03 Abr Mai Jun 2011 - aeg1.pt · um curso de Química, ... conselhos que o professor me foi dando...

28

Transcript of 03 Abr Mai Jun 2011 - aeg1.pt · um curso de Química, ... conselhos que o professor me foi dando...

2

1º 1º 1º 1º 1º TTTTToqueoqueoqueoqueoque, ANO XVI. Número 2.

Órgão informativo da Escola Secundária de Gondomar

Editores:Dulce Vilas BoasLília Ana SilvaJoão Carlos Brito

Direcção gráfica, paginação e layout:Luís Costa

Redacção:Daniela Sousa, Pedro Silva, Dolores Garrido

Colaboradores:

Joaquim Jorge Rodrigues, Resende Moura, Fernando Marreiros, Maria Antonieta Alves,

Raquel Azevedo Freitas, Isaura Afonseca, Dolores Garrido, Glória Poças, Idalina Ferreira, José Isidro

(professores).

Ana Sofia Rosas, Flávia Vieira, Dina Neves, Ana Catarina Santos, Flávio Nogueira, Raquel Ramos, Sara Martins, Frederico

Almeida, André Filipe Silva, Joana Vieira, Catarina Isabel Silva, Filipa Barbosa, Ana Viana, Ana Catarina, Ana Isabel, Inês Gomes,

Daniela Alves, Diogo Venâncio, Jéssica Alves, Cláudia Oliveira, Vera Teixeira, Ana (9º4), Nikita Shanguin, Alberto (9º3), Nuno Silva

(alunos).

10º4, 11º1 Departamento de Matemática, Grupo de FQ, Clube Desportivo, Equipa PTE, APESG, CNO, BE, Direção, Maria do

Carmo Gomes (ANQ) (turmas, departamentos, outros).

editorialEditorial… de Gala!

Todos os anos, é com um misto de alegria, mas também de alguma tristeza que algumas dezenas de alunos sedespedem, formalmente, da escola, no tradicional Baile de Finalistas.

Este ano, a festa foi no dia 3 de Junho e foram muitos os participantes. Em todos eles, o mesmo sentimentode júbilo, por mais uma etapa concluída (o 12º ano) e outras metas futuras a atingir. Mas é de salientar que deixara ESG, pelo menos enquanto alunos, também custa um pouco… Serão sempre bem-vindos!

Interessante é que, este ano, também as redes sociais estiveram ao serviço desta festa, já que um dosfinalistas criou um grupo, o “Eu vou participar no baile de finalistas daESG”, que, rapidamente, mobilizou muitos colegas.

Depois da festa, a animação passou, galopante, para diversas páginaspessoais do FB, com os comentários a sucederem-se, num ritmoalucinante e com muitos elogios à indumentária e à mega-produção dolook, que as nossas meninas e meninos não brincam em serviço esouberam apresentar-se comme il faut!

A todos… obrigado e voltem sempre. Esta será para sempre a vossaescola!

j cbj cbj cbj cbj cb

N.R. Alguns textos encontram-se grafados conforme novo acordo ortográfico.

3

destaqueAS REDES SOCIAIS

As redes sociais

A importância de escolher Química no 12ºano

Joaquim Jorge Rodrigues Joaquim Jorge Rodrigues Joaquim Jorge Rodrigues Joaquim Jorge Rodrigues Joaquim Jorge Rodrigues

Neste número do jornal da escola, o tema é as redes sociais e, como é um meio de comunicação que uso comfrequência, resolvi escrever sobre a minha experiência pessoal e de como as redes sociais me têm sido profissionalmenteúteis.

Sempre achei interessante conhecer o percurso académico que os meus alunos seguiam depois de deixarem oensino secundário, mas tal só era possível quando os encontrava por acaso. Com o aparecimento dos meios informáticosde comunicação, esse contacto foi mais facilitado e produtivo. Entre muitas outras curiosidades, concluí que esses alunostiveram uma enorme vantagem no ensino superior por terem escolhido a disciplina de Química, no 12º ano.

No sentido de divulgar aos alunos esta evidência, principalmente aos do 11º ano, vou partilhar a opinião de algunsalunos. Estes alunos completaram com sucesso o 12º ano na Escola Secundária de Gondomar, no ano lectivo transacto, eingressaram no ensino superior, tendo escolhido Química, no 12º ano.

Deixo aqui uma nota de agradecimento à Eunice Melo (colocada em Medicina - FMUP), que relatou, in loco, a algunsalunos da ESG, quão relevante foi ter tido esta disciplina. Mais, referiu que todos os alunos que fizeram com sucessotodas as cadeiras do primeiro semestre, na sua licenciatura, tinham em comum o facto de terem frequentado Química no12º ano.

As seguintes opiniões foram recolhidas via e-mail e facebook.

“Olá, professor! Há quanto tempo! Espero que estejatudo bem consigo:)

Por acaso tenho pensado bastante em química estesemestre. Pensei que no 12º a matéria era muita, mas deineste semestre tudo o que demos no 12º e até mais(TOM, TLV, oxidação-redução, metais e interstícios, ácidose bases e constantes, cinética química e muito mais (...) Dequalquer forma, para mim foi bastante útil, servi atéde apoio para os meus colegas que não tiveramQuímica no 12º e se sentiam muito desorientados.Penso que, se não fossem as bases que tinha, tudo teriasido muito mais complicado, porque o apoio que temos dasaulas não é nem de longe o melhor, e não podemos ir todasas semanas ao gabinete do professor responsável.

Beijos*Rita Neves”Rita Neves”Rita Neves”Rita Neves”Rita Neves”

28/01/2011 colocada em Engª Aeronáutica – IST28/01/2011 colocada em Engª Aeronáutica – IST28/01/2011 colocada em Engª Aeronáutica – IST28/01/2011 colocada em Engª Aeronáutica – IST28/01/2011 colocada em Engª Aeronáutica – IST

“Olá (:

Química de 12º na faculdade foi útil paraIntrodução aos Materiais e Processos de Fabrico já quenuma parte inicial falamos de compósitos. Pelo que já ouvidizer no segundo semestre com a cadeira Processos deFabrico ainda vamos aprofundar mais esta matéria falandotambém de plásticos.

Beijinho.Beatriz VBeatriz VBeatriz VBeatriz VBeatriz Vergueiro”ergueiro”ergueiro”ergueiro”ergueiro”

28/01/2011, colocada em Engª Industrial e Gestão - FEUP28/01/2011, colocada em Engª Industrial e Gestão - FEUP28/01/2011, colocada em Engª Industrial e Gestão - FEUP28/01/2011, colocada em Engª Industrial e Gestão - FEUP28/01/2011, colocada em Engª Industrial e Gestão - FEUP

“Olá, professor!

O ensino superior dá-me vontade de voltar a termontes de matéria para um teste de química em que nãose pudesse levar máquina!

Mas, tirando a parte do estudo, está tudo a corrermuito bem!

Quanto à minha opinião sobre a disciplinade Quimica no 12º ano, … até preferia dá-lapessoalmente. Contudo, devido ao facto de eu estar a terconstantemente exames e de não estar a estudar em casase calhar não vou ter muita disponibilidade para isso. Masquando souber em que dia (+/-) os outros vão visitá-loavise-me e se puder ir, irei com todo o gosto; se nao puderenviar-lhe-ei um mail a comentar a minha experiência coma Química...

BeijinhosAna Amorim”Ana Amorim”Ana Amorim”Ana Amorim”Ana Amorim”

29/01/2011 colocada em Medicina - FMUBI29/01/2011 colocada em Medicina - FMUBI29/01/2011 colocada em Medicina - FMUBI29/01/2011 colocada em Medicina - FMUBI29/01/2011 colocada em Medicina - FMUBI

Elsa Moreira, colocada em Engª Ambiente FEUAElsa Moreira, colocada em Engª Ambiente FEUAElsa Moreira, colocada em Engª Ambiente FEUAElsa Moreira, colocada em Engª Ambiente FEUAElsa Moreira, colocada em Engª Ambiente FEUA

4

“Olá! :)

Estou bastante bem e o professor?

Estou em Ciências Farmacêuticas, o que sempre quis,…

Em relação à disciplina de Química tenho a dizerque me está a ajudar muito. O meu curso é basicamenteum curso de Química, apesar de ter também algumaBiologia. Sinceramente, não me consigo imaginar sem asbases de química de 12º. Ajudou-me bastante em:Química-Física (termodinâmica - gases ideais, entalpias, leide Hess, entropia, propriedades coligativas, e em cinéticaquímica na parte das catálises); Química Geral e Inorgânica(interacções intermoleculares, complexos, teorias deligação); Métodos e Técnicas de Laboratório (as nossasaulas prácticas ajudaram bastante, por exemplo aquelasdicas que o professor deu de como trabalhar com a bureta)e até em Biologia Celular, visto que temos de avaliar apolaridade de certas molecúlas para descreverdeterminados comportamentos. Ah, e graças aosconselhos que o professor me foi dando no ano passadopara melhorar os meus relatórios, tive exelentes notas esteano nos 2 relatórios que fiz este semestre (Qf e Mtl).

Aos seus alunos de secundário dou-lhes a dica de quese querem seguir o curso que eu segui, que escolhamQuímica de 12º, não só porque vão precisar muito delacomo também pelo facto do professor ser bastantesimpático e ensinar muito bem! Ainda mais posso dizer,que pessoas do meu curso que não escolheram Químicade 12º não conseguem entender as matérias que demos, emesmo estudando, têm sempre muitas dúvidas, porquenas cadeiras que eu já tive as matérias que demos anopassado são muito mais aprofundadas, por isso tendo osconhecimentos que se obtem com esta disciplina, émuito mais fácil entendê-las.

Teria todo o gosto de partilhar a minha experiênciacom os seus alunos. :p

Beijos e continuação de muito sucesso ao longo da suacarreira.

Ana Catarina Gomes”Ana Catarina Gomes”Ana Catarina Gomes”Ana Catarina Gomes”Ana Catarina Gomes”29-01-2011, colocada em Ciências Farmacêuticas FFUP29-01-2011, colocada em Ciências Farmacêuticas FFUP29-01-2011, colocada em Ciências Farmacêuticas FFUP29-01-2011, colocada em Ciências Farmacêuticas FFUP29-01-2011, colocada em Ciências Farmacêuticas FFUP

“Olá, professor espero que também esteja tudo bem consigo : )

Bem para já posso dizer que estou a adorar o ambiente lá pelo ICBAS mas aindasabe a pouco de medicina =P Para o próximo semestre muda um bocadinho porque javamos ter cadeiras um pouco mais específicas mas realmente no início apostambastante em dar um alicerce teórico comum a toda a gente. Como não podia deixar deser química está presente, e como já referi pelo facebook, acho que é realmenteimpossivel contar o número de vezes que ja me passou pela cabeça a sorte que tiveem ter tido química no decimo segundo ano.

Por incrivel que pareça, tendo em conta a diversidade da matéria que foi abordada eque nos deixava um pouco apreensivos (porque realmente as vezes parecia que nadatinha a ver com nada x)), são poucos os temas que não voltei a referir agora na faculdade.Começamos na termodinamica, falamos em pH, estrutura atómica, modelos de ligaçãomolecular, compostos de coordenação e agora no segundo semestre tenho um verdadeirocurso em química orgânica não fosse este o cadeirão do ICBAS -.- Sintoverdadeiramente que os alunos que trazem o 12 ano de química partem com uma notoriavantagem em relação aos outros. Por isso em princípio podera contar comigo também:)

E pronto agora adivinhe lá o que vou fazer xD lá vou ter que ir estudar química quena quarta tenho a minha segunda frequência e espero acabar com a dose de examesneste semestre que já ando a precisar de uma férias -.-

Pronto agora se realmente necessitar é só mandar notícias.

Beijinho : )Ana Rita Moura”Ana Rita Moura”Ana Rita Moura”Ana Rita Moura”Ana Rita Moura”

29-01-2011, colocada em Medicina ICBAS29-01-2011, colocada em Medicina ICBAS29-01-2011, colocada em Medicina ICBAS29-01-2011, colocada em Medicina ICBAS29-01-2011, colocada em Medicina ICBAS

Lembrem-se tudo para ser bom tem de ter química ;)

Nadine Rodrigues, colocada em Engª Química ISEPNadine Rodrigues, colocada em Engª Química ISEPNadine Rodrigues, colocada em Engª Química ISEPNadine Rodrigues, colocada em Engª Química ISEPNadine Rodrigues, colocada em Engª Química ISEP

destaqueAS REDES SOCIAIS

5

A rua em rede …

… vista pelo 10º 4

Diana Sofia SantosDiana Sofia SantosDiana Sofia SantosDiana Sofia SantosDiana Sofia Santos

O que é? Pode ser um espaço onde os carros passam, as pessoascaminham, conversam e passeiam, mas sem esquecer que é também acasa de muitos cidadãos.

Existem ruas e ruas. Na rua da nossa casa, conhecemos quase todos osque lá vivem e passam, pelo menos de vista.

A rua é um local onde nascem e vivem sentimentos, pois é aí que aspiores e melhores situações ocorrem. É essencial preservá-la e admirá-la.

Cláudia CarvalhoCláudia CarvalhoCláudia CarvalhoCláudia CarvalhoCláudia Carvalho

A rua: simples caminho que conduz as pessoas a muitos locais. Grandemovimentação pode ver-se nesta linha tão preciosa para a sociedade;enorme ajuda nos oferece, porque, através dela, podemos ir a diferenteslugares.

João Carlos PintoJoão Carlos PintoJoão Carlos PintoJoão Carlos PintoJoão Carlos Pinto

A rua… a rua não é apenas um caminho que nos guia para casa, para otrabalho ou para a escola. A rua é mais do que isso, é um local de alegria,de encontros, de amor, de sonhos, de silêncio, de barulho, de convívio…

É um local onde podes guardar das melhores memórias da tua vida.Por que é que a rua é um local a preservar? Porque a rua é minha, tua,deles, nossa….

