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BIOLOGIA

CITOLOGIA BIOQUMICA1. INTRODUO

Os seres vivos apresentam uma grande diversidade e possvel distingui-los da matria bruta devido a algumas caractersticas bsicas: metabolismo, material gentico, reproduo, excitabilidade e crescimento. Metabolismo: conjunto de reaes qumicas que ocorrem no organismo. As reaes que envolvem sntese de substncias constituem o anabolismo e as reaes que envolvem a degradao de substncias constituem o catabolismo. Material gentico: a maioria dos organismos possui a molcula de DNA como detentora da informao gentica. O fato de os seres vivos terem a informao codificada em uma molcula capaz de autoduplicao fundamental ocorrncia de reproduo. O material gentico possui tambm a vantagem de no ser esttico; suas transformaes, as mutaes, constituem fator essencial ocorrncia da evoluo dos seres vivos, devido possibilidade de surgimento aleatrio de novos genes. Reproduo: na reproduo sexuada, a troca de material gentico entre organismos leva produo de prole variada, o que vantajoso para a evoluo dos organismos. J, na reproduo assexuada, no h troca de material gentico e, conseqentemente, os organismos produzidos so geralmente idnticos queles que os produziram. Crescimento: os seres vivos crescem por transformaes da matria absorvida, o que leva ao crescimento por aumento do volume celular ou aumento do nmero de clulas. Os seres vivos apresentam uma composio qumica muito complexa. Na sua organizao celular, consideraremos dois grandes grupos de substncias: as orgnicas e as inorgnicas. Estas variam em qualidade e quantidade em funo do metabolismo a que cada tipo se destina.2. SUBSTNCIAS INORGNICAS

gua (H2O) Substncia mais abundante no organismo, a gua equivale a cerca de 60-70% (quantidade relativa) do peso do corpo humano. As quantidades podem variar em funo de inmeros fatores, entre eles: atividade metablica do tecido, idade do organismo e tipo de organismo. Sais minerais H trs maneiras bsicas de apresentao dos ons nos seres vivos. Encontraremos estes na forma inica (ex.: Mg+) imobilizados no esqueleto (ex: CaCO3 - Tecido sseo) ou combinados com molculas orgnicas (ex.: Cobalto, na vitamina B12).3. SUBSTNCIAS ORGNICAS

Carboidratos So substncias formadas por carbono(C), hidrognio(H) e oxignio(O). Tambm so chamadas de hidratos de carbono, ou glcides, ou glicdos. Classificao dos Carboidratos Monossacardeos: molculas de carboidratos simples (no sofrem hidrlise), formadas segundo a frmula geral Cn(H2O)n, onde n representa o nmero de tomos de carbono, que varia entre 3 e 7. Podem ser chamados de trioses, tetroses, pentoses, hexoses e heptoses, de acordo com o nmero de tomos de carbono. Exemplos de monossacardeos: Glicose: monossacardeo do tipo hexose, um carboidrato com funo energtica, produzido pelos vegetais atravs da fotossntese. Frutose: monossacardeo do tipo hexose, um carboidrato com funo energtica, encontrado em frutas. Dissacardeos: Os dissacardeos so formados por 2 molculas de monossacardeos (monossacardeo + monossacardeo). Ao sofrerem hidrlise, geram monossacardeos. Principais dissacardeos: Maltose (glicose + glicose): encontrada em cereais. Lactose (glicose + galactose): encontrada no leite. Sacarose (glicose+frutose): encontrada na cana-de-acar. Polissacardeos: So cadeias formadas pela unio de vrios monossacardeos (polmeros de oses). Principais polissacardeos:1

Compreende o grupo de substncias que no apresentam o carbono como elemento principal da molcula.Editora Exato

