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Aula 02 Contabilidade de Custos p/ ICMS/RJ Professores: Gabriel Rabelo, Luciano Rosa

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Contabilidade de custos 02

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    Contabilidade de Custos p/ ICMS/RJ

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    SUMRIO

    0. VAMOS CONTINUAR? ................................................................................................... 2 1. CUSTEIO E CONTROLE DOS MATERIAIS DIRETOS. .......................................................... 3 1.1. DEFINIO ........................................................................................................... 3 1.2. MATERIAIS DIRETOS CUSTO DE AQUISIO .......................................................... 6 1.2.1. REGRA GERAL ....................................................................................................... 6 1.2.2. DESCONTOS COMERCIAIS E ABATIMENTOS .............................................................. 7 1.3. CRITRIOS DE AVALIAO ........................................................................................ 8 1.3.1. ESTOQUE DE MATRIA PRIMA ................................................................................. 8 1.3.2. TRATAMENTO DOS GASTOS DE FRETES E ARMAZENAGEM .......................................... 9 1.3.3. IMPOSTOS RECUPERVEIS.................................................................................... 10 1.3.3.1. COMPRA DE MATRIA PRIMA .............................................................................. 13 1.3.3.2. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIO DE INDSTRIA) . 14 1.3.3.3. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIO DE EMPRESA COMERCIAL) ................................................................................................................. 14 1.4. TRATAMENTO DAS PERDAS ...................................................................................... 15 2. MO DE OBRA DIRETA E INDIRETA ............................................................................. 16 2.1 DEFINIO .......................................................................................................... 16 2.2 CUSTO DA MO DE OBRA ...................................................................................... 16 2.2.1. ENCARGOS SOCIAIS ............................................................................................ 17 2.2.2 PROVISO PARA PAGAMENTO DE FRIAS ................................................................ 18 2.2.3 PROVISO PARA PAGAMENTO DE 13 SALRIO ........................................................ 19 3. CUSTOS INDIRETOS .................................................................................................. 20 3.1 DEFINIO E CRITRIOS DE RATEIO ......................................................................... 20 3.1.1. ESQUEMA BSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS ................................................ 20 3.2. CRITRIOS DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS ....................................................... 22 3.3. DEPARTAMENTALIZAO ......................................................................................... 23 3.4. APLICAO DOS CUSTOS INDIRETOS DE PRODUO ................................................. 24 4.2. SISTEMAS DE ACUMULAO DE CUSTOS: POR ORDEM E POR PROCESSO. .................... 25 4.2.1 FORMAS DE PRODUO ...................................................................................... 25 4.2.1.1 PRODUO POR ORDEM ................................................................................... 25 4.2.1.1.1 TRATAMENTO CONTBIL ............................................................................... 25 4.2.1.1.2 ENCOMENDAS DE LONGO PRAZO DE EXECUO .............................................. 26 4.2.1.1.3 - TRATAMENTO DO CUSTO DE EMPRSTIMOS DESTINADOS A FINANCIAR ESTOQUE NA PRODUO POR ORDEM. .......................................................................................... 27 4.2.1.2 - PRODUO CONTNUA ..................................................................................... 31 4.2.1.2.1 TRATAMENTO CONTBIL ............................................................................... 31 5 - QUESTES COMENTADAS ......................................................................................... 32 6. QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ........................................................................ 63 7. GABARITO DAS QUESTES COMENTADAS NESTA AULA ................................................. 77

    AULA 02: 3. CUSTEIO E CONTROLE DOS MATERIAIS DIRETOS. 4. CUSTEIO, CONTROLE, TRATAMENTO CONTBIL DA MO DE OBRA DIRETA E INDIRETA. 5. CUSTEIO, TRATAMENTO CONTBIL E CUSTOS INDIRETOS DE FABRICAO. 6. CRITRIOS DE RATEIO. 7. CUSTEIO POR ORDEM E POR PROCESSO.

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    0. VAMOS CONTINUAR?

    Ol, meus amigos. Como esto?! Esperamos que estejam gostando das aulas. Aps a ltima aula, vamos enviar uma pequena aula extra, s com questes resolvidas de custos, de provas recentes da FCC. Estamos disposio para sanar as dvidas que surjam no decorrer do curso. Pedimos para usar preferencialmente o frum de dvidas do site Estratgia Concursos. Nossos emails so: [email protected] [email protected] Forte abrao! GABRIEL RABELO/LUCIANO ROSA.

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    1. CUSTEIO E CONTROLE DOS MATERIAIS DIRETOS. 1.1. DEFINIO J mencionamos, na aula anterior, a definio de custo direto e custo indireto: Custos diretos so aqueles que podem ser diretamente apropriados aos produtos. Exemplo: matria-prima, mo de obra direta, embalagens, etc. Custos Indiretos so aqueles que no podem ser diretamente apropriados aos produtos. A sua alocao feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrria. Exemplo: Aluguel da fbrica, superviso, chefia, etc. (Eliseu Martins, Contabilidade de Custos.) Vamos expandir um pouco esses conceitos. A primeira coisa que devemos ter em mente que custo direto no o mesmo que custo varivel; e custo indireto no sinnimo de custo fixo. A classificao custo direto ou custo indireto refere-se identificao do custo com o produto elaborado. Os custos que podem ser atribudos diretamente a um produto so os custos diretos. J aqueles que necessitam de um critrio de rateio para serem alocados aos produtos so os custos indiretos. A classificao entre custos fixos e variveis refere-se variao dos custos em relao variao da quantidade produzida. Assim, um custo fixo pode ser direto ou indireto. O mesmo ocorre com os custos variveis. So duas classificaes separadas, com finalidades distintas, e no h relao entre elas. Ou seja, embora os custos fixos sejam em sua maioria custo indiretos, pode haver custo fixo direto. Com os custos variveis ocorre o mesmo. Repetimos, so classificaes separadas. Para tornar mais clara a distino entre custo direto e indireto, vamos reproduzir um exemplo que consta no livro Contabilidade de Custos, do Prof. Eliseu Martins: Suponhamos que os seguintes Custos de Produo de determinado perodo precisem ser alocados aos quatro diferentes produtos elaborados pela empresa:

    Matria-prima 2.500.000

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    Embalagens 600.000 Material de consumo 100.000 Mo-de-obra 1.000.000 Salrio da Superviso 400.000 Depreciao das Mquinas 300.000 Energia Eltrica 500.000 Aluguel do Prdio 200.000 Total 5.600.000

    O responsvel por Custos faz os levantamentos e anlises necessrias e verificou o seguinte: Matria-prima e Embalagens: podem ser apropriadas perfeita e diretamente aos quatro produtos, j que foi possvel identificar quanto cada um consumiu. Material de Consumo: Alguns so lubrificantes de mquinas, e no h como associ-los a cada produto diretamente, e outros so de to pequeno valor que ningum se preocupou em associ-los a cada produto. Mo-de-obra: possvel associar parte dela diretamente com cada produto, pois o processo no muito automatizado e houve uma medio de quanto cada operrio trabalhou em cada um e quanto custa cada operrio para a empresa. Mas parte dela refere-se aos chefes de equipe de produo, e no h possibilidade de se verificar quanto atribuir diretamente aos produtos ($200.000 dos $1.000.000). Salrios da Superviso: muito mais difcil de ainda de se alocar por meio de uma verificao direta e objetiva do que a mo-de-obra dos chefes de equipe de produo, j que essa superviso a geral da produo. Representa esse custo o gasto da superviso dos chefes de equipes e, por isso mesmo, muito mais difcil a alocao aos produtos. Depreciao das mquinas: a empresa deprecia linearmente em valores iguais por perodo, e no por produto. Haveria possibilidade de apropriar diretamente a cada produto se a depreciao fosse contabilizada de outra forma. Energia Eltrica: parte dela possvel alocar a trs dos quatro produtos, j que a mquina que mais consome fora possui um medidor prprio, e a empresa faz verificaes de quanto consome cada item elaborado. Porm , o resto da energia s medido globalmente, e no h forma direta de alocao ($350.000 so alocveis e $150.000 no). Aluguel do prdio: impossvel de se medir diretamente quanto pertence a cada produto.

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    Verificamos que alguns custos podem ser diretamente apropriados aos produtos. So os Custos Diretos com relao aos produtos. Em outros casos, no h uma medida objetiva, e a alocao tem que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrria. So os Custos Indiretos com relao aos produtos. importante ressaltar que a classificao entre custos diretos e indiretos relacionada acima vale para as condies descritas. Ou seja, para uma empresa a depreciao pode ser um custo indireto e para outra pode ser um custo direto. H que se verificar o que diz a questo. Alguns custos so irrelevantes e, embora pudessem ser apropriados diretamente (como no caso de Material de consumo, neste exemplo), recebem um tratamento de custo indireto. A relao custo-benefcio no justifica um tratamento mais detalhado para custos irrelevantes. Lembramos que no h um valor objetivo para que um custo seja considerado relevante ou irrelevante. Segundo o CPC 00 Procedimento Conceitual Bsico, do Comit de Pronunciamentos Contbeis, informao contbil-financeira relevante aquela capaz de fazer diferena nas decises que possam ser tomadas pelos usurios. Alguns custos, como a depreciao, poderiam ser apropriados de forma direta, mas, pela prpria natureza do custo, muitas vezes no considerado til esse procedimento. E, finalmente, alguns custos, como a Energia Eltrica, embora possam ser relevantes, no so tratados como diretos, j que seria necessrio um sistema de mensurao da quantidade aplicada em cada produto. Devido ao custo desse sistema, ou por ser de difcil aplicao, ou ainda por no ser muito diferente o valor assim obtido daquele que se calcularia com base na potncia de cada mquina e no volume de sua utilizao, prefere-se fazer a apropriao de forma indireta. Sempre que necessrio utilizar qualquer fator de rateio para a apropriao ou quando h o uso de estimativas ao invs de medio direta, fica caracterizado o custo indireto. Assim, o rol dos Custos Indiretos inclui Custos Indiretos propriamente ditos e Custos Diretos (por natureza), mas que so tratados como indiretos em funo de sua irrelevncia ou da dificuldade de sua medio. Com respeito especificamente mo-de-obra, o Prof. Eliseu Martins ressalta que a mo de obra direta aquela que diz respeito ao gasto com pessoal que trabalha e atua diretamente sobre o produto que est sendo elaborado; a mo de obra indireta a relativa ao pessoal de chefia, superviso ou outras

