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LA NEWSLETTER nümero 2, agosto de 1993. 01M IN EDITORIAL Grandes acontecimentos marcam a ABPMC em 1993! P rimeiramente foi a publicação do primei- ro exemplar de nossa NEWSLETTER que, agora, chega ao scu segundo ntIrnero. E corn novidades! Passarnos a publicar trabaihos que facarn reflcxöes sobre temas atuais na abordagem cognitivo-compo rtamental. Neste mirnero estará sendo discutida a controv6rsia sobre o enfoque cognitivo em psicoterapia. No próximo niimero gostarfamos de contar corn colaboraçöes que discutarn problenias relati- vos ao onsino, formaco e transrnissão do conhecirnonto na abordagem (cognitivo) corn- portamental. segundo grande acontecirnento foi o I ENCONTRO INTERNACIONAL DE PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPOR- TAM ENTAL. Foi urn grande succsso do corn- parecimento e de qualidado das apresentacöes. Provocou tarnbérn excelente divulgação na mIdia, corn intimeras reportagens nas princi- pais redes do tclevisão ejornais do páís, o quo contribui para uma major disscminaçâo de nossa abordagem no Brasil. A presenca no ENCONTRO do renomados pesquisadores e de mernbros representativos da terapia corn- portamental no rnundo permitiu uma major aproximação corn os grandes centros de pes- quisa e alguns resultados concretos. Primeira- mento, corn a presenca no ENCONTRO de iniirncros assocjados, em sua major parte do fora do Rio do Janoiro, pudernos estabelecer urn contato mais próxirno e tcr uma radiografia mais exata da situação da terapia comporta- mental no Brasil. A propósito, muito confor- tadora. A seguir, a ABPMC foi ofjcjalmente reconhccjda pela ALAMOC, atrav4s do scu presidente, Rafael Navarro, presente ao EN- CONTRO, como entjdade representativa da abordagem comportarnental no Brasil e scu presidente tornou-se o seu representante ofi- cial. Em terceiro lugar, o Dr. David Barlow, da State University of New York at Albany, respeitado como a rnaior autoridade mundial em ansicdado, suas dcsordcns e tratamentos, honrosamente concordou em presidir o Corni- tê CientIfico do Congresso Mundial de Terapia Comportamental que a ABPMC tenta captar para o Brasil. Conseguirnos urn estreitarnento das rclaçöes corn associacôes conginercs como a espanhola (AETC) e a argentina (AAPMC) e a latino americana (ALAMOC). Em jantar de confraternizaçào, estabelecernos arnistoso contato corn o presidente da Associa- cão Francesa de Terapia Comportamental, Dr. Patrick Legeron, corn os Drs. Adriano Vaz- Serra o Pinto Gouveia, da Associacao Portu- guesa o corn a Dra. Jerilyn Ross, presidente da Associação Americana do Desordens da An- sicdade. Finalrnente, o Dr. Joseph Wolpe, o criador da terapia comportamental, nos deu a grata surprcsa do comparecer ao ENCONTRO foi justatnonto homonageado corn intensa o domorada salva do palmas. terceiro grande acontecimento 6 a rcalizacao do II ENCONTRO BRASILEIRO DE PSI- COTERAPIA E MEDICINA COMPORTA- MENTAL, a ser rcalizado nos dias 17, 18 e 19 de setembro, em Campinas, SP. A ABPMC, espeihando a confiança do scus só- cios, corncça a tornar habitual a realização de Encontros Nacionais e confirma sua inteno do ser nacional, pela rcalizacão do Encontro em outra cidade e outro estado. Esporarnos dcli- fir, na Assernbléia Ordinária da ABPMC, durante o II ENCONTRO, o local, a data e o Cornitê Organizador do III ENCONTRO. Que os interessados candidatern-se! Fnalrncnte, a ABPMC passari em 1993 pela afirrnacão do sua continuidade institucional. Como uma entidade democrática, roalizará suas eleicôes para a nova Diretoria o para o novo Conseiho Consultivo. Na Assembléia Ordinária da ABPMC, durante o II ENCON- TRO, seräo homologadas as chapas em dispu- ta e, posteriormente, as eleicöes se processarão, via correio - para que todos os socios possarn votar -. no periodo entro o final do II ENCONTRO e a data da posse da nova Diretoria, em 4 do novembro. Inccntivamos que grupos intcressados na condução da traje- tória da ABPMC se organizem e proponharn suas chapas, corn respoetivas plataformas, para que toda divulgaçao possa ser dada a cada urna, corn o objetivo do realizar a succssão da forma mais transparente e democrática possI- vel - Este 6 o i.iltimo ntirnero da NEWSLETTER que ostará sob a responsabilidade da atual Diretoria e do atual Conseiho Consultivo. Gostarlamos de aproveitar o ensejo para agra- decer todo o apoio recebido dos associados, rnatcrializado na própria existência da ABPMC, através do suas realizaçôos. Consi- deramos o saldo extrornarnonte positivo o cs- taromos dando toda a forca para que a nova Diretoria consiga avançar ainda mais em levar a abordagem comportarnental, atravós da ABPMC, A insero cia que mereco em nossa sociodado. Incentivamos aos dernais associa- dos para que continuem a prostigiar a ABPMC corn a renovação do sua inscricão em cada ano, eonsigarn novas adesöes do sócios e a pro- mover eventos em suas cidades - corn o apoio da ABPMC - para que todos sintam a ABPMC como cIa é : Viva! II ENCONTRO BRASILEIRO DE PSICOTERAPIA E MEDICINA COMPORTAMENTAL Campinas, SP, dias 17, 18 e 19 de setembro de 1993 PROGRAMA 17 de setembro, Sexta-Feira 08:00 - ABERTURA - Profa, GLORIA ELISA B. P. von BUETTNER Diretora do instituto de Psicologia, PUC- CAMP Prof. BERNARD RANGE Presidente da ABPMC / PUC-RJ 08:30 - MESA REDONDA: QUALIDADE DE VIDA E SOBREVIVENCIA c00RDENAçAO: Profa. MALI DE- LITTI, PUC/SP AIDS: TRATAMENTO EM INSTITUI- çAo Profa. DIANA TOSTELLO LA- LONI, PUCCAMP MODELO DE TRATAMENTO COM- PORTAMENTAL DO STRESS Profa. MARILDA E. NOVAES LIPP, PU CCAM P PROPOSTA PARA TRATAMENTO DE DROGADOS EM CLINICA ~IT MINC - kO B RAI S I LEIR4 DE PSCOTE F DCNk COVPOAVENT/L

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LA

NEWSLETTER nümero 2, agosto de 1993. 01MIN

EDITORIAL

Grandes acontecimentos marcam a ABPMC em 1993!

P rimeiramente foi a publicação do primei- ro exemplar de nossa NEWSLETTER

que, agora, chega ao scu segundo ntIrnero. E corn novidades! Passarnos a publicar trabaihos que facarn reflcxöes sobre temas atuais na abordagem cognitivo-compo rtamental. Neste mirnero estará sendo discutida a controv6rsia sobre o enfoque cognitivo em psicoterapia. No próximo niimero gostarfamos de contar corn colaboraçöes que discutarn problenias relati-vos ao onsino, formaco e transrnissão do conhecirnonto na abordagem (cognitivo) corn-portamental.