Amido: reserva energtica dos vegetais. Celulose: presente no tecido vegetal, apresenta funo estrutural. Glicognio: reserva energtica animal. Lipdios So steres (cido graxo + lcool) insolveis em gua, mas que degradam-se em meio a solventes orgnicos como lcool, clorofrmio, benzina etc. Atuam como eficiente reserva energtica, pois rendem mais do que duas vezes a energia por grama do que os carboidratos. Tambm atuam como importantes componentes estruturais das clulas, especialmente da membrana celular. Classificao dos Lipdios: Lipdios Simples: a) Glicerdeos (leos e gorduras). Composio bsica: lcool de cadeia curta (glicerol + cido graxo). So conhecidos como triglicerdeos. b) Cerdeos (ceras). Composio bsica: lcool de cadeia longa. Lipdios Compostos (Conjugados): Encontram-se associados a outras substncias. Exemplo: fosfolipdios (lecitina, esfingomielina, cefalina). Esterides: Composio bsica: lcoois de cadeia fechada (ex.: colesterol + cido graxo). So esterides: hormnios sexuais masculinos e femininos, hormnios corticais supra-renais (ex.: corticoesterides), vitamina D, os sais biliares e o colesterol. Armazenar gorduras ou amido? Estocar substncias ricas em energia uma propriedade importante dos seres vivos. Cada grama de gordura libera mais de duas vezes a quantidade de energia liberada pela mesma massa de amido. Em termos de armazenagem, os vegetais armazenam amido, enquanto os animais estocam gorduras. Na fotossntese, as plantas produzem molculas de glicose e a produo do amido, a partir delas, exige um equipamento enzimtico relativamente simples. Como o gasto energtico das plantas no to elevado quanto o dos animais, j que so relativamente imveis, o fato de haver menos trabalho metablico favoreceu a armazenagem de amido no processo evolutivo dos vegetais. Os animais, por sua vez, gastam muita energia na locomoo e devem carregar consigo seu estoque de energia. Armazenar gorduras representa diminuio da massa a ser transportada, com menor gasto energtico. A capacidade de estocagem de carboidratos pelos animais pequena, restringindo-se aos msculos e ao fgado, na forma de glicognio. Nos vegetais, as gorduras ficam armazenadas em sementes ou em frutos, o que representa uma caEditora Exato 2

racterstica adaptativa interessante, pois essas estruturas compactas contm grande quantidade de energia, empregada pelo embrio durante seu desenvolvimento ou por muitos animais que se alimentam de frutos e de sementes. Sendo estruturas relativamente pequenas, as sementes e os frutos podem ser levados para locais distantes da planta me o que se chama disperso - facilitando a ocupao de territrios. Os animais colaboram para esse transporte quando comem os frutos e esparramam as sementes. Protenas So macromolculas orgnicas formadas por unidades (monmeros) denominadas aminocidos. Cada aminocido formado por um grupo carboxila, um grupo amina e uma poro varivel da molcula denominada radical.Rn Radical

H2N

C

COOH

Amina

Carboxila H

Estrutura de um aminocido

A combinao entre os aminocidos se d por ligao peptdica, em que o grupo amina de um aminocido liga-se ao grupo carboxila de outro aminocido. Observe:H N O C OH H H C C C H Ligao peptdica H OH H C CO

H H N H C H C OH H O H H N +H C C H H

=

H

+HOH O

N

Um total de somente 20 aminocidos compe todas as protenas de todos os seres vivos. Um dos principais fatores que caracterizam esses polipeptdeos o arranjo (ordem, tipo e nmero) dos aminocidos que os constituem. Esse arranjo determinado pela ao dos cidos nuclicos. Existem dois tipos bsicos de aminocidos, os naturais e os essenciais. Os primeiros so sintetizados pelo organismo e os ltimos, por no serem sintetizados no organismo, devem estar includos na dieta. A classificao de aminocido essencial e natural varivel entre os organismos, o que significa dizer que se um aminocido essencial para o homem, pode ser natural para um co, por exemplo.

As protenas so classificadas da seguinte forma: Simples molculas formadas exclusivamente por aminocidos. Conjugadas apresentam um grupamento prosttico, que uma poro no protica da molcula. Exemplos: nucleoprotenas (grupo prosttico um cido nuclico), glicoprotenas (grupo prosttico contm polissacardeos), lipoprotenas (grupo prosttico contm lipdios), metaloprotenas (grupo prosttico um metal) . Nveis de Organizao das Protenas Estrutura primria: refere-se seqncia linear de aminocidos em uma cadeia polipeptdica. Cada tipo de protena (cadeia polipeptdica) possui uma seqncia particular de aminocidos.

gica possui forma globular. Muitas protenas so formadas por mais de uma cadeia polipeptdica, sendo esse nvel de organizao denominado estrutura quaternria. So exemplos de protenas globulares: Hemoglobina; Mioglobina; Hemocianina; Enzimas; Protenas da membrana.