Marco BessaMarco BessaMarco BessaMarco BessaMarco Bessa

A minha rua é um espaço onde eu e os meus vizinhos brincamos.Passam lá muitos carros. Os condutores gostam da minha rua, porque hámuitas árvores.

João AlvesJoão AlvesJoão AlvesJoão AlvesJoão Alves

A minha rua é uma alegria – mesmo quando não está dia.

João NogueiraJoão NogueiraJoão NogueiraJoão NogueiraJoão Nogueira

Na minha rua, eu cresci, amadureci, comecei a ser pessoa. Ganheivários amigos, mas também tive alguns percalços. Como tudo na vida. Porisso é com um sorriso que digo: esta é a minha rua.

Jéssica AndradeJéssica AndradeJéssica AndradeJéssica AndradeJéssica Andrade

A minha rua, a tua rua, a nossa rua é assim… recheada de momentospartilhados sobre um pedaço de alcatrão. Jogamos à bola, passeamos dedia ou ao luar… A nossa rua não é uma simples rua: é o nosso casarão.

Ana Rita SilvaAna Rita SilvaAna Rita SilvaAna Rita SilvaAna Rita Silva

A rua é muito mais do que um lugar de passagem de peões ouautomóveis. A rua é um abrigo, uma casa e um local de encontro. Na rua,apaixonas-te ou andas apaixonado, reencontras um velho amigo ouconheces um novo amor. A rua é um caminho para a felicidade.

Catarina RochaCatarina RochaCatarina RochaCatarina RochaCatarina Rocha

À primeira vista, ruas são caminhos que nos conduzem aondedesejamos, seja de carro, de camioneta, ou até a pé… É um meio deligação entre todos os pontos do Mundo. No entanto, o seu significado vaimais além… ruas são fragmentos das nossas memórias de infância, locaisde encontros e reencontros de amigos e apaixonados, o recreio dos maisnovos… Ruas são pequenas parcelas da nossa existência!

Inês Beatriz SilvaInês Beatriz SilvaInês Beatriz SilvaInês Beatriz SilvaInês Beatriz Silva

Um lugar de lazer, de trabalho, de comércio, de recordações ou dehomenagem. Uma rua antiga e uma rua moderna têm muitos aspectosdiferentes, mas todas as que existem são de todos nós!

Tiago MartinsTiago MartinsTiago MartinsTiago MartinsTiago Martins

Muitas pessoas pensam que a rua é só delas, mas não é. É ela que nosconduz ao nosso destino. Na rua, vivem-se alegrias, tristezas, brinca-se,joga-se…

Sem a Rua a vida seria muito mais difícil.

Catarina Isabel Silva Catarina Isabel Silva Catarina Isabel Silva Catarina Isabel Silva Catarina Isabel Silva

A rua é um sítio de convívio, de encontro e reencontro, de vida efelicidade; mas também obscuro; de maldade e maldizer.

Vivemos numa rua, onde pode haver muita gente ou mesmoninguém, mas há de ser sempre a nossa rua. E mesmo que tudo mude, asmemórias dela permanecerão connosco.

João TJoão TJoão TJoão TJoão Teixeiraeixeiraeixeiraeixeiraeixeira

Foi na minha rua que eu cresci, que aprendi a ser uma pessoa melhor;onde tive os meus primeiros amigos e companheiros de brincadeiras. Foina minha rua que joguei pela primeira vez a bola e que andei de bicicleta.

Agora já não é um lugar para jogar à bola ou ter outras brincadeiras.

André SilvaAndré SilvaAndré SilvaAndré SilvaAndré Silva

A rua é um caminho onde se concretizam desejos ou receios. Nelapressentimos amor e ódio. Na rua, encontramos a paz ou presenciamos orancor. A rua tem um pouco de tudo e um tanto de nada.

Em suma, como a vida, a rua tem vários caminhos, cada um com a suaverdade.

Cristiana Filipa FerreiraCristiana Filipa FerreiraCristiana Filipa FerreiraCristiana Filipa FerreiraCristiana Filipa Ferreira

Gosto particularmente de ruas alegres e misteriosas. Admiro-asquando há crianças a brincar livremente e sem medos. Aprecio as queescondem segredos e romances secretos.

A rua vai mais além do que o simples significado presente nodicionário. A rua é o nosso caminho. Apesar de ser uma espécie delabirinto, apenas se perde quem quer.

André SilvaAndré SilvaAndré SilvaAndré SilvaAndré Silva

Um local de passagem, um ponto de encontro para a vizinhança, umcampo de jogadores amadores, uma casa para os sem abrigo. São várias asperspectivas que podemos ter sobre ela.

Para mim, a rua é essencialmente uma viagem sem fim e sem destinofinal.

6

Aluna da ESG vence Final Distritaldo Concurso Nacional de Leitura

A Ana Sofia Rosas, aluna da ESG, foi a primeira efetiva da finalíssima doConcurso Nacional de Leitura do distrito do Porto, o que equivale a dizerque foi a grande vencedora!

A prova teve início às 14 horas do dia 2 de Maio, no Auditório daBiblioteca Municipal Almeida Garrett, e prolongou-se até às 18 horas. Ascinco finalistas do Secundário e as dez do 3º ciclo tiveram que se submetera uma prova oral. Depois, após mais 30 minutos de espera, surgiu a boanotícia: a vitória da Ana Sofia Rosas. Muito mais calma, perante a equipade reportagem da RTP (que passou no programa Portugal no Coração), aSofia destacou a qualidade dos participantes e sublinhou, quandoquestionada, que uma das chaves do êxito foi, justamente, a paixão pelolivro e pela leitura.

A representar o Porto, no dia 14 de maio, a aluna da ESG teve comocompanheira uma aluna da ES Aurélia de Sousa, escola que venceu noescalão do 3º ciclo, onde tiveram mais um bom desempenho nos estúdiosonde é gravado o concurso Quem quer ser milionário?

Para passar à final, a Ana Sofia Rosas, do 12º 1, foi uma das cincoapuradas para a prova de seleção final (prova oral), que se realizou naBiblioteca Municipal Almeida Garrett, onde disputou com colegas suas deVila do Conde, Felgueiras, Paredes e Porto o apuramento para a FinalNacional.

De referir, igualmente, o excelente comportamento de Joana Vieira(11º5, finalista no ano transato) e de Cláudia Almeida (10º3), que nosrepresentaram no escalão do Ensino Secundário e da Joana e da Isabel, do8º1, no escalão referente ao 3º ceb.

Todas elas dignificaram a nossa escola e estão de parabéns.

Ana Sofia Rosas em discurso direto

Ana Sofia Rosas, 17 anos, 12º 1. Estuda na ESG desde o 10º ano,no curso de Ciências e Tecnologias. Antes disso, frequentou aEB 2,3 de Gondomar, até ao 9º ano de escolaridade. Foi sempreuma aluna acima da média e, atualmente, continua a ser umaestudante de eleição, com notas que oscilam entre os 17 e os20, média de que, realmente, necessita, uma vez que pretendeenveredar pelo curso de Medicina.

Considera-se uma boa leitora?

Ana Sofia Rosas: penso que sim. Desde a escola primária que leioregularmente.

Como tem sido o seu percurso de leitura?

ASR: lembro-me que comecei por ler histórias de aventuras, como,por exemplo, os livros do João Aguiar, do Álvaro Magalhães, a coleçãoTriângulo J. Isto mais ou menos até aos 10, 11 anos. Depois, passei ainteressar-me mais por policiais e romances.

Como, por exemplo?

ASR: é difícil particularizar. Posso referir todos os títulos de TrumanCapote, nos policiais e, nos romances, leio Jane Austen, as irmãs Bronte...sei lá, vou lendo também o que tenho oportunidade. Aquilo que me vaichegando às mãos, o que os professores me aconselham e, claro, meobrigam...

Neste momento, tem algum livro de cabeceira?

ASR: eheh, pois não haveria de ter!!! Saramago é o meucompanheiro... o Memorial do Convento faz-me companhia há uns doismeses, à espera que o termine... neste momento, estou a ler O Ano damorte de Ricardo Reis. Para além destes livros, de leitura obrigatória, voulendo outras obras. Agora, por exemplo, leio Hamlet, de Shakespeare evou a meio do 1984, de George Orwell.

Por que razão participou, este ano, no CNL?

ASR: Era a última oportunidade que tinha para participar e, por isso,decidi inscrever-me.

Está arrependida?

ASR: claro que não, mas é uma prova muito exigente. São muitoslivros para ler em muito pouco tempo, sobretudo porque o 12º é,naturalmente, um ano muito trabalhoso. Isto, claro, se queremos levar oestudo com responsabilidade.

Para além da leitura, quais os passatempos preferidos?

ASR: Dormir, adoro dormir! Mas, claro, mais a sério (não é que nãogoste mesmo muito de dormir!), interesso-me muito pelo desenho, pelopiano e aprecio imenso cinema.

E internet? Redes sociais?

ASR: tenho, obviamente, conta no facebook, mas não é algo ondeinvista muito tempo. Quinze minutos por dia chegam-me para estar a par etrocar informações com amigos.

destaques

Ana Sofia Rosas (4ª da esquerda), enter os vencedores da final distrital.

Ana Sofia Rosas: "desde a primária que leio regularmente"

7

As Competições do PMATE

Nos dias 10 e 11 de Maio, a Universidade de Aveiro realizou a final nacionaldas provas do Pmate, agora designadas por Competições Nacionais de Ciência,distribuídas por ciclo e nível de escolaridade, em diversas áreas do conhecimento.

Pelo sexto ano consecutivo, professores de Matemática, de Biologia eGeologia e de Física e Química, do Departamento de Matemática e CiênciasExperimentais, levaram os seus alunos a participar na iniciativa da Universidade deAveiro, competindo com milhares de alunos de centenas de escolas de todo o país.

Foram seleccionados trinta alunos do 3º ciclo e sessenta e três alunos doensino secundário, formando com eles equipas de dois alunos. Quinze equipas do3º ciclo fizeram as provas Equamat e Geo@net; Quarenta e cinco equipas doensino secundário fizeram as provas Mat12, Bio10 11 12 e Fis10 11 12 (algumasequipas realizaram mais do que uma prova).

As competições para o 3º ciclo foram realizadas na véspera do dia do testeintermédio de Matemática do 8º ano e, por esse motivo, apenas duas equipas semostraram disponíveis para representar a escola.

Talvez por esse facto e/ou pela crise económica, verificou-se, em relação aoano passado, uma redução de 20% de equipas participantes nas provas do 3º ciclo.

Curiosamente, o número de equipas que realizaram as provas do ensinosecundário aumentou cerca de 5%, provavelmente relacionado com a criação deuma nova prova, a de Biologia do 12º ano.

Pela primeira vez e a título experimental, as equipas do 3º ciclo da nossa escolarealizaram a prova Geo@net. A competição testa conhecimentos sobre oUniverso, o Sistema Solar, a Terra e a Geologia, trabalhados na disciplina deCiências Naturais.

Os Resultados dosnossos Alunos

Este ano, a nossa escola não conseguiu classificaçõesindividuais e colectivas tão expressivas como as alcançadasem anos anteriores, mantendo, porém, alguns resultadosindividuais excelentes e um nível colectivo bem acima damédia na generalidade das áreas de conhecimento, muitointeressante e animador.

Alguns factores poderão ter contribuído para isso:

• a redução de 30 para 20 minutos nas provas deMatemática, do 7º ao 12º ano;

• a alteração significativa (e polémica) do processo depontuação das equipas para apuramento da classificaçãopor escola (este ano todas as equipas pontuaram,independentemente do seu número por nível deescolaridade, enquanto que nos anos anteriores sópontuavam as três melhores equipas de cada nível);

• frequência de treino e estratégia na realização dasprovas finais, provavelmente, inadequadas a essasalterações.

Contudo, podemos destacar algumas prestações, maissignificativas.

Competição do Equamat (Matemática do 3º ciclo):

• excelente prova da equipa da Ana Sofia Silva e CarlaDaniela Mota, do 7º5, que alcançou o nível máximo 20 e foiclassificada em 29º lugar, entre 877 equipas concorrentes;

• provas muito boas das equipas Isabel FernandesNeves/Joana Catarina Silva (8º1), José Miguel Santos/Maria Catarina Neves (9º3) e Alberto Carvalho Barbosa/Beatriz Fernandes Garrido (9º3).

Competição do Geo@net (3º ciclo):

• destacou-se a equipa do 9º3, Alberto CarvalhoBarbosa/Beatriz Fernandes Garrido, que ficou em 12º lugar,entre 200 equipas;

• também estiveram muito bem, as equipas DanielaCristina Aguiar/Eduarda Isabel Rosas (9º4), João MalheiroSousa/Tiago André Marques (8º5) e Ana Sofia Silva/CarlaDaniela Mota (7º5).

Competição do Mat12 (Matemática do ensinosecundário):

• provas excelentes de duas equipas do 12º1, RuiFilipe Santos/Sara Cristina Santos e Ana Sofia Rosas/SaraFilipa Silva, classificadas em 12º e 19º lugares,respectivamente, entre 310 equipas do 12º ano;

• prova muito boa da equipa Catarina Filipa Jesus/Nuno André Moreira (10º3).

Competição de Bio10 11 12 (Biologia do ensinosecundário):

• boas provas das equipas Elsa Ferreira Ascenção/Zaida Patrícia Midão (10º1), Ana Delindro/Jéssica IsabelSilva (11º5) e Danilo José Gomes/ Ricardo Miguel Garrido(12º6).

Competição de Fis10 11 12 (Física do ensinosecundário):

• boas provas das equipas Catarina Filipa Jesus/NunoAndré Moreira (10º3) e Ana Rita Oliveira/Tiago FilipeCunha (11º4).

Colectivamente, a escola teve as seguintesclassificações:

Equamat – 22º lugar, em 211 escolas;

Geo@net – 8º lugar, em 21 escolas;

Mat12 – 28º lugar em 100 escolas;

Bio10 11 12 – 20º lugar em 45 escolas;

Fis10 11 12 – 22º lugar em 35 escolas.

Equipas do 3º ciclo: Provas Equamat e Geo@net

Equipas do ensino secundário: Prova Mat12

Vem aí mais um ano

Globalmente, a participação dos alunos da nossa escola foi francamentepositiva.

