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DADECLARAÇÃO AMBIENTAL 2013

PÁG. 02 A CELBI

PÁG. 03 POLÍTICA DE SUSTENTABILIDADE

PÁG. 08 O SISTEMA DE GESTÃO AMBIENTAL DA CELBI

PÁG. 10 IMPACTES AMBIENTAIS SIGNIFICATIVOS

PÁG. 14 A CELBI E O AMBIENTE EM 2013

RESULTADOS E EVOLUÇÕES

PÁG. 26 OBJETIVOS E PROGRAMAS AMBIENTAIS

PÁG. 30 GLOSSÁRIO E MÉTODOS DE CÁLCULO

PÁG. 32 DECLARAÇÃO DE VERIFICAÇÃO

01Índice

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A Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A, localizada na Leirosa, a 15 km da Figueira da Foz, é detida na sua totalidade pelo Grupo Altri, SGPS, S.A, empresa cotada na Bolsa de Valores de Lisboa.É designada ao longo deste relatório apenas como Celbi sendo este o nome porque é conhecida pelos seus fornecedores, clientes e pelas restantes partes interessadas.A 31 de Dezembro de 2013 tinha 230 colaboradores.

A Celbi produz pasta de papel de fibra curta de elevada qualidade a partir de Eucalyptus globulus.

A Visão, a Missão e os Valores da Celbi são princípios culturais que orientam todas as atividades da empresa.

Visão da CelbiSer o melhor produtor europeu de pastas de fibra curta

• Satisfazer o mais possível os nossos clientes, conquistando a sua fidelidade.

• Ter uma imagem de Excelência no mercado e na comunidade envolvente.

• Manter os nossos produtos e processos como referências nos setores de papel e pasta.

• Atrair e motivar os profissionais mais competentes.• Criar nos nossos trabalhadores um espírito de identificação e

orgulho com a empresa.• Criar valor para os nossos acionistas.

Missão da CelbiFornecer pastas de eucalipto, que produzimos de forma económica e ambientalmente sustentável, satisfazendo os requisitos e expectativas dos nossos clientes.

Valores da Celbi• Orientação para os resultados e para a Qualidade Total.• Focalização nas necessidades e expectativas dos clientes.• Empenho na defesa do meio ambiente.• Sentido de responsabilidade social. • Espírito de abertura face aos desafios e à mudança.• Versatilidade e polivalência profissional.• Ambição para melhorar, inovar e estar na vanguarda.• Descentralização e responsabilização.• Informalidade no relacionamento pessoal.

Em complemento a estes princípios, a Celbi assume, perante as partes interessadas, os compromissos expressos na sua Política de Sustentabilidade.

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Política de Sustentabilidade

A CELBI CONSIDERA SER SUA RESPONSABILIDADE GERIR E DESENVOLVER A SUA ACTIVIDADE DE UMA FORMA SUSTENTÁVEL. NESTE SENTIDO, A CELBI COMPROMETE-SE A ORIENTAR A SUA ACTUAÇÃO PELOS SEGUINTES PRINCÍPIOS DE CARÁCTER ECONÓMICO, AMBIENTAL E SOCIAL:

01. Criar valor, viabilizando economicamente a Organização, de forma a possibilitar a satisfação das expectativas dos accionistas e demais partes interessadas.

02. Planear e orientar os seus esforços no sentido de satisfazer os requisitos e as expectativas dos seus clientes. 03. Desenvolver, produzir e comercializar produtos com qualidade, minimizando o respectivo impacte ambiental, estabelecendo

mecanismos de prevenção e segurança e adoptando prioritariamente medidas consistentes com as melhores técnicas disponíveis economicamente viáveis.

04. Adquirir madeira que seja explorada de uma forma legal, privilegiando o uso de madeira certificada de acordo com os requisitos de gestão florestal aplicáveis do FSC e/ou do PEFC.

05. Cumprir com os requisitos das Normas ISO 9001, ISO 14001, EMAS, OHSAS 18001, ISO 50001 e da Cadeia de Responsabilidade do FSC e do PEFC.

06. Melhorar continuamente o desempenho e a eficácia dos Sistemas de Gestão da Qualidade, Ambiente, Energia e Saúde e Segurança, estabelecendo objectivos e metas periodicamente revistos.

07. Cumprir a legislação aplicável e outros requisitos definidos pela Organização, fixando objectivos de melhoria do seu desempenho. 08. Adoptar critérios de minimização de riscos, consumo de energia e impactes ambientais e sociais, na escolha de processos,

tecnologias, matérias-primas e meios de transporte.09. Promover a eficiência energética, a redução do consumo de água e de outros recursos naturais, dando prioridade à utilização de

fontes renováveis de energia, bem como à redução e valorização de resíduos.10. Adoptar processos que reduzam as quantidades de resíduos, promovendo a sua valorização interna ou externa.11. Prevenir a ocorrência de acidentes e manter um estado de prontidão operacional para fazer face a emergências.12. Prevenir as doenças profissionais e acompanhar a saúde dos trabalhadores, em cumprimento da legislação sobre medicina no

trabalho e tendo em conta as especificidades da empresa.13. Estimular a participação dos trabalhadores na melhoria contínua do desempenho da organização e na consecução dos objectivos

estabelecidos, promovendo a sua sensibilização e formação técnica.14. Manter processos de apoio ao desenvolvimento dos seus colaboradores, potenciando as suas competências individuais, estimulando

o trabalho em equipa e premiando a orientação para resultados e o cumprimento de missões e objectivos.15. Disponibilizar a informação e os recursos necessários para atingir os objectivos e as metas definidos.16. Exigir dos fornecedores o cumprimento de procedimentos, regras e princípios consentâneos com os padrões adoptados

internamente, estimulando mecanismos de colaboração. 17. Adoptar uma atitude de activa colaboração com todas as partes interessadas.

