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1 H0001 - (Fgv) Aqueles que compõem a cidade, tão diferentes entre si por suas origens, condições e funções, de certa forma parecem “semelhantes” uns aos outros. Essa similitude funda a unidade da pólis, porque para os gregos somente os semelhantes podem permanecer mutuamente unidos pela Philia, associados a uma mesma comunidade. Todos aqueles que participam do Estado definem-se como Homoioi, semelhantes, depois de maneira mais abstrata, como Isoi, iguais. Essa imagem das relações humanas encontrará no século VI a.C. a sua expressão rigorosa no conceito de isonomia: igual participação de todos os cidadãos no exercício do poder. (Jean-Pierre Vernant. Les origines de la pensée grecque, 1995. Adaptado.) O autor argumenta que a organização da pólis grega a) desconhecia as desigualdades reais entre os cidadãos na esfera das decisões políticas coletivas. b) fundava-se no sentimento recíproco de amizade entre os cidadãos dos mesmos grupos econômicos. c) abria-se à participação nas decisões públicas dos aliados incondicionais da cidade nos períodos de guerra. d) enaltecia o exercício da racionalidade política em prejuízo dos cultos das divindades do mundo grego. e) distribuía o conjunto das tarefas públicas de acordo com as aptidões políticas de cada um dos cidadãos. H0002 - (Unesp) – São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...] – Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a constituição; que, embora difíceis, eram de algum modo possíveis, mas não de outra maneira que não seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem as honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por outro lado, que atribuem a máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a sua cidade? (Platão. A República, 1987.) O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., caracteriza a) a predominância das atividades econômicas rurais sobre as urbanas e enfatiza o primado da racionalidade. b) a organização da pólis e sustenta a existência de um governo baseado na justiça e na sabedoria. c) o caráter aristocrático da pólis durante o período das tiranias em Atenas e defende o princípio da igualdade social. d) a estruturação social da pólis e destaca a importância da democracia, consolidada durante o período de Clístenes. e) a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon em Atenas, e apoia a consolidação da militarização espartana. H0003 - (Upf) O historiador romano Tácito escreveu sobre o tratamento dado aos cristãos em Roma: “No tempo de Péricles (461-429 a.C), o comparecimento à assembleia soberana era aberto a todo o cidadão. A assembleia era um comício ao ar livre que reunia centenas de atenienses do sexo masculino, com idade superior a 18 anos. Todos os que compareciam tinham direito de fazer uso da palavra. As decisões da assembleia representavam a palavra final na guerra e na paz, nos tratados, nas finanças, nas legislações, nas obras públicas, no julgamento dos casos mais importantes, na eleição de administradores, enfim na totalidade das atividades governamentais”. (BRAICK, P. R.; MOTA, M. B. História: Das cavernas ao terceiro milênio. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2013, p. 102) O texto acima refere-se a Atenas, considerada o berço da Democracia no mundo antigo. Sobre aquele regime democrático, está correto afirmar que a) apenas os homens livres, proprietários, nascidos em Atenas, filhos de pais e mães atenienses, eram considerados cidadãos, com direito à participação direta nas decisões tomadas. www.professorferretto.com.br ProfessorFerretto ProfessorFerretto História Antiga - Grécia

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H0001 - (Fgv) Aqueles que compõem a cidade, tão diferentes entre si por suas origens, condições e funções, de certa forma parecem “semelhantes” uns aos outros. Essa similitude funda a unidade da pólis, porque para os gregos somente os semelhantes podem permanecer mutuamente unidos pela Philia, associados a uma mesma comunidade. Todos aqueles que participam do Estado definem-se como Homoioi, semelhantes, depois de maneira mais abstrata, como Isoi, iguais. Essa imagem das relações humanas encontrará no século VI a.C. a sua expressão rigorosa no conceito de isonomia: igual participação de todos os cidadãos no exercício do poder.

(Jean-Pierre Vernant. Les origines de la pensée grecque, 1995. Adaptado.)

O autor argumenta que a organização da pólis grega a) desconhecia as desigualdades reais entre os cidadãos na esfera das decisões políticas coletivas. b) fundava-se no sentimento recíproco de amizade entre os cidadãos dos mesmos grupos econômicos. c) abria-se à participação nas decisões públicas dos aliados incondicionais da cidade nos períodos de guerra. d) enaltecia o exercício da racionalidade política em prejuízo dos cultos das divindades do mundo grego. e) distribuía o conjunto das tarefas públicas de acordo com as aptidões políticas de cada um dos cidadãos. H0002 - (Unesp) – São uma formosura os governantes que tu modelaste, como se fosses um estatuário, ó Sócrates! [...] – Ora pois! Concordais que não são inteiramente utopias o que estivemos a dizer sobre a cidade e a constituição; que, embora difíceis, eram de algum modo possíveis, mas não de outra maneira que não seja a que dissemos, quando os governantes, um ou vários, forem filósofos verdadeiros, que desprezem as honrarias atuais, por as considerarem impróprias de um homem livre e destituídas de valor, mas, por outro lado, que atribuem a máxima importância à retidão e às honrarias que dela derivam, e consideram o mais alto e o mais necessário dos bens a justiça, à qual servirão e farão prosperar, organizando assim a sua cidade?

(Platão. A República, 1987.) O texto, concluído na primeira metade do século IV a.C., caracteriza a) a predominância das atividades econômicas rurais sobre as urbanas e enfatiza o primado da racionalidade. b) a organização da pólis e sustenta a existência de um governo baseado na justiça e na sabedoria. c) o caráter aristocrático da pólis durante o período das tiranias em Atenas e defende o princípio da igualdade social. d) a estruturação social da pólis e destaca a importância da democracia, consolidada durante o período de Clístenes. e) a importância da ação de legisladores, como Drácon e Sólon em Atenas, e apoia a consolidação da militarização espartana. H0003 - (Upf) O historiador romano Tácito escreveu sobre o tratamento dado aos cristãos em Roma: “No tempo de Péricles (461-429 a.C), o comparecimento à assembleia soberana era aberto a todo o cidadão. A assembleia era um comício ao ar livre que reunia centenas de atenienses do sexo masculino, com idade superior a 18 anos. Todos os que compareciam tinham direito de fazer uso da palavra. As decisões da assembleia representavam a palavra final na guerra e na paz, nos tratados, nas finanças, nas legislações, nas obras públicas, no julgamento dos casos mais importantes, na eleição de administradores, enfim na totalidade das atividades governamentais”.

(BRAICK, P. R.; MOTA, M. B. História: Das cavernas ao terceiro milênio. 3ª ed. São Paulo: Moderna, 2013, p. 102)

O texto acima refere-se a Atenas, considerada o berço da Democracia no mundo antigo. Sobre aquele regime democrático, está correto afirmar que a) apenas os homens livres, proprietários, nascidos em Atenas, filhos de pais e mães atenienses, eram considerados cidadãos, com direito à participação direta nas decisões tomadas.

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b) baseava-se na participação direta de toda a população nas Assembleias Legislativas, que uma vez por ano se reuniam em praça pública, chamada de Ágora, e deliberavam sobre os mais variados assuntos. c) os estrangeiros, bem como os escravos libertos, podiam participar livremente das decisões tomadas nas assembleias, representando seus próprios interesses. d) é um equívoco chamá-lo de democrático, pois negava a participação dos representantes eleitos pelos proprietários de terras. e) como não havia escravos em Atenas, a quase totalidade da população tinha participação política daquela Cidade-Estado. H0004 - (Enem) A soberania dos cidadãos dotados de plenos direitos era imprescindível para a existência da cidade-estado. Segundo os regimes políticos, a proporção desses cidadãos em relação à população total dos homens livres podia variar muito, sendo bastante pequena nas aristocracias e oligarquias e maior nas democracias.