Para o próximo ano, contamos com todos os que desejem representar aescola nas Competições Nacionais de Ciência.

Será preciso estudar para ganhar conhecimento.

Será preciso treinar para vencer a competição.

Mas,… a derrota na competição também faz campeões doconhecimento!…

Até para o ano.O Coordenador do DMCEO Coordenador do DMCEO Coordenador do DMCEO Coordenador do DMCEO Coordenador do DMCE

8

destaquesEstatística Trivial

Os alunos Catarina Jesus e Bruno Correia, do 10º3, obtiveram o 1º lugar nacompetição Estatística Trivial promovida pelo Projecto ALEA, em paralelo com asCompetições Nacionais organizadas pelo PmatE na Universidade de Aveiro, no passadodia 11 de Março. Este projecto foi criado com o propósito de proporcionar instrumentosrelacionados com a compreensão, a utilização e o ensino da Estatística.

Campeonato Regional de Atletismo

O Clube Desportivo da Escola Secundária de Gondomar subiu aopódio, com o 3º lugar conquistado pelo Xavier Neves (8º3),no salto em altura no Campeonato Regional de Iniciados daresponsabilidade Associação de Atletismo do Porto, realizado no EstádioProf. Dr. José Vieira de Carvalho, no dia 29 de Maio de 2011.

Parabéns, Xavier.

Equipa de Badminton femininaEquipa de Badminton femininaEquipa de Badminton femininaEquipa de Badminton femininaEquipa de Badminton femininade Iniciados da ESG de Parabéns.de Iniciados da ESG de Parabéns.de Iniciados da ESG de Parabéns.de Iniciados da ESG de Parabéns.de Iniciados da ESG de Parabéns.

Fernando MarreirosFernando MarreirosFernando MarreirosFernando MarreirosFernando MarreirosO Coordenador do Desporto EscolarO Coordenador do Desporto EscolarO Coordenador do Desporto EscolarO Coordenador do Desporto EscolarO Coordenador do Desporto Escolar

Foi no fim-de-semana de 21 e 22 de Maio, sob a orientação doprofessor Américo, que as alunas Bárbara Braga, Marta Pinheiro, TeresaGarrido e Filipa Silva (todas do 9º3) se sagraram campeãs CLDE Porto.

A fase final realizou-se na Escola Básica Soares dos Reis (Vila Nova deGaia) e a nossa Escola, na Final, derrotou a equipa da escola anfitriã.

Parabéns a todos os que contribuiram para este sucesso.

semana TIC

De 16 a 20 de Maio, decorreu, na nossa escola, a Semana TIC,evento cujo principal objectivo é a divulgação das Tecnologias daInformação e Comunicação nas suas diversas vertentes, durante aqual foram abordados os seguintes temas:

· Representação do Conhecimento em Contextos Escolares -Joaquim Silva, professor da ESG;

· Redes Sociais - David Freitas, professor da ESG;

· Web 2.0 em Educação - Etelvira Figueiredo, professora da ESG;

· PTEC - Projectos Tecnológicos Extra-Curriculares - António Sérgio eVítor Graça, professores da ESG;

· Programação a Brincar - Rui Mesquita, professor da ESG;

· O PTE na ESG - Luís Grilo, professor da ESG;

· O Meu Computador Tem TICs de Artista - David Freitas, professorda ESG;

· Conceito Anywhere - João Ferreira, antigo aluno da ESG e consultorna Deloitte na área de Consulting – Financial Services Industry.

O evento, organizado pela equipa PTE da ESG, decorreu no auditório daescola e teve uma ampla adesão da comunidade escolar, tendo contado com aparticipação de cerca de 75 professores, 10 funcionários e 425 alunos.

Catarina Jesus e Bruno Correia, do 10º3

9

notíciasACONTECEU… NA ESG

Cartazes de Abril

Realizou-se, mais uma vez, no Auditório Municipal deGondomar, a cerimónia de entrega de prémios do Concurso deCartazes do 25 de Abril, sendo a vencedora da edição de 2011Ana Carina Oliveira Borges Pinto, do 12º ano, da Escola Secundáriade Valbom. A abertura esteve a cargo do grupo musical “FreeSoul”, composto por alunos da Escola Secundária de RioTinto.Seguiram-se as intervenções do director da EscolaSecundária de Gondomar, Joaquim Costa e do Presidente daCâmara Municipal de Gondomar, Valentim Loureiro.

Depois da entrega de prémios do concurso de cartazes,realizou-se uma visita às Exposições do Concurso de Cartazes e“Actas da Revolução da Câmara de Gondomar”.O Concurso deCartazes das Escolas de Gondomar é uma organização conjuntada Câmara Municipal de Gondomar e Escola Secundária deGondomar, sendo esta já a sua 13ª edição e está aberto a todos osalunos das Escolas do 3.º Ciclo do Ensino Básico e EnsinoSecundário, públicas e privadas, incluindo Escolas Profissionais eequiparadas, tendo por objectivo desenvolver nos jovens valoresde cidadania e democracia, incentivando o desenvolvimento dacriatividade e do sentido estético.O prémio principal desteconcurso é a impressão do cartaz classificado em primeiro lugar,em formato mupi, e uma edição limitada de serigrafias, além daatribuição de •175,00. O 2º premiado recebe •125,00 e o 3º•75,00. Os professores dos alunos das turmas premiadas sãodistinguidos com uma filigrana.

O papel dos pais na formaçãodos filhos

Promovido pela Associação de Pais e pela Direcção da Escola,realizou-se no Auditório da Escola Secundária de Gondomar, no dia 8 deAbril, um debate subordinado ao tema “O papel dos pais na formação dosfilhos – desígnio indeclinável e inadiável”.

Esta palestra contou com a participação de Albino Almeida,presidente da CONFAP e com o apoio da FAPAG.

Feira do Livro e do Chocolate

Realizou-se, uma vez mais, de 4 a 8 de Abril, a Feira do Livro e doChocolate, uma iniciativa da Biblioteca Escolar, que propôs, uma vez mais,uma conjugação que costuma ser bastante apetecível.

O evento contou com o apoio da Livraria Papelaria Juvenil e da lojaBombom Classe.

10

João Carlos BritoJoão Carlos BritoJoão Carlos BritoJoão Carlos BritoJoão Carlos Brito

Decorreu, nos dias 29 e 30 de abril, o sexto Encontro deBibliotecas de Gondomar, subordinado ao tema “À volta dasleituras e dos leitores”.

Foi uma ação promovida em conjunto pelas BibliotecasEscolares da Escola Secundária de Gondomar, doagrupamento de escolas de Baguim do Monte e à Beira-Douroe ainda pelo Centro de Formação Júlio Resende, Rede deBibliotecas Escolares, Câmara Municipal e RBEP e teve comopalco o auditório da Biblioteca Municipal e a presença dequase 100 professores de vários pontos do país, a maior partecom funções relacionadas com a atividade das bibliotecasescolares.

Os professores-bibliotecários devem procurar estar a par das novastendências e sobretudo das necessidades que vão surgindo por parte dopúblico para quem fundamentalmente direcionam o seu trabalho: osalunos, em particular, e a toda a comunidade educativa, em geral. Destemodo, é essencial procurar novas e pertinentes formações, bem como, eprincipalmente, tentar aplicar, na prática do trabalho quotidiano, o quevamos aprendendo.

Neste caso concreto, não há quaisquer dúvidas de que a leitura, oslivros são componente essencial para a construção do cidadão. O alunoque lê mais quase sempre consegue resultados mais altos, o cidadão quemantém hábitos de leitura normalmente tem mais valores, maisreferências, exerce melhor a sua cidadania dentro dos vários grupos emque é interveniente (célula familiar, trabalho, amigos, etc) e caracteriza-se (entre muitas outras coisas, como é óbvio) principalmente porprocurar mais a solução do que o problema.

Isto porque a leitura, entre outros skills, desenvolve a capacidadeinterpretativa, a argúcia e o discernimento para descodificar enunciados,proporciona referências, viagens fantásticas ao seu leitor que, destaforma, fica indubitavelmente mais bem preparado para enfrentar comsucesso os seus desafios, seja um teste de matemática, sejafundamentar uma opinião sobre um determinado tema, ao longo da vida,pois o livro e a leitura são ingredientes cruciais para a capacidadeargumentativa, ao longo da vida.

Assim, um dos principais desafios que um professor e sobretudoprofessor-bibliotecário, enfrenta, tal como todos os colegas, é conseguircontribuir para a formação de leitores, em primeira instância, e, emúltima, para a manutenção de leitores, sabendo-se que existe umatendência de mesmo bons alunos-leitores poderem perder hábitos deleitura, o que acontece, bastantes vezes, na chamada “mudança deidade”, que, no calendário da vida escolar, embora possa variar, dá-segeralmente na transição do 2º para o 3º ciclo do ensino básico.

Ou seja, pela experiência que tenho, pela partilha de experiências econhecimentos com outros colegas de profissão, pela leitura deexperiências realizadas, será, mesmo, muito mais difícil manter um leitordo que “fazê-lo”.

Ora quando se trabalha com alunos de uma escola do ensinosecundário, esta questão é tanto mais relevante para o sucesso ou nãoda missão que é suposto desempenhar: quando os alunos do 7º anopassam pela biblioteca já vêm “formados”, pelo menos na suaesmagadora maioria. Logo, uma das missões primordiais de umprofessor-bibliotecário numa escola do ensino secundário com 3º ciclo,como é o caso desta, será a de manter os índices de motivação pelaleitura. O que, obviamente, não é tarefa fácil, devido a muitos motivos.De entre eles, saliento dois em especial, sendo que o primeiro éimpossível (ou praticamente impossível) combater, que é o crescimentonatural, a descoberta de novas atrações, a entrada na adolescência, comtudo o que tal implica. Dessa forma, o nosso trabalho funcionará maiscomo complemento dos educadores, tentar aumentar os índices detolerância, encarar essa fase “incaracterística” como normal e,sobretudo, procurar controlar dentro de parâmetros aceitáveis posturas

e atitudes pouco convencionais noutras idades, mas que nessa faseacabam por ser normais. Temos também de procurar entender as suasnovas motivações, ajudá-los a estabelecerem o seu itinerário de leituras,ajudar nas suas escolhas, mas, acima de tudo, tentar evitar que se percao leitor que, entretanto, se formou e que possa, se isso acontecer,retomar os seus hábitos de leitura com regularidade.

O outro grande desafio do professor-bibliotecário já depende, numaquota-parte bem mais elevada, da sua ação, que é o de perceber que operíodo de duração de uma geração é cada vez mais curto e que as novastecnologias só ostentam o epíteto de novidade por muito pouco tempo.

Um exemplo claríssimo: uma equipa de investigação, em França,colocou crianças do pré-escolar em contacto com objetos que, paraalguns de nós, ainda são sinónimo de “tecnologia de ponta” (http://www.youtube.com/watch?v=gdSHeKfZG7c). Por exemplo, umadiskette de 3,5 polegadas (já nem falo das de 5 e ¼!), que nenhuma dascrianças reconheceu. Ou seja, para uma criança e para um adolescente,uma diskette é coisa do passado. É pré-história, pura e simplesmente.Algo que, ainda há pouquíssimos anos, era novidade (15 anos, mais oumenos), que durante 10 anos foi o suporte de informação e deportabilidade mais usual e que, hoje, desapareceu, pois o seu lugar foitomado, primeiro, pelos cd’s, depois, pelos dvd’s, seguidamente pelaspen’s e pelos discos duros portáteis de muito maior capacidade. Tudo istonum ápice! E a verdade é que muita gente (muitos professores,inclusivamente) continua a não saber o que é uma diskette, mas nãopelos mesmos motivos dessas crianças. Desconhecem, porque para elascontinua a ser um objeto distante, longínquo, moderno…

Façamos, pois, o paralelismo com o livro. Recordo a visão de CarlosPinheiro, na sua abordagem “A Geração do ecrã e as novas formas deleitura” e, simultaneamente, a de José Cândido Martins, em “Atualidadedo elogio do livro e da leitura”. Ambos defendem que o livro nuncaacabará, mas já o mesmo não acontece em relação à durabilidade davariação do seu formato. Enquanto Carlos Pinheiro está convicto quedaqui a 10 anos, os jornais e revistas deixarão de existir em formato papele ao livro acontecer-lhe-á o mesmo num espaço aproximado de trêsgerações, José Cândido Martins é de opinião que o livro, tal como oconhecemos hoje permanecerá assim durante, pelo menos, mais algunsséculos. As razões que ambos enunciam são válidas e, no campo dasconjeturas, os dois poderão vir a ter razão. Apenas o tempo o dirá. E,sendo verdade que há indicadores importantes (descida de venda doslivros em formato físico, o que acontece pela primeira vez e aumento doe.book, descida dos preços dos aparelhos de leitura eletrónicos, novaspotencialidades que os aproximam cada vez mais dos padrões do papelnormal, dos gestos de folhear, da textura, etc), penso que não será tãocedo que o livro em papel irá passar a pertencer ao passado. Recomendotambém uma animação engraçada e sugestiva de Lane Smith, a estepropósito, o divertido It’s a book (http://www.youtube.com/watch?v=XwoW9hnB4vY&feature=player_embedded), que coloca emcontraponto o e.reader e o livro.

VI Encontro de Bibliotecasde Gondomar

notíciasACONTECEU… NA ESG

11

É importante sabermos atéquando o livro, tal como oconhecemos, vai ser o intérpreteprincipal da saga que é a leitura.Mas só na medida em que tambémtemos de (re)conhecer os outrosformatos de livro e de leitura. E,nessa perspectiva, os novosleitores. Porque não somos nós quedefinimos essa tendência. Somos,apenas, meros atores (inter-venientes, é verdade) de umprocesso que se desenrola à escalaglobal.

