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19/07/2013 1 Curso de Tecnologia em Redes de Computadores Disciplina: Cabeamento Estruturado 3. Cabeamento Estruturado: Técnicas e Subsistemas Prof. Ronaldo <[email protected]> Introdução Edifícios comerciais dispõem de algum cabeamento Energia, telefonia, dados, além de climatização, iluminação, sensores de fumaça, etc. Inicialmente tratados de forma independente Dificultava gerenciamento/manutenção dos serviços e da infraestrutura O avanço tecnológico das redes, aliado ao conceito de “edifício inteligente”, criou a necessidade de serviços de comunicação integrados para sistemas de automação e controle predial Atualmente os edifícios devem oferecer infraestrutura de cabeamento para a TI Deve facilitar a interconexão dentro do edifício e entre edifícios em um mesmo campus, por exemplo Deve facilitar também o acesso a serviços disponíveis localmente por concessionárias e provedores Deve considerar também requisitos referentes à infraestrutura civil, correspondente aos espaços (salas de telecomunicações, equipamentos, áreas de trabalho, etc.), além do encaminhamento dos cabos Desta forma, é utilizada a técnica do cabeamento estruturado, para permitir a integração das diversas aplicações em uma única infraestrutura padronizada de cabeamento

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Curso de Tecnologia em Redes de Computadores

Disciplina: Cabeamento Estruturado3. Cabeamento Estruturado: Técnicas e Subsistemas

Prof. Ronaldo <[email protected]>

Introdução Edifícios comerciais dispõem de algum cabeamento

Energia, telefonia, dados, além de climatização, iluminação, sensores de fumaça, etc.

Inicialmente tratados de forma independente Dificultava gerenciamento/manutenção dos serviços e da infraestrutura

O avanço tecnológico das redes, aliado ao conceito de “edifício inteligente”, criou a necessidade de serviços de comunicação integrados para sistemas de automação e controle predial

Atualmente os edifícios devem oferecer infraestrutura de cabeamento para a TI Deve facilitar a interconexão dentro do edifício e entre edifícios em um mesmo campus, por exemplo Deve facilitar também o acesso a serviços disponíveis localmente por concessionárias e provedores

Deve considerar também requisitos referentes à infraestrutura civil, correspondente aos espaços (salas de telecomunicações, equipamentos, áreas de trabalho, etc.), além do encaminhamento dos cabos

Desta forma, é utilizada a técnica do cabeamento estruturado, para permitir a integração das diversas aplicações em uma única infraestrutura padronizada de cabeamento

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Introdução Atualmente, as principais normas de cabeamento são:

Brasileira: NBR 14565:2012 Cabeamento estruturado para edifícios comerciais e data centers

Americana: ANSI/TIA-568-C C.0: Cabeamento de telecomunicações genérico para as dependências do cliente

(início/2009). C.1: Cabeamento de telecomunicações para edifícios comerciais (início/2009). C.2: Cabeamento de telecomunicações em par balanceado e componentes

(final/2009). C.3: Componentes de cabeamento em fibra ótica (final/2008) C.4: Cabeamento coaxial e componentes para banda larga (final/2011)

Internacional: ISO/IEC 11801:2002 2a ed, adendo I (2010) Européia: EN 50173:2011

Apresentam pequenas diferenças em suas nomenclaturas

Introdução Um sistema de cabeamento estruturado é dividido

basicamente em dois subsistemas: Cabeamento Horizontal Cabeamento Vertical (Backbone)

Backbone de campus Backbone de edifício

Estes subsistemas são responsáveis pela ligação de alguns espaços bem definidos: Área de trabalho Salas de telecomunicações Sala de equipamentos Infra estrutura de entrada

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Na figura abaixo, podemos identificar os 6 elementos que compõem um sistema de cabeamento estruturado

1 Cabeamento horizontal

2 Cabeamento vertical

3 Área de trabalho

4 Salas de telecomunicações

5 Sala de equipamentos

6 Infraestrutura de entrada

Componentes dos Sistemas de Cabeamento Estruturado

OBS: Os termos podem variar de acordo com a norma

Componentes dos Sistemas de Cabeamento Estruturado

1. Cabeamento Horizontal Conjunto permanente de cabos que ligam o ponto final

do cabeamento (onde encontra-se o usuário) aos armários de telecomunicações ou painéis de distribuição