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    atividades que, apesar de vinculadas produo, no tem aplicao direta sobre o produto: manuteno, programao e controle da produo, etc. 1.2. MATERIAIS DIRETOS CUSTO DE AQUISIO 1.2.1. REGRA GERAL

    Regra geral: todos os gastos incorridos para a colocao do ativo em condies de uso (equipamentos, matrias-primas, ferramentas, etc) ou em condies de venda (mercadoria, etc) incorporam o valor desse mesmo ativo. (Eliseu Martins, op cit.) Texto do Pronunciamento CPC 16 (R1) Estoques: CUSTOS DO ESTOQUE 10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS CUSTOS DE AQUISIO E DE TRANSFORMAO, BEM COMO OUTROS CUSTOS INCORRIDOS PARA TRAZER OS ESTOQUES SUA CONDIO E LOCALIZAO ATUAIS. CUSTOS DE AQUISIO 11. O custo de aquisio dos estoques compreende o preo de compra, os impostos de importao e outros tributos (exceto os recuperveis junto ao fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuveis aquisio de produtos acabados, materiais e servios. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinao do custo de aquisio. (NR) (Nova Redao dada pela Reviso CPC n. 1, de 8/01/2010) Assim, o custo de aquisio dos estoques compreende:

    1) Preo de compra 2) Impostos de importao e outros tributos (exceto os recuperveis). Os

    tributos recuperveis so: a) Matria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois ltimos na modalidade

    no cumulativa) b) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois ltimos na

    modalidade no cumulativa) 3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuveis

    aquisio. Os descontos comerciais e os abatimentos devem ser deduzidos do custo de aquisio, como veremos a seguir.

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    1.2.2. DESCONTOS COMERCIAIS E ABATIMENTOS Descontos comerciais ou incondicionais so aqueles que so negociados no momento da compra, sem nenhuma condio. Exemplo: determinada mercadoria custa 100 reais a unidade, mas, na negociao, acaba saindo por 95 reais. O vendedor concede um desconto de 5 reais, para realizar a venda. Esse tipo de desconto deve ser deduzido do custo do produto. J que falamos em descontos, vamos mencionar tambm o desconto financeiro ou condicional. Ocorre quando o vendedor oferece um desconto para antecipar o pagamento. Por exemplo, numa determinada venda, com vencimento em 30 dias, o vendedor pode oferecer um desconto de 2% para pagamento em 15 dias. Esse tipo de desconto contabilizado como Receita Financeira, para o comprador, e no afeta o custo do estoque. O abatimento ocorre num momento posterior compra. Por exemplo, uma loja fecha um pedido de cadeiras por 100 reais a unidade e, quando recebe a mercadoria, a cor est diferente do que foi pedido. Nesse caso, o vendedor pode conceder um abatimento para que a mercadoria no seja devolvida. Digamos, um abatimento de 3 reais por unidade. Nesse caso, a Nota Fiscal emitida por 100 reais a unidade, mas dever entrar para o estoque apenas 97 reais (sem considerar impostos ou outros custos). A lei das S.A.s (Lei 6.404/76) estabelece o seguinte, sobre esse assunto:

    CRITRIOS DE AVALIAO DO ATIVO

    Art. 183. No balano, os elementos do ativo sero avaliados segundo os seguintes critrios: (...) II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comrcio da companhia, assim como matrias-primas, produtos em fabricao e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisio ou produo, deduzido de proviso para ajust-lo ao valor de mercado, quando este for inferior; Estas so as determinaes gerais sobre avaliao de estoque. Veremos agora alguns pontos especficos.

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    1.3. CRITRIOS DE AVALIAO 1.3.1. ESTOQUE DE MATRIA PRIMA registrado pelo valor original, e deve incluir todos os custos de aquisio, bem como outros custos incorridos para trazer os estoques sua condio e localizao atuais. Assim, o custo dos estoques de matria-prima compreende o preo de compra, os impostos de importao e outros tributos, bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente relacionados com a aquisio dos materiais. No caso de venda a prazo, os juros e despesas financeiras no devem integrar o custo do estoque. Devem ser apropriados como despesas financeiras proporcionalmente ao prazo, exceto no caso de financiamento de ativos qualificveis. Descontos comerciais e abatimentos no integram o custo. No caso de estoques importados, a variao cambial incorrida at a data da entrada da matria prima no estabelecimento do comprador ser integrada ao custo; a partir da, ser apropriada como despesa financeira. Segundo a Lei das S.A.s (lei 6404/76):

    Art. 183. No balano, os elementos do ativo sero avaliados segundo os seguintes critrios:

    II - os direitos que tiverem por objeto mercadorias e produtos do comrcio da companhia, assim como matrias-primas, produtos em fabricao e bens em almoxarifado, pelo custo de aquisio ou produo, deduzido de proviso para ajust-lo ao valor de mercado, quando este for inferior;

    1o Para efeitos do disposto neste artigo, considera-se valor justo: (Redao dada pela Lei n 11.941, de 2009)

    a) das matrias-primas e dos bens em almoxarifado, o preo pelo qual possam ser repostos, mediante compra no mercado;

    Os estoques de matrias-primas, via de regra, no se destinam a ser vendidos. Sero usados na fabricao de produtos acabados. por isso que o preo de reposio considerado o valor justo; o preo pelo qual o fornecedor das matrias-primas ir vend-la. H ainda um outro ponto na avaliao das matrias-primas. Conforme o CPC 16 Estoques:

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    32. Os materiais e os outros bens de consumo mantidos para uso na produo de estoques ou na prestao de servios no sero reduzidos abaixo do custo se for previsvel que os produtos acabados em que eles devem ser incorporados ou os servios em que sero utilizados sejam vendidos pelo custo ou acima do custo. Porm, quando a diminuio no preo dos produtos acabados ou no preo dos servios prestados indicar que o custo de elaborao desses produtos ou servios exceder seu valor realizvel lquido, os materiais e os outros bens de consumo devem ser reduzidos ao valor realizvel lquido. Em tais circunstncias, o custo de reposio dos materiais pode ser a melhor medida disponvel do seu valor realizvel lquido. Os produtos acabados e as mercadorias destinam-se, apenas, venda. A empresa s pode ganhar dinheiro com tais estoques atravs da venda. Assim, quando o valor realizvel lquido fica abaixo do custo, o estoque deve ser ajustado, reconhecendo-se uma perda. No caso das matrias-primas, alm de comparar o custo com o preo de reposio, devemos tambm verificar se os produtos acabados nos quais eles sero incorporado possui preo igual ou superior ao custo. Nesse caso, no ajustamos o estoque de matrias-primas, eis que seu valor ser recuperado pelo uso nos produtos acabados. 1.3.2. TRATAMENTO DOS GASTOS DE FRETES E ARMAZENAGEM Fretes: J mencionamos que o frete integra o custo da matria prima. Mas vale ressaltar o seguinte ponto: o frete sobre as vendas da empresa (ou seja, o valor gasto para enviar os produtos acabados aos clientes) deve ser tratado como despesa. Frete sobre compras (matria prima, mercadoria) CUSTO Frete sobre venda DESPESA Armazenagem: Com relao armazenagem, ocorre a mesma distino. Quando a empresa compra matria prima, pode ser necessrio armazen-la por algum tempo, antes de utiliz-la na produo. Tais gastos com armazenagem so includos no custo da produo. Mas, quando uma empresa adquire mercadoria, os gastos com armazenagem so considerados despesas. Pois a mercadoria j est pronta, j foi produzida. Lembra da regra geral?

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    Todos os gastos incorridos para a colocao do ativo em condies de uso (equipamentos, matrias-primas, ferramentas, etc) ou em condies de venda (mercadoria, etc) incorporam o valor desse mesmo ativo. (Eliseu Martins, op.cit.) As mercadorias adquiridas j esto em condio de venda, quando chegam empresa. O tempo de estocagem no ocorre para coloc-las em condies de venda. Portanto, tais gastos vo para a despesa. O mesmo ocorre com os produtos acabados. Sua armazenagem despesa, e no custo. Armazenagem de matria prima CUSTO Armazenagem de mercadorias ou produtos acabados DESPESA Vamos falar sobre os impostos recuperveis? 1.3.3. IMPOSTOS RECUPERVEIS So os impostos no cumulativos, ou seja, a empresa pode se creditar do imposto cobrado nas operaes anteriores. Compreendem o IPI, o ICMS, o PIS e o COFINS. IPI Imposto sobre Produtos Industrializados: um imposto por fora, o que significa que no est includo no preo do produto . Portanto, deve ser acrescentado ao preo. Normalmente, a questo informa qual a alquota que deve ser considerada ou o valor do IPI. ICMS Imposto sobre Circulao de Mercadorias e Servios: um imposto por dentro, ou seja, j est includo no preo da mercadoria ou produto. Possui vrias alquotas, sendo que normalmente a questo informa qual deve ser utilizada. PIS Programa de Integrao Social: um tributo por dentro. Existe nas modalidades cumulativas e no-cumulativas. As alquotas so: Cumulativa: 0,65 % No-cumulativa: 1,65 % COFINS Contribuio para a Seguridade Social: um tributo por dentro. Existe nas modalidades cumulativas e no-cumulativas. As alquotas so: Cumulativa: 3,0 % No-cumulativa: 7,6 % Observao: como estamos interessados nos aspectos contbeis, no entraremos em maiores detalhes sobre os tributos, os quais podem ser estudados na disciplina Direito Tributrio.