Assim, pareceu-me, de facto,muito interessante esta ação,virada para as novas formas deleitura. E o progresso é de tal formacélere nesta área, que, às vezes,num mês, surgem coisas novas.Quase sempre, em primeirainstância, descobertas e prati-cadas… pelos nossos alunos! Que,é verdade, nem sempre lhes dão afuncionalidade mais correta e nemdelas tiram o partido maisadequado. Pois então é realmentefundamental que estejamos a par eque, também nestas novasvertentes, neste novos caminhosda leitura, consigamos falar comeles a mesma linguagem, ter umacervo de vocabulário e, obvia-mente, de conhecimentos, que nospermitam, uma vez mais, serpotenciais ajudantes de campo dosnovos leitores.

Porque o mundo, como disseJosé Cândido Martins, citandoUmberto Eco, está cheio de livrospreciosos, que ninguém lê,compete-nos, a nós, descobri-los,descobrir também que “livroprecioso” cada aluno, indivi-dualmente, quer ler e, por fim, dá-lo a conhecer, para que este possaviajar, poder melhor argumentar,enfim, sentir o prazer único daleitura, seja em que formato for.

Flávia Vieira e Dina Neves de honra

Na edição de 2011, o concurso de poesia Poemas Soltos voltou a registar uma grande participação detodas as escolas, de alunos dos seis a adultos de 66 anos!

Isto porque, desde o ano transacto que a iniciativa engloba também os adultos do RVCC e cursos EFA.

Organizado pelas Bibliotecas escolares do concelho de Gondomar, esta é a 7ª edição e,simultaneamente, a edição do sétimo livro, que integra os melhores textos do concurso. Desta feita, aESG não ganhou, mas teve duas menções honrosas: a “repetente” Dina Neves, do 11º ano, que, maisuma vez, consegue este galardão e a “estreante” Flávia Vieira, do 12º ano.

A entrega dos prémios e a apresentação do livro ocorreram no passado dia 3 de Junho, no PavilhãoMultiusos, com uma assistência de cerca de um milhar de pessoas.

Figurado

Flávia VieiraFlávia VieiraFlávia VieiraFlávia VieiraFlávia Vieira

Na rua…

sinto a lua…

sigo a sua luz pura…

É noite escura…

Na escuridão…

meu coração me toma…

Sua vida própria…

sua dor melancólica…

Algo se evoca…

No nevoeiro cerrado,

sou algo figurado…

Converto-me em lobo,

vou ao teu encontro.

Eu te conto…

sei que estarás pronto…

Lobo morto-vivo…

morto-vivo enraivecido,

olhos de eterno brilho,

vagueio em mundo frio…

moribundo…

Meu sofrimento não é curto.

Como negro vulto,

vagueio nesse teu mundo

de meu negro culto…

Alerta

Dina NevesDina NevesDina NevesDina NevesDina Neves

Está frio na floresta.

Os mochos parecem destroços da noite,

as árvores caminham em longas filas,

os coelhos e, até, as raposas

carregam em si mantos cansados.

Mas, no fim, as águas trémulas

arrepiam os peixes, quase sufocados.

Está frio na floresta.

Os mochos não parecem destroços da noite,

as árvores não caminham em longas filas,

os coelhos e, até, as raposas

não carregam em si mantos cansados.

Nem no fim, as águas trémulas

arrepiam os peixes, quase sufocados.

Está frio na floresta.

É tão pesado o seu clima

como o de quem toma um novo dia.

Está tão frio na floresta.

Um frio que não supera a alegria

de virar a página da vida

e voltar a fazer magia.

Poemas Soltos

12

Área de Projecto – o nosso trabalho

Ana Catarina Santos; Flavio Nogueira;Ana Catarina Santos; Flavio Nogueira;Ana Catarina Santos; Flavio Nogueira;Ana Catarina Santos; Flavio Nogueira;Ana Catarina Santos; Flavio Nogueira;Raquel Ramos; Sara Martins;Raquel Ramos; Sara Martins;Raquel Ramos; Sara Martins;Raquel Ramos; Sara Martins;Raquel Ramos; Sara Martins;

FFFFFrederico Almeida, 12º5rederico Almeida, 12º5rederico Almeida, 12º5rederico Almeida, 12º5rederico Almeida, 12º5

O nosso grupo desenvolveu o tema “Alimentação e doençasassociadas”, com o objectivo de alertar a população juvenil para aimportância de uma alimentação saudável.

Depois de toda a pesquisa, realizámos inquéritos às diferentes turmasdesta escola para saber que tipo de alimentação que os alunos fazem esaber também em que tipo de questões/problemas devemos actuar.Analisamos a relação das variáveis idade e género com a variável tipo dealimentação. Para uma leitura mais eficiente dos dados fizemos gráficosapelativos.

Neste momento com o final de todo o estudo vamos realizar umaentrevista a uma nutricionista, onde ela irá esclarecer as nossas dúvidas eas de alguns elementos da nossa turma da forma mais profissional ecorrecta.

Com este trabalho queremos que a população da nossa faixa etáriacomece a ter uma noção mais realista da sua alimentação, que, por vezes,não é a mais correcta e mude de acordo com a nossa idade, evitandoproblemas no futuro.

A dieta idealO sexo masculino deve consumir em média 2400 calorias.

Pequeno-almoço 240 ml de leite magro ou meio gordo1 Pão ou 6 colheres de cereais+1 peça de fruta

Merenda da manhã 1 Iogurte magro ou 120 ml de leite1 Pão com 1 fatia de queijo magroou fiambre

Almoço 1 Sopa de legumes120g de carne ouequivalente2 Doses de farináceos1,5 Dose de vegetais1 Peça de fruta

Lanche 1 2 Iogurtes magros ou 240 ml de leite1 Pão com 1 fatia de queijo magro oufiambre

Lanche 2 Chá ou outra infusão sem açúcar ou comadoçante3 Bolachas ou equivalente

Jantar 1 Prato de sopa 90g de carne ouequivalente2 Doses de farináceos1,5 Dose de vegetais1 Peça de fruta

Ceia 1 Iogurte magro ou 120ml de leite3 Bolachas ou equivalente

O sexo feminino deve consumir em média 1900 calorias

Pequeno-almoço 240 ml de leite magro ou meio gordo1 Pão ou 6 colheres de cereais

Merenda da manhã 1 Iogurte magro ou 120 ml de leite1 Peça de fruta

Almoço 1 Sopa de legumes90g de carne ouequivalente1 Dose de farináceos1 Dose de vegetais

Lanche 1 1 Chávena de leite (240ml) ou 2 iogurtes1 Pão com 1 fatia de queijo magro oufiambre

Lanche 2 1 Peça de fruta6 Bolachas ou equivalente

Jantar 1 Prato de sopa 90g de carne ou equivalente1 Dose de farináceos1 Dose de vegetais1 Peça de fruta

Ceia 1 Copo de leite ou iogurte3 Bolachas ou equivalente

Nota: não deve ser só tomado em consideração o sexo, mas tambéma idade, peso e a sua actividade física.

Doenças relacionadas com uma má alimentação

Diabetes

A diabetes é uma doença crónica que se caracteriza pelo aumento dosníveis de açúcar (glicose) no sangue e pela incapacidade do organismo emtransformar toda a glicose proveniente dos alimentos.

Quais são os sintomas típicos da diabetes?

o Urinar em grande quantidade e muitas mais vezes, especialmentedurante a noite (poliúria);

o Sede constante e intensa (polidipsia);

o Fome constante e difícil de saciar (polifagia);

o Fadiga;

o Comichão (prurido) no corpo, designadamente nos órgãosgenitais;

o Visão turva.

Cirrose Hepática

A cirrose hepática é o resultado final de anos de agressões ao fígado,sendo caracterizada pela substituição do tecido hepático normal pornódulos e tecido fibroso. No fundo, nada mais é do que a cicatrização dofígado. Onde deveria haver tecido funcionante, há apenas fibrose(cicatriz).

Anorexia

A anorexia nervosa é um transtorno alimentar que provoca noindivíduo tanto medo de ganhar peso e/ou gordura corporal que ele(a)limitará severamente a quantidade de comida que ingere.

Sintomas:

o Saltar refeições;

o Ingerir apenas um determinado tipo de comida;

o Fazer exercício em excesso, particularmente depois de umarefeição, ou “para abrir o apetite”;

o Perda dramática de peso;

o Excessivo interesse em questões relacionadas com peso, imagemcorporal e jejum;

o Baixos níveis de energia;

saúde

13

Obesidade

De acordo com a OMS, a obesidade é uma doença em que o excesso de gordura corporalacumulada pode atingir graus capazes de afectar a saúde. É uma doença crónica, atinge homens emulheres de todas as etnias e de todas as idades, reduz a qualidade de vida e tem elevadas taxas demorbilidade e mortalidade. A obesidade acarreta múltiplas consequências graves para a saúde.

Como se previne a obesidade?

o Dieta alimentar equilibrada;

o Actividade física regular;

o Modo de vida saudável.

Bulimia

A Bulimia Nervosa é um Transtorno Alimentar que se caracteriza pela ingestão de grandesquantidades de alimentos (episódios de comer compulsivo ou episódios bulímicos), seguidos pormétodos compensatórios, tais como vómitos auto-induzidos, uso de laxantes e/ou diuréticos eprática de exercícios como forma de evitar o aumento de peso pelo medo exagerado de engordar.

Sintomas:

o Ingestão compulsiva e exagerada de alimentos

o Vómitos auto-induzidos, uso de laxantes e diuréticos para evitar ganho de peso

o Alimentação excessiva, sem aumento proporcional do peso corporal

o Depressão

o Obsessão por exercícios físicos

o Comer em segredo ou escondido dos outros

Colesterol

O colesterol, popularmente chamado de gordura do sangue, não existe nos vegetais, apenas noorganismo dos animais. É sintetizado no fígado e em quantidades normais, é necessário para algumasfunções do organismo mas, em excesso, causa problemas.

Os níveis ideais de colesterol no sangue são:

Colesterol Total - abaixo de 200mg/dL de sangue;

Bom Colesterol (HDL) - acima de 35mg/dL de sangue;

Mau Colesterol (LDL)-abaixo de 130mg/dL de sangue.

Há alimentos que ajudam a reduzir as taxas de colesterol no sangue, assim como tambémexistem os que devem ser evitados. Para isso, preste atenção nas duas listas abaixo:

Alimentos ricos em colesterol

Bacon, chantilly, ovas de peixes, biscoitos amanteigados, doces cremosos, peles de aves,camarão, queijos amarelos, carnes vermelhas ‘gordas’, gema de ovos, sorvetes cremosos, creme deleite, lagosta, vísceras.

Alimentos que ajudam a reduzir o colesterol (impedindo a sua absorção pelointestino)

Aipo, couve-de-bruxelas, ameixa preta, couve-flor, amora, ervilha, pão integral, aveia, farelo deaveia, pêra, cenoura, farelo de trigo, pêssego, cereais integrais, feijão, cevada, figo, vegetaisfolhosos.

Sabes ler os rótulos dosprodutos alimentares?O semáforo nutricional

Os rótulos nutricionais dos alimentossão de elevada importância para apopulação consumidora ter umaalimentação mais saudável. Mas, para osrótulos serem bem utilizados e aajudarem numa alimentação maissaudavel, é necessário quenós(consumidores) os saibamos ler.

Em alguns supermercados já severifica que os produtos da dita marcabranca possuem um sistema que torna ainformação nutricional de mais fácilleitura. Chama-se “semáforonutricional” e ajuda o consumidor aentender melhor e mais rapidamentetodos os constituintes do produto. Estedito semáforo tem 4 cores:

· O vermelho - que significa que oalimento tem uma elevada concentraçãode gorduras, gorduras saturadas,açucares ou sal.

· O laranja – que significa que oalimento tem uma concentração médiade gorduras, gorduras saturadas,açucares ou sal.

· O verde - que significa que oalimento tem uma concentração baixa degorduras, gorduras saturadas, açucaresou sal.

· O cinza - que significa que oalimento não tem qualquer significadonutricional.

Assim, quando fores às compras, lêbem os rótulos e faz as tuas escolhasconscientemente.

14

ciênciaRefracção da luz.

A luz permite-nos, entre outras coisas, ver o mundo a cores, ler artigos de jornal e comunicar alongas distâncias. Sem luz a vida na Terra não seria possível na forma em que a conhecemos, noentanto, a luz não é fácil de ser interpretada. A sua natureza é a mesma das ondas hertezianasutilizadas nas comunicações a curtas e a longas distâncias, são ondas electromagnéticas, umasvisíveis aos nossos olhos outras não visíveis mas com efeitos detectáveis.

A luz branca que ilumina o dia é na realidade constituída por várias luzes de cores diferentes.Diz-se que a luz branca é uma radiação complexa.

Mediante determinadas condições, em dias de alguma chuva, as luzes que formam a luz brancaseparam-se (dispersam-se) e conseguimos ver no céu um bonito arco-íris. São sete as cores dasluzes que formam a luz branca: vermelho; laranja; amarelo; verde; azul; anil e o violeta.

O arco-irís pode também ser reproduzido em laboratório utilizando um feixe fino de luz brancae um prisma óptico. As luzes do arco-íris quando viajam no espaço (vazio) apresentam igualvelocidade de propagação (velocidade da luz, c H” 300 000 km/s), e mantêm-se misturadas nãosendo possível distingui-las. Quando passam para um meio de propagação diferente, apresentamdiferentes velocidades de propagação e consoante as suas características dispersam-se originando oarco-íris.

Dependendo do ângulo de incidência, quando um raio luminoso que se propagava numdeterminado meio passa para um meio diferente em geral a sua direcção de propagação altera-se.Este fenómeno está associado à alteração da velocidade da luz quando esta muda de meio depropagação e denomina-se refracção.

Experiência ilustrativa da alteração da direcção de propagação da luz com a mudança de meio depropagação.

1- Numa folha branca, traçar as linhasrepresentadas na figura.

A linha a tracejado representa aperpendicular à superfície de separação dosmeios, no ponto de incidência do raio luminoso.

2- Sobre a linha que representa o raioincidente, fixar alguns alfinetes e colocar umaplaca de acrílico como está representado.

3- Olhando através da placa, alinhar dooutro lado desta um ou dois alfinetes com osanteriormente colocados.