2. Cabeamento Vertical (Backbone) Conjunto permanente de cabos que ligam a sala de

equipamentos aos armários de telecomunicações e aos pontos da entrada

Dividido em backbone de campus e backbone de edifícioOBS: Os termos cabeamento primário e secundário

foram usados na NBR 14565:2000, não sendo mais usados desde a sua primeira reedição (2007)

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3. Área de Trabalho Local de interação entre usuários e seus equipamentos,

através de tomada (ponto final) para serviço de rede

4. Sala de Telecomunicações Local de alojamento de equipamentos (switches, hubs) e

interligação do cabeamento de backbone ao horizontal Presentes normalmente em cada andar, distribuem o

serviço para as áreas de trabalho Cada sala de telecomunicações deve ter acesso direto ao

subsistema de cabeamento de backbone Composto por racks e acesssórios (patch panels, guias de

cabos, réguas), que acomodam adequadamente os ativos

Componentes dos Sistemas de Cabeamento Estruturado

5. Sala de Equipamentos Acomoda os ativos e suas interligações com sistemas

externos, podendo ser uma sala específica ou um rack Contém o painel principal de manobras, sendo composto

de patch panels, blocos 110, blocos de saída RJ-45 ou DIO

6. Infraestrutura de Entrada Compreende o único ponto de interface com os serviços

externos ao edifício, geralmente no pavimento térreo É necessária quando o backbone de campus e os cabos de

redes publicas e privadas (incluindo antenas) entram no prédio necessitam de uma transição para cabos internos

Componentes dos Sistemas de Cabeamento Estruturado

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Subsistema de Cabeamento Horizontal

É a parte do sistema que conecta o distribuidor de piso de uma sala de telecomunicações às tomadas de telecomunicações das áreas de trabalho do mesmo pavimento ou pavimento adjacente Os segmentos de cabo que normalmente o compõe são instalados em dutos

embutidos no piso; ou em eletrocalhas ou bandejas suspensas ao teto Ao se instalar os cabos em locais de insuflação de ar do sistema de climatização

(HVAC), a instalação é chamada plenum, devendo os cabos atender a alguns requisitos

Deve ser instalado na topologia estrela, com um segmento de cabo exclusivo entre cada porta do distribuidor de piso e uma tomada de telecomunicações da área de trabalho atendida por esse elemento

Área de Trabalho

Cabo Horizontal

Patch Panel

Sala de Telecomunicações

Subsistema de Cabeamento Horizontal

As normas NBR 14.565:2012, ISO 11801:2002 (Andendo I/2010) e a ANSI/TIA-568-C.1 reconhecem as seguintes opções de cabo: Cabo de 4 pares trançados Cat. 5e ou superior, 100 ohm U/UTP ou F/UTP Cabo de 4 pares trançados Cat. 3, 100 ohm U/UTP ou F/UTP

Apesar de reconhecido, não é recomendado devido limitação da largura de banda

Cabos ópticos de 50/125µm ou 62,5/125µm, de duas ou quatro fibras

F/UTP(Foiled/Unshielded Twisted-Pair)

Apenas blindagem geral Blindagem individual e geral

S/FTP(Screened/Foiled Twisted-Pair)

U/UTP(Unshielded Twisted-Pair)

Par trançado sem blindagem

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Subsistema de cabeamento Horizontal

O cabeamento horizontal é responsável pela ligação dos ativos de borda (presentes nos racks) até os dispositivos dos usuários (Área de Trabalho) Para tanto, além desse enlace permanente (não pode

exceder 90 metros), é necessário também os cordões do equipamento (patch cords) e do usuário (line cords) Estes somados devem ter, no máximo, 100 metros

A ligação pode ser de duas formas: Interconexão Cross-Connect

Subsistema de cabeamento horizontal

Método de interconexão (interconnection) Conecta diretamente o ativo ao ponto do patch panel através do cordão

do equipamento (patch cord ) Bastante usado na prática devido a boa relação custo/benefício

Tomada de Telecomunicações

(TO)