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    Impostos por dentro e por fora. Vamos detalhar a forma de clculo do IPI (por fora) e do ICMS (por dentro). Normalmente, as questes informam o preo da mercadoria ou o preo da compra. O preo inclui o ICMS (imposto por dentro), mas no inclui o IPI (imposto por fora). Exemplo: A empresa KLS adquiriu matria-prima a prazo, ao preo de $1.000 reais, com incidncia de ICMS de 18% e IPI de 10%. Indique a contabilizao. Clculo do imposto: IPI: 1.000 x 10% = 100. Como o IPI no est includo no preo, deve ser somado. Valor da Nota Fiscal: 1.000 + IPI 100 = $ 1.100 ICMS: 1.000 x 18% = 180 Contabilizao (considerando que os dois impostos so recuperveis): D Estoque matria prima 820 D ICMS a recuperar 180 D IPI a recuperar 100 C Fornecedores 1.100 J foi cobrado: (ESAF/MPOG/APO/2008) A empresa comercial Armazm Popular S.A. utiliza o controle permanente de estoques para contabilizar suas mercadorias. Em junho de 2007, a empresa adquiriu uma partida de raquetes de tnis para revender, tendo praticado a seguinte composio de custos: Preo de compra: R$ 200.000,00; IPI incidente sobre a compra: R$ 10.000,00; ICMS incidente sobre a compra: R$ 18.000,00. Ao contabilizar essa operao de compra, a empresa dever fazer o seguinte lanamento (...) Resoluo: O preo inclui o ICMS (por dentro), mas no inclui o IPI (por fora). Assim, o valor total pago ser $ 200.000 + IPI $ 10.000 = $210.000. Trata-se de mercadorias para revender, portanto o ICMS ser recuperado e o IPI no. Valor do estoque: $ 210.000 ICMS $ 18.000 = $ 192.000

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    Contabilizao: D Estoque de mercadorias 192.000 D ICMS a Recuperar 18.000 C Fornecedores 210.000 Obs: a questo no menciona que a compra foi a prazo, mas todas as alternativas creditavam fornecedores. J mencionamos que o preo da mercadoria inclui o ICMS, mas no o IPI. Mas devemos atentar para a seguinte pegadinha: se a questo mencionar o valor da Nota Fiscal ou o valor pago, este j inclui o IPI. Explicando melhor: 1) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria ao PREO TOTAL de R$ 1.000, com ICMS de 18% e IPI de 10%. Qual foi o valor total da Nota fiscal? R: O preo inclui o ICMS (que "por dentro") e no inclui o IPI ("por fora"). Assim, o total da NF ser: 1.000 + 10% de IPI = 1100 2) Empresa comprou 10 unidades de uma determinada mercadoria PAGANDO O TOTAL de 1000, com ICMS de 18% e IPI de 10%. Qual foi o valor total da Nota fiscal? R: Se o comprador pagou 1000, este o valor total da NF., j com 10% de ipi incluso. Essa pegadinha j caiu em prova? J, sim: (ESAF/ MDIC/Analista de Comrcio Exterior/2002) A empresa Trs Ramos de Trevo realizou apenas duas vendas em agosto. Uma de 300 unidades, no dia 15; e outra de 480 unidades, no dia 25. O valor apurado foi o mesmo em cada operao, sendo a primeira a prazo e a segunda a vista. O valor total cobrado foi de R$ 5.280,00, correspondente ao preo de venda com incidncia de ICMS de 17% e de IPI de 10%. Exclusivamente com base nas informaes acima, podemos dizer que o preo unitrio de venda alcanado na operao do dia a) 25 de agosto foi de R$ 5,00. b) 25 de agosto foi de R$ 5,50. c) 15 de agosto foi de R$ 6,64. d) 15 de agosto foi de R$ 7,92. e) 15 de agosto foi de R$ 8,80.

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    Resoluo: O valor apurado foi o mesmo em cada operao, e o valor total foi de $ 5.280,00. Assim, o valor apurado em cada operao foi de $ 5.280 / 2 = $ 2.640. Esse foi o valor cobrado, que inclui o IPI de 10%. Para calcular o preo de venda unitrio, devemos excluir o IPI (o preo inclui o ICMS, mas no o IPI). $ 2.640 / 1,1 = $ 2.400 Preo unitrio da venda do dia 15: $ 2.400 / 300 unid. = $ 8,00 Preo unitrio da venda do dia 25: $ 2.400 / 480 unid. = $ 5,00 Gabarito A 1.3.3.1. COMPRA DE MATRIA PRIMA A empresa KLS adquiriu matria-prima a prazo, com preo de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. Determine a contabilizao.

    IPI (100.000 x 10%) 10.000 Preo da Matria Prima (sem IPI e com ICMS) 100.000 ICMS (100.000 x 18%) 18.000 PIS (100.000 x 1,65%) 1.650 COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600

    OBS: Usaremos sempre esse formato de clculo. A partir do preo da mercadoria (segunda linha na tabela), o IPI ir aumentar o valor da nota fiscal ( por fora, lembra?). Por isso, colocamos o clculo do IPI acima do preo da mercadoria. J o ICMS, o PIS e a COFINS esto dentro do preo da mercadoria, assim no afetam o valor total da nota fiscal. Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000 Nesse caso, o IPI recupervel. O valor do estoque : 110.000 10.000(IPI) 18.000 1.650 -7.600 = 72.750 Assim, a contabilizao a seguinte: D Estoque 72.750 D IPI a recuperar 10.000 D ICMS a recuperar 18.000 D PIS a recuperar 1.650 D COFINS a recuperar 7.600

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    C Fornecedores 110.000 1.3.3.2. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIO DE INDSTRIA) A empresa KLS adquiriu mercadoria a prazo, diretamente do fabricante, com preo de $ 100.000,00, com IPI de 10%, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e COFINS de 7,6%. Determine a contabilizao. Neste caso, o IPI no recupervel. Como se trata de mercadoria destinada comercializao, o IPI no entra na base de clculo do ICMS. Mas, como ser incorporado ao custo do estoque, o IPI entra na base de clculo do PIS e do COFINS. Chamamos a ateno para esse caso, em particular. A base de clculo do ICMS ser diferente da base de clculo do PIS e COFINS. Vamos aos clculos:

    IPI (100.000 x 10%) 10.000 Preo da Matria Prima (sem ipi e com icms) 100.000 ICMS (100.000 x 18%) 18.000 PIS (110.000 x 1,65%) 1.815 COFINS (110.000 x 7,6 %) 8.360

    Valor da Nota Fiscal: 100.000 + IPI 10.000 = 110.000 Nesse caso, o IPI no recupervel. O valor do estoque : 110.000 18.000 1.815 -8.360 = 81.825 Assim, a contabilizao a seguinte: D Estoque 81.825 D ICMS a recuperar 18.000 D PIS a recuperar 1.815 D COFINS a recuperar 8.360 C Fornecedores 110.000 1.3.3.3. COMPRA DE MERCADORIA POR EMPRESA COMERCIAL (AQUISIO DE EMPRESA COMERCIAL) A empresa LKS adquiriu mercadoria a prazo, de uma empresa comercial, com preo de $ 100.000,00, ICMS de 18%, PIS de 1,65% e Cofins de 7,6%. Determine a contabilizao.

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    Este o caso mais fcil, por isso deixamos para o final. Como a empresa vendedora uma empresa comercial, no h IPI. Os clculos ficam assim: Preo da Matria Prima (sem ipi e com icms) 100.000 ICMS (100.000 x 18%) 18.000 PIS (100.000 x 1,65%) 1.650 COFINS (100.000 x 7,6 %) 7.600 Valor da Nota Fiscal: 100.000 Nesse caso, no h IPI. O valor do estoque : 100.000 18.000 1.650 -7.600 = 72.750 Assim, a contabilizao a seguinte: D Estoque 72.750 D ICMS a recuperar 18.000 D PIS a recuperar 1.650 D COFINS a recuperar 7.600 C Fornecedores 100.000 1.4. TRATAMENTO DAS PERDAS J vimos esse assunto na aula anterior, mas no custa recordar: as perdas de material direto na produo podem ser normais, decorrentes do processo produtivo, ou perdas anormais, decorrentes de algum fato excepcional. O tratamento contbil o seguinte:

    a) As perdas normais so apropriadas ao custo do produto. Por exemplo, se uma empresa usa 1.000 kgs de uma determinada matria prima e ocorre uma perda de 5% no processo de produo, o custo dos 1000 kgs ser considerado normalmente.

    b) As perdas anormais so tratadas como despesa do perodo, no afetando o custo da produo. Por exemplo, se ocorre um incndio e a empresa perde 5.000 kgs do estoque de matria prima, no deve incluir o valor desse estoque como custo da produo, e sim como despesa.

    Muito bem. Basta de materiais diretos. Vamos ver agora a mo de obra.