segundo grande acontecirnento foi o I ENCONTRO INTERNACIONAL DE PSICOTERAPIA COGNITIVO-COMPOR-TAM ENTAL. Foi urn grande succsso do corn-parecimento e de qualidado das apresentacöes. Provocou tarnbérn excelente divulgação na mIdia, corn intimeras reportagens nas princi-pais redes do tclevisão ejornais do páís, o quo contribui para uma major disscminaçâo de nossa abordagem no Brasil. A presenca no ENCONTRO do renomados pesquisadores e de mernbros representativos da terapia corn-portamental no rnundo permitiu uma major aproximação corn os grandes centros de pes-quisa e alguns resultados concretos. Primeira-mento, corn a presenca no ENCONTRO de iniirncros assocjados, em sua major parte do fora do Rio do Janoiro, pudernos estabelecer urn contato mais próxirno e tcr uma radiografia mais exata da situação da terapia comporta-mental no Brasil. A propósito, muito confor-tadora. A seguir, a ABPMC foi ofjcjalmente reconhccjda pela ALAMOC, atrav4s do scu presidente, Rafael Navarro, presente ao EN-CONTRO, como entjdade representativa da abordagem comportarnental no Brasil e scu

presidente tornou-se o seu representante ofi-cial. Em terceiro lugar, o Dr. David Barlow, da State University of New York at Albany, respeitado como a rnaior autoridade mundial em ansicdado, suas dcsordcns e tratamentos, honrosamente concordou em presidir o Corni-tê CientIfico do Congresso Mundial de Terapia Comportamental que a ABPMC tenta captar para o Brasil. Conseguirnos urn estreitarnento das rclaçöes corn associacôes conginercs como a espanhola (AETC) e a argentina (AAPMC) e a latino americana (ALAMOC). Em jantar de confraternizaçào, estabelecernos arnistoso contato corn o presidente da Associa-cão Francesa de Terapia Comportamental, Dr. Patrick Legeron, corn os Drs. Adriano Vaz-Serra o Pinto Gouveia, da Associacao Portu-guesa o corn a Dra. Jerilyn Ross, presidente da Associação Americana do Desordens da An-sicdade. Finalrnente, o Dr. Joseph Wolpe, o criador da terapia comportamental, nos deu a grata surprcsa do comparecer ao ENCONTRO

foi justatnonto homonageado corn intensa o domorada salva do palmas.

terceiro grande acontecimento 6 a rcalizacao do II ENCONTRO BRASILEIRO DE PSI-COTERAPIA E MEDICINA COMPORTA-MENTAL, a ser rcalizado nos dias 17, 18 e 19 de setembro, em Campinas, SP. A ABPMC, espeihando a confiança do scus só-cios, corncça a tornar habitual a realização de Encontros Nacionais e confirma sua inteno do ser nacional, pela rcalizacão do Encontro em outra cidade e outro estado. Esporarnos dcli-fir, na Assernbléia Ordinária da ABPMC, durante o II ENCONTRO, o local, a data e o Cornitê Organizador do III ENCONTRO. Que os interessados candidatern-se!

Fnalrncnte, a ABPMC passari em 1993 pela afirrnacão do sua continuidade institucional. Como uma entidade democrática, roalizará suas eleicôes para a nova Diretoria o para o novo Conseiho Consultivo. Na Assembléia Ordinária da ABPMC, durante o II ENCON-TRO, seräo homologadas as chapas em dispu-ta e, posteriormente, as eleicöes se processarão, via correio - para que todos os socios possarn votar -. no periodo entro o final do II ENCONTRO e a data da posse da nova Diretoria, em 4 do novembro. Inccntivamos que grupos intcressados na condução da traje-tória da ABPMC se organizem e proponharn suas chapas, corn respoetivas plataformas, para que toda divulgaçao possa ser dada a cada urna, corn o objetivo do realizar a succssão da forma mais transparente e democrática possI-vel -

Este 6 o i.iltimo ntirnero da NEWSLETTER que ostará sob a responsabilidade da atual Diretoria e do atual Conseiho Consultivo. Gostarlamos de aproveitar o ensejo para agra-decer todo o apoio recebido dos associados, rnatcrializado na própria existência da ABPMC, através do suas realizaçôos. Consi-deramos o saldo extrornarnonte positivo o cs-taromos dando toda a forca para que a nova Diretoria consiga avançar ainda mais em levar a abordagem comportarnental, atravós da ABPMC, A insero cia que mereco em nossa sociodado. Incentivamos aos dernais associa-dos para que continuem a prostigiar a ABPMC corn a renovação do sua inscricão em cada ano,

eonsigarn novas adesöes do sócios e a pro-mover eventos em suas cidades - corn o apoio da ABPMC - para que todos sintam a ABPMC como cIa é : Viva!

II ENCONTRO BRASILEIRO DE PSICOTERAPIA E MEDICINA COMPORTAMENTAL

Campinas, SP, dias 17, 18 e 19 de setembro de 1993 PROGRAMA

17 de setembro, Sexta-Feira

08:00 - ABERTURA -

Profa, GLORIA ELISA B. P. von BUETTNER Diretora do instituto de Psicologia, PUC-CAMP Prof. BERNARD RANGE Presidente da ABPMC / PUC-RJ

08:30 - MESA REDONDA: QUALIDADE DE VIDA E SOBREVIVENCIA

c00RDENAçAO: Profa. MALI DE- LITTI, PUC/SP AIDS: TRATAMENTO EM INSTITUI- çAo Profa. DIANA TOSTELLO LA-

LONI, PUCCAMP MODELO DE TRATAMENTO COM-PORTAMENTAL DO STRESS Profa. MARILDA E. NOVAES LIPP, PU CCAM P PROPOSTA PARA TRATAMENTO DE DROGADOS EM CLINICA

~ITMINC-kO BRAISILEIR4 DE PSCOTE F DCNk COVPOAVENT/L

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19 de setembro, domingc 10:30 - PALESTRA: PSICOTERAPIA E PSICOFARMACOLOGIA: RELAcOES E C0NTRADIcOES,

Dr. ISAAC GERMANO KARNIOL, UNICAMP

11:30 - PALESTRA: MODELO DE ANA-LISE COMPORTAMENTAL DOS SO-NHOS,

Prof. HLIO JOSÉ GUILLARDI, IAC-CAM P/PU CCAMP

12:30 - ENCERRAMENTO

08:30 - MESA REDONDA: COORDENAçAO: Profa. RAQUEL R. KERBAUY, USP/SP PSICOFARMACOLOGIA DA DE-PRESSAO Dr. REINALDO DE LUCCA, CAMP!-NAS DOENA DO PANICO Dr. TAKI ATHANASSIOS CORDAS, AMBAN/IP HC USP-SP BULIMIA E ANOREXIA Dr. WALTER JosÉ MINICUCCI, UNICAMP

10:00 - INTERVALO

LOCAL: ANFITEATRO DA FACULDADE DE CINECIAS

TECNOLOG!CAS (SEMINARIO PUCCAMP)

RUA WALDEMAR CESAR SILVE!RA 105, SWIFT - CAMPINAS, SP

REALIZAcAO: Assoc!AcAo BRAS!LEIRA DE PSICOTEPAPIA

MEDICINA COMPORTAMENTAL ORGANIZAcAO:

INSTITUTO DE ANALISE DO COMPORTAMENTO

APOJO: INSTITUTO DE PSICOLOGIA, PUCCAMP

Profa. MARIA BEATRIZ B. P. MADI, IA C-CA NI P

10:00 - INTERVALO

10:30 - PALESTRA: BF;IIAvIoRIsMo METODOLOGICO E BELIAVIORISMO RADICAL

Profa. MARIA AMELIA MATOS, USP 11:30 - PALESTRA: INTERAcAO MEDICO-PSICOLOGICA NA CIRUR-GIA PLASTICA Dr. CASSIO RAPOSO DO AMARAL, UN ICAMP/SOBRAPAR/PUCCAMP

12:30 - ALMOO

14:00 - MESA REDONDA: FANTASIA, INSTRUMENT() DE DIAGNOSTICO E TRATAMENTO

COORDENAcAO: Profa. JAIDE RE-GRA NALIM, UMC/USF - ITATIBA FANTASIA NA TERAPIA COMPOR-TAMENTO Psic. ALZIRA A. R. POLl BERNAR-DES, CURITIBA FANTASIA NA TERAPIA COMPOR-TAMENTAL COGNITIVA Psic. DARCY CORAZZA, SÃO PAU-LO FANTASIA NO BEHAVIORISMO RA-DICAL Prof. ROBERTO BANACO, PUC/SP

15:30 - INTERVALO

16:00 - MESA REDONDA: COMPORTA-MENTO E SA(JDE

COORDENAcÃO: Profa. VERA L. A. RAPOSO DO AMARAL, PUC- CAMP - PROBLEMAS GASTRO-INTESTI-NAIS Dr. JOSE ALFREDO DOS REIS NETO, PUCCAMP SINDROME PRE-MENSTRUAL Dr. RICARDO BARINI, UNICAMP PROBLEMAS RESPIRATORIOS Dra. ILMA APARECIDA PAS-CHOAL, UNICAMP

17:30 - ASSEMBLIA ORDINRIA DA AB PMC

2030 - COQUETEL

18 de setembro, sábado 08:30 - MESA REDONDA: DIFICULDA- DES NA FOR MACAO DO TERAPEUTA COMPORTAMENTAL

c00RDENAcA0: MARIA ZILAH DA SILVA BRANDAO, UEL FORMAcAO DO TERAPEUTA: PRO-BLEMAS TECNICOS, ACADEMICOS E POLITICOS - Prof. SILVIO PAULO BOTOME, UFSCAR

A PRATICA COM ALUNOS DE GRADUAcAO E P6s-GRADUAcA0 Profa. EDWIGES FERREIRA DE MATTOS SILVARES, USPISP PROPOSTAS PARA 0 DESENVOLVI-MENTO PESSOAL DO TERAPEUTA - Profa. VERA OTERO, USP/RP

10:00 - INTERVALO

10:30 - PALESTRA: POR QUE SOU TE-RAPEUTA COMPORTAMENTAL COO-NITIVO?

