01aexemplo_de_calculo

download 01aexemplo_de_calculo

of 15

Transcript of 01aexemplo_de_calculo

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    1/15

    8. Exemplo de Clculo (*)

    O exemplo aqui apresentado refere-se ao clculo de galerias em uma

    rea urbana (Figura 9) com as seguintes caractersticas:

    Quadras com largura de 80 m.

    Ocupao das quadras residencial com coeficiente de deflvio C =

    0,60.

    Todas as vias secundrias com largura de 10 m, declividade transversal

    z= 48.

    Lmina d'gua admissvel at a crista do pavimento das ruas. Coeficiente de rugosidade de Manning das sarjetas e pavimentos igual

    a 0,015.

    Equao de chuvas intensas de Florianpolis.

    Perodo de retorno T=4 anos.

    Tempo de entrada inicial te = 10 minutos.

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    2/15

    2

    Para organizao do trabalho de clculo do sistema de galerias, os

    procedimentos podem ser subdivididos em etapas conforme apresentado no

    fluxograma geral apresentado abaixo.

    Identificao da bacia divisor de gua, numeraes das ruas ecruzamentos

    Diviso em sub-bacias identificao e numerao das reas decontribuies, estabelecimento dos

    sentidos de escoamento nas sarjetas

    Capacidades das sarjetas clculo das capacidades admissveis etempos de percurso

    Anlise do escoamentosuperficial

    anlise do escoamento ao longo do

    sistema virio, composies de

    escoamentos

    Pontos crticos pontos baixos, necessidades degalerias

    Rede de galerias alternativas de traado

    Dimensionamento clculo das vazes de projeto,

    verificao das capacidades das

    sarjetas, dimensionamento das

    galerias, clculo de cotas dos P.V.s

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    3/15

    3

    8.1. Identificao da Bacia

    A identificao da bacia implica no traado de seus divisores, de

    forma a destac-la como unidade hidrolgica. No presente exemplo, a

    prpria rea apresentada na Figura 9 constitui-se em uma bacia dedrenagem.

    Para facilidade da organizao de planilhas de clculos, importante

    que se estabelea um sistema de convenes para identificao de ruas e

    cruzamentos. No presente caso, adotou-se as seguintes convenes:

    cruzamento de ruas ou n: 1,2,3, ...i...n

    trecho da rua entre os ns 'p' e 'q': trecho p-q

    rea de contribuio: A1, A2, A3, ...Aj...Am

    8.2. Diviso em Sub-bacias

    A diviso da bacia em reas de contribuio do escoamento

    superficial para as sarjetas realizada conforme anteriormente explicado,considerando-se que a precipitao sobre um lote descarregada na sarjeta

    frente do mesmo. Em outras palavras, uma sarjeta recebe contribuio

    diretamente da quadra a ela adjacente. A representao grfica da diviso da

    bacia em reas de contribuio do escoamento superficial apresentada na

    Figura 10, da qual constam tambm os sentidos de escoamento nas sarjetas.

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    4/15

    4

    Figura 10. Identificao dos elementos do sistema de drenagem.

    8.3. Capacidades das Sarjetas

    As capacidades das sarjetas sero necessrias para verificao da

    necessidade de galerias ao longo das vias.

    A definio da mxima lmina dgua feita em funo do tipo de

    via, da sua largura e declividades transversais da sarjeta e da via. No

    presente caso, tem-se uma via do tipo secundrio para a qual a inundao

    mxima poder atingir a crista do pavimento. Para uma largura B = 10

    metros e declividade transversal nica da sarjeta e da via z=48, tem-se uma

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    5/15

    5

    Tabela 17. Clculo das capacidades das sarjetas.

    trecho CM CJ decliv. Qo vo tp FR 2.Qo.FR

    [m] [m] [m/m] [m3/s] [m/s] [min] [m3/s]

    1-2 38,12 36,53 0,0199 0,406 1,56 0,85 0,80 0,6502-3 36,53 36,80 0,0034 0,167 0,64 2,07 0,50 0,167