3- Resultado visto de cima para baixo. 4- Retirar a placa de acrílico e unir os pontoscomo está representado.

5- Confirmar que através da placa, o raioluminoso alterou a sua direcção de propagaçãoaproximando-se da linha a tracejado.

PPPPPesquisa e organização do texto,esquisa e organização do texto,esquisa e organização do texto,esquisa e organização do texto,esquisa e organização do texto,

TTTTTurma 11º 1 (alunos nurma 11º 1 (alunos nurma 11º 1 (alunos nurma 11º 1 (alunos nurma 11º 1 (alunos nososososos: 1; 2; 3; 11; 19; 22; 26; 39): 1; 2; 3; 11; 19; 22; 26; 39): 1; 2; 3; 11; 19; 22; 26; 39): 1; 2; 3; 11; 19; 22; 26; 39): 1; 2; 3; 11; 19; 22; 26; 39)

Colaboração da professora de FColaboração da professora de FColaboração da professora de FColaboração da professora de FColaboração da professora de F.Q.- A.Q.- A.Q.- A.Q.- A.Q.- A

Créditos fotográficos:Créditos fotográficos:Créditos fotográficos:Créditos fotográficos:Créditos fotográficos:

Maria Antonieta Alves.Maria Antonieta Alves.Maria Antonieta Alves.Maria Antonieta Alves.Maria Antonieta Alves.

15

A velocidade de propagação da luz dependedas características do meio em que se propaga.

O índice de refracção, n, define-se como arazão entre a velocidade de propagação da ondanum meio de referência e num dado meio. Nocaso de o meio de referência ser o vazio, oíndice de refracção denomina-se índice derefracção absoluto e é dado pela expressão.

Para quaisquer outros dois meios, 1 e 2, oíndice de refracção do meio 2 em relação aomeio 1 é dado pela expressão.

O ângulo de incidência, qi, e o ângulo derefracção, qr, relacionam-se pela expressão

(Lei de Snell-Descartes para a refracção)r2i1 sin nsin n

Uma pequena experiência para surpreender familiares e amigos.

1- No fundo de uma taça de material opaco,fixar uma moeda de 0,20 •.

Pedir aos observadores para se afastarem dataça até à posição em que deixam de ver amoeda. Devem permanecer nessa posição

2- Mantendo-se os observadores naposição anterior, verter água na taça.

Parar de adicionar água no instante em que,sem se deslocarem da posição em que estavam,os observadores voltam a ver a moeda.

Explicação: A velocidade da luz no ar, é superior à sua velocidade na água. Diz-se que a água éum meio mais refringente do que o ar. Quando um raio luminoso passa da água para o ar, altera a suadirecção de propagação refractando-se e afastando-se da perpendicular à superfície de separaçãoágua-ar, no ponto em que incide. Esta alteração na direcção de propagação permite que parte da luzdifundida pela moeda chegue aos olhos do observador onde anteriormente não chegava.

O observador vê a moeda, numa posição ilusória, situada no prolongamento dos raios luminososque chegam aos seus olhos. Em termos gerais, trata-se de uma situação de refracção da luz.

A refracção das ondas, em particular dasondas electromagnéticas está presente emmuitos dos fenómenos observados no nossoquotidiano e tem múltiplas aplicações como porexemplo na construção de lentes ou nomecanismo da fibra óptica, mas esse seráassunto a desenvolver num outro trabalho.

Mantenha activo o seu interesse pela ciência ecompreenderá melhor o mundo à sua volta.

Fontes de consulta:Fontes de consulta:Fontes de consulta:Fontes de consulta:Fontes de consulta:

Silva, A., Simões, C., Resende, F., Ribeiro, M. (2008). Física 11. ArealEditores, Porto.

Ventura, G., Fiolhais, M., Fiolhais, C., Paiva, J., Ferreira, A. (2008).11 F, Física - Bloco 2. Texto Editores, Lisboa.

16

A Educação e Formação de Adultosenquanto factor mediador deempregabilidade

RRRRRaquel Azevedo Faquel Azevedo Faquel Azevedo Faquel Azevedo Faquel Azevedo Freitasreitasreitasreitasreitas

É numa conjuntura socioeconómica instável e particularmente complexa, quefrequentemente se questiona a validade da educação, o investimento na formaçãoe o seu discutível retorno. É numa conjuntura como a que assistimos, como a quevivemos, que externalisamos ansiedades e dúvidas capazes de colocar em causa osvalores pelos quais nos pautamos. É numa conjuntura como esta que nosconfrontamos a nós próprios sobre a validade da educação e formação, sobretudonum contexto profissional incapaz de sossegar pais, filhos, professores, alunos…cidadãos que procuram harmonia no seu dia-a-dia, que procuram construir pilaresde alento capazes de suportar o futuro. É, nestas alturas, de maior complexidadeque nos questionamos constantemente, criando moldes que promovem ecossociais. Compensa investir na formação? Que garantias o tempo que eu invisto emformação me trará no que respeita ao ingresso no mercado de trabalho? Qual arelação entre educação, formação e empregabilidade?

É no decorrer das várias mutações no mundo profissional que surge o termoemployability, que, mesmo antes de possuir significado explícito nos dicionários, jáera um termo recorrente no quotidiano dos profissionais. A empregabilidade podeser compreendida como um conjunto de competências e habilidades necessáriaspara uma pessoa conquistar e manter um trabalho ou emprego.

No que respeita à fidelidade da relação entre a educação e formação deadultos e a empregabilidade, esta não é uma preocupação que assola apenas osenso comum, pois todos os organismos e operadores de educação e formação deadultos têm-se debruçado bastante sobre esta temática.

A literatura desenvolvida no âmbito da empregabilidade conta já compublicações que alertam para algumas das mais recentes preocupações, sobretudodo Ensino Superior, no que respeita às novas exigências de empregabilidade. Porexemplo, no Livro Branco sobre Educação e Formação (Commission Européenne,1995, cit. in Gonçalves et al, 2006) lê-se que a formação mais adequada aoemprego deve integrar o conhecimento básico (entendido como a capacidade deauto-aprendizagem), o conhecimento técnico (relacionados com a área detrabalho específica) e aptidões sociais (relacionadas com as competênciasinterpessoais, como é exemplo a capacidade de envolvimento e trabalho emequipa, a pró-actividade e criatividade). Num outro documento, na Carta Magnada Educação é destacada a necessidade das competências adquiridas seremtransponíveis para o “exercício de funções distintas como por exemplo: o domíniode conhecimentos básicos essenciais, a aptidão para a procura de saberesavançados, a capacidade para investigar, o desenvolvimento de qualidadespessoais, uma postura de autonomia” (Gonçalves et al, 2006, p. 106). Estes são, defacto, alguns exemplos do registo das preocupações que têm dominado, no casoconcreto, as reflexões do ensino superior no que respeita à empregabilidade, oque é bastante legítimo, tendo em conta que nos encontramos num período críticode acesso ao emprego, ao mesmo tempo que a oferta e o acesso ao ensinosuperior, apresentam-se em franca expansão.

Estas preocupações são, então, legítimas, mas os factos são inquestionáveis.Segundo a APEC (Association Pour l’Emploi des Cadres), fundamentando-se nosseus regulares inquéritos e frequentes projectos de investigação no âmbito dainserção profissional, tendo criado organismos especializados nesse campo deobservação, salienta a importância das habilitações, concretamente de nívelsecundário e superior, já que, apesar de alguma dificuldade, os jovens diplomadostêm situações relativamente favoráveis em comparação com os que não possuemqualificação. “O diploma favorece a inserção, uma vez que a taxa de desempregodos não diplomados é duas vezes superior à dos diplomados” (Gonçalves et al,2006, p. 104). Ainda neste âmbito, segundo dados do Instituto de Emprego eFormação Profissional, à medida que a escolaridade aumenta, diminui o tempo deinscrição dos desempregados, sendo que, por norma, os desempregados de longaduração concentram-se nos níveis de habilitação mais baixo (Gonçalves et al,2006).

Não obstante, embora empregabilidade seja um termo corrente quando sereflecte sobre o mercado de trabalho actual, a sua exploração e aplicação é aindaincipiente. Há muito trabalho a ser efectuado para promover a adequabilidade atodas as mudanças decorrentes da actual conjuntura socioeconómica, o que passainclusivamente por uma necessidade premente de consciencialização por partedos profissionais, quanto a essas mesmas transformações.

Em suma, parece pertinente transcrever as palavras de Carl Rogers:

O único homem que se forma é aquele que aprendeu como aprender;que aprendeu como se adaptar e mudar; que se capacitou de que nenhumconhecimento é seguro.

Aconselhamento e orientação de adultospara a qualificação: uma intervençãonecessária

O Centro Novas Oportunidades da Escola Secundária deGondomar, no seu encontro anual designado por “Dia Aberto”,desenvolveu uma reflexão aprofundada sobre a orientaçãovocacional de adultos, convidando para o efeito técnicos eespecialistas nesta área.

Aconselhar e orientar adultos para percursos deaprendizagem ao longo da vida é uma tarefa essencial dosCentros Novas Oportunidades, desde 2007. Para aconcretização desta tarefa concorrem dois momentosessenciais. Por um lado, um momento inicial, no qual odesenvolvimento das etapas de acolhimento, diagnóstico eencaminhamento permite uma detalhada caracterização doscandidatos que se inscrevem nos Centros NovasOportunidades, no que se refere às suas característicassociográficas e interesses pessoais, mas também aos seuspercursos escolares e profissionais, e ainda às suas motivaçõese expectativas futuras. Trata-se de um retrato desenhado atraço fino de cada um dos candidatos que possibilita umaconselhamento próximo e uma orientação adequada para opercurso de qualificação que responda melhor às reaisnecessidades de cada um dos adultos. Por outro lado, no final dacertificação, a equipa técnico-pedagógica tem aresponsabilidade de definir um Plano de DesenvolvimentoPessoal que defina possíveis percursos a explorar, quer emtermos escolares, quer profissionais.

Assume particular destaque uma nova figura no contextodo Sistema Nacional de Qualificações – o técnico dediagnóstico e encaminhamento. Nova figura que desenvolvenovas funções, mas sempre em articulação com os restanteselementos da equipa técnica.

O referencial europeu nestas matérias é claro. Aorientação ao longo da vida tem uma definição ampla e umespectro de acção muito abrangente. Não se trata apenas deorientar para a profissão, nem de orientar para a formação oureconversão profissional, trata-se antes de orientar eaconselhar os adultos para o desenvolvimento de percursos deaprendizagem ao longo da vida, multiformes, multidimensionaise multi-institucionais que correspondam a projectos de vida,sempre passíveis de redefinição.

Os Centros Novas Oportunidades estão, pois, navanguarda da intervenção europeia e mundial nesta área. Oalargamento a novos públicos (mais jovens, mais qualificados,etc.) é agora a prioridade para o futuro. A reflexão desenvolvidana Escola Secundária de Gondomar clarificou procedimentostécnicos e abriu portas para novas intervenções, tendo comobase o trabalho já desenvolvido pelo conjunto de CentrosNovas Oportunidades daquela região. É uma dinâmica a nãoperder, e por isso, esta sebenta para perpetuar a memória doque aí se discutiu.

Maria do Carmo GomesMaria do Carmo GomesMaria do Carmo GomesMaria do Carmo GomesMaria do Carmo Gomes

Vice-presidente da Agência Nacional para a Qualificação, I.P Vice-presidente da Agência Nacional para a Qualificação, I.P Vice-presidente da Agência Nacional para a Qualificação, I.P Vice-presidente da Agência Nacional para a Qualificação, I.P Vice-presidente da Agência Nacional para a Qualificação, I.P.....

17

examesPara concluíres o ensino secundário, caso estejas a frequentar um cursocientífico-humanístico, terás de realizar exames nacionais. Alguns dessesexames, para além de te permitirem a conclusão do ensino secundário,poderão também ser provas de ingresso

consulte o site - www.acessoensinosuperior.pt ,

convém que tenhas cuidados redobrados para a tua prestação nestas provas.Por isso atempadamente:

. faz resumos de todas as matérias;

não deixes ficar para próximo da época de exames resolver os testes e/ou examesque já saíram;

consulta o site do Gabinete de Avaliaçao Educacional - www.gave.pt - onde poderásencontrar, para além de provas de exame e respectivas sugestões de correcção, itensrelacionados com as diversas matérias a testar;

pede ajuda ao teu professor e/ou vai à Sala de Estudo onde encontrarás professoresque te poderão auxiliar a resolver dúvidas.

Lembra-te de que:

- é obrigatória a inscrição paraexame dentro dos prazos legais;

- o prazo de inscrição para a 2ª faseé de 9 a 12 de Julho;

Que matérias podem sair nosexames a realizar neste aniolectivo?

- Exames de disciplina bienais: Aelaboração das provas terá comoreferência todo o programa dadisciplina;

- Exames de disciplinas trienais: Aelaboração das provas terá comoreferência a matéria de 12º ano.

calendário de exames doensino secundário

18

examesCalendário de exames doensino básico

19

Um Conto de Abril

Isaura Afonseca, PIsaura Afonseca, PIsaura Afonseca, PIsaura Afonseca, PIsaura Afonseca, Porto, 13 de Abril de 2011orto, 13 de Abril de 2011orto, 13 de Abril de 2011orto, 13 de Abril de 2011orto, 13 de Abril de 2011

à Ivone, que gosta de pessoas e que,numa tarde, me lembrou

o que nunca deve ser esquecido.

Magnólia

Era bela. Era rosa. Era só.Crescia num canto, ao fundo do jardim, perto do velho poço, cuja água subia na dança da

roldana.A dona da casa costumava sentar-se à sua sombra, numa cadeirinha de vime. Às vezes,

costurava ou fazia renda… Outras vezes, lia… Mas quase sempre, dormitava com a agulha ea linha ou com o livro, esquecidos, adormecidos no seu regaço.