Prof. BERNARD RANGE, PUC/RJ

11:30 - PALESTRA: POR QUE SOU BE-HAVIORISTA RADICAL

Profa. TEREZA MARIA PIRES sf RIO, PUC/SP

12:30 - ALMOO

14:00 - MESA REDONDA: ENVELHECI-MENTO: PROJETOS DE VIDA PES-SOAL E FAMILIAR

COORDENAcAO: Profa. ANITA LI-BERALESSO NERI, UNICAMP DEPRESSAO E ANSIEDADE GERIA-TRICAS Dr. EVANDRO GOMES DE MATOS, UNICAMP TERAPIA COMPORTAMENTAL PROBLEMAS DO ENVELHECIMEN-TO - Profa. SOFIA HELENA DI NUC-CI, PUCCAMP A FAMILIA E 0 DOENTE DE ALZE-H ElMER Psic. LORNA A. G. CASTRO PE-TRILL!, IAC-CAMP.

15:30 - INTERVALO

16:00 - MESA REDONDA: TERAPIAS COMPORTAMENTAIS E SUBJETIVI-DADE

COORDENAcAO: Profa. MARIA LUIZA GUEDES, PUC/SP CONSTRUcAO DA SUBJETIVIDA-DE Profa. TEREZA MARIA PIRES SIRIO, PUC/SP RELATO VERBAL NUMA PERSPEC-TIV.A SKINNERIANA Prof. JULIO CEZAR DE ROSE, UFS-CAR MODELO DE sELEcAO POR CON-SEQUENCIA E SUBJETIVIDADE Profa. MARIA AMLIA ABIB ANDE-RY, PUC/SP

17:30 - REUNIAO DOS INTERESSADOS EM ANALISAR A F0RMAçA0 DO TE-RAPEUTA COMPORTAMENTAL

COORDENAO: Prof. HELlO JosE GUILLARDI, IAC-CAMP/PUCCAMP

RELAçAO DE LIVROS DA ABPMC DISPONfVEIS PARA Os SOCIOS FISH MAN ,D.B.; FRANKS,C.M .(EDS). vior Therapy, Present York: Springer, 1988.

FRANKS,C.M.; WILSON,C.T.; KEN-DALL,P.C.; FOREYT,J.P. Review of Beha-vior Therapy, Theory and Practice (volume 12). New York: Guilford, 1990.

MASER,J.D. & CLONINGER, C.R. (EDS.). Comorbidity of Mood and Anxiety Disorders. Washington, D.C.: American Psy-chiatric Press, 1990.

RACHMAN,S. Fear and Courage. New York: W.H.Freeman, 1990 (2nd ed.).

SHERIDAN,C.L. & RADMACHER,S.A. Health Psychology, Challenging the Biomedi-cal Model. New York: Wiley, 1992.

PHILLIPS, H. C. The Psychological Manage-ment of Chronic Pain, A Treatment Manual. New York: Springer, 1988.

TUNKS,E. & BELLISSIMO,A. Behavioral Medicine, Concepts and Procedures. New York: Pergamon, 1991.

MILLER,W.R. & ROLLNICK,S. Motivatio-nal Interviewing, Preparing People to Change Addictive Behavior. New York: Guilford, 1991.

MONTI,P.M.; ABRAMS,D.B.; KAD-DEN,R.M.; COONEY,N.L. Treating Alcool Dependence, A Coping Skills Training Guide. New York: Guilford, 1989.

ROTG ERS , F.; WILSON ,P.H.(ED.).Principles and Practice

Paradigms in Beha- of Relapse Prevention. New York: Guilford,

and Promise. New 1992.

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WINCZE, J.P. & CAREY,M.P. Sexual Dys- PERSONS,J.B. Cognitive Therapy in Practi- function, A Guide for Assessment and Treat- ye, A Case Formulation Approach. New ment. New York: Guilford, 1991. York: W.W.NORTON, 1989.

BEACH,S.R.H.; SANDEEN,E.E.; O'LEA-RY,K.D. Depression in Marriage, A model for Etiology and Treatment. New York: Guil-ford, 1990.

GRAY,J.A. The Psychology of Fear and Stress. Cambridge: Cambrige University Press, 1987 (2nd ed.)

NEZIROGLU,F. & YARYURA-TO-BIAS,J.A. Over and Over Again, Under-standing Obsessive-Compulsive Disorder. Lexington,Mass.: Lexington Books, 1991.

RAPOPORT,J.L. 0 Menino que Não Conse-guia Parar de se Lavar, Experincia e Trata-mento do Distdrbio Obsessivo-Compulsivo. Rio: Edit. Marques Saraiva, 1990.

AMERICAN PSYCHOLOGIST. Reflections on B.F.Skinner and Psychology. November 1992.

MAHONEY,M.J. Human Change Processes, The Scientific Foundations of Psychotherapy. New York: Basic Books, 1991.

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MICHELSON,L. & ASCHER,L.M.. Anxie-ty and Stress Disorders. New York: Guilford, 1987.

BARLOW,D.H. & CERNY,J.A. Psychologi-cal Treatment of Panic. New York: Guiford, 1988.

SAFRAN,J.D. & SEGAL,Z.V. Interpersonal Process in Cognitive Therapy. New York: Basic Books, 1990.

SCOTT,J.; WILLIAMS,J.M.G.; BECK,A.T. Cognitive Therapy in Clinical Practice, An Illustrative Casebook. London and New York: Routledge, 1989.

BECK,A.T.; EMERY,G.; GREEN-BERG R.L. Anxiety Disorders and Phobias, A Cognitive Perspective. New York: Basic Books, 1985.

BECK,A.T.; FREEMAN,A. & ASSOCIA-TES. Cognitive Therapy of Personality Disor-ders. New York: Guilford, 1990.

BECK,A.T. Cognitive Therapy and the Emo-tional Disorders. New York: Meridian, 1979.

BECK,A.T. Love is Never Enough. New York: Perennial Library (Harper & Row), 1989.

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GOLDSTEIN,A. & FOA,E.(EDS.). Hand-book of Behavioral Interventions. New York: Wiley, 1980.

MAI-IONEY,M.J. Cognition and Behavior Modification. Cambridge, Mass.: Ballinger, 1974.

BANDURA,A. Principles of Behavior Modi-fication. New York: Holt, 1969.

THORPE,G.L. & BURNS,L.E. The Agorap-hobic Syndrome. New York: Wiley, 1983.

WOLPE,J. Psychotherapy by Reciprocal In-hibition. Stanford, Calif.: Stanford University Press, 1958.

LAZARUS,A.A. Behavior Therapy and Beyond. New York: McGraw- Hill, 1971.

ULLMANN,L.P. & KRASNER,L. A Psy-chological Approach to Abnormal Behavior. New York: Prentice-Hall, 1969.

YATES,A.J. Behavior Therapy. New York: Wiley, 1970.

TURKAT,I .D. Behavioral Case Formulation. New York: Plenum, 1985.

BEECH,H.R.; BURNS,L.E.; SHEF-FIELD,B.F. A Behavioural Approach to the Management of Stress. New York: Wiley, 1982.

TURNER,S.M.; CALHOUN,K.S.; ADAMS,H.E.(Eds.) Handbook of Clinical Behavior Therapy. New York: Wiley, 1992.

KOHLENBERG,R.J. & TSAI,M. Functional Analytic Therapy. New York: Plenum Press, 1991.

HAYES, S.C. (Ed.). Rule-Governed Beha-vior: Cognition, Contingencies, and Instruc-tional Control. New York: Plenum Press: 1989.

Solicitarnos aos associados que queiram cola-borar que envietn relacöes de Iivros de sua propriedade que considerem poder ser titeis e de interesse aos sácios da ABPMC para que possam figurar desta lista. Os sócios intcres-sados em ter acesso aos livros ou parte deles devem procurar a Diretoria da ABPMC.

