[02] Retículo Endoplasmático_Farmácia N

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19102014 1 Retículo Retículo endoplasmático endoplasmático Prof o . Arnon Dias Jurberg, PhD Farmácia N 2014-2 célula NÚCLEO eucariotos procariotos A origem do núcleo e a formação dos retículos invaginações da membrana plasmática relacionadas com a origem do núcleo e dos retículos a compartimentalização celular permite especialização funcional Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed. a compartimentalização celular cria ambientes locais, aumentando as taxas das reações bioquímicas o tamanho do compartimento influencia a velocidade de reações limitadas por difusão O retículo endoplasmático (RE) rede interconectada de sacos ou tubos (cisternas) achatados, delimitados por membrana Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed. o lúmen do RE (ou espaço cisternal do RE) frequentemente ocupa >10% do volume total da célula

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reticulo endoplasmatico

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    Retculo Retculo endoplasmticoendoplasmtico

    Profo. Arnon Dias Jurberg, PhD

    Farmcia N2014-2

    clulaNCLEO

    eucariotos procariotos

    A origem do ncleo e a formao dos retculos

    invaginaes da membrana plasmtica relacionadas com a origem do ncleo e dos retculos

    a compartimentalizao celular permiteespecializao funcional

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    a compartimentalizao celular cria ambientes locais, aumentando as taxas das reaes bioqumicas

    o tamanho do compartimento influencia a velocidade de reaes limitadas por difuso

    O retculo endoplasmtico (RE)rede interconectada de sacos ou tubos (cisternas)

    achatados, delimitados por membrana

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    o lmen do RE (ou espao cisternal do RE) frequentemente ocupa >10% do volume total da clula

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    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    o RE est diretamente conectado membrana externa do envelope nuclear

    o lmen do RE (ou espao cisternal do RE) frequentemente ocupa >10% do volume total da clula

    a maioria das clulas possui regies escassas de RE liso

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    microssomos podem ser separados em um gradiente de sacarose devido a diferenas de densidade

    microssomos lisos possuem densidade menor, enquanto microssomos rugosos possuem densidade maior

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    o RE estruturalmente e funcionalmente diverso

    RE rugoso RE liso

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    ribossomos aderidos

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    os ribossomos sintetizam protenas

    cada aminocido adicionado selecionado a partir do pareamento complementar de base entre tRNA e mRNA

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    polirribossomo

    os ribossomos podem estar associadoss membranas ou livres no citoplasma

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    polirribossomos ligam uma nica molcula de mRNA

    polirribossomos no citoplasma doincio sntese de protenas

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    polirribossomos traduzem diversas molculas de protena a partir de uma nica molcula de mRNA

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    Retculo endoplasmtico rugosoa membrana do RER cravejada de ribossomos

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    Quais as funes do RE rugoso?

    1) biossntese de protenas

    2) biossntese de cadeias de carboidratos

    3) biossntese de fosfolipdeos

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    RE rugososecreta grande quantidade de protenas

    clulas acinares do pncreas

    clulas secretoras de muco no epitlio intestinal

    LINFCITO EM REPOUSO LINFCITO B EFETOR (PLASMCITO)

    1) biossntese de protenas

    - protenas citoplasmticas- protenas perifricas- protenas transportadas para oncleo- protenas a serem incorporadasnos peroxissomos, mitocndrias ecloroplastos

    RIBOSSOMOS LIVRES

    - protenas secretadas- protenas integrais de membrana- protenas solveis no RE, complexode Golgi, lisossomos, endossomos,vesculas e vacolos

    RIBOSSOMOS LIGADOS MEMBRANA

    a importao de protenas para o RE um processo co-translacional

    mRNA

    ribossomo

    translocao co-translacional

    translocao ps-translacionalmitocndria, cloroplasto,

    ncleo e peroxissomoretculo endoplasmtico

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    sequncias sinais direcionam a sntese de protenas para o RER

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    translocador

    Partcula de reconhecimento de sinal (SRP)

    partcula complexa, com 6 cadeias polipeptdicas ligadas a uma pequena molcula de RNA

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

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    Partcula de reconhecimento de sinal (SRP)

    direciona sequncias sinais especficasao receptor na membrana do RER

    presente em todas as clulas

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    uma sequncia sinal de RE reconhecida duas vezes: 1) SRP no citoplasma, e 2) ligao ao translocador

    SRP liga-se subunidade grande do ribossomo

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    o reconhecimento duplo ajuda a garantirespecificidade de entrada no lmen do RE

    translocador receptor de SRP

    a SRP cicla entre a membrana do RE e o citoplasma

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    as sequncias sinais do RE variam em aminocidos, mas todas possuem >8 aminocidos no-polares no seu centro

    translocador receptor de SRP

    cadeia polipeptdica atravessa por um poro aquoso do translocador

    complexo Sec61

    o poro uma estrutura dinmica, que se abre apenas transitoriamente

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    translocao atravs da membrana do RE nem sempre precisa de alongamento da cadeia polipeptdica

