conheciam

muito bem esta árvore, e, assim, tantas outras comparações.

Os números na Bíblia também têm um significado forte. O povo usava os números para se expressar: Por

exemplo, para dizer que uma pessoa era muito abençoada e vivia na Graça de DEUS, diziam: fulano viveu

765 anos. Sobre a nossa Irmã Dulce na Bahia, o povo iria dizer que ela teria vivido 1000 anos, pois

sabemos que ela teve sua vida totalmente voltada para servir a DEUS e ao próximo. Os números 7 e 12

também são muitos usados na Bíblia. O 7 perfeição, o 12 totalidade. Temos aquela passagem em JESUS

que devemos perdoar 70 x 7, isto é para sempre.

O número 40. A Bíblia usa com freqüência período de 40 dias (ou 40 anos) para indicar ocasiões especiais

em que são vividas experiências importantes: São 40 anos de caminhada do povo no deserto, os 40 dias

que JESUS esteve no deserto, 40 dias de Moisés no Monte Sinai, 40 dias de preparação para a Páscoa,

que é a Quaresma, etc. Existem outras passagens na bíblia para mostrar “tempo completo”, isto é, tempo

necessário para se ter uma experiência perfeita. Esses períodos vêm antes de fatos importantes e se

relaciona com a necessidade de ir criando um clima adequado e dirigindo o coração para algo que vai

acontecer.

Há também na Bíblia mentalidade “meio estranha” mas era mentalidade do povo naquela época, por

exemplo, vimos a história de Samuel em 1Sm 3,1-10. Sua mãe era estéril e por causa disso vivia no templo

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orando para que o Senhor lhe concedesse um filho, pois as mulheres estéreis eram consideradas

amaldiçoadas por DEUS.

Enfim, estes foram alguns exemplos que nos ajudam a compreender e amar a Bíblia Sagrada.

6 – A Bíblia católica é diferente da protestante?

Se um católico descobre em casa uma Bíblia publicada pelos protestantes, freqüentemente fica meio

cismado e pergunta: “Será que posso ler? Será que não é diferente da Bíblia católica?” Por outro lado, não

entende como pode haver duas Bíblias, uma diferente da outra. A Palavra de DEUS não é uma só?

A questão é a seguinte: na Bíblia protestante faltam alguns livros na parte do Antigo Testamento, livros que

existem na edição católica: Baruc, Tobias, Judite, Sabedoria, Eclesiástico, os dois livros dos Macabeus,

pequenos trechos dos livro de Ester (10,4-16,24 e alguns trechos do livro de Daniel. São chamados de

livros deuterocanônicos (segunda lista). A Igreja católica os aceitou como sendo inspirados, como sendo

Palavra de DEUS, enquanto para os protestantes são chamados apócrifos).

Apócrifos para nós católicos são certos livros antigos, semelhantes a livros bíblicos não inseridos na Bíblia e

são considerados apócrifos – palavra grega que significa “escondido” mas neste caso adquiriu o sentido de

“falso”. Indicando, portanto, os livros de origem incerta, são eles: Os mais conhecidos o Proto-evangelho de

Tiago e o Evangelho secreto da Virgem Maria.

Para entender essa diferença, é preciso conhecer um pouco a história do texto do Antigo Testamento. A

Bíblia, inicialmente, só existia em hebraico. Quando os Judeus se espalharam pelo mundo, sentiram

necessidade de traduzi-lo para uma língua mais universal naquela época: o grego. Acontece que no Antigo

Testamento traduzido foram colocados alguns livros que não estavam na Bíblia hebraica e que eram mais

recentes. São aqueles que citamos acima. Os protestantes consideram como Palavra de DEUS só os livros

do Antigo Testamento que fazem parte da Bíblia hebraica, enquanto que a Igreja católica considera

também alguns que foram acrescentados na tradução grega feita pelos Judeus.

Para organizar a lista dos livros da Bíblia os Fariseus antigos, julgaram que, para serem inspirados por

DEUS, os livros deveriam ser:

a) Antigo, isto é, não escritos depois de Esdras e Neemias.

b) Escritos em língua “sagrada” isto é, hebraico e aramaico.

c) Fossem de acordo com a lei de Moisés.

d) Tivessem origem na Palestina e não em terra estrangeira. Os livros de Tobias, Judite, Sabedoria,

Eclesiásticos, Baruc, I e II Macabeus, não satisfazem todos esses requisitos e não foram aceitos pelos

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fariseus na organização e fixação do Cânon, isto é, a lista de livros. Os protestantes adotaram o cânon

hebraico, por isso na bíblia deles faltam os 7 livros mencionados acima.

Essa é a diferença entre a Bíblia católica e protestante. O Novo Testamento é igualzinho. Portanto, se você

tem uma Bíblia protestante não precisa rasgá-la ou queimá-la. Basta você estar ciente de que faltam esses

livros, que você poderá ler uma Bíblia católica (explicar o rodapé).

É bom ressaltar também que mesmo entre as bíblias católicas existem algumas diferenças nas traduções.

Por exemplo: Ave Maria é diferente da Bíblia de Jerusalém. Mas por que existe diferença? As diversas

traduções têm o objetivo somente de facilitar a leitura do povo mais simples. Mas esta diferença é apenas

no vocabulário usado, o conteúdo é o mesmo.

7 – Necessidade da leitura bíblica

A Leitura da Bíblia é necessária para todos os Cristãos. É o nosso livro por excelência. É verdade que a

leitura da Bíblia não é indispensável para a salvação. O que seriam das pessoas que não sabem ler? Mas

isso não deve diminuir a atenção aos textos sagrados, mesmo porque, a Bíblia inteira é uma verdadeira

carta de amor que o nosso Pai nos envia com as Suas exortações, conselhos. Seria uma grande falta

de amor para com DEUS não ler a sua Carta.

8 – Como devemos ou não ler a Bíblia

a) Com espírito de oração. Ler a Bíblia é entrar em contato com DEUS, daí se conclui que as

disposições devem ser as mesmas que se recomendam para a oração: humildade, retidão de

intenção, pureza de coração e o desejo de maior união com DEUS.

b) Buscar apenas conhecimentos divinos.

c) Não devemos ler a Bíblia em busca de curiosidades ou espírito crítico.

DEUS NÃO SE COMUNICA COM O ORGULHOSO

9 - Preciso ler também o Antigo Testamento?

Sim, para compreender o NT é necessário ler e conhecer também o AT, pois o Novo Testamento é o

cumprimento do Antigo Testamento.

Como exemplo cito o Evangelho de São Mateus, para compreendê-lo bem é bom que se conheça o

Livro do Levítico.

10 – Como localizar uma passagem na Bíblia.

Os livros da Bíblia são divididos em capítulos, e os capítulos em versículos. Os capítulos são indicados

com números grandes; os versículos com números pequenos. No começo das Bíblias encontramos

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sempre uma lista das abreviaturas dos livros. Para citar uma passagem, coloca-se a abreviatura do

livro, seguida por número que indicam o capítulo e o versículo que se deve ler. Vejamos alguns

exemplos:

a vírgula separa o capítulo do versículo. Ex.: Jo1,14 = Evangelho de João, capítulo primeiro,

versículo quatorze. “E o verbo.....” e 1Jo3,2.

o traço pode indicar uma seqüência de versículos ou uma seqüência de capítulos. Ex.: Dt 15,1-8

= livro do Deuteronômio, capítulo quinze, versículo um até o versículo oito.

Mt 5,3-7,5 = Evangelho de Mateus, do capítulo cinco, versículo três, até o capítulo sete, versículo

cinco.

o ponto separa versículos saltados. Ex. Is43,1-4.6 = Livro de Isaías, capítulo 43, versículos 1 a 4,

pula o versículo 5 e lê o versículo 6.

o ponto e vírgula separam tanto capítulo de capítulo, como livro de livro. Ex.: Mt 5,3;8,2 =

Evangelho de Mateus, capítulo cinco, versículos três, depois, Mateus, capítulo oito, versículos dois. e

capítulo oito, versículo dois ou Mt 5,3; Lc 2,4 = Evangelho de Mateus, capítulo cinco, versículo três e,

depois, Evangelho de Lucas, capítulo dois, versículo quatro.

Para localizar um livro dentro da Bíblia, consulte o índice, que mostrará em que página está aquele livro.

“Talvez você seja o único Evangelho que seu irmão possa ler. Você já pensou nisso?”

11 - Os Povos citados na Bíblia.

1) Os Samaritanos - Apesar de não pertencerem ao judaísmo propriamente dito, os samaritanos

aparecem como um grupo característico do ambiente palestinense e são mencionados várias vezes no

Novo Testamento. São considerados como raça impura pelos Judeus, por serem descendentes da

população israelita misturada com estrangeiros que se transferiram para a Samaria, após a queda do

Reino do Norte sob o poder da Assíria em 722 a.C. (2Rs 17,24-41). Considerados como grupo herético

e cismático, os samaritanos viviam em contínua rixa com os Judeus, que os detestavam até mais que

aos pagãos.

Mais ainda que os Judeus, os samaritanos observavam escrupulosamente a tradição oral e as leis do

Pentateuco, que para eles é a única Escritura válida. Além disso, seu lugar exclusivo de culto não é

Jerusalém, mas o monte Garizim, que fica perto de Siquém, na Samaria. Acreditavam na profecia e

esperavam um messias que se chamava Taeb (= aquele que volta); este, porém, não seria um rei

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descendente de Davi, mas um novo Moisés, que revelaria a verdade e organizaria a sociedade no fim

dos tempos.

Os samaritanos aparecem diversas vezes nos Evangelhos. Um dia JESUS foi insultado com o apelido

de “samaritano” (Jo 8,48). Jo 4 informa sobre a conversa de JESUS com uma samaritana, sua pregação

aos habitantes de uma aldeia da Samaria e a conversão de muitos; mas a narrativa deixa clara a

hostilidade que existia entre os dois grupos. Todavia, o Evangelho abre um horizonte novo: um

samaritano é apresentado como exemplo de amor ao próximo (Lc 10,33ss), e o único dos dez leprosos

a quem JESUS curou, e que lhe agradeceu, era um samaritano (Lc 17,16). JESUS não poderia exigir

ato maior de um Judeus do que aceitar um samaritano como irmão.

2) Os Essênios - Os essênios eram uma espécie de associação ou comunidade religiosa do judaísmo,

um tipo de ordem monacal com tendências claramente ascéticas. O nome vem do aramaico e pode

significar “os piedosos” ou “os calados”. As principais notícias sobre a existência do grupo provem dos

escritos dos Judeus Fílon e Flávio Josefo. A partir das descobertas de documentos em grutas perto do mar

Morto (Qumrã), em 1947, muitos pesquisadores identificaram a comunidade de Qumrã com os essênios, ou

ao menos com um grupo deles.

A seita dos essênios formou-se a partir da fusão de sacerdotes dissidentes do clero de Jerusalém e de

leigos exilados. Na época de JESUS eles viviam em comunidades com estilo de vida bastante severo,

caracterizado pelo sacerdócio e hierarquia, legalismo rigoroso, espiritualidade apocalíptica e a pretensão de

ser o verdadeiro povo de DEUS. Em muitos pontos eram semelhantes aos fariseus, mas surgiram e se

mantiveram sempre em ruptura radical com o judaísmo oficial.

A organização da comunidade lembra muito das ordens religiosas cristãs: essas pessoas dirigiram-se para

regiões de grutas, para aí viverem em ideal “monástico”. Levavam uma vida em comum, onde os bens eram

divididos entre todos, havia a obrigação de trabalhar com as próprias mãos (em geral na agricultura), o

comércio era proibido, assim como o derramamento de sangue, mesmo em forma de sacrifícios. As

condições para a admissão na comunidade eram severas, acontecendo depois de um tempo de noviciado.

A comunidade caracterizava-se ainda pelo governo hierárquico, disciplina austera, rituais de purificação, e

ceias sagradas comunitárias. Esperavam um messias que iria fazer a guerra santa, exterminando os ímpios

para estabelecer o reino eterno dos justos.

3) Os saduceus - Na sociedade judaica do tempo de JESUS podemos distinguir vários grupos, que se

diferenciam no modo de se relacionar com a política, a economia e a religião. Esses grupos tinham grande

importância no quadro social da época.

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O grupo dos saduceus era formado pelos grandes proprietários de terra e pela elite dos comerciantes.

Desse grupo provinham os Anciãos, isto é, aqueles que controlavam a administração da justiça no tribunal

suprema, chamada Sinédrio; do mesmo grupo provinha também a elite sacerdotal, que administrava o

Templo e era responsável pelo culto. Os saduceus, portanto, concentravam nas suas mãos todo o poder

político. Embora não se relacionassem diretamente com o povo, eram intransigentes com a sociedade e

vivam preocupados com a ordem pública. Esse grupo foi o principal responsável pelo julgamento e morte de

JESUS.

Os saduceus foram os maiores colaboradores da dominação romana na Palestina e sempre

mantiveram uma política de conciliação, certamente pelo medo de perder seus cargos e privilégios. Por

essa razão sempre foi o grupo mais odiado pela ala nacionalista do judaísmo.

No que se refere à religião, os saduceus era o grupo mais conservador: aceitavam apenas a autoridade

da lei escrita e rejeitavam as novas concepções geralmente aceitas pelos escribas e fariseus (crença

nos anjos, demônios, ressurreição e messianismo). O grande debate desse grupo com JESUS foi sobre

a questão da ressurreição (cf. Mc 12,18-27) e, no processo de JESUS, a questão do messianismo.

Como grupo, os saduceus desapareceram com a destruição do Templo pelos romanos no ano 70 d.C.

4) Os escribas - Na sociedade judaica do tempo de JESUS, o grupo dos escribas ou doutores da Lei

estava em ascensão e adquiria cada vez maior prestígio. Seu grande poder residia no saber. Com

efeito, eles eram os especialistas na interpretação da Sagrada Escritura; como esta era a base da vida

do povo judaico, os escribas acabaram se tornando especialistas em direito, administração e educação.

A influência dos escribas se fez sentir principalmente em três lugares: no Sinédrio (tribunal superior), na

sinagoga (casa de oração) e na escola. No Sinédrio eles se apresentavam como juristas para aplicar a

Lei de Moisés em assuntos governamentais, administrativos e em questões judiciárias. Na sinagoga

eles eram os grandes intérpretes da Sagrada Escritura, criando novas tradições através da releitura, da

explicação e da aplicação da Lei para os novos tempos e circunstâncias. Eram eles que abriam escolas

para ensinar a ler e escrever, formando novos discípulos.

Embora os escribas não pertencessem economicamente à classe mais abastada, gozavam de uma

posição estratégica sem igual: monopolizando a interpretação da Sagrada Escritura, eles se tornaram

os guias espirituais do povo, influenciando profundamente a vida social e determinando até mesmo as

regras que dirigiam o culto. Sua grande autoridade se firmava sobre uma tradição esotérica: não

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ensinava tudo o que sabiam e escondiam ao máximo a maneira como chegavam a determinadas

conclusões.

Após a destruição de Jerusalém e do Templo, foram os escribas e os fariseus que deram uma nova

forma à religião judaica, tornando-a eminentemente uma religião da palavra.

5) Os fariseus - Fariseu quer dizer separado. Inicialmente aliados à elite sacerdotal e aos grandes

proprietários de terra, os fariseus se afastaram para dirigir o povo, embora mantivessem distância do

povo mais simples, julgado ignorante e não cumpridor da Lei. Segundo os fariseus, esse povo mais

simples era um povo maldito, pois, desconhecendo a Lei, não poderia se salvar. Os fariseus eram

nacionalistas e hostis ao império romano, mas sua resistência era do tipo passivo. O grupo dos fariseus

era formado por leigos provindos de todas as camadas da sociedade, principalmente artesãos e

pequenos comerciantes. A maioria do clero pobre, que se opunha à elite sacerdotal, também começou

a fazer parte desse grupo.

No terreno religioso, os fariseus se caracterizavam pelo rigoroso cumprimento da Lei em todos os

campos e situações da vida diária. Eram conservadores zelosos e também criadores de novas

tradições, através da interpretação da Lei para o momento histórico em que viviam. A maior expressão

do farisaísmo foi a criação da sinagoga, opondo-se ao Templo, dominado pelos saduceus. Desse modo,

a sinagoga com a leitura, interpretação dos textos bíblicos e a oração, tornou

se uma expressão religiosa oposta ao sistema cultual e sacrifical do Templo.

Os fariseus acreditavam na predestinação, na ressurreição e no messianismo. Esperavam um messias

político-espiritual, cuja função seria precipitar o fim dos tempos e a libertação de Israel. Esse messias

seria alguém da descendência de Davi. E os fariseus acreditavam que a vinda do Messias dependia da

estrita observância da Lei, da oração e do jejum.

6) Os zelotas - O nome zelota é atribuído a todo aquele que aderiu a um partido radical nascido na

Galiléia, no tempo de JESUS e na época imediatamente posterior. O termo indica alguém que

demonstra zelo, entusiasmo.

O partido dos zelotas era formado por pessoas pertencentes à classe dos pequenos camponeses e das

camadas mais pobres da sociedade, que estavam sendo massacrados por um sistema fiscal impiedoso.

O radicalismo dos zelotas provinha do desejo de expulsar os dominadores romanos, através de uma

luta armada. O fundamento que sustentava essa luta nacionalista era de cunho religioso: queriam

instaurar na Palestina um Estado onde DEUS fosse o único rei, representando por um descendente de

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Davi, o Messias. Os zelotas estavam convencidos de que a aceitação de uma dominação estrangeira e

o pagamento dos impostos a um soberano estrangeiro era uma blasfêmia contra DEUS.

Embora sendo uma minoria, os zelotas formavam um grupo muito ativo; os Judeus e os romanos os

consideravam subversivos. Usavam táticas que se assemelham muito às de terroristas modernos:

atacavam e matavam estrangeiros e também Judeus suspeitos de colaborar com os romanos. Um

grupo deles chegou a organizar uma espécie de guerrilha urbana; usavam um punhal que sempre

traziam escondido sob o manto e, por isso, eram chamados de “sicários” (apunhaladores).

Provavelmente pelo menos um dos apóstolos de JESUS pertenceu ao partido dos zelotas: Simão (cf. Lc

6,15; At 1,13). Simão Pedro, às vezes, parece adotar idéias e até métodos zelotas.

12 - O que é Sinagoga?

É o Templo, isto é, o lugar de culto que o povo freqüentava, principalmente por ocasião das grandes

festas. Na vida comum, porém, o centro religioso era constituído pela sinagoga, presente até mesmo

nos menores povoados. Era o lugar onde o povo se reunia para a oração, para ouvir a palavra de DEUS

e para a pregação.

