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CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O INSS TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 1 Olá! Seja bem-vindo(a) à aula de hoje, em que estudaremos ortografia e acentuação gráfica. Tanto a Funrio quanto o Cespe cobram mais o último tópico. Aliás, nas provas de concursos, o primeiro tópico, que não é muito frequente, quase sempre aborda o emprego de expressões e não o de letras. Portanto enfatize o segundo ponto desta aula. ORTOGRAFIA No Brasil, quem dita as normas para a correta escrita das palavras é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulário ortográfico da língua portuguesa (VOLP), a instituição mantém registrada a forma oficial de escrever as palavras. Apesar da vigência do novo Acordo Ortográfico, as regras antigas e as novas conviverão até 31 de dezembro 2012. Isso porque o presidente Lula, por meio do Decreto nº 6.583, de 26 de setembro de 2008, além de ter promulgado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – que foi assinado em Lisboa, em 16 de dezembro de 1990 – também estabeleceu um período de transição: “de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, durante o qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma estabelecida”. É verdade ainda que é humanamente impossível saber a grafia de todas as palavras da nossa Língua. Só para você ter uma ideia da dificuldade que é isso, saiba que a nova edição do VOLP, lançada oficialmente pela ABL em 19 de março de 2009, tem 976 páginas, 340 mil verbetes e outras coisas mais. Você se atreve a decorar tudo isso?! Entretanto, podemos sistematizar a grafia de certas palavras, em decorrência, por exemplo, da sua origem, do seu radical, da sua terminação. É isso que veremos aqui. A experiência nos permite dizer que esse CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O INSS TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 2 www.pontodosconcursos.com.br 2 processo é útil no momento de resolver uma ou outra questão de concurso. Não estou dizendo que tudo se resumirá ao que será demonstrado nestas poucas linhas. O que você precisa entender é que a sua prática de leitura de livros, jornais, revistas e dicionários deverá ser somada à minha explicação. Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS. Sempre que for preciso, trarei para nossa aula as mudanças das novas regras ortográficas Usa-se, normalmente, a letra X: QUANDO EXEMPLO CUIDADO 1 – depois de ditongos ameixa, frouxo, peixe Recauchutar 2 – depois da sílaba EN enxame, enxergar encher, encharcar, enchova, enchumaçar e derivados dessas palavras 3 – depois da sílaba ME, quando “fechada” mexa (verbo), mexerico mecha (substantivo) = pronúncia “aberta” 1. (FUNRIO/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA BARRA/AUXILIAR DE CRECHE/2010) “Essa é a opinião de crianças de cinco e seis anos ouvidas numa extensa pesquisa coordenada pela Fundação Carlos Chagas [...]”. Assim como a palavra “extensa” do fragmento acima, marque a opção em que a letra "X" esteja corretamente empregada: A) extender. B) xacina. C) executar. D) brexa. E) xuxu.

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www.pontodosconcursos.com.br 1

Olá! Seja bem-vindo(a) à aula de hoje, em que estudaremos

ortografia e acentuação gráfica.

Tanto a Funrio quanto o Cespe cobram mais o último tópico. Aliás,

nas provas de concursos, o primeiro tópico, que não é muito frequente, quase

sempre aborda o emprego de expressões e não o de letras. Portanto enfatize o

segundo ponto desta aula.

ORTOGRAFIA

No Brasil, quem dita as normas para a correta escrita das palavras

é a Academia Brasileira de Letras (ABL). Em seu Vocabulário ortográfico da

língua portuguesa (VOLP), a instituição mantém registrada a forma oficial de

escrever as palavras.

Apesar da vigência do novo Acordo Ortográfico, as regras antigas e

as novas conviverão até 31 de dezembro 2012. Isso porque o presidente Lula,

por meio do Decreto nº 6.583, de 26 de setembro de 2008, além de ter

promulgado o Acordo Ortográfico da Língua Portuguesa – que foi assinado em

Lisboa, em 16 de dezembro de 1990 – também estabeleceu um período de

transição: “de 1º de janeiro de 2009 a 31 de dezembro de 2012, durante o

qual coexistirão a norma ortográfica atualmente em vigor e a nova norma

estabelecida”.

É verdade ainda que é humanamente impossível saber a grafia de

todas as palavras da nossa Língua. Só para você ter uma ideia da dificuldade

que é isso, saiba que a nova edição do VOLP, lançada oficialmente pela ABL em

19 de março de 2009, tem 976 páginas, 340 mil verbetes e outras coisas mais.

Você se atreve a decorar tudo isso?!

Entretanto, podemos sistematizar a grafia de certas palavras,

em decorrência, por exemplo, da sua origem, do seu radical, da sua

terminação. É isso que veremos aqui. A experiência nos permite dizer que esse

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processo é útil no momento de resolver uma ou outra questão de concurso.

Não estou dizendo que tudo se resumirá ao que será demonstrado nestas

poucas linhas. O que você precisa entender é que a sua prática de leitura de

livros, jornais, revistas e dicionários deverá ser somada à minha explicação.

Comecemos pelo EMPREGO DE ALGUMAS LETRAS. Sempre que

for preciso, trarei para nossa aula as mudanças das novas regras ortográficas

• Usa-se, normalmente, a letra X:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – depois de ditongos ameixa, frouxo, peixe Recauchutar

2 – depois da sílaba EN enxame, enxergar

encher, encharcar,

enchova, enchumaçar e

derivados dessas

palavras

3 – depois da sílaba ME,

quando “fechada” mexa (verbo), mexerico

mecha (substantivo) =

pronúncia “aberta”

1. (FUNRIO/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA BARRA/AUXILIAR DE

CRECHE/2010) “Essa é a opinião de crianças de cinco e seis anos ouvidas

numa extensa pesquisa coordenada pela Fundação Carlos Chagas [...]”.

Assim como a palavra “extensa” do fragmento acima, marque a opção em

que a letra "X" esteja corretamente empregada:

A) extender.

B) xacina.

C) executar.

D) brexa.

E) xuxu.

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Resposta – C

Comentário – Alternativa A: ironicamente, extensão grafa-se com X; mas

estender é com S. Digo isso porque os dois vocábulos são originários de

palavras latinas escritas com X: extensio(nis) e extendere.

Alternativa B: chacina, com CH.

Alternativa D: brecha, com CH.

Alternativa E: chuchu, com CH

• Usa-se, normalmente, a letra G:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nos sufixos AGEM,

IGEM e UGEM

viagem (substantivo),

vertigem, ferrugem

pajem, lajem,

lambujem

2 – nos sufixos AGIO,

EGIO, IGIO, OGIO e

UGIO

pedágio, colégio,

prestígio, relógio,

refúgio

3 – nas palavras

derivadas daquelas que

possuem G no radical

(você perceberá que

esse princípio vale

também para o emprego

de outras letras)

margem/margear,

homenagem/homenagear

monge/monj a, eu dirijo

(flexão do verbo dirigir).

Imaginem se

mantivéssemos a letra

“g” nas palavras

derivadas...

• Usa-se, normalmente, a letra J:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas palavras de

origem indígena,

africana e árabe

pajé, jibóia, jeca,

jenipapo, jirau, jiló,

cafajeste, jerico,

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jequitibá

2 – nas flexões dos

verbos que possuem J

no radical

viajar (verbo) – que eles

viajem; bocejar – eu

bocejei

3 – nas palavras

derivadas daquelas que

possuem J no radical

gorja – gorj eta; lisonja –

lisonjeado

4 – nas palavras de

origem latina

jeito, hoje, majestade,

injetar, objeto, ultraje

• Usa-se, normalmente, a letra Ç:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas palavras

derivadas daquelas que

possuem T no radical

excet or o – exceção, set

– seção, cantar – canção

2 – nas palavras de

origem indígena, árabe e

africana

miçanga, paçoca,

muriçoca, muçulmano,

açougue, açoite

3 – nos sufixos AÇU e

AÇO

babaçu, Paraguaçu,

Nova Iguaçu, golaço,

poetaço, atrevidaço

4 – depois de ditongo compleição, feição,

beiço

• Usa-se, normalmente, a letra S:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nos substantivos que

designam origem, título

chinês, japonês,

baronesa, duquesa,

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honorífico e feminino sacerdotisa, poetisa

2 – Nos sufixos ASE,

ESE, ISI e OSE

fase, ascese, eletrólise,

apoteose

3 – nos sufixos OSO e

OSA

formoso, formosa,

gostoso, gostosa

4 – nas palavras

derivadas daquelas que

possuem D, RT ou RG no

seu radical

ilud erir – ilusão, defend

– defesa; divert ir –

diversão, inverter –

inversão; imergir –

imersão, submergir –

submersão

5 – no prefixo TRANS e

nos seus derivados

transatlântico,

trasladar (ou

transladar)

6 – após os ditongos maisena, Sousa, coisa

7 – nas formas verbais

derivadas dos verbos

QUERER e PÔR

quis, quisera, pusera,

compusera

2. (FUNRIO/PREFEITURA DE CORONEL FABRICIANO-MG/AGENTE DE

TRÂNSITO/2008) "Eu estava ansioso por ouvir seu discurso..." Qual

palavra está incorreta quanto ao emprego de "s" ou "c" ?

A) hortência

B) pretensioso

C) ganso

D) pêssego

E) consenso

Resposta – A

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Comentário – Grafa-se com S a palavra hortênsia.

• Usa-se, normalmente, SS:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas palavras

derivadas daquelas que

possuem as expressões

CED, GRED, PRIM, MIT,

MET e CUT no radical

suceder – sucessão,

regredir – regressão,

comprimir –

compressão, demitir –

demissão, intrometer –

intromissão, discutir –

discussão

2 – prefixo terminado

em vogal + palavra

começada por S

pre + sentir = pressentir

(repare que o “s” foi

duplicado”)

3. (FUNRIO/PREFEITURA DE CORONEL FABRICIANO-MG/AGENTE DE

TRÂNSITO/2008) "... (uma competição voluntário-compulsória para

jovens fascistas italianos)”. Qual palavra está mal grafada?

A) obceno.

B) rescisão.

C) ressuscitar.

D) assessório.

E) dissensão.

Resposta – A

Comentário – A palavra obsceno grafa-se com S, que foi omitido na primeira

alternativa.

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• Usa-se, normalmente, a letra Z:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas terminações EZ

e EZA, formando

substantivos

abstratos derivados de

adjetivos

insensato – insensatez,

nu – nudez; claro –

clareza, belo – beleza

2 – nas terminações

IZAR, formando

infinitivos verbais

sintonia – sintonizar,

real – realizar, visual –

visualizar

a) se a palavra possuir

S em sua parte final, o

infinitivo verbal também

levará S: análise –

analisar, paralisia –

paralisar;

b) Hipnose – hipnotizar;

Síntese – sintetizar;

Batismo – batizar;

Catequese – catequizar;

Ênfase – enfatizar.