Figueira da Foz, 27 de Maio 2014 Edição 4

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DAmadeira descasque destroçamento cozimento

da madeira

A Celbi produz pasta de papel usando apenas madeira de eucalipto. A madeira que chega à fábrica sob a forma de rolaria com casca, é descascada e destroçada em aparas que são armazenadas em pilhas. Após um processo de crivagem, as aparas são alimentadas em conjunto com licor branco (químicos para cozimento) a um digestor contínuo. Os químicos dissolvem a lenhina, a substância responsável pela agregação das fibras, com libertação destas, resultando a chamada pasta crua. A pasta crua é lavada, para remover produtos residuais, orgânicos e inorgânicos, resultantes do processo de cozimento e submetida a operações de crivagem, para remoção de partículas incozidas e outras impurezas. Depois destas operações, a pasta crua é submetida a um pré-branqueamento com oxigénio, do qual resulta uma pasta semi-branqueada, de tonalidade amarela que é enviada para a instalação de branqueamento.À entrada da instalação de branqueamento, a pasta contém ainda compostos residuais, resultantes da decomposição da lenhina, que são gradualmente removidos na sua quase totalidade através de reações químicas, com agentes branqueadores como o oxigénio, o peróxido de hidrogénio (água oxigenada) e o dióxido

de cloro. No final desta fase, a pasta apresenta-se sob a forma de uma suspensão espessa, de cor branca.A suspensão de pasta branqueada é submetida a uma crivagem e depuração finais, sendo depois lançada sobre um sistema de tela dupla em movimento para formação da folha, onde lhe é retirada grande parte da água, primeiro por prensagem e posteriormente por ação de vácuo. A seguir é prensada e seca através de um sistema compacto de secagem com ar quente. Após a secagem, a folha final é cortada em folhas mais pequenas que são empilhadas em fardos de 250 kg cada, os quais seguem para o armazém da pasta.No armazém da pasta, os fardos são agrupados com arames em unidades de 8 fardos. São depois empilhados e posteriormente carregados para camiões que os transportam para o Porto Comercial ou diretamente para o cliente.

O licor negro descarregado do digestor, resultante do cozimento das aparas de madeira e sob a forma diluída, é concentrado até se obter um espesso biocombustível, o licor negro concentrado, que é queimado na caldeira de recuperação. Os produtos químicos inorgânicos do licor negro formam uma substância que depois de

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lavagem da pasta branqueamento da pasta

recuperação de químicose produção de energia

secagem de pasta fardos de pasta

dissolvida em água dá origem ao licor verde, constituído por uma grande fração de carbonato de sódio e por sulfureto de sódio.Ao licor verde é adicionada cal viva, no chamado processo de caustificação, dando origem ao licor branco (hidróxido de sódio e sulfureto de sódio) e o carbonato de cálcio. Este, em suspensão, é retirado e seco, sendo depois novamente transformado em cal viva no forno da cal. Fechando um ciclo, o licor branco regenerado na caustificação vai ser de novo utilizado no processo de cozimento.

Abastecimento de águaA água bruta tem duas proveniências distintas: água subterrânea de poços e água superficial do Rio Mondego. O tratamento consiste essencialmente numa floculação seguida de sedimentação e filtração em filtros de areia.

Abastecimento de energiaA energia utilizada no processo de fabrico de pasta resulta da queima do licor negro concentrado na caldeira de recuperação. O vapor de alta pressão produzido na caldeira é expandido numa turbina, sendo posteriormente utilizado no processo a média

pressão ou a baixa pressão. A energia libertada através da expansão de vapor na turbina é convertida em energia elétrica, a qual, em termos médios e em regime normal de operação, satisfaz as necessidades da fábrica. O sistema interno de distribuição de energia elétrica em média tensão da fábrica está interligado em paralelo permanente com a rede elétrica nacional, permitindo trocas de energia (compra e venda) com a mesma.A central termoelétrica da Celbi, que integra a caldeira de recuperação e o turbogerador, está licenciada com o estatuto de co-gerador e utiliza fundamentalmente biomassa como combustível.

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DAEfluentesIndustriais

Ácido Álcali

Resíduos do tratamento secundário

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Nutrientes Efluentetratado

Clarifloculador

Resíduos do tratamento primário

Sedimentação (tratamento primário)

Neutralização Bacia de equalização

Torres de arrefecimento

Reator biológicoaeróbico(tratamentosecundário)

O processo de tratamento inclui as etapas seguintes: neutralização, equalização, arrefecimento, tratamento aeróbio (lamas ativadas) e clarificação final. As lamas resultantes do processo, após mistura

com lamas primárias e desidratação, são enviadas para a Estação de Compostagem de Resíduos ou vão para outros processos de valorização.

Tratamento de águas residuaisExistem três redes separadas de esgotos internos: uma para efluente ácido, outra para efluente alcalino e outra para efluente doméstico, efluente do parque de madeiras e águas pluviais.Todos passam por um tratamento primário para remoção de sólidos suspensos, em dois sedimentadores distintos. Parte dos resíduos do tratamento primário contendo fibras são enviados para o exterior como matéria-prima para produção de papéis e cartão. Os efluentes provenientes dos dois sedimentadores são misturados numa câmara e enviados para a unidade de tratamento

secundário. O efluente final é descarregado no Oceano Atlântico a 1,5 km da costa, através de um emissário submarino, equipado com um difusor.

Esta unidade de tratamento biológico dos efluentes líquidos da Celbi, complementa o tratamento primário existente.

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Tratamento de emissões gasosasOs gases resultantes da queima de licor negro na caldeira de recuperação, são depurados em precipitadores electrostáticos para remoção de partículas antes de serem lançados na chaminé. As emissões gasosas (partículas, SO2, TRS, CO e NOx) são medidas em contínuo por instrumentos em linha.Os gases resultantes do forno da cal passam por precipitadores electrostáticos para remoção de partículas antes de serem lançados na chaminé. As emissões gasosas (partículas, CO, NOx, SO2 e TRS) são medidas em contínuo por instrumentos em linha.

Os gases residuais provenientes dos equipamentos das instalações da lavagem, crivagem, branqueamento e produção de dióxido de cloro, são recolhidos e lavados com uma solução alcalina num lavador de gases, antes de serem enviados para a atmosfera através de uma chaminé.Os condensados que resultam da evaporação do licor negro passam por um processo de purificação num “stripper”, do qual resulta metanol e gases não condensáveis, que são posteriormente valorizados energeticamente na caldeira de recuperação.

Gestão de resíduos e biomassaParte dos resíduos industriais não perigosos de origem processual são depositados no aterro controlado de resíduos (ACR) da fábrica, que entrou em operação em 1998.Os resíduos orgânicos resultantes da preparação de madeiras, em conjunto com as lamas provenientes do tratamento de efluentes, são processados na Estação de Compostagem de Resíduos.