    3-4 36,80 37,42 0,0078 0,254 0,97 1,37 0,80 0,406

    4-5 37,42 38,21 0,0099 0,286 1,10 1,21 0,80 0,458

    1-6 38,12 36,79 0,0166 0,372 1,43 0,93 0,80 0,595

    2-7 36,53 34,57 0,0245 0,451 1,73 0,77 0,77 0,695

    3-8 36,80 32,85 0,0494 0,641 2,46 0,54 0,50 0,641

    4-9 37,42 34,63 0,0349 0,538 2,07 0,65 0,67 0,721

    5-10 38,21 37,70 0,0064 0,230 0,88 1,51 0,80 0,368

    6-7 36,79 34,57 0,0278 0,480 1,84 0,72 0,75 0,720

    7-8 34,57 32,85 0,0215 0,423 1,62 0,82 0,79 0,668

    8-9 32,85 34,63 0,0223 0,430 1,65 0,81 0,78 0,671

    9-10 34,63 37,70 0,0384 0,565 2,17 0,62 0,62 0,700

    6-12 36,79 35,26 0,0191 0,399 1,53 0,87 0,80 0,6387-13 34,57 32,38 0,0274 0,477 1,83 0,73 0,75 0,715

    8-14 32,85 33,46 0,0076 0,252 0,97 1,38 0,80 0,403

    9-15 34,63 37,12 0,0311 0,509 1,95 0,68 0,72 0,732

    11-12 37,91 35,26 0,0331 0,525 2,01 0,66 0,69 0,724

    12-13 35,26 32,38 0,0360 0,547 2,10 0,64 0,65 0,711

    13-14 32,38 33,46 0,0135 0,335 1,29 1,04 0,80 0,536

    14-15 33,46 37,12 0,0458 0,617 2,37 0,56 0,54 0,666

    11-16 37,91 36,28 0,0204 0,411 1,58 0,84 0,80 0,658

    12-17 35,26 32,17 0,0386 0,567 2,17 0,61 0,62 0,703

    13-18 32,38 33,21 0,0104 0,294 1,13 1,18 0,80 0,470

    14 19 33 46 37 10 0 0455 0 615 2 36 0 56 0 54 0 664

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    6/15

    6

    8.4. Anlise do Escoamento Superficial

    Para anlise do escoamento superficial ao longo do sistema virio foi

    utilizado o procedimento anteriormente descrito. Na Figura 11 so

    representadas as ligaes entre os ns e na Tabela 18, os resultados dacomposio das contribuies do escoamento aos ns.

    Figura 11. Identificao das ligaes entre os ns do sistema de

    drenagem.

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    7/15

    7

    Tabela 18. . Composio das contribuies do escoamento aos ns.

    n reas diretamentecontribuintes

    ns contribuintes observaes

    1 n inicial

    2 A1, A2

    3 A3

    4 A4

    5 n inicial

    6 A5

    7 A6, A10 2,6

    8 A7, A11, A12, A16 3,9 n cego9 A8, A13, A17 4,10

    10 A9

    11 n inicial

    12 A14, A18

    13 A15, A19, A20, A24 7,14 n cego

    14 A21, A25 15

    15 A26

    16 A22

    17 A23, A27, A28 12,16,18 n cego

    18 A29 19

    19 A30

    20 n inicial

    Para facilitar a organizao dos clculos que sero posteriormente

    elaborados, iniciou-se, nesta mesma fase do trabalho, uma anlise dos

    tempos de concentrao para cada n da malha.

    O tempo de concentrao de um n o tempo que o escoamento leva

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    8/15

    8

    Tabela 19. Anlise dos tempos de concentrao.

    n tempos de concentrao* observaes

    1 n inicial

    2 te1-2

    ; te3-2

    3 te4-3

    4 te5-4

    5 n inicial

    6 te1-6

    7 tc2+tp2-7; tc6+tp6-7

    8 tc3+tp3-8; te7-8; tc9+tp9-8; te14-8 n cego

    9 tc4+tp4-9; tc10+tp10-9; te15-9

    10 te5-10

    11 n inicial

    12 te6-12; te11-12

    13 tc7+tp7-13; te12-13; te18-13; tc14+tp14-13 n cego

    14 tc15+tp15-14; te19-14

    15 te20-1516 te11-16

    17 tc12+tp12-17; tc16+tp16-17; tc18+tp18-17 n cego

    18 tc19+tp19-18

    19 te20-19

    20 n inicial

    * O tempo de concentrao de cada n ser o valor mximo entre as

    alternativas possveis.

    8.5. Pontos Crticos e Rede de Galerias

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    9/15

    9

    Neste exemplo, a alternativa escolhida ser aquela com menor

    volume de escavao para assentamento das galerias em cada trecho.

    Observando a declividade da superfcie em cada trecho, o traado da rede

    dever passar pelos seguintes ns: 8, 14, 13, 18 e 17, conforme apresentado

    na Figura 12.