CARDOSO, C. F. A cidade-estado clássica. São Paulo: Ática, 1985. Nas cidades-estado da Antiguidade Clássica, a proporção de cidadãos descrita no texto é explicada pela adoção do seguinte critério para a participação política: a) Controle da terra. b) Liberdade de culto. c) Igualdade de gênero. d) Exclusão dos militares. e) Exigência da alfabetização. H0005 - (Fatec)

A figura mostra uma tapeçaria funerária produzida no Egito, durante o chamado Período Helenístico, retratando um homem vestido como grego, posicionado entre dois deuses egípcios, Osíris e Anúbis. Assinale a alternativa que explica, corretamente, a fusão das culturas grega e egípcia representada na tapeçaria. a) As sucessivas incursões militares empreendidas pela rainha Cleópatra VI nos territórios gregos proporcionaram o contato dos egípcios com a arte e a filosofia helenística, cuja concepção estética influenciou a produção dos artesãos do Baixo Egito. b) Educado por Aristóteles, o faraó Menés, responsável pela unificação dos reinos do Baixo e do Alto Egito, tornou-se grande admirador da arte e da filosofia gregas, e foi o responsável pela difusão da cultura helenística em seu império. c) A política expansionista de Alexandre, o Grande, promoveu o contato dos gregos com outros povos da Europa, da Ásia e da África, e originou a cultura helenística, caracterizada pela miscigenação de diversos elementos culturais. d) Os egípcios tomaram contato com a cultura helenística por meio do comércio com os povos visigodo, ostrogodo, viking e alano que, partindo do norte da Europa, navegavam até o Nilo levando produtos de diferentes procedências. e) Resultado da união política da Grécia e do Egito, por meio do casamento de Alexandre, o Grande, com Cleópatra VI, a cultura helenística foi imposta, muitas vezes à força, a todos os súditos do novo império. H0006 - (Enem) Quando se trata de competência nas construções e nas artes, os atenienses acreditam que poucos sejam capazes de dar conselhos. Quando, ao contrário, se trata de uma deliberação política, toleram que qualquer um fale, de outro modo não existiria a cidade.

BOBBIO, N. Teoria geral da política. Rio de Janeiro: Elsevier, 2000 (adaptado).

De acordo com o texto, a atuação política dos cidadãos atenienses na Antiguidade Clássica tinha como característica fundamental o(a) a) dedicação altruísta em ações coletivas. b) participação direta em fóruns decisórios. c) ativismo humanista em debates públicos. d) discurso formalista em espaços acadêmicos. e) representação igualitária em instâncias parlamentares. H0007 - (Mackenzie) A Confederação de Delos, organizada no século V a. C., que chegou a registrar cerca de 400 políeis gregas, está vinculada

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a) à derrota grega nas Guerras Púnicas e à necessidade de unir forças para enfrentarem um inimigo em comum. b) à extinção do sistema de produção escravista grego e ao caos econômico que tal fato determinou. c) à unificação política das cidades-estados gregas a fim de fazerem frente à invasão macedônica. d) à defesa por parte grega do controle comercial do Mediterrâneo ocidental diante da ascensão persa. e) à supremacia de Atenas diante das demais cidades gregas após a vitória sobre os macedônios. H0008 - (Ifce) O modo de pensar dos gregos antigos, sua organização política, sua cultura e arte deixaram marcas profundas na civilização ocidental. Sobre a história desse povo é correto afirmar-se que a) foi no período clássico ateniense que as mulheres conquistaram o direito de participação política e o livre exercício do voto. b) o período clássico grego, em Atenas, é identificado como o apogeu da democracia, quando os cidadãos gozavam de ampla liberdade e o voto era universal e direto. c) Esparta era uma cidade-estado que, apesar de militarista e voltada para a guerra, era regida por um sistema oligárquico que apresentava o pleno ideal de democracia. d) a educação ateniense era voltada para a formação do cidadão e da cidadã, conhecedor(a) das suas tradições culturais e militares. e) as guerras médicas correspondem aos confrontos entre atenienses e espartanos pelo controle da Confederação de Delos. H0009 - (Acafe) A Grécia antiga é uma das civilizações da antiguidade clássica. Na sua formação política e social, a civilização dos helenos passou por diversas fases. Acerca da história política, social e militar da Grécia antiga, todas as alternativas estão corretas, exceto a: a) Com encenações feitas ao ar livre, o teatro grego era dividido basicamente em tragédia e comédia, abordando temas humanos e mitológicos. b) Em Esparta, os hilotas pertenciam ao Estado e eram provenientes de populações conquistadas pelos espartanos e sua mão de obra era utilizada principalmente na agricultura. c) Na Guerras Médicas, Esparta, liderando a Liga do Peloponeso invadiu e destruiu a cidade de Atenas, iniciando um período de hegemonia no mundo grego. d) A chamada idade de ouro de Atenas está vinculada ao governo de Péricles, que caracterizou sua administração pelo embelezamento artístico da polis ateniense.

H0010 - (Fac. Pequeno Príncipe) Com o surgimento das primeiras cidades – que remontam 12 mil anos atrás – na convivência social e política, começaram a se destacar algumas pessoas, grupos ou famílias em cargos de liderança, surgindo as primeiras instituições políticas, religiosas e administrativas com a função de coordenar os estoques de alimentos, as práticas e cultos religiosos e a defesa da cidade. Com o passar dos anos, esta organização tornou-se mais complexa e assumiu diferentes formas de atuação e modelos políticos. Sobre as formas políticas desenvolvidas no Ocidente ao longo de sua história, assinale a alternativa CORRETA. a) O significado da palavra democracia atualmente é o mesmo desde a Grécia antiga. b) A democracia ateniense, diferente das democracias modernas, era excludente, pois, metecos, escravos, mulheres e crianças não eram considerados cidadãos. c) A República romana se formou com a ascensão de Júlio Cesar ao cargo de imperador. d) A construção da modernidade envolveu mudanças na maneira de pensar as relações de poder e a política. As teorias de Bodin e Hobbes defendiam um governo democrático e participativo. e) Entre os séculos XVII e XVIII, alguns soberanos europeus, por ideologia e pelas crescentes pressões da população, adotaram como prática de governo, uma postura liberal e democrática. H0011 - (Espm) Era considerada a engrenagem essencial para assegurar o bom funcionamento do regime. A tradição afirma que sua origem remeteria a Sólon. A partir de Clístenes passou a contar com quinhentos membros sorteados anualmente, à razão de cinquenta por tribo, entre todos os cidadãos, a partir de listas estabelecidas em cada demo, a principal função do órgão consistia em preparar os decretos a serem submetidos ao voto da Assembleia.

(Claude Mossé. Dicionário da Civilização Grega) O órgão em questão, tratado pelo texto é: a) a Eclésia, órgão soberano da democracia ateniense; b) a Helieia, órgão responsável pela justiça na democracia ateniense; c) a Boulé, órgão que preparava decretos votados pela Assembleia dos Cidadãos na democracia ateniense; d) a Gerúsia, ou Conselho dos Anciãos, órgão decisório em Esparta; e) a Ápela, órgão encarregado de preparar projetos, órgão consultivo em Esparta. H0012 - (Unicamp) Os gregos sentiram paixão pelo humano, por suas capacidades, por sua energia construtiva. Por isso, inventaram a polis: a comunidade

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cidadã em cujo espaço artificial, antropocêntrico, não governa a necessidade da natureza, nem a vontade dos deuses, mas a liberdade dos homens, isto é, sua capacidade de raciocinar, de discutir, de escolher e de destituir dirigentes, de criar problemas e propor soluções. O nome pelo qual hoje conhecemos essa invenção grega, a mais revolucionária, politicamente falando, que já se produziu na história humana, é democracia.