(Lembre-se da sigla de

um famoso banco, só

que com E no final:

HSBCE).

3 – como consoante de

ligação

pé + udo = pezudo; guri

+ ada = gurizada

• Usa-se, normalmente, a letra H:

QUANDO EXEMPLO CUIDADO

1 – nas palavras ligadas anti-higiênico, pré- desarmonia, lobisomem

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por hífen em que o

segundo elemento

começa com H

histórico, super-homem

2 – na palavra Bahiaas palavras derivadas

não possuem H: baiano

4. (FUNRIO/DPRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2009) No afã de manter

a elegância textual e a correção na utilização dos tempos e ortografia

verbais, policial em rodovia diz a um companheiro de trabalho: “Na

rodovia, ........ com ......... e agilidade quando ........ pessoas que

necessitem de seu auxílio”.

O item que completará adequadamente o período selecionado é:

A) haja, descrição, ver.

B) aja, descrição, vir.

C) haja, discrição, ver.

D) aja, discrição, vir.

E) aja, discreção, ver.

Resposta – D

Comentário – Primeira lacuna: a palavra deve expressar a ideia de ação, do verbo

agir (escrito sem H). No imperativo afirmativo, esse verbo é assim conjugado e

escrito: age tu, aja ele (você), ajamos nós, agi vós, ajam eles (vocês). Com H

(haja), a palavra representa a flexão do verbo haver no presente do subjuntivo

(que eu/ele haja) ou no imperativo afirmativo (haja ele/você).

Segunda lacuna: o examinador tirou proveito da relação entre

os parônimos descrição e discrição. O primeiro vocábulo significa ação ou res-

ultado de descrever alguém ou alguma coisa, oralmente ou por escrito. O

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segundo indica a qualidade do que ou de quem é discreto, comedido nos

gestos, no falar, no comportamento.

Terceira lacuna: a conjunção “quando” e o verbo “necessitem”

(conjugado no presente do subjuntivo) inserem a declaração no plano da

hipótese, da possibilidade. Sendo assim, para se alinhar a ideia do texto, o

verbo ver deve ser flexionado no futuro do subjuntivo: quando eu vir, quando

tu vires, quando ele/você vir, quando nós virmos, quando vós virdes,

quando eles/vocês virem.

• Verbos terminados em EAR e IAR:

1 – são irregulares os

verbos terminados em

EAR; eles recebem a

letra I nas formas

rizotônicas (eu, tu, ele,

eles – a sílaba tônica

integra o radical)

passear: passeio,

passei a, as, passei

passeamos, passeais,

passeiam

2 – são regulares os

verbos terminados em

IAR

o,premiar: premi

premi as, premia,

amos, premiais, premi

premi am

Mediar, Ansiar,

Remediar, Incendiar,

Odiar (MARIO): apesar

de terminarem em IAR,

são irregulares e

recebem a letra E nas

formas rizotônicas (eu,

tu, ele, eles): odeio,

odeias, odei a, odiamos,

odiais, odeiam

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! As letras K, W e Y (conforme o novo Acordo Ortográfico)

O alfabeto passa a ter 26 letras. Foram reintroduzidas as letras k,

w e y.

a A j J s S

b B k K t T

c C l L u U

d D m M v V

e E n N w W

f F o O x X

g G p P y Y

h H q Q z Z

i I r R

A essa altura você deve estar se perguntando: “Por que as letras

k, w e y voltaram ao alfabeto?”, “Quais as consequências práticas?”, “Alguma

palavra será grafada de forma diferente?”, “Como deverão ser usadas?”, “Elas

são vogais ou consoantes?”, “Como é a pronúncia do w?”.

As letras k (cá ou capa) – letra oriunda do alfabeto fenício (kaph),

adotada pelos gregos (kapa) e depois pelos romanos (capa) –, w (dábliu) –

letra usada nas línguas inglesa, em que soa como o “u”, e alemã, em que é

pronunciada como “v” – e y (ípsilon) – letra com som de “i” –, que na verdade

não tinham desaparecido da maioria dos dicionários da nossa língua, são

usadas em várias situações. Por exemplo:

a) na escrita de símbolos de unidades de medida: km

(quilômetro), kg (quilograma), W (watt);

b) na escrita de palavras e nomes estrangeiros (e seus

derivados): show, playboy, playground, windsurf, kung fu, yin, yang,

William, kaiser, Kafka, kafkiano.

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Bem, e o que acontece agora que elas estão oficialmente

introduzidas no nosso alfabeto? Haverá mudanças na grafia de alguma

palavra? Deveremos escrever “kilômetro” em vez de “quilômetro”?

Na prática, nada muda na grafia das palavras, pois a reintrodução

das letras K, W e Y em nosso alfabeto NÃO AUMENTA SEU USO. Essas três

letrinhas continuam sendo usadas em NOMES PRÓPRIOS ORIUNDOS DE

LÍNGUAS ESTRANGEIRAS, como nos exemplos abaixo:

Byron; Darwin; Franklin; Taylor; Wagner; Wilson; Kardec;

Também continuam sendo usadas nas PALAVRAS DERIVADAS DE

NOMES PRÓPRIOS ESTRANGEIROS. Veja alguns exemplos:

byroniano (relativo a Lord Byron, poeta inglês, autor da obra Don

Juan);

kantismo (doutrina filosófica de Immanuel Kant, filósofo alemão);

kardecismo (doutrina espírita do pensador francês Allan Kardec);

kardecista (relativo ao kardecismo, seguidor dessa doutrina);

kuwaitiano (indivíduo natural do Kuwait);

As letras K, W e Y também são usadas em SIGLAS, SÍMBOLOS E

PALAVRAS INTERNACIONALMENTE ADOTADAS como:

TWA (Trans World Airlines);

KLM (Koninklijke Luchtvaart Maatschappij, em português:

Companhia Real de Aviação);

kw (quilowatt);

watt;

yd (jarda, do inglês yard);

K (Potássio);

W (Tungstênio);

Y (Ítrio);

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Kr (Criptônio);

W - oeste (West);

SW - sudoeste (southwest);

NW - noroeste (northwest).

Você aí já se perguntou se ESSAS LETRAS SERÃO CLASSIFICADAS

COMO VOGAL OU CONSOANTE?!?! Certo, vejamos como elas poderão se

comportar.

As novas letras do alfabeto deverão ser classificadas em vogais ou

consoantes, DE ACORDO COM A FORMA COMO SÃO PRONUNCIADAS nas

palavras em que aparecem.

! O K será sempre CONSOANTE, pois sempre é pronunciado como

o C antes das vogais A, O e U e como o dígrafo QU antes de E

e I.

! Já o Y será VOGAL ou SEMIVOGAL, pois normalmente é

pronunciado como se fosse um I.

! A letra W pode assumir o papel de VOGAL (ou SEMIVOGAL) ou

CONSOANTE. Nas palavras de origem inglesa, por ser

normalmente pronunciado como U, o W será vogal ou

semivogal:

Wallace; waffle; show; Wilson; windows; watt (uo te).

Nas palavras de origem alemã, o W normalmente é pronunciado

como um V, e, assim, será uma CONSOANTE:

Walter; Wagner; Volkswagen.

Passemos agora ao EMPREGO DE ALGUMAS EXPRESSÕES que,

certamente, já deixaram muita gente com dúvida na hora de optar por uma ou

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outra forma. Selecionei para esta aula apenas alguns vocábulos que, volta e

meia, surgem em diversos textos. Vejamos quais são.

! MAL x MAU

a) Ela se houve mal na prova. (advérbio de modo, contrário de bem,

refere-se a um verbo)

b) Mal entrou, os portões foram fechados. (conjunção subordinativa

adverbial, equivale-se a quando, indica circunstância de tempo)

c) Apesar do mau tempo, foi à praia. (adjetivo, refere-se a um substantivo,

contrário de bom)

ATENÇÃO! Quero que você perceba que o vocábulo MAL não possui a mesma

classificação gramatical nas alternativas “a)” e “b)”. Isso é importante porque

a banca examinadora pode sugerir o contrário. Pode, por exemplo, selecionar

duas frases de um texto em que esses vocábulos aparecem, destacá-los e

formular a seguinte assertiva: “Nas linhas X e Y, os vocábulos em destaque

possuem a mesma classificação gramatical”. Muito cuidado antes de

responder. Como vimos anteriormente, isso nem sempre será verdade.

(...)

O planejamento caiu em descrédito com a queda do

16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a

contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que

se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito

19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das

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pernas, está. Chegou, portanto, o momento de reabilitar e

atualizar o planejamento. (...)

Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

5. (CESPE/ANEEL/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2010) O sentido da

expressão “mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria

prejudicado caso se substituísse “mal” por mau.

Resposta – Item certo.

Comentário – Em linguagem figurada, a expressão nos comunica que o “mito

dos mercados que se autorregulam” está desacreditado, já não produz o

mesmo efeito, sua sustentabilidade está abalada, enfraquecida.

O vocábulo “mal”, no contexto, é o contrário de bem

(advérbio) e não pode ser trocado por mau, antônimo de bom (adjetivo).

! POR QUE x POR QUÊ

a) Por que você não veio? (preposição + pronome interrogativo, usado no

início da oração, equivale-se a por qual motivo, o “que” é átono)

b) Quero saber por que você não veio. (a única diferença é que a frase

interrogativa é indireta)

c) Você não veio por quê? (agora a expressão aparece no final da frase, e

o “quê” é tônico)

d) Quero saber o motivo por que você não veio. (preposição + pronome

relativo, usado no início da oração, equivale-se a pelo qual)

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! PORQUE x PORQUÊ

a) Não vim porque estava cansado. (conjunção subordinativa adverbial,

indica circunstância de causa)

b) Fique quieto, porque você está incomodando. (conjunção coordenativa

explicativa)

, é c) Quero saber o porquê da sua falta. (vem precedido de determinante

substantivo, equivale-se a motivo, razão, causa)

ATENÇÃO! Sempre que estiver diante de uma pergunta (direta ou indireta),

use a expressão separada.

6. (FUNRIO/SEBRAE-RJ/ANALISTA/2009) A forma “porque” aparece grafada

em um só vocábulo e não em dois na frase “Os técnicos do Sebrae

prestam assessoria na área gerencial, porque prestam valiosas

orientações a quem a eles recorre.”.

Essa grafia sempre ocorre quando esse vocábulo

A) iniciar oração.

B) for interrogativo.

C) estiver em frase exclamativa.

D) incluir-se em um diálogo.

E) indicar causa.