    Na fase posterior de clculos podero ainda ser identificadas

    necessidades de galerias em outros trechos. O traado final da rede dever

    ser feito somente aps a anlise das alternativas resultantes destes clculos.

    A necessidade obrigatria de galerias em alguns trechos implica em

    reviso da composio dos escoamentos e dos tempos de concentrao,

    incluindo-se os caminhos criados por estas galerias (Tabela 20).

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    10/15

    10

    Tabela 20. Composio das contribuies do escoamento e galerias

    obrigatrias.

    n reasdiretamente

    contribuintes

    nscontribuintes

    montante

    galeriascontribuintes

    tempos de concentrao*

    1 -

    2 A1, A2 te1-2; te3-2

    3 A3 te4-3

    4 A4 te5-4

    5 -

    6 A5 te1-6

    7 A6, A10 2,6 tc2+tp2-7; tc6+tp6-7

    8 A7, A11, A12,A16

    3,9 tc3+tp3-8; te7-8; tc9+tp9-8; te14-8

    9 A8, A13, A17 4,10 tc4+tp4-9; tc10+tp10-9; te15-9

    10 A9 te5-10

    11 -

    12 A14, A18 te6-12; te11-1213 A15, A19, A20,

    A247,14 14-13 tc7+tp7-13; te12-13; te18-13;

    tc14+tp14-13g

    14 A21, A25 15 8-14 tc15+tp15-14; te19-14; tc8+tp8-14g

    15 A26 te20-15

    16 A22 te11-16

    17 A23, A27, A28 12,16,18 18-17 tc12+tp12-17; tc16+tp16-17;

    tc18+tp18-17g18 A29 19 13-18 tc19+tp19-18;tc13+tp13-18g

    19 A30 te20-19

    20 -

    * O tempo de concentrao de cada n ser o valor mximo entre as alternativas possveis.

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    11/15

    11

    Tabela 21. Valores das reas de contribuio.

    n reas diretamentecontribuintes

    A1

    A1

    [Km2]

    ns contribuintes montante*

    A2

    A2

    [Km2]

    A1+A2

    [Km2]

    1

    2 A1, A2 0,00810 0,00810

    3 A3 0,00405 0,00405

    4 A4 0,00405 0,00405

    5

    6 A5 0,00405 0,00405

    7 A6, A10 0,00810 2,6 0,01215 0,020258 A7, A11, A12, A16 0,01620 3,9 0,02430 0,04050

    9 A8, A13, A17 0,01215 4,10 0,00810 0,02025

    10 A9 0,00405 0,00405

    11

    12 A14, A18 0,00810 0,00810

    13 A15, A19, A20, A24 0,01620 7,14g 0,07290 0,08910

    14 A21, A25 0,00810 15,8g 0,04455 0,05265

    15 A26 0,00405 0,00405

    16 A22 0,00405 0,00405

    17 A23, A27, A28 0,01215 12,16,18g 0,10935 0,12150

    18 A29 0,00405 19,13g 0,09315 0,09720

    19 A30 0,00405 0,00405

    20* O ndice g indica presena de galeria

    Antes de passar ao dimensionamento, conveniente condensar e

    rearranjar as informaes apresentadas nas Tabelas 20 e 21 para facilitar os

    clculos.

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    12/15

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    13/15

    13

    Quando a galeria tiver declividade contrria ao trecho de rua, busca-se

    que o valor desta declividade seja tal que a velocidade do escoamento no

    interior da galeria esteja entre os limites 0,75 - 7,00 m/s, evitando-se

    tambm profundidades excessivas para os poos de visita.

    As Tabelas 23 e 24 so planilhas de clculo referentes aodimensionamento das galerias. Ambas as alternativas so possveis; as

    diferenas entre elas so as declividades de assentamento das galerias, os

    dimetros resultantes e consequentemente as profundidades de assentamento

    das galerias e os volumes de escavao. Outras alternativas podem ser

    igualmente solues aceitveis. A definio de uma alternativa deve, neste

    caso, ser baseada em uma anlise dos custos de implantao.