FORUM DE DEBATES BEHAVIORISMO RADICAL X TERAPIA COGNITIVA: ASPECTOS DA CONTROVERSIA

TERAPIAS COGNITIVO-COMPORTAMENTAL E BEHAVIORISTA RADICAL: SAO DIFERENTES? Eliane Falcone

UERJ

A terapia comportamental parece estar atualmentc dividida em duas posicôcs:

urns é defendida por aqueles que considerarn estudo de processos cognitivos urn avanço

enriquecedor para a abordagern comporta-mental tradicional aos problemas humanos (Dobson & Block, 1988: Freeman, Prctzner, Fleming & Simon, 1990; Hawton, Salkovskis, Kirk & Clark, 1989) e outra, rcprcscntada por autorcs de tradicão Skinneriana, entende que

enfoque cognitivo descaractcriza o modelo comportamental em suas bases filosóficas e teóricas (Thyer, 1992; Hayes, 1987; Alvarez, 1991). Os rcpresentantes da primeira posicão costumarn ser chamados de cognitivo-compor-tatnentaLs e os da segunda de beliavioristas radica is. Embora ambos os enfoques apresentem argu-mentaçöes coerentes corn os seus modelos ao apontarem as suas difcrenças, tais diferencas parecem ser mais evidentes no piano filosófico do que no teórico e incxistentes na prática elInica atual. Este artigo busca levantar algu-

mas questes neste scntido. Antes, por6m, tor-na-sc necessária uma breve explanação sobre os enfoqucs cognitivo-comportamental e beha-viorista-radical.

O final da d6cada de 60 foi marcado pelo surgimento de insatisfaçöes corn a terapia comportamental tradicional, por esta não con-siderar os fatores cognitivos como imprescin-dIveis para compreensão e tratamento mais abrangentes de problemas clmnicos mais corn-plcxos, tais cotno desordens de ansiedade e depressão. Além dos estudos de Bandura so-bre aprendizagem vicária e auto-cficcia, que contribuiram para o desenvolvimento de pes-quisas na area de cognicão, modelos de trata-mento tais como Terapia Racional Emotiva de Ellis, o Trcino Auto-Instrucional de Mei-chenbaum e a Terapia Cognitiva da Depressão de Beck foram se dcsenvolvendo c gerando interesses entre os profissionais do, oricntação comportamental (para uma leitura mais deta-lhada destc assunto, vcr Mahoney, 1974; Dob-son & Block, 1988; Hawton, Salkovskis, Kirk

& Clark, 1989). 0 avanco das pcsquisas que incorporam processos cognitivos aos modelos comportamentais conquistaram urn mimero cada vcz maior de adeptos (Dobson & Block, 1988) gerando o que mais tarde foi chamado por Mahoney dc" rcvoluçao cognitiva" (Ma-honey 1988, p.357 e 358). Atualmente, trata-mento cognitivo-comportamental é utilizado na maioria das desordens encontradas na prá-tica psiquitrica (Hawton, Salkovskis, Kirk & KIak, 1989) e 6 o tratamento padrão utilizado internacionalmentc, como se viu no tiltimo Congresso Mundial de Psiquiatria, no Rio de Janeiro, emjunho.

A terapia cognitivo-comportamental considera que os problemas psicológicos podem ser compreendidos em termos de sistemas de res-postas interrelacionados: o cognitivo, afetivo/ fisloldgico e o comportamental. 0 modo como urns pessoa percebe o ambiente a sua volta (reacao eognitiva) 6 seletivo e depende de urn conjunto de rcgras c crencas adquiridas no desenvolvimerito desta pessoa. As reaçöes

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cognitivas influenciarn e são influenciadas pc. las rcaçöcs afetivas, fisiológicas c comporta-mentais. Assim, nas desordcns de ansiedade c na depressao, o indivIduo percebe eavalia a situação de forrna distorcida, tendenciosa (dis-torção cognitiva), propiciando a ocorréncia de afetos desagradáveis (angtistia, desânimo, etc.), de reaçöes fisioldgicas correspondentes (sudorese, taquicardia, tonteira, fraqueza, etc.) e de cornportamcntos bloqueio, colapso, tremor, fuga, evitacão, etc.), que acabarn con-firmando as hipóteses negativistas acerca da situacão e da auto-imagem (para meihor corn-preensão deste assunto, ver Dc Rubeis & Beck, 1988; Beck, Rush, Shaw & Emery, 1982; Beck & Emery, 1985; Dobson & Block, 1988; Hawton, Salkovskis Kirk & Kiark, 1989; Freeman, Pretzncr, Fleming & Simon, 1990).

Behavioristas radicais consideram que a as-cendência da análise cognitiva na abordagern comportamcntal , 0 em partc, atribuIda a difi-culdade corn que terapeutas do comportarnen-to lidarn corn o behaviorismo e corn as suas bases teóricas. Alérn disso, os princIpios corn-portamentais mais conhecidos surgirarn de cx-perimentos corn anirnais, que são diferentes de seres humanos, fazendo corn que muitos te-rapeutas cornportarnentais se tornasscrn cog-nitivos. Ernboras as difcrencas entre animals e seres hurnanos constitufsscrn urn problerna a ser resolvido no estudo do comportarnento, a soluçao encontrada por estes terapeutas foi crrada (Hayes, 1987).

0 behaviorismo radical tern sido confundido corn o behaviorismo mctafisico de Watson (Hayes. 1987; Thyer, 1992), que é tarnbém rnonista, mas exclul o mundo privado, uma vez que este não 6 publicamente observável. Contrários a csta posicão, os behavioristas radicais seguern a linha Skinneriana, que ad-mite o estudo cientIfico de fenôrnenos priva-dos. Assirn, '... pensamentos não são substancialmentc diferentes em virtude de sua natureza privada. Eles podern ter propriedades especiais porque são verbais, mas ainda são cornportarnentos" (Hayes, 1987, p. 330). Corn base nests proposição os behavioristas radicais encontraram uma forms de cstudar as reaçöes hurnanas fazendo uma distusção entre pdblico e privado, cm vez de fIsico c mental, considerando esta tiltirna como falsa e dualista (para urns revisão mais detalhada do assunto, ver Hayes, 1987).

Mantendo a énfase na determinaçao ambien-tal, os behavioristas radicais procuram corn-prender as contingéncias que apóiarn a relação entre pensarnentos e outras forrnas de

.açào humana, através do estudo do cornporta-mento controlado por regras ou controle ver-bal (Hayes, 1987; Alvarez, 1991). Deste modo, regras verhais produzidas pela cornu-nidade social-verbal influenciam outras for-mas de ado humans (Hayes, 1987). As irnphcaçöes clInicas desta proposição rcfe-rem-se a possIvel distorção verbal que urn indivIduo pode ter da realidade e de si mesmo,

a partir de controle instrucional generalizado, mostrando efcitos nocivos no comportarnento, mesrno quando as contingéncias são contacta-das (Hayes, 1987; Alvarez, 1991). Isto 6 "tra-dicionairnente entendido como distorcao cognitiva' (Alvarez, 1991, p. 77) . "A rees-truturação cognitiva, por sua vez, seria reco-nhecida como uma forms de rnodificaçao de conduta verbal" (Hamiltan, 1988; Hayes, Kohlenberg e Melacon, 1989, in Alvarez, 1991, p. 77). Hayes apresenta urn belIssirno modelo de tratamento denominado 'distancia-mento compreensivo', que "trancende as dis-tinçöes entre terapis cognitiva e terapia comportamental, na medida em que 6 urn mo-delo racionalizado comportamentalmente, po-dendo incorporar ambos os conjuntos de técnicas" (Hayes, 1987, p. 342).

Corn base no que foi visto ate agora, urns diferença entre cognitivistas e behavioristas parece estar no nivel de rigor cientifico que perrneia os conceitos tedricos de ambos os cnfoques. Pars os behavioristas radicais, acci-tar o uso da palavra "cognicão" seria aderir a urns postura dualista, o que constituiria urn s6rio problema rnetodológico. Deste modo, a referSncia as reaçöes cognitivas como 'corn-portarnentos encobertos' foi uma estrat6gia brilhante que estendeu o rnodclo operante compreensão de fenômenos mais complexos. Cognitivistas-comportamentajs tarnb6m con-sideram as cogniçöes como urn sisterna de respostas, mas não de urns forms tao compro-rnissada corn contingências c corn termos pre-cisamcnte irnpostos. Embora prcocupados corn validade empirica e expressão de concei-tos operacionais, des não são tao rigorosos do ponto de vista cientIlico.