Qualquer israelita adulto podia fazer a leitura do texto bíblico na sinagoga e podia escolher o texto que

quisesse. Depois da leitura, também qualquer adulto podia fazer a pregação, explicando o texto e

relacionando-o com outros textos. Em geral, exaltava-se a DEUS e procurava-se dar uma formação

para a fé do povo, convidando-o a viver segundo a Lei de Moisés. Pelos Evangelhos sabemos que, pelo

menos uma vez, JESUS, que era leigo, se apresentou para fazer a leitura do texto e interpretá-lo (Lc

4,16-30).

O sacerdote não tinha uma função especial na sinagoga, porque esta não era lugar de culto litúrgico.

Embora qualquer adulto pudesse presidir a reunião, nem todos o faziam, ou por serem analfabetos ou

por não se julgarem preparados para um comentário. As reuniões acabavam então sempre animadas

pelos escribas e fariseus que, cada vez, propagavam mais suas idéias e aumentavam sua influência

sobre o povo, adquirindo prestígio cada vez maior.

Em geral, a sinagoga pertencia à comunidade local. Nos povoados menores, ela servia também como

escola para jovens e crianças. Nos centros maiores, construíram-se salas de aula ao lado da sala de

reunião. Em Jerusalém, algumas sinagogas tinham até hospedagem e instalação de banheiros para

peregrinos. Até hoje a sinagoga é a casa de oração e reunião dos Judeus espalhados pelo mundo.

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13 – Quem foram os profetas?

Foram homens corajosos chamados por DEUS para proclamar a verdade e denunciar o erro. Os profetas

bíblicos sempre exerceram uma atração fascinante pela sua coragem de questionar uma situação presente

e vislumbrar, assim, um futuro diferente para o seu povo. Tanto isso é verdade que muitos chegam a

confundir os profetas com adivinhadores do futuro; outros chegaram a pensar que eles ensinavam coisas

absolutamente novas.

Na verdade, porém, os profetas têm aspecto profundamente “conservador”. Mas não se trata de

conservadorismo paralisante, que quer preservar a todo custo uma estrutura vigente, criando paredões para

que o povo não vitalize a vida do povo. Muito ao contrário: o profeta é “conservador” justamente porque

sabe romper essa casca dura que faz ver, pensar e agir de acordo com aqueles que dominam e oprimem.

O profeta é “conservador” no sentido que busca encontrar a verdadeira tradição, aquela que se achava

perdida e indefesa no meio de tantas “tradições” criadas para defender interesses, para legitimar poderes e

para sustentar sistemas. E o cerne dessa situação legítima que os profetas encontram é chamada de “fé

exodal”, isto é, o reencontro com o verdadeiro DEUS revelado a Moisés, retornando à afirmação central do

credo histórico de Israel: “Eu sou Javé teu DEUS, aquele que te fez sair da terra do Egito, da casa da

escravidão” (Ex20, 2; Dt 5,6).

Portanto, os profetas nos ensinam que os verdadeiros conservadores são aqueles que buscam na ação

histórico-libertadora de DEUS a sua inspiração. É a partir daí que eles analisam a situação presente

mostrando assim qual é o projeto de DEUS para o futuro do seu povo.

14 - Juizes

Juízes foram instrumentos eficazes de DEUS para manter acesa a fé do povo e não deixá-lo perder sua

identidade de “povo de DEUS”. O livro é pois, a história de um povo mergulhado na História. Relata fatos

situados ente 1200 e 1020 a.C.: a continuação da conquista da Terra Prometida e a vida das tribos até o

início da monarquia. Trata-se de um tempo de “democracia” (Jz 21,25) e cheio de dificuldades. As tribos

são governadas por chefes que têm um cargo vitalício (juizes menores); nos momentos de grande

dificuldade surgem chefes carismáticos (juizes maiores), que unem e lideram as tribos na luta contra os

inimigos.

O mais importante em Juizes é a chave de leitura da história, que vale não só para o livro, mas para toda a

história de Israel e também para a nossa. Essa chave é exposta em Jz 2,6-23 e reaparece diversas vezes

no livro. Pode ser resumida em quatro palavras: pecado, castigo, conversão e Salvação.

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Pecado: a nova geração do povo esquece o DEUS libertador e adora os ídolos; perde sua identidade de

povo de DEUS e torna-se semelhantes às outras nações.

Castigo: o povo perde a liberdade e torna-se escravo dos inimigos.

Conversão: no extremo do sofrimento o povo toma consciência, se arrepende e suplica de novo para que

DEUS o liberte.

Salvação: DEUS faz surgir um líder carismático que reúne o povo e o lidera na luta pela libertação. Mas a

nova geração de novo se esquece, adora os ídolos... e o movimento se repete.

Experimente ler Juizes, a história de Israel é a nossa própria vida e história e pergunta chave da leitura é o

castigo. Por que estamos sofrendo hoje? Depois procure identificar quais ídolos que estamos servindo, em

vez de servir ao DEUS que liberta.

15 - Por onde começar ler a Bíblia?

É muito relativo determinar por onde se deve começar a leitura da Bíblia. Depende muito da realidade e da

experiência de cada comunidade ou de cada pessoa. Entretanto arrisco a dar uma sugestão.

A Bíblia, biblioteca do povo de DEUS, converge para um centro que ilumina o passado e o futuro: o mistério

pascal de JESUS – sua encarnação, atividade, paixão, morte e ressurreição. É a partir desse centro

experienciado e refletido pelas comunidades cristãs que encontramos a ligação, o cimento que une toda

essa biblioteca. É em JESUS Cristo que a história do povo do AT vai adquirir seu significado pleno dentro

do projeto de DEUS e será modelo para todas as comunidades que formam o novo povo de DEUS em

todos os tempos e lugares.

Portanto, para quem inicia a longa tarefa de percorrer a Bíblia, para nela desvendar a vontade de DEUS, o

fará com mais segurança e luz se começar a lê-la e estudá-la a partir de um primeiro contato com o seu

personagem central: JESUS.

O livro que é mais indicado para esse primeiro contato com JESUS é o Evangelho de Marcos. E por várias

razões: conforme estudos mais recentes, foi o primeiro Evangelho a ser escrito; é o mais curto e o mais

simples dos Evangelhos; Marcos tem como objetivo justamente responder à pergunta: “Quem é JESUS?”

Depois de termos “saboreado” pacientemente o Evangelho de Marcos, depois de conhecermos o “começo

da Boa Notícia de JESUS Cristo, o Filho de DEUS” (Mc 1,1), poderemos então começar do início, do Gênesis.

Lendo sem pressa, mas ao mesmo tempo sem a preocupação de entender os detalhes, aos poucos

conheceremos as experiências de um povo, com suas fidelidades e infidelidades, seus conflitos, suas

esperanças. A partir de JESUS, iremos reconhecendo na história do povo da Bíblia o que é projeto de DEUS e

o que não é. E a nossa vida e história também serão iluminadas pelo caminho desse povo.

Page 49: 01 apostila parte01

Motivação para o próximo encontro: : Hoje conhecemos uma grande carta de amor. O que mais

aprenderemos sobre este Amante? No próximo encontro veremos uma maneira especial de encontrá-lo

pessoalmente.

SUGESTÕES PARA A LEITURA ORANTE FEITA EM GRUPO

“JESUS apresentou-se no meio deles e disse: ‘A Paz esteja com vocês!’ Em seguida, abriu-lhes a mente pra que entendessem a Escritura.” E disse ainda: “O Espírito Santo que o Pai enviará em meu nome vos ensinará tudo e vos recordará tudo o que eu vos disse. Ele vos conduzirá aa verdade plena” Lc24,36.45; Jo14,26;16.13.

1. Acolhida, oração Acolhida e breve partilha das expectativas Oração inicia, invocando a luz do Espírito Santo.

2. Leitura do texto Leitura lenta e atenta, seguida por um momento de silêncio. Ficar calado, para que a Palavra possa calar em nós. Repetir o texto em mutirão, tentando lembrar tudo que foi lido.

3. O sentido do texto Trocar impressões e dúvidas sobre o sentido do texto. Se necessário, ler novamente e esclarecer-se mutuamente. Um momento de silêncio para assimilar tudo o que foi ouvido.

4. O sentido para nós. Ruminar o texto e descobrir o seu sentido atual. Aplicar o sentido do texto à situação que vive. Alargar o sentido, ligando-o com outros textos da Bíblia. Situar o texto no Plano de DEUS que se realiza na história.

5. Rezar o texto Ler de novo o texto com todo a atenção Momento de silêncio para preparar a resposta a DEUS. Rezar o texto, partilhando as luzes e forças recebidas.

6. Contemplar, compromete-se Expressar o compromisso a que a Leitura Orante nos levou. Resumir tudo numa frase para levar consigo durante o dia.

Todos elevaram a voz a DEUS: “Senhor, tu criaste o céu, a terra, o mar e tudo que existe neles. Por meio do Espírito Santos disseste por meio do teu servo Davi, nosso pai: ‘Por que se amotinam as nações, e os povos planejam em vão? Os reis da terra se insurgem e os príncipes conspiram unidos contra o Senhor e contra o seu Messias’. Agora, Senhor , olha as ameaças que fazem e concede que os teus servos anunciem corajosamente a tua palavra”. Quando terminaram a oração, estremeceu o

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lugar em que estavam reunidos. Todos, então ficaram cheio do Espírito Santo e, com coragem, anunciavam a Palavra de DEUS. At4,24-31

Conhecendo mais a Bíblia

1 – Qual é o cento da Bíblia?

O centro e o fio condutor de toda a bíblia é a aliança entre DEUS e os homens, sendo JESUS Cristo o Centro

desta Aliança. Ele é o ponto máximo

2 – O que o A.T.?

O A.T. é onde encontramos a história de Israel, o povo que DEUS escolheu para com ele fazer uma aliança.

Narra como surgiu, como viveu, como foi governado. O AT é antes de tudo, a história desse povo com DEUS,

pois tudo que se conta no AT está ligado com DEUS.

3 - 0 Como se divide o AT?

O AT se divide em 4 partes, sendo elas:

Pentateuco ou Tora que significa lei – compreende os 5 primeiros livros da Bíblia, onde é narrado: criação

do mundo e do homem, a formação do povo de Israel, sua libertação e condução através do deserto para a

terra prometida, e as normas básicas que devem reger uma sociedade justa e fraterna. Reflete um DEUS livre

e que liberta. JESUS, que veio trazer a libertação e a vida em plenitude. JESUS não aboliu, mas aprofundou o

sentido dessas leis. Ele resumiu toda a Lei. “Tudo o que desejam que façam a vocês, façam vocês a eles.

Pois esta é a Lei e os Profetas”. Mt7,12.

Os livros históricos – eles nos mostram momentos da vida do povo de Israel na terra prometida e no exílio:

suas grandezas e lutas. Mostram também, as conseqüências da fidelidade ou infidelidade ao DEUS da Aliança.

Os livros poéticos e sapiciencias – eles tratam dos problemas que surgem na vida de cada um e que exigem

um discernimento, para que se possa encontrar sentido e realização na vida.

Os livros proféticos – são livros que apresentam um crítica profunda do presente, para abrir caminhos para o

futuro. Os profetas criticam estruturas políticas, econômica, sociais e religiosa injustas e opressoras. Eles

exigiam mudanças radicais. Após o exílio da Babilônia eles anunciaram consolação e esperança no Senhor,

para que o povo de Israel possa reconstruir a sua história o projeto da aliança com DEUS.

4 – De que se trata o livro do Gênesis e quais são as suas partes?

Gênesis narra a criação do mundo da história do povo de DEUS. Ele se divide em três partes:

Capítulos de 1-11 – capítulo 1 e 2 narram a criação do mundo do homem por DEUS. São duas histórias

para apresentam a grandiosidade do homem e da mulher.

Capítulos 3-11 mostram a história dos homens e do processo humano dominado pelo pecado. O homem

quebra o relacionamento consigo mesmo, com o irmão, com a natureza, e com a comunidade, reduzindo a

convivência em uma confusão. Esta confusão foi chamada de Torre de Babel.

Page 51: 01 apostila parte01

Capítulos 12-36 – contam a história dos patriarcas, a formação da comunidade de Israel, que dentro do

mundo, será o portador d Aliança entre DEUS e os homens, tendo como vocação, uma comunidade que DEUS

tem como único Senhor.

Capítulos 37-50 – Esta parte é linda, pois nos narra a história de José, preparando assim o relato do livro do

Êxodo. Nesta história encontramos a mais grandiosa ação de DEUS entre os homens, isto é, a libertação e um

povo da escravidão.

5 – Qual é o cento do livro do Êxodo e qual é a sua importância?

A mensagem central é a revelação do nome do Seu Verdadeiro: JAVÉ.

A pergunta fundamental é a “Qual pé o verdadeiro DEUS”? A importância deste livro é para entendermos o que

significa JESUS como Filho de DEUS e para sabermos o que o reino de DEUS.

6 – O que é válido no livro Levítico para sempre?

Neste livro podemos descobrir a preocupação minuciosa de mostrar que DEUS é Santo e que está presente em

todos os setores da nossa vida, acusando, julgando, salvando e chamando-nos a sermos santos como Ele

Lv19,2. É neste livro que encontramos uma regra de ouro que JESUS vai retomar: “Amarás o teu próximo como

a ti mesmo” Lv19,18. Este livro é mais para ser consultado.

7 – O Que mais chama atenção no livro dos Números?

a organização do povo com todos participando. a organização mostra que dentro do povo de DEUS, as

funções devem ser repartidas, visando a realização do projeto de DEUS.

a preocupação de ter a presença de DEUS no centro, simbolizando pela arca.

o realismo do livro, pois dentro da organização citada, aparecem certes conflitos, ver capítulo 16, e seus

chefes estão sujeitos a fraqueza e desânimo.

a necessidade de ter um lugar para um profeta, mostrado na história do adivinho estrangeiro, narrado no

capítulo 22 a 24.

8 – Qual a idéia central do Deuteronômio?

A idéia central de todo o livro é que Israel viverá feliz e próspero na terra se for fiel à aliança de DEUS; se for

infiel, terá a desgraça e acabará perdendo a terra. O livro nos relembra o decálogos capítulo 5, 1-22, mostrando

o comportamento fundamental do homem para com DEUS é o amor com todo o ser Det6,4-9.

Este livro nos apresentas uma catequese sobretudo das leis cap12,26, onde se procura ensinar ao homem

como viver em sua relação com DEUS, com as autoridades, com o outro homem e até mesmo como os seres

da natureza.

Notar sobretudo que DEUS é chamado de Pai Det1,31, e os membros do povo são chamados irmãos entre si, a

vocação do povo de DEUS é a fraternidade e a partilha.

Page 52: 01 apostila parte01

9 – O que são livros históricos?

São livros que ocupam a maior parte do AT. Neles encontramos a história do povo de DEUS, deste a entrada

na terra prometida até quase a época de JESUS Cristo. Neles encontramos uma interpretação dos

acontecimentos a partir da fé. Estes livros são:

Josué, Juízes, 1Samuel, 2Samuel, 1Reis, 2Reis – mostram que a história de Israel depende da atitude que

o povo toma na aliança com DEUS.

1Crônica, 2Crônica, Esdras, Neemias, 1Macabeus, 2Macabeus – mostram normas básicas para

sobrevivência e a organização do povo de DEUS depois do Exílio na Babilônia (Esdras e Neemias) fundamenta

estas normas desde o início (1 e 2 Crônicas).

1 e 2 Macabeus – mostra a resistência heróica de um grupo diante da dominação estrangeira que procura

destruir a cultura e religião do povo de Israel.

Rute, Tobias, Judite e Ester – apresentam modelos de vivência da fé diante de situações difíceis, seja de

vida pessoa (Rute, Tobias), como nacional (Judite e Ester).

10 – O que nos conta o livro de Josué?

Este livro nos fala da conquista e a partilha de Canaã, a Terra Prometida pelas tribos de Israel. A conquista da

terra foi um processo longo e lento, ora pacífico, ora violento, que só terminou dois séculos mais tarde, com o

rei Davi. O personagem central do livro é a Terra Prometida conquistadas pelas tribos de Israel. DEUS

concedo o Dom, mas não viola a liberdade e nem prescindo do esforço do homem. A graça de DEUS é isso;

fruto do Dom de DEUS e da conquista do homem. Josué é uma grande lição sobre a graça.

11 – O que é mais importante Juízes?

O mais importante é que a leitura desta história vale também para toda história de Israel e também para a

nossa, que pode ser resumida em 4 palavras: pecado, castigo, conversão e salvação.

12 – O que nos mostra o livro de Rute?

O livro de Rute nos mostram que o amor de DEUS é para todos. Este livro é uma bela mensagem para nós

hoje. É também uma grave advertência tanto para aqueles que fazem as leis, como para aqueles que

obedecem à letra das leis, mas não o espírito das mesmas. As leis devem ser, antes de tudo, um serviço aos

pobres e uma defesa do direito de todos terem seu pedacinho de chão.

13 – Onde nos é narrada a história de Davi?

A narração começa no 1Samuel capítulo 16, mas a história está centrada na 2 Samuel. Davi é apresentado

como o rei ideal, que obedece a DEUS e serve ao povo. Graças a sua hostilidade política, ele conseguiu a

simpatia das tribos sendo aclamado o primeiro rei de Judá, sua tribo. Depois Davi conquista Jerusalém e a

torna ao mesmo tempo o centro do poder político e da religião de Israel. O ponto mais alto de sua história é a

Page 53: 01 apostila parte01

profecia de Natã 2Samuel7, onde o profeta anuncia que o trono de Jerusalém sempre será ocupado por um

Messias, que quer dizer rei ungido, da família de Davi.

Davi passou para a história como modelo de autoridade política e justa. Por isso, mesmo com o fim da realeza,

os Judeus permaneceram confiantes no ideal messiânico e ficaram à espera do Messias que iria reunir o povo,

defendê-lo dos inimigos e organizá-lo numa sociedade justa e fraterna.

Dizendo de JESUS é descendente de Davi, os evangelhos mostram que JESUS é o Messias esperado (daí o

nome grego Cristo=Messias).

14 – O que são livros sapienciais e poéticos?

O nome de SAPIENCIAIS é dado a cinco livros do AT: Provérbios, Jó, Eclesiastes, Eclesiástico e Sabedoria. A

estes são acrescentados dois livros poéticos: Salmos e Cânticos dos Cânticos. Podemos dizer que esses livros

apresentam a sabedoria e a espiritualidade de Israel.

15 – O que nos mostra o livro de Jó?

O livro de jó nos mostra a verdadeira religião. O autor discute a própria concepção de religião. Israel concebia a

relação com DEUS baseada na doutrina da retribuição: DEUS devolve o bem com o bem e o mal com o mal.

O autor nos mostra que a verdadeira religião é mistério de graça e gratuidade: o homem se entrega livre a

gratuidade a DEUS; DEUS, mistério insondável, volta-se para o homem gratuitamente, a fim de estabelecer

com ele uma relação de vida.

A passagem mais linda encontra-se em Jo42,5 que é o convite a abertura e a entrega a DEUS, que leva a

experiência do novo: ”antes eu te conhecia só de ouvir, mas agora meus olhos te vêem”.