(Adaptado de Fernando Savater, Política para meu filho. São Paulo: Martins Fontes, 1996, p. 77.)

Assinale a alternativa correta, considerando o texto acima e seus conhecimentos sobre a Grécia Antiga. a) Para os gregos, a cidade era o espaço do exercício da liberdade dos homens e da tirania dos deuses. b) Os gregos inventaram a democracia, que tinha então o mesmo funcionamento do sistema político vigente atualmente no Brasil. c) Para os gregos, a liberdade dos homens era exercida na polis e estava relacionada à capacidade de invenção da política. d) A democracia foi uma invenção grega que criou problemas em função do excesso de liberdade dos homens. H0013 - (Uefs) Uma opinião aceita amplamente é a de que os gregos receberam o alfabeto dos povos fenícios. O nosso próprio alfabeto é derivado do alfabeto grego. Os intermediários foram os etruscos, cuja escrita foi transmitida aos romanos. (John F. Healey. “O primeiro alfabeto”. In: Lendo o passado, 1996.

Adaptado.) O excerto explicita a existência de a) igualdades culturais, linguísticas e políticas entre as sociedades das antiguidades Oriental e Clássica. b) desenvolvimentos paralelos e independentes dos povos mesopotâmicos, semitas, africanos e greco-romanos. c) encontros intercivilizacionais e políticos decorrentes da formação do antigo Império Egípcio na Europa e na Ásia. d) diálogos e trocas culturais transcorridos na região do Mar Mediterrâneo na Antiguidade. e) vínculos necessários entre difusão de regimes democráticos e formação cultural dos cidadãos. H0014 - (Fac. Albert Einstein) Por muito tempo, entre os historiadores pensou-se que os gregos formavam um povo superior de guerreiros que, por volta de 2000 a.C., teria conquistado a Grécia, submetendo a população local. Hoje em dia, os estudiosos descartam esta hipótese, considerando que houve um movimento mais complexo. Segundo o pesquisador Moses Finley, a

‘chegada dos gregos significou a introdução de um elemento novo que se misturou com seus predecessores para criar, lentamente, uma nova civilização e estendê-la como e por onde puderam’.

FUNARI, Pedro Paulo. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2001. Adaptado.

Segundo o texto, a formação da Grécia antiga ocorreu a) de forma negociada, por meio de alianças e acordos políticos entre os líderes das principais tribos nativas da península balcânica. b) de forma gradual, a partir da integração de povos provenientes de outras regiões com habitantes da parte sul da península balcânica. c) de forma planejada, pela expansão militar dos povos nativos da península balcânica sobre territórios controlados por grupos bárbaros. d) de forma violenta, com a submissão dos habitantes originais da península balcânica a conquistadores recém-chegados do norte. H0015 - (Fuvest) Em relação à ética e à justiça na vida política da Grécia Clássica, é correto afirmar: a) Tratava-se de virtudes que se traduziam na observância da lei, dos costumes e das convenções instituídas pela polis. b) Foram prerrogativas democráticas que não estavam limitadas aos cidadãos e que também foram estendidas aos comerciantes e estrangeiros. c) Eram princípios fundamentais da política externa, mas suspensos temporariamente após a declaração formal de guerra. d) Foram introduzidas pelos legisladores para reduzir o poder assentado em bases religiosas e para estabelecer critérios racionais de distribuição. e) Adquiriram importância somente no período helenístico, quando houve uma significativa incorporação de elementos da cultura romana. H0016 - (Upe) É bem provável que você tenha ouvido falar de Alexandre, o Grande (no mínimo, por causa do filme com Collin Farrell e Angelina Jolie). É bem provável que tenha ouvido falar da democracia ateniense. Mas também é bastante provável que nunca tenha se dado conta de que esses dois extremos do espectro político, a democracia e a monarquia absoluta, assim como as sociedades e os mundos diametralmente opostos por ele definidos estivessem separados no mundo antigo pela duração de uma vida.

SCOTT, Michael. Dos democratas aos reis. Rio de Janeiro: Record, 2012, p. 24.

Entre os anos finais da democracia ateniense (c. 403 a.C.) e o domínio macedônico (388 a.C.), a(s) principal(ais) característica(s) sociopolítica(s) de Atenas foi(foram) a

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a) formação dos grandes complexos filosóficos, em especial o Socrático. b) ampliação da democracia que havia iniciado com Péricles, cerca de cem anos antes. c) dissolução da cidade-estado e sua incorporação pelas cidades vizinhas, como Tebas e Esparta. d) desagregação do regime democrático e as constantes disputas com as cidades-estado vizinhas. e) institucionalização da monarquia com a derrubada do regime democrático, instituído um século antes. H0017 - (Enem) TEXTO I Sólon é o primeiro nome grego que nos vem à mente quando terra e dívida são mencionadas juntas. Logo depois de 600 a.C., ele foi designado “legislador” em Atenas, com poderes sem precedentes, porque a exigência de redistribuição de terras e o cancelamento das dívidas não podiam continuar bloqueados pela oligarquia dos proprietários de terra por meio da força ou de pequenas concessões.

FINLEY, M. Economia e sociedade na Grécia antiga. São Paulo: WMF Martins Fontes, 2013 (adaptado).

TEXTO II A “Lei das Doze Tábuas” se tornou um dos textos fundamentais do direito romano, uma das principais heranças romanas que chegaram até nos. A publicação dessas leis, por volta de 450 a.C., foi importante pois o conhecimento das “regras do jogo” da vida em sociedade é um instrumento favorável ao homem comum e potencialmente limitador da hegemonia e arbítrio dos poderosos.

FUNARI, P. P. Grécia e Roma. São Paulo: Contexto, 2011 (adaptado).

O ponto de convergência entre as realidades sociopolíticas indicadas nos textos consiste na ideia de que a a) discussão de preceitos formais estabeleceu a democracia. b) invenção de códigos jurídicos desarticulou as aristocracias c) formulação de regulamentos oficiais instituiu as sociedades. d) definição de princípios morais encerrou os conflitos de interesses. e) criação de normas coletivas diminuiu as desigualdades de tratamento. H0018 – (Ufrgs) Na sua narrativa da Guerra do Peloponeso, Tucídides assim relata as práticas funerais atenienses. “Desse cortejo participam livremente cidadãos e estrangeiros; e as mulheres da família estão presentes, ao túmulo, fazendo ouvir sua lamentação. Depositam-

se, em seguida, os despojos no monumento público, situado na mais bela avenida da cidade, e onde as vítimas de guerra são sempre sepultadas – à exceção dos mortos de Maratona: a estes, considerando-se seu mérito excepcional, concedeu-se sepultura no próprio lugar da batalha. Uma vez que a terra recobre os mortos, um homem escolhido pela polis, reputado por distinguir-se intelectualmente e gozar de alta estima, pronuncia em sua honra um elogio apropriado; depois disto, todos se retiram. Assim têm lugar esses funerais; e, durante toda a guerra, quando era o caso, aplicava-se o costume”.

Citado em LORAUX, N. A invenção de Atenas. Rio de Janeiro: Editora 34, 1994. p. 39.