Resposta – E

Comentário – A palavra é uma conjunção causal, pois introduz segmento que

exprime a razão ou o motivo do que foi declarado antes.

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! SENÃO x SE NÃO

a) Estudem, senão ficarão reprovados. (pode ser substituído por ou, indica

alternância de ideias que se excluem mutuamente)

b) Não fazia coisa alguma, senão criticar. (equivale-se a mas sim,

porém,)

c) Essa pessoa só tem um senão. (significa defeito, mácula, mancha; é

substantivo)

d) Se não houver dedicação, ficarão reprovados. (“Se” = conjunção

subordinativa adverbial condicional; “não” = advérbio de negação)

ATENÇÃO! É muito útil perceber que a expressão será separada apenas

quando introduzir uma oração subordinada adverbial condicional.

! ACERCA DE x A CERCA DE x HÁ CERCA DE

a) Hoje falaremos acerca dos pronomes. (locução prepositiva – “dos” = de

+ os –, equivale-se a sobre, a respeito de)

b) Os primeiros colonizadores surgiram há cerca de quinhentos anos.

(refere-se a acontecimento passado)

c) Estamos a cerca de quatro meses da prova. (refere-se a acontecimento

futuro)

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1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já

apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas,

como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem

4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.

(...)

Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).

7. (CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) A substituição de “cerca de” (l.2)

por acerca de manteria a correção gramatical do período.

Resposta – Item errado.

Comentário – Cerca de e acerca de são locuções prepositivas, mas elas não

devem ser confundidas. A primeira é usada para indicar quantidade

aproximada; a segunda equivale-se à preposição sobre e à locução prepositiva

a respeito de.

! AFIM x A FIM DE

a) Temos idéias afins. (adjetivo, refere-se a um substantivo, varia em

número para com ele concordar)

b) Estudou muito, a fim de tirar o primeiro lugar. (locução prepositiva,

denota finalidade, objetivo, intenção)

! DEMAIS x DE MAIS

a) Estudei demais. (advérbio de intensidade, liga-se a um verbo, equivale-

se a muito, demasiadamente, em excesso)

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b) Eu estudo muito; os demais, pouco. (pronome indefinido substantivo,

equivale-se a outros, vem precedido de artigo)

c) Surgiram candidatos de mais. (locução que se contrapõe a de menos)

! ONDE x DONDE x AONDE

a) Onde você está? (usa-se onde com verbo estático que pede a

preposição em, na língua portuguesa não existe a contração nonde, indicada

por em + onde)

b) Donde você vem? (usa-se com verbo de movimento que peça, em

razão sua regência, a preposição de, caso do verbo “vem”: “Donde” = de +

onde)

c) Aonde você vai? (usa-se com verbo de movimento que exige, também

por causa de sua regência, a preposição a, caso da forma verbal “vai”:

“Aonde” = a + onde)

1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente

difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os

primeiros homens em contato com a natureza. (...)

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

8. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA – ECONOMIA/2009) No desenvolvimento

da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no

qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a

coerência nem para a correção gramatical do texto.

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Resposta – Item certo.

Comentário – A ênfase aqui será dada ao emprego de onde, que é usado

com verbo estático (“vivem”); este pede a preposição em (quem vive vive

em algum lugar). Na Língua Portuguesa não existe a contração nonde,

supostamente indicada por em + onde. A preposição em desaparece antes de

onde. Eis a reescritura: “No mundo moderno onde vivemos...”.

O pronome relativo que pode ser substituído por o/a qual.

Logo, a forma em que pode ser trocado pela forma no/na qual, conforme o

caso. Eis a reescritura: “No mundo moderno no qual vivemos...”.

1 Nossos projetos de vida dependem muito do futuro

do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é

obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói.

4 E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às

vezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro,

concepções de desenvolvimento e interesses distintos e

7 conflitantes.

(...)

Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade

nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).

9. (CESPE/MJ-DPF/AGENTE/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção

gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no

qual”.

Resposta – Item certo.

Comentário – Esta foi só para confirmar o que eu disse anteriormente e como

o Cespe, volta e meia, explora o emprego dessas expressões. Quando

tratarmos de pronomes, falaremos mais sobre o uso dos relativos.

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! MAS x MAIS

a) Ela estudou muito, mas não foi aprovada. (conjunção coordenativa

adversativa, conecta orações que guardam entre si ideias opostas)

b) Ela era a aluna mais simpática da turma. (advérbio de intensidade,

refere-se a adjetivo, outro advérbio ou verbo)

c) Menos ódio e mais amor. (pronome indefinido adjetivo, refere-se a

substantivo)

! HÁ x A

a) Ele chegou da Europa há dois anos. (refere-se a acontecimento passado)

b) Ela voltará daqui a um ano. (refere-se a acontecimento futuro ou

distância: Daqui a sua casa são 8 qulômetros.)

(...)

o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma

28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois

quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais

movimentadas. (...)

Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).

10. (CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) Manteria a correção gramatical e o

sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois

quarteirões” (l.28-29).

Resposta – Item errado.

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Comentário – A forma verbal “há”, nesse contexto, causaria incoerência, visto

que indicaria a existência de dois quarteirões. Não é isso o que se pretende

dizer no texto. O autor pretende indicar a distância mínima da localização do

imóvel. Nesse sentido, o vocábulo adequado é “a”.

! DE ENCONTRO A x AO ENCONTRO DE

a) O ônibus foi de encontro ao carro, causando a morte de duas pessoas.

(indica posição contrária, colisão, confronto)

A proposta da diretoria foi de encontro aos anseios dos funcionários.

b) O filho foi ao encontro do pai, abraçando-o. (sugere posição favorável,

concordância)

! À-TOA x À TOA (o novo Acordo retirou o hífen)

a) Ele era uma pessoa à-toa (à toa). (locução adjetiva invariável;

refere-se a um substantivo; significa desprezível, sem valor, insignificante)

b) Ele andava à toa na rua. (locução adverbial; indica maneira, modo, sem

rumo certo, a esmo, sem fazer nada)

! DIA-A-DIA x DIA A DIA (o novo Acordo aboliu o hífen)

a) O dia-a-dia (dia a dia) do operário brasileiro é desgastante.

(substantivo, precedido por artigo, equivale-se a cotidiano)

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b) Os preços das mercadorias aumentam dia a dia. (locução adverbial de

tempo, equivale-se a diariamente)

! TAMPOUCO x TÃO POUCO

a) Não realizou a tarefa, tampouco apresentou qualquer justificativa.

(advérbio de negação, equivale-se a também não)

b) Tenho tão pouco entusiasmo pelo trabalho. (tão = advérbio de

intensidade; pouco = pronome indefinido adjetivo, alude a um substantivo)

c) Estudamos tão pouco. (tão = advérbio de intensidade, refere-se a outro

advérbio: pouco = advérbio de intensidade, refere-se ao verbo)

11. (FUNRIO/MJ/ADMINISTRADOR/2009) Na língua, há palavras que se

assemelham na forma, sem que tenham qualquer parentesco significativo.

A esse fato lingüístico denomina-se paronímia. A frase abaixo que está

mal redigida porque houve a substituição indevida de um vocábulo por

seu parônimo é

A) Preciso que o governador defira meu processo.

B) Pediu dispensa do serviço militar por ser arrimo de família.

C) Os imigrantes são discriminados em alguns países europeus.

D) Retificou, em uma errata, parte das informações publicadas.

E) No próximo ano, os bancos vão aferir lucros ainda maiores.

Resposta – E

Comentário – Recapitulando: paronímia é a relação entre palavras que têm

formas parecidas, mas cujos significados diferem, pois têm origens diferentes,

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como por exemplo: descrição e discrição; eminente e iminente, tráfico e

tráfego, emigrar e imigrar. Eis abaixo uma tabela que lhe será útil:

acender = atear fogo ascender = subir acerca de = a respeito de, sobre cerca de = aproximadamente há cerca de = faz aproximadamente aferir = avaliar, verificar, conferir auferir = obter ou dar lucro, vantagem afim = semelhante, com afinidade a fim de = com a finalidade de amoral = indiferente à moral imoral = contra a moral, libertino, devassoapreçar = marcar o preço apressar = acelerar arrear = pôr arreios arriar = abaixar bucho = estômago de ruminantes buxo = arbusto ornamental caçar = abater a caça cassar = anular cela = aposento sela = arreio censo = recenseamento senso = juízo cessão = ato de doar seção ou secção = corte, divisão sessão = reunião chá = bebida xá = título de soberano no Oriente chalé = casa campestre xale = cobertura para os ombros cheque = ordem de pagamento xeque = lance do jogo de xadrez comprimento = extensão cumprimento = saudação concertar = harmonizar, combinar consertar = remendar, reparar conjetura = suposição, hipótese conjuntura = situação, circunstância

coser = costurar cozer = cozinhar deferir = conceder, autorizar, atender, dar despacho favorável diferir = adiar descrição = representaçãodiscrição = ato de ser discreto descriminar = inocentar discriminar = diferençar, distinguir despensa = compartimento dispensa = desobrigação despercebido = sem atenção, desatentodesapercebido = desprevenido discente = relativo a alunos docente = relativo a professores emergir = vir à tona imergir = mergulhar emigrante = o que sai imigrante = o que entra eminente = nobre, alto, excelente iminente = prestes a acontecer esperto = ativo, inteligente, vivo experto = perito, entendido espiar = olhar sorrateiramente expiar = sofrer pena ou castigo estada = permanência de pessoa estadia = permanência de veículo flagrante = evidente fragrante = aromático fúsil = que se pode fundir fuzil = carabina fusível = resistência de fusibilidade calibradaincerto = duvidoso inserto = inserido, incluso incipiente = iniciante insipiente = ignorante indefesso = incansável

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infligir = aplicar pena ou castigo infringir = transgredir, violar, desrespeitarintemerato = puro, íntegro, incorrupto intimorato = destemido, valente, corajosointercessão = súplica, rogo interse(c)ção = ponto de encontro de duas linhas laço = laçada lasso = cansado, frouxo ratificar = confirmar retificar = corrigir soar = produzir som

indefeso = sem defesa suar = transpirar sortir = abastecer surtir = originar sustar = suspender suster = sustentar tacha = b pequeno prego taxa = tributo tachar = censurar, notar defeito emtaxar = estabelecer o preço vultoso = volumoso vultuoso = atacado de vultuosidade

(...)

22 Os grandes líderes de mercado parecem ainda ter

dificuldade para entender o que está acontecendo de fato. O

discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados em

25 modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira

tradicional, deixando as externalidades para a sociedade.