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    2. MO DE OBRA DIRETA E INDIRETA

    2.1 DEFINIO Mo de obra direta: aquela que pode ser apropriada diretamente ao produto. Mo de obra indireta: Ocorre quando o custo da mo de obra necessita de algum tipo de rateio ou estimativa, para ser atribudo aos produtos. Alguns exemplos mais comuns de Mo de obra Direta so: torneiro, prensista, soldador, cortador, pintor, etc. E de Mo de obra indireta: supervisor, encarregado de setor, pessoal da manuteno, ajudante, etc. A legislao trabalhista brasileira garante um mnimo de 220 horas por ms, mesmo aos operrios contratados por hora. Assim, considerando o total do ms, a folha de pagamento um gasto fixo (pelo menos quando no excede as 220 horas, do contrrio teremos gastos com horas extras). Mas o custo da Mo de obra Direta no um gasto fixo. Isso ocorre porque s considerara Mo de obra Direta a parte relativa ao tempo realmente utilizado no processo de produo. O tempo que algum operrio deixou de trabalhar diretamente no produto deixa de ser classificado como Mo de obra Direta. Se houver um nvel normal de ociosidade, devido a fatores como falta de material, de energia, quebra de mquinas, etc, esse tempo no utilizado ser transformado em custo indireto para rateio produo. Se, por outro lado, ocorrer uma ociosidade anormal, excepcional, ser considerada como perda do perodo (como no caso de uma grave prolongada). 2.2 CUSTO DA MO DE OBRA Apurao do custo da mo de obra O custo da mo de obra deve incluir todos os encargos sociais, a proviso de frias e a proviso de dcimo terceiro salrio. Mas, naturalmente, para concursos, a questo pode indicar apenas alguns encargos. Devemos sempre seguir as instrues da questo. Vamos ver rapidamente o clculo das provises de frias e dcimo terceiro, e dos encargos sociais.

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    2.2.1. ENCARGOS SOCIAIS Os principais encargos so o INSS e o FGTS. INSS: H dois tipos de recolhimentos que as empresas realizam, para o INSS: 1) INSS retido do funcionrio: as empresas descontam dos funcionrios a contribuio previdenciria sobre o salrio recebido, e posteriormente repassa o valor para o INSS. No despesa da empresa. Essa parcela do recolhimento ao INSS devido pelo empregado. A empresa apenas desconta e repassa. O percentual de desconto varia de 8% a 11%, conforme a faixa salarial do funcionrio. Este valor no includo na proviso para frias, pois no encargo da empresa. Vamos ver como ficaria a contabilizao do pagamento de salrio no valor de R$ 1.000,00, com reteno do INSS de 9%: D Despesa de salrio 1.000 C INSS retido a recolher (Passivo) 90 C Salrios a pagar (Passivo) 910 Pelo pagamento do salrio: D Salrio a pagar 910 C Caixa 910 Pelo recolhimento do INSS: D INSS retido a recolher 90 C Caixa 90 Como se observa, o INSS dos funcionrios no despesa para a empresa; e tambm no afeta o valor das despesas de salrios ( a empresa apenas desconta e repassa, nada mais). 2) INSS patronal: Constitui um encargo da empresa, que deve recolher 20% do valor da folha salarial ao INSS. FGTS (Fundo de Garantia por Tempo de Servio) : Tambm encargo da empresa. Corresponde a 8% do valor do salrio. O FGTS fica depositado numa conta, em nome do funcionrio, e pode ser retirado quando o funcionrio demitido, ou em certos casos: compra de imvel, doena, etc.

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    H ainda outra contribuies, como o Seguro de Acidentes de Trabalho, Sebrae, Sesc, Senai, etc. Algumas so variveis, como o SAT (seguro de acidente do trabalho), cuja alquota depende do grau de risco da atividade. Mas normalmente as questes informam o percentual de encargos sociais que deve ser considerado. 2.2.2 PROVISO PARA PAGAMENTO DE FRIAS Entre os direitos dos funcionrios, encontra-se o direito s frias, aps trabalhar um ano. Mas, contabilmente, deve ser reconhecido 1/12 por ms, para observar o Princpio da Competncia. A legislao estabelece que o funcionrio tem direito s frias, aps um ano de trabalho; se for demitido antes de um ano, a empresa deve pagar frias proporcionais. Ou seja, o funcionrio demitido aps 9 meses de trabalho tem direito a 9/12 do salrio, referente s frias proporcionais. A proviso de frias dedutvel para efeito de Imposto de Renda, e deve ser calculada individualmente para cada funcionrio. A contagem de dias de frias a que o funcionrio tem direito na data do enceramento das demonstraes financeiras ser efetuada da seguinte forma: 1) Nos casos de perodos completos, aps 12 meses de trabalho, o funcionrio ter direito a frias na seguinte proporo: At 5 faltas 30 dias corridos De 6 a 14 faltas 24 dias corridos De 15 a 23 faltas 18 dias corridos De 24 a 32 faltas 12 dias corridos Acima de 32 faltas Perde o direito s frias. 2) Perodo incompleto: dever ser constituda proviso para pagamento das frias proporcionais, com base em 1/12 avos do salrio mais encargos por ms ou frao superior a 14 dias. Alm do salrio, devem ser tambm provisionados os encargos e o adicional de frias (um tero). Abono de frias: Ao sair de frias, o funcionrio tem direito ao Abono de frias, no valor de 1/3 do salrio. O abono deve ser somado ao salrio, para calculo dos encargos sociais.

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    Exemplo: Vamos considerar um funcionrio com salrio de R$ 1.000 reais e com direito a 10/12 avos de frias. A proviso de frias, com abono e encargos, ficaria assim (Obs: vamos calcular apenas o INSS patronal, de 20%, e o FGTS, de 8%, como encargos).

    Salrio 1.000,00 Base para proviso (10/12 avos) 833,00 Abono de frias (1/3) 277,67 Subtotal 1.110,67 INSS (20%) 222,13 FGTS (8%) 88,85 Total Proviso frias 1.421,65

    Esse clculo deve ser feito para todos os funcionrios, um a um. A contabilizao, para os funcionrios da produo, entra como custo de mo-de-obra; para os outros funcionrios, como despesa: Funcionrios da produo: D Custo de Mo de obra proviso de frias 1.421,65 C Proviso de Frias (passivo circulante) 1.421,65 Outros funcionrios (escritrio) D Despesa admin. proviso de frias (resultado) 1.421,65 C Proviso de Frias (passivo circulante) 1.421,65 Observao: A empresa pode contabilizar separadamente cada parcela da proviso de frias (frias, abono, INSS a Recolher, FGTS a recolher) ou pode contabilizar um valor total e manter um controle parte, extra contbil. 2.2.3 PROVISO PARA PAGAMENTO DE 13 SALRIO semelhante proviso para frias. Deve ser apropriado 1/12 avos do salrio por ms, mais encargos. A frao igual ou superior a 15 dias de trabalho ser considerada como ms integral. A proviso para 13 contabilizada como custo, para os funcionrios da produo; e como despesa, para os outros funcionrios. Os encargos (INSS e FGTS) tambm devem ser provisionados.

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    3. CUSTOS INDIRETOS. 3.1 DEFINIO E CRITRIOS DE RATEIO J definimos Custos Indiretos como aqueles que no podem ser atribudos diretamente aos produtos, necessitando de algum critrio de rateio. o que vamos agora estudar: os critrios de rateio. Mas, primeiro, vamos ver o Esquema bsico da Contabilidade de Custos, para uma viso geral do processo de custo. (obs: baseado em exemplo do livro Contabilidade de Custos, de Eliseu Martins). 3.1.1. ESQUEMA BSICO DA CONTABILIDADE DE CUSTOS 1) A separao entre Custo e Despesas. Vamos supor que estes sejam os gastos de determinado perodo da Empresa X:

    Comisses de Vendedores 56.000 Salrios de Fbrica 84.000 Matria prima consumida 240.000 Salrios da Administrao 90.000 Depreciao na fbrica 42.000 Seguros da fbrica 8.000 Despesas Financeiras 35.000 Honorrios da Diretoria 28.000 Materiais diversos - fbrica 10.000 Energia eltrica - fbrica 60.000 Manuteno - fbrica 50.000 Despesas de entrega 30.000 Correios, telefone, telex 3.000 Material de consumo - Escritrio 4.000 Total gastos/abril 740.000

    Iniciamos com a separao entre custos e despesas, da seguinte forma:

    Custos de Produo Salrios de Fbrica 84.000

    Matria-prima consumida 240.000 Depreciao na fbrica 42.000 Seguros da fbrica 8.000

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    Materiais diversos - fbrica 10.000 Energia eltrica - fbrica 60.000 Manuteno - fbrica 50.000 Total gastos/abril 494.000

    Estes gastos integraro o Custo dos produtos.

