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O CORPO MODERNO: 01: 04: 03: Projeto de doutoramento financiado pela FCT (SFRH/BD/89197/2012) © Cesar Biogo Doutoranda: Vanda Figueiredo ([email protected]) Orientadora: Professora Doutora Eunice Ribeiro Instituição: Universidade do Minho Centro de Acolhimento: Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho Referências bibliográficas: . Breton, David Le (1995). Anthropologie du corps et Modernité, Paris: Presses Universitaires de France. . Deleuze, Gilles & Guattari, Félix (2004). O Anti-Édipo: Capitalismo e Esquizofrenia 1, Lisboa: Assírio & Alvim. . Deleuze, Gilles & Guattari, Félix (2007). Mil Planaltos. Capitalismo e Esquizofrenia 2, Lisboa: Assírio & Alvim. . Derrida, Jacques (2010). Memórias de Cego. O auto-retrato e outras ruínas, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian. . Foucault, Michel (2014). As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. Lisboa: Edições 70. . Gil, José (1997). Metamorfoses do Corpo, Lisboa: Relógio D’Água. . Miranda, J.A. Bragança de (2008). Corpo e Imagem, Lisboa: Vega. . Nancy, Jean-Luc (2000). Corpus, Lisboa: Vega. . Nochlin, Linda (1994). The body in pieces. The fragment as a metaphor of modernity, London, Thames & Hudson. . Nietzsche, Friedrich (2007). Assim Falava Zaratustra, Lisboa: Guimarães Editores. . Schopenhauer, Arthur (s/d). O Mundo como Vontade e Representação, Porto: Rés. . Tavares, Gonçalo M. (2013). Atlas do Corpo e da Imaginação, Lisboa: Caminho. . Tucherman, Ieda (2012). Breve história do corpo e de seus monstros, Lisboa: Vega. Sumário: A partir de finais do século XIX, as noções de sujeito e de identidade sofrem uma profunda alteração que se repercute significativamente na forma de interpretar o corpo, tornado, progressiva e enfaticamente, no lugar privilegiado do eu. Assim, pretendemos demonstrar de que modo este entendimento da corporalidade se reflete artisticamente: tornam-se comuns os motivos da dor, da doença, da loucura, da morte; exploram-se as emoções e os sentimentos, os sentidos, os impulsos e os sintomas corporais; repetem-se as figurações de corpos fragmentados ou desmantelados; multiplicam-se as personagens dos duplos e os motivos da máscara e do disfarce, bem como as figuras do clown e do arlequim, dos autómatos, dos manequins ou dos bonecos; abundam imagens ruinosas e vestigiais do corpo. 02: Resultados previstos: É nosso propósito mostrar que, no contexto da renovada conceção da corporalidade que começa a delinear-se na viragem do século XIX para o século seguinte, os artistas fazem do corpo personagem principal das suas obras, exibindo-o, constante e livremente, nas suas dimensões existenciais, em estreita relação com a subjetividade ontológica. Metodologia: Trataremos diacronicamente o tópico do corpo na modernidade artística nacional de finais do século XIX a meados da centúria seguinte. Debruçar-nos-emos sobre as obras selecionadas – poéticas e em prosa, plásticas e visuais – colocando-as em diálogo interartístico, com o intuito de apontarmos os principais pontos de contacto e as principais diferenças entre elas. Simultaneamente, faremos uma pesquisa aturada e uma leitura reflexiva de textos referenciais para o estudo da temática corporal.

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O CORPO MODERNO:

01:

04:

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Projeto de doutoramento financiado pela FCT (SFRH/BD/89197/2012)© Cesar Biogo

Doutoranda: Vanda Figueiredo([email protected]) Orientadora: Professora Doutora Eunice Ribeiro

Instituição: Universidade do Minho

Centro de Acolhimento: Centro de Estudos Humanísticos da Universidade do Minho

Referências bibliográficas:

. Breton, David Le (1995). Anthropologie du corps et Modernité, Paris: Presses Universitaires de France. . Deleuze, Gilles & Guattari, Félix (2004). O Anti-Édipo: Capitalismo e Esquizofrenia 1, Lisboa: Assírio & Alvim.. Deleuze, Gilles & Guattari, Félix (2007). Mil Planaltos. Capitalismo e Esquizofrenia 2, Lisboa: Assírio & Alvim.. Derrida, Jacques (2010). Memórias de Cego. O auto-retrato e outras ruínas, Lisboa: Fundação Calouste Gulbenkian.. Foucault, Michel (2014). As palavras e as coisas: uma arqueologia das ciências humanas. Lisboa: Edições 70.. Gil, José (1997). Metamorfoses do Corpo, Lisboa: Relógio D’Água.. Miranda, J.A. Bragança de (2008). Corpo e Imagem, Lisboa: Vega.. Nancy, Jean-Luc (2000). Corpus, Lisboa: Vega.. Nochlin, Linda (1994). The body in pieces. The fragment as a metaphor of modernity, London, Thames & Hudson.. Nietzsche, Friedrich (2007). Assim Falava Zaratustra, Lisboa: Guimarães Editores.. Schopenhauer, Arthur (s/d). O Mundo como Vontade e Representação, Porto: Rés. . Tavares, Gonçalo M. (2013). Atlas do Corpo e da Imaginação, Lisboa: Caminho.. Tucherman, Ieda (2012). Breve história do corpo e de seus monstros, Lisboa: Vega.

Sumário:

A partir de finais do século XIX, as noções de sujeito e de identidade sofrem uma profunda alteração que se repercute significativamente na forma de interpretar o corpo, tornado, progressiva e enfaticamente, no lugar privilegiado do eu. Assim, pretendemos demonstrar de que modo este entendimento da corporalidade se reflete artisticamente: tornam-se comuns os motivos da dor, da doença, da loucura, da morte; exploram-se as emoções e os sentimentos, os sentidos, os impulsos e os sintomas corporais; repetem-se as figurações de corpos fragmentados ou desmantelados; multiplicam-se as personagens dos duplos e os motivos da máscara e do disfarce, bem como as figuras do clown e do arlequim, dos autómatos, dos manequins ou dos bonecos; abundam imagens ruinosas e vestigiais do corpo.

02:Resultados previstos:

É nosso propósito mostrar que, no contexto da renovada conceção da corporalidade que começa a delinear-se na viragem do século XIX para o século seguinte, os artistas fazem do corpo personagem principal das suas obras, exibindo-o, constante e livremente, nas suas dimensões existenciais, em estreita relação com a subjetividade ontológica.

Metodologia:

Trataremos diacronicamente o tópico do corpo na modernidade artística nacional de finais do século XIX a meados da centúria seguinte. Debruçar-nos-emos sobre as obras selecionadas – poéticas e em prosa, plásticas e visuais – colocando-as em diálogo interartístico, com o intuito de apontarmos os principais pontos de contacto e as principais diferenças entre elas. Simultaneamente, faremos uma pesquisa aturada e uma leitura reflexiva de textos referenciais para o estudo da temática corporal.