Este pequeno resumo os ajudarão amar e entender um pouco a maior Carta de Amor que já existiu.

Cantar: A Bíblia é a Palavra de DEUS... – 3

A Santa Missa (parte por parte)

Tema: A Santa Missa parte por parte.

Objetivo: Mostrar ao catequizando o Sacrifício Perfeito de JESUS, despertando nele o desejo de participar

sempre da Santa Missa.

1 – Oração inicial: Dar boas vindas e oração espontânea em silêncio. Concluir com “Vinde Espírito Santo....”.

2 – Motivação: Comentar sobre festas (preparativos, roupas, convite, a festa)

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2-1 – Para já nos abrir melhor o que vamos refletir hoje, vamos ouvir uma pequena história:

Reflitamos um pouco mais sobre a forma de como cada um participa da Missa lendo a seguinte história:

Numa certa cidade, uma bela catedral estava sendo construída. Ela era inteiramente feita de pedras, e centenas

de operários moviam-se por todos os lados para levantá-la. Um dia, um visitante ilustre passou para visitar a

grande construção. O visitante observou como aqueles trabalhadores passavam, um após o outro, carregando

pesadas pedras, e resolveu entrevistar três deles.

A pergunta foi a mesma para todos: O que você está fazendo?

- Carregando pedras, disse o primeiro.

- Defendendo meu pão, respondeu o segundo.

Mas o terceiro respondeu:

- Estou construindo uma catedral, onde muitos louvarão a DEUS, e onde meus filhos aprenderão o caminho do

céu.

Essa história relata que apesar de todos estarem realizando a mesma tarefa, porém a maneira de cada um

realizar é diferente. Assim igualmente acontece com a Missa. Ela é a mesma para todos, contudo a maneira de

participar é diferente, dependendo da fé e do interesse de cada um:

Existem os que vão para cumprir um preceito; Há os que vão à Missa para fazer seus pedidos e orações; E há aqueles que vão à Missa para louvar a DEUS em comunhão com seus irmãos.

3 – Sinais e gestos

A nossa fé, o nosso amor e os nossos sentimentos são manifestados através dos gestos, palavras, cantos,

posição do corpo e também pelo silêncio. Todos os gestos devem ser bem feitos, isto é, marcados

corretamente, pois eles são uma atitude consciente. Trata-se de uma profunda convicção do que estamos

fazendo, ou seja, um depoimento público de fé.

a) Pessoa – Assembléia Litúrgica, os ministros dos sacramentos e demais ministros (leigos, diáconos, padre e

bispo).

b) Som – música que é uma expressão de louvor.

c) Cores – Nos ajudam a lembrar o mistério que celebramos.

Page 55: 01 apostila parte01

d) Aspersão da água benta – Nos recorda da purificação do dia do nosso batismo, é realizado no Ato

penitencial da Santa Missa ou em bênçãos de objetos. (pode-se abençoar sem aspergir água).

e) Sinal da cruz - Não é um sinal de morte e humilhação. Devemos fazer este sinal lembrando da Cruz gloriosa.

Cristo venceu a morte. O sinal da Cruz nos lembra que é a Trindade que nos acolhe. Estamos colocando a

nossa vida e todo a nossa ação nas mãos da SS. Trindade. Este sinal nos lembra o nosso Batismo, quando o

padre nos chamou pelo nome e nos disse: “Nós te recebemos com grande alegria na comunidade cristã. Eu,

teus pais e padrinhos, te marcamos agora com o sinal do Cristo Salvador”. Ao fazer o Sinal da Cruz, queremos

declarar que todo no nosso pensamento, nossa vontade e a nossa ação, representados pela fronte, pelo peito e

pelos braços, à luz da morte de CRISTO, se desenvolvem em nome da SS Trindade. Todo o nosso ser está

mergulhado no mistério da Trindade através da cruz Redentora de Cristo;

f) Persignar – (benzer-se) É comum fazer na proclamação do Evangelho, traçamos o sinal na fronte, nos lábios

e no peito (coração), pedimos a DEUS que a força da mensagem de Cristo penetre a nossa mente, nossa

palavra e na nossa vida. Para que eu entenda a Palavra de DEUS, para que eu proclame a palavra de DEUS e

para que eu guarde no coração a palavra de DEUS.

g) Genuflexão simples – (dobrar um joelho no chão) – é um gesto de adoração a JESUS na Eucaristia.

Fazemos quando entramos na Igreja e dela saímos. Podemos dizer que é o nosso “jeito” de cumprimentar

JESUS, mas só deve ser feita se houver o sacrário, isto é, aquele pequeno compartimento onde são

depositadas as partículas (hóstias pequenas) consagradas na Santa Missa. O Sacrário é identificado

facilmente, pois deverá estar sempre com uma pequena lâmpada ou vela. Fazemos também a genuflexão

diante da Cruz na Sexta-feira Santa, em sinal de adoração a JESUS que foi nela pregado. Nunca fazer diante

de imagens.

h) Genuflexão dupla – faz-se diante do SS. Sacramento exposto, isto é, quando é feita a Adoração ao SS

Sacramento é colocado no ostensório uma Hóstia grande, ou mesmo colocada a âmbula sobre o altar. É dobrar

os dois joelhos diante de JESUS Sacramentado.

i) mãos postas - significa recolhimento interior, busca de DEUS, fé, confiança e entrega da vida. É uma atitude

de profunda piedade.

j) mãos unidas – atitude de unidade, fraternidade e compromisso.

l) mãos erguidas – é uma atitude dos “orantes”. Significa súplica e entrega a DEUS. É o gesto aconselhado pelo

apóstolo São Paulo.

m) mãos impostas – Atitude de invocação, é estender as mãos, por exemplo, o Sacerdote impõe as mãos para

santificar as oferendas antes da consagração das espécies do pão e do vinho. Impõe-se as mãos para dar

bênçãos. Podemos impor as mãos também para orar por uma pessoa.

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n) inclinação - Inclinar-se diante de alguém é sinal de grande respeito. É também adoração, diante do SS.

Sacramento. Podemos nos inclinar para receber bênção solene. Devemos nos inclinarmos diante do altar e

imagens.

o) de joelhos – é comum diante do SS. Sacramento e durante a consagração do pão e do vinho. Significa

adoração a DEUS. “Ao nome de JESUS, se dobre todo joelho, no céu, na terra e debaixo da terra” Fl2,10.

Podemos também ajoelhar diante de imagens para orações, em casa e em até celebrações litúrgicas públicas.

É um dos sinais fortes na Bíblia para expressar humildade e pequenez diante da grandeza de DEUS.

Ajoelhamos também para reconhecer a nossa condição de pecadores. Temos várias passagens bíblicas;

At7,60; At21,5;Lc22,41; Esd9,5 etc.

p) Prostração – Entrega total a DEUS, significa morte para as coisas do mundo e nascer para DEUS com uma

nova vida e missão. Hoje essa atitude é própria de quem se consagra a DEUS, como na ordenação sacerdotal.

Este gesto também é comum na Sexta-feira Santa no início da Celebração da Paixão do Senhor pelo presidente

da celebração.

q) sentados – posição cômoda, atitude de quem fica à vontade e ouve com satisfação sem pressa de sair.

Atitude de acolhimento e meditação.

r) de pé – posição de quem ouve com atenção, respeito e dignidade diante de DEUS; indica prontidão e

disposição para obedecer.

s) silêncio – Antes da própria celebração é louvável observar o silêncio na Igreja ou o lugar que vai se

desenvolver uma celebração, para que todos possam ter um momento para meditação. É oportuno depois das

leituras e da comunhão para interiorizar o que o Senhor disse e o que recebemos na Sagrada Comunhão.

t) Procissão – é comum na entrada, no ofertório e na comunhão. Significa a peregrinação, a caminhada do

Povo de DEUS para a casa do Pai. Lembramos de Abraão e sua família a caminho da Terra Prometida. É

também um símbolo da passagem do próprio JESUS para estar com o Seu Rebanho.

Significados de algumas palavras:

Amém: Palavra de origem hebraica que expressa adesão, acordo. Com esta aclamação o povo confirma sua

aceitação das palavras do sacerdote.

Aleluia: Bendito seja DEUS, louvado seja DEUS, graças a DEUS. Era a proclamação das pessoas quando

recebiam uma notícia muito agradável. É muito usada na Missa no tempo Pascal.

Hosana: É outra palavra do hebraico que corresponde o nosso “viva”. Nós o proclamamos ...

4 – O QUE É LITURGIA?

Liturgia (palavra grega) significa: serviço, ação, obra, dirigidos e a serviço do povo. É o culto público da

Igreja, que assume oficialmente as palavras e os gestos de JESUS, bem como a fé e os sentimentos do

Povo de DEUS, tornando presente e atuante a Obra da Salvação (O termo “liturgia” Antigamente este era

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muito usado). Atualmente é somente empregado para as celebrações da Igreja. A liturgia da Santa Missa é

uma ação sagrada pela qual, através de ritos (forma, jeito, etc..) sensíveis, se exercem no Espírito Santo

por JESUS Cristo, nosso mediador junto a DEUS, com a Igreja e pela Igreja, para a glorificação de DEUS e

a santificação dos homens. JESUS Cristo, na Santa Missa, é o nosso irmão.

Na Liturgia não se trata de realidades passadas, mas as realidades presentes que acontecem sempre de

novo, realidades que acontecem em nós e para nós.

A Liturgia é um acontecer de realidades sagradas e ocultas em forma terrena. É preciso portanto, antes de

tudo, transformar em ação vivencial aquela ação mediante a qual o homem que tem fé, compreende, acolhe

e realiza os sinais visíveis e sagrados da graça invisível.

No culto, o homem todo procura entrar em comunhão com DEUS. Não só a alma, sua inteligência, também

seu corpo. DEUS se revela e se comunica não só pela linguagem falada, mas através de diversos

elementos da natureza. Toda a natureza fala de DEUS e pode servir de linguagem para o homem. Por isso,

muitos elementos podem servir de sinais litúrgicos que significam e comunica a graça. Por exemplo: a água

no batismo.

JESUS esta presente na liturgia terrestre.. "Para levar a efeito tão grande obra" a saber, a dispensação ou

comunicação de sua obra de salvação" Cristo está sempre presente em sua Igreja, sobretudo nas ações

litúrgicas. Presente está no sacrifício da missa, tanto na pessoa do ministro, pois 'aquele que agora oferece

pelo ministério dos sacerdotes é o mesmo que outrora se ofereceu na cruz', quanto sobretudo sob as

espécies eucarísticas. Presente está por sua força nos sacramentos, a tal ponto que, quando alguém

batiza, é Cristo mesmo que batiza. Presente está por sua palavra, pois é ele mesmo quem fala quando se

lêem as Sagradas Escrituras na Igreja. Presente está, finalmente, quando a Igreja reza e salmodia, ele que

prometeu: 'Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, aí estarei no meio deles' (Mt 18,20)." CIC

1088

a - contexo (não excludente) da ação litúrgica: “ação de Cristo e da Igreja”;

b - liturgia: fonte e cume da vida eclesial (aspecto celebrativo);

c - pressupostos: fé e catequese litúrgica (vive-se mais o que se conhece mais);

d - liturgia: leva-nos ao compromisso de transormação histórica.

5 – A SANTA MISSA – O QUE É?

“Fazei isto em memória de Mim” Lc22,19-20

Ação memorial – A ação litúrgica faz memória, isto é, torna presente, traz para o momento atual dos

acontecimentos de salvação. E um exemplo belo e extraordinário é o da Eucaristia. A celebração

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eucarística é a atualização, por meio de sinais e ritos, da morte de Cristo na cruz em favor de nós. Temos

um fato passado (a morte de JESUS), esse fato torna-se presente para nós aqui e agora (celebração

eucarística), e nos projeta para o futuro (o reino de DEUS vais se construindo até chegarmos à plena

comunhão com DEUS e com os irmãos).

“Corpo dado por vós, Sangue derramado pó vós! Ao pronunciar estas palavras na Última Ceia durante a

qual instituiu a Santíssima Eucaristia, JESUS usou uma linguagem sacrifical, indicando a sua imolação

pelos homens. Imolação esta que se realizaria sobre a Cruz na tarde de Sexta-feira Santa com o sacrifício

do ‘Cordeiro de DEUS’ Jo1,19”.

Este é Sacrifício da Nova e Eterna Aliança, plenitude e cumprimento dos sacrifícios da Antiga Aliança.

JESUS o ofereceu sobre a Cruz para a Redenção de todos Mc10,45. e, na última Ceia instituiu o seu

Memorial permanente, pra que os homens, ao longo dos tempos, tivessem “em suas mãos” o Sacrifício da

própria Redenção. A Eucaristia é, portanto, não somente um Sacramento, mas também, verdadeiramente,

um Sacrifício: O Sacrifício de JESUS. Com ela cumpre-se plenamente a antiga profecia: “Pois, desde o

lugar...” Ml 1,11.

É o mesmo e verdadeiro Sacrifício do Calvário, tornado presente sacramentalmente em nossos altares,

debaixo das espécies de pão e vinho, através dos Ministérios dos Sacerdotes. É o Sacrifício de valor

infinito que JESUS ofereceu a DEUS por nosso amor e faz-se presente continuamente sobre os altares em

todo o mundo. Deste modo, podemos concluir com quanto amor, respeito, devoção, gratidão, atenção,

contrição, abertura de coração, piedade e recolhimento devemos participar da Santa Missa. Enfim,

devemos participar com as mesmas disposições com as quais participaríamos do Sacrifício do Calvário.

Veja, como é grande este Sacrifício! JESUS Cristo, na véspera de sua Paixão, justamente ao celebrar a

ceia sacrifical hebraica com a imolação do cordeiro pascal, põe fim aos sacrifícios antigos de animais e se

oferece a si mesmo como novo Cordeiro Pascal que se sacrifica por todo o mundo, consagrando o pão e o

vinho e tornando-se seu Corpo e Sangue. Este mistério da Morte e Ressurreição que será confirmado na

Sexta-feira Santa e no Sábado Santo. Podemos afirmar com certeza que a Santa Missa é o Calvário em

nossas mãos!

Por isso, toda Missa é o memorial do Mistério pascal de Cristo, toda Missa é Cristo morto e ressuscitado,

toda Missa é Páscoa! A PÁSCOA DOS CRISTÃOS.

Há uma identidade essencial entre a Missa, a Última Ceia e o Sacrifício do Calvário. Trata-se de fato de um

único Sacrifício. A Vítima sacrifical é a mesma: JESUS CRISTO. O Sacerdote oferente é o mesmo: JESUS

CRISTO (que age através dos seus Sacerdotes). A única diferença entre o Sacrifício da Missa e o

Sacrifício da Cruz está no modo de oferecer: na Cruz, oferecido de modo cruento, isto é, houve

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derramamento de Sangue. Nos nossos altares, oferecido de modo incruento, isto é, sem o derramamento

de Sangue, sob os véus sacramentais do pão e do vinho, isto é, velado.

“A Missa torna presente o sacrifício da cruz; não é mais um, nem o multiplica. O que se repete é a

celebração memorial, de modo que o único e definitivo sacrifício redentor de Cristo se atualiza

incessantemente no tempo. Portanto, a natureza sacrifical do mistério eucarístico não pode ser entendida

como algo isolado, independente da cruz ou com uma referência apenas indireta ao sacrifício do Calvário”

(Da Carta Encíclica “Ecllesia de Eucharistia” – Papa João Paulo II).

O Sacrifício da Missa é oferecido somente a DEUS, pela Igreja e por todos os homens, pelos vivos e

falecidos. Mas podemos oferecer em honra a Nossa Senhora, aos anjos e aos Santos.

No tempo dos Apóstolos, a Missa é chamada de “fração do Pão”. A celebração era como uma refeição

fraterna, onde se entoavam cânticos e faziam orações. Acontecendo sempre na noite do sábado para o

Domingo. O presidente repetia os gestos de JESUS: abençoava, partia e distribuía o pão. Ao final da ceia

abençoava-se o cálice e todos bebiam. Era o ponto culminante de toda a ceia.

Com o passar dos tempos, perdeu-se o espírito de refeição fraterna e deu o lugar para o aparato e o

esplendor. Mas com o Concílio Vaticano II, a Santa Missa voltou ao seu sentido verdadeiro, onde o povo

passou participar ativamente e a aproveitar os frutos com intensidade que dela procede.

A Missa consta de duas partes: LITURGIA DA PALAVRA e LITURGIA ENCARÍSTICA. E os ritos (iniciais e

finais) que abrem e encerra e tem objetivos de preparar a assembléia.

6 - RITOS INICIAIS: Rito é um jeito costumeiro de se fazer alguma coisa... O fato de fazê-la sempre

daquele jeito é que dá a sensação de havê-la realmente realizado.... Rito tanto pode ser um detalhe, quanto

um conjunto... , isto é, a forma de como se faz alguma coisa (dar exemplo). O objetivo principal dos ritos

iniciais é transformar indivíduos em povo celebrante, assembléia orante, corpo de Cristo animado por seu

Espírito disposto para o encontro pascal e transformador como DEUS vivo. JESUS está vivo na assembléia

– É a primeira forma que O encontramos.

6.1 - Música - Todos devem participar com interesse e amor.

6.2 - A Procissão de entrada - o celebrante entra representando o Cristo. É a segunda forma que

encontramos com JESUS. Ele se dirige ao altar e o beija. Este beijo é muito significativo. O altar representa

o próprio JESUS, pedra angular. O celebrante expressa sua relação íntima com o Senhor, pois é em nome

Dele que irá presidir a Santa Missa.

6. 3 - Saudação bíblica – É o jeito de cumprimentar. Temos na bíblia belíssimas saudações: JESUS

saudou os discípulos, dizendo-lhes: “A paz esteja convosco”, o Anjo Gabriel saudou Maria, dizendo-lhe:

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“Salve cheia de graça, o Senhor é contigo”. Na Santa Missa, a mais comum é tirada da carta de S. Paulo

aos Coríntios – 2Cor1,2.

6.4 - Ato penitencial - Ninguém participa bem de uma festa se não estiver em paz com o dono da casa e

os outros convidados. Por isso somos convidados a examinar a nossa consciência para nos reconciliar com

DEUS e com os irmãos. É hora de nos lembrar do que JESUS nos disse: “Não julgueis e não sereis

julgados; e, com a medida com que medirdes, sereis medidos”.

Em seguida o celebrante dá a absolvição. Esta não é um Sacramento. Trata-se de uma confissão da

fraqueza humana e uma purificação das faltas leves reconhecidas e com propósito de emenda.

Somente o Sacramento da Reconciliação perdoa os pecados graves. Em algumas celebrações festivas

é comum ter a aspersão da água benta.

6.5 - Glória – Louvamos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo, expressando a nossa alegria de filhos de

DEUS. Vem logo após do ato penitencial porque o perdão de DEUS nos faz felizes e agradecidos.

Louvamos ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo.