    Despesas Comisses de Vendedores 56.000

    Salrios da Administrao 90.000 Despesas Financeiras 35.000 Honorrios da Diretoria 28.000 Despesas de entrega 30.000 Correios, telefone, telex 3.000 Material de consumo - Escritrio 4.000 Total de despesas 246.000

    As despesas, que no entraram no custo da produo e totalizaram R$246.000,00, sero contabilizadas diretamente no Resultado do Perodo, sem serem alocadas aos produtos. 2) A apropriao dos Custos Diretos. Digamos que essa empresa elabore dois produtos diferentes, A e B. O prximo passo consiste em apropriar os custos diretos aos produtos. Vamos supor que, alm da matria prima, sejam tambm custos diretos 50% da mo-de-obra e 60% da energia eltrica. Atravs de controles e apontamentos, a empresa identifica os seguintes valores para o custo direto dos produtos:

    Custos de Produo Produto A Produto B TOTAL Salrios de Fbrica 30.000 12.000 42.000 Matria prima consumida 150.000 90.000 240.000 Energia eltrica - fbrica 20.000 16.000 36.000 TOTAL 200.000 118.000 318.000

    3) A apropriao dos Custos Indiretos. Agora, sobraram os custos indiretos:

    Custos Indiretos Salrios de Fbrica - indiretos 42.000

    Depreciao na fbrica 42.000

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    Seguros da fbrica 8.000 Materiais diversos - fbrica 10.000 Energia eltrica - fbrica - indir. 24.000 Manuteno - fbrica 50.000 Total gastos/abril 176.000

    Quando os custos diretos so maiores que os custos indiretos, uma forma simplista de rateio atribuir os custos indiretos proporcionalmente ao que cada produto j recebeu de custos diretos. Esse critrio usado principalmente quando os custos indiretos so bem menores que os custos diretos. Mas h outros critrios, mais sofisticados: 3.2. CRITRIOS DE RATEIO DOS CUSTOS INDIRETOS Salrios de Fabrica indireto: pode ser rateado pelo nmero de funcionrios diretos que trabalham em cada produto. Manuteno fbrica: pelo nmero de horas/mquinas usadas na produo de cada produto. Depreciao: pela quantidade de horas/mquinas usadas por cada produto. Aluguel da fbrica: rateado pela rea ocupada na produo de cada produto (obs: nesse exemplo, no inclumos aluguel da fbrica). Para concursos, a questo deve informar claramente qual ser o critrio de rateio. Apenas para finalizar o exemplo, vamos apresentar o quadro completo de apropriao de custos aos produtos, supondo que as bases de rateio j tenham sido calculadas:

    Custos Diretos Produto A Produto B TOTAL Salrios de Fbrica 30.000 12.000 42.000 Matria-prima consumida 150.000 90.000 240.000 Energia eltrica - fbrica 20.000 16.000 36.000 Sub-total custos diretos 200.000 118.000 318.000 Custos Indiretos

    Salrios de Fbrica - indiretos 25.000 17.000 42.000 Depreciao na fbrica 30.000 12.000 42.000 Seguros da fbrica 5.000 3.000 8.000 Materiais diversos - fbrica 5.000 5.000 10.000 Energia eltrica - fbrica - indir. 15.000 9.000 24.000

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    Manuteno - fbrica 35.000 15.000 50.000 Sub-total custos indiretos 115.000 61.000 176.000 Total dos custos 315.000 179.000 494.000

    Portanto, o esquema bsico : 1) Separar custos de despesas 2) Apropriar os custos diretos 3) Apropriar os custos indiretos, atravs dos critrios de rateio. Com relao aos critrios de rateio dos custos indiretos, para concursos, fica bem simples. A banca deve dizer exatamente qual o critrio a ser utilizado. Devemos apenas seguir o que a questo indicar. 3.3. DEPARTAMENTALIZAO Departamento uma unidade administrativa, representada por pessoas e mquinas que desenvolvem determinada atividade. O Departamento um centro de custos, ou seja, os custos indiretos so acumulados no Departamento, e depois so atribudos aos produtos. Os Departamentos podem ser classificados de duas formas:

    a) Departamentos de produo, nos quais ocorre a atividade produtiva propriamente dita: corte, montagem, acabamento, pintura, forjaria, ou seja, so os departamentos que atuam diretamente na produo;

    b) Departamentos de servios, que prestam servios aos departamentos de produo. Exemplo: manuteno, almoxarifado, Administrao Geral da produo, etc.

    Normalmente, os custos acumulados nos departamentos de servios so apropriados aos departamentos de produo. Assim, com a utilizao dos departamentos, o esquema bsico de custos fica assim:

    a) Separao entre Custos e Despesas; b) Apropriao dos Custos Diretos aos produtos; c) Apropriao dos Custos Indiretos aos Departamentos; d) Rateio dos Custos Acumulados nos Departamentos de Servios aos

    Departamentos de Produo; e) Atribuio dos Custos Indiretos dos departamentos de Produo aos

    produtos. Os custos dos departamentos de servios podem ser atribudos aos departamentos produtivos atravs de trs mtodos:

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    O mtodo direto consiste em atribuir o custo dos departamentos de servios diretamente aos departamentos produtivos, ou seja, departamento de servio no envia custo para outro departamento de servio. S distribui custo aos departamentos produtivos. H, tambm, o mtodo recproco (os custos recprocos entre os departamentos so distribudos). Mtodo trabalhoso, geralmente s resolvido com processamento de dados. E h tambm o sequencial (no qual se escolhe uma ordem para os departamentos e se distribui os custos naquela ordem). No mtodo sequencial, se comearmos, por exemplo, com o departamento de Controle de Qualidade, este distribui seus custos para os outros departamentos at zerar os custos de Controle de Qualidade e no recebe mais nada de transferncia de outros departamentos. Ficar mais claro com uma questo resolvida, ao final da aula.

    3.4. APLICAO DOS CUSTOS INDIRETOS DE PRODUO

    Quando h necessidade de se conhecer o custo de um produto ou de uma ordem durante a sua execuo, deve ser usada a tcnica de Custos Indiretos Aplicados. Por essa tcnica, ao invs de esperar pelo encerramento do perodo para ratear os Custos Indiretos realmente incorridos, a empresa utiliza uma previso dos Custos Indiretos, os quais so aplicados segundo uma Taxa de Aplicao pr determinada. A diferena entre a Taxa estimada e a real deve ser ajustada contabilmente, no fim de cada perodo, mediante distribuio aos produtos, aumentando ou diminuindo os seus custos, levando-os aos valores reais. Vejamos uma questo: (FCC/ICMS SP/ Fiscal de Rendas/2006) A Cia. Capricrnio tem planejado para o exerccio de 2007 os seguintes dados na rea de produo: horas maquinas projetadas anual 240.000,00, MOD unitria de 22,00, GIF anual projetado 3.600.000,00, GIF unitrio projetado de 10,00. A empresa aplica GIF baseados nas horas maquinas. A taxa de aplicao de GIF para o exerccio de 2007 ser: a) 22,00 b) 21,50 c) 19,00 d) 17,00 e) 15,00 Comentrios

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    O valor dos Gastos Indiretos de Fabricao projetado para o ano de R$3.600.000,00. Este valor ser aplicado com base nas horas mquinas, que so projetadas em 240.000 horas anuais. Taxa de aplicao: R$ 3.600.000 / 240.000 h/m = R$ 15,00 Gabarito E

    4.2. SISTEMAS DE ACUMULAO DE CUSTOS: POR ORDEM E POR PROCESSO.

    4.2.1 FORMAS DE PRODUO 4.2.1.1 PRODUO POR ORDEM Ocorre quando a empresa produz atendendo a encomendas dos clientes ou, ento, produz tambm para venda posterior, mas de acordo com determinaes internas especiais, no de forma contnua. Exemplo: Indstrias pesadas, fabricantes de equipamentos especiais, algumas indstrias de mveis, empresas de construo civil, grficas (quando produz especificamente para determinado cliente). 4.2.1.1.1 TRATAMENTO CONTBIL Na produo por ordem, os custos de cada ordem ou encomenda ficam acumulados numa conta especfica. Essa conta s termina de receber custos quando ocorrer o encerramento da ordem. Ao trmino do perodo contbil, se o produto ainda estiver em processamento, no h encerramento, permanecendo os custos at ento incorridos na forma de bens em elaborao, no ativo; apenas quando a ordem for encerrada, os custos sero transferidos para estoque de produtos acabados ou para Custos dos Produtos Vendidos, conforme a situao. Danificaes de Materiais: No caso de perdas normais, h dois procedimentos que podem ser utilizados: 1) Apropriao ordem que est sendo elaborada. A alocao direta ordem til para se conhecer o efetivo resultado de cada uma delas, desde que seja vivel a apropriao direta. Isto ocorre provavelmente na maioria dos casos. 2) Alocao da perda aos custos indiretos, para rateio produo toda do perodo.

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    Caso as danificaes nas matrias-primas ocorram, por exemplo, no armazm de estocagem ou almoxarifado, antes de sua utilizao na produo de determinada ordem, ento dever ser apropriada a todos os produtos do perodo. No caso de danificao de ordens inteiras, o procedimento mais correto a baixa direta para perdas do perodo, sem acumulao dos novos custos de re-elaborao da ordem, para atender ao princpio da prudncia. 4.2.1.1.2 ENCOMENDAS DE LONGO PRAZO DE EXECUO A regra geral que os custos fiquem acumulados numa conta, ocorrendo sua transferncia ao resultado apenas por ocasio da entrega, quando a receita tambm reconhecida. Este procedimento deve ser observado, sempre que possvel. Mas, quando uma empresa trabalha com ordens ou encomendas de longa durao (mais de um ano), pode ser necessria uma alterao. Por exemplo, se a empresa fabrica turbinas para gerao de energia eltrica, ou plataformas para explorao de petrleo, que podem levar vrios anos para a sua produo, e executa poucas por vez, pode no ter entregado nenhuma de suas encomendas, num determinado exerccio. Seu resultado ento seria muito distorcido, pois iria apresentar apenas despesas, sem nenhuma receita. Na situao descrita acima, a apropriao do resultado deve ser reconhecida proporcionalmente produo executada. Ou seja, uma parte da receita reconhecida em cada perodo, com a respectiva apropriao dos custos, ainda que a ordem no esteja concluda. Exemplo: Uma empresa tem uma estimativa de custo total de $ 100.000 para uma encomenda, e a contrata por $ 120.000. No primeiro ano, incorre num custo total de $ 10.000, o que a faz apropriar $12.000 de receita. Se tiver recebido mais de $ 12.000 de seu cliente, ter o excedente contabilizado como Passivo Circulante (Adiantamentos de Clientes, Servios a Executar, ou outra conta); se tiver recebido menos, a diferena aparecer no Ativo Circulante (Contas a Receber, Clientes, Servios executados a Faturar, etc.). No segundo perodo, procede da mesma forma, apropriando sempre 20% a mais de receita do que tiver sido o custo incorrido. (Senado Federal/Analista Legislativo/Contabilidade/FGV/2008) Um estaleiro assina um contrato de longo prazo para a construo de um navio. O preo total $ 520.000 e o custo estimado da obra de $ 380.000. No primeiro ano, o estaleiro incorre em custos de $ 90.000 diretamente vinculados produo