Era nestes momentos que a velha Magnólia se curvava e espreitava os sonhos da dona dacasa. Sim, porque as árvores sob as quais adormecemos conhecem os nossos sonhos. Aliás, sãoelas que os embalam, enquanto a brisa ou o vento baila e sussurra nos seus ramos. É aquelechocalhar das folhas, um quase frufru, que entra na nossa alma, adormecendo ainda mais onosso sono.

Mas, voltemos à história.A Magnólia espreitava os sonhos da dona da casa.Eram bonitos, quase tão cor-de-rosa como a própria Magnólia! E ela ficava feliz com isso,

porque, se a dona da casa conhecesse os sonhos negros do seu dedicado marido, não teria,decerto, aquele sonhar tão sereno e feliz.

Mas ela, Magnólia, sabia!Conhecia o terrível segredo do dono da casa. Vira-o há já muitos anos, quando este era

ainda um jovem sedutor, seguro de si, como se fosse o dono do mundo. Ele também adormeceraprotegido pela sombra dos seus ramos.

Era Março, um belo dia de sol que escorria pelas pétalas macias e viçosas das suas flores,que se imprimiam no azul sem nuvens.

Ele adormecera com o jornal nas mãos. Ela espreitara-lhe o sono.Inicialmente, parecia ser um sonho feliz, sereno, mas, de repente, como se o vento

soprasse mais forte, os seus ramos contorceram-se. Era negro o sonho!Pérfido!Que alma escura escondia o azul celeste dos olhos do dono da casa!Um crime…Crimes terríveis!Pela primeira vez lamentou não ter pernas, patas ou qualquer outra coisa que a levasse

dali. Mas as suas raízes fundas prendiam-na à terra. Fechou as pétalas das suas flores, como senoite fosse e retraiu-se o mais que pôde, de modo a evitar o sonho horrível do dono da casa.

Felizmente, não durou muito, porque ele acordou ao toque do sol que escorria, batendo-lhe nas mãos e também no rosto. A sombra da velha Magnólia tinha, entretanto, procurado omuro do fundo jardim. Também ela parecia ter fugido ao horror.

Tortura…Morte.Mortes.O dono da casa, com a sua aparência mansa e confiante, escondia a sua verdadeira

essência que só revelava no seu trabalho, que fazia com zelo e afinco. Era escrupuloso eminucioso. Tudo era previamente pensado, calculado.

Felizmente para a velha árvore, ele, raramente, se aconchegava à sua sombra, por isso,ela ainda florescia. A sua presença não era bem-vinda, ao contrário da da dona da casa, que aprocurava, frequentemente, alimentando, com os seus sonhos, o viço rosa da velha Magnólia,que, ao toque do anil celeste, se tornava quase cor de beringela.

Como poderiam dois seres tão diferentes partilharem a sua existência? Como poderia aMorte amar intensamente a Vida?

Interrogava-se, com frequência, a velha árvore sobre esta espantosa contradição. Sim,porque a árvore sabia que o dono da casa, apesar de trazer consigo a morte e de a amarprofundamente, amava, de igual modo, a dona da casa que fazia os seus dias tranquilos efelizes. Disso ela não tinha dúvida. Já vira nos seus raros sonhos o amor imenso, quase puro quededicava à sua mulher. E também aos seus três filhos. Por isso, custava-lhe compreenderaquele lado sombrio, negro que este lhe revelara, nas outras poucas vezes, que adormecera aocolo da sua sombra!

Ora, num dia de sol, de primavera madura, a Magnólia apercebeu-se de uma agitaçãoinvulgar que se espalhava pela habitação e descia até ao jardim. O dono da casa trazia pesadascaixas de cartão com papéis amarelecidos. Pretendia destruir os documentoscomprometedores. Repetia quase num sussurro para a dona da casa, que o seguia, inquieta.Queria queimá-los debaixo da velha Magnólia.

A dona da casa impôs-se, espantada, ainda mais confusa com o comportamentodescabido do marido.

– Debaixo daquela árvore, não!Repetia ela. Suplicava. Tinha sido plantada pelo seu avô, era quase da família.

Argumentava a dona casa, tentando proteger a sua companheira dos dias de sol. – Mas que fazes, homem de Deus!? Se tens que destruir isso, fá-lo do outro lado do poço.

O dono da casa olhava-a, sem a ver. Parecia não compreender o que ela dizia. O seu olharturvado parecia ausente dela, preso no interior de cada caixa de cartão.

– Tenho que me livrar disto, percebes? Se estes documentos chegam às mãos erradas, éo nosso fim!

– Que dizes, meu Deus?! Que queres tu dizer?...– Vai para dentro! Deixa-me tratar disto sozinho. Ainda podes queimar-te. Vai, vai para

dentro!E ela foi.Não sabia que era a última vez que falava com ele.Ele, apesar de parecer ausente, alheio ao seu apelo, fez o que ela lhe tinha pedido. A velha

Magnólia agradeceu a protecção da sua amiga. E testemunhou o acidente. Se é que se poderiachamar àquilo acidente!

Como já foi dito, o dia estava ameno e pouco vento corria.A árvore parecia esticar-se em direcção ao azul, que procurava tocar com o verde das suas

folhas, as quais, ao cheiro desse anil primaveril, se tornavam ainda mais verdes.Por isso, o que sucedeu com o dono da casa parecia mais fruto de forças invisíveis e ocultas

do que das ditas naturais.Estava prestes a destruir o conteúdo da segunda caixa, quando o balde de madeira

(relíquia herdada da avó da dona da casa) suspenso por cima do poço começou a baloiçar aosabor do vento. Inicialmente, a dança era lenta. Porém, de repente, o vento, furioso, sacudiu-o.Sacudiu também os ramos da Magnólia que assistia, confusa, àquela destruição em massa depapel, outrora árvores como ela. E o dono da casa, que não contava com a fúria do vento e como golpe certeiro, levou em cheio com o balde na têmpora esquerda, caindo desmaiado sobre ofogo.

Avancemos, que a morte do dono da casa não foi bonita de se ver nem de se contar.Mas justa, na exacta medida do mal por ele praticado. Talvez nem tanto, porque, pelo que

a magnólia presenciou, ele, estando inconsciente, não se apercebeu da violência das chamasque o consumiam! Ao contrário das suas vítimas…

Foi o que pensou a velha Magnólia, que, antes que as labaredas lambessemsofregamente todos os papéis, ainda conseguiu ler parte do cabeçalho de um dos documentos:DGS – Direcção Geral de Segurança.

Pena é que, com o dono da casa, não fossem destruídos todos os males do mundo!Meditou a velha árvore, que sabia que nos sonhos deste apareciam outros homens, de

alma tão negra como a dele, e que não era por os seus pesadelos morrerem que os horrorescometidos pelos outros terminariam.

E afastando os seus ramos da fogueira, cujas labaredas lhe traziam o sabor da carnequeimada, procurou refúgio no céu e tornou mais verde ainda a cor das suas folhas,agradecendo ao Criador o facto de, nessa “manhã branca e lisa”, o mundo ter ficado maislimpo… mais rosa.

Dias depois, a criada juntamente com o jardineiro limpava o que tinha restado depois dapartida dos bombeiros e da Polícia Judiciária, que tratara depressa do caso. Do balde carrasco sórestavam, um pouco derretidos, dois aros de ferro. Para proteger as mãos, a mulher usou duasfolhas de jornal.

– Mas que cravos tão bonitos!Exclamou, olhando para a fotografia da primeira página, que anunciava a Revolução dos

Cravos. Esta tinha a data de 26 de Abril de 1974, precisamente um dia depois da morte dodono da casa.

Regressou ao trabalho. Agarrou, com as folhas do jornal, o que restava do balde e pôs tudonum saco velho de serapilheira com destino ao lixo.

A Magnólia observava a cena.Bela, verde e menos só!

20

Joana Vieira, 11º5Joana Vieira, 11º5Joana Vieira, 11º5Joana Vieira, 11º5Joana Vieira, 11º5

O instante em que nos apercebemos quesomos escravos de algo ou alguém é, semdúvida, um momento singular. Como da primeiravez em que um cão é posto numa casota. Oucomo os portugueses, os franceses ou ositalianos se sentiram quando lhes apareceu umditador no poder. Ou então como daquela vezem que, por acaso, descobri através de umestudo exposto num site fidedigno (espero eu!)que uma pessoa dita “normal” diz cerca de 13mentiras por dia.

Isso mesmo. Treze. Este dado, que podiamuito bem ter-me passado despercebido –como outros tantos meramente estatísticos –fez-me levar a cabo uma série de elaboradosraciocínios e juízos de valor, conduzindo-me auma dura conclusão: já ninguém tem vergonhana cara.

A mentira, nos dias de hoje, é uma condiçãonecessária à sobrevivência profissional, conjugalou simplesmente social. Quando tentamosevoluir em qualquer uma destas áreas,deparamo-nos com uma difícil escolha: dizemosa verdade ou espalhamos pozinhos mágicos poraí? Ver os outros a voar graças aos seus“perlimpimpins” torna a decisão muito maisfácil…

Naquele momento, percebi que nummundo onde todos mentem, o que nos distinguepassa a ser, ao fim e ao cabo, a proeza dedetectar as inverdades. E isso assustou-meporque a minha ingenuidade não me permitiagrandes análises ao comportamento dos outros.O perigoso hábito de acreditar em tudo o queme dizem era algo que tinha presente desdeque me conhecia. Era preciso aprender a guiar-me e não a deixar-me guiar.

Passei a dedicar-me à caça das falsidades,esgaravatando a mais pequena afirmação queme era dirigida, tentando perceber os sinais…As mínimas suspeitas, depois de algumasinsistências, revelavam-se alicerçadas. Eucorroborei, de facto, aquele dado estatístico.Assim entrei num jogo vicioso em que a mentiranos domina e, em simultâneo, pode ajudar-nos adominar.

Mas no meio disto tudo não consegui deixarde pensar em mim como um ser aldrabão. Porque é que minto? Há sempre um objectivo degrande importância? Haverá qualquer tipo degrande causa que justifique uma mentira porcada duas horas? E depois ocorrem-me mil euma ocasiões em que menti com o simplespropósito de não dizer a verdade. Não tinha anecessidade de a esconder, mas também nãome apetecia dizê-la. Queria, sim, inventarcontextos só meus, fazê-los acontecer nem quefosse apenas na mente dos outros. Mudar ashistórias e mexer em pormenores… Mentirasimperceptíveis, mas que me davam um gozoenorme uma vez aceites como verdadeiras. Aimpostura não surge apenas de malícia ouambição, às vezes está escondido um significadobastante simples: colorir a vida.

O instante em que nos apercebemos quesomos escravos de algo ou alguém é, semdúvida, um momento singular. Mais singular queisso é o facto de não o impedirmos. Mais singularainda é contribuirmos para que se torne cadavez mais plural. Dançamos uma coreografiameticulosamente planeada, sincronizada, quaseperfeita… Tendo como palco uma casa a arder.

O Meu Momento Singular

Desenho

André Filipe Silva, 10º4André Filipe Silva, 10º4André Filipe Silva, 10º4André Filipe Silva, 10º4André Filipe Silva, 10º4

Como toda a gente, tenho os meus defeitos e as minhas virtudes. Tenho o meu feitio e aminha personalidade. Sei que não sou perfeito e muito longe estou de o ser. Contudo, háaspectos fundamentais que me fazem querer aproximar da distante perfeição: o desenho!É uma forma de arte tão bela, tão tranquilizante, tão magnífica!

Não sou profissional, talvez não faça nada de relevante, talvez ninguém goste do quedesenho ou pinto, mas que importa! Não o faço para que os outros admirem oudesejem fazer igual, simplesmente faço-o porque me acalma.

Quando estou nervoso, desenho. Quando preciso de pensar noutros assuntos,desenho. Quando estou contente, volto a desenhar. Tudo se resume a isso. É umapaixão, algo natural e que me irá marcar para o resto da minha vida.

Claro que nem todos os desenhos e pinturas que faço são semelhantes. Porexemplo, quando estou triste, desenho caras, corpos, utilizando coresmelancólicas. Quando estou zangado, costumo «estragar» por completo asfolhas com riscos e gatafunhos e preencho-as com cores escuras e sombrias.Porém, quando me encontro feliz ou apaixonado (isto é secreto, pois umrapaz não o costuma admitir), por vezes, desenho coisas mais alegres,coloridas: sol, mar, areia, sorrisos…

No desenho, encontra-se o meu verdadeiro eu. Não consigo fugir à minha natureza nempintar uma coisa que não sinto; por isso, por vezes, através do que faço, demonstro o que sinto eo que sou.

A arte do desenho faz-me ficar mais aberto ao mundo, e principalmente às pessoas que merodeiam e que me costumam acompanhar diariamente.

Mas, actualmente, tenho pena, não consigo praticar esta arte. Tenho tanto para fazer, tantastarefas e compromissos: escola, testes, escola, família, testes, estudar, explicação… Por vezes,gostava de ter mais tempo para me dedicar ao desenho com mais profundidade.

21

opinião

Momentos Singulares

O Meu Padrinho!Filipa Barbosa, 11.5Filipa Barbosa, 11.5Filipa Barbosa, 11.5Filipa Barbosa, 11.5Filipa Barbosa, 11.5

Admiro bastante

a sua forma de pensar.

Para mim ele é o ídolo

que nunca irei encontrar.

Tomo-o como um exemplo

o qual eu hei-de seguir.

Ele sempre me soube apoiar

e me disse para não desistir.

Relembro então um momento

que guardo na minha memória.

Preparem-se então para ouvir

esta minha grande história.

O meu pai saiu de casa

e de mim não quis mais saber.

Na minha cabeça ainda pairavam

algumas questões por responder.

Comunica, sente, vive!

Catarina Isabel Silva, 10º4Catarina Isabel Silva, 10º4Catarina Isabel Silva, 10º4Catarina Isabel Silva, 10º4Catarina Isabel Silva, 10º4

Para muitos, o teatro não passa de umaparvoíce, de um passatempo sem importânciaque algumas pessoas, que não conseguem fazerdesporto, têm. Sim, há quem pense que o teatroé para os desesperados que não conseguementrar em nenhum clube de futebol, debasquetebol, etc.