Estrutura terciriaALA GLY LEU VAL LYS LYS GLY HIS Estrutura primria

Estrutura secundria: a estrutura secundria mais comum a alfa-hlice, que se assemelha a uma escada em espiral. A estrutura rgida da espiral mantida s custas de pontes de hidrognio.

Estrutura secundria: Alfa hlice

Estrutura terciria e quaternria: as cadeias proticas podem dobrar-se, formando a estrutura terciria de natureza globular. A maioria das protenas com atividade biolEditora Exato 3

Atividade Biolgica das Protenas Defesa: anticorpos, ou imunoglobulinas, so molculas de natureza protica, produzidas por clulas (glbulos brancos ou leuccitos) especiais denominadas plasmcitos. Estrutural: protenas fibrosas, como o colgeno e a queratina. O colgeno uma protena animal, encontrada em abundncia em ossos, tendes, cartilagens. A queratina tambm uma protena animal, encontrada na pele, bicos, unhas e plos. Actina e miosina so protenas encontradas em fibras musculares e relacionadas dinmica da contrao muscular. Hormonal: alguns hormnios, como o glucagon e a insulina, so de natureza peptdica (protica). Enzimtica: as enzimas so protenas globulares que atuam como catalisadores biolgicos, ou seja, atuam diminuindo a energia de ativao necessria ocorrncia de uma reao qumica. Os catalisadores no so consumidos durante a reao, sendo, por isso, eficientes em doses pequenas. A ao enzimtica baseia-se em uma propriedade denominada especificidade, ou seja, uma enzima possui um ou mais centros ativos aos quais o substrato (substncia sobre a qual atua a enzima) combina-se para que seja exercida a ao cataltica. Essa relao entre a enzima e seu substrato chamada de efeito chave-fechadura. Pelo que foi exposto, fcil concluir que a atividade enzimtica depende fundamentalmente da forma espacial da molcula da

enzima. Modificaes na forma dessa molcula, como as que ocorrem na desnaturao, inativam as enzimas.E1 A A B B A E2 E3

Velocidade mxima

Velocidade da reao

produtosTemperatura

Temperatura tima

Especificidade enzimtica: efeito chave-fechadura. (A)=enzima (B) substrato

A estrutura terciria da cadeia protica de uma enzima mantida por pontes de hidrognio entre os grupos R dos aminocidos em voltas adjacentes da cadeia e por interaes entre os vrios grupos R dos aminocidos. Na desnaturao protica, h o rompimento dessas ligaes, o que resulta em perda da forma e, conseqentemente, da atividade biolgica da protena. A desnaturao pode ocorrer por alteraes no meio, tais como aumento da acidez ou aumento da temperatura. A coagulao da clara do ovo um bom exemplo de desnaturao protica. Em geral, os organismos no vivem em ambientes com temperaturas muito altas, pois a desnaturao de suas enzimas inviabiliza o metabolismo celular. Algumas enzimas necessitam, para exercerem sua atividade biolgica, de co-fatores, que podem ser um on ou uma molcula (coenzima). O complexo formado pela enzima (apoenzima) e seu co-fator chamado de holoenzima. O nome das enzimas formado geralmente pela adio do sufixo ase raiz de nome do substrato. Exemplos: Amilase catalisa a hidrlise do amido. Sacarase catalisa a hidrlise da sacarose. Fatores que Interferem na Atividade Enzimtica Temperatura: a atividade enzimtica inativada pelo calor, sendo que temperaturas de 50 a 60 C inativam a maioria das enzimas. Essa inativao irreversvel. Geralmente as enzimas no so inativadas aps o congelamento, mas sua atividade reduz-se bastante a baixas temperaturas. pH: as enzimas so sensveis s alteraes no pH: alteraes de acidez ou alcalinidade no meio em que a reao est ocorrendo. Concentrao do substrato. Observe os grficos a seguir :