Os resíduos resultantes das atividades não processuais (papel, plástico, vidro, óleos usados, resíduos contaminados com óleos, resíduos metálicos, etc) são recolhidos através de uma extensa rede de contentores de recolha seletiva e encaminhados para operadores externos de gestão de resíduos devidamente licenciados para o efeito, visando o seu tratamento, eliminação ou valorização.A casca e a biomassa residual da área do Parque e Preparação de Madeiras, resultante do descasque da madeira para o processo, é enviada para a Central Termoelétrica a Biomassa (EDP-Produção Bioelétrica), para valorização energética.

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O Sistema de Gestão Ambiental da Celbi

O Sistema de Gestão Ambiental da Celbi, está em confor-midade com os requisitos da Norma ISO 14001 e com os do Regulamento do Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (EMAS) da União Europeia. A Organização está certificada pela ISO 14001 desde 1999 e registada no EMAS desde 2001. Em março de 2012 obteve também a certificação do seu Sistema de Gestão da Energia pela Norma ISO 50001.

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estão Ambiental ISO 14001

Sistema de Gestão da Energia ISO

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Sistema de Gestão da Qualidade ISO 9001

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rança OHSAS 18001

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ório acreditado ISO 17025

Cadeia de Responsabilidade PEFC

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nsabilidade FSC®

O Sistema de Gestão Ambiental regulamenta de forma clara, como devem ser identificados e tratados os requisitos legais. Possíveis riscos para os trabalhadores, instalações e para o ambiente são identificados e indicadas as respetivas medidas de controlo e/ou de mitigação. Foi criado um Plano de Emergência Interno para possíveis cenários de emergência e desenvolvidos procedimentos para prevenir e/ou limitar as suas consequências.As empresas externas que operam dentro das instalações fabris, estão sujeitas aos procedimentos do Sistema de Gestão na sua vertente ambiental e de saúde e segurança.

O Sistema de Gestão Ambiental encontra-se organizado, em termos documentais, de acordo com a seguinte hierarquia:

• Política de Sustentabilidade;• Manual de Gestão Ambiental;• Aspetos Ambientais, respetivos impactes e medidas de controlo;• Objetivos e Programas específicos de melhoria;• Procedimentos;• Planos de Emergência;• Registos.

Participação dos trabalhadoresA elaboração e a revisão dos documentos de registo de aspetos ambientais são feitas com a participação dos trabalhadores das áreas ou atividades a que dizem respeito. É também assegurada a participação dos trabalhadores em grupos de trabalho orientados para a melhoria contínua, (Programas Específicos de Melhoria e Grupos da Fiabilidade), na Comissão de Ambiente, Segurança e Saúde e nas reuniões periódicas envolvendo vários níveis da Organização.Toda a informação relativa ao desempenho ambiental da empresa está disponível na Intranet que é acessível a todos os níveis da Organização.

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Tipo de situação Definição/Condições

Operação normal Operação decorrendo com estabilidade, sob controlo, dentro das condições típicas e habituais, e conforme planeado.

Paragem / arranque Condições de alguma instabilidade, tais como as precedentes ou seguintes a uma interrupção da operação, planeada e sob controlo, de curta ou longa duração.

Incidente Ocorrência inesperada e anormal, tal como avaria, falha, derrame, explosão, etc, suscetível de necessitar de ação corretiva, ou provocar paragem, por impossibilidade de controlo imediato.

Escala do impacte Definição

Mínimo/marginal1

Impacte de escala reduzida, com efeitos e emissões dentro dos limites da legislação, das recomendações internacionais e das capacidades dos meios recetores.

Médio/moderado2

Impacte de escala moderada, relativamente tolerável pelo meio ambiente, local ou globalmente, tal como o ocasionado por incidentes ou perturbações causadoras de aumentos temporários de parâmetros ambientais.

Grave/significativo3

Impacte suscetível de provocar consequências graves para o meio ambiente, local ou globalmente, ou impacte provocado e traduzido por emissão acima do limite legal estabelecido.

Condições operacionais

Avaliação do impacte ambiental

Modelo de avaliação dos impactes ambientaisOs Registos de Aspetos Ambientais descrevem o modo como as atividades da Celbi afetam o ambiente. Estes Registos descrevem os impactes ambientais associados às diferentes instalações, classificando-os tendo em conta três condições de operação:

Os impactes ambientais são avaliados em três níveis, conforme indicado na tabela seguinte.

Impactes Ambientais Significativos

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Impactes Ambientais Significativos

Aspetos ambientais diretos que podem dar origem a impactes ambientais significativos (escala do impacte 3 – grave/significativo)

Descrição e origem do aspeto ambiental

Condições operacionais Possível impacte ambiental Medidas de controlo para minimizar o risco, objetivos e metas ambientais associadas

Emissões líquidas:Emissões de Cor, CQO, CBO5, SST, AOX, pH Provenientes das águas residuais da lavagem da madeira; derrames, transbordos ou fugas de pasta, de licores, de condensados ou de lixiviados do ACR.

IncidentePor mau funcionamento ou paragem da ETAR ou por rotura da tela de revestimento na cela de “resíduos industriais não perigosos”.

Não cumprimento dos Valores Máximos Admissíveis (VMA) fixados pela Licença Ambiental.Danos à vida animal e vegetal no Oceano.Risco de contaminação dos solos.Risco de contaminação de lençóis de águas subterrâneas.

O controlo destes parâmetros está estabelecido em programas internos de controlo analítico.Existem vários mecanismos internos de prevenção de ocorrência destes incidentes, nomeadamente, indicadores de nível com alarme nos tanques, sensores de temperatura nos tubos de descarga dos tanques e sistemas de recolha de transbordos.A instalação do tratamento secundário inclui uma bacia de emergência, com a capacidade de 49 000 m3, devidamente impermeabilizada, para operar em caso de acidentes ou descargas anormais.Existem planos de inspeção e planos de emergência para o caso de rotura da tela de revestimento da cela de “resíduos industriais não perigosos” do ACR.Programa ESTET (pág.27) Programa C15 (pág.29)

Emissões gasosas:Emissões de SO2, NOx, H2S, partículas, CO e CO2

Provenientes da operação do forno da cal, da caldeira de recuperação e do branqueamento.

IncidentePor mau funcionamento ou paragem dos equipamentos auxiliares de controlo, nomeadamente electrofiltros, lavadores de gases e analisadores em contínuo.