Behavioristas radicais costumam ser bern mais flexfvcis na aplicaçao de técnicas tcrap6uticas do que na construção de suas teorias ao ado-tarem urn ecletisrno tCcnico assumido. 0 mo-delo de tratarnento de Hayes citado neste artigo constitui urns ilustraçao dcste tipo de intervencão, principalmente pela inclusão de procedimentos da gestalt-terapia. Talvez este ccletisrno técnico seja urns forms de suprir as limitaçöes irnpostas pelo rigor rnetodoldgico do behaviorismo radical.

Outra diferença encontrada entre cognitivistas e behavioristas está na énfase dada as contin-géncias ambientais e as cogniçöes. Enquanto o prirneiro grupo busca encontrar crenças sub-jacentes para entender de que maneira as rca-cöes cognitivas influenciadas pelas afetivas/fisiológicas e comportamentais, o se-gundo procura saber que tipos de contingên-cias lcvariarn urn cdrnportarnento a ocorrer e a influenciar outro comportsmento. Deste modo, behavioristas radicais enfatizam a de-terminação ambiental na compreensão dos comportamentos (abertos e encobertos) do in-divfduo, enquanto cognitivo-comportamentais priorizam os processos cognitivos, conside-rando que o homem reage a urn arnbiente percebido e não a urn ambiente real.

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Possiveirnente outras diferencas senam apon-tadas nestc texto, caso houvesse mais espaço. Cabcria aqui levantar algumas questöes, que ficarão em aberto para o leitor refletir a res-peito: seriarn as diferencas entre abordagens cognitivo-cornportamcntais e behavioristas ra-dicais tao significativas a ponto de estas se excluIrem na comprccnsão e tratarnento de problemas clfnieos? Não seria natural a ocor-rência de diferentes posturas dentro de uma rnesrna abordagem, em função do crescimento desta? A "disputa" entre estes dois enfoques não deveria ser considerada positiva para o desenvolvirnento de ambos?

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Os LIMITES DAS PROPOSTAS ANTI-MENTALISTAS BEHAVIORISTAS

A critica as práticas behavioristas requer, antes de tudo, uma análise da fidelidade

c consistência de seus enfoques tcóricos corn relacão a seus propósitos originais. E portan-to, a análise de suas raIzes históricas e seus fundarnentos que melhor permite avaliar em que medida as diferentes formulacöes te6ricas conseguiram efetivar aquilo que se propuse-ram realizar: a crItica ao mentalismo. Procurarei, ncstc pequeno artigo, rever mi-cialmente as raIzes de behaviorismo; mais especificamente do behaviorismo mctodológi-co de Watson e do behaviorismo radical de Skinner. Em seguida, a consistôncia te5rica do suas propostas serão avaliada a partir das reflexöes do Wittgenstein sobre a linguagem por ter ole apresentado uma das análises não-mentalistas mais radical e consistente. Isto dever mostrar a insuficiêneia destas duas for-mas de oposicão ao mentalismo.

As raIzcs do behaviorismo devem scr encon-tradas na reacão esboçada a posicão mentalis-ta, predominante nas reflexöes sobre o psicológico, que continuou a prevalecer de-pois da instalacão da psicologia como uma disciplina autônoma. Esta posição comecou a ser questionada por aqueles que perseguiam o ideal de ciência positivista. Neste contexto, para alguns tornava-se necessário abandonar

estudo da mente e da experiência privada que, por serem eonsideradas não-fIsicas, não se prestavarn aos cânones das ciêneias natu-rais. A psicologia fisiológica marcou, então, a primeira reação ao mentalismo, na tpoca representado pela psicologia introspeccionista da consciência. Ela possibilitou, assim, o sur-gimento posterior do mais forte movimento anti-mentalista - o behaviorismo, cuja propos-ta inieial era o estudo de processos comporta-mentais e sua relacão corn o meio.

behaviorismo metodológico de Watson pro-curou ater-se unicarnente ao estudo do corn-portamento já que, por razöes mctodológicas, no era possIvel realizar urn estudo cientufico da consciência. Isto é, não era possIvel a observação e acordo entre observadores sobre Os fenômenos da conseiéncia, requisito básico da ciôncia positivista. Esta estratégia foi con-siderada insatisfatória pois deixava de lado o mais significativo no comportarnento huma-no.

behaviorismo radical do Skinner foi quem realmente mais radicalmente combateu o men-talismo no âmbito da psicologia. Ao contrário do behaviorismo metodológico, Skinner não descartou a importância do estudo dos fenô-menos da consciêneia, considerando mesmo que a psicologia deveria dar conta deles. Ele procurou faz8-lo a partir de seus próprios coneeitos, mostrando de que maneira o conhe-cimento do estimulos c respostas internos ad-quirido a partir da comunidade verbal. A estratégia de Skinner contra o mentalismo con-sistiu, então, por urn lado, em fisicalizar os ditos eventos mentais e, por outra, em colocar a explicaçao do comportamento fora do orga-nismo.

Carolina Lampreia' PUC/RJ

As propostas behavioristas parecern limitadas por nao resolverem realmente o problema do mentalismo, permanecendo presas ao pensa-mento cartesiano.

A origem da atual concepçäo mentalista/cog-nitivista, na cultura e cincia ocidentais, deve ser encontrada em Descartes. Em sua resposta ao problema epistemolágico sobre a relaçao entre 'aparCncia' e realidade, oriundo da do-volução cientifica dos séculos 16 e 17, a rea-lidade tornou-se 'mundo externo' que deve ser representado pela mente, uma entidade sepa-rada, imaterial, na qual os processos mentais ocorrem. Surgem dal duas questöos: a racio-nalidade como representacão e o status onto-lógico da mente. Os desdobramentos históricos da questão da representacão pare-cern ser os mais importantes pois introduzem, em determinado momento, a qucstão da lin-guagem quo através de novos dcsdobramentos ehega a crItica realizada por Wittgenstein, quo ira permitir a reformulacao de ambas as ques-toes iniciais, i.e., as questoes do conhecimento

da mente.

O dualismo cartesiano consiste, portanto, em conceber uma mente não-fIsica, separada de urn eorpo e uma realidade fIsicos, e envolve principalmente 0 problema ontológico sobre a natureza dos processos e estados mentais. 0 dualismo mente/corpo, tal como formulado por Descartes, tern sido qucstionado, princi-palmente, devido a sua concepcão de mente como uma 'essCncia' diferente do mundo fisi-co. As discussOes mais atuais tern procurado cxorcizar a influOncia do dualismo, principal-mente, sobre o problema ontolOgico, o que tern dado origem a diversas teorias. Mas uma posicão dualista pode, ou não, envolver urn eomprometirnento corn o dualismo ontológico ou de substâneia, i.e., o dualismo cartesiano. A forma mais corrente de dualismo, em vez de se referir a uma mente não-fisica, prefere considerar que o cérebro possui, além do pro-priedades fIsicas, outros atributos não-fIsicos como a dor, o pensar, o desejar algo (Church-land, 1984; Margolis, 1984).

Assim, embora o dualismo original, quo sepa-ra a mente imaterial do corpo fIsico, tenha sido praticamente abandonado, permanece a idCia de dualidade de propriedade quo distinguc Os fenOmonos psicológicos dos ffsicos. Isto se deve a nocão do representação quo acarreta a reificação dos conceitos. Por isto persiste o problema ontológico, i.e., a tentativa do dar conta do quo são estes fenômenos psicolgicos. Diversas redefinicOes foram tentadas tanto do lado cognitivista quanto do anti-mentalista mas a forma de abordar a questão do conheci-mento é a mesma. Ela sc apoia na iógica do dualismo. Portanto, a idCia do dualismo não deve ficar restrita a posição inicial de Descar-tes; ela deve abranger, tambCm, toda forma de dicotomia como: interno x externo, sujeito x mundo externo, inato x adquirido, bioiógico x social, aprendizagem x desenvolvimento. 0 debate so dá sempre nestes termos; o quo varia 6 o peso ati-ibuIdo a urn ou outro lado da polarização. Os resultados destes debates não

tern sido satisfatórios porque o quo está em discusso nao 6 uma questão empIrica. 6 ilus6-rio pensar que mais e mais pesquisas irão, urn dia, permitir uma molhor cornpreensão dos fenômenos abordados. A questão C Concep-tual, e o come dos problemas está na visão representacional da linguagem.