Patch Panel

Segmento de cabohorizontal - máx. 90 m

C

B

Cordão do usuário

A + B + C ≤ 100 metrosA + C ≤ 10 metros

ACordão do

equipamento

Distribuidor de Piso

Sala de Telecomunicações (TR)

Área de Trabalho (WA)

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Subsistema de cabeamento horizontal

Segmento de cabohorizontal - máx. 90 m

A

B D

C

A + B + C + D ≤ 100 metrosA + B + D ≤ 10 metros

Tomada de Telecomunicações

(TO)

Patch Panels

Cordão do usuário

Cordão do equipamento

Distribuidor de Piso

Sala de Telecomunicações (TR)

Área de Trabalho (WA)

Método de conexão cruzada (cross-connect ) Configura-se pelo espelhamento das saídas do equipamento de TI em um patch panel,

oferecendo a possibilidade de separação entre os ativos de TI (ex: switches) e componentes do cabeamento (ex: patch panel) por questões de segurança/gerenciamento

Permite a conexão entre cabeamento horizontal e vertical Compatibilização ramais telefônicos convencionais

Cordão do manobras

Subsistema de cabeamento horizontal

Cabeamento para Escritórios Abertos Edifícios comerciais projetados e construídos para comportar escritórios

abertos vêm sendo comum Pavimentos com pouca ou nenhuma parede de alvenaria Ambientes devem ser bastante flexíveis, o que implica no uso de técnicas especiais

Para melhor aproveitamento destes ambientes, organismos normalizadores desenvolveram técnicas para tais ambientes, chamados Open Office Cablin ouZOne Cablig (Cabeamento por Zona) conforme NBR 14565:2012, ANSI/TIA-568-C.1, etc, através dos elementos: MuTOA (Multi-User Telecommunications Outlet Assembly), termo

usado pela ANSI; MUTO ou tomada de telecomunicações multiusuário (ABNT e ISO)

CP (Consolidation Point) ou Ponto de Consolidação

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Subsistema de cabeamento horizontal

Cabeamento para Escritórios Abertos MUTOA (Multi-User Telecommunications Outlet )

Consiste na instalação de um ponto intermediário de distribuição no cabeamento horizontal os usuários finais poderão ser conectados diretamente

Basicamente, é uma caixa com várias saídas RJ-45 localizada próximo das áreas de trabalho a serem atendidas em uma determinada zona

Os cordões dos usuários serão conectados diretamente nos MUTOs sem que haja tomada entre eles Deve ser instalado em uma posição onde até 12 áreas de trabalho seja atendidas por MUTO (zona) Deve ser instalado em uma parte fixa do escritório: parede fixa, coluna, etc., e de forma a facilitar o

remanejamento dos cabos dos equipamentos das áreas de trabalho Não são recomendadas sua montagem em pisos elevados, tetos falsos, ou em móveis Devem ser identificados conforme normas de gerência do cabeamento: ANSI/TIA 606-B e ISO IEC

14763-1 Comprimentos do cabeamento horizontal devem ser reconsiderados (flexível x rígido), sabendo que o

somatório não deve exceder os 100 metros

Subsistema de cabeamento horizontal

Cabeamento para Escritórios Abertos Como a atenuação dos cabos de pares trançados flexíveis sofre degradação de

cerca de 20% em relação aos construídos com condutores sólidos, a NBR 14565:2012, entre outras, apresenta a fórmula abaixo para a determinação do tamanho máximo do cabo do usuário:

Considerando que o tamanho máximo do cordão do usuário não blindados 24 AWG é de 20 metros; e dos blindados 26 AWG é de 15 metros, podemos montar as tabelas a seguir…

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Subsistema de cabeamento horizontal

Cabeamento para Escritórios Abertos

Subsistema de cabeamento horizontal

Cabeamento para Escritórios Abertos CP (Consolidation Point) ou Ponto de Consolidação

Consistem em um ponto intermediário entre o distribuidor de piso e a área de trabalho Este método é mais indicado quando mudanças são menos frequentes Podem ser instalados em pisos elevados, tetos falsos, etc. Devem ser identificados conforme normas de gerência do cabeamento: ANSI/TIA 606-B

e ISO IEC 14763-1 Deve obedecer os seguintes limites de distância:

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Subsistema de cabeamento horizontal

Cabeamento para Escritórios Abertos Exemplos de instalações típicas MUTO e Ponto de Consolidação

Subsistema de cabeamento horizontal

Cabeamento óptico centralizado Alternativa aos sistemas que utilizam ativos ópticos nos distribuidores de

pisos Utiliza o conceito das redes FTTD (Fiber To The Desk )

Conecta o equipamento de TI ao distribuidor do edifício, e então às tomadas das estações de trabalho diretamente, sem a utilização de conversores óptico/elétrico (transceivers)

Pelas normas, aplica-se somente a instalações dentro de um único edifício, não sendo prevista a interconexão de 2 ou mais edifícios em um mesmo campus. Não sendo, portanto, recomendada

A implementação dessa técnica pode ser obtida através de um dos métodos Interconexão ou emenda: consiste na conexão do cabeamento horizontal ao ativo óptico sem

o uso de um distribuidor de piso. Essa conexão é feita na sala de telecomunicações através de um cordão ou de uma emenda óptica (fusão ou emenda mecânica)

Comprimento total máximo de 300m (incluindo os cordões de ambos equipamentos) Comprimento do cabeamento horizontal é de 90 metros, assim como no metálico

Pull-through (passagem direta) Comprimento máximo de 100m (incluindo os cordões de ambos equipamentos)

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Subsistema de cabeamento horizontal

Cabeamento óptico centralizado Fibras reconhecidas pelas normas:

Fibra Óptica Multimodo de 62,5/125µm Fibra Óptica Multimodo de 50/125µm Fibra Óptica Multimodo de 50/125µm, otimizada para laser (OM-3 e OM-4)

Conectores reconhecidos pelas normas: Padrão 568SC (conector SC duplex) MTRJ (Mechanical Transfer Registered Jack) LC duplex

Subsistema de cabeamento de Backbone

É a parte do sistema que interconecta salas de telecomunicações, salas de equipamentos e infraestrutura de entrada principal do edifício Os requisitos de caminhos e espaços para a distribuição do

cabeamento de backbone em edifícios comerciais são os mesmos aplicáveis ao cabeamento horizontal Especificado pelas normas ANSI/TIA-569-C e ISO/IEC 18010:2002,

adendo I, 2005, não havendo norma brasileira equivalente

Topologia em estrela com até dois níveis hierárquicos Proporciona cabeamento flexível, de forma a atender uma ampla

variedade de aplicações (incluindo as de topologia diferentes) Hierarquia é identificada pela ordem em que os distribuidores são

conectados para formar os backbones de campus e edifício

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Fonte: MARIN, Paulo Sérgio. Cabeamento Estruturado - Desvendando cada passo: do projeto à instalação. São Paulo: Érica, 2013 - pág. 51

CD

Subsistema de cabeamento de Backbone

Topologia estrela com hierarquia (NBR 14565:2012)

BD BD

FD FD FD FD

CPCP

TO TO TOTOTO

CPCP

TO TO TOTOTO

Cabos opcionais

Subsistema de cabeamento de backbone de campus

Subsistema de cabeamento de backbone de edifício

Subsistema de cabeamento de backbone horizontal

Campus Distributor

Building Distributor

Floor Distributor

ConsolidationPoint

TellecomunicationOutlet

Subsistema de cabeamento de Backbone

Quanto a conexão dos subsistemas, em um mesmo edifício, podemos também observar: Um CD pode ser conectado diretamente a um FD Um BD pode ser conectado diretamente as TOs

Neste caso é aplicado apenas ao cabeamento óptico centralizado

As conexões entre os distribuidores de edifício e de piso podem ser configurados de modo a oferecer redundância Garante que, em caso de falha dos serviços que chegam a BD1, seja

utilizado o BD2

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Fonte: MARIN, Paulo Sérgio. Cabeamento Estruturado - Desvendando cada passo: do projeto à instalação. São Paulo: Érica, 2013 - pág. 52

Subsistema de cabeamento de Backbone

Redundância em edifícios comerciais (NBR 14565:2012)TO TO TOTOTO TO

2o andar

SubsoloBD1 BD2

FD1 FD2

TO TO TOTOTO TO

1o andarFD1 FD2

Cabo de entrada

Cabo de entrada

Subsistema de cabeamento de Backbone

Os cabos reconhecidos pelas normas são: Cabos U/UTP e F/UTP de quatro pares e 100 ohm