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    14/15

    14

    Clculo da Vazes de Projeto Sarjeta a jusante Dimensionamento das Galerias Poos de Visita

    ponto areas tc i Qp trecho Qadm I tp Igal D Dcom Vp L tp cota de fundo profundidade Volume de

    C.M. C.J. M. J. Escavao

    [Km2] [min] [mm/h] [m3/s] [m3/s] [m/m] [min] [m/m] [mm] [mm] [m/s] [m] [min] [m] [m] [m] [m] [m3]

    3 0,00405 10,00 97,82 0,066 3-8 0,641 0,04937 0,54 no

    4 0,00405 10,00 97,82 0,066 4-9 0,721 0,03488 0,65 no

    6 0,00405 10,00 97,82 0,066 6-7 0,720 0,02775 0,72 no

    10 0,00405 10,00 97,82 0,066 9-10 0,700 0,03838 0,62 no

    15 0,00405 10,00 97,82 0,066 14-15 0,666 0,04575 0,56 no

    16 0,00405 10,00 97,82 0,066 16-17 0,627 0,05138 0,53 no

    19 0,00405 10,00 97,82 0,066 18-19 0,648 0,04863 0,55 no

    2 0,00810 10,00 97,82 0,132 2-7 0,695 0,02450 0,77 no

    12 0,00810 10,00 97,82 0,132 12-17 0,703 0,03863 0,61 no

    7 0,02025 10,77 95,08 0,321 7-13 0,715 0,02738 0,73 no

    9 0,02025 10,65 95,50 0,322 8-9 0,671 0,02225 0,81 no

    8 0,04050 11,45 92,88 0,627 sim 0,0020 769 800 1,02 80 1,31 30,85 30,69 2,00 2,77 267,12

    14 0,05265 12,76 89,17 0,782 sim 0,0035 752 800 1,35 80 0,99 30,69 30,41 2,77 1,97 265,44

    13 0,08910 13,75 86,72 1,288 sim 0,0020 1007 1000 1,18 80 1,13 30,41 30,25 1,97 2,96 315,52

    18 0,09720 14,87 84,23 1,364 sim 0,0025 987 1000 1,32 80 1,01 30,25 30,05 2,96 2,12 325,12

    17 0,12150 15,88 82,22 1,665 - - - - - - - - - - - - - - - -

    Tabela 23. Dimensionamento do sistema de drenagem (alternativa 1).

  • 8/8/2019 01aexemplo_de_calculo

    15/15

    15

    Clculo da Vazes de Projeto Sarjeta a jusante Dimensionamento das Galerias Poos de Visita

    ponto areas tc i Qp trecho Qadm I tp Igal D Dcom Vp L tp cota de fundo profundidade Volume de

    C.M. C.J. M. J. Escavao

    [Km2] [min] [mm/h] [m3/s] [m3/s] [m/m] [min] [m/m] [mm] [mm] [m/s] [m] [min] [m] [m] [m] [m] [m3]

    3 0,00405 10,00 97,82 0,066 3-8 0,641 0,04937 0,54 no

    4 0,00405 10,00 97,82 0,066 4-9 0,721 0,03488 0,65 no

    6 0,00405 10,00 97,82 0,066 6-7 0,720 0,02775 0,72 no

    10 0,00405 10,00 97,82 0,066 9-10 0,700 0,03838 0,62 no

    15 0,00405 10,00 97,82 0,066 14-15 0,666 0,04575 0,56 no

    16 0,00405 10,00 97,82 0,066 16-17 0,627 0,05138 0,53 no

    19 0,00405 10,00 97,82 0,066 18-19 0,648 0,04863 0,55 no

    2 0,00810 10,00 97,82 0,132 2-7 0,695 0,02450 0,77 no

    12 0,00810 10,00 97,82 0,132 12-17 0,703 0,03863 0,61 no

    7 0,02025 10,77 95,08 0,321 7-13 0,715 0,02738 0,73 no

    9 0,02025 10,65 95,50 0,322 8-9 0,671 0,02225 0,81 no

    8 0,04050 11,45 92,88 0,627 sim 0,0080 593 600 1,68 80 0,79 31,05 30,41 1,80 3,05 232,8014 0,05265 12,24 90,56 0,795 sim 0,0050 708 800 1,61 80 0,83 30,41 30,01 3,05 2,37 303,52

    13 0,08910 13,07 88,37 1,312 sim 0,0040 891 900 1,56 80 0,85 30,01 29,69 2,37 3,52 353,40

    18 0,09720 13,93 86,31 1,398 sim 0,0030 963 1000 1,45 80 0,92 29,69 29,45 3,52 2,72 399,36

    17 0,12150 14,85 84,29 1,707 - - - - - - - - - - - - - - - -

    Tabela 24. Dimensionamento do sistema de drenagem (alternativa 2).