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    do navio. O valor do lucro bruto a ser apresentado pelo estaleiro no primeiro ano, considerando as Normas Brasileiras de Contabilidade, de: a) $ 430.000. b) $ 140.000. c) zero. d) $ 283.800. e) $ 33.158. Comentrios A receita deve ser apropriada proporcionalmente ao custo. Portanto, temos: Custo incorrido: 90.000 / custo total 380.000 = 0,23684 Receita total: 520.000 x 0,23684 = $ 123.158 Receita 123.158 (-) Custo 90.000 (=) Lucro Bruto 33.158 Gabarito E 4.2.1.1.3 - TRATAMENTO DO CUSTO DE EMPRSTIMOS DESTINADOS A FINANCIAR ESTOQUE NA PRODUO POR ORDEM. Trata-se de uma alterao na contabilidade que afeta Custos. Este assunto tratado no Pronunciamento CPC 20 Custo de Emprstimos. Conforme o Pronunciamento CPC 20: Custos de emprstimos so juros e outros custos em que a entidade incorre em conexo com o emprstimo de recursos. Ativo qualificvel um ativo que, necessariamente, demanda um perodo de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos. 7. Dependendo das circunstncias, um ou mais dos seguintes ativos podem ser considerados ativos qualificveis: (a) estoque; (b) planta para manufatura; (c) usina de gerao de energia; (d) ativo intangvel; e (e) propriedade para investimento

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    8. A entidade deve capitalizar os custos de emprstimo que so diretamente atribuveis aquisio, construo ou produo de ativo qualificvel como parte do custo do ativo. A entidade deve reconhecer os outros custos de emprstimos como despesa no perodo em que so incorridos. Portanto, estoque pode ser considerado um Ativo Qualificvel. Um ativo qualificvel (traduo de Qualifying Assets) um ativo que, necessariamente, demanda um perodo de tempo substancial para ficar pronto para seu uso ou venda pretendidos. As normas internacionais de contabilidade admitiam anteriormente dois tratamentos para os custos de emprstimos destinados construo de ativos qualificveis: os custos poderiam ser reconhecidos imediatamente como despesa OU serem capitalizados (somados ao custo de produo do ativo qualificvel) medida que o ativo fosse desenvolvido. Mas a possibilidade de dois critrios diferentes atingia uma importante caracterstica das demonstraes contbeis: a Comparabilidade. De fato, se uma empresa capitalizava os custos dos emprstimos e outra lanava como despesa do exerccio, no havia uniformidade de critrios para permitir a comparao das suas demonstraes financeiras. Assim, a norma internacional (IAS 23) foi alterada a partir de janeiro de 2009, eliminando a possibilidade de contabilizao como despesa e determinando que os custos de emprstimos obtidos, diretamente destinados a financiar a construo, produo ou aquisio de ativos qualificveis, sejam contabilizados como parte do custo desses ativos. Todos os outros custos de emprstimos devero ser reconhecidos como despesa. O argumento tcnico para esse procedimento que os custos dos emprstimos so iguais a quaisquer outros custos que a empresa incorre para a construo do ativo qualificado, e que lanar esses custos para resultado distorce a escolha entre comprar ou construir o ativo. Com a capitalizao dos custos dos emprstimos, o ativo qualificado contabilizado por valor mais prximo ao valor de mercado do ativo. Por outro lado, tal procedimento tem recebido crticas, pois quando os mesmos ativos so construdos com recursos prprios, no h nenhum acrscimo a ttulo de juros sobre o capital utilizado. Dessa forma, o mesmo ativo fica contabilizado por valores diferentes, conforme tenha sido construdo com o uso de emprstimos ou com o uso de capital prprio. (O texto acima foi baseado no Manual de Normas Internacionais de Contabilidade, Ernst & Young e FIPECAFI, Editora Atlas, 2009).

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    Vejamos como isso pode ser cobrado: (Indita) A empresa KLS passou um tempo substancial desenvolvendo e construindo uma nova mquina, tendo incorrido nos seguintes gastos: - Peas e materiais 190.000 - Mo de obra 80.000 Para financiar parte da construo da nova mquina, a empresa contratou um emprstimo no valor de $ 250.000,00, incorrendo em juros no valor de $ 36.000,00. A mquina ser depreciada em 10 anos, sem valor residual, e entrou em funcionamento no dia 1 de agosto de X1. No primeiro ms, a produo foi de 100 peas. Considerando as seguintes informaes, calcule o custo unitrio de cada pea, pelo custeio por absoro. - Matria prima: $ 2.000 - Mo de obra direta: $ 1.200 - Custos indiretos: $ 800 Falta incluir a depreciao da nova mquina. a) 63,50 b) 64,50 c) 65,50 d) 66,50 e) 67,50 Comentrios Custo da nova mquina: Peas e materiais 190.000 Mo de obra 80.000 Juros (construo de ativo qualificado) 36.000 Total 306.000 Depreciao mensal: 306.000 / 10 = 30.600 / 12 = 2.550 Custo da produo total: Matria prima: $ 2.000

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    Mo de obra direta: $ 1.200 Custos indiretos: $ 800 Depreciao da nova mquina; $ 2.550 Total custo de produo do ms: $ 6.550 Custo unitrio = 6.550 / 100 = $ 65,50 por unidade Gabarito C. Observao: As pequenas e mdias empresas seguem um procedimento diferente, contabilizando os custos de emprstimos como despesa, ainda que se refira a ativo qualificado. Vejamos mais uma questo... (Conselho Federal de Contabilidade/Exame de Qualificao Tcnica/2010) De acordo com a NBC T 19.41 Contabilidade para Pequenas e Mdias Empresas, o custo de emprstimos so juros e outros custos que a entidade incorre em conexo com o emprstimo de recursos. Quanto ao reconhecimento desses recursos, assinale a opo correta. a) A entidade deve reconhecer todos os custos de emprstimos como despesa no resultado no perodo em que so incorridos. b) A entidade deve capitalizar os custos de emprstimo que so diretamente atribuveis aquisio, construo ou produo de ativo qualificvel como parte do custo do ativo. A entidade deve reconhecer os outros custos de emprstimos como despesa no perodo em que so incorridos. c) A entidade deve capitalizar os custos de emprstimo que so diretamente atribuveis aquisio, construo ou produo de ativos em geral. d) Os custos de emprstimos somente devem ser capitalizados se comprovado que resultaro em benefcios econmicos futuros para a entidade e que tais custos possam ser mensurados com segurana. Comentrios Conforme o Pronunciamento Tcnico PME Contabilidade para Pequenas e Mdias Empresas, do CPC: 25.1 Esta seo especifica a contabilizao para os custos de emprstimos. Custo de emprstimos so juros e outros custos que a entidade incorre em conexo com o emprstimo de recursos. Os custos de emprstimos incluem: (a) despesa de juros calculada por meio da utilizao do mtodo da taxa efetiva de juros conforme descrito na Seo 11 Instrumentos Financeiros Bsicos;

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    (b) encargos financeiros relativos aos arrendamentos mercantis financeiros reconhecidos em conformidade com a Seo 20 Operaes de Arrendamento Mercantil; (c) variaes cambiais provenientes de emprstimos em moeda estrangeira na extenso em que elas so consideradas como ajustes nos custos dos juros. Reconhecimento 25.2 A entidade deve reconhecer todos os custos de emprstimos como despesa no resultado no perodo em que so incorridos. Observao: Aplica-se apenas para pequenas e mdias empresas. Gabarito A. 4.2.1.2 - PRODUO CONTNUA Ocorre quando a empresa fabrica produtos iguais de forma contnua. Exemplo: Produo de refrigerantes, sabo em p, margarina, etc. 4.2.1.2.1 TRATAMENTO CONTBIL Na produo contnua, os custos so acumulados em contas representativas das diversas linhas de produo. Tais contas so encerradas sempre no fim de cada perodo (ms, semana, trimestre ou ano, conforme o perodo mnimo contbil de custos da empresa). Vamos estudar a produo contnua na prxima aula. Bem, acabamos a teoria desta aula. Agora, passemos s questes comentadas desta aula.