Não cumprimento dos VMA fixados pela Licença Ambiental.Contribuem para o efeito de estufa e alterações climáticas, para a alteração de pH de solos e águas e podem afetar a qualidade do ar.

Estes parâmetros são medidos em contínuo por medidores em linha e através de análises laboratoriais.As emissões de CO2 são monitorizadas e verificadas no âmbito da legislação vigente sobre o CELE.

Consumo de matérias-primasMadeira, água e gás natural.

Operação normal Consumo de recursos naturais. Têm sido feitos esforços para diminuir o consumo destas matérias-primas, nomeadamente da água.Programa CEAG (pág. 26)

RuídoProvocado por:- instalações industriais; - períodos de paragem geral

da fábrica para manutenção; - períodos de obras de

ampliação ou modernização de equipamentos.

Incidente ou paragem arranque

Pode provocar incómodos em aglomerados populacionais vizinhos.

Realizada monitorização periódica.

Fugas e derrames de óleos de equipamentos hidráulicos.

Incidente Risco de poluição do mar e praias vizinhas com hidrocarbonetos.

Existem várias bacias de retenção e caixas de separação de hidrocarbonetos.As intervenções nestes equipamentos e a gestão de hidrocarbonetos são objeto de vários procedimentos do Sistema de Gestão Ambiental.A instalação do tratamento secundário inclui uma bacia de emergência, com a capacidade de 49 000 m3, devidamente impermeabilizada, para operar em caso de acidentes ou descargas anormais.

A avaliação é feita periodicamente com a participação dos trabalhadores e segue os procedimentos estabelecidos no âmbito do Sistema de Gestão Ambiental.

A tabela seguinte apresenta os mais significativos (escala do impacte 3), identifica-os como diretos ou indiretos e indica quais as atividades que permitem o seu controlo e/ou redução do risco, incluindo os objetivos e metas ambientais associados.

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4 DAAspetos ambientais diretos que podem dar origem a impactes ambientais significativos (escala do impacte 3 – grave/significativo)

Descrição e origem do aspeto ambiental

Condições operacionais Possível impacte ambiental Medidas de controlo para minimizar o risco, objetivos e metas ambientais associadas

Fugas ou derrames de metanol e/ou de GNC.

Incidente Riscos de explosão e de libertação de gases, espalhando odores desagradáveis nas áreas vizinhas.

Existem bacias de recolha própria com transferência para tanque de recolha de transbordos. Pode dar origem a paragem da instalação. Os gases odorosos são incinerados na caldeira de recuperação, ou num queimador atmosférico de reserva (flare).

Derrames de produtos químicos dos respetivos tanques de armazenagem: peróxido de hidrogénio, oxigénio, ácido sulfúrico, dióxido de cloro, clorato de sódio, soda cáustica, licor branco, licor verde e licor negro.

Incidente Riscos de explosão, incêndio, contaminação do efluente final e/ou do solo.

Os tanques estão dentro de bacias de retenção com medidores de condutividade instalados. Todos os tanques têm instalados medidores de nível em linha.Existe um Plano Interno de Emergência, no qual estão definidos procedimentos de como atuar no caso desta ocorrência.A instalação do tratamento secundário inclui uma bacia de derrames, com a capacidade de 49 000 m3, devidamente impermeabilizada, para operar em caso de acidentes ou de descargas anormais.

Incêndio das pilhas de madeira armazenadas no parque, na armazenagem debiomassa, no ACR, no tanque de propano, nas salas de quadros elétricos, ou nos fardos de pasta no armazém.

Incidente Perigo de propagação a outras áreas da fábrica e às matas florestais circundantes.

Existe um Plano Interno de Emergência, no qual estão definidos procedimentos de como atuar no caso desta ocorrência.

Aspetos ambientais indiretos que podem dar origem a impactes ambientais significativos (escala do impacte 3 – grave/significativo)

Aspeto ambiental Impacte ambiental(em caso de ocorrência de incidentes)

Medidas de controlo para minimizar o risco, objetivos e metas ambientais associadas

Comportamento ambiental, práticas de empreiteiros nas empreitadas e subcontratação de serviços (ex.: paragens gerais).

Emissões líquidas e/ou contaminação do solo com produtos químicos ou hidrocarbonetos. Produção excessiva e descontrolada de resíduos. Ruído, emissões gasosas e risco de incêndios.

Existem vários procedimentos no âmbito do Sistema de Gestão Ambiental e do Sistema de Gestão de Saúde e Segurança para prevenir e/ou controlar estas situações.Os Planos de Saúde, Segurança e Ambiente da Paragem Anual incluem requisitos a cumprir quanto a aspetos ambientais. É dada formação adequada aos trabalhadores externos antes das paragens gerais e projetos.

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6 DAA Celbie o Ambiente em 2013Resultadose Evoluções

Aspetos gerais

• Foram cumpridos os limites de emissão de poluentes estabelecidos na Licença Ambiental e aplicadas as medidas obrigatórias de gestão ambiental, designada-mente quanto a efluentes, emissões, resíduos, energia, reclamações e emergências.

• Não se verificaram cenários de emergência ambiental nem derrames significativos.

• Ainda se aguarda a revisão da Licença Ambiental tendo sido recebido um ofício da Agência Portuguesa do Ambiente (APA) a prorrogar o prazo de validade da mesma.

• Foi regist ada uma reclamação ambiental em 2013.• Emitida nova Licença de Utilização dos Recursos Hídricos - Rejeição

de Águas Residuais, com valores máximos admissíveis para o efluente final, expressos em concentração.

• Emitidas as autorizações de Utilização dos Recursos Hídricos - Captação de Água Subterrânea e Captação de Água do Mondego.

• Aplicação por parte da autoridade competente da Taxa de Gestão de Resíduos ao Aterro Controlado de Resíduos da Celbi, no valor de 146 402 €.

• Em 2013 a Taxa de Recursos Hídricos ascendeu a 503 360 €.• O método de cálculo dos indicadores apresentados está

em conformidade com o indicado no Regulamento EMAS e devidamente explicado no “Glossário e Métodos de Cálculo” desta Declaração Ambiental.

Produção anual

Produção anual (B)666 457 t pasta s.a.

Produção de pasta t pasta/ano

20102009 2011 2012 2013250 000

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Consumos

Madeira

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(A) Consumo total de madeiram3 eq sol

O aumento do consumo total de madeira está diretamente relacio-nado com o aumento da produção de pasta.