Assinale a alternativa correta a respeito da história da antiguidade grega, a partir do texto apresentado. a) Os ritos funerais na Grécia antiga eram cerimônias religiosas, destinadas apenas a conduzir ao paraíso os heróis mortos. b) Os metecos, participantes das práticas funerais, formavam parte do demos ateniense e possuíam os mesmos direitos políticos que os cidadãos da pólis. c) Todos os soldados atenienses mortos nos confrontos com Esparta, em razão do grande mérito de seus feitos, eram sepultados no próprio lugar da batalha. d) A cena descrita, ocorrida na democracia ateniense, indica o valor dado aos cidadãos mais eloquentes da cidade. e) A realização de um discurso fúnebre por alguém escolhido na massa de cidadãos de Atenas revela o caráter secundário e improvisado da cerimônia. H0019 - (Unesp) Apesar de sua dispersão geográfica e de sua fragmentação política, os gregos tinham uma profunda consciência de pertencer a uma só e mesma cultura. Esse fenômeno é tão mais extraordinário, considerando-se a ausência de qualquer autoridade central política ou religiosa e o livre espírito de invenção de uma determinada comunidade para resolver os diversos problemas políticos ou culturais que se colocavam para ela. (Moses I. Finley. Os primeiros tempos da Grécia, 1998. Adaptado.)

O excerto refere-se ao seguinte aspecto essencial da história grega da Antiguidade: a) a predominância da reflexão política sobre o desenvolvimento das belas-artes. b) a fragilidade militar de populações isoladas em pequenas unidades políticas. c) a vinculação do nascimento da filosofia com a constituição de governos tirânicos. d) a existência de cidades-estados conjugada a padrões civilizatórios de unificação. e) a igualdade social sustentada pela exploração econômica de colônias estrangeiras.

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H0020 - (Uece) Atente ao seguinte excerto: “Vivi a guerra inteira, tendo uma idade que me permitia formar meu próprio juízo, e segui-a atentamente, de modo a obter informações precisas. Atingiu-me também uma condenação ao exílio que me manteve longe de minha terra por vinte anos após o meu período de comando em Anfípolis e, diante de minha familiaridade com as atividades de ambos os lados, especialmente aquelas do Peloponeso, em consequência do meu banimento, graças ao meu ócio, pude acompanhar melhor o curso dos acontecimentos. Relatarei, então, as divergências surgidas após os dez anos, e o rompimento da trégua e as hostilidades supervenientes”.

(TUCÍDIDES, História da Guerra do Peloponeso, V, 26). Sobre a Guerra do Peloponeso, registrada por Tucídides, é correto afirmar que a) se trata de conflito armado entre gregos e troianos. b) foi uma guerra entre Atenas e Esparta. c) não ocorreu propriamente: trata-se de uma ficção do mundo antigo. d) foi o conflito que ficou conhecido como Guerras Médicas. H0021 - (Fgv) (...) a partir do século V a.C., a guerra tornou-se endêmica no Mediterrâneo. Foram séculos de guerra contínua, com maior ou menor intensidade, ao redor de toda a bacia. O trabalho acumulado nos séculos anteriores tornara possível um adensamento dos contatos, um compartilhamento de informações e estruturas sociais, uma organização dos territórios rurais que propiciava a extensão de redes de poder. Foram os pontos centrais dessas redes de poder que animaram o conflito nos séculos seguintes.

Norberto Luiz Guarinello. História Antiga, 2013. Sobre esses “séculos de guerra contínua”, é correto afirmar que a) as Guerras Púnicas, entre Atenas e Cartago, foram uma disputa pelo controle comercial sobre o mar Mediterrâneo, terminando após três grandes enfrentamentos, com a vitória de Cartago e a hegemonia cartaginesa em todo o Mundo Antigo ocidental. b) as Guerras Macedônicas foram um longo conflito entre o Reino da Macedônia, em aliança com os persas, e o Império Romano, que venceu com muitas dificuldades porque ainda estava em guerra com outros povos. c) as Guerras Médicas, entre persas e gregos, resultaram na vitória dos últimos e, em meio a esses confrontos, permitiram que Atenas liderasse a Liga de

Delos, aliança de cidades-Estados gregas com o intuito de combater a presença persa no Mediterrâneo. d) as Campanhas de Alexandre, o Grande, aliado a Esparta e Corinto, combateram e venceram as poderosas forças persas e ampliaram os domínios gregos até a Ásia Menor, propagando os princípios da democracia ateniense pelo Mediterrâneo. e) a Guerra do Peloponeso, o mais importante conflito bélico da Antiguidade, envolveu as principais cidades-Estados gregas que, aliadas a Roma, enfrentaram e derrotaram as forças militares cartaginesas. H0022 - (Unisc) Leia o texto a seguir: "Como ocorre na atualidade, também na Antiguidade [demos] era um termo ambíguo ou polissêmico, já que em certos contextos de uso se referia ao conjunto dos cidadãos, e em outros às pessoas comuns, à parte mais pobre da população".

CARDOSO, Ciro Flamarion S. A Cidade-Estado Antiga. 3. ed. São Paulo: Ática: 1990. p. 84.

Apesar das democracias modernas possuírem alguns elementos que remetem à democracia ateniense, na Antiguidade percebe-se algumas características específicas, conforme sugere o fragmento acima. Considere as seguintes afirmativas. I. Os atenienses participavam diretamente das discussões e da tomada de decisões, pelo voto. II. Os escravos eram considerados bárbaros e as mulheres seres inferiores e, portanto, excluídos naturalmente de qualquer debate. Porém, os estrangeiros gozavam de direitos políticos, desde que participassem dos negócios públicos. III. Na democracia ateniense, nem todos são cidadãos, pois mulheres, escravos e estrangeiros são excluídos da cidadania. IV. Sendo uma democracia representativa, como as modernas, os atenienses participavam da Eclésia – a principal assembleia da democracia na Grécia Antiga. Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas I e II estão corretas. b) Somente a afirmativa II está correta. c) Somente a afirmativa III está correta. d) Somente a afirmativa IV está correta. e) Somente as afirmativas II e IV estão corretas. H0023 - (Fuvest) O aparecimento da polis constitui, na história do pensamento grego, um acontecimento decisivo. Certamente, no plano intelectual como no domínio das instituições, só no fim alcançará todas as suas consequências; a polis conhecerá etapas múltiplas

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e formas variadas. Entretanto, desde seu advento, que se pode situar entre os séculos VIII e VII a.C., marca um começo, uma verdadeira invenção; por ela, a vida social e as relações entre os homens tomam uma forma nova, cuja originalidade será plenamente sentida pelos gregos.

Jean-Pierre Vernant. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Difel, 1981. Adaptado.