Velocidade mxima

Velocidade da reao pH timo pH

Velocidade mxima Velocidade da reao

Concentrao do substrato

Inibidores Enzimticos Existem substncias capazes de impedir a ao de uma enzima. So chamados inibidores enzimticos. Uma enzima reconhece seu substrato porque se liga ao seu centro ativo. Se outra molcula, com estrutura espacial semelhante de seu substrato, ligar-se a ela, a enzima poder ser desativada temporria ou definitivamente. Muitos dos inibidores enzimticos competem com o verdadeiro substrato pela ligao com o centro ativo. H venenos que exercem sua ao txica dessa maneira. Por exemplo: algumas plantas em decomposio geram dicumarol, cuja molcula semelhante da vitamina K. Olhando a molcula inteira, possvel saber de qual molcula se trata, mas, embora sejam um pouco diferentes, ambas podem ligar-se a certas enzimas. As enzimas so enganadas pela semelhana. Se um animal ingerir esta substncia, ela ir competir com a vitamina K pela ligao com as enzimas que participam da produo da protrombina, protena indispensvel para a coagulao do sangue. Como conseqncia, podero ocorrer hemorragias graves. Algumas drogas antimicrobianas, como as sulfas, tambm so inibidores enzimticos. Elas enga4

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nam as enzimas bacterianas responsveis pela produo do cido flico, componente indispensvel para a reproduo das bactrias.

pao (modelo de Watson e Crick), conforme mostra a figura abaixo.2 Fospato

Sulfa

PABA

Ao de um inibidor enzimtico

cidos Nuclicos: a vida em cdigo As molculas de cidos nuclicos situam-se entre as maiores encontradas na clula. Recebem a denominao DNA (cido desoxirribonuclico) e RNA (cido ribonuclico). Essas grandes molculas so formadas por unidades menores, denominadas nucleotdeos, sendo, por isso, denominadas molculas polinucleotdicas. Estrutura dos cidos nuclicos (nucleotdeos) Cada nucleotdeo formado por um grupo fosfato, uma pentose (carboidrato) e por uma base nitrogenada prica: adenina(A) ou guanina(G) ou uma base nitrogenada pirimdica: citosina(C), timina(T) e uracila(U). Observe a figura abaixo:Fosfato

3 base

1

pentose

Modelo de DNA proposto por J. Watson e F. Crick: dupla hlice

(1) Fosfato (2) Pentose (3) Base

Observe que, na molcula de DNA, os nucleotdeos de uma mesma fita ligam-se atravs dos grupos fosfato e que os nucleotdeos de fitas complementares ligam-se atravs de pontes de hidrognio que se estabelecem entre as bases nitrogenadas. A ligao entre as bases ocorre entre adenina e timina (duas pontes de hidrognio), citosina e guanina (trs pontes de hidrognio). Dessa forma, em uma molcula de DNA, a porcentagem de adenina deve ser igual de timina, bem como a porcentagem de citosina deve ser igual de guanina.P P P P P

Fosfato D DC A A

D

DC

Cadeia polinucleotdea

Carboidrato (pentose)Nuleotdeo: unidade de cido nuclico

Base Nitrogenada

Bases nitrogenadas T G T G

Pontes de Hidrognio

O fosfato uma estrutura comum ao DNA e ao RNA. A pentose dos nucleotdeos de DNA a desoxirribose, enquanto que, no RNA, os nucleotdeos apresentam a ribose. DNA e RNA apresentam as mesmas bases pricas (A e G) e diferem em relao a uma das bases nitrogenadas, de forma que a timina uma base exclusiva para o DNA e a uracila uma base nitrogenada exclusiva para o RNA.