Este hino é um dos mais antigos de toda a liturgia. Inica com as palavras dos anjos aos humildes pastores

por ocasião do nascimento de JESUS Cristo: “Glória a DEUS .....”

6.6 - Oração da coleta – Reúne numa só oração todas as orações da Assembléia. É por isso que após o

“OREMOS” segue uma pequena pausa. Esta, para que cada um coloque as suas intenções mentalmente.

Podemos pedir por nós, por outros, pelo mundo inteiro. A missa é indivisível. O celebrante com mãos elevadas

profere a oração. Todos respondem amém para dizer que aquela oração é também sua. É como uma

assinatura: de acordo. É o 1º grande AMEM da Santa Missa.

7 – PRIMEIRA PARTE - LITURGIA DA PALAVRA – A Liturgia da Palavra tem um conteúdo da maior

importância. Nesta hora, DEUS nos fala solenemente. Fala a uma comunidade reunida como o “Povo de

DEUS” e fala intimamente a cada um dos presentes. Ela deve ser ouvida com interesse e fé. Ela “é viva e

eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes” (cf. Hb4,12).As leituras são uma preparação para a

proclamação do Santo Evangelho.

Estas leituras não são escolhidas de qualquer jeito. Elas foram preparadas após longo estudo, com indicação

das três leituras e o salmo para cada domingo. A preocupação fundamental foi a de possibilitar ao cristão que

participa regularmente da missa dominical conhecer os quatro evangelhos completos e grande parte dos vários

outros livros da Bíblia, tanto do AT e NT. Estas leituras são iguais no mundo inteiro. Lá na China lê as mesmas

leituras que nós lemos. A Igreja Católica é Universal, isto é, igual no mundo inteiro. Estas leituras são cartas de

amor de nosso PAI. E, muitas vezes, nós deixamos fechada num “envelope”. Toda carta exige uma resposta. A

Liturgia da Palavra é a terceira forma da presença de JESUS.

Page 61: 01 apostila parte01

A Liturgia da Palavra aos domingos é composta de 4 leituras, sendo:

7.1 – Uma leitura tirada do AT (exceto o tempo pascal ou alguma solenidade de algum santo de destaque, por

exemplo celebração da solenidade de São Sebastião) A Igreja abre mão da celebração do dia e faz memória a

Ele. Ele é o nosso Padroeiro. Em Caxias por exemplo não é feito assim.

7.2 - Salmo responsorial, que é a resposta a 1ª leitura; É a nossa resposta à Palavra de DEUS, e repondemos

com a Palavra de DEUS!

7.3 - Uma leitura do NT tirada das cartas, as mais comuns são das cartas de São Paulo, ou outros livros do NT.

7.4 - O evangelho segundo S.Mateus – Ano A, Lucas - Ano B e Marcos – Ano C. O evangelho de São João é

lido nos tempos fortes da Igreja, isto é, Advento, Quaresma, Tempo Pascal, etc. e em dias de festas. Os

evangelhos fazem ligação com a 1ª leitura.

7.5 – Aclamação ao Evangelho; dois detalhes do evangelho:

1) Ouvimos a primeira leitura, segunda e os salmos sentados; o evangelho ouvimos de pé, acompanhado de

música de aclamação. Por que esta reverência maior? O evangelho é palavra de DEUS igual as outras, só que

no evangelho é JESUS que nos fala diretamente, e JESUS é a palavra de DEUS que se revestiu da carne

humana. Daí a nossa reverência maior.

2) Ao ouvirmos o Celebrante pronunciar: Proclamação do Evangelho de JESUS Cristo segundo fazemos o

persignar-se, isto é, benzer-se com a primeira cruz na testa (para que eu entenda a Palavra de Deus), a

segunda na boca (para que eu proclame) e a terceira no peito (para que eu grave no coração).

7.6 – Homilia – é a explicação das leituras bíblicas proclamadas. A palavra homilia quer dizer o pai fala aos

filhos. Sentados como estivéssemos aos pés de JESUS, vamos abrir os nossos ouvidos e o coração. Deixamos

que DEUS faça em nós seu trabalho criador, renovador, que cure nossas feridas, desperte nosso desejo,

reanime nossas forças. E ao final, somos convidados a dar a nossa resposta de fé, recitando o Credo,

afirmando acreditar no que foi dito.

8 – Profissão de fé - Nesta oração estamos afirmamos as verdades da nossa fé e prometemos que vamos

viver tudo aquilo que ouvimos na homilia. Proclamamos de pé, posição de prontidão.

9 - Preces da Comunidade – prossegue a conversa. O assunto agora são os problemas e necessidades de

todos. Como é importante orarmos! A oração é a nossa alavanca, o nosso ponto de apoio. A oração tem o

poder de “remover montanhas”. “Porque onde dois ou três estão reunidos em meu nome aí eu estou no meio

deles” (Mt 18,20).

10 – SEGUNDA PARTE - LITURGIA EUCARÍSTICA – Eucaristia, palavra grega significa agradecimento,

ação de graças, mas nos sentido amplo, eficaz. É a intervenção divina que provoca em nós a “exultação da

vida”. E essa alegria imensa nos leva a dar graças e louvar a DEUS.

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Na Liturgia Eucarística, todos são “celebrantes” do Mistério da Salvação. Ninguém deve assistir passivamente.

Somos todos convidados do divino banquete. Cada um de nós é um convidado muito especial, JESUS é o

Presidente da Celebração.

Um Rei fez um grande banquete, a mesa já foi preparada.

O povo já foi convidado. Já foi imolado o Cordeiro.

Durante a oração eucarística, é comum observar pessoas distraídas — como se a oração fosse coisa

do padre —, ajoelhadas e cabisbaixas, por respeito, mas sem entender... deve ser diferente esta

atitude. A oração eucarística inteira é uma consagração dos dons e da comunidade. Ajoelhar

corresponde à adoração às espécies e não parece ser o mais adequado para esse momento, pois

estamos nos oferecendo juntamente com JESUS ao Pai. E preciso estar de prontidão, e a melhor

posição do corpo é de pé! Isso de forma alguma indica falta de respeito, mas outra maneira de

compreender esse momento e dele participar.

A oração eucarística é oração de todo o povo sacerdotal. A Constituição Sacrosantum Conciliam 48,

ensína “A Igreja busca que os cristãos não assistam a esse mistério de fé como estranhos ou

espectadores mudos, mas participem da ação sagrada, consciente, piedosa e ativamente, por meio de

uma boa compreensão dos ritos e orações... aprendam a oferecer-se a si mesmos, ao oferecer

juntamente com o sacerdote, não só pelas mãos dele, a hóstia imaculada...” Quem conduz, isto é, diz a

oração em nome de todos, é o presidente. No Brasil, o povo participa, ratificando o que diz o padre

- com as intervenções e com o grande amém no fim da oração; Que sejam, de preferência, cantados!

O mistério da fé a vida, morte e ressurreição de JESUS e a nossa vida inteira na páscoa dele. Não

fazem parte do rito da missa momentos de adoração ao Santíssimo na hora das palavras da instituição.

Substituir a aclamação memorial: ‘Anunciamos, Senhor, a vossa morte...”

Pe. Danilo César – PAULUS - O DOMINGO: Semanário Litúrgico-Catequético.

A Liturgia Eucarística é composta de:

10.1 - Procissão das Oferendas – vamos apresentar o pão e o vinho, fruto do trabalho do homem no

campo. É hora de oferecermos a nossa vida, com suas tristezas e alegrias, para que junto do pão e do

vinho sejam transformados (nós somos muito importante para DEUS) e o que podemos oferecer de

material com amor e alegria. Deve ser um gesto espontâneo e consciente (comentar as ofertas). Esta

procissão é como se toda a nossa vida fosse encaminhando para entrar no movimento da oblação da

entrega de JESUS ao Pai.

Page 63: 01 apostila parte01

Um pequeno detalhe deste ofertório é a gota d´agua no cálice com o vinho para significar a nossa União

com Cristo (comentar as orações do Celebrante quando não há canto; “Bendito Sejais, Senhor, DEUS

do Universo, pelo pão que recebemos de vossa bondade, fruto da terra e do trabalho do homem, que

agora nós apresentamos e para nós se vai tornar pão da vida” Resposta: “Bendito seja DEUS para

sempre”).

10.2 – Ablução das mãos – Este gesto significa a purificação do coração do Celebrante para a

realização do Sacrifício. “Lavai-me, Senhor das minhas faltas e purificai-me de meus pecados”.

Orai Irmãos.... Estas palavras, que o sacerdote profere, é para nos dar a entender que, conquanto

desempenhe ele o papel de ministro principal, todos, que ali assistem, com ele oferecem a grande

Vítima.

10.3 – Oração sobre as oferendas.

10.4 – Convite à oração: Este convite nos colocará alerto no grande louvor que iremos dirigir ao

PAI.

a) O Senhor esteja convosco – Ele está no meio de nós (lembra do que falamos: JESUS está na

assembléia tão real como na Eucaristia).

b) Corações ao Alto – O nosso coração está em DEUS.

c) Demos Graças ao Senhor nosso DEUS – É nosso DEVER e salvação.

10.5 – Oração Eucarística, momento central da LITURGIA que se inicia com o Prefácio – O prefácio

é um hino de “abertura” que nos introduz ao Mistério Eucarístico e rendemos graças a DEUS por toda

obra da salvação manifestada em JESUS. Por isso, o Celebrante convida a Assembléia para elevar os

corações ao alto. O prefácio é um hino que proclama a santidade de DEUS e dá graças ao Senhor. É

concluído com a aclamação Santo, Santo, Santo (tirado do profeta Isaías 6,3 – Ele não tinha o

conhecimento da SS Trindade). É um modo de dizer que DEUS é Santíssimo.

Epíclese – O Celebrante invoca o poder do Espírito Santo a fim de transformar as oferenda de pão e

vinho no Corpo e Sangue de JESUS. – De maneira mais admirável é a transformação do pão e do

vinho na hora da consagração, na Missa.

Narrativa da consagração do Pão e do Vinho e Anamnese (memória). Por ordem de Cristo, o

Celebrante pega o pão (hóstia = vítima = sacrifício) apresenta à assembléia, pronunciando as palavras

que JESUS mandou dizer: “Tomai...” Fazemos isto para cumprir uma ordem expressa de JESUS: “Fazei

isto em memória de Mim!” Meus irmãos este gesto é mais eficaz e vivo do que a terra e a chuva, que

transforma a semente em trigo e uva, é a Palavra de DEUS. É a 4ª forma de presença real de

Page 64: 01 apostila parte01

JESUS. . Após a Consagração do Pão e do Vinho o Celebrante diz: “Eis o Mistério de Fé”. Sem fé,

jamais conseguimos compreender este mistério.

Oblação - Isto é, a Igreja oferece ao PAI o sacrifício, Seu próprio Filho imolado, a Hóstia

CONSAGRADA.

Intercessão – Momento de elevar súplicas pela Igreja e seus pastores, pelos vivos e falecidos e

pedimos o auxílio da Virgem Maria e todos os Santos. Devemos acompanhar as orações respondendo

com amor, e... chegamos ao “topo”, no ápice.

Doxologia - Isto é, a Igreja oferece ao PAI o sacrifício, Seu próprio Filho imolado, a Hóstia

CONSAGRADA, exclamando um grande louvor: “Por Cristo...”, é o momento que as nossas orações

chegam ao Coração do Pai. É o momento da grande oblação. JESUS agora entrega ao PAI todo nosso ser

(você se ofertou junto com as ofertas de pão e vinho? – Você também vai ao PAI) “Ninguém vai ao Pai senão

por mim”. (Jo14,6). A Assembléia responde: Amém. Este amém é como se no final de um discurso de

homenagem dissessem em coro Ele merece, Ele merece... Sim! DEUS é o único merecedor de homenagens! É

o maior AMÉM da Santa Missa.

11 - Comunhão

11.1 - O Pai-Nosso e a Oração da Paz – O Pai-Nosso não é uma simples fórmula de oração nem ensinamento

teórico de doutrina. Antes de ser ensinado por JESUS, o Pai Nosso foi vivido plenamente pelo mesmo Cristo.

Portanto, deve ser vivido pelos seus discípulos. Uma coisa bem clara no Pai-Nosso é que ele é uma oração no

sentido comunitário e não individualista. Mesmo rezando sozinho, estou incluindo nessa oração todos os meus

irmãos. Portanto, para eu comungar o Corpo e o Sangue do Senhor na Eucaristia, preciso estar em

“comunhão” com meus irmãos, que são os membros do Corpo Místico de Cristo. Devemos afastar o egoísmo,

orgulho, vaidade, falsidade, o ciúme, a discórdia, o ódio e a vingança.

O momento do Pai-Nosso é para nos lembrar mais uma vez como está o nosso relacionamento com o irmão.

Preciso me reconciliar primeiro com o meu irmão.

Em seguida o Celebrante reza uma oração pedindo a DEUS que nos livre de todos os males.

Após esta oração, o sacerdote repete as palavras de JESUS: “Eu vos deixo a paz, eu vos dou a minha paz”.

Que paz é essa da qual fala JESUS? É o amor para com o próximo. Às vezes vamos à Igreja rezar pela paz no

mundo, mas não estamos em paz conosco ou com nossas famílias. Não nos esqueçamos: a paz deve começar

dentro de nós e dentro de nossas casas.

11.2 - Abraço da Paz – A paz é um dom de DEUS. É o maior bem que há sobre a terra. Vale mais que todas

as receitas, todos os remédios e dinheiro do mundo. Logo que JESUS ressuscitou dos mortos, foi ao encontro

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deles e lhes disse: “A paz esteja convosco”! Deve-se dar a paz aos irmãos do lado e no máximo o detrás, de

maneira sóbria e jamais sair do seu lugar.

11.3 - A fração do pão é o ato do Celebrante partir a hóstia e depositar no cálice uma parte. Surgiu na Igreja

primitiva que usava pães grandes e realmente precisava partir, dando um belíssimo sinal de união, de partilha

entre os irmãos. A Igreja hoje continua com este gesto para lembrar duas coisas: JESUS partiu o pão e deu aos

seus discípulos na Ceia e que os discípulos de Emaús reconheceram JESUS no momento em que partiram o

pão em sua casa Lc24,30. Isso veremos quase no final do ano.

11.4 - Cordeiro de DEUS – Nas margens do Jordão, quando João Baptista vê Jesus vir ter com ele,

exclama: « Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do mundo » (Jo 1, 29). Eis o Cordeiro de Deus, que

tira o pecado do mundo – Isto é lindo, é maravilhoso demais. É muito justo e significativo que a mesma

expressão apareça, sempre que celebramos a Santa Missa, no convite do sacerdote para nos abeirarmos

do altar: « Felizes os convidados para a ceia do Senhor. Eis o Cordeiro de Deus, que tira o pecado do

mundo ». Jesus é o verdadeiro cordeiro pascal, que Se ofereceu espontaneamente a Si mesmo em

sacrifício por nós, realizando assim a nova e eterna aliança. A Eucaristia contém nela esta novidade radical,

que nos é oferecida em cada celebração.

JESUS é apresentado como o “Cordeiro de DEUS”. João Batista (isso veremos daqui alguns encontros), ao ver

JESUS que ia passando, disse aos seus ouvintes: “Eis o Cordeiro de DEUS, que tira o pecado do mundo” (cf.

Jo1,29). De fato JESUS é o verdadeiro Cordeiro Pascal.

11.5 - Comunhão – Eucaristia é o Sacramento dos Sacramentos. É o SS Sacramento. Este Sacramento é o

ápice da nossa vida Cristã. É JESUS que se doou totalmente por amor. Eucaristia é esse Tesouro que JESUS,

o Rei imortal e eterno, deixou como Mistério da Salvação para todos os que nele crêem. Comungar é participar

da divindade de JESUS. Quem comunga deve meditar um pouco nesse mistério da presença real do Senhor

em sua vida. JESUS... é cordeiro imolado pelos hebreus no Egito foi um sinal de libertação. Por isso, o

Celebrante nos convida para a comunhão dizendo: “Felizes os convidados para a Ceia do Senhor. Eis o...” e

nós respondemos: “Senhor eu não...”. Esta aclamação nos lembra das palavras do centurião em Mt8,6-7. Na

verdade ninguém é digno de comungar. Somente pela bondade de JESUS que Ele vem até nós. Só pode

receber a Sagrada Eucaristia quem realmente sabe o que Ela é. A Comunhão nos fortalece na nossa

caminhada e nos unem cada vez mais aos irmãos.

A hora da Comunhão merece nosso mais profundo respeito, pois nos tornamos uma só coisa em Cristo. E

sabemos que essa união com Cristo é o laço de caridade que nos une ao próximo. O fruto de nossa Comunhão

não será verdadeiro se não vemos melhorar a nossa compaixão, paciência e compreensão para com os outros.

Page 66: 01 apostila parte01

Vamos à direção ao Altar em fila, de modo sóbrio e respeitosamente, caminhando para COMUNGAR O CORPO

DE JESUS. JESUS.... tão perto de mim, eu posso tocar...

Não pode comungar e já ir saindo da Igreja, ou ficar conversando e se distraindo, nem ir rezar diante de alguma

imagem de sua devoção, pois JESUS deve ser o centro de sua atenção e piedade. Ele é o Hóspede divino que

acaba de ser recebido.

Para comungar é necessário que cada um se examine bem. Pense bem naquilo que acabou de dizer: “Senhor

eu não sou digno...” São Paulo diz quem comunga indignamente comunga a sua própria condenação e não

para a salvação (Cf.1Cor11,23-29). Ora, JESUS nos deixou na Eucaristia para a Vida e não para a morte.

Se você por algum motivo não pode ainda receber o CORPO DE JESUS, você deve recebê-lo espiritualmente,

isto é, ter um desejo profundo de unir a ELE e recitar a oração abaixo. Com esta atitude já criará laços mais

estreitos.

Comunhão espiritual

Meu JESUS, eu creio que estais presente no Santíssimo Sacramento. Amo-vos sobre todas as coisas e minha

alma suspira por vós. Mas como não posso receber-vos agora no Santíssimo Sacramento, vinde, ao menos

espiritualmente, ao meu coração. Abraço-me convosco como se já estivésseis comigo: uno-me convosco

inteiramente. Ah! não permitais que torne a separar-me de vós! Ó, sumo bem e doce amor meu, vulnerai e

inflamai o meu coração, a fim de que esteja abrasado em vosso amor para sempre. Amém.

Depois de comungar temos alguns preciosos minutos em que Nosso Senhor JESUS Cristo nos tem,

poderíamos dizer, abraçados. Perguntemos corajosamente: Senhor, que queres que eu faça? E estejamos

abertos para ouvirmos a resposta. Quantos milagres e quantas curas acontecem nesse momento em que DEUS

está vivo e presente em nós!

12 – RITOS FINAIS - Depois da Comunhão

12.1 - Antífona

12.2 - Momentos de ação de graças – é o momento que vamos interiorizar, vamos meditar no que acabamos

de receber. Pode-se fazer alguma oração espontânea mentalmente.