E mais, não são apenas os grandes líderes do setor

28 privado que demonstram essa dificuldade. Uma manchete

recente em um grande jornal diário mostra que pesquisadores

e jornalistas também não entenderam as oportunidades que

31 estão surgindo a partir das transformações que estamos

vivendo. Eis o título da matéria: “Só estagnação econômica

pode reduzir aquecimento global, diz estudo”.

(...)

Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital,26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).

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12. (CESPE/AGU/ADMINISTRADOR/2010) O trecho “a partir das” (l.31)

poderia ser substituído, sem prejuízo sintático ou semântico ao texto, por

um dos termos a seguir: por razão das, em consequência das, com as.

Resposta – Item certo.

Comentário – De acordo com o texto, “as oportunidades” (l. 30) são o efeito

das “transformações que estamos vivendo” (l. 31-32). Essa ideia é corroborada

pela expressão “a partir das”, que ajuda a expressar essa noção de causa (ou

motivo, razão) e consequência (ou efeito). Não há prejuízo sintático ou

semântico ao texto devido às mudanças propostas. Vamos reescrever a

passagem e tirar a dúvida:

– “...pesquisadores e jornalistas também não entenderam as

oportunidades que estão surgindo por razão das transformações que estamos

vivendo.”

– “...pesquisadores e jornalistas também não entenderam as

oportunidades que estão surgindo em consequência das transformações que

estamos vivendo.”

– ““...pesquisadores e jornalistas também não entenderam as

oportunidades que estão surgindo com as transformações que estamos

vivendo.”

13. (CESPE/AGU/ADMINISTRADOR/2010) Na linha 22, o deslocamento do

vocábulo “ainda” para imediatamente antes da forma verbal “parecem” —

ainda parecem — alteraria a ideia original do vocábulo substituído, que

passaria a significar também.

Resposta – Item errado.

Comentário – O significado do vocábulo “ainda” é o mesmo; ele não se altera

por causa da mudança proposta pela banca. A ideia, já presente no texto

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original, é a seguinte: as empresas não estão preparadas para enfrentar as

mudanças que estão em curso atualmente e também (ainda) parecem ter

dificuldade para entender o que está acontecendo de fato.

A respeito do EMPREGO DO HÍFEN, várias mudanças foram

introduzidas pelo novo Acordo Ortográfico. Resumirei aqui os casos

importantes. Ressalto que até 31 de dezembro de 2012 as regras antigas e

novas poderão ser usadas (NA REDAÇÃO, UTILIZE APENAS UMA DELAS).

EMPREGO DO HÍFEN NA PREFIXAÇÃO

! Regras Antigas

1 – Com os prefixos AUTO, CONTRA, EXTRA, INFRA, INTRA, ULTRA, NEO,

PROTO, PSEUDO, SEMI, SUPRA: antes de VOGAL, H, R e S.

Exemplos: auto-educação, contra-almirante, semi-selvagem, ultra-rápido,

supra-sumo.

EXCEÇÃO: extraordinário.

2 – Com os prefixos ANTE, ANTI, ARQUI e SOBRE: antes de H, R ou S.

Exemplos: anti-higiênico, arqui-rabino, ante-sala, sobre-saia.

EXCEÇÔES: sobressair, sobressalente, sobressaltar, sobressalto.

3 – Com o prefixo SUPER: antes de H ou R.

Exemplos: super-homem, super-rápido.

4 – Com os prefixos AD, AB, OB, SOB, SUB: antes de R.

Exemplos: ab-rogar, sob-roda, sub-reino.

CUIDADO: SUB antes de B: sub-bibliotecário.

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5 – Com os prefixos MAL e PAN: antes de VOGAL e H.

Exemplos: pan-americano, mal-humorado.

6 – Com os prefixos PÓS, PRÉ e PRÓ: quando tônicos, serão separados por

hífen.

Exemplos: pós-graduação, pré-vestibular, pró-paz.

! Regras Novas

Prefixos Usa hífen Não usa hífen

Agro, ante, anti, arqui, auto,

contra, extra, infra, intra,

macro, mega, micro, maxi,

mini, semi, sobre, supra,

tele, ultra...

Quando a palavra

seguinte começa com h

ou com vogal igual à

última do prefixo: auto-

-hipnose, auto-

-observação, anti-herói,

anti-imperalista, micro-

-ondas, mini-hotel

a) Em todos os demais

casos: autorretrato,

autossustentável,

autoanálise,

autocontrole,

antirracista, antissocial,

antivírus, minidicionário,

minissaia, minirreforma,

ultrassom... (perceba

que as letras R e S

são duplicadas).

b) Quando se usam os

prefixos des- e in-,

caem o h e o hífen:

desumano, inabitável,

desonr a, inábil.

c) Também com os

prefixos co- e re- caem

o h e o hífen: coordenar,

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coerdeiro, coabitar,

reabilitar, reeditar,

reeleição.

Hiper, inter, super

Quando a palavra

seguinte começa com h

ou com r: super-homem,

inter-regional

Em todos os demais

casos: hiperinflação,

supersônico

Sub

Quando a palavra

seguinte começa com b,

h ou r: sub-base, sub-

-reino, sub-humano

Em todos os demais

casos: subsecretário,

subeditor

ViceSempre: vice-rei, vice-

presidente

Pan, circum, mal

Quando a palavra

seguinte começa com h,

m, n ou vogais: pan-

americano, circum-

hospitalar

Em todos os demais

casos: pansexual,

circuncisão

Quero enfatizar as seguintes mudanças:

1 – Com prefixos, usa-se o hífen diante de palavra iniciada por h.

Exemplos: anti-higiênico, anti-histórico, macro-história,

mini-hotel, proto-história, sobre-humano, super-homem, ultra-humano.

2 – Não se usa o hífen quando o prefixo termina em vogal diferente da vogal

com que se inicia o segundo elemento.

Exemplos: aeroespacial, agroindustrial, anteontem, antiaéreo, antieducativo,

autoaprendizagem, autoescola, autoestrada, autoinstrução, coautor, coedição,

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extraescolar, infraestrutura, plurianual, semiaberto, semianalfabeto,

semiesférico, semiopaco.

3 – Quando o prefixo termina por consoante, usa-se o hífen se o segundo

elemento começar pela mesma consoante.

Exemplos: hiper-requintado, inter-racial, inter-regional, sub-bibliotecário,

super-racista, super-reacionário, super-resistente, super-romântico.

4 – Quando o prefixo termina por consoante, não se usa o hífen se o segundo

elemento começar por vogal.

Exemplos: hiperacidez, hiperativo, interescolar, interestadual, interestelar,

interestudantil, superamigo, superaquecimento, supereconômico,

superexigente, superinteressante, superotimismo.

ATENÇÃO! Torno a dizer que, em virtude do período de transição, todos nós

podemos usar as duas regras ortográficas até 31 de dezembro de 2012. Sendo

assim, fique atento porque as bancas examinadoras tentarão confundi-lo.

Possivelmente, elaborarão questões em que se substitui uma forma pela outra.

Em seguida, perguntarão se “quanto à correção gramatical e à coerência

textual, a alteração feita traz prejuízo ao texto”. Quando se tratar de mera

adequação às novas regras, a alteração é facultativa por enquanto.

EMPREGO DO HÍFEN NA COMPOSIÇÃO

A regra geral para palavras compostas é que se deve empregar o

hífen APENAS SE OS SEUS ELEMENTOS FORMADORES (palavras que formam o

composto) PERDERAM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que a palavra

composta adquirisse um significado único. Observe os exemplos seguintes.

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Abaixo assinado x abaixo-assinado

Mesa redonda x mesa-redonda

testa de ferro x testa-de-ferro

Sem o hífen, as palavras mantêm seu significado individual.

Abaixo assinado – indivíduo que subscreve, que assina abaixo de

um texto ou reivindicação.

Mesa redonda – é uma mesa de formato redondo.

Nas palavras compostas, nas quais o hífen é usado, repare que OS

ELEMENTOS FORMADORES PERDEM SUA SIGNIFICAÇÃO INDIVIDUAL para que

a palavra composta formada adquira um significado completamente novo.

Abaixo-assinado – é o documento que normalmente contém um

texto ou reivindicação assinada por várias

pessoas.

Mesa-redonda – é uma reunião destinada a debater determinado

assunto.

Fique de olho agora nas regras estabelecidas pelo atual Acordo

Ortográfico.

1. Usa-se o hífen quando, nos COMPOSTOS SEM ELEMENTO DE LIGAÇÃO

(de, da, do etc.), o primeiro termo é um substantivo, adjetivo, numeral ou

verbo.

abaixo-assinado, amor-perfeito, água-marinha, ano-luz, arco-íris,

beija-flor, decreto-lei, joão-ninguém, médico-cirurgião,

mesa-redonda, tenente-coronel, tio-avô, zé-povinho,

afro-brasileiro, azul-escuro, amor-perfeito, boa-fé, guarda-costas,

guarda-noturno, má-fé, mato-grossense, norte-americano,

sempre-viva, sobrinha-neta, sócio-econômico, sul-africano,

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verbo-nominal, primeiro-ministro, segundo-sargento,

segunda-feira, conta-gotas, guarda-chuva, vaga-lume,

porta-aviões, porta-retrato, porta-moedas etc.

As palavras iniciadas por afro, anglo, euro, franco, indo, luso,

sino e outros adjetivos pátrios, reduzidos ou não, seguidos por outros

adjetivos pátrios, serão grafadas com hífen:

afro-americano, luso-brasileiro, anglo-saxão, euro-asiático,

euro-afro-americano, greco-romano, latino-americano etc.

Observação: indo-chinês se refere à Índia e à China, mas indochinês se

refere à Indochina, assim como centro-africano se refere à porção central

da África, enquanto centroafricano se refere à República Centroafricana.

Os compostos em que há uso de apóstrofo no elemento de ligação

entre as palavras também serão grafados com hífen:

cobra-d'água, mãe-d'água, olho-d'água, mestre-d'armas.

O novo Acordo Ortográfico não trata especificamente de compostos

formados de palavras repetidas ou parecidas; mas, por analogia, esses

compostos se acomodam na primeira regra e, por isso, são hifenizados:

blá-blá-blá, reco-reco, lenga-lenga, zum-zum-zum, tico-tico,

xique-xique, zás-trás, zigue-zague, pingue-pongue, tique-taque.

Emprega-se o hífen quando a primeira palavra for além, aquém,

recém, bem e sem:

além-mar, aquém-mar, recém-casado, recém-eleito,

recém-nascido, bem-aventurado, bem-estar, bem-humorado,

bem-criado, bem-dizer, bem-mandado, bem-nascido, bem-vestido,

bem-vindo, bem-visto, sem-número, sem-vergonha, sem-terra.

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Em alguns casos, o advérbio bem se junta à segunda palavra sem uso do

hífen: benfeitor, benfeitoria, benquerer, benquisto, etc.