(R) Consumo específico de madeiram3 eq sol ptp

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8 DAÁgua

Apesar dos ótimos resultados alcançados em 2013, não foi possível atingir o objetivo definido para o consumo específico de água. À medida que a produção de pasta aumenta, é mais difícil tomar medidas para a redução do consumo de água sem prejudicar a qualidade do produto final. (Programa CEAG, pág. 26)

2009 2010 2011 2012 2013

(A) Consumo total de água (*103 m3 ptp)

15 203 14 134 13 183 14 192 13 542

(R) Consumo específico de água por fontem3 ptp

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PoçosRio Mondego

Objetivo20102009 2011 2012 2013

Produtos Químicos

(A) Consumo total t

Oxigénio Dióxido de cloro (em ClO2) Soda cáustica (100%) Ácido sulfúrico Peróxido de hidrogénio

20102009 2012 20132011

•108%•107%

•110%•110%

•110%•108%

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(R) Consumo específicokg ptp

O aumento do consumo de produtos químicos está diretamente relacionado com o aumento da produção de pasta.

Oxigénio Dióxido de cloro (em ClO2) Soda cáustica (100%) Ácido sulfúrico Peróxido de hidrogénio

2010 20102009 20092011 20112012 20122013 2013

Energia

(A) Consumo total de energiaGJ

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(R) Consumo específico de energiaGJ ptp

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Energia elétrica Energia térmica

Total

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2010 2011 2012 2013

GJ ptp GJ ptp GJ ptp GJ ptp

Não fósseis

Licor negro 13,6 13,7 13,9 14,3

Metanol e GNC 0,1 0,2 0,2 0,2

Subtotal 13,7 13,9 14,1 14,5

Gás natural 2,2 1,8 1,6 1,7

Gasóleo <0,005 <0,005 <0,005 <0,005

Subtotal 2,2 1,8 1,6 1,7

Total 15,9 15,7 15,7 16,2

Fontes de energia para o processo de fabrico

20102009 2011 2012 2013

Fontes de energia para o processo de fabrico%

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Combustíveis não fósseisCombustíveis fósseis

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Emissões líquidas

Os limites estabelecidos na Licença Ambiental, para as emissões líquidas, foram integralmente cumpridos.

Emissões líquidas totais

(A) 2010 2011 2012 2013

Caudal, 103 m3 13 256 12 179 13 028 12 615

SST, t 672 699 836 797

CQO, t O2 5 706 6 182 6 012 5 513

CBO5, t O2 292 479 539 463

AOX, t Cl2 31 45 44 43

Azoto total, t N 62 53 95 107

Fósforo total, t P 41 54 36 40

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(R) Caudal de efluentem3 ptp

0

Emissões líquidas específicas

VMA = 42 - Até 2013

Em setembro de 2013 foi emitida a Licença de Utilização dos Recursos Hídricos - Rejeição de Águas Residuais com um novo VMA para o caudal de efluente (33 m3 ptp)

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(R) CQO no efluente finalkg O2 ptp

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(R) CBO5 no efluente finalkg O2 ptp

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(R) SST no efluente finalkg ptp

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(R) N no efluente finalkg ptp

0,0

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(R) AOX no efluente finalkg Cl2 ptp

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(R) P no efluente finalkg ptp

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20102009 2011 2012 2013

Em setembro de 2013 foi emitida a Licença de Utilização dos Recursos Hídricos - Rejeição de Águas Residuais com os VMA expressos em concentração.

2013 VMA

SST 64,0 70,0

CQO 439,0 500,0

CBO5 37,0 50,0

AOX 3,4 5,0

Azoto total 8,6 10,0

Fósforo total 3,2 5,0

Emissões líquidas (mg/l)

Emissões gasosas

Verificou-se, ao longo do ano, o cumprimento dos limites de emissão estipulados.

As emissões do processo de fabrico de pasta de papel são o somatório das emissões da caldeira de recuperação, do forno da cal e do lavador de gases do branqueamento e da lavagem.

Emissões gasosas totais do processo de produção de pasta de papel em 2013

(A) 2009 2010 2011 2012 2013

Partículas (t partículas) 87 83 111 124 143

SO2 (t S) 80 30 47 28 29

H2S (t S) 10 7 9 10 9

NOx (t NO2) 566 689 765 812 791

20102009 2011 2012 2013

(R) SO2

kg S ptp

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Emissões gasosas específicas do processo de produção de pasta de papel

(R) Partículaskg partículas ptp

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4 DA(R) H2 Skg S ptp

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(R) NOx kg NO2 ptp

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20102009 2011 2012 2013 20102009 2011 2012 2013

(R) Emissões de CO2 fóssil (no âmbito do CELE) kg CO2 ptp

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Emissões de CO2 fóssil no âmbito do Comércio Europeu de Licenças de Emissão

O Comércio de Licenças de Emissão é um mecanismo flexível previsto no contexto do Protocolo de Quioto, sendo que, por sua vez, o Comércio Europeu de Licenças de Emissão - CELE, constitui o primeiro instrumento de mercado intracomunitário de regulação das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE).

Em Portugal, a aplicação da legislação da EU é feita através do Plano Nacional de Licenças de Emissão (PNALE), com aplicação no período 2013-2020.Em 2013, a Celbi obteve o seu título de emissão de gases com efeito de estufa para o referido período. As emissões de CO2 relativas a 2013 foram verificadas e validadas pela Lloyd´s Register Quality Assurance.