De acordo com o texto, na Antiguidade, uma das transformações provocadas pelo surgimento da polis foi a) o declínio da oralidade, pois, em seu território, toda estratégia de comunicação era baseada na escrita e no uso de imagens. b) o isolamento progressivo de seus membros, que preferiam o convívio familiar às relações travadas nos espaços públicos. c) a manutenção de instituições políticas arcaicas, que reproduziam, nela, o poder absoluto de origem divina do monarca. d) a diversidade linguística e religiosa, pois sua difusa organização social dificultava a construção de identidades culturais. e) a constituição de espaços de expressão e discussão, que ampliavam a divulgação das ações e ideias de seus membros. H0024 - (Ufpa) No Estado democrático ateniense, a Assembleia do Povo era o poder soberano. Contudo, a democracia ateniense tinha limites, como se observava na composição da Assembleia uma vez que nela se estabelecia o(a) a) direito à manifestação livre a todos os habitantes da Ática, desde que fossem filhos de pais atenienses e mães metecas. b) participação de homens ricos, possuidores de terras e de um número pequeno de escravos urbanos e vinculados à elite. c) exclusão dos hoplitas e estrangeiros, mesmo que esses tivessem cargos e fossem possuidores de alguma honra militar. d) participação de cidadãos atenienses maiores de vinte anos, filhos de pai cidadão e de mãe ateniense, excluindo-se as mulheres e os escravos. e) participação de cidadãos atenienses maiores de 18 anos, desde que esses fossem honrados e tivessem pelo menos um escravo. H0025 – (Fatec) Em 2015, o noticiário internacional deu grande destaque à Grécia, país europeu que vivia uma grave crise econômica e convocou a população para decidir, via referendo, as medidas que deveriam ser adotadas pelo governo para gerir a crise. Parte da imprensa destacou o caráter democrático de tal

medida e, em muitos textos, lembrou que os gregos foram os criadores da democracia. Assinale a alternativa que indica corretamente quais são as principais diferenças entre as concepções de democracia na Antiguidade grega e no mundo contemporâneo. a) Na Antiguidade grega, a democracia surgiu da necessidade de administrar países cada vez maiores; nas democracias contemporâneas, a política ajuda a administrar unidades menores, como as cidades. b) Na Antiguidade grega, o espaço reservado à atividade política eram os templos religiosos ou as residências das pessoas mais importantes; nas democracias contemporâneas, a atividade política se realiza no espaço público. c) Na Antiguidade grega, política e religião eram esferas sociais separadas; nas democracias contemporâneas, a noção de cidadania vincula-se estreitamente às concepções religiosas. d) Nas democracias contemporâneas, a participação política é vinculada à renda, com o voto censitário; na Grécia Antiga, apenas os proprietários de terras, homens e mulheres, tinham direito à participação política. e) Nas democracias contemporâneas, o direito à participação política se estende a todos os grupos sociais; na Grécia antiga, apenas os homens livres nascidos na polis eram considerados cidadãos. H0026 - (Ifce) É bastante difundida a ideia de que o berço da democracia foi a cidade de Atenas, da Antiga Grécia, onde os cidadãos alcançaram possibilidades de participar das discussões das questões públicas. Sabe-se, contudo, que havia exceções e graves problemas sociais, políticos e econômicos. Caracteriza uma dessas exceções a) a Eclésia, assembleia popular, com as reformas de Clístenes, que teve seus poderes ampliados, fortalecendo a prática democrática. b) o fato de mulheres não possuírem direitos políticos, na medida em que a democracia ateniense era restrita aos homens adultos, considerados cidadãos. c) o ostracismo (exílio por dez anos), que era um instrumento de defesa da democracia ateniense para quem a pusesse em perigo. d) o fato de a democracia ateniense ter posto fim às brigas sociais, possibilitando aos camponeses o direito de voto. e) a incorporação dos escravos à sociedade ateniense, apesar de não terem a liberdade. H0027 - (Unesp) A cidade tira de seu império uma parte da honra, da qual todos vós vos gloriais, e que deveis legitimamente apoiar; não vos esquiveis às provas, se não renunciais também a buscar as honras; e não

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penseis que se trata apenas, nesta questão, de ser escravos em vez de livres: trata-se da perda de um império, e do risco ligado ao ódio que aí contraístes.

(Péricles apud Pierre Cabanes. Introdução à história da Antiguidade, 2009.)

O discurso de Péricles, no século V a.C., convoca os atenienses para lutar na Guerra do Peloponeso e enfatiza a) a rejeição à escravidão em Atenas e a defesa do trabalho livre como base de toda sociedade democrática. b) a defesa da democracia, por Atenas, diante das ameaças aristocráticas de Roma. c) a rejeição à tirania como forma de governo e a celebração da república ateniense. d) a defesa do território ateniense, frente à investida militar das tropas cartaginesas. e) a defesa do poder de Atenas e a sua disposição de manter-se à frente de uma confederação de cidades. H0028 - (Fac. Albert Einstein) Observe a imagem.

Entre as características da polis grega, podemos citar a: a) dimensão híbrida da acrópole, que conjugava espaços religiosos com grandes áreas de plantio e produção de alimentos. b) incorporação de elementos arquitetônicos de origem etrusca na construção das habitações populares. c) conurbação, que provocava a junção de diversas aldeias e cidades numa mesma unidade administrativa. d) construção de templos e edifícios públicos em locais altos e o caráter fortificado da acrópole. H0029 - (Utfpr) Para além das conquistas militares, um dos mais importantes feitos de Alexandre, o Grande, foi favorecer o surgimento de uma nova cultura, com forte influência grega. As cidades de Alexandria, no Egito, Pérgamo, na Antióquia, e a Ilha de Rodes, no Mar Egeu, constituíram-se em centros difusores de novos valores e de novos saberes, que se estenderam pelas

artes, pelas ciências e por novas vertentes filosóficas. O nome dado a essa expressão cultural foi: a) modernista. b) renascentista. c) contemporânea. d) realista. e) helenística. H0030 - (Utfpr) No século V a.C., a vitória dos gregos sobre os persas nas Guerras Médicas assinalou o apogeu da Grécia Antiga. Atenas, sob o governo de Péricles, atingiu o apogeu da democracia ateniense e grande desenvolvimento econômico. Essa democracia beneficiava: a) a todos os habitantes da cidade de Atenas, mesmo que estrangeiros. b) a todos os considerados cidadãos atenienses. c) apenas aos políticos do partido democrático. d) apenas aos juízes do Supremo Tribunal que podiam julgar mais livremente. e) a toda a elite ateniense, incluindo as mulheres. H0031 - (Ufpr) Considere o excerto de poema espartano do século VII a.C.: [...] Pois não há homem valente no combate, se não suportar a vista da carnificina sangrenta e não atacar, colocando-se de perto. [...] É um bem comum para a cidade e todo o povo, que um homem aguarde, de pés fincados, na primeira fila, encarniçado e todo esquecido da fuga vergonhosa, expondo a sua vida e ânimo sofredor, e, aproximando-se, inspire confiança com suas palavras ao que lhe fica ao lado.

(Tradução de Maria Helena da Rocha Pereira. In: Hélade: Antologia da Cultura Grega, Coimbra: Faculdade de Letras da Universidade de Coimbra /

Instituto de Estudos Clássicos, 4. ed., 1982.)

Com base nesse excerto, considere as afirmativas abaixo sobre os valores ressaltados no poema e sobre características da cidade-Estado de Esparta entre os séculos VII e V a.C.: 1. Esparta e Atenas compartilhavam do mesmo ideal militar expresso no poema, motivo pelo qual juntaram esforços na Liga de Delos. 2. O poema expressa os valores esperados dos soldados espartanos: a coragem, o espírito de combate e a cooperação com o coletivo. 3. Para sustentar o exército, o Estado espartano formou a Liga do Peloponeso e distribuiu as terras conquistadas entre as cidades-Estado aliadas. 4. Esparta manteve uma elite militar, formada pela educação rígida de suas crianças, que eram controladas pelo Estado e separadas de suas famílias.

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Assinale a alternativa correta. a) Somente as afirmativas 1 e 3 são verdadeiras. b) Somente as afirmativas 2 e 4 são verdadeiras. c) Somente as afirmativas 1, 2 e 3 são verdadeiras. d) Somente as afirmativas 2, 3 e 4 são verdadeiras. e) As afirmativas 1, 2, 3 e 4 são verdadeiras. H0032 - (Upe)

“O homem que destrói cidades é demente

como o profanador de templos e túmulos,

asilos sacrossantos dos parentes mortos.