2. Tratando-se de nomes geográficos, emprega-se o hífen em qualquer dos

casos abaixo:

– iniciados por Grã e Grão: Grã-Bretanha, Grão-Pará;

– iniciados por forma verbal: Abre-Campo, Passa-Quatro,

Quebra-Costas, Quebra-Dentes;

– ligados por artigo: Baía de Todos-os- Entre-os-Rios,

Trás-os-Montes.

Os demais nomes geográficos compostos grafam-se sem hífen:

América do Sul, Belo Horizonte, Cabo Verde etc.

Exceção: Guiné-Bissau e Timor-Leste

Os adjetivos gentílicos, que são adjetivos que se referem ao local

de nascimento, quando derivados de nomes compostos, serão hifenizados:

belo-horizontino (Belo Horizonte)

cabo-verdiano (Cabo Verde)

americano-do-sul (América do Sul)

mato-grossense (Mato Grosso)

mato-grossense-do-sul (Mato Grosso do Sul)

juiz-forano (Juiz de Fora)

cruzeirense-do-sul (Cruzeiro do Sul)

3. O hífen também é empregado em nomes compostos de espécies botânicas

e zoológicas:

Andorinha-do-mar, bem-me-quer, bem-te-vi, coco-da-baía,

couve-flor, dente-de-leão, erva-doce, fava-de-santo-inácio,

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feijão-verde, joão-de-barro, lesma-de-conchinha,

vassoura-de-bruxa etc.

ATENÇÃO! Se o significado da palavra composta for outro, o hífen não será

usado.

não-me-toques (espécie de planta)

Ela é cheia de não me toques. (melindres, frescuras)

O hífen também é usado para ligar palavras que se combinam para

formar encadeamentos vocabulares.

A ponte Rio-Niterói;

o trecho Paraná-Goiás;

a divisa Liberdade-Igualdade-Fraternidade;

o acordo Brasil-Inglaterra;

a liga Itália-França-Alemanha.

ACENTUAÇÃO GRÁFICA

A partir de agora, vamos mudar o foco da aula para falarmos sobre

acentuação gráfica, que também é mais um tópico do programa. Novamente,

apresentarei as regras antigas e as novas. Comecemos assim:

REGRAS GERAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA

O propósito delas é sistematizar a leitura das palavras de nossa

língua; assim sendo, baseiam-se na posição da sílaba tônica, no timbre da

vogal, nos padrões prosódicos menos comuns da língua. Em relação aos

vocábulos:

1 – MONOSSÍLABOS TÔNICOS " o acento é empregado naqueles

terminados por A(S), E(S) ou O(S)

Ex.: Elas são más. / Pisaram o meu pé. / Ninguém ficará só.

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ATENÇÃO! Quando os prefixos PRÉ e PRÓ vierem separados por hífen, eles

serão acentuados: pré-técnico, pró-labore.

Quando não estiverem, não serão acentuados: pressentir,

prosseguir.

Nas formas verbais terminadas em R, S ou Z e seguidas por

pronomes oblíquos átonos A(s) ou O(S), essas consoantes são suprimidas, as

vogais A, E ou O da terminação verbal recebem acento gráfico e os pronomes

oblíquos átonos A(S) ou O(S) recebem a letra “L”: dar + o = dá-lo; pôs + os =

pô-los; fez + a = fê-la.

2 – OXÍTONOS (a sílaba tônica da palavra é a última) " usa-se o acento

quando terminarem em A(S), E(S), O(S), EM, ENS:

Ex.: cajá, cafés, cipó, armazém, armazéns

CUIDADO! Os vocábulos oxítonos terminados por I ou U não serão

acentuados, salvo se estiverem em hiato.

Ex.: Bangu – Grajaú // dividi-lo – construí-lo

14. (FUNRIO/PREFEITURA DE NITEROI/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2008)

O vocábulo cuja acentuação gráfica se justifica segundo a mesma regra

observada em “haverá” é:

A) alguém

B) imprescindível

C) idéias

D) cancelá-las

E) mídia

Resposta – D

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Comentário – Alternativa A: embora a palavra “alguém” também seja

oxítona, o motivo do acento é outro: terminação em EM.

Alternativa B: “imprescindível” é paroxítona terminada em L.

Alternativa C: por enquanto saiba que o motivo da

acentuação da palavra “idéia” enquadra-se na regra dos ditongos EU, EI e OI

que você lerá mais abaixo. Observe, desde já, que a questão é de 2008, ano

em que as novas regras ortográficas não estavam em vigor. Falarei mais sobre

isso daqui a pouco; aguarde.

Alternativa D: as formas verbais acompanhadas de pronomes

átonos devem ter seus elementos constituintes analisados separadamente.

Portanto, acentua-se “cancelá” por causa da regra da oxítona terminada em A,

mesmo motivo de acentuação do vocábulo “haverá”. Veja outros exemplos:

– denunciá-la-íamos: o primeiro acento decorre da regra das

oxítonas, como expliquei acima; o segundo deve ser enquadrado na regra das

proparoxítonas (í-a-mos): todas são acentuadas.

– denunciá-la-emos: a última parte do verbo não recebe

acento porque as paroxítonas (e-mos) terminadas em O(S) não são

acentuadas; isso é regra das oxítonas.

Alternativa E: por ser uma paroxítona finalizada em DITONGO

ORAL (-dia), a palavra “mídia” recebe acento.

3 – PAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a penúltima) " são acentuados aqueles

que terminam em I(S), U(S), Ã(S), ÃO(S), UM, UNS, L, N, R, X, PS, DITONGO

ORAL.

Ex.: júri, íris, vírus, ímã, órfãs, órgão, sótãos, médium, álbuns, amável,

abdômen, mártir, látex, bíceps, íon, ions, vôlei, jóquei, história, gênio.

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ATENÇÃO! Não serão acentuados os vocábulos paroxítonos terminados por EM

ou ENS: item, itens, hifens (mas: hífen ou hífenes), polens (mas: pólen ou

pólenes)

Os prefixos paroxítonos terminados por I ou R não serão

acentuados: semi-histórico, super-homem.

4 – PROPAROXÍTONOS (a sílaba tônica é a antepenúltima) " todos são

acentuados.

Ex.: histórico, cântico, lâmpada, hífenes, pólenes.

15. (FUNRIO/PREFEITURA DE NITEROI/ASSISTENTE SOCIAL/2008) “... as

coisas essenciais da vida só aparecem no catálogo das coisas

necessárias...”

A acentuação do vocábulo “catálogo” justifica-se pela mesma regra

segundo a qual é acentuada a seguinte palavra do texto:

A) desconfortável

B) demográfico

C) fácil

D) porquê

E) alguém

Resposta – B

Comentário – A palavra “catálogo” é proparoxítona, como também o é

“demográfico” (letra B).

Nas alternativas A e C, os vocábulos “desconfortável” e “fácil”

são acentuados por serem paroxítonas terminadas em L.

Na opção D, a palavra “porquê” é acentuado por ser oxítona

finalizada em E.

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Finalmente, o acento em “alguém” (letra E) justifica-se

porque a palavra é oxítona terminada em EM.

16. (FUNRIO/MJ-DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/2008) A única

opção cujas palavras precisam receber acento gráfico por serem todas

proparoxítonas é

A) batavo – bavaro – perito – misantropo.

B) arquetipo – mequetrefe – filantropo – acrobata.

C) rubrica – crisantemo – hieroglifo – ibero.

D) omega – interim – zenite – improbo.

E) azafama – algaravia – pudico – levedo.

Resposta – D

Comentário – Propositalmente, o acento foi retirado das palavras para

confundir ainda mais os candidatos, os quais deveriam ter conhecimento da

pequena lista abaixo para melhor responder à questão:

Oxítonas Paroxítonas Proparoxítonas

cateter acrobata (ou acróbata) ádvena

Cister algaravia aeródromo

condor austero aerólito

Nobel avaro aríete

hangar aziago bávaro

obus batavo édito (ordem judical)

mister ciclope elétrodo

ureter edito (lei, decreto) ínterim

novel filantropo lêvedo

negus fortuito azáfama

Gibraltar gratuito arquétipo

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oximel ibero crisântemo

masseter látex hieróglifo (ou hieroglifo)

ruim maquinaria ímprobo

mequetrefe lúgubre

misantropo munícipe

necromancia ômega

nenúfar protótipo

perito recôndito

pudico trânsfuga

recorde notívago (ou noctívago)

rubrica vermífugo

zênite

17. (FUNRIO/MJ/ADMINISTRADOR/2009) O estudo da devida colocação do

acento tônico das palavras é objeto da prosódia, uma das partes em que

se divide a Fonologia.

As palavras “Nobel”, “edito” (lei), “rubrica”, “aziago”, “ibero”, “ruim”

classificam-se, respectivamente, no padrão culto da língua, como

A) oxítona, paroxítona, paroxítona, paroxítona, paroxítona, oxítona.

B) paroxítona, paroxítona, proparoxítona, proparoxítona, proparoxítona,

oxítona.

C) paroxítona, proparoxítona, paroxítona, oxítona, proparoxítona, paroxítona.

D) oxítona, proparoxítona, proparoxítona, paroxítona, paroxítona, paroxítona.

E) oxítona, paroxítona, paroxítona, paroxítona, proparoxítona, oxítona.

Resposta – A

Comentário – Você deve reler a tabela acima para conferir a acentuação

correta de cada palavra.

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18. (FUNRIO/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA BARRA/AUXILIAR DE

CRECHE/2010) Marque a opção cuja palavra se acentua graficamente pela

mesma regra que “básica”:

A) lápis.

B) álbum.

C) pedagógico.

D) órgão.

E) útil.

Resposta – C

Comentário – As palavras “básicas” e “pedagógico” (letra C) são acentuadas

por serem proparoxítonas.

As demais são paroxítonas terminadas em I(S), UM, ÃO(S)

(repare que eu não disse ditongo) e L.

19. (CESPE/MTE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2008) De acordo com as regras

de acentuação gráfica da língua portuguesa, a palavra “ibero-americanos”

(l. 2) também poderia ser corretamente escrita da seguinte forma:

íbero-americanos.

Resposta – Item errado.

Comentário – A palavra “ibero” é paroxítona terminada em “o”; por isso não

recebe acento. Ela não possui dupla prosódia, ou seja, não há variação da

sílaba tônica – como em “acrobata” (paroxítona) ou “acró bata” (proparoxítona)

– para justificar sua pronúncia como uma proparoxítona.

20. (CESPE/MRE–IRBR/BOLSAS-PRÊMIO/2009) As palavras “líderes”,

“empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base

na mesma justificativa gramatical.

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Resposta – Item certo.