12.1 - Vivência e avisos

12.2 - Bênção final - O Celebrante invoca a bênção de DEUS sobre nós. Há várias bênçãos na Bíblia. Pode

ser a escolha do Celebrante.

12.3 - Despedida – O Celebrante despede pedindo que o Senhor nos acompanhe no exercício de nossa

Missão (que ouvimos, aprendemos e nos alimentamos). É nessa hora que começa nossa missão: a de levar

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DEUS àqueles que nos foram confiados, a testemunhar Seu amor em nossos gestos, palavras a ações, do

mesmo modo que o celebrante consagrou o Pão e o Vinho

IMPORTANTE: Toda vez que é celebrada a Santa Missa torna presente àquilo que aconteceu no Calvário.

Torna-O presente, a fim de que nós possamos oferecê-lo sempre de novo ao Pai como ato máximo de nosso

culto. “Eis o Mistério da fé”!

Se compreendermos a maravilha da presença do sacrifício de JESUS em cada Santa Missa com certeza

sentiremos um novo e profundo desejo de sempre participar com espiritualidade desse ato tão santo e

santificador. Na celebração da Santa Missa, que é a celebração da Vida, o Pai nos acolhe, o Filho se oferece

ao Pai e se entrega a nós como alimento, o Espírito Santo nos plenifica com seus dons e Maria, a Mãe de

JESUS, se coloca ao nosso lado, ensinando-nos louvar e agradecer à Trindade Santa.

Lembrete: A Missa começa com a entrada do Celebrante e termina com a bênção final. Quem chega após a 1ª.

Leitura não cumpriu o preceito, (se não houver motivo justo, cometeu pecado) e não deve participar da Sagrada

Eucaristia.

Objetos usados na missa ou em outras celebrações litúrgicas

o altar – representa a mesa da ceia do Senhor. Lembra também a cruz de JESUS, que foi como um “altar”

onde o Senhor ofereceu o Sacrifício de sua própria vida. É o mais importante da igreja junto com a cruz.

O ambão – É a mesa da Palavra, de onde serão proclamadas as leituras. Não deve fazer o comentário e

nem avisos. Ele deve mostrar claramente “a dignidade da Palavra de DEUS, exige que exista na Igreja um

lugar que favoreça o anúncio e para o qual durante a liturgia da Palavra se volta espontaneamente a

atenção dos fiéis.

crucifixo – sobre o altar ou acima dele deve haver um crucifixo, para lembrar que a Ceia do Senhor é

inseparável do seu Sacrifício Redentor.

quadrado em cima do altar que si chama relicário, onde o Sacerdote beija ao aproximar do altar para

celebração da Santa Missa.

hóstia – é o pão de trigo puro. Há uma hóstia grande para o Presidente da celebração e as pequenas

(partículas – para facilitar a distribuição) para o povo. A hóstia do celebrante é partilhada com os

concelebrantes, se houver. Hóstia quer dizer sacrifício. JESUS é o sacrifício da Santa Missa.

vinho – é o vinho puro de uva. Na consagração, o pão e o vinho se transformam em Corpo e Sangue de

Nosso Senhor JESUS Cristo vivo e ressuscitado.

cálice – é uma “taça” revestida de ouro (realiza) mais dependendo da realidade da Comunidade pode ser

prateada , cerâmica, vidro, porcelana, etc. Nela se deposita o vinho a ser consagrado.

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âmbula ou cibório – semelhante ao cálice, mas tem uma tampa. Nela coloca-se as hóstias a serem

consagradas. Após a missa, é guardado no Sacrário.

patena – é um “pratinho” de metal. Sobre ele se coloca a hóstia grande.

água – é água natural, serve para purificar as mãos do sacerdote e ser colocado no vinho (apenas umas

gotas), para simbolizar a união da humanidade com a Divindade em JESUS.

pala – é uma peça quadrada, dura (um cartão revestido de linho). Cobre o cálice.

sanguíneo – é uma toalhinha comprida, branca, serve para enxugar o cálice e a âmbula.

corporal – é uma toalhinha quadrada. Chama-se corporal porque sobre ela coloca-se o Corpo do Senhor

(âmbula e cálice) no centro do altar.

galhetas – são como duas jarrinhas de vidro. Numa vai a água, na outra o vinho. Elas estão sempre juntas,

ao lado do altar.

manustérgio – vem da palavra latina “manus”, que quer dizer “mão”. É para enxugar as mãos do Presidente,

no ofertório. Acompanha as galhetas.

missal – É um livro grosso que contém o ritual da missa, menos as leituras.Lecionário - onde contém as

leituras que serão lidas.

velas – sobre o altar vão duas velas. A chama da vela é símbolo da fé que recebemos de JESUS, “Luz do

Mundo”, usamos também no batismo e na crisma.

flores – em dias festivos, podem-se colocar flores. O certo não é sobre o altar, mas ao lado dele, pois o altar

não é para por coisas. Relembramos a vida que renasce pela Ressurreição de JESUS.

Incenso – Desde o AT, queima-se o incenso e a fumaça perfumada e branca que se eleva, vem indicar as

nossas orações que sobem ao céu. Também tem o significado de adoração prestada a DEUS.

turíbulo – pequeno recipiente sustentado por correntes, onde são colocados brasa e incenso para incensar

o altar, o ambão e o povo em dias de festas. Significa que as nossas orações e louvores sobem a DEUS.

Ostensório - Objeto utilizado para expor o SS. Sacramento, ou para levá-lo em procissão. Também é

conhecido como custódia.

Óleo – Origem muito antiga, o óleo era usado no corpo dos atletas para dar mobilidade no momento da

corrida. No AT o óleo é usado para consagrar as pessoas e objetos destinados exclusivamente ao culto de

DEUS. Na liturgia é usado nas unções para consagrar, fortalecer e sobretudo impregnar a presença do

Espírito Santo. Usa-se o óleo no Batismo, Crisma e Unção dos Enfermos.

As principais vestes litúrgicas ou paramentos.

São vestes apropriadas para a celebração do culto. Deste o AT, Moisés observava atentamente as vestes

apropriadas para celebrar as cerimônias do culto prestado a DEUS. A respeito das cores, observamos no

encontro sobre o Ano Litúrgico.

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túnica – para lidar com as coisas santas; é um manto geralmente branco, longo, que cobre todo o corpo.

Lembra a túnica de JESUS, “sem costuras de alto a baixo”.

estola – é uma faixa vertical, separada da túnica, que desce do pescoço do padre, com duas pontas na

frente. Sua cor varia de acordo com a liturgia do dia. Existem sete cores: verde, branco, roxo, vermelho,

rosa e raramente; azul e preta . A estola simboliza o poder sacerdotal.

casula – vai sobre todas as vestes. Cobre todo o corpo. A cor varia conforme a liturgia, como a estola. É

uma veste solene, ampla que deve ser usada nas missas dominicais e dias festivos.

amito – é um pano branco que envolve o pescoço do celebrante. Veste-se antes da túnica ou alva (alva –

veste semelhante à túnica, veste-se uma ou outra) – Lembra que o Sacerdote se reveste da couraça de

proteção.

cíngulo – é um cordão que prende a alva ou a túnica a altura da cintura.

umbral – pequeno manto (faixa larga) e é usado para levantar o ostensório para bênção com o Santíssimo

Sacramento. É sinal de respeito e simboliza também cuidado com JESUS no Santíssimo Sacramento. Seu

uso não é obrigatório.

Motivação para o próximo encontro: Como será que a Igreja caminha durante o ano? Será que é igual ao ano

que conhecemos? Ah! O encontro será imperdível!

Conhecendo mais a Santa Missa

1º O que é a Santa Missa?

A Santa Missa é a celebração do sacrifício do Corpo e do Sangue de Nosso Senhor JESUS Cristo.

A Santa Missa é a celebração da EUCARISTIA (a Última Ceia). É uma celebração de ação de graças. Toda Missa

celebrada é ação de graças. Por isso, ao incluir uma intenção devemos citar o motivo de estar dando graças.

A Santa Missa é um culto de adoração que a Igreja oferece a DEUS-Pai. Esta Igreja (Corpo Místico) é constituída por

todos os cristãos (membros) presididos pelo Senhor JESUS (Cabeça), unidos pelo Espírito Santo.

2º Para que devemos participar da Santa Missa?

Para adorar e glorificar a Santíssima Trindade, por ser a fonte e a finalidade da Liturgia.

Para receber o perdão dos pecados. Deve-se participar da Missa em estado de graça. Para tanto, DEUS nos

concede o perdão dos pecados leves (veniais), durante o Ato Penitencial desde que devidamente reconhecidos com

o firme propósito de emenda. Assim, purificados, poderemos nos aproximar da mesa da comunhão para receber a

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Sagrada Eucaristia. Quanto aos pecados mortais (graves) somente pelo Sacramento da Reconciliação (Confissão)

podemos obter o perdão de DEUS.

Para agradecer a DEUS (Eucaristia é uma palavra grega que significa: ação de graças). Somos convocados para

louvar, bendizer, dar graças e esperar contra toda esperança.

Para receber a Palavra (pela audição das leituras bíblicas e homilia) “A palavra de DEUS é viva e eficaz; ela não

retorna sem dar frutos.” (Is 55,11). Assim, ao ouvirmos a Palavra, Ela atua sobre nós e nos faz desejar estar, cada

vez mais, seguindo o Nosso Senhor JESUS. Pois a fé vem pela audição.

Para receber a Sagrada Eucaristia, o Corpo e o Sangue de Nosso Senhor JESUS Cristo, a fim de que tenhamos Vida

(Jo6,55).

Porque é muito agradável a DEUS. Ele nos ordenou: “Fazei isto em memória de Mim.” (l Cor11,25).

É o nosso Encontro pessoal com JESUS Cristo.

3º Quais são as partes da Santa Missa?

A missa tem duas partes principais:

Liturgia da Palavra – é o próprio DEUS que fala ao povo através da Sagrada Escritura.

Liturgia Eucarística – o celebrante se empresta ao Senhor JESUS que tornará presente aquilo que Ele fez na última

Ceia.

4o- São só duas as partes da Santa Missa?

Não! A Missa tem ainda uma parte inicial (Rito Inicial) e outra no final (Rito Final)

5o- Quando devemos participar da Santa Missa?

Todos os domingos e dias santos (Missas de preceito: 1o de janeiro, Corpus Christi, Imaculada Conceição, que é o dia 08

de dezembro e Natal). Também podemos e devemos participar da Santa Missa todos os demais dias do ano.

6O- O que devemos fazer após a participação da Santa Missa?

Ser testemunho do Senhor JESUS, na Igreja, na família, no trabalho e até os confins do mundo. (cf. At1,8). Para tanto, é

necessário procurar cada vez mais a conversão pessoal, isto é, andar vigilantes com o próprio modo de viver. Ajudar

outras pessoas, incentivando-as e rezando por elas. Ninguém se salva sozinho.

7o – Por que o domingo?

Dia do Senhor foi mudado, pelos cristãos, para o domingo por causa do Grande acontecimento, a Ressurreição de Nosso

Senhor JESUS Cristo.

8o- Quem pode celebrar a Santa Missa?

Papa, os bispos e os presbíteros (padres).

9o- Porque o padre veste uma “roupa” diferente?

O padre está no lugar de JESUS. É por isso que tem uma veste própria. Ele é um homem como nós, mas revestido do

poder divino para realizar algo sobrenatural.

10o- Que é algo sobrenatural?

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É algo que transcende (que vai além) da natureza humana. Portanto, é algo que a razão humana não pode alcançar.

Somente pela fé chegamos ao sobrenatural.

É algo divino que vem de DEUS.

11o - Por que o padre usa vestes de cores diferentes nas missas?

Porque as cores nos lembram o Tempo da Liturgia que estamos celebrando. São elas:

Roxa

– nos lembra que estamos nos preparando para uma grande festa. Significa penitência, oração, esmola.

Significa meditação, silêncio e conversão. É usada:

- no Advento: nos lembra que estamos nos preparando para o nascimento do Menino JESUS, o nosso

Salvador. Por meio desta lembrança, voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda de

Cristo, no fim dos tempos.

- na Quaresma: nos lembra que estamos nos preparando para celebrar a Grande Festa da Páscoa dos

Cristãos. A páscoa é o Coração do Ano Litúrgico.

- nas celebrações: penitenciais, atendimento de confissões individuais, coletivas e Unção dos

Enfermos.

- nas missas de 7º dia e 30o dia.

Rosa

– é uma cor roxa mitigada. Significa que a festa está próximo, o tempo de preparação está quase no

fim. É sinal da alegria que está chegando. Usa-se no 3º domingo do Advento (Guadete: alegrai-vos)

e no 4º domingo da Quaresma (Laetare: alegria), porém não é obrigatório.

Vermelha

Representa o “fogo” do Espírito Santo, a alegria, realeza, testemunho de fé dos mártires que tiveram o

sangue derramado. É usada nas celebrações do:

- Domingo de Ramos;

- Celebração da Paixão e Morte do Senhor JESUS;

- Domingo de Pentecostes;

- nos dias dedicados aos mártires;

- no Domingo de São Pedro e São Paulo (no Brasil).

Verde

– significa esperança. É o Tempo Comum que vimos na liturgia da missa a missão de JESUS

(Vivência do Reino de DEUS). Representa a esperança Cristã.

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No Tempo Comum:

1O período de tempo comum - depois do Natal. Começa na segunda-feira após a festa do Batismo de

JESUS até a terça-feira antes da quarta-feira de cinzas, início da Quaresma.

2O período de tempo comum - depois da Páscoa. Começa na segunda-feira após a festa de Pentecostes

até o sábado antes do 1º Domingo do Advento. No último domingo do Tempo comum celebra-se a festa de

Cristo Rei. O Celebrante usa a cor branca ou dourada.

Branco (lembra-nos festa e alegria)

- no tempo do Natal (festa do Natal até a festa do Batismo de JESUS).

- no tempo da Páscoa (do Domingo da Páscoa até a véspera do Pentecostes).

- celebrações festivas, como festa de Nossa Senhora e dos Santos.

- nas celebrações dos Sacramentos do Batismo e do Matrimônio.

Azul (usa-se nas festas de Nossa Senhora), porém é raro o seu uso.

IMPORTANTE:

1) JESUS Cristo é o Sacerdote por excelência.

2) O bispo é a pessoa constituída para presidir o culto divino, santificar o Povo de DEUS e interceder pela

comunidade, no que diz respeito à Salvação, bem como de ensinar e governar o Povo de DEUS em lugar

de JESUS Cristo. Como substitutos dos bispos, os presbíteros (sacerdotes ou padres) também realizam

tais funções.

3) A missa é tão infinitamente grande que faz sentido o Sacerdote celebrá-la até sozinho.

4) A oração da Santa Missa é a maior oração que existe. É O PRÓPRO DEUS.

A Santa Missa é o culto de adoração que a Igreja faz a DEUS-Pai. O Senhor JESUS é quem de fato preside

a Missa. Ele Se oferece ao Pai para a salvação do mundo. O Senhor JESUS, ao mesmo tempo, é quem

realiza o sacrifício e é a vítima sacrificada. Sob a ação do Espírito Santo, todo o fiel cristão participa desse

sacrifício de louvor ao Pai.

Portanto a Santa Missa é algo que acontece no seio da Santíssima Trindade. É um ato divino. Nenhum ato

humano, por mais virtuoso ou nobre que seja, poderá jamais se igualará ao que acontece na Santa Missa.

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O Maravilhoso valor da Santa Missa

1 – Na hora da morte, as Missas a que houveres assistido, serão a tua maior consolação. Em cada Santa Missa podes

diminuir a pena temporal devida aos teus pecados, pena essa que será diminuída na proporção do teu fervor.

Assistindo a Santa Missa com devoção:

Prestas a maior das honras à Santa Humanidade de JESUS Cristo. Ele se compadece de muitas das tuas

negligencia e omissões.

Preserva-te de muitos perigos e desgraças que te abateriam.

Diminui o império de satanás sobre ti mesmo.

Sufraga as almas (purificam) do purgatório da melhor maneira possível

Uma Missa assistida em vida será mais salutar que muitas a que os outros assistirão por ti depois da morte.

Será ratificada (confirmada) no Céu a bênção, que do Sacerdote recebes na Santa Missa.

2 – O martírio não é nada em comparação com a Santa Missa. Pelo martírio, o homem se oferece a DEUS A SUA VIDA;

na Santa Missa, porém DEUS dá o seu Corpo e o seu Sangue em sacrifício para os homens. Se o homem reconhecesse

devidamente esse mistério morreria de amor.

A Eucaristia é o milagre supremo do SALVADOR; é o dom soberano do Seu Amor. (S.Tomás de Aquino).

3 – Todas as Missas têm um valor infinito, pois são celebradas pelo próprio JESUS CRISTO, com uma devoção e amor

acima do entendimento dos anjos e dos homens, constituindo o meio mais eficaz, que nos deixou Nosso Senhor JESUS

Cristo, para a salvação da humanidade. (Santa Matildes)

4 – Fica sabendo ó cristão, que mais se merece participar devotamente de uma só Missa, do que distribuir todas as

riquezas aos pobres e peregrinar toda a terra. (São Bernardo)

5 - Nenhuma língua humana pode exprimir os frutos de graças, que atrai o oferecimento do Santo Sacrifício da Missa.

(São Lourenço)

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6 – A Santa Missa é o presente mais precioso e mais agradável que podemos oferecer à Santíssima Trindade: Vale o

próprio DEUS. (São Martinho)

7 – Sinto-me abrasado de amor até o mais íntimo do coração pelo santo e admirável Sacramento da Santa Missa e

deslumbrado por essa clemência tão caridosa e tão misericordiosa de Nosso Senhor, a ponto de considerar grave falta,

para que, podendo assistir a uma Missa, não o faz. (São Francisco de

Assis)

8 – Nosso Senhor JESUS Cristo nos concede tudo o que lhe pedimos na Santa Missa; e o que mais vale é que nos

dá ainda o que nem sequer cogitamos pedir-lhe e que, entretanto nos é necessário. Cada Missa a que assistires,

alcançar-te-á, no Céu, maior grau de glória. (São

Jerônimo)

Partes da Missa O que se diz ou se faz nessa hora

Acolhida – como no começo de qualquer festa, há

cumprimentos e referências aos motivos da reunião.

Na Missa estamos ligados a JESUS e a todas as pessoas do

mundo passado, presente e futuro.

O sacerdote cumprimenta o povo desejando a todos a graça

do PAI, do Filho e do Espírito Santo.

O povo responde: “Bendito seja DEUS que nos reuniu no

amor de Cristo”.

Ato Penitencial – ninguém participa bem de uma festa se não

estiver em paz com o dono da casa e os outros convidados.

Pedimos perdão dos nossos pecados para celebrar melhor. O

padre dá a bênção pedindo a DEUS que conceda o perdão.

O povo reza: “Senhor, tende piedade de nós”.

