cin

cia,

tecn

olog

ia e

inov

ao

A bem da verdade, ainda olhamos com ar de certa desconfiana

quando ouvimos, vemos ou lemos que o status do Brasil, no

concerto das naes, mudou. De pas de Terceiro Mundo at

recentemente, passamos a quase potncia mundial, alinhados

ao sonoro e emergente Brics (sigla para Brasil, Rssia, ndia, China

e frica do Sul a incluso deste recentssima).

E isso no tem nada a ver com o chamado complexo de vira-lata,

que Nlson Rodrigues dizia ser a marca do brasileiro. No, no.

Tem a ver com o cotidiano. Tem a ver com a inflao que teima

em estar de volta , com a falta de lcool e a alta da gasolina, com

a absurda falta de planejamento de nossas cidades (est a Nova

Friburgo como exemplo, e grandes cidades como So Paulo e Rio

de Janeiro, em que os temporais trazem inundaes e lama para

dentro dos bairros desprivilegiados).

E por falar em desprivilegiados, como encarar a situao da sade

e da educao em nosso pas se o programa social de maior

sucesso nos ltimos oito anos foi justamente o Bolsa Famlia?

A pergunta : uma nao com esse tipo de problema pode ser

considerada potncia? A resposta : sim. Pois ao lado de tudo

isso, h inmeros indicadores de que as coisas esto mudando

num ritmo acelerado e para melhor. Temos, por exemplo, o

Pr-Sal e uma agri cultura que j a 3a ou 4a do mundo ou seja,

em termos de commodities, vamos bem. H a projeo de que,

em vinte anos, mais ou menos 60% da energia consumida aqui

ser gerada de fontes renovveis. No s, como o leitor ver

nas cerca de 270 pginas que se seguem.

Cincia, Tecnologia e Inovao o dossi que o leitor tem nas mos.

Foi organizado por um expert no assunto, Carlos Henrique de Brito

Cruz, diretor cientfico da Fapesp. Graas a ele e a colaboradores do

mais alto nvel, nosso primoroso e colossal volume traa um mapa

insuspeito do Brasil do que j e do que poder ser. Desejo a

todos uma excelente leitura desse material imprescindvel para

situar o pas dentro do mundo de hoje.

FRANCISCO COSTA