(A) 2010 2011 2012 2013

Emissões totais de CO2

fóssil, t75 133 65 560 63 596 74 202

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Os dez elementos da pegada de carbono da Celbi em 2013Emissões ou sequestro (emissões negativas) em kg CO2 fóssil ptp

Âmbito 1 Âmbito 2 Âmbito 3

1 CO2 sequestrado na floresta - - 0

2 Carbono biogénico retido no produto quando este sai da fábrica para o cliente -1 630 - -

3 Emissões de GEE associadas ao processo de produção de pasta de papel 114,27 - -

4 Emissões de GEE associadas ao processo de produção de madeira de eucalipto - - 31,3

5 Emissões de GEE associadas à produção de outras matérias-primas - - 122,45

6 Emissões de GEE associadas à compra de eletricidade - 5,04 -

7 Emissões de GEE associadas a transportes - - 106,7

8Emissões de GEE associadas ao uso do produto (ex.: produção de papel) - - -

9 Emissões de GEE associadas ao fim de vida do produto - - -

Emissões totais de CO2 fóssil 114,27 -16,26 260,45

10 Emissões de GEE evitadas - -21,3 -

1. CO2 sequestrado na florestaQuando geridas de forma sustentável, as florestas funcionam como reservatórios de carbono, fazendo com que a quantidade de carbono retida nas florestas se mantenha estável ou até mesmo que aumente ao longo do tempo.Para além da sua importância no combate às alterações climáticas, as florestas geram outros benefícios ambientais e sociais. A Celbi, através do seu processo de Cadeia de Responsabilidade certificado pelo FSC® e pelo PEFC, promove, junto dos seus fornecedores, a gestão florestal sustentável.Este elemento, neste momento, não está incluído no âmbito da pegada de carbono da Celbi.2. CO2 retido na pasta de papel enquanto está em usoA pasta de papel contém carbono na sua composição. Este elemento indica a quantidade de CO2 que é mantido fora da atmosfera enquanto o produto está em uso.Não é contabilizado no cálculo final da pegada de carbono, funciona apenas como valor de referência.3. Emissões de GEE associadas ao processo de produção de pasta de papelInclui emissões de fontes fixas (Caldeira de Recuperação, Forno da Cal, Caldeira Auxiliar), emissões de processo (da utilização de carbonato de cálcio e de carbonato de sódio como químicos de reposição) e emissões dos motores de combustão interna dos veículos de circulação interna (veículos ligeiros e os utilizados na movimentação de madeira que circulam dentro da fábrica).

4. Emissões de GEE associadas ao processo de produção de madeira de eucaliptoInclui as emissões resultantes das operações associadas à gestão florestal (preparação do terreno, instalação e condução dos povoamentos florestais, exploração florestal e estabelecimento da rede viária e divisional). Inclui ainda a pré-combustão de gasóleo e gasolina nas referidas operações.5. Emissões de GEE associadas à produção de outras matérias -primasInclui as emissões associadas à produção de produtos químicos utilizados no processo, bem como dos combustíveis consumidos.6. Emissões de GEE associadas à compra de eletricidadeInclui as emissões associadas à produção da energia elétrica adquirida à rede elétrica nacional. Fator de emissão do fornecedor EDP relativo a 2012.7. Emissões de GEE associados a transportesInclui o transporte de madeira e de produtos químicos para a fábrica. Inclui ainda o transporte de pasta da fábrica até ao cliente, apenas quando esse transporte é da responsabilidade da Celbi. Existem casos em que a responsabilidade do transporte da pasta é do cliente. Inclui também o transporte de resíduos.8. Emissões de GEE associadas ao uso do produto (ex.: produção de papel)Este elemento não está incluído no âmbito da pegada de carbono da Celbi.9. Emissões de GEE associadas ao fim de vida do produtoEste elemento não está incluído no âmbito da pegada de carbono da Celbi.10. Emissões de GEE evitadasContabiliza as emissões associadas à produção da energia elétrica que é fornecida à rede elétrica nacional.

A pegada de Carbono da Celbi

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Âmbito 2Âmbito 1 Âmbito 3 Pegada de carbono

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Resíduos

Total de resíduos processuais produzidos, t a.s.

2009 2010 2011 2012 2013

Resíduos de licor verde (LER 030302) 8098 16451 16138 14545 14126

Resíduos de cal e lamas de cal (LER 030309) 350 10279 16175 25049 20695

Resíduos do tratamento de efluentes (LER 030311 e LER 030310) 3863 5320 4703 5321 6612

Resíduos do parque de madeiras (LER 030301) 2980 4358 4207 3971 6330

Resíduos da crivagem (LER 030310) 2727 3387 3732 4718 6132

Resíduos do apagador (LER 030302) 1920 385 334 544 640

Diversos 174 169 316 41 223

Total 26181 40578 45605 54189 54758

* Âmbito 1 Emissões de fontes que pertencem ou que são controladas pela Celbi.Fontes fixas: Caldeira de Recuperação, Caldeira Auxiliar e Forno da Cal. Emissões de processo: Calcário e Carbonato de Sódio. Combustão móvel: movimentação de madeira e veículos de circulação interna.

* Âmbito 2 Emissões indiretas provenientes da produção de eletricidade adquirida à rede elétrica nacional e consumida pela empresa.

* Âmbito 3 Outras emissões indiretas.

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Ruído

Foi realizada uma avaliação de ruído ambiental em 2013 na área fabril e meio envolvente. Concluiu-se que a instalação fabril da Celbi cumpre os requisitos sonoros legais aplicáveis à emissão de ruído para a envolvente, impostos pelo RGR (Regulamento Geral do Ruído aprovado pelo Decreto-Lei nº 9/2007 de 17 de Janeiro), uma vez que a sua laboração não origina níveis sonoros acima dos valores regulamentares.

Emergências

Foram realizados dois simulacros de atuação em emergência, sendo que um deles incidiu sobre uma situação de ataque a incêndio numa unidade hidráulica de uma instalação do parque de madeiras e o outro sobre uma situação de um grande derrame/fuga de gasóleo.

Biodiversidade Relativamente à utilização dos solos, a área de implantação da fábrica é de 545 857 m2.

Requisitos legais aplicáveisNo âmbito do Sistema de Gestão Ambiental estão definidos procedimentos de identificação, classificação e comunicação interna de requisitos legais aplicáveis. Podem ser consultados por qualquer trabalhador da Celbi, numa base de dados específica para o efeito disponível na Intranet da empresa.Anualmente é feita uma avaliação de conformidade legal, de acordo com o estabelecido no Sistema de Gestão Ambiental. Na avaliação realizada em 2013 não resultaram registos de não cumprimento de requisitos legais.

Reclamações AmbientaisFoi registada uma reclamação ambiental relativa ao aparecimento de sujidade em persianas na Leirosa. A situação foi reportada à Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR), conforme estipulado na Licença Ambiental.

FormaçãoEsforço de formação em matérias de proteção ambiental e saúde e segurança no trabalho em 2013.

20102009 2011 2012 2013

(R) Resíduos processuais produzidoskg a.s. ptp

0

Tem sido feito um esforço para reduzir a quantidade de resíduos de licor verde produzidos, no âmbito dos Programas RESCAUST (ver pág. 26) e RESLAMAS (ver pág. 29).