Glória – um cumprimento elogioso a quem o convidou para

este encontro.

É alegria completa e mais perfeita de louvar o nosso DEUS.

Todos rezam uma oração que começa assim: “Glória a DEUS

nas alturas e paz na terra aos homens por Ele amado”.

Liturgia da Palavra – é conversando que a amizade cresce.

Ouve-se a Palavra de DEUS. Estas leituras são iguais no

mundo inteiro.

Lêem-se trechos da Bíblia. Em geral são três: um do Antigo

Testamento, um do Evangelho e outro das Cartas.

Homilia – Devemos ouvir com a única intenção de acolher a

Palavra de DEUS. Ela tem o poder de transformar a nossa

mente e o nosso coração.

O sacerdote faz uma reflexão acerca dos trechos da Bíblia que

foram lidas. Devemos tem em mente que o ser humano é

limitado, evitando, assim algumas críticas.

Preces da Comunidade – prossegue a conversa. O assunto

agora são os problemas e necessidades de todos.

Várias pessoas fazem preces, lidas ou espontâneas.

O povo pede: “Senhor, escutai a nossa prece”.

Apresentação das Ofertas – é comum oferecer alguma coisa

quando se é convidado para uma festa. Também se arruma a

mesa se houver refeição.

O padre e o povo oferecem o pão e o vinho. Cada um oferece

a sua vida, seu trabalho e o esforço de todos.

Duas ou mais pessoas podem levar ao altar as ofertas.

Oração Eucarística (Consagração) – momento central da festa

em volta da mesa.

O padre repete as palavras de JESUS e transforma o pão e o

vinho no corpo e sangue de Cristo. É a transubstanciação.

“Tomai e comei, isto é o meu Corpo, isto é o meu sangue".

PAI Nosso e Abraço da Paz – confraternização dos O povo reza o PAI Nosso e cada um cumprimenta seu irmão

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convidados. mais próximo desejando a ele a “Paz de Cristo”.

Comunhão – Hora de partilhar.

Hóstia, quer dizer vítima, sacrifício. JESUS é a Hóstia Santa

do Sacrifício da Santa Missa.

Quem estiver preparado recebe o Corpo e Sangue de JESUS

no pão e no vinho.

Por questões práticas é costume distribuir só o pão

consagrado.

Ação de Graças e Despedida – final da festa: hora de

agradecer a quem convidou e dizer “até breve”.

Reza-se uma oração de ação de graças.

O padre dá a bênção final a todos.

OS GRANDES “AMÉM”

Os Grandes“AMÉM”

Momento na Missa Significado

PRIMEIRO Na ORAÇÃO, que encerra os Ritos Iniciais.

Momento oportuno para nos oferecermos e pedir à DEUS.

SEGUNDO Após as PRECES DA COMUNIDADE.

A Igreja que escuta, crê e professa, se inclina sob o peito de JESUS, para dizer-lhe o que está dentro do seu coração.

TERCEIRO Após a ORAÇÃO SOBRE AS OFERENDAS, na Liturgia Eucarística.

Este ato representa que os fiéis se oferecem ou oferecem a sua vida para JESUS.

QUARTO

Após a ORAÇÃO EUCARÍSTICAS: “Por Cristo, com Cristo, em Cristo, a vós DEUS Pai, todo poderoso, na unidade do Espírito Santo, toda honra e toda Glória, agora e para sempre.”

O mais importante da Missa. Representa a nossa adesão à Eucaristia. É um ato de Louvor à Santíssima Trindade. É a maior Doxologia (louvor) da Santa Missa.

QUINTONa Oração pela Paz, no rito da Comunhão, recitada pelo Sacerdote: Senhor JESUS Cristo que disseste...

O abraço da paz é para todos os que amamos e para os que ainda não amamos tanto.

AS PROCISSÕES

MOVIMENTOS PROCESSUAIS

DESCRIÇÃO SIGNIFICADO

Procissão de Entrada

Organizada com a Cruz em primeiro lugar; duas velas que representam Cristo Ressuscitado; a Bíblia, os participantes, na ordem de importância, sendo o último lugar ocupado pelo membro mais importante. Canta-se algo que se refira a Igreja peregrina ou que lembra o tema da Liturgia da Palavra.

Entrada na Igreja do Celebrante, em Procissão com os fiéis para a Celebração Eucarística. Lembra o séqüito papal. Lembra também a caminhada do Povo de DEUS no deserto. Normalmente é realizada nas missas dominicais e festivas.

Procissão das Ofertas

No ofertório são apresentadas as nossas oferendas, o nosso amor, o

Para lembrar que os cristãos primitivos levavam viveres para a oferta, que eram

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nosso ser, representados pelo pão e pelo vinho.

distribuídos igualmente entre todos, ricos e pobres. Os dons oferecidos não podem ser retomados.

Procissão da Comunhão

Participação dos fiéis preparados, na Ceia do Senhor, é a nossa participação na última ceia. Vão a procissão para receber a Hóstia Consagrada.

Lembra o povo no Egito, saindo da opressão para a terá prometida. O simbolismo nos faz caminhar, não ajoelhar.

ESTRUTURA DA SANTA MISSA

RITOS INICIAIS

Canto de entrada

SaudaçãoAto Penitencial

GlóriaOração (coleta)

LITURGIA

(MESA DA PALAVRA)

AT - Profetas

Leituras bíblicas e orações

Canto de Meditação (Salmo)NT - Apóstolos

Aclamação - Aleluia(menos no tempo da quaresma)Evangelho - JESUS (sua vida e

missão)Homilia

Profissão de Fé - O CredoOração Universal (fiéis)

LITURGIA

EUCARÍSTICA

(MESA DO PÃO)

Pão, vinho, água

1 - Preparação das Oferendas

Purificação das MãosOração sobre as Oferendas

Prefácio Invocação do Espírito Santo

2 - Oração Eucarística

Narrativa da CeiaMemorialOblação

IntercessõesLouvor FinalPai Nosso

3 - Comunhão

Rito da PazFração do Pão

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Procissão para ComunhãoOração depois da Comunhão

RITOS FINAIS

Avisos

BênçãosDespedida

O ANO LITÚRGICOTema: Ano Litúrgico

Objetivo: Mostrar a caminhada da Igreja.

1 – Oração inicial (espontânea, em silêncio, concluir com Vinde Espírito Santo).

2 – Resumir o encontro passado (A Missa).

3 – Comentários: Hoje vamos ver como a Igreja Católica Apostólica Romana (explicar o nome da nossa

Igreja) caminha durante o ano, isto é, vamos conhecer o Ano Litúrgico.

O Ano Litúrgico – “O Ano Litúrgico é o período de um ano durante o qual a Igreja celebra as ações

salvíficas ou mistérios de Cristo, “para vivê-los, imitando ou comemorando o que Cristo fez pelos homens”

(Frei Alberto Beckhauser, OFM, em Celebrar a vida cristã).

Assim, como temos diversos tipos de Anos ou Calendários; Ano Civil, Ano Escolar, Ano Lunar, Ano Solar,

etc. , temos na Igreja Católica o Ano Litúrgico que é o calendário religioso que contém as datas dos

acontecimentos da História da Salvação. Para celebrar a vida de JESUS, com suas obras e sua

Mensagem, sua permanência no meio de nós e seu regresso no fim da História. No Ano Litúrgico

revivemos anualmente todo o Mistério da Salvação centrada na Pessoa de JESUS Cristo, o Messias, o

Filho de DEUS.

O Ano Litúrgico é dividido em dois (2) grandes Ciclos: Ciclo do Natal e o Ciclo Pascal. Em cada ciclo

veremos o que celebremos e a qual deve ser a nossa atitude. Os ciclos são separados por um tempo que

chamamos de comum.

I – Ciclo do Natal – Compreende o Tempo do Advento e Tempo do Natal. É determinado por uma data fixa:

A do Natal 25.12.

O Natal é a celebração do Nascimento de JESUS, que se fez Homem, para nossa Salvação. Nossa atitude

é de gratidão e de glorificação a DEUS “no mais alto dos céus”. DEUS derrama todo o seu amor através da

Encarnação do Seu Filho. O Ciclo do Natal se divide em:

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a)Tempo do Advento – Advento é a expectativa, é espera de um Salvador que vem. É tempo de renovar

o ânimo dos que diante das injustiças do mundo, perderam a alegria e a capacidade de crer: O Advento

vem nos lembrar que está próximo o Reino de DEUS, tenham coragem! O Advento vem nos lembrar que o

mal não tem a última palavra. Em meio a pessimismo e sofrimento, DEUS anuncia a salvação e libertação:

O Senhor vem ao nosso encontro, Ele mesmo, em pessoa, vem nos salvar. Vamos ver na Bíblia, Is25,6-10.

Veja neste texto quanta esperança! Isaías, o profeta da esperança, por excelência, descreve um Messias

que vem para implantar nova realidade vinda de DEUS e que a humanidade toda será salva.

Então, Advento é o tempo de espera, de preparação, de esperança. É um tempo em que somos

convidados à purificação de vida pela justiça e pela verdade. Estamos arrumando a nossa “casa”, isto é, o

nosso coração para recebermos a mais nobre visita: JESUS, o nosso Salvador. Por meio desta lembrança,

voltam-se os corações para a expectativa da segunda vinda de Cristo, no fim dos tempos.

O Advento inicia-se no 1º domingo de dezembro ou no finalzinho de novembro. Neste tempo, vemos, nas

leituras bíblicas, os personagens de Isaías, o profeta messiânico, João Batista, o primo de JESUS, que veio

para preparar os caminhos para JESUS, e O apresentou como Cordeiro de DEUS e de Maria. Mas porque

será que a Igreja escolheu estes personagens? Estas pessoas são exemplos que acreditaram nas

promessas de DEUS. Elas colaboraram para que a vinda de JESUS fosse possível.

O Advento começa quatro (4) domingos antes do dia 25/12, último domingo de novembro ou início de

dezembro, e termina no dia 24/12. A cor usada é roxa, as flores e música são moderadas e não se recita

Glória. Dentro do Advento, o 3o Domingo é chamado de “Domingo de Alegria”, é a alegria de estarmos

próximos do Natal. Neste Domingo pode-se usar a cor rosa.

b) Celebração - a celebração tem o seu ponto alto no dia 25/12, mas a festa do Natal se prolonga até o dia

do Batismo de JESUS, isto é, domingo após a Epifania de JESUS (manifestação de JESUS a todos os

povos). Este período é chamado tempo do Natal e usa-se a cor branca. Quando o Natal de Nosso Senhor

JESUS Cristo cai no domingo, a festa do Batismo de JESUS será celebrado na Segunda-feira após o

Domingo da Epifania – A festa dos Reis Magos

Mistério da Encarnação: Um DEUS que se humaniza para que o homem se Diviniza. Natal é o

derramamento do Amor de DEUS Jo1,1-18.

No tempo do Advento e Natal devemos contemplar os mistérios gozosos do terço para a pessoa que

reza apenas um terço por dia.

Inicia-se, o chamado “tempo comum” da Igreja, isto é, as festas acabaram e vamos caminhar com JESUS.

Vemos nas leituras da Santa Missa a missão e a vida de JESUS, a rotina do seu dia a dia, onde podemos

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ver grandes milagres e parábolas lindas, onde JESUS nos anuncia longamente o Reino dos Céus, e assim

vamos vivendo a nossa esperança cristã.

O Tempo Comum é muito importante, pois ele dever ser expressão da nossa vida cotidiana, tendo o mistério

pascal como o grande elemento unificador, que leva a experiência mística de comunhão e relação entre os

irmãos a cada participação dominical.

Este tempo começa logo após da Festa do Batismo de JESUS e se estende até terça feira de carnaval e é

imterrompido para prepararmos para a Páscoa e recomeça na segunda-feira depois de Pentecostes e vai até o

sábado véspera do primeiro Domingo do Advento (último do mês de novembro ou o 1º domingo de dezembro).

Durante a 1ª parte do Tempo Comum temos também celebração da festa de São Sebastião, o nosso Padroeiro

(Rio de Janeiro).

O tempo comum é composto por dois períodos perfazendo o total de trinta e três ou trinta quatro semanas no

curso do ano litúrgico, nas quais não se celebram fatos particulares do Mistério de Cristo. Nestas semanas o

Mistério é venerado em sua globalidade. Ao contrário do que pode pensar, o Tempo Comum não é dispensável

uma vez que desenvolve o mistério pascal de modo progressivo e profundo na vida dos cristãos através da

reflexão e vivência da vida cotidiana de JESUS, suas obras neste contexto de simplicidade. Assim, é o tempo

em a comunidade cristã aprofunda na fé o Mistério Pascal e sublinha as exigências morais da via nova, pois

devemos buscar a eternidade cotidianamente. Ainda que dividido em duas partes, este tempo constitui uma

unidade perfeita.

O Tempo Comum não é tempo vazio. É tempo da Igreja continuar a obra de Cristo nas lutas e nos

trabalhos pelo Reino” (CNBB- doc.43,132)

Vamos caminhando e chegamos na quarta-feira de cinzas. O tempo comum é interrompido, e vamos nos

preparar para a Páscoa. A páscoa tem um período de preparação, que se chama quaresma, e o tempo de

Celebração, que se chama tempo pascal.

II – Ciclo da Páscoa – compreende o Tempo da Quaresma e o Tempo da Páscoa.

Páscoa é passagem, é ação de DEUS. DEUS passa e liberta. A festa da páscoa recorda, em primeiro lugar, a

passagem de DEUS. Esta palavra tem um sentido amplo. É como se disséssemos: “DEUS salta”, “passa

sobre” ou “resguarda”. Lembramos da páscoa dos Judeus, isto é, a travessia do Mar Vermelho. É a maior festa

dos Judeus, pois eles sentiram viva a presença de DEUS naquela Noite. Páscoa é a passagem salvífica de

DEUS.

Nesta celebração temos a imolação de um cordeiro perfeito para a Ceia daquele povo marcado para salvar-se

da escravidão do Egito. No Novo testamento temos o nosso “Cordeirinho Santíssimo, perfeitíssimo” se imolando

para nos salvar do pecado. Quem é esse Cordeirinho? É aquele mesmo que João Batista apresentou como o

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Cordeiro de DEUS. JESUS. Páscoa será a lembrança permanente de que DEUS liberta seu povo através de

JESUS, o novo Cordeiro Pascal. Páscoa é o grande domingo do Ano Litúrgico assim como o domingo na

semana.

É Páscoa a cada dia, a todo instante, quando fazemos o bem, acolhendo com

alegria nosso irmão e semelhante.

A páscoa é como o Natal, também tem a preparação e Celebração.

a) Quaresma – É o tempo que aparece o Tríduo Sagrado:

- Quinta-feira Santa.

- Sexta-feira Santa e o

- Sábado Santo

O tempo de preparação para a páscoa se inicia na quarta-feira de cinzas. A origem desta quarta-feira de

cinzas se deu devido aos dias de festas que antecedem o carnaval.

Imposição de cinzas, para que?

Sim, começamos a Quaresma com a imposição de cinzas obtidas com a queima dos ramos bentos no Domingo

de ramos do ano anterior. Os ramos que nos lembram o triunfo de Cristo, agora, reduzidos a cinza, nos

advertem ser preciso reconhecermo-nos pecadores, necessitados da Vitória de Cristo JESUS.

Ao iniciar a Quaresma com a imposição de cinzas, o homem se reconhece frágil e pecador, prevenindo, assim

o julgamento de DEUS e atraindo sobre si a misericórdia e o perdão divino. A imposição de cinzas é uma

consagração, um convite à conversão e ao arrependimento, através da oração, do jejum, do amor e acolhida ao

próximo.

Cinza é, assim, um sacramental capaz de conceder-nos a Graça da Penitência se, contritos e cheios de Fé,

estivermos dispostos a assumir a Penitência Quaresmal na Oração, no Jejum e na Esmola. Então sim,

viveremos bem a Santa Quaresma.

As Cinzas ajudam a tomar consciência da fragilidade humana e da certeza do fim de nossa existência terrestre.

Com isso, a Igreja espera que cada fiel possa avaliar melhor o rumo que deve dar à própria vida. No AT

podemos ver vários textos em que as cinzas são usadas para indicar penitência e conversão – Dn9,3: Jn3,5-6

(Até o rei vestiu-se de sacos e sentou nas cinzas).

JESUS também faz referência ao uso das cinzas, a respeito daquele povo que se recusava a se arrepender de

seus pecados, apesar de terem visto os milagres e escutado a Boa Nova, Ele disse: “ Ai de ti, Corozaim! Ai de

ti, Betsaida! Porque, se tivessem sido feitos em Tiro e em Sidônia os milagres que foram feitos em vosso meio,

há muito tempo elas se teriam arrependido sob o cilício e as cinzas” Mt11,21.

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Antes da quarta-feira de Cinzas vem o carnaval que são três dias de festa que antecedem o carnaval. O

Carnaval teve sua origem na Igreja Católica e tinha como objetivo festejar (brincadeiras, churrasco, comilanças,

etc). Isto porque? Na Idade Média, eram muito severas as penitências quaresmais. Por isso, as pessoas

faziam festas com muita comilança de carnes. O povo iria passar quarenta (40) dias fazendo penitência, orando

e jejuando. A abstinência de carne é devido de ser a carne o alimento mais usado na época. Com o passar do

tempo, outras motivações se associaram a essa festa. A Quarta-feira de cinzas é assim chamada para lembrar

que a festa acabou mesmo, agora é sacrifício.

O católico pode brincar o carnaval? Sim! Mas deverá não perder de vista a fonte de referência: O AMOR DE

DEUS. Diante dos erros e dos excessos, São Paulo continua sendo a grande referência:”Examinai tudo, ficai

com o que é bom” lTes5,21.

Quaresma é um período de 40 dias. DEUS-Pai na sua pedagogia utilizou-se por várias vezes do número

quarenta (40) para conceder grandes graças ao seu povo. Para que a terra fosse restaurada, DEUS fez cair o

dilúvio por quarenta dias e quarenta noites (Gen7,12). Por quarenta dias e quarenta noites Moisés permaneceu

no Monte Sinai para receber de DEUS as tábuas da Lei (Ex24,18). Também por quarenta anos o Povo eleito

peregrinou no deserto, até entrar na terra prometida. Enfim , podemos ver na Sagrada Escritura que toda vez

que está esperando algo grande, o povo se preparava para este acontecimento.

Quaresma é tempo de recordar que somos peregrinos, que nossa vida também é um êxodo em direção à

verdadeira pátria que é o céu. Em cada escolha que fazemos damos um passo como Abraão, por isso é

necessário refletir qual é qualidade do meu passo, para onde ele está nos levando.