Quem age dessa forma, cedo há de perder-se.”

Esse é um fragmento da tragédia As Troianas, escrita por Eurípides. Apresentada pela primeira vez em 415 a.C., encontrou a cidade de Atenas e muitas outras poleis gregas envolvidas na Guerra do Peloponeso (431-404 AEC). Sobre esse conflito, é CORRETO afirmar que a) envolveu a maior parte dos Estados do Mediterrâneo Oriental, como a Pérsia e o Egito. b) opôs as duas principais cidades-estado, Atenas e Esparta, e seus aliados, organizados em ligas rivais. c) foi rápido graças à evolução militar das falanges. d) apesar de ter durado décadas, seu impacto na vida cotidiana dos gregos foi limitado. e) as cidades marítimas apoiaram Esparta, uma potência militar mais avançada que Atenas. H0033 - (Fgv) É a partir do século VIII a.C. que começamos a entrever, em diferentes regiões do Mediterrâneo, o progressivo surgimento das cidades-Estados ou polis. Elas formaram a organização social e política dominante das comunidades organizadas ao longo do Mediterrâneo nos séculos seguintes.

(Norberto Luiz Guarinello, História Antiga, 2013, p. 77. Adaptado) Nas polis, é correto a) assinalar a crescente importância da mulher e da família nos espaços públicos. b) reconhecer a presença de espaços públicos, caso da ágora. c) destacar uma característica: a inexistência de espaços rurais. d) identificar a acumulação de capital pela ação do Estado. e) apontar para a sua essência: a organização urbana estruturada para a guerra.

H0034 - (Enem) O que implica o sistema da polis é uma extraordinária preeminência da palavra sobre todos os outros instrumentos do poder. A palavra constitui o debate contraditório, a discussão, a argumentação e a polêmica. Torna-se a regra do jogo intelectual, assim como do jogo político.

VERNANT, J. P. As origens do pensamento grego. Rio de Janeiro: Bertrand, 1992 (adaptado).

Na configuração política da democracia grega, em especial a ateniense, a ágora tinha por função a) agregar os cidadãos em torno de reis que governavam em prol da cidade. b) permitir aos homens livres o acesso às decisões do Estado expostas por seus magistrados. c) constituir o lugar onde o corpo de cidadãos se reunia para deliberar sobre as questões da comunidade. d) reunir os exercícios para decidir em assembleias fechadas os rumos a serem tomados em caso de guerra. e) congregar a comunidade para eleger representantes com direito a pronunciar-se em assembleias. H0035 - (Ueg) Como resultado das campanhas militares de Alexandre (Magno), surgiu a cultura helenística. Houve influência da cultura oriental sobre a grega, porém não se deve superestimar a importância dessa influência. Na realidade, os caracteres da cultura grega sempre foram dominantes.

ORDOÑEZ, Marlene; QUEVEDO, Júlio. Horizontes da História. São Paulo: IBEP, 2005. p. 41.

Essa hegemonia da cultura helênica verificou-se, sobretudo no Ocidente, sendo justificada pelo fato de que a) os persas logo revelariam pretensões imperialistas, sendo liderados por Xerxes numa grande campanha militar contra os gregos. b) os habitantes de Alexandria, a capital do Império de Alexandre, se recusavam a admitir a presença de estrangeiros em suas fronteiras. c) os gregos mantinham forte resistência à liderança de Alexandre Magno, por ele não ser grego de origem, já que nascera na Macedônia. d) os orientais, mesmo tendo se integrado ao império de Alexandre, continuaram sendo considerados bárbaros pelos gregos. H0036 - (Fuvest) Em certos aspectos, os gregos da Antiguidade foram sempre um povo disperso. Penetraram em pequenos grupos no mundo mediterrânico e, mesmo quando se instalaram e acabaram por dominá-lo, permaneceram desunidos na sua organização política. No tempo de Heródoto, e muito antes dele, encontravam-se colônias gregas não somente em toda a extensão da Grécia atual, como

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também no litoral do Mar Negro, nas costas da atual Turquia, na Itália do sul e na Sicília oriental, na costa setentrional da África e no litoral mediterrânico da França. No interior desta elipse de uns 2500km de comprimento, encontravam-se centenas e centenas de comunidades que amiúde diferiam na sua estrutura política e que afirmaram sempre a sua soberania. Nem então nem em nenhuma outra altura, no mundo antigo, houve uma nação, um território nacional único regido por uma lei soberana, que se tenha chamado Grécia (ou um sinônimo de Grécia).

FINLEY M. I. O mundo de Ulisses. Lisboa: Editorial Presença, 1972. Adaptado.

Com base no texto, pode-se apontar corretamente a) a desorganização política da Grécia antiga, que sucumbiu rapidamente ante as investidas militares de povos mais unidos e mais bem preparados para a guerra, como os egípcios e macedônios. b) a necessidade de profunda centralização política, como a ocorrida entre os romanos e cartagineses, para que um povo pudesse expandir seu território e difundir sua produção cultural. c) a carência, entre quase todos os povos da Antiguidade, de pensadores políticos, capazes de formular estratégias adequadas de estruturação e unificação do poder político. d) a inadequação do uso de conceitos modernos, como nação ou Estado nacional, no estudo sobre a Grécia antiga, que vivia sob outras formas de organização social e política. e) a valorização, na Grécia antiga, dos princípios do patriotismo e do nacionalismo, como forma de consolidar política e economicamente o Estado nacional. H0037 - (Upf) Leia o fragmento do documento a seguir, que trata da escravidão na Idade Antiga. “Ao lidarmos com escravos, não deveríamos permitir que fossem insolentes para conosco, nem deixá-los totalmente sem controle. Aqueles cuja posição está mais próxima da dos homens livres deveriam ser tratados com respeito; aqueles que são trabalhadores deveriam receber mais comida. Já que o consumo de vinho também torna homens livres insolentes [...], é claro que o vinho jamais deveria ser dado a escravos, ou só muito raramente.”

(ARISTOTELES, in: CARDOSO, Ciro Flamarion. O trabalho compulsório na antiguidade. Rio de Janeiro: Graal, 1984, p. 108)

Sobre a escravidão na Antiguidade, é correto afirmar: a) Esteve presente com igual importância econômica em todas as sociedades mediterrâneas. b) Foi restrita às cidades-estados da Grécia e à Roma republicana e imperial.

c) Foi tão importante nas sociedades do Egito e da Mesopotâmia quanto nas da Grécia e de Roma. d) Foi marcante nas sociedades grega e romana só a partir de um determinado estágio do desenvolvimento de ambas, quando surgiu a propriedade privada. e) Era desconhecida nas chamadas sociedades hidráulicas do Egito e da Mesopotâmia e entre os hebreus e fenícios. H0038 - (Uern) Observe a charge e leia o trecho.

A Ágora ou praça central era o espaço onde se reuniam os cidadãos para discutir a vida política e decidir sobre as ações a serem tomadas.