Os resíduos perigosos produzidos internamente, são essencial-mente óleos usados, trapos contaminados com hidrocarbonetos, águas contaminadas com hidrocarbonetos e líquidos de lavagem de peças.Em 2013, produziram-se cerca de 77 t (0,12 kg ptp) e em 2012, cerca de 28 t de resíduos perigosos, que foram todos encaminhados para operadores externos licenciados.

Resíduos do parque de madeirasResíduos do tratamento de efluentesResíduos de cal e lamas de calResíduos de licor verde

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Destino dos resíduos

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Valorização externaValorização energética

DiversosCinzas húmidas*Cinzas secas*Resíduos do apagadorResíduos da crivagem

Horas.pessoa Horas Participantes

A empregados da Celbi 648 139

A fornecedores de serviço 2 177 986

Total 2 825 1 125

Deposição em ACRCompostagem

20,3 30,5

6,84,8

0,7

13,3

26,9 23,2 21,2

19,1

76,2

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8 DAObjetivos e Programas AmbientaisDesenvolvimento e situação atual de objetivos e programas de anos anteriores

ObjetivoRecuperação do sistema dunar da área vizinha do emissário submarino.Início: maio de 2000Prazo: final de 2015

Programa REDUNAAguarda-se desenvolvimento de um estudo sobre a proteção da zona costeira a sul da Leirosa por parte das autoridades competentes.Foi redefinido o prazo final para o encerramento deste programa para final de 2015.

ObjetivoReduzir os resíduos sólidos produzidos na área da Caustificação dos atuais 35 kg a.s. ptp para 20 kg a.s. ptp.Início: junho de 2010Prazo: final de 2015

Programa RESCAUSTA quantidade de resíduos produzidos na caustificação em 2013 foi de 21,2 kg a.s. ptp, o que representa uma redução de cerca de 40% relativamente ao valor de referência (35 kg a.s. ptp). Este programa continua em desenvolvimento e decidiu-se redefinir o prazo para o encerramento para final de 2015, uma vez que, uma das áreas de intervenção do Programa Projeto C15 será a instalação da caustificação.

ObjetivoReduzir o consumo específico de água para os seguintes valores: 2016:15 m3 ptp.Início: dezembro de 2012Prazo: final de 2016

Programa CEAG O consumo específico de água em 2013 foi de 20,3 m3 ptp. Em setembro de 2013 foram impostos novos valores limite para as emissões líquidas, através da emissão da Licença de Utilização dos Recursos Hídricos - Rejeição de Águas Residuais.Estes valores, expressos em concentração, comprometem os planos existentes para a redução do consumo de água, sendo que foi decidido alterar o prazo deste programa para o final de 2016.

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ObjetivoMelhorar as rotinas e a eficiência das limpezas na fábrica.Início: abril de 2011Prazo: final de 2014

Programa LIMPARTem como objetivo melhorar as rotinas existentes de limpeza na fábrica, passando também pela sensibilização sobre este tema dos trabalhadores internos e externos.Este programa tem apresentado bons resultados que são visíveis no estado geral de limpeza em toda a fábrica. O programa está a ser acompanhado através de inspeções periódicas e foram reorganizados os recursos.

Foi redefinido o prazo final para o encerramento deste programa para final de 2014.

ObjetivoEstudo de funcionamento da ETAR após a implementação das medidas previstas no Projeto C09, de forma a compatibilizar a instalação com a capacidade e condições operacionais da fábrica.Início: julho de 2009Prazo: final de 2013

Programa ESTETFoi realizado por uma entidade externa, um estudo sobre as condições de funcionamento do tratamento secundário, no sentido de identificar oportunidades de otimização do processo. Em 2013 foram implementadas algumas ações de melhoria que têm vindo a ser acompanhadas.Este programa foi absorvido pelo Programa C15, em que um dos objetivos é a otimização do funcionamento da ETAR. ENCERRADO

ObjetivoCertificação energética do edifício administrativo no âmbito estabelecido pelo Decreto-Lei nº 78/2006, de 4 de abril, que aprova o Sistema Nacional de Certificação Energética e da Qualidade do Ar Interior nos Edifícios (SCE) e transpõe parcialmente para a ordem jurídica nacional a Diretiva n.º 2002/91/CE, do Parlamento Europeu, relativa ao desempenho energético dos edifícios.Início: fevereiro de 2010Prazo: julho de 2013

Programa CEENo seguimento da publicação do Decreto-Lei nº 118/2013, de 20 de agosto, relativo à certificação energética de edifícios, estão excluídos do SCE edifícios de comércio e serviços inseridos em instalações sujeitas ao regime aprovado pelo Decreto-Lei n.º 71/2008, de 15 de abril (regula o Sistema de Gestão dos Consumos Intensivos de Energia, abreviadamente designado por SGCIE, instituído com o objetivo de promover a eficiência energética e monitorizar os consumos energéticos de instalações consumidoras intensivas de energia).Como a Celbi está abrangida pelo Decreto-Lei nº 71/2008, de 15 de abril, os seus edifícios ficam excluídos da obrigatoriedade de terem certificação energética.ENCERRADO

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Desenvolvimento e situação atual dos objetivos e programas abertos em 2013 e 2014

ObjetivoReduzir em cerca de 20% os resíduos de lamas de carbonato produzidos na área da Caustificação. Em 2012 produziram-se 39 kg a.s. ptp. Início: março de 2013Prazo: final de 2014

Programa RESLAMASEm 2013 foram produzidos 30 kg a.s. ptp de resíduos de lamas de carbonato, o que representa uma redução de cerca de 23% relativamente ao valor de referência. Esta redução foi conseguida devido a várias otimizações processuais realizadas na instalação da caustificação, nomeadamente a possibilidade de recuperar lamas para fazer a pré-camada do filtro de resíduos de licor verde.ENCERRADO

ObjetivoReduzir para 15 kg a.s. ptp os resíduos de lamas de carbonato produzidos na área da Caustificação. Início: fevereiro de 2014Prazo: final de 2015

Programa RESLAMAS IIEste Programa é o seguimento do Programa RESLAMAS I.No âmbito do Programa C15, uma das instalações a otimizar será a da caustificação, sendo um dos objetivos a atingir, a redução da produção de resíduos de lamas de carbonato.