É na quaresma que vamos nos preparar para o maior acontecimento de todos os tempos: a Paixão, Morte e

Ressurreição de JESUS.. É um tempo forte para conversão. Mas o que é converter-se? Converter é trocar a

minha vida pela de JESUS. Conversão é mudança de vida, de mente, atitudes. É abrir o coração. Precisamos

renunciar ao mal e aderir a JESUS que carrega sua cruz. Acredito que nossa conversão nada mais é do que um

exercício contínuo de "contrariar

a carne"; carne no sentido bíblico, isto é, o orgulho, a gula, a malícia, o egoísmo, a vaidade, raiva, o

ressentimento.....

Por isso, conversão não é somente fruto da ação de DEUS em nossa vida, mas é também o fruto de nossa

adesão concreta às coisas divinas e um afastar-se também concreto das coisas do mundo. Trata-se de uma

ação conjunta; existe a parte de DEUS, que é imensa; e a minha que é pequenina, mas necessária.

Qual a sua parte, hoje? O que você precisa de converter hoje para que DEUS possa fazer a Dele?

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E para iniciarmos nossa conversão e prepararmos bem para o Mistério Pascal, a Santa Igreja nos convida a

participação da Santa Missa na quarta-feira de cinzas, onde recordamos que somos pó e que ao pó iremos

voltar. É o nosso ponto de partida.

Não há obrigação de se participar da Missa, todavia, a participação na Eucaristia nessa ocasião é altamente

recomendável. Por que? Porque na Quarta-feira de Cinzas tem início a Quaresma ou o período de quarenta

dias que preparam a celebração da Páscoa. Tal fase do ano equivale a um grande retiro da Igreja – e de cada

um de nós, retiro durante o qual nos dedicamos mais intensamente à penitência e à emenda de nossos vícios,

assim como à leitura e à oração. A Quaresma, assim entendida, é o tempo oportuno em que a Graça de DEUS

nos é oferecida mais copiosamente para a nossa conversão mais radical. Cada fiel católico saberá discernir os

meios eficazes (jejum, abstinência, obras de caridade...) para mais e mais se libertar dos resquícios do pecado

que ficam no fundo do coração humano.

Durante todo o tempo da quaresma a Igreja nos oferece os meios para que possamos nos manter firmes: a Via

Sacra, o jejum, onde mortificamos a carne, a esmola, onde nos desprendemos do que é material e a confissão

Sacramental onde vivemos o apelo da Igreja: “Convertei-vos e crede no evangelho”.

Este tempo é composto de cinco semanas e termina na quarta-feira da Semana Santa. A cor usada é a roxa, as

flores e a música são moderadas e não se canta o Glória e o Aleluia, com exceção no 4 o Domingo que é

chamado de “Domingo de Alegria”, é a alegria de estarmos próximos da Páscoa. Neste Domingo pode-se usar

a cor rosa.

Neste tempo da quaresma em algumas igrejas usa-se cobrir as imagens de roxo (significa recolhimento, mas

não é obrigatório cobri-los).

Para valorizar este tempo tão importante, a Igreja no Brasil promove a Campanha da Fraternidade para nos

incentivar a rezar e trabalhar por uma causa. Por exemplo: Os excluídos, os sem trabalhos, os índios, etc... Ela

dá ao tempo quaresmal uma dimensão histórica, humana e comprometida com questões específicas de nosso

povo, como atividades essencial ligada à Páscoa do Senhor.

E qual é a relação entre Campanha da Fraternidade e Quaresma? A Campanha da Fraternidade é o empenho

de viver e de irradiar essa grande graça de conversão, de reconciliação com DEUS, nosso PAI, e com todos os

irmãos.

A Campanha da Fraternidade é um instrumento para desenvolver o espírito quaresmal de conversão e

renovação interior a partir da realização da ação comunitária, que, para os católicos, é a verdadeira penitência

que DEUS quer em preparação da Páscoa. Ela ajuda na tarefa de colocar em prática a caridade e ajuda ao

próximo. É um modo criativo de concretizar o exercício pastoral de conjunto, visando à transformação das

injustiças sociais.

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A solidariedade nos leva à prática efetiva da justiça, a trabalhar para que se promovam todos os direitos para

todos e a superar toda forma de discriminação e desigualdade. Ela é a energia salvadora do Evangelho que

impele à busca da paz na sociedade e oferece toda humanidade o dom definitivo da paz em JESUS.

Que a cada quaresma que vivemos seja uma ocasião propícia de chegarmos à

Páscoa com o coração transfigurado.

No último domingo da quaresma celebramos o Domingo de Ramos e da Paixão do Senhor, dando início a

Grade Semana, a Semana Santa, onde comemoramos a entrada alegre e triunfal de JESUS na Cidade de

Jerusalém e a alegria do povo estava pautada na esperança de JESUS sendo reconhecido pelas autoridades,

pensaram: Agora, Ele vai restaurar Israel que era o sonho de todo o povo judeu. Inicia-se a Semana Santa com

toda a nossa atenção para a Paixão de Cristo.

No tempo da Quaresma devemos contemplar os mistérios dolorosos do terço. Para o Cristão que reza

apenas um terço por dia (quarta-feira de cinzas até Sábado Santo).

b) Celebração – A celebração começa com o Tríduo Pascal que compreende três dias: Participar bem das

celebrações da quinta-feira e sexta-feira Santa e da Grande Vigília Pascal, é tomar posse da vitória alcançada

no calvário.

b.1 - Quinta-feira Santa (conhecida como Lava-pés) – Celebramos o Novo Mandamento; o amor expresso,

serviço prestado aos irmãos, simbolizado pelo lava pés, profunda união de todos os irmãos ao divino Mestre

que é a participação da Ceia Eucarística, e participação e solidariedade nossa com Cristo que sofre, “isto é o

meu Corpo”., ”Este cálice é o Novo Testamento no meu sangue; todas as vezes que o beberdes, fazei-o em

memória de mim.”

Na Catedral celebra-se a Missa da Unidade ou do Crisma, onde os presbíteros da Arquidiocese inteira

comparecem. Há bênção do óleo do Crisma, Batismo, Ordenação sacerdotal e Unção dos enfermos.

Revivemos a Instituição da Divina Eucaristia, o maior de todos os Sacramentos e do Sacramento da Ordem,

“Fazei isto em memória de mim”. Durante a celebração temos também o Lava-pés para nos lembrar que

devemos nos colocar a serviço do próximo (somos iguais) e que devemos nos colocar a serviço de DEUS.

A transladação do SS Sacramento para outro local e o apagar das luzes é para nos lembrar do sofrimento de

JESUS. É retirado também as toalhas do altar.

b.2 – Sexta-feira Santa – (A celebração da Paixão pode ser entre 15 e 18 horas) - Neste dia vemos o DEUS da

Vida colocado diante da realidade da morte. A morte, na verdade, assusta, reflete a nossa fragilidade e mostra

nossas limitações. Todavia, devemos aceitar que há um nascer e há também um morrer. O próprio Cristo fez

esta experiência. Neste dia, temos a celebração da Paixão de Nosso Senhor JESUS Cristo, com adoração da

Cruz e a distribuição da Sagrada Eucaristia. Não se celebra a Santa Missa em nenhuma parte do mundo. É um

dia propício para o exercício piedoso da Via Sacra. A via Sacra é um dos exercícios mais piedoso, depois da

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Santa Missa. A cor usada é vermelha e a nossa atitude básica é de profundo silêncio, solidariedade e gratidão.

Neste dia não se administra nenhum sacramento à exceção da Unção dos enfermos.

b.3 – Sábado Santo – (pode ser a partir das 18 horas) é o ponto alto da celebração da Páscoa. Temos a

bênção do fogo e da água, que será usada durante todo ano para celebrações do batismo. Dentro desta

celebração sobressalta-se o CÍRIO PASCAL, é aquela vela grande, onde são colocadas as duas letras, o alfa e

o ômega (a 1ª letra e a última do alfabeto grego) para nos lembrar que JESUS é o princípio e o fim, e os cravos

para nos lembrar da morte de JESUS. É colocado ainda o ano em curso.

As leituras da Vigília Pascal são 7 e fazem ligação entre a Antiga Aliança (Páscoa dos Judeus) e a Nova

Aliança (Páscoa dos Cristãos).

b.4 – Domingo da Ressurreição ou Domingo de Páscoa - JESUS Vive, JESUS ressuscitou. “Porque procurais

entre os mortos aquele que está vivo? Ele não está aqui; ressuscitou”. Lc 24,5.

Portanto, a afirmação: Cristo Ressuscitou, vem do céu. A ressurreição de JESUS Cristo é um fato, é uma

realidade, não um sonho, uma farsa, armação ou encenação. Na páscoa, somos convidados a olhar para além

da morte, pois como dizia São Francisco de Assis, a morte é a porta da Vida. E Cristo, pela sua Ressurreição,

comprova que é o Senhor da Vida. Vida plena; sem gemidos, sem lágrimas, sem luta e sem dor.

Todo nosso caminhar nesta terra é uma lenta e longa caminhada para a transformação com objetivos de

vencermos as barreiras que a vida nos reserva.

A festa da páscoa, ou tempo pascal, é celebrado por cinqüenta (50) dias, terminando com a festa de

Pentecostes. A páscoa termina, mas nos deixa a alegria do Pentecostes, pois nos lembra que JESUS foi para o

Pai para preparar a nossa morada, mas enquanto estamos aqui na terra em peregrinação temos o Consolador,

o Espírito Santo. É uma promessa de JESUS: “Estarei convosco todos os dias, até o fim do mundo”. (Mt 28,20)

. A cor usada é branca.

Terminando o tempo Pascal, no domingo de Pentecostes, recomeça o tempo comum que se estende até o final

do ano Litúrgico com a festa de ... quem sabe? Festa de CRISTO REI. (nesta 2ª parte do tempo comum

celebramos a festa de São Pedro e São Paulo, São João Batista, Mártires e muitos outros Santos e a festa de

Corpus Christi).

No tempo Pascal devemos contemplar os mistérios gloriosos do terço para a pessoa que reza apenas

um terço por dia (domingo da Páscoa até o domingo da Santíssima Trindade)

LEMBRETE: As cores que falamos são para a celebração da Santa Missa.

Na celebração do Batismo, Casamento e Adoração ao Santíssimo Sacramento, usa-se a estola branca ou

dourada.

Na celebração da Penitência ou Confissão , Unção dos enfermos, Missa de 7º e 30º dia: Usa-se a estola

roxa. Mas a memória do dia tem preferência sobre as almas.

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A Santa Missa do Sábado Santo não cumpre o preceito de domingo, pois estamos celebrando o Tríduo

pascal e este encerra-se com a Santa Missa.

Mas por que a Páscoa nunca cai no mesmo dia do ano?

O dia da Páscoa é o primeiro domingo depois da Lua Cheia que ocorre no dia ou depois de 21 março (a data do

equinócio). Entretanto, a data da Lua Cheia não é a real, mas a definida nas Tabelas Eclesiásticas. (A igreja,

para obter consistência na data da Páscoa decidiu, no Conselho de Nicea em 325 d.C, definir a Páscoa

relacionada a uma Lua imaginária - conhecida como a "lua eclesiástica").

A Páscoa dos Judeus, conforme podemos ver em Ex12,1-6 – Dia 14, isto é, 14º dia que foi visto a lua nova, (A

fase da lua é de sete dias, logo a cheia seria no dia 14). De 19 em 19 anos a esta data coincide. Então o mês

é lunar, isto é, inicia-se com a 1ª visão da lua nova. O dia em que o Povo de DEUS atravessou o Mar Vermelho

era lua cheia.

A Quarta-Feira de Cinzas ocorre 46 dias antes da Páscoa, e portanto a Terça-Feira de Carnaval ocorre 47 dias

antes da Páscoa. Esse é o período da quaresma, que começa na quarta-feira de cinzas.

Com esta definição, a data da Páscoa pode ser determinada sem grande conhecimento astronômico. Mas a

seqüência de datas varia de ano para ano, sendo no mínimo em 22 de março e no máximo em 24 de abril,

transformando a Páscoa numa festa "móvel".

Com o encontro de hoje acabamos de apresentar a Santa Missa e a caminhada da Igreja durante o

ano. Agora vocês poderão participar da Santa Missa não mais por preceito, e sim, com muito amor

e carinho e os resultados vocês verão. Encontrarão forças e coragem para enfrentar as dificuldades

do dia a dia. (Encerrar o encontro com oração espontânea)

Esquema do Ano Litúrgico – gráfico 1

Início 4 domingos antes do NatalTérmino 24 de dezembro à tarde

Advento Espiritualidade Esperança e purificação da vidaCICLO Ensinamento Anúncio da vinda do Messias

DO Cor RoxaNATAL

Natal Início 25 de DezembroTérmino Festa do Batismo de JESUS

Espiritualidade Fé, alegria e acolhimentoEnsinamento O Filho de DEUS se fez Homem

Cor Branca

Início 2ª feira após o Batismo de JESUS

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Tempo Término Véspera da 4ª feira de CinzasComum Espiritualidade Esperança e escuta da Palavra

(1ª parte) Ensinamento Anúncio do Reino de DEUSCor Verde

Quaresma Início Quarta-feira de CinzasCICLO Término Quinta-feira Santa

PASCOAL Espiritualidade Penitência e conversãoEnsinamento A Misericórdia de DEUS

Cor Roxa

Início Quinta-feira SantaTérmino Domingo de Pentecostes

Páscoa Espiritualidade Alegria em Cristo RessuscitadoEnsinamento Ressurreição e vida eterna

Cor Branca

Tempo Início Segunda Feira após o domingo de PentecostesComum Término Véspera do 1º domingo do Advento

(2ª parte) Espiritualidade Vivência do Reino de DEUSEnsinamento Os cristãos são o sinal do Reino

Cor Verde

Nota: Além das festas de JESUS dentro do Ano Litúrgico estão as festas da Virgem Maria, dos apóstolos e dos outros santos.Nestas festas usa-se cor apropriada. Por exemplo: Nossa Senhora (branca, azul ou dourada), Mártires, isto é, testemunhou a fé com derramamento de Sangue ( vermelha), por exemplo, São Sebastião que celebramos no dia 20 de janeiro.No Ano Litúrgico temos também outras memórias (ver no desenho da página a seguir).

Encerramos o Ano com a Festa de Cristo Rei.

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ALGUNS DOS SÍMBOLOS PASCAIS

Cordeiro Pascal – Na fuga do Egito, o sangue de um cordeiro marcou a porta das casas dos hebreus

que estavam sendo libertados por DEUS. Daí para frente, os Judeus sacrificavam um cordeiro para

reviver essa libertação na festa da Páscoa. O Cordeiro também pela sua mansidão e pelo branco nos

transitem a paz.

JESUS veio para fazer uma libertação maior do que essa que eles comemoravam na Páscoa. Ele deu

sua vida por nós. São João Batista ao ver JESUS disse: “Eis o Cordeiro de DEUS que tira o pecado do

mundo”.

Você é um cordeiro de Páscoa? Você é capaz de oferecer sua vida, junto com

JESUS para o bem de todos?

Círio Pascal - JESUS VIVE! JESUS RESSUSCITOU! É uma vela, luz da fé. Uma vela se gasta

enquanto ilumina caminhos. O círio pascal, além do simbolismo próprio da vela, usa outros sinais: Nela

estão gravadas as letras alta e ômega. A primeira e a última letra do alfabeto grego. É um jeito de

lembrar que DEUS é o começo e o fim de tudo que fazemos. Lá estão também os algarismos do ano

em curso. São os dias de nossa vida que durante o ano vão ser gastos, iluminados pela luz da

ressurreição de Cristo. Esta vela lembra-nos também a coluna de fogo que precedia o povo hebreu na

caminhada através do deserto para a terra prometida.

Você é vela de Páscoa? Você é capaz de se gastar para que os outros possam achar

o caminho da verdadeira vida?

Ovo de Páscoa – O ovo está aparentemente morto, mas dentro dele há um segredo de vida que vai

brotar. Lembra o Cristo ressuscitado, saindo do túmulo, como a nova vida que sai do ovo.

Você é o ovo de Páscoa? Dentro de você está viva a força do amor de DEUS que faz o bem nascer?

Sino de Páscoa – Toca e anuncia alegria da ressurreição. O seu repicar festivo convida a todos para

louvarem com ele o Cristo que é nosso irmão.

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Como você pode ser um sino de Páscoa? Suas palavras dão alegria? Anunciam que o AMOR

está vivo?

Coelha de Páscoa – É um bichinho no qual a força da vida é muito intensa. Um casal de coelhos tem

muitos filhos rapidamente o grupo aumenta. Lembra a força da ressurreição que fez aumentar

depressa o número dos primeiros cristãos.

Como você pode fazer aumentar o número de cristãos?

Sua vida faz pensar na força do amor que faz tudo que é bom se multiplicar?

Cruz da Ressurreição – Traduz, ao mesmo tempo, sofrimento e ressurreição, morte e vitória.

Como você carrega a Cruz no seu dia a dia? Como você ajuda o seu irmão carregá-la?

O Pão e o Vinho – Na ceia do Senhor, JESUS escolheu o pão e o vinho para dar vazão ao seu amor.

Representando o seu corpo e sangue, eles são dados aos seus discípulos, para celebrar a vida eterna.

O pão também é símbolo de partilha.

O maior e mais precioso símbolo da ressurreição é JESUS!

Motivação para o próximo encontro: Hoje aprendemos como a Igreja caminha. No próximo encontro o que

será? Por que será que existimos? O próximo encontro pois, será maravilhoso!

Criação do Mundo e o ParaísoTema: A Criação

Objetivo: Mostrar o catequizando que tudo que existe é obra de DEUS e ele (o homem) é o centro

desta criação.

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1 - Motivação:

Cantar: É impossível não crer em Ti - 5

O que é criar?

Quem pode criar?

2 - Iniciar lendo Gn1,1-31;2,1-3 – “Quando DEUS iniciou a criação do céu e da terra, a terra era deserta e

vazia, e havia trevas na superfície do abismo; o vento (sopro, espírito) de DEUS agitava a superfície das

águas” Gen1,1-2. DEUS pairava sobre as águas

Esse primeiro relato da criação quer dizer, com certeza, que DEUS fez tudo do nada. Mas insinua que,

entre o nada e a criação, há como um estágio intermediário; o vazio, o do caos, o da desordem. O mundo

havia sido criado, mas não tinha forma. A terra estava vazia; o céu, escuro; o abismo das águas estava

agitado por um vento fortíssimo, aquele que só DEUS pode enviar.

Este texto é um poema. Não é uma descrição racional nem um relatório científico sobre as origens do

universo e da vida. É um poema e, como tal, deve ser lido. Sabemos que na poesia as palvras ganham

sentidos muito diferentes, que vão além do que elas concretamente significam. Na poesia, por exemplo,

“água” significa muito mais do que a fómula química H2O. É muito mais do que o líquido . “Água”, na

poesia, pode ser vida ou caos, bênçao ou maldição, choro ou alegria, espírito, nascente, fonte, poço,

encontro ou desencontro, medo e fuga, morte e renascimento, salvação, ressurreição!