Comentário – Sim, todas são proparoxítonas.

REGRAS ESPECIAIS DE ACENTUAÇÃO GRÁFICA (note as mudanças

introduzidas pelas novas regras)

1 – HIATOS

a) Acentua-se a primeira vogal dos hiatos ÔO, ÊE.

Ex.: vôo, enjôos, crêem, dêem, lêem, vêem. (3ª pessoa do plural dos verbos

crer, dar, ler e ver)

ATENÇÃO! De acordo com as novas regras, esses acentos deixam de existir:

voo, enjoo, creem, deem, leem, veem. Mas até 31/12/2012 é possível usá-los.

b) As vogais I(S) e U(S), quando formarem a sílaba tônica e ocuparem a

segunda posição do hiato, sozinhas ou acompanhadas de S.

Ex.: saída, saúde, país, baús, incluí-lo.

Compare com mia, via, lua, nua. Nessas palavras, as vogais I e U não ocupam

a segunda posição do hiato, ainda que constituam a sílaba tônica.

21. (FUNRIO/PREFEITURA DE NITEROI/AUDITOR/2008) “O país é um

continente imenso e pleno de riquezas, não está abalado por guerra ou

catástrofe natural...”

A acentuação do vocábulo “país” justifica-se pela mesma regra segundo a

qual é acentuada a seguinte palavra do texto:

A) substituída

B) ríspido

C) dúvida

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D) já

E) território

Resposta – A

Comentário – Em “país” (pa-ís) e em “substituída” (subs-ti-tu-í-da), a vogal I

é a segunda dos hiatos formados com as vogais A e U, é tônica e está sozinha

na sílaba ou acompanhada de S.

Os vocábulos “ríspido” (letra B) e “dúvida” (letra C) são

proparoxítonos – todos são acentuados.

O acento agudo em “já” (letra D) justifica-se porque a palavra

é monossílaba tônica terminada em A.

Em “território” (letra E), temos uma paroxítona terminada em

DITONGO ORAL (-rio).

22. (FUNRIO/FURP/ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO/2010) As palavras

“últimos”, “também”, “vício” e “saúde”, empregadas no texto, obedecem,

respectivamente, às mesmas regras de acentuação gráfica de

A) público, armazém, imundície, viúvo.

B) fenômeno, alguém, balaústre, tênue.

C) âmago, detém, bílis, júri.

D) vácuo, acém, míope, núpcias.

E) etéreo, álbum, régio, chapéu.

Resposta – A

Comentário – No enunciado, o examinador apresentou:

– “últimos”: proparoxítona (todas são acentuadas);

– “também”: oxítona terminada em EM;

– “vício”: paroxítona terminada em DITONGO ORAL;

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– “saúde”: agora é a vogal U que é a segunda do hiato

(formado com a vogal A); além disso constitui a sílaba tônica e nela está

sozinha (a letra S poderia acompanhá-la sem prejuízo do acento).

O cuidado aqui é com a palavra “respectivamente”, pois com

ela o examinador nos obriga a assinalar uma resposta cujas palavras são

acentuadas, sequencialmente, pelos mesmos motivos expostos acima. Isso só

ocorre na letra A.

Na alternativa B, a acentuação da palavra apresentada em

terceiro lugar, “balaústre”, enquadra-se na regra do HIATO e não na do

DITONGO ORAL. Com a última palavra, “tênue”, ocorre o contrário: a

acentuação dela enquadra-se na regra do DITONGO ORAL e não na do HIATO.

Na alternativa C, “bílis” e “júri” acentuam-se porque são

paroxítonas terminadas em I(S).

Na alternativa D, “vácuo” é acentuada por ser paroxítona

finalizada em DITONGO ORAL; “míope” é proparoxítona e como todas é

acentuada; “núpcias” é paroxítona terminada em DITONGO ORAL.

Na alternativa E, “etéreo” é paroxítona terminada em

DITONGO ORAL; “álbum” é paroxítona terminada em UM; “chapéu”

enquadra-se na regra dos DITONGOS EU, EI e OI, a qual será detalhada daqui

a pouco.

23. (FUNRIO/FURP/OPERADOR DE EMPILHADEIRA/2010)

Minha viola vai pro fundo do baú

Não haverá mais ilusão

Quero esquecer, ela não deixa,

Alguém que só me fez ingratidão.

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No samba de Paulinho da Viola, a primeira palavra que está acentuada

graficamente segue a mesma regra que determina a acentuação da

seguinte série:

A) pareô – tamanduá – obaluaê.

B) conteúdo – cajuína – baía.

C) túnel – estapafúrdia – decúbito.

D) troféus – bordéis – caracóis.

E) sós – crês – más.

Resposta – B

Comentário – A palavra indicada na música do sambista é “baú”, acentuada

por causa da regra do HIATO (não confunda esse caso com a regra das

oxítonas). Somente na letra B encontramos palavras acentuadas pelo mesmo

motivo.

Na letra A, todas se enquadram na regra das oxítonas.

Na letra C, “túnel” e “estapafúrdia” são paroxítonas

terminadas, respectivamente, por L e DITONGO ORAL. Já “decúbito” é

proparoxítona.

Na letra D: todos os vocábulos seguem a regra dos DITONGOS

EU, EI e OI.

Na letra E, a acentuação decorre da regras dos monossílabos

tônicos.

ATENÇÃO! Se as vogais I ou U formarem sílabas com L, M, N, R, Z ou vierem

seguidas de NH, não haverá acento gráfico: pa-ul, ru-im, a-in-da, sa-ir, ju-iz,

ra-i-nha.

Se as vogais I ou U formarem hiato com uma vogal idêntica, não

se usará acento gráfico: xi-i-ta, va-di-i-ce, su-cu-u-ba (nome de uma planta).

O acento só surgirá se a palavra for uma proparoxítona: fri-ís-si-mo.

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ATENÇÃO! Conforme as novas regras, se essas vogais surgirem após ditongos

e a palavra for paroxítona, não levarão acento: baiuca, feiura. Ressalto que até

31/12/2012 você decidirá se quer ou não usar o acento: baiúca, feiúra.

Interessante é o que acontece, por exemplo, com o vocábulo

Piauí. Observe que, agora, a vogal tônica I ocupa a última posição, ou seja, a

palavra é oxítona. Casos como esse não foram atingidos pelas mudanças

ortográficas.

2 – DITONGOS

a) ÉU, ÉI, ÓI: quando tônicos e abertos.

Ex.: chapéu, assembléia, jibóia, céu, papéis.

ATENÇÃO! Os ditongos abertos EU, EI e OI, quando não constituírem a sílaba

tônica (formarem a sílaba subtônica), não serão acentuados: ceuzinho,

pasteizinhos, anzoizi nhos.

24. (FUNRIO/FURP/ANALISTA DE CONTRATOS/2010) As palavras “é”,

“média”, “até” e “líderes” empregadas no texto, obedecem,

respectivamente, às mesmas regras de acentuação gráfica de

A) já, próprio, júnior e acadêmico

B) é, consultório, convém e infindáveis.

C) mês, universitário, papéis e público

D) há, salários, paletós e técnico.

E) só, líder, escritório e sênior.

Resposta – D

Comentário – Sublinhou a palavra “respectivamente”? Ela é muito importante

aqui, pois nos obriga a indicar a resposta que contém, na mesma sequência,

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palavras acentuadas por motivos iguais aos das palavras destacadas no

enunciado:

– “é”: monossílaba tônica em E;

– “média”: paroxítona terminada em DITONGO ORAL;

– “até”: oxítona finalizada em E;

– “líderes”: proparoxítona.

Isso só ocorre na letra D, mas você precisa usar de malícia

(como a banca também usou) e concordar que os monossílabos tônicos que

terminados em A(S), E(S) e O(S) são acentuados, bem como os vocábulos

oxítonos.

Alternativa A: o problema está na palavra “júnior”, que é

paroxítona finalizada em R.

Alternativa B: aqui a diferença está nos motivos da acentuação

de “convém” (oxítona terminada em EM) e infindáveis (paroxítona terminada

em DITONGO ORAL).

Alternativa C: o único problema encontra-se no motivo da

acentuação do vocábulo “papéis”: embora oxítona, a palavra termina em

DITONGO EI(S).

Alternativa E: “líder” é paroxítona terminada em R e “escritório”

é paroxítona terminada em DITONGO ORAL”.

ATENÇÃO! O novo Acordo Ortográfico estabeleceu que esses ditongos não

serão mais acentuados quando ocuparem a penúltima posição da sílaba, ou

seja, quando o vocábulo for paroxítono: assembleia, jiboia, ideia, europeia,

heroico. Ressalto que até 31/12/2012 é facultativo recorrer ao novo Acordo

Ortográfico.

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25. (FUNRIO/MJ/ADMINISTRADOR/2009) Recebem acento agudo os ditongos

“éi” e “ói” tônicos, de palavras oxítonas.

Seguem essa regra todas as palavras da opção

A) constroi - aneis - decibeis.

B) ideia - heroi - joia.

C) fieis – estreia – boia.

D) farois - introito - crueis.

E) destroi – ideia – heroico.

Resposta – A

Comentário – A banca foi cuidadosa e preferiu abordar a ocorrência de tais

ditongos em palavras oxítonas. Nelas não há dúvida: o acento continua sendo

empregado se os ditongos constituem a sílaba tônica e são pronunciados

abertamente, como em “constrói”, “anéis” e “decibéis” (letra A).

Alternativa B: o problema reside nas palavras “ideia” e “jóia”.

Elas são paroxítonas. Pelo acordo antigo, o acento existe ainda (até

31/12/2012); pelo acordo novo, ele está extinto.

Alternativa C: “estreia” e “boia” enquadram-se no que foi dito

acima.

Alternativa D: a única palavra paroxítona é “introito”, cuja

acentuação está sujeita ao que já foi dito.

Alternativa E: “ideia” e “heroico” também são paroxítonas; a

acentuação dependerá do fundamento: pelo antigo acordo, há; pelo novo, não.

3 – GUE e QUI

a) Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE e QUI receberá

trema quando for pronunciada fracamente; sendo, pois, semivogal.

Ex.: eloqüente, agüentar, pingüim, lingüiça.

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b) Diante de E ou I, a letra U que compõe os grupos GUE e QUI receberá

acento agudo quando for pronunciada fortemente ; sendo, pois, vogal.

Ex.: averigúe, obliqúes, apazigúe.

ATENÇÃO! Quando a letra U não for pronunciada, não receberá nenhum

acento: quilo, quente. O que temos aqui é simplesmente um dígrafo

representado pelas letras “qu”.

Ainda que seja pronunciada, não receberá nenhum acento gráfico

se estiver diante de A ou de O: água, quota (ou cota).