ObjetivoTem como objetivo principal o aumento da eficiência e da competitividade da empresa. Este projeto terá como consequência um aumento de produção da atual capacidade máxima instalada de 745 500 tpsa (toneladas de pasta seca ao ar) anuais para aproximadamente 800 000 tpsa. Início: julho de 2013Prazo: junho de 2015

Programa PROJECTO C15Foram identificadas algumas áreas de intervenção que a seguir serão descritas sumariamente e que constituem um novo Projeto de Investimento, internamente designado por “Projecto C15”, no valor de 30 milhões de euros, com uma calendarização de atividades ao longo do triénio 2013 – 2015 e conclusão até junho de 2015.

Neste projeto não se prevêem alterações das atuais infraestruturas (rodovias, edifícios, arruamentos) mas tão-somente substituições de equipamentos processuais com vista a:

• Desbloqueio de constrangimentos processuais com consequente aumento marginal da capacidade de produção; • Aumento da disponibilidade e fiabilidade das diversas instalações fabris; • Aumento do rendimento em Madeira do processo.

Serão também incluídas neste projeto as adaptações necessárias às redes de utilidades, nomeadamente redes de água e vapor, assim como da rede elétrica de MT e BT para fazer face às alterações processuais.

O valor estimado deste investimento é, como já referido de 30 milhões de euros, mantendo-se como objetivo, continuar a ter uma fábrica ecologicamente equilibrada, em observância da legislação nacional e comunitária, bem como, a plena concretização das Melhores Técnicas Disponíveis (MTD’s) aplicáveis ao setor de produção de pasta de papel.

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GlossárioACR Aterro Controlado de Resíduos.

AOX Sigla correspondente à designação inglesa de “adsorbable organic halogens”.Parâmetro que serve para avaliar o conteúdo em organo-clorados de um efluente líquido.

Aspetos ambientais diretos Ligados a atividades sobre as quais a Celbi detém o controlo de gestão, podendo, por isso sobre elas exercer diretamente ações de controlo, correção e melhoria.

Aspetos ambientais indiretos Ligados ou resultantes de atividades, produtos e serviços sobre os quais a Celbi não possui inteiro controlo de gestão, podendo apenas sobre elas exercer influência indireta.

a .s. Absolutamente seco.

BT Baixa tensão.

CBO5 Carência bioquímica de oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio recetor, causado pela oxidação bioquímica dos compostos orgânicos.

CELE Comércio Europeu de Licenças de Emissão.

CO Monóxido de carbono.

CO2 Dióxido de carbono.

CQO Carência química de oxigénio. Parâmetro que mede o potencial impacte ambiental de um efluente líquido sobre o meio recetor, causado pela oxidação química dos compostos orgânicos.

EMAS Sigla correspondente à designação inglesa “Environmental Management and Audit Scheme”, cuja tradução em português é Sistema Comunitário de Ecogestão e Auditoria (www.apambiente.pt).

ETAR Estação de Tratamento de Águas Residuais.

EU European Union.

FSC® O Forest Stewardship Council® (FSC)® é uma organização não governamental, internacional e independente, constituída por três câmaras – económica, ambiental e social - que define os Princípios e Critérios FSC® para uma gestão florestal responsável. (www.fsc.org)

GEE Ao contrário do que o nome indica, pegada de carbono não inclui só emissões de dióxido de carbono, mas sim emissões de GEE, calculadas em carbono equivalente. GEE: dióxido de carbono (CO2), metano (CH4), óxido nitroso (N2O), hidrofluorcabonos (HFCs), perfluorcarbonos (PFCs) e hexafluoreto de enxofre (SF6).

GNC Gases não condensáveis.

H2S Sulfureto de hidrogénio. ISO 9001 Norma Internacional que especifica requisitos para um sistema de gestão da qualidade.

ISO 14001 Norma Internacional que especifica requisitos para um sistema de gestão ambiental.

ISO 17025 Norma Internacional que especifica os requisitos gerais de competência para laboratórios de ensaio e calibração.

ISO 50001 Norma Internacional que especifica requisitos para um sistema de gestão da energia.

LER Lista Europeia de Resíduos.

m3 eq. sol. Metro cúbico equivalente sólido. Unidade de medição do volume de madeira sob casca.

Glossárioe Métodos de Cálculo

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MT Média tensão.

N Azoto.

NO2 Dióxido de azoto.

NOx Designação geral dos óxidos de azoto formados durante a queima de um combustível.Pode dar origem a chuvas ácidas e ser responsável pela acidificação dos solos e reservas de água doce.

OHSAS 18001 Norma que especifica requisitos para um sistema de gestão de saúde e segurança do trabalho.

P Fósforo.

PEFC “Programme for the Endorsement of Forest Certification schemes” é um esquema de certificação que pretende assegurar aos compradores de madeira e papel que estão a comprar produtos de gestão florestal sustentável, assente nos pilares social, ambiental e económico.

Pegada de Carbono Entende-se por pegada de carbono da Celbi as emissões de gases com efeito de estufa (GEE), expressas em equivalentes de CO2, associadas ao ciclo de vida (ou parte dele) da pasta de papel que produz.

PNALE Plano Nacional de Licenças de Emissão.

ptp Por tonelada de pasta.

S Enxofre.

s.a. Seca ao ar.

SO2 Anidrido sulfuroso. Gás formado na combustão de combustíveis contendo enxofre.

Por oxidação e reação com a humidade da atmosfera, pode dar origem a chuvas ácidas.

SST Sólidos suspensos totais. Parâmetro que mede a quantidade de materiais sólidos em suspensão num efluente líquido.

TRS Total Reduced Sulfur.

t tonelada.

VMA Valor máximo admissível.

Métodos de CálculoOs indicadores reportados nesta declaração ambiental são calculados em conformidade com o indicado no Regulamento (CE) nº 1221/2009, do Parlamento Europeu e do Conselho, de 25 de Novembro de 2009 (EMAS III).

Cada indicador é composto por:a) o valor correspondente ao impacte anual total (A);b) o valor da produção anual total da organização (B);c) o valor R correspondente ao rácio A/B, ou seja, ao específico do

impacte anual (A).

ContactosSofia Reis JorgeGestora do Departamento de Controlo Técnico e Sistemas de Gestão+351 233 955 [email protected]

Celulose Beira Industrial (Celbi), S.A.Leirosa3081-853 Figueira da FozCAE: C17110

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