D

D

D

D

P

P

P

P

P

Estutrura da molcula de DNA: duas fitas poliucleotdicas

O RNA: cido Ribonuclico uma molcula bem menor que o DNA e que est relacionada diretamente com a sntese protica. uma molcula formada por uma cadeia simples de nucleotdeos. Observe a figura a seguir:

O DNA: cido Desoxirribonuclico O DNA a molcula responsvel por conter a informao gentica. Essa molcula formada por dois filamentos dispostos em forma de hlice no esEditora Exato 5

P

P=fosfato R=ribose A, C, U, G=bases nitrogenadasR C

PU

R

PA

R

PU

Duplicao: o DNA, para a maior parte dos seres vivos, a molcula responsvel por conter a informao gentica. Portanto, extremamente importante para a hereditariedade que o DNA possua a capacidade de gerar cpias. Na duplicao, a molcula de DNA tem rompidas as pontes de hidrognio que mantm unidas as bases nitrogenadas e novos nucleotdeos encaixam-se obedecendo correspondncia: adenina/timina e citosina/guanina. Como cada nova molcula possui uma fita velha, diz-se que o processo semiconservativo.G T C A A A G C T T C G A

R

PG

molcula original

R

PModelo da molcula de RNA: nica fita polinucleotidica

Os trs tipos de RNA existentes, o mensageiro, o ribossmico e o transportador, so indispensveis ocorrncia da produo intracelular de protenas. RNAm: molcula em que o nmero de nucleotdeos diretamente proporcional ao tamanho da protena que codifica. Na verdade, h uma relao entre o nmero de aminocidos e o nmero de trincas de nucleotdeos (ou bases). A seqncia de cdons de RNAm determinada pela seqncia de cdons de um segmento de DNA (gene). RNAr: a maior molcula de RNA e tambm a mais abundante, responde por 80% do total do RNA celular. Quando associada a molculas de protenas, constitui os ribossomos que, quando presos a filamentos de RNAm, formam os polirribossomos, onde ocorre a sntese protica. RNAt: a menor molcula de RNA. Tem como funo ligar-se a um aminocido especfico e conduzi-lo ao local de sntese protica. Apresenta uma seqncia especfica de trs bases, o anticdon, que se liga ao cdon do RNAm. Existe pelo menos um RNAt para cada aminocido. Atividade dos cidos nuclicos O esquema a seguir resume a atividade dos cidos nuclicos:Replicao(duplicao) DNA Transcrio RNA DNA Traduo

T

rompimento das fontes de hidrognio

G

C

G T A A G C TA G

CA T

T C

G

CA

GT

C

T A

T

A

A T

A G C T

T

A

T C

Insero de novos nucleotdeos

G

G A

G T A A G C T

C A T T C G A

G T A A G C T

C A T T C G A

Formao de duas novas molculas, cada uma com uma fita da original: duplicao semiconservativa.

Duplicao semiconservativa do DNA.

Protena

Transcrio: o fenmeno pelo qual o DNA serve de molde para a produo de uma molcula de RNA. Esse processo ocorre no ncleo e tem incio quando uma enzima, a RNA polimerase, atua sobre um segmento de DNA, determinando o rompimento6

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das pontes de hidrognio que mantm unidas as duas fitas. Aps essa abertura, ocorre um pareamento de ribonucleotdeos, formando-se, assim, uma nova molcula de RNA. importante lembrar que a correspondncia das bases ser mantida, exceto no caso da adenina, que far par com a uracila, na molcula de RNA formada. Aps a transcrio, a molcula de RNA resultante destaca-se da molcula de DNA e dirige-se ao citoplasma, onde ir participar da produo de protenas.Filamento de DNA

aminocidos

GLI HIS C A ribossomo (RNAR )

C

G

U

A U U C A U RNA mensageiro

G G U C A U G G C A

Traduo: sntese protrica

Cdigo Gentico: dos 64, 61 codificam aminocidos.1 base 2 base 3 base

U UUUU UUC UUA UUG CUU CUC CUA CUG AUU AUC AUA AUG GUU GUC GUA GUG Fenilalanina (Fen) Leucina (Leu)

CUCU UCC Serina (Ser) UCA UCG CCU CCC Prolina (Pro) CCA CCG ACU ACC ACA ACG

AUAU Tirosina (Tir) UAC UAA Cdons de UAG finalizao CAU Histidina (His) CAC CAA Glutamina (Glu) CAG UGU UGC UGA UGG CGU CGC CGA CGG AGU AGC AGA AGG GGU GGC GGA GGG