As normas NBR e ISO reconhecem também os cabos S/FTP Cat 7/Classe F Cabos cat 3 não são recomendados no backbone devido limitação em largura de banda

Cabos multipares sem blindagem Devem ser usados somente para a distribuição de backbone de voz

Cabo óptico multimodo de 62,5/125µm, 50/125µm, bem como cabo óptico otimizado para laser (OM-3 e OM-4)

Cabo óptico monomodo

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Subsistema de cabeamento de Backbone

Backbone de campus

(interbuilding)

Backbone de edifício

(intrabuilding)

Fonte: Furukawa

Subsistema de cabeamento de Backbone de Edifício

Interconecta diferentes pavimentos em um mesmo edifício

TR

TR

TR

TR

ER

TR: Sala de TelecomunicaçõesER: Sala de Equipamentos

Backbone de edifício(dentro do edifício)

Fonte: MARIN, Paulo Sérgio. Cabeamento Estruturado - Desvendando cada passo: do projeto à instalação. São Paulo: Érica, 2013 - pág. 54

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Subsistema de cabeamento de Backbone de Edifício

Distâncias máximas permitidas (NBR 14565:2012 - Anexo D) Se aplicam entre um distribuidor de campus e de piso em um edifício

comercial, com base nos requisitos das aplicações a serem implementadas

Tipo de Cabo Distância (m) Aplicação

Fibra monomodo OS-1 2.000 10 GbE

Fibra monomodo OS-2 10.000 10 GbE

Fibra multimodo OM-1 2.000 Fast Ethernet

Fibra multimodo OM2- 800 Gigabit Ethernet

Fibra multimodo OM-3 1.000 Gigabit Ethernet

Fibra multimodo OM-4 550 10GbE

Cabos balanceados Classe A 2.000 Voz, PABX (até 100kHz)

Cabos balanceados Classe B 200 RDSI (até 1MHz)

Cabos balanceados Classes C-F 100 Alta velocidade (até 600MHz)Fonte: MARIN, Paulo Sérgio. Cabeamento Estruturado - Desvendando cada passo: do projeto à instalação. São Paulo: Érica, 2013 - pág. 55

Subsistema de cabeamento de Backbone de Campus

Interconecta 2 ou mais edifícios em uma mesma área (campus)

FD

FD

FD

FD

CD

CD: Distribuidor de campusBD: Distribuidor de edifícioFD: Distribuidor de piso

Backbone de edifício(dentro do edifício)

Fonte: MARIN, Paulo Sérgio. Cabeamento Estruturado - Desvendando cada passo: do projeto à instalação. São Paulo: Érica, 2013 - pág. 56

Edifício 1

Edifício 2

FD

FD

BDBackbone de campus(entre edifícios)

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Subsistema de cabeamento de Backbone de Campus

Terminologias ISO/IEC e ABNT x ANSI/TIA: Distribuidor de campus: Refere-se ao distribuidor principal em um sistema

de cabeamento de campus (equivalente ao cross-connect principal da 568)

Distribuidor de edifício: Refere-se ao distribuidor responsável pela distribuição dos serviços em um edifício em um sistema de cabeamento de telecomunicações (equivalente ao cross-connect intermediário da 568)

Distribuidor de piso: Refere-se ao distribuidor responsável pela distribuição dos serviços aos usuários do cabeamento horizontal em um sistema de cabeamento de telecomunicações (equivalente ao cross-connect horizontal da 568)

Subsistema de cabeamento de Backbone de Campus

Ilustração segundo a norma ANSI/TIA 568B

Topologia

HCHCHCHCHCHC

ER

ER

MC

IC

TR TR TR TR TR TR

WA WA WA WA WA WA

HCHCHCHCHCHCHCHCHCHCHCHC

ER

ER

MC

IC

TR TR TR TR TR TR

WA WA WA WA WA WA

Equipment room………………..ER

Horizontal cross-connect………HC

Intermediate cross-connect…....IC

Main cross-conect………………MC

Mechanical termination………..

