02. Formação do Território Brasileiro.2016.pdf

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Formação do Território

Brasileiro

Do “descobrimento” ao

início da industrialização


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Grupos Indígenas antes da chegada dos

colonizadores (grupos remanescentes)

Os grupos indígenas fo-ram divididos em funçãoda semelhança fonética.Assim, os tupis-guaranisdividiam-se em outrascentenas de grupos.Falava-se mais de 200línguas diferentes.

Os indígenas dominavamas culturas de mandioca,milho, feijão, abóbora,em diversas preparações.


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Selvagens?

A visão dos europeus ao chegar em outros territórios, é analisara realidade a partir do que conhece em sua terra natal.Consideram-se “civilizados”.

Assim, a nudez dos indígenas é vista como algo imoral, “sem quenada cobrisse as suas vergonhas”, na carta de Pero Vaz deCaminha. Os indígenas são considerados “selvagens”.

Os indígenas, entre outros costumes, tomava banho em rios

diariamente, pois viviam em regiões onde o calor predominavao ano inteiro, sem necessidade de roupas pesadas, ou outrasformas de manter o corpo aquecido em função do clima.

A essa visão europeia, damos o nome de “eurocentrismo”.


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Capitanias Hereditárias

Primeira tentativa de se ocu-par o Brasil.Faltam capitais à Coroa por-tuguesa e produtos de inte-

resse ao comércio.As Capitanias são cedidas adonatários que as explore.As explorações limitavam-se

ao litoral brasileiro.

Na figura, os limites demar-cados pelo Tratado de

Tordesilhas (1494)


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Atividades no final do século XVI

Exploração do pau-brasil e canade açúcar para exportação paraPortugal.A pecuária é uma atividade com-plementar para abastecimentolocal, utilizado para alimentaçãoe transporte (carros de boi).A mão-de-obra utilizada é escra-va africana. O tráfico negreiroestá se tornando uma atividadeimportante para os navegadoreseuropeus.


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Povoamentos no século XVI

Os primeiros povoamen-tos limitaram-se ao litoralbrasileiro, exceto na Capi-tania de São Vicente, on-

de são fundadas as vilasde Santo André da Bordado Campo (1553) e SãoPaulo (1554), no planalto

de Piratininga.Essas explorações objeti-vavam o contato com osindígenas e a exploração

do interior do território.


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Século XVII

Intensa exploração da cana-de-açúcar no litoral do NE, commão-de-obra escrava trazida da África. O Açúcar destina-seao mercado europeu, onde o mesmo é um produto muitovalorizado.

No sul do Brasil, as bandeiras partem de São Paulo em dire-ção ao interior do território, a procura de riquezas, que sãoencontradas no final deste século.

Os exploradores Fernão Dias (MG), Raposo Tavares (MT),Anhanguera (GO) são hoje os nomes das estradas que ligama cidade de São Paulo a esses Estados. Do litoral para SãoPaulo, temos a rodovia Anchieta, fundador da cidade.


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Século XVIII

Inicia-se a corrida do ouro no território brasileiro.

Milhares de aventureiros chegam ao Brasil a procura deouro e pedras preciosas.

Trata-se da ocupação efetiva do interior do territóriobrasileiro pela primeira vez. Constituem-se áreas deexploração e áreas de produção de alimentos de Nortea Sul do país.

São tropeiros percorrendo milhares de quilômetrospara abastecer as minas de alimentos e mulas.

Esse processo é o embrião de ocupação e interligaçãodo interior do território brasileiro. É possível, por trilhas,atravessar o território de e chegar-se ao seu interior.


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Tropeirismo – século XVIII


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Tratado de Madri (1750)

A Coroa portuguesa, alegando que o Tratado de Tordesilhasnunca havia sido demarcado oficialmente, negocia essetratado, sob alegação da sua influência na Bacia do Prata;

As Coroas portuguesa e espanhola assinam o Tratado deMadrid, que definiu a maior parte do território que hojedenominamos Brasil;

Mesmo com as fronteiras do Sul do território em litígio, a

Coroa portuguesa consolidava posições no Norte e Centro-Oeste do território;

O avanço a oeste significou mais que o dobro do territóriooriginal.


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Século XIX

1822 – Independência do Brasil.O Brasil deixa de depender de Portugal e

passa a administrar as suas riquezas.

Ao contrário dos outros países das América,o Brasil torna-se um Império, dandocontinuidade ao regime da época dodomínio português.

Somente em 1889 o Brasil se tornará umaRepública, como os outros países das

Américas.


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BRASIL INDEPENDENTE

• 1822 A 1889 – Império (Dom Pedro I e II) – Mantém a mesma estrutura do período

colonial: a economia baseada na

exportação de produtos primários: café,

cacau, fumo, etc.

– Leis para o fim da escravidão:

• 1850 – “Lei de Terras” – restringe o acesso.• Incentivo à imigração européia p/ substituiçãoda mão de obra escrava.


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Transição Império-República

Na época da Independência do Brasil não temos umaburguesia que possa se impor nacionalmente,motivo pelo qual o regime (Império) torna-se umacontinuidade da Colônia;

Na primeira metade do século XIX está surgindo umanova riqueza no Brasil: o café, no Vale do Paraíba,no Rio de Janeiro e São Paulo. No final do séculoXIX, esta será a principal força econômica do país;

Desde a década de 1870 grupos liberais e militaresdefendem a República. O fim da escravidão acelera oprocesso dos que defendem “libertação e progressoda pátria”.