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    5 - QUESTES COMENTADAS

    01. (FCC/TRT 18/Analista Contabilidade/2013) A Cia. Vende gua adquiriu mercadorias para serem revendidas, vista, por R$ 80.000,00. Neste valor estavam inclusos os tributos recuperveis de R$ 13.000,00 e os tributos no recuperveis de R$ 8.000,00. Adicionalmente, a Cia. Vende gua pagou seguro no valor de R$ 6.000,00 referente aquisio dessas mercadorias. Com base nestas informaes, o valor reconhecido no estoque de mercadorias referente a esta compra foi (A) R$ 59.000,00. (B) R$ 80.000,00. (C) R$ 67.000,00. (D) R$ 73.000,00. (E) R$ 65.000,00. Comentrios: Vale lembrar que os impostos recuperveis no entram no custo da mercadoria; os impostos no recuperveis e o seguro da aquisio entram. Custo da mercadoria: 80.000 impostos recuperveis 13.000 + seguro 6.000 Custo: 80.000 13.000 + 6.000 = $73.000,00 Gabarito D 02. (FCC/TRT 18/Analista Contabilidade/2013) No final do primeiro trimestre de 2013, o Balancete da Cia. gua & gua apresentava as seguintes contas com os respectivos saldos: Receita Bruta de Vendas R$ 55.000,00; Devoluo de Vendas R$ 2.500,00; Impostos Sobre as Vendas R$ 9.500,00; Despesas Financeiras R$ 2.500,00; Comisses dos Vendedores R$ 3.000,00. Sabendo que o valor das compras reconhecidas como Estoque de mercadorias durante o primeiro trimestre de 2013 foi R$ 20.000,00 e que o estoque inicial e final de mercadorias para comercializao, no primeiro trimestre de 2013, eram, respectivamente, R$ 15.000,00 e R$ 14.000,00, o Lucro Bruto apurado pela Cia. gua & gua no primeiro trimestre de 2013 foi (A) R$ 31.000,00. (B) R$ 34.000,00. (C) R$ 24.500,00. (D) R$ 22.000,00. (E) R$ 19.000,00. Comentrios:

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    Vamos calcular inicialmente o Custo das Mercadorias Vendidas (CMV), usando a conhecida frmula: Saldo inicial + entradas sadas = saldo final Para a conta Estoques, podemos reescrever a frmula assim: Estoque inicial + compras CMV = Estoque Final 15.000 + 20.000 CMV = 14.000 Resolvendo, temos CMV = 21.000 Vamos esboar a Demonstrao do Resultado, at o Lucro Bruto: Receita Bruta de Vendas 55.000 Devoluo de Vendas - 2.500 Impostos Sobre as Vendas - 9.500 Receita lquida 43.000 Custo da Mercadoria Vendida - 21.000 Lucro Bruto 22.000 As Despesas Financeiras e a Comisso dos Vendedores entram como Despesas, para calcular o Lucro Lquido, portanto no so usadas nesta questo. Gabarito D

    03. (FCC/Bahiags/Contabilidade/2010) Gastos com operrios de fabrica relativos SENAI, SESI, Salrio Educao, Incra, Sebrae, Frias, Adicional de Frias e gratificao natalina so custos apropriveis como a) Servios de Terceiros. b) Matria-Prima. c) Custos Indiretos de Fabricao. d) Mo de Obra Direta. e) Mo de Obra Indireta. Comentrios: Os encargos acompanham a classificao da mo de obra. Como so operrios de fbrica, a classificao como custo direto (ou, como consta na questo, mo de obra direta) Gabarito D

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    04. (FCC/ALESP/Agente Tcnico Legislativo/2010) A empresa Uirapuru S.A. contabiliza a depreciao de seus ativos, registrando 50% nos custos dos produtos e 50% para a conta de despesa de depreciao no resultado. A depreciao absorvida nos produtos proporcionalmente. Considerando que o Estoque Inicial dos Produtos Acabados em 2008 era zero; no final do ano de 2008 s existiam Produtos Acabados e que as vendas foram de 40% dos estoques, correto afirmar que a) 20% da depreciao registrada na formao dos estoques esto contabilizadas. b) 20% da depreciao total do perodo esto registradas nos Custos dos Produtos Vendidos. c) 25% da depreciao total esto registradas nos Estoques de Produtos Acabados. d) Somente os 50% registrados na conta de despesa de depreciao esto afetando o resultado. e) 80% da depreciao total esto consideradas no resultado. Comentrios: 50% da depreciao atribuda aos produtos. Nessa questo, o estoque inicial era zero e as vendas foram de 40% dos estoques. Portanto, o percentual de gasto com depreciao que foi lanado ao resultado foi de 50% x 40% = 20%. Gabarito B 05. (FCC/TRE-AM/Contabilidade/2010) A empresa Baratear adquiriu uma mquina para uso, exclusivo, na produo do produto A. A vida til estimada da mquina de 10 anos e a empresa utiliza o mtodo das cotas constantes para depreci-la. Em relao ao produto A, a depreciao da mquina classificada como custo: a) fixo e primrio. b) fixo e indireto. c) varivel e direto. d) varivel e indireto. e) fixo e direto. Comentrios: Vamos classificar a depreciao. Com relao ao volume de produo, um custo fixo. O uso do mtodo das cotas constantes (veremos futuramente) produz o mesmo valor mensal.

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    E, com relao apropriao ao produto, um custo direto. A mquina usada na produo exclusiva de do produto A. Portanto, no h necessidade de rateios para atribuir o custo da depreciao aos produtos. Portanto, o custo da depreciao da mquina um custo fixo e um custo direto. Gabarito E 06. (FCC/Copergs/Tcnico Administrativo/2011) A empresa VivaGs adquiriu na Papelbrs Ltda. materiais de papelaria para uso no escritrio no valor de R$ 430,00 ( quatrocentos e trinta reais ). Adquiriu tambm, na Embalex Ltda., R$ 2.070,00 (dois mil e setenta reais) de caixas para embalagens de seus produtos. Tratando-se de custos, a empresa VivaGs contabilizar I. os valores de R$ 430,00 e R$ 2.070,00 como despesa e custo, respectivamente. II. o valor de R$ 2.070,00 como custo. III. apenas o valor de R$ 2.070,00 como despesa. IV. o valor de R$ 2.500,00 como custo. Est correto o que consta APENAS em A) III. B) II e IV. C) IV. D) I e III. E) I e II. Comentrios: Vamos classificar: . materiais de papelaria para uso no escritrio no valor de R$ 430,00 Despesa. . caixas para embalagens de seus produtos no valor de R$ 2.070,00 Custo. Vejamos as assertivas: I. os valores de R$ 430,00 e R$ 2.070,00 como despesa e custo, respectivamente. Certo. II. o valor de R$ 2.070,00 como custo. Certo.

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    III. apenas o valor de R$ 2.070,00 como despesa. Errado, esse valor custo. IV. o valor de R$ 2.500,00 como custo. Errado, apenas o valor de 2070,00 custo. Gabarito E

    07. (FCC/TCE GO/Analista - Contabilidade/2010) Durante o ms de agosto, a empresa J&J produziu 2.000 unidades de seu nico produto para revenda. Nesse perodo, a empresa incorreu nos seguintes gastos: matria-prima: R$ 30.000,00; mo de obra direta: R$ 6.000,00; energia eltrica (fbrica: R$ 15.000,00; mo de obra (administrao): R$ 10.000,00; seguros (50% setor industrial): R$ 20.000,00; depreciao (40% setor industrial): R$ 10.000,00; salrios dos vendedores: R$ 8.000,00; encargos financeiros referentes a emprstimos: R$ 5.000,00. Sabendo que no havia estoques iniciais de produtos acabados, toda produo foi iniciada e acabada durante o ms de agosto, e que a empresa nada vendeu nesse perodo, o valor do estoque final de produtos acabados, pelo custeio por absoro, A) R$ 65.000,00 B) R$ 71.000,00 C) R$ 73.000,00 D) R$ 78.000,00 E) R$ 88.000,00 Comentrios: Vejamos a classificao: matria-prima: 30.000 Custo mo de obra direta: 6.000 Custo energia eltrica (fbrica: 15.000 Custo mo de obra (administrao): 10.000 Despesa seguros (50% setor industrial): 20.000 50% Custos e

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    50% despesas

    depreciao (40% setor industrial): 10.000 40% Custos e 60% Despesas

    salrios dos vendedores: 8.000 Despesa encargos financeiros referentes a emprstimos:

    5.000 Despesa

    Agora, s precisamos somar os custos:

    Gastos Total Custos matria-prima: 30.000 30.000 mo de obra direta: 6.000 6.000 energia eltrica (fbrica: 15.000 15.000 mo de obra (administrao): 10.000 seguros (50% setor industrial): 20.000 10.000 depreciao (40% setor industrial): 10.000 4.000 salrios dos vendedores: 8.000

    encargos financeiros referentes a emprstimos:

    5.000

    TOTAL

    65.000 Gabarito A

    08. (FCC/CVM/Analista /2006) Os estoques de produtos fungveis so avaliados pelo A) custo histrico de aquisio atualizado monetariamente. B) valor de mercado. C) custo padro, sem incluso das variaes do padro. D) custo padro, com a incluso das variaes do padro. E) valor histrico de formao menos fator de obsolescncia. Comentrios: Estudamos esse assunto na aula 1, item 3.2 Mercadorias Fungveis (pg. 16). Conforme a Lei 6404/76: Art. 183, 4 Os estoques de mercadorias fungveis destinadas venda podero ser avaliados pelo valor de mercado, quando esse for o costume mercantil aceito pela tcnica contbil.