Telecommunications room…….TR

Telecommunications

Outlet/connector……………….

Work area……………………….WA

Fonte: Furukawa

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Subsistema de cabeamento de Backbone de Campus

Para garantir aplicações de dados, cabos ópticos devem ser usados entre edifícios do campus Aplicações de voz esse subsistema podem ser implementadas

usando cabos multipares (50, 100, 200 pares, etc.)

Pode ser feita por meio de conexões cruzadas ou interconexões (semelhante ao cabeamento horizontal) Vale salientar que as normas aplicáveis não reconhecem

conectar o cabeamento horizontal diretamente ao ativo do backbone

Área de Trabalho (WA)

São os espaços do edifício comercial onde os usuários da rede interagem com seus equipamentos terminais Devem ser projetados deforma a tornar a

interação o mais amigável possível Tecnicamente, é o espaço em um sistema de

telecomunicações em que os cabos provenientes de um FD são terminados em uma TO

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Área de Trabalho (WA)

Computadores

Telefones

Tomadas, Cabos (Line Cords)

Área de Trabalho (WA)

Especificações e recomendações das normas No mínimo 2 tomadas de telecomunicações, sendo, pelo

menos uma com par trançado cat. 5e ou superior A outra pode ser um cabo óptico multimodo Na prática é comum que ambas sejam U/UTP de 4 pares/100 Ω Para novas istalações, uma boa recomendação é que cada área de

trabalho seja provida com 2 tomadas cat. 6 U/UTP As tomadas (TO) podem ser colocadas em espelhos padrão 4x2/4x4”,

caixas de piso, caixas de superfície ou diretamente nos painéis dos mobiliários de escritórios (respeitando-se práticas de instalação)

Devem ficar próximas a tomadas elétricas O tamanho físico da WA pode ser diferente e, inclusive, inferior ao recomendado

pelas normas aplicáveis (normalmente 10m2), quando do conhecimento do layout pelo projetista (call centers, telemarketing, balcões de atendimento ao público...)

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Área de Trabalho (WA) Especificações e recomendações das normas

Encaminhamento dos cabos pode ser feito pelo piso, teto ou espaços apro-priados do mobiliário de escritório ou canaletas aparentes (de superfície)

Tomadas devem ser instaladas em posições de fácil acesso, e de modo a evitar danos por poeira, água, agentes químicos de limpeza, etc.

É recomendado o uso de dispositivos com tampas para a proteção dos contatos As normas ANSI/TIA-569-C e a ISO IEC 18010 especificam os encaminhamentos Cabos U/UTP ou F/UTP devem utilizar um dos padrões aplicáveis: T568A ou T568B

Área de Trabalho Conectores e tomadas

Conectores RJ-45 fêmea apresentam as indicações dos padrões T568A e T568B

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Espaços de Telecomunicações São definidos como aqueles destinados a abrigar os

distribuidores do sistema de cabeamento estruturado, bem como os ativos de rede Devem ser dedicados aos sistemas de telecomunicações, não

podendo ser compartilhado com outros sistemas do edifício Algumas normas utilizam uma nomenclatura comum a todo

o espaço, e outras usam termos específicos a cada um (sala de telecomunicações, sala de equipamentos), de acordo com sua função

Sala de Telecomunicações (TR) É um espaço dentro do edifício comercial usado para a

interconexão dos subsistemas horizontal e vertical Espaço onde se encontra o distribuidor de piso que distribui o

cabeamento horizontal Uma boa recomendação é que haja uma sala de telecomu-

nicações em cada pavimento de um edifício para atender suas áreas de trabalho Não sendo possível, uma mesma sala pode atender pavimentos

adjacentes

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Sala de Telecomunicações (TR) Seu dimensionamento pode ser feito com base na área do

pavimento, no espaço atendido ou na quantidade de áreas de trabalho a serem atendidas

Deve oferecer um ambiente controlado para abrigar os ativos, hardware de conexão e caixas de emendas ou bloqueios ópticos Por questões de segurança, espaço deve ser mantido fechado e com

acesso restrito, e seu acesso não deve depender do acesso a outra sala

Área do Pavimento (m2)

Dimensões da sala (m)

Área aprox. da Sala de Telecom (m2)

500 3 x 2,0 6

800 3 x 2,8 8

1000 3 x 3,0 9Fonte: MARIN, Paulo Sérgio. Cabeamento Estruturado - Desvendando cada passo: do projeto à instalação. São Paulo: Érica, 2013 - pág. 61

É o local onde encontramos uma infra-estrutura especial para os equipamentos de telecomunicações e servidores, as diversas ligações para as salas de telecomunicações, e também possui capacidade de alojar os operadores. Pode abrigar o armário de telecomunicações do andar a que pertence.