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Oligarquias Locais

• MG – leite, criação de gado e mineração• BA – cacau (Sul), gado (Vale do R.S.Fco.),

fumo (recôncavo) e mineração• RS – criação de gado (Pampas) e fumo

(leste)• MT – criação de gado e mineração.• Amazônia – borracha

• PE/PB/AL – plantações de cana-de-açúcar • Sertão NE – “coronéis” (latifúndios - gado,

plantações de algodão)


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Atividadeseconômicas deNorte a Sul dopaís, integrada

com a atividadetropeira.

A região Norte foiintegrada com aexploração da

borracha, pelosrios, a partir dametade doséculo XIX.

Século XIX


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A Riqueza do Café

O café destina-se à Revolução Industrial em marchana Europa. Planta-se e colhe-se quantidades cadavez maiores;

Surgem os “Barões do Café” no Vale do Paraíba.

São os novos ricos da economia brasileira;Em 1870, o PRP (Partido Republicano Paulista) e o

PRM (Partido Republicano Mineiro) são fundados,mostrando quem serão os governantes nas próxi-

mas décadas. Apesar da chegada de imigrantes para serem utiliza-

dos como mão-de-obra nos cafezais, ainda existeum grande número de escravos nas fazendas.


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Fim da Escravidão

• O fim da escravidão, em 1888, faz parte da transiçãoe modernização que passa o país.

• Na segunda metade do século XIX, milhares de imi-grantes europeus (italianos, espanhóis, portugueses,entre outros) chegam ao Brasil, fugindo das criseseuropeias, mudando o perfil da população brasileira.

• Essa mão-de-obra encaminha-se para as fazendascafeeiras no interior do Estado de São Paulo. Aregião de Campinas é onde se encontram as últimasfazendas escravagistas do café;

• Isso explica a existência de poucas colônias deimigrantes no Vale do Paraíba paulista.


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Industrialização no final

do século XIXNa segunda metade do século XIX, surgem emdiversas cidades pequenas indústrias para consumolocal (bens não duráveis).

O Rio de Janeiro, capital do Brasil, é o principal centroindustrial, mas os capitais do café, concentrados nacidade de São Paulo mudam esse equilíbrio, trans-formando rapidamente a capital paulista no grande

centro industrial brasileiro.Outro ponto positivo para a cidade de São Paulo é apresença de imigrantes europeus, onde se iniciou aRevolução Industrial, e onde muitos trabalharam.


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Brasil – século XIX

* Predomínio da populaçãono litoral brasileiro;* As estradas de ferro saemdo litoral até determinadoponto do interior;* Economia voltada para omercado externo;* Exportação de produtosprimários;

* Chegada de imigranteseuropeus no Sul e Sudeste apartir da segunda metadedo século;


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Brasil:

Delimitação de

FronteirasTratado de Petrópolis

(1903), negociado pelo

Barão de Rio Branco,

incorpora o Acre aoBrasil;


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Município deSão Paulo

Região Metropolitanade São Paulo

Estadode São Paulo

Brasil

População

Taxa de

População

Taxa de

População

Taxa de

População

Taxa de

Crescimento (1)

Crescimento (1) Crescimento

(1) Crescimento (1)

1872 31.385 - 837.354 10.112.0614,1 - 2,8 2,01890 64.934 - 1.384.753 14.333.915

14,0 - 5,1 1,9

1900 239.820 - 2.282.279 17.318.5564,5 - 3,6 2,9

1920 579.033 - 4.592.188 30.635.6054,2 - 2,3 1,5

1940 1.326.261 1.568.045 7.180.316 41.236.3155,2 5,3 2,4 2,3

1950 2.198.096 2.622.786 9.134.423 51.944.3975,6 6,1 3,6 3,1

1960 3.781.446 4.739.406 12.974.699 70.119.0714,6 5,6 3,2 2,9

1970 5.924.615 8.139.730 17.771.948 93.139.0373,7 4,5 3,5 2,5

1980 8.493.226 12.588.725 25.040.712 119.002.7061,2 1,9 2,1 1,9

1991 9.646.185 15.444.941 31.588.925 146.825.4750,9 1,6 1,8 1,6

2000 10.434.252 17.878.703 37.032.403 169.799.1700,8 1,0 1,1 1,2

2010 11.253.503 19.683.975 41.262.799 190.755.799Fonte: IBGE, Censos Demográficos


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Distribuição da População

• Desde o “descobrimento” do Brasil, as atividades econô-micas organizaram a ocupação do território. Com exceçãodo período da mineração, as atividades sempre se concen-traram no litoral, motivo pelo qual é onde ocorre a maior

concentração populacional;• De forma genérica, podemos dizer que até hoje mais de

70% da população brasileira reside a até 200 Km do litoral.Até a fundação de Brasília (1960), esse índice era acima de

90%;• A interiorização da indústria, a agricultura familiar e o

agronegócio são hoje os grandes fatores que interiorizama ocupação do território.


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Século XX

• Neste século o Brasil passará por transformações radicais;• A indústria de bens não-duráveis do começo do século,

será substituída pela indústria pesada (indústria de base) ea população predominantemente rural iniciará o processo

do “êxodo rural”;• A cidade de São Paulo, de uma vila com 30 mil habitantes

em 1870 tornar-se-á uma das maiores metrópoles domundo;

• A imigração que se inicia com o café, tornará a cidade deSão Paulo uma “babel moderna”, com cidadãos das maisdiversas origens.


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