O poema nos conduz do caos ao cosmos. Caos e cosmos são dois conceitos gregos que passaram à nossa

língua portuguesa: o que hoje, chamamos de caos? O que significa caótico? (pausa) bagunça,

desorganização total.... (pausa). Cosmos é o contrário disso, o que hoje chamamos de cosmos? (pausa) O

que é comésticos? (pausa) Cosmético vem de “cosmos” e significa aquilo que reoorganiza, recompõe,

transforma, conserta, embeleza. O autor sagrado quer dizer exatamente isso que o mundo ficou lindo, ficou

perfeito.

Então, o poema do capítulo 1 do Gênesis nos fala que a Criação é uma constante passagem do nada ao

ser (ou do não-existir à existência), da desarmonia para a harmonia, do desequilíbrio para o equilíbrio, da

desordem para ordem, da bagunça para a organização. Do vazio para a presença, do caos para o cosmos.

E para que tudo isto acontecesse, é relatado que a palavra de DEUS é que cria (a DEUS basta uma palavra

para criar!); a luz, o firmamento, a terra, O mar... os seres vivos animais grandes e pequenos e o HOMEM.

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O importante e maravilhoso notar que o sopro citado no livro do Gênesis 2,7 - é o Espírito (sopro de DEUS)

que vem sobre os profetas de DEUS, para que digam ao povo qual a sua vontade. É o mesmo sopro que

trouxe você aqui hoje! QUÃO GRANDE É O NOSSO DEUS!

A criação revela o sonho do nosso DEUS AMOROSO, de uma convivência harmoniosa entre os seres, de

uma verdadeira comunhão: Criador e criaturas num mesmo e único processo de geração de vida. A criação

é a primeira Páscoa. DEUS faz a vida explodir do nada, numa de festa de formas e de cores!

Então, conhecemos a história da criação através da Bíblia, no AT. “No princípio DEUS criou o céu e a

terra”, Gn 1.1 quando nada existia, nem o tempo. DEUS rompeu o silêncio com sua palavra. Palavra

criadora. Esta palavra divina, viva e eficaz, deu início a tudo que existe e vive. E “DEUS viu que era bom”.

(Este texto relata, em linguagem simples e figurada (não pode ser tomada ao pé da letra), de acordo

com a inteligência da humanidade da época, as verdades fundamentais pressupostas e de acordo

com as descrições populares das origens, pois já sabemos que a nossa história se conservou por

muito tempo em sua tradição oral, isto é, o povo contava. Isto não é uma explicação cientificamente

como foi que surgiram o mundo e a vida. Para esse tipo de explicações ouviremos a ciência. Ela é

também presente de DEUS, fruto da inteligência que o Senhor nos deu para podermos descobrir,

inventar e colaborar com a criação. Através da poesia, porém, o texto que ouvimos procuram

expressar o sentimento de reverência diante do divino poder criador – o texo foi substituído, porém

conservado – cabe o catequista analisar) .

O texto foi escrito em forma poética, a criação das diversas coisas, compendiando tudo numa semana que

termina com o repouso do sábado. Com isso ele tem a intenção de ressaltar que toda a criação é obra de

DEUS e de colocar o repouso semanal, num dia inteiramente dedicado a DEUS. É o Dia do SENHOR

Tudo foi criado, nada apareceu por si, pelo acaso. As coisas criadas são o modo de DEUS falar. DEUS é

pessoa, e pessoa se comunica. E um dos meios de comunicação de DEUS é a sua criação. Tudo que foi

criado é linguagem de DEUS Rm1, 19-20.

DEUS, criando conservando todas as coisas por meio de seu Verbo, proporciona aos homens nas coisas

criadas um testemujnho permanente de Si mesmo.

Tudo que existe tem utilidade: umas estão a serviço das outras. Olhando o mundo, vemos nele a grande casa

de DEUS. Tudo isso Ele preparou para todos os homens, para que nela todos tivesse o seu lugar. “... E DEUS

viu que era bom”.

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Houve um perfeito equilíbrio ecológico. Para cada espécie foram estabelecidos princípios e formas de vida, de

reprodução e de continuidade. A pedagogia de DEUS está presente em todas as criaturas desde o momento da

criação.

“Façamos o homem à nossa imagem e semelhança”.Gn1,26. Neste versículo, nos parece que o CRIADOR,

nosso PAI AMOROSO, tomou a decisão após uma auto-consulta ou juntamente com sua corte celeste.

Podemos observar que está no plural para designar a majestade e a riqueza interior de DEUS. Podemos

deduzir que desde a criação DEUS se manifesta na Trindade... DEUS é Amor intenso, são três. E nós fomos

criados para fazer parte de uma comunidade de amor. “... E DEUS viu que era muito bom”!

A nossa imagem e semelhança: palavras importantes que o autor sagrado repete. Com a palavra imagem em

referência a DEUS distingue os homens dos animais, dotando-o de inteligência (leva ao conhecimento da

verdade), vontade (querer particar o amor) e poder; o homem é capaz de conhecer e amar o seu Criador e que

ele o constituiu senhor de todas as criaturas terrenas.

Assim como temos as faculdades do corpo (que são-pausa): Visão (luz), audição (som), olfato(odor), paladar

(gosto) e tato (forma) temos s faculdades da alma que são inteligência e vontade.

Imagem e semelhança: Imagem - são os dons naturais (razão) – A imagem de DEUS quer dizer a razão

humana. É pela razão que temos a inteligência e a vontade.

Semelhança – São os dons sobrenaturais que foram perdidos pelo pecado (veja no encontro seguinte do

pecado original a história em quadrinhos mais detalhes)

Vemos também que DEUS não criou o homem deixando-o sozinho. Desde o início criou homem e mulher e sua

união constitui a 1ª forma de comunicação de pessoa.

“E DEUS viu que era muito bom”. DEUS coroa sua obra criando o homem e fazendo dele senhor de toda a

criação (mostrando o cartaz da criação).

Porque o homem é a imagem de DEUS, o ser humano possui a dignidade de pessoa: ele não é somente

alguma coisa, mas alguém. É capaz de conhecer-se, de possuir-se e de doar-se livremente e entrar em

comunhão com outras pessoas. É chamado, pela graça, a uma aliança com seu Criador, a oferecer-lhe uma

resposta de fé e amor que ninguém mais pode dar em seu lugar.

A Bíblia exprime isso distinguindo claramente a criação do homem das demais criaturas, Gn1, 26. De todas as

criaturas visíveis, só o ser humano é “capaz de conhecer e amar o seu Criador”: Ele é a “única criatura na terra

que DEUS quis em sim mesma”, só ele é chamado a compartilhar pelo conhecimento e amor, a vida de DEUS.

Foi para este fim que o ser humano foi criado, e aí a razão de sua dignidade. Por ser a imagem de DEUS, o

indivíduo tem a dignidade de pessoa – ele vale pelo que é, e não por suas posses, virtudes ou qualidades.

O Homem é a maior criação de DEUS. É o ponto alto da criação.

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Formou o homem... Não se trata de um ensinamento científico relativo à origem do corpo humano. O que o

texto sagrado quer afirmar é somente que o homem é obra de DEUS e que sua alma procede de DEUS

diretamente. A alma no texto é representada pelo sopro DIVINO.

DEUS abençoa o homem e a mulher dizendo-lhes: “Crescei e multiplicai-vos”; daí vê o matrimônio e o amor

conjugal é ordenado por sua natureza, para procriação na prole. E os filhos são o dom precioso do matrimônio e

contribuem para o bem dos pais. É claro que não podemos desprezar os outros fins do matrimônio. A relação

conjugal é querida e abençoada por DEUS, porém precisamos saber como e quando podemos usufruir dela.

Quando é, rebanho amado? Somente na união pelo Sacramento do Matrimônio.

Gn2,18-24 - Homem e mulher no projeto de DEUS — O relato da criação, na Sagrada Escritura é apresentado,

de forma muito simples mas bonita, destaca a incompletude do ser humano e a necessidade que temos do

encontro com o outro. A criação não está completa enquanto o homem não encontra uma companheira à sua

semelhança. DEUS, então, completa a sua obra, tirando a mulher da costela, isto é, do lado do homem,

enquanto ele dorme. Isto quer dizer: homem e mulher existem como dons gratuitos de DEUS. E DEUS quem os

cria, com a mesma dignidade. E DEUS quem os “modela” na mesma fragilidade: são feitos do mesmo barro, do

húmus da terra. Essa narrativa da criação o sentido profundo da existência humana: homem e mulher se

completam e os dois juntos levam a termo a obra do Criador. Um precisa do outro, pois somente no outro é que

podem se reconhecer a si mesmos e é só aprendendo a acolher o outro que podem abrir-se para a plenitude,

descobrindo a fonte de tudo, o próprio DEUS Criador.

DEUS continua criando e conservando o universo. Ou seja: DEUS continua falando para nós através das

coisas e das pessoas. DEUS, oferecendo-nos a sua criação, dá-nos também a inteligência e o poder de

aperfeiçoá-la. Ele convida-nos a dominá-la pela técnica. O maravilhoso em nossa vida não é que nada

possamos fazer sem o auxílio de DEUS, mas que Ele não queira fazer nada sem nosso auxílio. Sobretudo, não

é a ação que nos torna feliz, mas o fato de estar ao lado do Senhor para fazer-lhe a vontade.

Certamente, DEUS não necessita de nós, mas estabeleceu o seu plano contando conosco e colocou-se na

situação de precisar de nosso auxílio.

Resumindo: O que o autor sagrado quis nos mostrar com a narração da criação?

1) Que existe um único DEUS vivo e criador.

2) Que a natureza não é divina, nem está povoada por outras divindades.

3) Que o ponto mais alto da criação é a humanidade: homem e mulher, ambos criados à imagem e semelhança

de DEUS. E esta é chamada a dominar e a transformar o universo, participando da obra da criação.

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4) Que o ritmo da vida é trabalhar e descansar: assim como DEUS descansou do trabalho criador, também o

homem tem direito ao dia semanal de descanso. Importante notar que a criação toda é marcada pelo selo de

DEUS: “Era bom...”.

Em quantos dias foi feito o mundo?

Os antigos consideram como relato histórico os acontecimentos narrados em Gn1,11. Hoje, porém, já sabemos

que é narração alegórica, isto é, um modo de falar. Isto é narrado para mostrar que o mundo é “obra perfeita”,

pois DEUS viu que tudo era bom. O nº 7 é um número perfeito, isto é, a obra ficou tão perfeita que levou sete

dias para completá-la. A narração bíblica da criação é estritamente teológica. A bíblia não contém erros.

A criação do mundo em 7 dias é um esquema, uma idéia, artificial, feito para desembocar no sábado (= sétimo

dia). A ordem da criação é descrita pelo autor, conforme observação do dia-a-dia. Ele não está interessado em

discutir se as plantas devem existir antes ou depois do sol (discussão que surgiu com os cientistas). Com o

relato da criação o autor está afirmando que foi DEUS quem fez o sol e as plantas.

Por que a bíblia no livro do gênesis narra duas versões da criação? Gn2,4b-25

Porque foram feitas em épocas e autores diferentes; a 2ª é mais minuciosa. A 1ª foi escrita por sacerdotes

e a 2ª por gente do povo. Os sacerdotes tinham o objetivo de mostrar quem era o mais poderoso: DEUS

libertador ou Marduc, o DEUS de Babilônia. O povo estava em Babilônia exilado (587-539 a C), onde

sofriam muito, daí a necessidade de fortalecer e manter a fé daquele povo e dar sentido à sua vida.

Em seguida os sacerdotes ensinam que para manter a fidelidade a DEUS e continuar sendo a sua herança, o

povo deve evitar o culto dos ídolos, a religião de Babilônia e manifestar essa fidelidade através do culto

verdadeiro que veremos na história dos patriarcas (daqui alguns encontros – aguardem!). Daí também surgiu o

descanso no 7º dia para poder fazer o culto neste dia. Seria o dia para adorar e servir somente a DEUS.

DEUS criou o homem à sua imagem e semelhança; “Criou o homem e a mulher”, Gn1, 27.

Existiu Adão e Eva? Haveria outros casais? Se eles formaram o 1º casal, com quem casariam seus

filhos?

A Bíblia nos fala do homem e da mulher. É o jeito do autor sagrado falar. No início, diz ele, DEUS criou o

homem e a mulher, isto é, DEUS fez a raça humana.

De onde surgiu o nome de Adão e Eva?

O nome de Adão é um nome coletivo, isto é, conjunto dos homens e significa que vem da terra e quer dizer:

humano, fértil e Eva é o conjunto de mulheres e significa: viver, gerar vida, assim como dúzia para designar 12

unidades. Daí surgiu a idéia do 1º casal: Adão o 1º homem e Eva a 1ª mulher.

Adão então designa todo homem e Eva toda mulher. Portanto Adão e Eva existiram assim como existem hoje.

O autor sagrado quis nos ensinar que o homem e a mulher tiveram começo e foram criadas por DEUS.

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E o homem feito de barro? Gn 2,7 - Mais uma vez vemos que isto é narrado alegoricamente, isto é, um modo

de falar. Com isso o autor quis nos mostrar:

1. Que DEUS modela o homem como um oleiro molda um vaso, o tijolo, a telha. (todos conhecem

estes objetos?). O autor sagrado quer mostrar que o homem é criatura das mãos de DEUS; para

isso usa o barro, material muito usado na época. Se fosse hoje como seria narrado isso?

2. Mostrar a fragilidade do homem e dependência total de DEUS. Então, homem feito de barro é

ensinamento estritamente teológico.

Concluindo: O homem é obra perfeita das mãos de DEUS, é frágil, é pecador e limitado. O homem é um vaso

de barro e foi DEUS quem o modelou com muito AMOR.

De onde vem a idéia de costela? Gn2, 21-25 - Essa idéia é somente para mostrar que o homem e a mulher

são iguais e eles se complementam e que essa igualdade leva à aproximação, ao amor e ao casamento

monogâmico.

O Homem e a Mulher foram criados, quer dizer, foram queridos por DEUS em perfeita igualdade enquanto

pessoas humanas, por um lado; mas por outro, no seu respectivo ser de homem e de mulher: “Ser homem”,

“Ser mulher” é uma realidade boa e querida por DEUS. O homem e a mulher têm uma dignidade que não pode

perder-se e que lhes vem imediatamente de DEUS, seu Criador.

A atração sexual profunda e misteriosa é de origem divina e disso o homem não pode abusar. O autor

observou isso dia-a-dia como nós podemos observá-la hoje também.

DEUS criou o homem belo e perfeito. DEUS criou o homem à sua imagem e semelhança e o colocou no

paraíso. E para mostrar igualdade entre o homem e a mulher, temos a belíssima expressão: “osso dos meus

ossos, carne de minha carne” Gn2,23. (levar os catequizandos a refletir a grandeza disso). Então, podemos

deduzir que desde do início do mundo, DEUS institui a união do homem e da mulher indissolúvel com amor

indivisível “numa só carne”. E JESUS que leva o AT à plenitude institui um sacramento para efetivar esta união:

O Matrimônio.

5 - E o sono de Adão? Gn2,21-25

O sono de Adão a que o autor se refere é para nos dizer que a criação é segredo divino e o homem não pode

criar.

Todas estas informações têm o objetivo de mostrar a beleza que é o nosso mundo e o tamanho do amor que

DEUS tem para cada um de nós. É para vocês se maravilhar da obra da criação, mas não se deter na casca,

isto é, na linguagem utilizada, aproveitar sim o miolo que é a obra perfeita das mãos de DEUS.

6 - Como surgiu a idéia do Paraíso?

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O autor sagrado não sabe como deveria ser o mundo, mas sabe que DEUS é AMOR, justo e bondoso. Por isso,

imagina uma situação que seja exatamente o oposto daquilo que ele conhece. É uma situação de bem-estar

radical (ler e partilhar Gn2, 8-25).

Vimos neste texto a descrição do paraíso, o jardim do Éden, palavra hebraica que significa paraíso. Vamos

destacar alguns detalhes importantes para o nosso entendimento:

A mulher não é dominada pelo homem, ela é a sua companheira. Adão exclama: Essa sim é “carne da minha

carne e ossos dos meus ossos!” (gravem com amor e carinho- teremos uma bela comparação no final do ano)

Gn2, 22-24 ou 2,18-24.

1. A vida continua para sempre, a árvore da vida. Gn2, 8-9.

2. A terra não é deserta, pois produz frutos.

3. O trabalho não é opressor, é algo leve, rende muito.

4. Cercado de água. Água é vida. Gn2, 10-14.

5. Os animais obedecem e servem. Gn2, 19-20.

6. DEUS é amigo íntimo dos homens, pois passeava e conversava. Gn3, 8.

7. Nenhuma violência.

Enfim, o autor sagrado descreve a harmonia total. Harmonia de DEUS com os homens e do homem com os

homens. E nesse paraíso o homem tinha a possibilidade de vida real. Então, conforme o que refletimos,

levemos no coração.

1. Viver sempre e ser imortal. A morte física do homem seria algo natural, podemos dizer que seria

uma passagem normal e ninguém sofreria com a separação.

2. Sem sofrimento físico nesta vida.

3. Viveria em harmonia com DEUS diariamente, isto é, sem pecado algum. Ele tem a idéia que este

mundo fosse um paraíso.

A sede de paz que o autor sagrado deseja alcançar é tão grande que ele chega a narrar que o Senhor

passeava e conversava com o homem.

Vemos que o homem participa da obra de DEUS dando nome aos animais e por isso participa do poder criativo

de DEUS. Outro detalhe muito importante para nós: a mulher não foi tirada da cabeça do homem para mandar

nela ou tirada dos pés, isto é, para que fosse sua escrava, mas foi tirada do lado, para ser sua companheira.

Interiorização: Vimos então que DEUS criou o homem belo, perfeito. Você foi criado à imagem de DEUS;

Vimos à descrição do paraíso. Porque será que o mundo é exatamente o contrário daquilo que deveria ser?

(pausa) Quem é responsável? Como está você, a imagem de DEUS hoje? O que necessário você romper hoje

para que se torne uma imagem de DEUS? rancor, falsidade, perdão, apego a outras coisas... Amados,

convido-os a se jogarem nas mãos de DEUS e deixar-se modelar como o vaso nas mãos de um oleiro...

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Cantar: Eu quero ser meu PAI amado, como o barro nas mãos do oleiro. Rompe-me a vida.

Faz-me de novo, eu quero ser, eu quero ser um vaso novo!

(Encerrar o encontro com oração espontânea levando os catequizandos a louvar a DEUS pela obra da

criação e concluir com a oração Santo, Santo, Santo...)

Cantar: É impossível não crer em Ti...Extraído resumidamente do livro Bíblia: Perguntas que o povo faz – Frei Mauro Strabeli

Motivação para o próximo encontro: A obra de DEUS ficou tão perfeita que levou sete dias. O homem coroou esta

obra: “DEUS viu que era muito bom”! Será que o homem continuou belo e perfeito? O que será que o homem fez? Não

percam o próximo encontro!

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