Uma visão do linguagem como representação concebe a linguagem como representando urn objoto ernpIrico, urn pensamento ou entidades abstratas. São estas referências quo determi-narn, segundo esta concepcão, o significado das palavras e das sentencas. Segundo a visão cartesiana, na qual se apoia a visão do lingua-gem tradicional, o pensamento C uma repro-sontacão da realidade o 6, por sua vez, representado pela linguagem. Dentro desta perspectiva, a utilizacão e comprecnsão de urns verbalização envolvem urn ato, estado ou processo mental quo efetua a ligacão entre a palavra e aquilo quo cia, em ditima análise rcprcsenta - urn aspecto da realidade. Assim,

signifieado C concebido como algo subjeti-vo, privado, o quo caracteriza uma posição mentalista.

Wittgenstein foi urn dos autores que trabathou mais sistematicarnente no sentido do apontar, embora indiretamente, os problernas do carte.-sianismo, ao tratar dos problemas da fdosofia,

mais especificamente os da linguagem. A procurar dissolver os problemas da filosofia, analisando o funcionamento da linguagem or-dinária, Wittgenstein desenvolveu uma nova visão do linguagern quo coloca as questOes levantadas por Descartes sob uma nova Ctica. Mas em vez do atacar os argumentos cartesia-nos diretamente, como costuma ser foito, sua estratCgia consistiu em reformular a nocão do represcntacão, destruindo a lógiea dualista em seus fundarnentos.

Wittgenstein considerou que as expre.ssOes un-guIsticas não são representacOes do fatos, no sontido de cópias, mas adquirem seus signifi-cados a partir de seu uso na vida humana. Embora parecarn ser proposicOes empfricas ropresentativas, elas tern urn outro papel. Elas expressam 'crenças', fazem parte do uma mi-tologia; a mitologia do uma cultura. 0 signifi-cado do qualquer verbalização C determinado por atividades dentro das quais as expressOes são convencionálmente colocadas em uso e essas atividades tiram seu signiticado do pa-drOes mais amplos de atividades dentro das quais estao insoridas (Wittgenstein, 1958; Ja-nik e Touirnin, 1973; Edwards, 1982). Para Wittgenstein, a linguagern C autOnoma e arbi-trans corn relacão a realidade (Baker e Hac-ker, 1985a). A linguagem passa a ser vista, então, como uma forma de ação o como cons-tituidora tanto da realidade quanto do pensa-mento. Desaparece, assirn, qualquer tipo do dualidade e oposicão entre o interno e o exter-no. Já que o interno não pode mais ser conce-bido independenternento do externo, i.e., da linguagem.

Wittgenstein apresenta, portanto uma crItics anti-mentalista básica, i.e., uma crItica aos

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undarnentos do mentalismo, no âmbito da jiosofia, que permite a avaliação das propos-as apresentadas pela psicologia. AliSm disso,

preciso salientar que Wittgenstein esteVe ,articularmente interessado na análise de con-eitos psicológicos c dedicou parte de suas nvestigaçöes filosóticas a eles, tendo em vista ue as questôes dehatidas pela filosofia envol-

iern problemas epistemológicos e que para esolvê-los 6 preciso clarificar conceitos psi-oI6gicos. Neste caso, seu objetivo foi mostrar

que urn conhocimento dos processos psicoló-icos tern urn papel rnuito menos importante

Jo que se costuma pensar para o estabeicci-nento do significado do conceitos psicológi-os. Consequentemente, os problemas pisterno16gicos não podem ser esciarecidos nvestigando-se estes processos mas sim atra-.'és da análise dos diferentes usos destes con-;eitos. Sua análise da gramática, ou uso, dos onceitos psicológicos tcrrn ma mostrando

;omo a visão ropresentacional do linguagein eva a suposiçöes sem sentido, criando o 'mito Ja interioridade' (Bouveresse, 1976). Mas a rftica do Wittgenstein ao mentalismo nao do-orro do uma contestacão das próprias oxpe- iências mentais. 0 que ole procurou mostrar Foi o erro em supor que todos os termos do osso vocabulário psicológico devam designar eccssariamonte exporiências mentais especi-icas. Na maior parto do tempo, essas palavras ão são utilizadas dessa manoira. 6 a visão de inguagem como representacão que nos faz upor quo Os conceitos psicoiógicos devem epresentar estados e processos mentais.

ks irnplicaçöes das análises de Wittgenstein ara a psicologia são, antes do tudo, implica-ôes para a pr6pi-ia ciência. 6 que eliminando nocão do representacao, tal como concebida

eIa visão tradicional de linguagem, desapare-e a roificação dos conceitos em geral, e dos onceitos cientIiicos em particular, desapare-e o problema ontoiógico da monte e o probic-na da determinação da ao humana. Desaparecem, portanto, o dualismo e o meca-iismo dole derivado.

Sc considerarmos que as reflexöes de Witt-genstein fazern sentido, devernos concluir que a psicologia tern procurado explicar algo que no pode ser explicado, não sentido do tontar represontar corrotamente a realidado psicoki-gica.

behaviorismo mctodológico não procurou faze-lo mas por razöes que apenas iludern o problema. 0 resultado foi que, ao não procu-rat dar conta do mental, deixando em aborto

seu status, do possibilitou, posteriormente, a volta ao mentalismo através do behaviorismo cognitivo. Por outro lado, os lirnites do anti-mentalismo de Skinner se devem a, fato do dc

tor continuado querendo explicar algo que, na perspectiva de Wittgenstein, nan pode ser ox-plicado. Corn isso, ole permaneceu preso a 16-gica do dualismo.

Em decorrência de considerar ser possivel explicar o psicoiógico, os problemas apresen-tados pela formuiacão anti-montalista do Skin-ner são, em certa medida, os problemas da tentativa do tornar a psicologia uma ci6ncia. Sua visão de conhecimento está presa ao posi-tivisrno ou empirismo lógico, i.e., a uma visão de ciCncia positivista. Preso a esta visão, liga-da a visão cartesiana do linguagem, ole não procurou, ou nao conseguiu, escapar reifica-cães por cia introdu7.idas e, consoqüentemen-to, não consoguiu evitar o dualismo. Skinner tentou se contrapor ao dualismo cartesiano, i.e., o dualismo de substância, mas mantevo várias caractersticas da separacão cntrc o in-tomb e o extemno que só fazern sentido a partir da própria lógica cartesiana. Ou seja, ole pro-curou rojoitar uma forma ospocIfica do dualis-mo mas não a lógica dualista. Ao procurar atribuir uma omigem externa ao mental, Skin-ner não rosoivou a questão do dualismo por no perceber que o principal problema do cartesia-nismo 4 mais abrangente que a mera suposição do uma monte imaterial, assiin como não per-cebeu que ole está ligado a questão da lingua-gem, como o fez Wittgenstein. Embora tonha procurado eseapar da visão tradicional, sua visão do linguagem não 6 satisfatória porque não conseguiu idontificar o problema da rep-

resentação e, assim, nao consoguiu formula-lo. Apesar da noção dc uso estar presente em Skinner, ole não aprescntouuma visão do linguagem tao abrangente quanto Wittgenstein que permitisse roformular a nocão do repro-sontacão (Lampreia, 1992).

Em suma, a proposta anti-mentalista do beha-viorismo metodológico 4 insatisfatória pois ole apenas se recusou a estudar a experiCnoia privada scm analisar o seu status. Quanto a proposta do behaviorismo radical, cia é insu-ficiente e limitada pois, embora procure dis-cutir o estatuto dos fenômcnos mentais, cIa o faz adorindo a Iógica cartesiana, i.e., a oposi-cão entro o externo o o intcrno. Como mostrou Wittgenstein o problema do cartesiano 6 bern mais abrangente.

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WITTGENSTEIN, L. (1958) Philosophical Investigations. Oxford: Basil Blackwell.