ATENÇÃO! O trema foi abolido pelas novas regras. Também o foi o acento

agudo no U tônico dos grupos GUE, GUI, QUE, QUI de verbos como averiguar,

apaziguar, arguir, redarguir, enxaguar. Repito: até 31/12/2012 estaremos no

período de transição, sendo aceitas as duas formas.

4 – ACENTO DIFERENCIAL (com a vigência das novas regras, foi

abolido, salvo algumas exceções, que estão destacadas abaixo; todavia

o período de transição – que vai até 31/12/2012 – dá-nos a faculdade

quanto ao uso)

O acento diferencial (agudo ou circunflexo) é utilizado para

distinguir uma palavra de outra que se grafa de igual maneira. A seguir,

apresento uma pequena relação.

Ele tem – eles têm (verbo TER na 3ª pessoa do plural do presente do

indicativo)

Ele vem – eles vêm (verbo VIR na 3ª pessoa do plural do presente do

indicativo)

ATENÇÃO! Repare que as formas TEM e VEM constituem monossílabos tônicos

terminado por EM. Lembre-se de que apenas as terminações A(S), E(S) e O(S)

recebem acento: má, fé, nó. É muito comum as bancas examinadoras

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explorarem questões envolvendo esses verbos. Elas relacionam, por exemplo,

um sujeito no singular à forma verbal TÊM (com acento circunflexo mesmo) e

perguntam se a concordância está correta. Obviamente, se a forma verbal

empregada é TÊM, o sujeito deve ser representado por um nome plural. Fique

atento para esse detalhe.

Atente ainda para o fato de o acento circunflexo (diferencial)

não ter sido abolido desses verbos nem de seus derivados. Portanto

continue a usá-lo.

Desenvolvimento, ambiente e saúde

1 No documento Nosso Futuro Comum, preparado,

em 1987, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento das Nações Unidas, ficou estabelecido,

4 pela primeira vez, novo enfoque global da problemática

ecológica, isto é, o das inter-relações entre as dimensões

físicas, econômicas, políticas e socioculturais. Desde então,

7 vêm se impondo, entre especialistas ou não, a compreensão

sistêmica do ecossistema hipercomplexo em que vivemos e

a necessidade de uma mudança nos comportamentos

10 predatórios e irresponsáveis, individuais e coletivos, a fim de

permitir um desenvolvimento sustentável, capaz de atender

às necessidades do presente, sem comprometer a vida futura

13 sobre a Terra.

(...)

Paulo Marchiori Buss. Ética e ambiente. In: Desafios éticos, p. 70-1 (com adaptações).

26. (CESPE/TCU/ACE/2007) A retirada do acento circunflexo na forma verbal

“vêm” (l. 7) provoca incorreção gramatical no texto porque o sujeito a que

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essa forma verbal se refere tem dois núcleos: “compreensão” (l. 7) e

“necessidade” (l. 9).

Resposta – Item errado.

Comentário – Rigidamente, a forma verbal “vêm” (terceira pessoa do plural

do presente do indicativo) deve receber acento circunflexo diferencial de

número. Seu sujeito é composto (“a compreensão sistêmica do ecossistema

hipercomplexo em que vivemos” e “a necessidade de uma mudança nos

comportamentos predatórios e irresponsáveis”). Os núcleos desse tipo de

sujeito estão corretamente indicados no item em análise. Acontece, porém,

que o verbo pode concordar atrativamente com o núcleo mais próximo

(“compreensão”: terceira pessoa do singular) quando vier anteposto ao

sujeito. Assim sendo, a forma verbal vem não prejudicaria a correção

gramatical do texto, por se tratar de um caso de concordância atrativa.

1 Num país territorialmente gigante, em que a censura

restringe o acesso à rede para milhões de usuários, a Internet

tende a se tornar a ferramenta de maior integração nacional ao

4 aproximar moradores urbanos e rurais, que falam dialetos

variados, mas que têm apenas um tipo de escrita. A China ganha

100 novos internautas por minuto. É o segundo país com mais

7 usuários on-line no mundo — cerca de 162 milhões —, atrás

apenas dos Estados Unidos da América (EUA), onde há quase

200 milhões.

Jornal do Brasil, 22/7/2007, p. A25 (com adaptações).

27. (CESPE/TCU/TCE/2007) A palavra “têm” (l. 5) é acentuada porque está no

plural para concordar com “moradores” (l. 4).

Resposta – Item certo.

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Comentário – É frequente questões envolvendo a acentuação das formas

verbais TÊM e VÊM. Neste item, o verbo em foco é escrito com acento

circunflexo diferencial de número para concordar com o substantivo plural

“moradores”, que foi substituído pelo pronome relativo “que”, seu

representante semântico. Lembre-se de que o mesmo verbo deveria ser

escrito sem acento diferencial caso o substantivo “moradores” estivesse no

singular: morador.

Ele detém – eles detêm (verbo DETER na 3ª pessoa do plural do presente do

indicativo)

Ele provém – eles provêm (verbo PROVIR na 3ª pessoa do plural do presente

do indicativo)

ATENÇÃO! Agora, a “pegadinha” é outra. As bancas gostam de explorar o

motivo do acento nos pares detém/detêm, mantém/mantêm, provém/provêm,

todos derivados dos verbos TER e VIR. Repare que a forma correspondente à

terceira pessoa do singular recebe acento AGUDO em virtude de ser uma

oxítona terminada por EM. Já a forma correspondente à terceira pessoa do

plural recebe acento CIRCUNFLEXO para diferenciar-se do singular.

Côa – côas (forma do verbo COAR)

Coa – coas (contração entre a preposição com e o artigo a(s))

Pára (flexão do verbo PARAR)

Para (preposição)

Péla (flexão do verbo PELAR)

Pela (contração da preposição e artigo)

Pêra (substantivo = fruta – no plural não leva acento: peras)

Péra (substantivo = pedra)

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Pera (preposição arcaica)

Pôde (3ª pessoa do singular do pretérito perfeito do indicativo)

Pode (3ª pessoa do singular do presente do indicativo)

ATENÇÃO! O novo acordo não aboliu o acento diferencial de PÔDE. Você deve

usá-lo.

Póla (substantivo = pancadaria)

Pôla (substantivo = broto de árvore)

Polo(a) (contração arcaica de preposição e artigo)

Pólo (substantivo = cada uma das extremidades do eixo da Terra)

Pôlo (substantivo = filhote de gavião)

Pôr (verbo)

Por (preposição)

ATENÇÃO! O novo acordo também não aboliu o acento diferencial de PÔR.

Você deve usá-lo.

Fôrma (substantivo = molde)

Forma (substantivo = disposição exterior de algo)

ATENÇÃO! É facultativo o uso do acento circunflexo para diferenciar as

palavras forma/fôrma. Em alguns casos, o uso do acento deixa a frase mais

clara: Qual é a forma da fôrma do bolo?

Não se esqueça de que o novo Acordo Ortográfico está em vigor e

que a Academia Brasileira de Letras já lançou oficialmente o novo VOLP.

Portanto nada impede de as bancas examinadoras exigirem de você

conhecimentos a respeito dele.

Fique com Deus e até a próxima aula!

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. (FUNRIO/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA BARRA/AUXILIAR DE

CRECHE/2010) “Essa é a opinião de crianças de cinco e seis anos ouvidas

numa extensa pesquisa coordenada pela Fundação Carlos Chagas [...]”.

Assim como a palavra “extensa” do fragmento acima, marque a opção em

que a letra "X" esteja corretamente empregada:

A) extender.

B) xacina.

C) executar.

D) brexa.

E) xuxu.

2. (FUNRIO/PREFEITURA DE CORONEL FABRICIANO-MG/AGENTE DE

TRÂNSITO/2008) "Eu estava ansioso por ouvir seu discurso..." Qual

palavra está incorreta quanto ao emprego de "s" ou "c" ?

A) hortência

B) pretensioso

C) ganso

D) pêssego

E) consenso

3. (FUNRIO/PREFEITURA DE CORONEL FABRICIANO-MG/AGENTE DE

TRÂNSITO/2008) "... (uma competição voluntário-compulsória para

jovens fascistas italianos)”. Qual palavra está mal grafada?

A) obceno.

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B) rescisão.

C) ressuscitar.

D) assessório.

E) dissensão.

4. (FUNRIO/DPRF/POLICIAL RODOVIÁRIO FEDERAL/2009) No afã de manter

a elegância textual e a correção na utilização dos tempos e ortografia

verbais, policial em rodovia diz a um companheiro de trabalho: “Na

rodovia, ........ com ......... e agilidade quando ........ pessoas que

necessitem de seu auxílio”.

O item que completará adequadamente o período selecionado é:

A) haja, descrição, ver.

B) aja, descrição, vir.

C) haja, discrição, ver.

D) aja, discrição, vir.

E) aja, discreção, ver.

(...)

O planejamento caiu em descrédito com a queda do

16 Muro de Berlim, a implosão da União Soviética e a

contrarreforma neoliberal baseada no mito dos mercados que

se autorregulam. Seria ingênuo pensar que esse mito

19 desapareceu com a recente crise, mas, que ele está mal das pernas, está.

Chegou, portanto, o momento de reabilitar e atualizar o planejamento.

(...)

Ignacy Sachs. Voltando ao planejamento. Internet: <www.envolverde.com.br.> (com adaptações).

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5. (CESPE/ANEEL/CARGOS DE NÍVEL SUPERIOR/2010) O sentido da

expressão “mal das pernas” (l.19-20), característica da oralidade, seria

prejudicado caso se substituísse “mal” por mau.

6. (FUNRIO/SEBRAE-RJ/ANALISTA/2009) A forma “porque” aparece grafada

em um só vocábulo e não em dois na frase “Os técnicos do Sebrae

prestam assessoria na área gerencial, porque prestam valiosas

orientações a quem a eles recorre.”.

Essa grafia sempre ocorre quando esse vocábulo

A) iniciar oração.

B) for interrogativo.

C) estiver em frase exclamativa.

D) incluir-se em um diálogo.

E) indicar causa.

1 Com um alto grau de urbanização, o Brasil já

apresenta cerca de 80% da população nas cidades, mas,

como advertem estudiosos do assunto, o país ainda tem

4 muito a aprender sobre crescimento e planejamento urbanos.

(...)

Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).

7. (CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) A substituição de “cerca de” (l.2)

por acerca de manteria a correção gramatical do período.

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1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente

difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os

primeiros homens em contato com a natureza. (...)

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

8. (CESPE/ANTAQ/ESPECIALISTA – ECONOMIA/2009) No desenvolvimento

da textualidade, a substituição do trecho “em que vivemos” (l.1) por no

qual vivemos ou por onde vivemos não acarreta prejuízo para a

coerência nem para a correção gramatical do texto.