(Vainfas, 2010.) Ao analisarmos a charge e o texto, e tendo em vista o contexto da Grécia Antiga e o do Brasil atual em relação à participação política, é possível inferir que a) em ambos os casos, apesar da ideia de democracia preconizar a participação de todos, existiam (e existem) limites para o exercício pleno desse direito. b) na Grécia, cidadão era apenas aquele que participava das gerúsias, por ser considerado “homo politicus”. No Brasil, só se considera cidadão o indivíduo com mais de 18 anos. c) tanto na Grécia quanto no Brasil, a democracia era (e é) caracterizada pela participação universal, ou seja, de toda a população votante e em dia com suas obrigações eleitorais. d) como no Brasil o voto atual é direto e secreto, o processo democrático torna-se mais transparente e incorruptível, o que não era possível na Grécia, devido ao controle de poder dos generais. H0039 - (Ufpr) Considere o texto abaixo: “O surgimento das moedas liga-se (...) a três transformações culturais notáveis da Grécia nos idos do século VII a.C. (...): o desenvolvimento da polis (...) e da vida política (...), a complexificação crescente das trocas comerciais (...) [e] a alfabetização.” FUNARI, Pedro Paulo. Antiguidade Clássica: a História e a cultura a partir dos documentos. Campinas: Editora da Unicamp, 1995, p. 50.

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A partir do excerto acima e dos conhecimentos sobre a Grécia antiga, assinale a alternativa que relaciona corretamente a polis, a expansão grega e o desenvolvimento das moedas. a) A polis desenvolveu-se como uma cidade fortificada, caracterizando a ocupação da Magna Grécia por Esparta. A expansão grega ocorre devido à insuficiência de escravos nas cidades-Estado. Nas guerras realizadas no Mediterrâneo, milhares de prisioneiros foram feitos escravos e vendidos nas colônias gregas, o que intensificou a circulação de moedas. b) A polis era um tipo específico de organização social encontrada em Atenas e Esparta. No período em questão, essas duas cidades-Estado rivalizaram-se na expansão territorial, gerando a Guerra do Peloponeso. Ao final deste conflito, os atenienses derrotados fundaram colônias em regiões do Mediterrâneo e do mar Negro, aumentando a circulação de moedas. c) A polis foi a principal forma de organização social na Grécia, constituindo-se em cidades autônomas com governos e leis próprias. No século VII a.C., com o aumento demográfico e a concentração latifundiária, houve a expansão grega para regiões do Mediterrâneo e do mar Negro, causando intensa circulação de moedas para o comércio marítimo e terrestre. d) A polis surgiu como solução para os conflitos entre Esparta e Atenas pelo domínio do restante da Grécia, constituindo-se como cidade autônoma fortificada, cujo isolamento a protegia de agressões. Isso permitiu a expansão comercial marítima de Atenas pelo Mediterrâneo, levando à formação de colônias e ao aumento da circulação de moedas nas trocas comerciais. e) A polis era um tipo de cidade-Estado que se desenvolveu em decorrência da expansão comercial grega, ocasionando a fundação de colônias na Magna Grécia. Por conta de seu caráter autônomo, algumas cidades-Estado uniram-se na Liga de Delos para conquistar territórios no Mediterrâneo, gerando aumento na atividade comercial grega e o uso de moedas. H0040 – (Espm) Acolhidos com uma hospitalidade benevolente, não se sentem humilhados por uma discriminação injuriosa. Excluídos dos direitos políticos e também da propriedade imobiliária, pagando anualmente uma taxa módica, são eles, de fato no tocante ao resto, assimilados aos cidadãos sujeitos aos mesmos encargos militares e fiscais. Exercem as mais variadas profissões liberais, artesanais ou mercantis. Não há, por assim dizer, um artista, um homem de letras ou de ciência que, sendo grego e não ateniense, não tenha passado uma parte mais ou menos importante de sua vida em Atenas.

(Maurice Crouset. O Oriente e a Grécia, in: História Geral das Civilizações)

A respeito da sociedade ateniense, o texto deve ser relacionado com: a) eupátridas; b) geórgois; c) metecos; d) hilotas; e) periecos. H0041 - (Uepa) Apesar das semelhanças quanto à língua e a religião entre os gregos das diversas polis, a Grécia do Período Clássico em diante era um mosaico de cidades autônomas em termos políticos e econômicos. A criação das cidades-estado seguiu por caminhos diferentes em função da relação entre populações autóctones e povos estrangeiros. Particularmente, a história da fundação de Atenas e de Esparta teve clara relação com sua organização sociopolítica, pois: a) ocorreu em Atenas a partilha de poder administrativo entre jônios e demais estrangeiros, enquanto em Esparta se deu a dominação política dos dórios. b) o domínio jônico submeteu os povos autóctones na formação de Atenas, enquanto os dórios partilharam o governo de Esparta com os nativos lacedemônios. c) Atenas tornou-se centro cosmopolita do mundo antigo, dada a proeminência social dos estrangeiros, enquanto a elite dórica manteve-se predominante no governo de Esparta. d) a formação de Atenas esteve vinculada ao trabalho agrícola das populações camponesas, enquanto os guerreiros dóricos de Esparta constituíram uma sociedade militarizada. e) Atenas formou-se com a reunião de jônios e populações locais pré-helênicas, enquanto Esparta resultou da invasão dórica, marcada pela submissão dos habitantes autóctones. H0042 - (Ufrgs) Com relação à vida social e política na Grécia clássica, assinale a alternativa correta. a) A democracia grega foi instituída no século VI a.C. por Clístenes, colocando fim a um período de governo tirânico e criando os princípios da República. b) A decadência da pólis grega no período arcaico, entre os séculos VIII a.C. e VI a.C., e o surgimento do Império ateniense permitiram o florescimento cultural nas cidades antigas. c) O desenvolvimento de uma filosofia fundada na razão ocorreu com o fim do período micênico na

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Grécia, o que implicou a passagem do politeísmo para o monoteísmo. d) Os habitantes tinham direitos políticos e eram considerados cidadãos nas cidades-estado, com exceção das mulheres e dos escravos. e) A união política entre atenienses e espartanos contra os avanços do exército persa ocorreu no contexto da Guerra do Peloponeso. H0043 - (Fatec) Ao longo da História, muitas sociedades utilizaram o trabalho de pessoas escravizadas, como, por exemplo, a Grécia Clássica e a América Portuguesa. Refletindo sobre essa forma de exploração do trabalho, é correto afirmar que a) as duas sociedades citadas utilizaram predominantemente o trabalho de escravos africanos da região subsaariana e da África oriental. b) a utilização do trabalho escravo, nas duas sociedades citadas, pode ser considerada a base da organização econômica e produtiva. c) as duas sociedades citadas utilizaram o trabalho de escravos apenas na produção agrícola de exportação e não nas cidades. d) o exercício da cidadania era permitido aos escravos na Grécia Clássica, mas era impedido na América Portuguesa. e) havia, na Grécia, apenas escravos de origem romana e, na América Portuguesa, apenas escravos de origem africana. H0044 - (Upf) Chico Buarque cantou em “Mulheres de Atenas”. Mirem-se no exemplo daquelas mulheres de Atenas Vivem pros seus maridos, orgulho e raça da Atenas Quando amadas, se perfumam Se banham com leite, se arrumam Suas melenas Quando fustigadas não choram Se ajoelham, pedem, imploram Mais duras penas Cadenas. Tomando como ponto de partida a letra da música, podemos assinalar, sobre o papel desempenhado pela mulher na antiguidade, que: a) A mulher no Egito Antigo teve apenas um papel reprodutivo, pois não possuía direitos sociais e jurídicos que lhe garantissem qualquer forma de liberdade. b) As mulheres hebraicas possuíam direitos políticos e sociais equivalentes aos dos homens, derivados dos preceitos religiosos do Pentateuco, os quais defendiam