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    As mercadorias fungveis so as commodities, ou seja, soja, suco de laranja, caf, etc. As commodities possuem cotao na bolsa de mercadoria. Portanto, normalmente ficam registradas na contabilidade pela cotao da bolsa. Se uma empresa possui um estoque de, digamos, cem toneladas de soja, ela conseguir vender esse estoque pela cotao atual da soja na bolsa de mercadorias. Repare que isso tira a necessidade de negociao. E esta a diferena entre as mercadorias fungveis e as outras mercadorias. Para as commodities, no h necessidade de negociao, pois o preo j est estabelecido pela cotao em bolsa. Portanto, as mercadorias fungveis so avaliadas pelo valor de mercado, que o valor da bolsa de mercadorias. Gabarito B

    09. (FCC/Bahia Gs/Analista Cincias Contbeis/2010) Os tributos indiretos incidentes na compra de materiais diretos que comporo os produtos finais, no tributveis na venda devem ser apropriados contabilmente como A) Investimentos. B) Impostos a Recuperar. C) Impostos a Recolher. D) Custo Primrio. E) Despesas Tributrias. Comentrios: Texto do Pronunciamento CPC 16 (R1) Estoques: CUSTOS DO ESTOQUE 10. O VALOR DE CUSTO DO ESTOQUE DEVE INCLUIR TODOS OS CUSTOS DE AQUISIO E DE TRANSFORMAO, BEM COMO OUTROS CUSTOS INCORRIDOS PARA TRAZER OS ESTOQUES SUA CONDIO E LOCALIZAO ATUAIS. CUSTOS DE AQUISIO 11. O custo de aquisio dos estoques compreende o preo de compra, os impostos de importao e outros tributos (exceto os recuperveis junto ao

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    fisco), bem como os custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuveis aquisio de produtos acabados, materiais e servios. Descontos comerciais, abatimentos e outros itens semelhantes devem ser deduzidos na determinao do custo de aquisio. (NR) (Nova Redao dada pela Reviso CPC n. 1, de 8/01/2010) Assim, o custo de aquisio dos estoques compreende:

    1) Preo de compra 2) Impostos de importao e outros tributos (exceto os recuperveis). Os tributos recuperveis so:

    c) Matria prima: IPI, ICMS, PIS e Cofins (os dois ltimos na modalidade no cumulativa)

    d) Mercadorias para revenda: ICMS, PIS e Cofins (os dois ltimos na modalidade no cumulativa)

    3) Custos de transporte, seguro, manuseio e outros diretamente atribuveis aquisio.

    OS tributos indiretos incidentes na compra de materiais diretos que comporo os produtos finais, no tributveis na venda, so impostos No Recuperveis. Iro compor o custo do estoque, e sero classificados como Custo Primrio (estaro includos no custo do material direto). Gabarito D 10. (FCC/TRE AM/Contabilidade/2010) A empresa Beta produz um nico produto e para produzir 800 unidades desse produto incorreu nos seguintes gastos durante o ms de outubro:

    Pelo Custeio por Absoro, o custo unitrio da produo do perodo foi, em reais, A) 11 B) 14 C) 26

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    D) 29 E) 34 Comentrios: Questo tranquila. Vamos l: J sabemos que o Custeio por Absoro consiste na apropriao de todos os custos incorridos, sejam fixos, variveis, diretos ou indiretos, aos produtos fabricados. Assim, temos: Matria prima: R$ 8,00 por unidade Mo de obra direta: R$ 3,00 por unidade Custo fixo: R$ 12.000,00 0 800 unidades = R$ 15,00 por unidade Custo unitrio: $8,00 + $3,00 + $15.00 = $26,00 Gabarito C 11. (FCC/Infraero/Tcnico em Contabilidade/2009) Dados extrados da escriturao contbil da Cia. Industrial Maring no exerccio de 2008, em R$:

    O valor do material direto consumido na produo no exerccio de 2008 foi, em R$, A) 590.000,00 B) 540.000,00 C) 500.000,00

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    D) 460.000,00 E) 420.000,00 Comentrios: A questo apresenta muitas informaes. E pede apenas o valor do material direto consumido na produo. Vamos resolver com a frmula abaixo, aplicada ao estoque de materiais diretos: Saldo inicial + entradas sadas = saldo final 100.000 + 500.000 sadas = 140.000 Resolvendo, temos sadas = $ 460.000. As sadas do estoque de materiais diretos representa o que foi usado na produo ( uma entrada da conta Estoque em Elaborao). Gabarito D

    12. (FCC/Infraero/Tcnico em Contabilidade/2009) Dados extrados da escriturao contbil da Cia. Delta, em R$: -... Estoque inicial de Produtos em Elaborao............ 160.000,00 -... Estoque final de Produtos Acabados .................... 100.000,00 -... Custo dos Produtos Vendidos............................... 700.000,00 -... Estoque Final de Produtos em Elaborao.............. 130.000,00 -... Estoque Inicial de Produtos Acabados..................... 40.000,00 -...Mo de Obra Direta............................................. 150.000,00 -... Custos Indiretos de Fabricao............................ 380.000,00 O consumo de material direto da companhia nesse exerccio foi, em R$, A) 230.000,00 B) 220.000,00 C) 200.000,00 D) 190.000,00 E) 180.000,00 Comentrios:

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    Vamos resolver com a velha frmula: Saldo inicial + entradas sadas = saldo final Mas no vamos aplicar ao estoque de materiais diretos. A questo no apresenta informaes suficientes para isso. Vamos ter que resolver de trs para diante, comeando com o estoque de produtos acabados: Estoque de produtos acabados: Saldo inicial 40.000 + entradas = a produo acabada, que a sada do estoque de produtos em elaborao (-) Sadas = o Custo dos Produtos Vendidos = 700.000 = Saldo final = estoque final = 100.000 Portanto: 40.000 + entradas -700.000 = 100.000 Resolvendo, temos entradas = $760.000 Vamos ao Estoque de Produtos em Elaborao: Estoque inicial = 160.000 + entradas: Material direto = ??? ( o que queremos descobrir) Mo de Obra Direta = 150.000 Custo indireto de fabricao = 380.000 (-) sadas = 760.000 ( a entrada do estoque de produtos acabados, que j calculamos acima). = estoque final = 130.000 Agora ficou fcil: 160.000 + 150.000 +380.000 + Material direto 760.000 = 130000 Material Direto = $200.000 Dica: tente resolver com razonetes, talvez seja mais rpido.

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    Gabarito C 13. (FCC/ICMS SP/AFR/2006) Considere que uma empresa aloca custos departamentais aos produtos, utilizando-se do mtodo "Direto".

    Com base nos dados contidos no quadro acima, o custo unitrio, em R$, dos produtos A e B so, respectivamente, A) 120,00 e 162,50 B) 125,00 e 156,25 C) 149,00 e 126,25 D) 145,00 e 135,00 E) 150,00 e 125,00 Comentrios: O mtodo direto consiste em atribuir o custo dos departamentos de servios diretamente aos departamentos produtivos. Fica assim Controle de Qualidade: Custo: $350.000, rateado na seguinte proporo:

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    Maquinrio: 21.000 horas Montagem: 7.000 horas Repare que ignoramos as horas utilizadas pelo Depto de Manuteno. nisso que consiste o mtodo direto: departamento de servio no envia custo para outro departamento de servio. S distribui custo aos departamentos produtivos. H, tambm, o mtodo recproco (os custos recprocos entre os departamentos so distribudos). Nesse exemplo, Controle de Qualidade distribui custos referente a 7.000 horas para a Manuteno; depois, Manuteno deveria distribuir custos de 10.000 horas para Controle de Qualidade, e assim por diante. Mtodo trabalhoso, geralmente s resolvido com processamento de dados. E h tambm o sequencial (no qual se escolhe uma ordem para os departamentos e se distribui os custos naquela ordem). No mtodo sequencial, se comearmos com o departamento de Controle de Qualidade, este distribui seus custos para os outros departamentos (Manuteno, Maquinrio e Montagem) at zerar os custos de Controle de Qualidade e no recebe mais nada de transferncia de outros departamentos. Vamos continuar com a resoluo: Distribuio dos custos do Depto de Controle de Qualidade: Maquinrio: 350.000 x (21.000 hs./ 28.000 hs.) Maquinrio = $ 262.500,00 Montagem: 350.000 x (7.000 hs./ 28.000 hs.) Montagem = $ 87.500,00 Distribuio dos custos do Depto de Manuteno: Foram consumidas 18.000 horas pelo Departamento de Maquinrio e 12.000 horas pelo Departamento de Montagem. A distribuio fica assim: Maquinrio: 200.000 x (18.000 hs./ 30.000 hs.) Maquinrio = $ 120.000,00 Montagem: 200.000 x (12.000 hs./ 30.000 hs.) Montagem = $ 80.000,00 Agora, vamos distribuir os custos dos departamentos produtivos aos produtos A e B. Maquinrio: $400.000 + $262.500 + $ 120.000 Maquinrio = $ 782.500,00

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    Montagem: $300.000 + $87.500 + $ 80.000 Montagem = $ 467.500,00 Atribuio de custos aos produtos: Maquinrio: Horas mquinas: Produto A = 5.000 unids. X 6 hs = 30.000 horas Produto B = 4.000 unids. X 4 hs = 20.000 horas Produto A = $782.000 x (30.000 hs / 50.000 hs) Produto A = $469.500 Produto B = $782.000 x (20.000 hs / 50.000 hs) Produto B = $313.000 Montagem: Horas mo de obra direta:: Produto A = 5.000 unids. X 3 hs = 15.000 horas Produto B = 4.000 unids. X 2,5 hs = 10.000 horas Produto A = $467.500 x (15.000 hs / 25.000 hs) Produto A = $280.500 Produto B = $467.500 x (10.000 hs / 25.000 hs) Produto B = $187.000 Finalmente, vamos calcular o custo unitrio de cada produto: Produto A = ($469.500 + $280.500) / 5.000 unids. = $ 150 Produto B = ($313.000 + $187.000) / 4.000 unids. = $ 125 Gabarito E Outra forma de resolver: Horas mquinas: Produto A = 5.000 unids. X 6 hs = 30.000 horas Produto B = 4.000 unids. X 4 hs = 20.000 horas Horas mo de obra direta:: Produto A = 5.000 unids. X 3 hs = 15.000 horas Produto B = 4.000 unids. X 2,5 hs = 10.000 horas

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    Repare que o produto A corresponde a 60% e o produto B a 40%, nos dois critrios (horas mquinas e horas mo de obra). Portanto, podemos j partir do total do custo e atribuir aos produtos de acordo com esses percentuais. Assim: Produto A = ($1.250.000 x 60%) / 5.000 unids. = $150 Produto B = ($1.250.000 x 40%) / 4.