Bem, tenho a dizer-vos que estãoenganados, porque o teatro é para toda a gente!Aliás, se virmos bem, a vida nada mais é que umenorme teatro em que muitas vezes temos deesconder o que realmente sentimos atrás deuma máscara. Sabemos que se formos nóspróprios a tempo inteiro, isso irá terconsequências.

Acrescento que o teatro não é apenas umpassatempo; é muito mais do que isso! O teatroé cor, é sentimento, é comunicação. É conseguirpassar emoções a quem está na plateia e, nofinal, sentir que conseguimos e que todo opúblico riu ou quase chegou às lágrimas quandonós o quisemos.

Estar em palco é como estar num campo defutebol se assim quiserem comparar; a únicadiferença é que vocês, jogadores de futebol,têm um pouco menos de responsabilidade, poiso jogo não está definido; cada passe ou cadaremate acontece simplesmente e não porque jáestava ensaiado. No teatro, a responsabilidadeaumenta quando pisamos o palco, pois sabemoso que temos a fazer e como o temos de fazer,

sem falhas.

É evidente que estas duas actividades tãodiferentes são também parecidas, mas poucossão os que o percebem. Se disserem a alguémque joga futebol que o teatro é muito maiscomplicado que o futebol porque há maispressão estão enganados. Se, por um lado, há aplateia, por outro, existem os adeptos.

Se disserem a algum actor/actriz que ofutebol acarreta mais responsabilidade, pois,para além de terem de jogar para ficarem bemvistos também o fazem pela equipa estãoenganados. Se no futebol existe uma equipa, noteatro há todo um elenco que também não sepode deixar ficar mal.

O teatro é realmente uma arte, mas odesporto não é menos importante. Por isso,ninguém precisa de ficar ofendido quando digoque prefiro o teatro; permite-me tomarconhecimento de mim própria e dos outros.

É a verdade; eu prefiro o teatro porquegosto de estar em cima do palco, de sentir ofriozinho na barriga quando a música começa adescer e de ouvir os aplausos do público no fimda representação.

Mas, acima de tudo, eu gosto do teatroporque me ajuda a expressar-me melhor e acomunicar com as pessoas. O teatro é issomesmo: uma forma de aperfeiçoar acomunicação!

Admito que aescola não sejapretexto para

não pintar. Seique há sempre

minutos livres;porém, quando os

tenho, sinto-mecansado e não me

apetece fazer mais nada.Resumindo, lamento

honestamente esta minhadispersão. Era tão bom

quando me podia libertar, porbreves momentos, sentindo

mais liberdade!

No desenho, só eu interesso:os meus gostos, as minhas

preferências. A folha é minha, asideias são minhas e os lápis são meus;

tudo o que construo é feito por mim esó por mim. Porém, há algum tempo que

não tenho algo naturalmente meu, quenasça do meu subconsciente e esse é o

meu único lamento.

A arte faz parte da minha vida e o desenhoé um caminho para estar em rede comigomesmo e com o mundo.

A minha mãe estava desamparada,

sem saber como me abordar.

Pedi-lhe para me compreender

mas ela mal conseguia falar.

Foi então que eu pensei

que nunca mais iria perceber.

Porém, aparece o meu padrinho

que logo me veio acolher.

Pegou em mim ao colo

e ali me fez entender

que eu nunca estaria sozinha

e sempre me iria proteger.

Até hoje passamos momentos

que nunca irei esquecer

e sempre que estou com ele

nunca paro de aprender.

Termino então assim

o meu momento singular.

É a minha marca de vida

e uma homenagem a prestar.

22

2010/2011

Tema - O “Tempo” na Poesia

O “Tempo” é um motivo recorrente na poesia. É tidoora como um factor condicionante da existência terrenaora como um elemento instigador da vitalidade e daenergia criadora. Gerador de angústias e de inquietações,acelera emoções e aviva sentimentos, despertando aconsciência trágica da existência humana, limitada etransitória. Talvez, por isso, a poesia e a arte tenhamfrequentemente tentado traduzir essa relaçãoperturbadora do Homem com esse “tirano” que tudomuda e transforma, cuja irreversibilidade e inevitabilidadeo deixam perplexo e desassossegado.

Resultados do Concurso de Poesia

Cada coisa a seu tempo tem seu tempo.

Não florescem no inverno os arvoredos,

Nem pela primavera

Têm branco frio os campos.

À noite, que entra, não pertence, Lídia,

O mesmo ardor que o dia nos pedia.

Com mais sossego amemos

A nossa incerta vida.

Ricardo Reis, in “Odes”Ricardo Reis, in “Odes”Ricardo Reis, in “Odes”Ricardo Reis, in “Odes”Ricardo Reis, in “Odes”

Para Ti

Foi para ti

que desfolhei a chuva

para ti soltei o perfume da terra

toquei no nada

e para ti foi tudo

(…)

Para ti dei voz

às minhas mãos

abri os gomos do tempo

assaltei o mundo

e pensei que tudo estava em nós

nesse doce engano

de tudo sermos donos

sem nada termos

simplesmente porque era de noite

e não dormíamos

(…)

Mia Couto, in “RMia Couto, in “RMia Couto, in “RMia Couto, in “RMia Couto, in “Raiz de Orvalho e Outros Paiz de Orvalho e Outros Paiz de Orvalho e Outros Paiz de Orvalho e Outros Paiz de Orvalho e Outros Poemas”oemas”oemas”oemas”oemas”

Júri

Ana CatarinoIsaura AfonsecaLuísa MatosMª do Céu Neves

PORTUGUÊS

1º Escalão

1º prémioAna Viana, 9º 4Ana Viana, 9º 4Ana Viana, 9º 4Ana Viana, 9º 4Ana Viana, 9º 4

Ora vai…ora vemFaz aquilo que lhe convémEspera e desesperaAtrasa e aceleraE sobre tudo e todosImpera!

É eterno vencedorConquista vidasApaga derrotasManipula cartasE fecha portas.

Baralha caminhosCruza destinosSara feridas…

Mas o tempoEm tempo algumApagou memórias.

2º prémio

O tempo voaAna Catarina, 9º 4Ana Catarina, 9º 4Ana Catarina, 9º 4Ana Catarina, 9º 4Ana Catarina, 9º 4

Tic, tac, tic,

pum.

Andei para trás

como num carrossel louco,

e, num rasgo,

levado por uma corrente de cores,

saltei.

Num segundo,

caí

no mundo interior

onde a verdadeira realidade,

no fundo,

é ilusão.

Onde os sonhos

precisam de tempo.

Onde a imaginação

tem limites.

Onde os pesadelos

não moram.

Onde implica

que cries e pintes.

O porquê de voltar agora

para um sítio que morreu?

Se os sonhos precisam de horas

e quem manda aqui sou eu!

3º prémio

Ana Isabel, 9º 3Ana Isabel, 9º 3Ana Isabel, 9º 3Ana Isabel, 9º 3Ana Isabel, 9º 3

Sem tempo para te escrever,

Sem tempo para te falar…

Estar contigo é impossível,

Por isso tenho que sonhar.

Tudo aquilo que escrevo

Já foi usado por alguém…

Sem ti, o tempo passa devagar

E eu nem o consigo ver.

Tento o tempo apressar,

Para menos sofrer…

Mas o meu tempo acabou

E o meu sonho por ti adormeceu.

23

2º Escalão

1º Prémio Inês Gomes,11º 7 Inês Gomes,11º 7 Inês Gomes,11º 7 Inês Gomes,11º 7 Inês Gomes,11º 7

Para Mim…

Aqui, em frente ao papel,

Tento achar as palavras

Para descrever o tempo que

Passei e continuo a passar convosco.

Posso encontrar muitas palavras

Mas nenhuma delas,

Nem mesmo todas,

Podem exprimir os sentimentos e

A importância de todos os minutos

Que passo junto de vós…

Posso sorrir, chorar, saltar ou mesmo gritar.

Acharão, talvez, estranho o meu comportamento de criança.

Mas conhecem-me e aceitam-me

Como sou. Posso não estar presente todos os dias…

Mas sei que sempre lá estarão…

Para mim…

2º Prémio

A porta do segredo

Carvalho (Daniela Alves, 11º 7)Carvalho (Daniela Alves, 11º 7)Carvalho (Daniela Alves, 11º 7)Carvalho (Daniela Alves, 11º 7)Carvalho (Daniela Alves, 11º 7)

Já não sei o que pensei

Para o tempo passar.

Passei dias com medo

De guardar aquele segredo…

As portas fechavam-se

Mas as palavras voavam

Entre os meus dedos

Eram como fósforos acesos.

Quando as portas se abriram

As plantas ergueram-se

Os bichos tornaram-se pequenos

Insectos, como venenos…

Já não sei se queria ficar,

Ou apenas deixar o tempo passar.

3º Prémio (exequo)

Teimoso Tempo

Diogo VDiogo VDiogo VDiogo VDiogo Venâncio, 12º5enâncio, 12º5enâncio, 12º5enâncio, 12º5enâncio, 12º5

Vazio é um tempo que não quer passar,

quer pausar.

É um relógio sem pilhas,

onde os ponteiros teimam em não mexer.

Ampulheta vazia.

Vida vazia.

Noite escura.

Um infinito sem fim…

Que termina dentro de mim.

Jéssica Alves, 11º 7Jéssica Alves, 11º 7Jéssica Alves, 11º 7Jéssica Alves, 11º 7Jéssica Alves, 11º 7

O tempo.

Mas o que é o tempo?

Tempo que não pára,

Tempo que não olha para trás,

Tempo de angústia

E de solidão.

Que sucumbe nas teias deste meu oração…

Será que este tempo

Não atenua a dor?

Será ele tempo

Ou sentimento

Que me leva ao amor?

Triste tempo que

É este tempo,

Tempo de infinito ardor…

Quem me leva este tempo

E com ele a minha dor?

poesia

24

A Oficina de Língua:A Oficina de Língua:A Oficina de Língua:A Oficina de Língua:A Oficina de Língua:

Dolores GarridoDolores GarridoDolores GarridoDolores GarridoDolores Garrido

Glória PGlória PGlória PGlória PGlória Poçasoçasoçasoçasoças

Idalina FerreiraIdalina FerreiraIdalina FerreiraIdalina FerreiraIdalina Ferreira

A OL está sempre aberta ao bom uso da língua materna.

O concurso Mostra que sabes, que decorreu regularmente noCentro de Recursos, teve a adesão de muitos alunos que revelaram eaperfeiçoaram conhecimentos.

Após a data anunciada, procedia-se ao sorteio dentre os alunos quetinham respondido corretamente às questões.

Parabéns aos felizes contemplados :

.Gabriela Martins 10º13

.Ana Catarina Oliveira 9º4

.Beatriz Garrido 9º3

.Vítor Hugo Leite 11º7

. Madalena Sofia 11º2

.Jéssica Magalhães 10º3

.Sílvia Brito 11º7

.Pedro Neves 14

A todos foi oferecido um livro. Boas leituras!

Eles souberam a resposta certa. Veja se sabe também qual é a palavraadequada:

a) Ele ficou afetivo/efetivo na empresa.

b) De uma pessoa educada, espera-se sempre o comprimento/cumprimento dos deveres.

c) A ata foi ratificada/retificada porque ninguém discordou doconteúdo.

d) Raramente o faço, mas hoje tenho de pedir despensa/dispensa detrabalho.

e) Como é sensata, quando fala dos outros, usa sempre uma grandedescrição/discrição.

f) É difícil ler o que escreves; a tua letra é elegível/ilegível.

g) Em junho, um dos inventos/eventos é o Dia Mundial da Criança.

h) O problema é grave e pode imergir/emergir a qualquer momento.

i) Muitos comentadores referem preocupação perante uma criseiminente/eminente.

j) Ela trás/traz sempre novos conhecimentos das suas viagens.

k) Fizeste/fizestes o teu trabalho, como combinado?

l) Ela reponde à/há crise actual com poupança e criatividade.

A estas e outras questões responderam também alunos de escolas doconcelho, presentes na Feira Pedagógica, mostrando, ao acertar, umbrilhozinho nos olhos.

Com muitos Formandos do Centro de Novas Oportunidades, a OLtrabalhou em sessões mensais. Foram feitos muitos exercícios de modo amelhorar a expressão escrita. Assim, da ferramenta constavam regras depontuação, acentuação, conjugação verbal, estruturação de frases…

Veja também se sabe pôr as vírgulas corretamente:

a) Quando estou a escrever um texto tento concentrar-me.

b) Se pudermos trocaremos ideias sobre o trabalho.

c) Na última semana li um livro ou melhor um e meio.

d) João peço-te que estudes para o exame!

e) A minha família embora viva longe tenta ajudar-me quando eupreciso.

f) Na sala de aula havia flores uma imagem no ecrã livros abertossobre as mesas limpas e sem mochilas…

g) Prestem atenção o Novo Acordo Ortográfico já está em vigor. SoluçõesPalavra adequada

a) efetivob) cumprimentoc) ratificadad) dispensae) discriçãof) ilegívelg) eventosh) emergiri) iminentej) trazk) Fizestel) à

Como está na ordem do dia, a OL também trabalhou sobre o NovoAcordo Ortográfico.

O que se perde com o Novo Acordo Ortográfico – algumasreferências

Desaparecem as consoantes mudas:Confecionar, injeção, teto,exceção, batizado…

Desaparecem alguns acentos: Creem, leem, veem, para (presente doindicativo do verbo «parar»)…

Desaparece o hífen em palavras compostas: Contrarrelógio,minissaia…

Porém, mantém-se se a palavra começar por h: super-homem, anti-histamínico…

Elimina-se o hífen no presente do indicativo do verbo «haver»:Hei de; hás de; há de; hão de

Usam-se minúsculas nos dias da semana; meses do ano, …

Tendo trabalhado, com as suas professoras, à volta das palavras, umgrupo de alunos do 6º ano da Escola Básica e Sec. à Beira Douro –Medas veio à ESG, na tarde de 25 de maio, representar um excerto dapeça D. Quixote.

Após a representação, alunos do 9º 3 e 9º4 leram poemas, que elespróprios escreveram, também à volta das palavras.