    SecA

    complexo Sec62/63/71/72

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    a translocao ps-transducional envolve protenas acessrias que alimentam a cadeia polipeptdica no poro

    complexo Sec61

    Como uma protena solvel translocada atravs da membrana do RE?

    uma peptidase sinal cliva a cadeia polipeptdicaaps a sua translocao completa

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    uma abertura lateral permite que a sequncia sinal difunda-se pela bicamada enquanto a protena solvel liberada no lmen do RE

    peptidase sinal

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    Como uma protena transmembrana integrada na membrana do RE?

    translocao co-translacional iniciada, mas a cadeia polipeptdica possui uma sequncia de parada de transferncia

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    A orientao da protena importa? Como a protena sabe que orientao ter?

    COOH

    a carga dos aminocidos importa

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    NH2

    COOH

    Como uma protena transmembrana de passagem mltipla integrada na membrana do RE?

    sequncia sinal interna atua como sinal de incio de transferncia e um sinal de parada de transferncia promove a sada do translocador

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    grficos de hidrofobicidade identificamregies transmembranas

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    combinaes de sinais de incio de transferncia e parada de transferncia determinam a topologia das protenas

    2) biossntese de cadeias de carboidrados

    adio covalente de acares s protenas

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    cadeia lateral de asparagina

    dolicol mantm o precursor oligossacardeo na membrana

    oligossacaril transferase

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    precursor oligossacardeo pr-formado transferido para protenas no RE por oligossacaril transferase

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    o oligossacardeo montado gradualmente

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    a sntese tem incio no lado citoplasmtico ea molcula flipada para o lmen do RE

    os oligossacardeos marcam os estado de dobramento das protenas

    diversas protenas precisam de glicosilao N-ligada para seu dobramento adequado no RE

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    calnexina liga-se s protenas incompletamente dobradas contendo uma glicose terminal em oligossacardeos N-ligados

    calnexina

    glicosidase

    glicosil transferase

    protenas mal dobradas so exportadas para o citoplasma e degradadas

    proteassomo

    RETROTRANSLOCAO OU DESLOCAMENTO

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    oligossacardeos N-ligados funcionam como temporizadores.

    protenas que dobram-se corretamente e saem do RE antes da ao de manosidase escapam a degradao

    Protenas mal dobradas no RE ativam uma resposta de protenas desdobradas

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    um aumento da transcrio de genescodantes para chaperonas do RE

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    a adeso de GPI ancora a protena ao RE

    glicosilfosfatidilinositol (GPI)

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    Tripanossomos usam protenas ancoradas a GPI como mecanismo de evaso imunolgica

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    Retculo endoplasmtico lisoa membrana do REL no possui ribossomos associados

    Quais as funes do RE liso?

    1) biossntese de cidos graxos e hormnios esterides (p.ex. estrognio e testosterona)

    2) detoxificao heptica de compostos orgnicos, como barbitricos e alcolcomo barbitricos e alcol

    3) sequestro de ons de clcio

    clulas de Leydig produzem testosterona

    1) biossntese de cidos graxos

    fosfatidilcolina produzida a partir de glicerol-3-fosfato, citidina-difosfocolina e cidos graxos

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    a sntese de fosfolipdeos ocorreexclusivamente no lado citoplasmtico

    novas molculas de lipdeos so adicionadas apenas nametade citoplasmtica da bicamada

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    o RE tambm produz colesterol e ceramidas

    scramblase flipase

    FIBRA MUSCULAR ESQUELTICA

    3) sequestro de ons de clcio e a contrao muscular

    retculo sarcoplasmtico

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    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    o canal de liberao de Ca2+ na membrana do retculo sarcoplasmticoabre-se pela ativao de canais de Ca2+ dependentes de voltagem

    a contrao muscular depende de miosina II e filamentos de actina

    Alberts et al. (2008) In: Molecular Biology of the Cell. 5 ed.

    a ligao de Ca2+ troponina libera o bloqueio de tropomiosina da interao entre actina e a cabea de miosina

    complexo troponina

    tropomiosina

    tropomiosina bloqueia a ligao de miosina

    a presena de Ca2+ expe o local de ligao da miosina

    o espermatozide ativa o ocito

    fosfolipase C

    *fora de escala

    modificado de Alberts et al. (2008) Molecular Biology of the Cell. 5 ed. Wang & Kaufman (2014) In: Nat Rev Cancer

    Wang & Kaufman (2014) In: Nat Rev Cancer

    RE rugoso vs. RE liso

    ribossomos na superfcieexterna

    no associado a ribossomos

    local de sntese de

    envolvido noprotenas destinadas a

    secreometabolismo de lipdeos