que os homens e as mulheres são iguais, pois ambos são filhos de Deus. c) A mulher ateniense casada vivia grande parte do seu tempo confinada no lar, estando submissa a um regime de quase reclusão, privada de uma participação efetiva nas decisões políticas. d) A sociedade guerreira espartana privava as mulheres de qualquer forma de liberdade, restringindo as funções destas à educação de seus filhos e filhas. e) Nas várias sociedades mesopotâmicas, a mulher desempenhava um papel preponderante, pois, como era a responsável pela procriação, cabia a ela o exercício de mando. H0045 - (Fgv) São características do período arcaico (séculos VIII-VI a.C.), na Grécia Antiga: a) desenvolvimento dos oikos e expansão creto-micênica. b) desenvolvimento das poleis e expansão pelo Mediterrâneo. c) rivalidades entre Esparta e Atenas e Guerra do Peloponeso. d) enfraquecimento das poleis e expansão macedônica. e) guerras entre gregos e persas e o fim da democracia ateniense. H0046 - (Enem) TEXTO l Olhamos o homem alheio às atividades públicas não como alguém que cuida apenas de seus próprios interesses, mas como um inútil; nós, cidadãos atenienses, decidimos as questões públicas por nós mesmos na crença de que não é o debate que é empecilho à ação, e sim o fato de não se estar esclarecido pelo debate antes de chegar a hora da ação.

TUCÍDIDES. História da Guerra do Peloponeso. Brasília: UnB, 1987 (adaptado).

TEXTO II Um cidadão integral pode ser definido por nada mais nada menos que pelo direito de administrar justiça e exercer funções públicas; algumas destas, todavia, são limitadas quanto ao tempo de exercício, de tal modo que não podem de forma alguma ser exercidas duas vezes pela mesma pessoa, ou somente podem sê-lo depois de certos intervalos de tempo prefixados.

ARISTÓTELES. Política. Brasília: UnB, 1985. Comparando os textos l e II, tanto para Tucídides (no século V a.C.) quanto para Aristóteles (no século IV a.C.), a cidadania era definida pelo(a) a) prestígio social. b) acúmulo de riqueza. c) participação política. d) local de nascimento. e) grupo de parentesco.

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H0047 - (Ifsp) Em Atenas e em Esparta, as mais importantes polis gregas da antiguidade, o trabalho era preferencialmente distribuído do seguinte modo:

Em Atenas Em Esparta

a)

realizado por todos os atenienses, homens e mulheres, pois a isonomia (a igualdade) era um valor fundamental.

reservado apenas aos espartíatas, havendo alguns meses dedicados ao militarismo.

b)

reservado aos escravos, fossem eles escravos por dívidas ou obtidos por guerras, pois o ateniense livre dedicava-se à política e às artes.

reservado aos hilotas, isto é, os servos do Estado.

c)

reservado apenas aos estrangeiros, pois a escravidão grega fora abolida pelo legislador Sólon.

reservado a todos sem discriminação, pois homens e mulheres eram considerados iguais tendo as mesmas obrigações.

d)

reservado aos demiurgos que não eram considerados cidadãos, portanto, não participavam da vida política.

reservado aos escravos que eram considerados bens pessoais de cada família espartana.

e)

reservado aos plebeus, homens livres e pobres que precisavam ganhar para subsistir.

realizado tanto pelos escravos por dívida (espartanos endividados com outros espartanos) quanto pelos escravos de guerra.

H0048 - (Ifba) Analise o texto e a tirinha a seguir. I. “O fundamento do regime democrático é a liberdade, (realmente costuma-se dizer que somente neste regime participa-se da liberdade, pois este é, segundo se afirma, o fim de toda democracia). Uma característica da liberdade é ser governado e governar

por turno; com efeito, consistindo a justiça democrática em ter todos o mesmo, numericamente e não segundo merecimento, forçosamente tem que ser soberana a multidão e aquilo que é aprovado pela maioria tem que ser o justo.”

ARISTÓTELES. Política. In. PINSKY, Jaime. 100 Textos de História Antiga.

SP: Contexto, 2009. p. 87-88. II.

Compreendendo a experiência democrática na Grécia Antiga e na sociedade contemporânea, assinale a proposição verdadeira: a) Ao longo da história do Ocidente, a experiência democrática tem vigorado como sistema político, baseando-se em princípios de igualdade e justiça. b) A democracia grega possuía uma desigualdade de direitos civis e políticos entre os setores da sociedade, privilegiando as elites, excluindo grande parcela da população. c) Aristóteles no texto destacado enaltece a democracia como regime baseado na liberdade, que em seu tempo significa o governo igualitário de todos os habitantes da polis. d) A democracia nos tempos gregos foi praticada com o mesmo sentido moderno de participação popular na vida política e exercício da cidadania plena, sendo um importante legado da Grécia Antiga. e) A experiência democrática na polis ateniense, embora não fosse popular, inaugurou um período de participação efetiva na vida política de metecos (estrangeiros), libertos e escravos, excluindo, contudo, a participação de mulheres.

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H0049 - (Ufpr) Sobre o período helenístico (séculos IV a II a.C.) é correto afirmar: a) Com a rápida conquista territorial feita pelos macedônios, liderados especialmente por Alexandre Magno, houve a difusão da cultura grega do Egito até a Índia, por meio da adoção da koiné, uma variante mais simples do grego. Ocorreu a fusão entre culturas orientais e a cultura grega, além da construção de polos culturais, como Alexandria. Esse período deixou uma influência duradoura, que se manteve também dentro dos limites do Império Romano. b) Foi um longo período de desenvolvimento econômico, em que a agricultura foi incentivada por todos os territórios conquistados por Alexandre Magno. O objetivo desse imperador era rivalizar com o Império Romano, estabelecendo em Alexandria um governo despótico e centralizador. Nesse período, a cultura grega se expandiu do Egito até a China. c) Foi marcado pelas conquistas de Alexandre Magno, que teve dificuldades em expandir o seu governo, por conta da resistência dos romanos e dos persas. Apesar de ter reinado por décadas, Alexandre Magno não conseguiu manter a independência grega, perdendo seus territórios para o nascente Império Romano. d) Foi um período de decadência cultural, em que manifestações culturais gregas misturaram-se a influências de outras culturas conquistadas pelos exércitos de Alexandre Magno. Devido ao seu rápido crescimento, o império helenístico permitiu que as culturas e costumes locais se preservassem em troca de lealdade política. Isso levou ao fim da língua, da filosofia, do teatro e da arquitetura gregas. e) Foi uma era de violência endêmica e de escravidão dos povos conquistados por Alexandre Magno, o que explica sua breve duração. Logo após a morte de Alexandre, o império se dividiu e foi conquistado pelos persas. Dessa forma, o projeto de difusão da cultura grega foi abandonado, deixando alguns poucos monumentos e bibliotecas pelo Oriente.

H0050 - (Ufjf) Observe os quadrinhos abaixo:

O quadrinho do cartunista Gilmar, publicado em 2010, expõe uma crítica contemporânea ao que se apresentou como “democracia” na Atenas da antiguidade clássica. Das alternativas abaixo, qual expressa de modo consistente tal crítica? a) A apatia da população, que não tinha o hábito de participar das decisões tomadas nas assembleias dirigidas pelos cidadãos. b) A contradição envolvendo um ideal democrático e a exclusão real da participação política de sujeitos considerados “não cidadãos”. c) A equivalência entre a forma democrática ateniense e a que é utilizada atualmente na sociedade brasileira desde a Constituição de 1988. d) A necessidade de se constituir, na sociedade grega da antiguidade, uma forma de democracia representativa, na qual cada eleitor escolhia seus representantes. e) O favorecimento sistemático de representantes de partidos políticos que nem sempre representavam a maioria da população.

notas