GCistena (Cis) Cdons de finalizao triptofano (Trp) U C A G U C A G U C A G U C A G

T T A G C A A A C G C A

UA UA A T GC CG A T A T A T CG GC CG A T

RNA Polimerase

C

Leucina (Leu)

Arginina (Arg)

A

Iisoleucina (lle) Metionina (Met) codo de iniciao Valina (Vall)

AAU Asparagina (Asn) Treonina (Tre) AAC AAA Lisina (Lis) AAG GAU GAC GAA GAG cido asprtico (Asp) cido glutmico (Glu)

Serina (Ser) Arginina (Arg)

G

GCU GCC GCA Alanina (Ala) GCG

Glicina (Gli)

Relao de cdons e aminocidos

RNA-m

Transcrio: a sntese de RNA

Traduo: a sntese protica. A traduo corresponde transformao da mensagem contida no mRNA, na seqncia de aminocidos que constituem a cadeia polipeptdica. Neste processo, h vrios intervenientes: RNAm contm a informao gentica; Ribossomas sistemas de leitura. Cada ribossoma constitudo por duas subunidades. Na sua constituio entram protenas e RNA ribossmico (RNAr); Aminocidos em estoque no citoplasma; RNAt (RNA de transferncia) pequenas molculas de RNA que transportam os aminocidos para junto dos ribossomas; Enzimas e molculas transferem energia para todo o sistema. Observe o esquema:

Em determinada regio de tRNA, existe uma seqncia de trs nucletidos chamada anticdon, que complementar de um dos cdons do mRNA. Na extremidade 3 da molcula de tRNA, liga-se o aminocido respectivo. Estas ligaes implicam transferncias de energia e so catalisadas por enzimas que asseguram que ao tRNA com determinado anticdon somente se ligue um determinado aminocido.4. LEITURA COMPLEMENTAR

Projeto Genoma Humano O livro dos nossos genes Cada uma das cerca de 10 bilhes de clulas do corpo humano contm 46 cromossomas. Globalmente, calcula-se que existem trs mil milhes de bases nucleotdicas, repartidas pelo DNA, que entram na constituio destes cromossomas! O objetivo principal do Projeto Genoma seqenciar as largussimas combinaes dessas bases. Elas so somente de 4 tipos adenina, timina, citosina e guanina e constituem o alfabeto gentico, que contm entre 50.000 a 100.000 pargrafos com sentido, responsveis pela sntese de protenas. Fundamentalmente, o Projeto Genoma tem grande interesse mdico. Existem cerca de 3500 doenas genticas devidas a um defeito de escrita, ou alterao de alguns dos pargrafos desta mensagem. Somente se conhecem cerca de 2 por cento destes pargrafos.7

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Os cientistas e investigadores esperam at o ano 2005 conseguir conhecer a total seqenciao. Para a realizao do Projeto, preciso, numa primeira fase, localizar os genes sobre os cromossomas, para depois estabelecer o modo como esto seqenciados. Segundo o que assinalou o prmio Nobel, Walter Bilbert, a informao contida cabe num disco compacto, o que equivale a mil listas telefnicas de mil pginas cada uma. Engenharia gentica: a diviso celular em bactrias a servio do homem A engenharia gentica vem sendo considerada a grande revoluo cientfica deste final de sculo. A tcnica do DNA recombinante isto , um DNA constitudo por genes de dois organismos diferentes - constitui a base da engenharia gentica. Essa tcnica consiste basicamente em cortar, usando enzimas de restrio, pontos especficos no DNA de um organismo e transplantar o pedao cortado em outro organismo diferente. O pedao de DNA inoculado , ento, aceito pela clula hospedeira, que passa a executar as ordens contidas nesse DNA estranho. Dessa maneira, os cientistas podem dirigir o comportamento, por exemplo, de uma bactria, para fins previamente definidos.ESTUDO DIRIGIDO

5

O que RNA?