HA NECESSIDADE DE TERAPIAS COGNITIVAS? Hélio José Guillardi PUCCAMP - IAC

) Behaviorismo Radical (Skinner, 1974) pro-öe que os eventos comportamentais encobor-os (internos) e 05 eventos comportamentais nanifestos (piiblicos) nan são diferontes quan-O a sua natureza o são regidos pelas mesmas eis. 0 que os diferoncia 4 o aeosso que 0

,bservador pode ter a des. Os comportamon-os manifestos são acessIveis e, portanto, po-em ser obsorvados por dois ou mais

ndivIduos indopendentemente. Os comporta-nentos encobertos so são acessIveis a quem se omporta. Como o behaviorismo radical, di-erentemente do behaviorismo metodolOgico e Ic versOes do positivismo lógico, não exige a erdade pela concordância. A inaeessibilidadc lbs comportamento internos a urn observador xterno não constitui urn entravo no seu estudo

corno tal, não são excluIdos de uma análise comportamento

lesse sentido, as cogniçOes as quais se rcfc-cm autores cognitivistas (Ellis, 1962, 1971, Or exemplo) podem ser entendidos não eomo ventos mentais, mas corno classes de com-

portamentos encobertos (neste aspecto, esta-riamos usando conceitos behavioristas e não cognitivistas). Como tal, essas classes do com-portamentos (" idéias ou eronças immacionais" como as chama Ellis) são considoradas, isto 4, estudadas e inanejadas polo behaviomista radi-cal. A grande distincão onto as propostas cog-nitivistas o behavioristas (partindo do pressuposto que elas não distinguem a natureza dos eventos internos: são sempre comporta-mento) diz rospeito a funcão que uma proposta

outra atribuam aos comportamentos inter-nos. 1 Para a proposta cognitiva, Os eles inter-nos (cognicôos) torn funcão causal, para o behaviorismo radical não são simpbesmente cbs numa cadeia comportamental e como tal a cadeia precisa ser expbicada: ha necossidade de se detorminar do que variáveis cIa 6 funçao. O behaviorismo radical nab aceita causação comportamento-comportamento. Reconhoco-se que urn comportamento podc influenciar outro comportamento, no entanto, em tIbtima análiso todas as causas são limitadas ao am-

biente. Pensamentos c sentimontos so fenôrne-nos comportamentais corn igual "status" que outros comportamento. Como todos os corn-portamentos eles podem ontrar em sequCncias causais, mas não podem ser aceitos como causas Oltimas do outros comportamentos. As-sim, o behaviorismo radical procura identifi-car as contingCncias que deram origem e/ou mant4m toda a cadeia comportamental, inclu-sive as "crenças irracionais" para, então, ma-nejar estas contingCncias. Estabelecem-se procedimentoss para enfraquecer os compor-tamentos atuais indesejáveis e, ao mesmo tem-po, para instalar e/ou fortalecer outros comportamentos incompativois corn os mdc-sejáveis. 0 manejo terapéutico 6, em tiltima analiso, no nIvel das contingCncias e não dos eles do comportamento.

Como decorrCncia desse concepcão, "as cau-sas importantes do comportamento são histO-ricas e incluem aqueles fatores que doterminam como o indivfduo porcebo a situa-cão. Não 6 a situacão atual em si que 6 respon-

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sávcl pelo comportamento, é a experiéncia da pessoa (Branch, 1987). As "crencas irracio-nais" são deterrninada.s por causas anteriores (visão behaviorista radical) e não deter,ninan-les do comportamento (Visão cognitiva de Ellis). Na proposta cognitiva as causas do comportamento estão presentes enquanto o comportamento ocorrc. Na concepção bcha-viorista nao, pois os cventos ambientais in-fluenciam o comportarnento pela funcao que adquiriram no processo do desenvolvimcnto do indivIduo.

Em suma, os fenômenos comportamentais a que sc refere a acão das terapias cognitivas so

CONGRESSO DA EACBT. Será realizado em Londres, cntre os dias 20 c 25 de setembro de 1993, o 23° Congresso Europeu de Tcra-pias Comportamental e Cognitiva. Os works-hops ministrados pelos Drs. Aaron T. Beck, David Barlow, Phillip Kendall, Alan Marlatt, Dennis Russo, entrc outros, serão nos dias 20 e 21. Os sünpósios e comunicaçôcs livres se daro nos dias seguintes. Haverá urna hornena-

CURSO NA UFF. 0 Servico de Psicologia Aplicada da UFF, corn apoio da ABPMC, .est promo-vendo o Curso de Extensão Universitária intitulado "Encontro de Especialistas cm Tcrapia Cognitivo-Comportamental', de 20 de sctembro a 29 de novembro de 1993, corn palestras só segundas ou ter-ças feiras das 18:00 so 20:00, no Campus Gragoatá, da UFF, em NiterOi. lnforma-

reconhecidos pelo behaviorismo radical. Os comportamentos são conccituados como qual-quer outro comportamento, e sua peculiarida-de resume-se no fato de so serern privados não os cxclui de urna análise comportamental. 0 behaviorismo radical defende a proposta de que a determinaçâo do comportamento está, em tiltirna análise, no ambiente, na história passada do indivIduo. E nesse nIvel que atua. Discorda da análise teórica cognitiva de Ellis, e considera que a proposta terapéutica dele pode funcionar, já que sua 6 uma forma de manejo comportamental possIvcl. Por6m, sua eficácia 6 limitada a determinadas situacöes,

NOTICIAS gem especial ao Dr. Beck, por ocasião de sua aposentadoria, corn palestras de 20 dos rnais prestigiosos pesquisadores c clInicos nas abor-dagens cognitiva e comportamental. As inscri-çôes e reservas de acornodacöes (na base de £ 150,00 ate a v6spera do inIcio, £ 170,00 no local e £ 100,00 para estudantes) podern ser feitas no seguinte endereco:

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0 Centro de Neuropsicologia Aplicada estará prornovendo urn curso intensivo básico sobre avaliação clinico-funcional voltado para a idcntificação dos quadros mentais orgânicos mais cornuns da práti-ca clmnica, para a capacItação do exarne

não tendo a generalidade desejável para urna proposta terapCutica. Escapa-lhc tambérn a análise da causalidade, tornando-sc cientIfica-mente questionável e mesmo equivocada. Os procedimentos derivados do behaviorismo ra-dical para lidar corn os comportamentos "cog-nitivos' são os rncsmos empregados para lidar corn os comportamentos manisfestos. Já que supöe que são regidos pelas mesmas icis, são da rnesrna natureza e atendern aos rnesrnos princIpios.

EACBT '93, EYAS 5, Cooper Street

Chichester West Sussex P019 IEB

United Kigdom Tel: 0243-775561 Fax: 0243-

776738

clInico da atencão/conccntracão, memo-na verbal e visual, linguagem, praxis e gnose e para o diagnOstico de lesöcs cerebrais c principais sIndrornes. Será realizado nos dias 5, 6 e 7 de novembro, no Hotel Luxor Regcntc, no Rio de Ja-neiro. lnforrnacöes no telefone 295-3796 ou 542-6197.

INSCRIOES Envie os dados do fomulário abaixo juntamente corn cheque nominal para:

II ENCONTRO BRASILEIRO DE PSICOTERAPIA B MEDICINA COMPORTAMENTAL Rua Barbosa da Cunha 271, Jardim Guanabara Campinas, SP CEP 13073-320

TAXAS DE INscRIçAo (*) SOCIOS DA ABPMC NAO sOcios Plenos e Efetivos: US$ 40

Profissionais: US$ 50

Estudantes: US$ 15

Estudantes: US$ 20

(*) Dolar turismo de venda no cãmbio da data de postagem

NOME:

ENDEREcO:

CIDADE: ESTADO: CEP:

TELEFONE: ( _) PROFISSAO:

INsTlTuIcAo:

DATA: / / ASSINATURA:

Envie cheque nominal ao II. Encontro Brasileiro de Psicoterapia e Medicina Comportamental no valor da taxa de Inscricao aplicável na cotacão do dolar turismo da data de postagem para seguinte endereço:

JAC, Rua Barbosa da Cunha, 211 - Campinas - São Paulo - SP - CEP 13073-320

Page 8: 01M NEWSLETTER IN nümero 2, agosto de 1993.abpmc.org.br/arquivos/publicacoes/1460048975d64216107c59.pdfLA NEWSLETTER 01MIN nümero 2, agosto de 1993. EDITORIAL Grandes acontecimentos