Um grupo de alunas do 10º 3 leu outros textos de autores comoAntónio Gedeão, Eugénio de Andrade, Sophia…

E o 10º13 mostrou, mais uma vez, que sabe receber e comunicar –dois dos alunos fizeram também a apresentação do encontro –, revelandoo seu gosto pela animação sóciocultural.

Mesmo sem Festa da Língua nos moldes habituais (esperamos que serealize no próximo ano), as palavras permitiram, como sempre,estabelecer renovadas redes festivas.

A todos os participantes, parabéns! Continuação de boas palavras!

E quem não precisa de comunicar bem, saber mais e ser feliz?

Vírgulas:a) Quando estou a escrever um texto, tentoconcentrar-me.b) Se pudermos, trocaremos ideias sobre o trabalho.c) Na última semana, li um livro, ou melhor, um emeio.d) João, peço-te que estudes para o exame!e) A minha família, embora viva longe, tenta ajudar-me quando eu preciso.f) Na sala de aulas, havia flores, uma imagem noecrã, livros abertos sobre as mesas limpas e semmochilas…g) Prestem atenção, o Novo Acordo Ortográfico jáestá em vigor.

Em rede pelo amor à LÍNGUA PORTUGUESA

criação literária

Dina Neves, 11º4Dina Neves, 11º4Dina Neves, 11º4Dina Neves, 11º4Dina Neves, 11º4

Louvor a quem?

“Poderia cuidar

Que os peixes irracionais,

Se tinham convertido em homens”

Mas os homens não em tais.

Homens estes sem atitude,

Ou com a atitude de querer destruir,

Sobram então os peixes

Para o Santo António ouvir.

Sem vícios e admirados

As palavras escutavam

E os homens tão perdidos

Pela terra vagueavam.

Assim, quem olhasse o mar e a terra

Não sabia o que fazer,

Pois a razão que Deus deu aos homens

Não tinha razão de ser.

Então os peixes

Com uso e sem a razão,

Mereciam o respeito

Pela profunda devoção.

E o Padre António Vieira,

Que também se tinha cansado,

Decidiu falar aos peixes

Que na água borbulhavam.

O motivo de tal cansaço

Eram os homens que lamentavam…

E despertavam guerras,

Que comiam peixes, comiam terras.

Queriam mais do que lhes convinha

E por isso perdiam,

Não só o que queriam,

Mas também o que tinham.

Ai, como é triste ver tal sermão

Pregado a quem não o entendia,

Não sabia o Padre António

Que o iríamos estudar um dia.

Este sermão me marcou,

E por isso vou mudar,

Vou ser um homem-peixe

Pois aprendi a escutar.

“Poderia cuidar que os peixes irracionais se tinham convertido em homens, e oshomens não em peixes, mas em feras”.

Padre António Vieira, Sermão de Santo António (cap.II),

À volta das palavras

Cláudia Oliveira, 9º 4Cláudia Oliveira, 9º 4Cláudia Oliveira, 9º 4Cláudia Oliveira, 9º 4Cláudia Oliveira, 9º 4

Não estava com imaginação

Até que uma palavra quis cair

Fugiu-me do coração

E deixou-me a sorrir.

Na vida somos levados

Por todo o tipo de palavras:

Muitas delas são lindas;

Outras só feitas de mágoas.

Por vezes, as palavras trazem

Paz, amor ou traição…

Palavras que nos afagam,

Que nos criam emoção!

Para a palavra “palavra”

Não existe definição:

Umas da boca para fora;

Mas muitas do coração.

Palavras para quê?

Ana, 9º4Ana, 9º4Ana, 9º4Ana, 9º4Ana, 9º4

Palavras… para quê,

Se tens o mundo à tua volta?

Paisagens de encantar

que guardas na memória,

crianças contentes

que brincam na história…

Tristezas e mágoas…

Para quê dizer?

Guarda-las em ti,

para ninguém as ver.

Tens tudo na cabeça

e, quando a vida te tramar,

lembra-te do que em ti trazes

porque só tu as sabes…

A Verdade está nas palavras

que usas para escrever

belos contos de fadas

para, num dia triste, ler.

VVVVVera Tera Tera Tera Tera Teixeira, 9º 4eixeira, 9º 4eixeira, 9º 4eixeira, 9º 4eixeira, 9º 4

Há palavras que nos tiram o fôlego,

Quando mais precisamos de respirar,

Duras e frias,

Gelam os desejos e os sonhos…

Palavras leves

Voam facilmente,

Esquecidas e abandonadas…

As mais fortes

São mais resistentes,

Não duram para sempre

Mas cravam o peito…

Palavras sombrias e obscuras

Alimentam alucinações.

Enregelando a realidade,

Atormentam a lucidez…

Palavras doces,

Ingénuas, mas bem vestidas

Com capas que as protegem

Ocultam sinceridade.

O mundo vive das palavras,

Promessas a cumprir.

O sacrifício da acção

Fica guardado para a Eternidade.

25

26

Palavras

Nikita Shanguin, 9º 4Nikita Shanguin, 9º 4Nikita Shanguin, 9º 4Nikita Shanguin, 9º 4Nikita Shanguin, 9º 4

Há palavras preciosas,

Há palavras mentirosas.

Há palavras brilhantes,

Há palavras diamantes.

Palavras que nos intrigam…

Palavras que nos obrigam…

Às vezes, são da família;

Às vezes, são da gíria;

Às vezes, são bem formais.

Palavras que nos apaixonam,

Palavras que nos matam,

Palavras de amizade,

Palavras infiéis,

Muitas outras com Verdade!

Palavras

Nuno Silva, 9º 4Nuno Silva, 9º 4Nuno Silva, 9º 4Nuno Silva, 9º 4Nuno Silva, 9º 4

Vertebradas são as palavras vivas.

Sentem os ossos maiúsculos e minúsculos,

Emocionam-se com o seu significado,

Fogem, às vezes, dos poemas

Com o seu coração magoado!

Ardentes são as palavras mal-humoradas

Ofendem quem as recebe e as mal entende.

Saltam de boca em boca,

Quando não há argumentos,

Contaminam os momentos,

Em que ninguém as pretende!

Mas, quando a festa é das palavras,

São sempre elas as mais bem amadas!

Palavras

Alberto, 9º 3Alberto, 9º 3Alberto, 9º 3Alberto, 9º 3Alberto, 9º 3

Palavras para quê?

Para ferir, magoar?

Porque não para ajudar?

Porque não uma palavra amiga,

num dia cinzento?

Uma palavra de entendimento,

uma de compreensão,

uma palavra colorida

que venha do coração…

Palavras para quê?

Para corroer e amargurar?

Porque não para alegrar?

Porque não uma palavra de ânimo,

no meio da desordem?

Uma palavra para o jovem

com medo de arriscar…

Uma palavra para o soldado

que apenas quer regressar.

Palavras para quê?

Sugestões para o Verão

Verão é tempo de lazer, para descomprimir, de férias, praia,tardes de ócio em casa, no campo ou no centro comercial… comoparece ser usual, sobretudo nos dias em que o calor se intensifica,as praias ou estão sobrelotadas ou ventosas, e se procura afrescura artificial dos ares condicionados.

Em qualquer das situações, um bom livro dá sempre jeito! Porisso, fazemos algumas sugestões de leitura, mas também defilmes que poderás ver, nos dois próximos meses.

LIVROS

A Marcha, de Daniel Silva

Quando os acordos de paz daSexta-feira Santa são quebrados portrês actos selvagens de terrorismo,a Irlanda do Norte é novamentearrastada para as profundezas doconflito. E depois de o seu sogro sernomeado o novo embaixadoramericano em Londres, o agentereformado da CIA, MichaelOsbourne, é novamente atraídopara o activo. Depressa descobreque o seu sogro está marcado comoalvo a abater. E que ele próprio estámais uma vez na mira de umassassino conhecido por Outubro,um dos assassinos mais inclementesque o mundo já conheceu… Umaelectrificante história de terror,vingança e ganância, saída das manchetes dos jornais de amanhã.Repleto de reviravoltas de tirar a respiração, A Marcha prossegueem espiral até à sua conclusão acutilante. Trata-se de um romancesobre o poder e a intriga, onde a aparência e a realidade sãoinimigas e a confiança é traída tantas vezes quantas as que éhonrada.

O Anjo Branco, de José Rodrigues dos Santos

A vida de José Branco mudouno dia em que entrou naquelaaldeia perdida no coração de Áfricae se deparou com o terrívelsegredo. O médico tinha ido viverna década de 1960 paraMoçambique, onde, confrontadocom inúmeros problemas sanitários,teve uma ideia revolucionária: criaro Serviço Médico Aéreo.

No seu pequeno avião, Josécruza diariamente um vastoterritório para levar ajuda aosrecantos mais longínquos daprovíncia. O seu trabalho depressaatrai as atenções e o médico que chega do céu vestido de brancotransforma-se numa lenda no mato.

Chamam-lhe o Anjo Branco.

Mas a guerra colonial rebenta e um dia, no decurso de maisuma missão sanitária, José cruza-se com aquele que se vai tornar omais aterrador segredo de Portugal no Ultramar.

Inspirado em factos reais e desfilando uma galeria depersonagens digna de uma grande produção, O Anjo Brancoafirma-se como o mais pujante romance jamais publicado sobre aGuerra Colonial - e, acima de tudo, sobre os últimos anos dapresença portuguesa em África.

27

sugestões

Os papéis de K., de Manuel António Pina

Vencedor do importanteprémio literário, o Prémio Camões,o poeta (e cronista, e autor devários títulos ‘infanto-juvenis’)Manuel António Pina também seatreveu pelos caminhos da ficçãocom a novela “Os Papéis de K.” Opróprio explica em entrevista ao JL(23/7/03): “Trata-se,fundamentalmente, acho eu, de umtexto sobre a memória, isto é, sobretudo. E sobre o tempo. Há umpersonagem ausente que terádeixado um manuscrito e há alguémque confusamente recorda o que,acerca dele, lhe terá dito umaterceira pessoa, recordando-se também. [...] Tinha a história nacabeça há quase 20 anos, desde uma viagem ao Japão, e emespecial a Nagasaki, em 1984, durante a qual comecei ainteressar-me pelo xintô (o xintô, o kami-no-michi, ou a via dosdeuses, é o pano de fundo do livro). Mas não sabia como pegar-lhe. Até que, recentemente, a escrevi quase de um fôlego, emduas ou três noites. Depois reescrevi-a várias vezes. A versãopublicada é, salvo erro, a 18ª. Sei-o porque, como guardava asversões num CD não regravável, tinha que as ir numerando parao CD as aceitar. É, de facto, a primeira obra de ficção que publico(e, se calhar, a última, embora tenha para aí alguns contos). Masjulgo que não está substancialmente muito longe da poesia quetenho escrito...”

A luz do fogo, de Sophie Jordan

Marcada como especial numaidade precoce, Jacinda sabe quecada movimento seu é controlado,mas anseia pela liberdade de poderfazer as suas próprias escolhas.Quando quebra o princípio maissagrado entre a sua espécie, quasechega a pagar por isso com a própriavida. Até ser salva por um belodesconhecido. Um desconhecidoque foi enviado para caçar aquelesque são como ela. Jacinda é umadraki - descendente de dragõescuja maior defesa é a habilidadesecreta de mudar para a formahumana.

Forçada a fugir para o mundo mortal com a sua família,Jacinda esforça-se por se adaptar ao seu novo ambiente. A suaúnica luz é Will. Um jovem lindo e evasivo que devolve a vida aoseu draki interior. Embora se sinta irresistivelmente atraída porele, Jacinda sabe o segredo obscuro de Will: ele e a sua famíliasão caçadores. Deve, por isso, evitá-lo a todo custo.

Mas o seu draki interior está a morrer lentamente - se elemorrer, ela será humana para sempre. Fará tudo para impedir queisso aconteça. Mesmo que isso signifique ficar mais perto do seumais perigoso inimigo.

Poderes míticos e um romance de tirar o fôlego inflamam ahistória de uma rapariga que desafia todas as expectativas e cujoamor atravessa quaisquer obstáculos.

Filmes

Piratas das Caraíbas: Por estranhas marésEstreia a 19 de Maio / Acção

É uma das esperanças para recuperar do fraco princípiode ano. Os dois filmes anteriores foram número 1 mundialquando estrearam e espera-se que este quarto filme da sériepasse a liderar o box office mundial. A marca a bater: 1.066milhões de dólares.

O Panda do Kung Fu 2Estreia a 9 de Junho / Animação

O primeiro filme encerrou com 632 milhões de dólares(receita mundial). Terá de partilhar o fim-de-semana deestreia com a sequela de “Hangover”, mas espera-se quefuncione, sobretudo nos mercados internacionais.

Carros 2 (Cars 2)Estreia a 7 de Julho / Animação

Candidato a ser um dos maiores êxitos comerciais doano. Talvez melhor do que o primeiro filme da série? Oprimeiro filme vacilou nos mercados internacionais. Por isso,desta vez, a acção decorre na Europa. Ponto contra: aconcorrência de “Transformers” na semana seguinte deixa-lhe pouco tempo para brilhar.

Super 8Estreia a 28 de Julho / Ficção científica

Depois de “Perdidos”, de “Missão Impossível III”, “StarTrek” e “Cloverfield”, mais um projecto de J.J. Abrahms.Verdade seja dita, o homem ainda não conseguiu umverdadeiro sucesso no grande ecrã. Será desta? De qualquerforma, vamos moderar as expectativas.

Harry Potter e os Talismãs da Morte - ParteIIEstreia a 14 de Julho / Acção

A despedida para uma das séries de maior sucesso detodos os tempos. A Warner Bros sentirá saudades destafonte certa de receitas. As perspectivas são de um resultadoforte.

Rise of the Planet of the ApesEstreia a 11 de Agosto / Ficção Científica

A última grande estreia do Verão norte-americano.Inicialmente prevista para Novembro, a sequela de Planetados Macacos parte com algum atraso em relação àconcorrência e precisa de conquistar notoriedaderapidamente.