EXERCCIOS

1

(MACK-SP) So substncias qumicas constitudas por aminocidos, unidos por sucessivas ligaes peptdicas, e com outras funes no nosso organismo. Referimo-nos aos (s): a) carboidratos. d) vitaminas. b) protenas. e) sais minerais. c) lipdios. (PUC-SP) A respeitos das enzimas, podem-se fazer todas as afirmaes abaixo, com exceo de uma: a) so compostos proticos. b) agem sobre substncias especficas denominadas substratos. c) so insensveis s mudanas de temperatura. d) so produzidas por clulas. e) so catalisadores biolgicos. (PUC-SP) O grfico seguinte relaciona a velocidade de uma reao qumica catalisada por enzimas com a temperatura na qual esta reao ocorre. Podemos afirmar que:v

2

1

O que so substncias inorgnicas?

3 2 O que so substncias carboidratos?

3

O que so protenas?t

a) a velocidade da reao independe da temperatura.

4

O que DNA?

b) existe uma temperatura tima na qual a velocidade da reao mxima.

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8

c) a velocidade aumenta proporcionalmente temperatura. d) a velocidade diminui proporcionalmente temperatura. e) a partir de uma certa temperatura, inverte-se o sentido da reao. 4 (UFRN) Os principais carboidratos de reserva nos vegetais e animais so, respectivamente: a) amido e glicognio. b) glicose e maltose. c) sacarose e celobiose. d) glicognio e lactose. e) celulose e glicose. (MACK-SP) As substncias que se destinam a fornecer energia, alm de serem responsveis pela rigidez de certos tecidos, sendo mais abundantes nos vegetais, so os ___, sintetizados pelo processo de ___. A alternativa que preenche corretamente os espaos : a) lipdios, fotossntese. b) cidos nuclicos, autoduplicao. c) cidos nuclicos, fotossntese. d) lcoois, fermentao. e) carboidratos, fotossntese. Assinale a alternativa CORRETA, de acordo com as proposies apresentadas: I A membrana plasmtica apresenta uma constituio lipoprotica. II Os carboidratos, os lipdios e o protdeos so os constituintes inorgnicos da clula. III As molculas de protenas so formadas por uma seqncia de nucleotdeos. a) somente I e II esto corretas. b) somente I est correta. c) somente II est correta. d) somente II e III esto corretas. Durante o ciclo de vida celular ocorrem os seguintes fenmenos:DNA 3 DNA 1 RNA 2 PROTENA

8

Com relao ao cdigo gentico e sntese de protenas, pode-se dizer que: a) o acar presente na molcula de DNA a ribose. b) a enzima RNA polimerase responsvel pelo transporte de aminocidos. c) o ribossomo a organela essencial no processo de traduo da sntese de protenas. d) as bases nitrogenadas na molcula de DNA so: adenina, guanina, citosina e uracila. e) o cdigo GTA no DNA corresponder a um cdon CAT no RNA mensageiro. Duas cadeias polinucleotdicas, ligadas entre si por pontes de hidrognio, so constitudas por fosfatos: desoxirribose, citosina, adenina e timina. O enunciado acima refere-se molcula de: a) um cido nuclico qualquer. b) uma enzima, que so compostos proticos. c) DNA, devido pentose e s bases nitorgenadas. d) uma protena, devido presena de pontes de hidrognio. e) RNA, devido dupla cadeia de polinucleotdeos, ligadas por pontes de hidrognio.GABARITO

9

5

6

Estudo Dirigido 1 Compreende o grupo de substncias que no apresentam o carbono como elemento principal da molcula. So substncias formadas por carbono (C), hidrognio (H) e oxignio (O). So macromolculas orgnicas formadas por unidades (monmeros) denominadas aminocidos. O DNA a molcula responsvel por conter a informao gentica. Essa molcula formada por dois filamentos dispostos em forma de hlice no espao (modelo de Watson e Crick). uma molcula bem menor que o DNA e que est relacionada diretamente com a sntese protica. uma molcula formada por uma cadeia simples de nucleotdeos.

2 3 4

7

5

Transcrio e traduo esto representadas, respectivamente, pelos nmeros: a) 1 e 2. b) 1 e 3. c) 3 e 2. d) 3 e 1.Editora Exato 9

Exerccios 1 2 3 4 5 6 7 8 9 B C B A E B A C A

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