RELAçAO DOS REPRESENTANTES LOCAlS DA ABPMC ANA LUCIA A. 0. ULIA, RUA A QUADRA I LOTE 2, PARQUE COSTA VERDE, PIATA, SALVADOR, BA, 41700, tel: (071) 249-1440 ANA MARIA PETTI, RUA TOBIAS FRANCO 266/21, ITATIBA, SP, 13250-000, tel: (011) 435-4727 ANTONIO PEDRO MELLO CRUZ, UNESP/FFHP: AV. DOM ANTONIO S/N, ASSIS, 19800-000, tel: (0183) 22-2933 ramal 155 ANTONIO SOUZA E SILVA, RUA ESPR1TO SANTO 474, S.CAETANO DO SUL, SP, 09530-700, tel: (011) 441-9623 ARMANDO REZENDE NETO, RUA KOICHI NAKANO C.01, SÃO PAULO, SP, 04141-040, tel: (011) 572-5470 BERNARD RANGE, RUA VISCONDE DE PIRAJA 547/608, RIO DE JANEIRO, RJ, 22415-900, tel: (021) 259-7949 CARLA FRANCISCONI, RUA MAJOR DEO-DATO PESTANA 162, JUNDIAI, SP,13200-530 CELIA MARIA LANA DA COSTA ZANNON, SQS 305 BLOCO A APT. 601, BRASILIA, DF, 70352-010, tel: CLAUDIA REZENDE, RUA FRANCISCO BARRETO 526, OLIVEIRA, MG, 35540-000,

DENISE LEITE,PRAcA GETULIO VARGAS 11, ALFENAS, MG, 37130-000 EDWIGES SILVARES,RUA JOSE E.TEIXEI-RA 602,SAO PAULO, SP, 05532-010, tel: (011) 813-3222 ELIANE FALCONE, RUA BARAO DO FLA-MENGO 22/702, RIO DE JANEIRO, Ri, 22220- 080, tel: (021) 285-1998 EVALDO SANTOS,RUA ITAPECERICA 523/601, DIVINOPOLIS, MG, 35500-018 FATIMA OSHIRO, AV.JOAO TEODORO 867, PIRACICABA, SP, 13405-240, tel: (0194) 434-9597 FLAVIA GUIMARAES, RUA EFIGENIO SA-LES 120/301, RIO DE JANEIRO, RI, 22241, tel: (021) 245-5944 HELlO GUILARDI, RUA BARBOSA CUNHA 271, CAMPINAS, SP, 13073- 320, tel: (0192) 53-6833 ILIANE SAMPAIO, AVENIDA RIO BRAN-CO 1270 CX.P. 252, CORUMBA, MS, 70300, tel: (067) 231-6877 IRANY DELAGOSTINI, AV. 6 No.760, OR-LANDIA, SP, 14620-000, tel: (0167) 726-3050

JACIRA CUNHA, PRIMEIRA AVENIDA 247/901, GOIANIA, GO, 74643- 070, tel: (062) 261-1842 JOAO CARLOS M. MARTINELLI, RUA HENRIQUE DE NOVAES 150/204, VITORIA, ES, 29010-490, tel: (027) 223-2626 JOAO ILIO COELHO BARBOSA, RUA JOA-QUIM NABUCO 820/602, FORTALEZA, CE, 60125- 120, tel: (085) 224-7529 JOSE RAIMUNDO FACION, RUA BELIZA-RIO LEITE 52, S.JOAO DEL REI, MG, 36300-000, tel: (032) 371-2214 ramal 162 KATIA PETRIBU, RUA SÃO FRANCISCO 110/203, RECIFE, PE, 52010-020, tel: (081) 221-0132 LAURA CIRUFFO, AV.AFONSO PENA 3111/15 AND, B.HORIZONTE, MG, 30130-008, tel: LILIANA SEGER JACOB, AV.ANGELICA 2100/54, SÃO PAULO, SP, 01228- 200, tel: (011)257-7109 LUCIANA FRANCO, PRAIA ICARAI 275/901, NITEROI, Ri, 24030- 004, tel: (021) 711-8282 LUCILA GROSZENWICKZ) RUA DOS ILHEUS 22/404, FLORIANOPOL1S, SC, 88010-560, LUIS FERNANDO L. CAMPOS, RUA JOSÉ MARIA LISBOA 1168/101, SÃO PAULO, SP, 01423-000, MARCOS ROGERIO S.COSTA, R.ARTHUR AMERICO CANTALICE 105, J.PESSOA, PB, 58051-100, tel: (083) 224-0295 MARIA ELISA GRANCHI FONSECA, RUA VISCONDE RIO BRANCO 800, PIRASSU-NUNGA, SP, 13630- 000, tel: (0195) 61-383 1 MARIA GORETFI LIMA, RUA FRANCISCO MARTINS 101, MOGI DAS CRUZES, SP, 08780-520, (011) 469-4929 MARCIA REGINA LEMOS, RUA ANALIA FRANCO 3/91, SANTOS, SP, 11040- 070 MARIA JosÉ GRANADO, RUA CAIEIRAS 100, BRAGANçA PAULISTA, SP, 12900- 000 MARIA ZILAH S. BRANDAO, AV. HIGIE-NOPOLIS 32/902, LONDRINA, PR, 86020-040, tel: (043) 224-4740 MARILZA B.MESTRE, RUA DOM JOAO vi 42, CURITIBA, PR, 82900-150, tel: (031) 267-2553 MIRIS ZORKOT, RUA JOTA CORREA 204, FORMIGA, MG, 37290-000

MYRIAM PIACENTINI, AV.OPERARIOS 395, PIRACICABA, SP, 13416- 460 MYRIAM V. OLIVEERA LIMA, RUA MARA-NHAO 554/62, SÃO PAULO, SP, 01240- 000, tel: (011) 826-8169 PAULO KNAPP, RUA TOBIAS DA SILVA 99 CONJ.401, PORTO ALEGRE, RS, 90570-020, tel: (051) 222-6361 RAPHAEL CANGELLI FILHO, RUA DR. SO-DRE 122, SÃO PAULO, SP, 04535-1 10, tel: (011) 829-0336 REGINA WIELENSKA, RUA ITAPEVA 490, SÃO PAULO, SP, 01332-000, tel: (011) 64-3321 PJCARDO GORAYEB, RUA CLOVIS VIEIRA 40, RIBEIRÃO PRETO, SP, 14040-900, tel: (016) 633-1887 ROBERTO BANACO,RUA ITAPEVA 490, SÃO PAULO, SP, 01332-000, tel: (011) 263-0211 SANDRA SALGADO, RUA MARQUES DE PINEDO 33, RIO DE JANEIRO, Ri, 22231-100, tel: (021) 553-3749 SERGIO CIRINO, RUA PARAISOPOLIS 108, BELO HORIZONTE, MG, 31010- 330 SONIA CASTANHEIRA, RUA MARIPA 50/601, BELO HORIZONTE, MG, 30210- 560, tel: (031)225-0589 TANIA MUTO RODRIGUES, RUA RITA LU-DOLF 30/404, RIO DE JANEIRO, Ri, 22440-060, tel: (021) 511-4970 THEREZA METTEL, SQN 115 BL.G 610, BRASILIA, DF, 70772-070, tel: (061) 272-4576 VERA LUCIA KLEIN, RUA MIGUEL GO-DOY MOR. COSTA 171, R.CRISPIM, PIN-DAMONHANGABA, SP, 12400-000, tel: (012) 242-7320 VERA RAPOSO AMARAL, RUA MORAES SALLES 2655, CAMPINAS, SP,13095-192, (0192) VERA OTERO, RUA RU! BARBOSA 1654, RIBEIRAO PRETO, SP, 14015-120, tel: (016) 624-6821 VERA SOCCI, LADEIRA AR! BARROSO 16/202, RIO DE JANEIRO, Ri, 22010- 060, tel: (021) 275-9161 YARA K. INGBERMAN, RUA BRIGADEIRO FRANCO 2480/181, CURITIBA, PR, 80250-030,

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TELEFONE: Novos Sócios: 120 UFIR

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PRO FISSÃO:

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Renovaçôes: IOOUFIR

Estudantes: 60 UFIR Estudantes: 50 UFIR Enviar Cheque nominal a ABPMCjuntamente corn estafichapara o endereço.

NOVO ENDEREcO Monica Duchesne

Rua Paulo Barreto, 91 Botafogo, Rio de Janeiro - Ri

- CEP 22280-0 10 - Tel.: 295-3796 / 542-6197 OBSERVAcAO: Venceu no dia 31/07 a terceira parcela da anuidadeda ABPMC ea quarta vencerá no dia 30/09/93 Contactar o endercco acima para regularizar a sua situação.