1 Nossos projetos de vida dependem muito do futuro

do país no qual vivemos. E o futuro de um país não é

obra do acaso ou da fatalidade. Uma nação se constrói.

4 E constrói-se no meio de embates muito intensos — e, às

vezes, até violentos — entre grupos com visões de futuro,

concepções de desenvolvimento e interesses distintos e

7 conflitantes.

(...)

Plínio Arruda Sampaio. O Brasil em construção. In: Márcia Kupstas (Org.). Identidade

nacional em debate. São Paulo: Moderna, 1997, p. 27-9 (com adaptações).

9. (CESPE/MJ-DPF/AGENTE/2009) Na linha 2, mantendo-se a correção

gramatical do texto, pode-se empregar em que ou onde em lugar de “no

qual”.

(...)

o alerta: onde morar em metrópoles? É melhor optar por uma

28 casa ou um apartamento o mais distante possível — a dois

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quarteirões, no mínimo — das ruas e avenidas mais

movimentadas. (...)

Gazeta do Povo (PR), 8/1/2009 (com adaptações).

10. (CESPE/DETRAN-DF/ANALISTA/2009) Manteria a correção gramatical e o

sentido do texto a inserção de há dois quarteirões no lugar de “a dois

quarteirões” (l.28-29).

11. (FUNRIO/MJ/ADMINISTRADOR/2009) Na língua, há palavras que se

assemelham na forma, sem que tenham qualquer parentesco significativo.

A esse fato lingüístico denomina-se paronímia. A frase abaixo que está

mal redigida porque houve a substituição indevida de um vocábulo por

seu parônimo é

A) Preciso que o governador defira meu processo.

B) Pediu dispensa do serviço militar por ser arrimo de família.

C) Os imigrantes são discriminados em alguns países europeus.

D) Retificou, em uma errata, parte das informações publicadas.

E) No próximo ano, os bancos vão aferir lucros ainda maiores.

(...)

22 Os grandes líderes de mercado parecem ainda ter

dificuldade para entender o que está acontecendo de fato. O

discurso e a prática dessas empresas ainda estão baseados em

25 modelos ultrapassados, que veem os custos ainda da maneira

tradicional, deixando as externalidades para a sociedade.

E mais, não são apenas os grandes líderes do setor

28 privado que demonstram essa dificuldade. Uma manchete

recente em um grande jornal diário mostra que pesquisadores

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e jornalistas também não entenderam as oportunidades que

31 estão surgindo a partir das transformações que estamos

vivendo. Eis o título da matéria: “Só estagnação econômica

pode reduzir aquecimento global, diz estudo”.

(...)

Ricardo Young. Mudanças no consumo. In: CartaCapital,26/2/2010. Internet: <www.cartacapital.com.br> (com adaptações).

12. (CESPE/AGU/ADMINISTRADOR/2010) O trecho “a partir das” (l.31)

poderia ser substituído, sem prejuízo sintático ou semântico ao texto, por

um dos termos a seguir: por razão das, em consequência das, com as.

13. (CESPE/AGU/ADMINISTRADOR/2010) Na linha 22, o deslocamento do

vocábulo “ainda” para imediatamente antes da forma verbal “parecem” —

ainda parecem — alteraria a ideia original do vocábulo substituído, que

passaria a significar também.

14. (FUNRIO/PREFEITURA DE NITEROI/TÉCNICO EM CONTABILIDADE/2008)

O vocábulo cuja acentuação gráfica se justifica segundo a mesma regra

observada em “haverá” é:

A) alguém

B) imprescindível

C) idéias

D) cancelá-las

E) mídia

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15. (FUNRIO/PREFEITURA DE NITEROI/ASSISTENTE SOCIAL/2008) “... as

coisas essenciais da vida só aparecem no catálogo das coisas

necessárias...”

A acentuação do vocábulo “catálogo” justifica-se pela mesma regra

segundo a qual é acentuada a seguinte palavra do texto:

A) desconfortável

B) demográfico

C) fácil

D) porquê

E) alguém

16. (FUNRIO/MJ-DEPEN/AGENTE PENITENCIÁRIO FEDERAL/2008) A única

opção cujas palavras precisam receber acento gráfico por serem todas

proparoxítonas é

A) batavo – bavaro – perito – misantropo.

B) arquetipo – mequetrefe – filantropo – acrobata.

C) rubrica – crisantemo – hieroglifo – ibero.

D) omega – interim – zenite – improbo.

E) azafama – algaravia – pudico – levedo.

17. (FUNRIO/MJ/ADMINISTRADOR/2009) O estudo da devida colocação do

acento tônico das palavras é objeto da prosódia, uma das partes em que

se divide a Fonologia.

As palavras “Nobel”, “edito” (lei), “rubrica”, “aziago”, “ibero”, “ruim”

classificam-se, respectivamente, no padrão culto da língua, como

A) oxítona, paroxítona, paroxítona, paroxítona, paroxítona, oxítona.

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B) paroxítona, paroxítona, proparoxítona, proparoxítona, proparoxítona,

oxítona.

C) paroxítona, proparoxítona, paroxítona, oxítona, proparoxítona, paroxítona.

D) oxítona, proparoxítona, proparoxítona, paroxítona, paroxítona, paroxítona.

E) oxítona, paroxítona, paroxítona, paroxítona, proparoxítona, oxítona.

18. (FUNRIO/PREFEITURA DE SÃO JOÃO DA BARRA/AUXILIAR DE

CRECHE/2010) Marque a opção cuja palavra se acentua graficamente pela

mesma regra que “básica”:

A) lápis.

B) álbum.

C) pedagógico.

D) órgão.

E) útil.

19. (CESPE/MTE/AGENTE ADMINISTRATIVO/2008) De acordo com as regras

de acentuação gráfica da língua portuguesa, a palavra “ibero-americanos”

(l. 2) também poderia ser corretamente escrita da seguinte forma:

íbero-americanos.

20. (CESPE/MRE–IRBR/BOLSAS-PRÊMIO/2009) As palavras “líderes”,

“empréstimo”, “Econômico” e “públicas” recebem acento gráfico com base

na mesma justificativa gramatical.

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21. (FUNRIO/PREFEITURA DE NITEROI/AUDITOR/2008) “O país é um

continente imenso e pleno de riquezas, não está abalado por guerra ou

catástrofe natural...”

A acentuação do vocábulo “país” justifica-se pela mesma regra segundo a

qual é acentuada a seguinte palavra do texto:

A) substituída

B) ríspido

C) dúvida

D) já

E) território

22. (FUNRIO/FURP/ANALISTA DE ADMINISTRAÇÃO/2010) As palavras

“últimos”, “também”, “vício” e “saúde”, empregadas no texto, obedecem,

respectivamente, às mesmas regras de acentuação gráfica de

A) público, armazém, imundície, viúvo.

B) fenômeno, alguém, balaústre, tênue.

C) âmago, detém, bílis, júri.

D) vácuo, acém, míope, núpcias.

E) etéreo, álbum, régio, chapéu.

23. (FUNRIO/FURP/OPERADOR DE EMPILHADEIRA/2010)

Minha viola vai pro fundo do baú

Não haverá mais ilusão

Quero esquecer, ela não deixa,

Alguém que só me fez ingratidão.

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No samba de Paulinho da Viola, a primeira palavra que está acentuada

graficamente segue a mesma regra que determina a acentuação da

seguinte série:

A) pareô – tamanduá – obaluaê.

B) conteúdo – cajuína – baía.

C) túnel – estapafúrdia – decúbito.

D) troféus – bordéis – caracóis.

E) sós – crês – más.

24. (FUNRIO/FURP/ANALISTA DE CONTRATOS/2010) As palavras “é”,

“média”, “até” e “líderes” empregadas no texto, obedecem,

respectivamente, às mesmas regras de acentuação gráfica de

A) já, próprio, júnior e acadêmico

B) é, consultório, convém e infindáveis.

C) mês, universitário, papéis e público

D) há, salários, paletós e técnico.

E) só, líder, escritório e sênior.

25. (FUNRIO/MJ/ADMINISTRADOR/2009) Recebem acento agudo os ditongos

“éi” e “ói” tônicos, de palavras oxítonas.

Seguem essa regra todas as palavras da opção

A) constroi - aneis - decibeis.

B) ideia - heroi - joia.

C) fieis – estreia – boia.

D) farois - introito - crueis.

E) destroi – ideia – heroico.

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Desenvolvimento, ambiente e saúde

1 No documento Nosso Futuro Comum, preparado,

em 1987, pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e

Desenvolvimento das Nações Unidas, ficou estabelecido,

4 pela primeira vez, novo enfoque global da problemática

ecológica, isto é, o das inter-relações entre as dimensões

físicas, econômicas, políticas e socioculturais. Desde então,

7 vêm se impondo, entre especialistas ou não, a compreensão

sistêmica do ecossistema hipercomplexo em que vivemos e

a necessidade de uma mudança nos comportamentos

10 predatórios e irresponsáveis, individuais e coletivos, a fim de

permitir um desenvolvimento sustentável, capaz de atender

às necessidades do presente, sem comprometer a vida futura

13 sobre a Terra.

(...)

Paulo Marchiori Buss. Ética e ambiente. In: Desafios éticos, p. 70-1 (com adaptações).

26. (CESPE/TCU/ACE/2007) A retirada do acento circunflexo na forma verbal

“vêm” (l. 7) provoca incorreção gramatical no texto porque o sujeito a que

essa forma verbal se refere tem dois núcleos: “compreensão” (l. 7) e

“necessidade” (l. 9).

1 Num país territorialmente gigante, em que a censura

restringe o acesso à rede para milhões de usuários, a Internet

tende a se tornar a ferramenta de maior integração nacional ao

4 aproximar moradores urbanos e rurais, que falam dialetos

variados, mas que têm apenas um tipo de escrita. A China ganha

100 novos internautas por minuto. É o segundo país com mais

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7 usuários on-line no mundo — cerca de 162 milhões —, atrás

apenas dos Estados Unidos da América (EUA), onde há quase

200 milhões.

Jornal do Brasil, 22/7/2007, p. A25 (com adaptações).

27. (CESPE/TCU/TCE/2007) A palavra “têm” (l. 5) é acentuada porque está no

plural para concordar com “moradores” (l. 4).

GABARITO

1. C

2. A

3. A

4. D

5. CERTO

6. E

7. ERRADO

8. CERTO

9. CERTO

10. ERRADO

11. E

12. CERTO

13. ERRADO

14. D

15. B

16. D

17. A

18. C

19. ERRADO

20. CERTO

21. A

22. A

23. B

24. D

25. A

26. ERRADO

27. CERTO