SwitchSaídascom cabos multipares( switch )

Ramais telefônicos do PABX

Distribuiçãodo Backbonepara os TC’s

Manobra pela parte frontal dos PATCHES

Sala de Equipamentos (ER)

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Sala de Equipamentos (ER) Sala de equipamentos e elementos do cabeamento

TR(FD)

TR(FD)

TR(FD)

TR(FD)

ERCD/BD

TR: Sala de TelecomunicaçõesER: Sala de EquipamentosCD: Distribuidor de campusBD: Distribuidor de edifícioFD: Distribuidor de piso

Backbone de edifício(dentro do edifício)

Fonte: MARIN, Paulo Sérgio. Cabeamento Estruturado - Desvendando cada passo: do projeto à instalação. São Paulo: Érica, 2013 - pág. 63

Backbone de Campus

Sala de Equipamentos (ER) A ER pode ser dimensionada em função da área do edifício

onde haverá áreas de trabalho, ou em função da quantidade de tomadas (TO) existentes no edifício A ANSI/TIA-569-C recomenda 12m2 para atender um edifício com área

total de 50.000m2. Para cada 10.000m2 adicionais, incrementa-se 1m2

No caso de edifícios de uso específico, tais como hotéis, hospitais, universidades, etc. pode ser usada a tabela abaixo

Área de Trabalho

Área da Sala de Equipamentos (m2)

Até 100 14

101 a 400 37

401 a 800 74

801 a 1200 111Fonte: MARIN, Paulo Sérgio. Cabeamento Estruturado - Desvendando cada passo: do projeto à instalação. São Paulo: Érica, 2013 - pág. 63

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Infraestrutura de EntradaEntrance Facility (EF)

Espaço do sistema de cabeamento que contém o ponto de demarcação do cabeamento externo e interno Contém os cabos, hardware de conexão, dispositivos de proteção, etc.

necessários para interligar os cabeamento externo e interno Espaço pode abrigar também a infraestrutura de backbone de edifício e

de backbone de campus Devem ser localizadas em áreas secas , não sujeitas a umidade e o mais

próximo possível dos dutos do cabeamento vertical Normalmente, o DG (Distribuidor Geral) de telefonia (são terminados os

pares telefônicos da operadora pública) e os protetores de linha são instalados nesse espaço. Técnicas para distribuição das linhas:

Área (por postes) Tubulação subterrânea Cabos enterrados diretamente no solo, etc.

Demais requisitos (circuitos elétricos, condições ambientais, iluminação e segurança) são os mesmos considerados nas salas de telecomunicações

ANSI/TIA-569-CISO IEC 18010

Infraestrutura de EntradaEntrance Facility (EF)

Fonte: Furukawa

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D.I.O.

HUB ( dados )

PATCH (horizontal)

PATCH ( voz)

Backboneóptico

São espaços para acomodação de equipamentos, terminações e manobras de cabos, sendo o ponto de conexão entre o backbone e o cabeamento horizontal.

Armário de Telecomunicações

Armário de Telecomunicações Abriga ativos e painéis de conexão

Proteção contra ação do tempo Manipulação indevida de pessoas não autorizadas

Sua capacidade é através de uma medida padrão “U”: corresponde a uma altura de 4,5 cm e 19

polegdas (19”)Equipamentos feitos para rack adotam estas medidas

Diversos tamanhos: 6Us, 20Us, 40Us, etc.

Comumente chamado “rack”

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Armário de Telecomunicações

Componentes mais comuns dos armários de telecomunicação

Ativos (hubs, swithes, roteadores e até mesmo servidores)

Patch panel, distribuidores internos ópticos (DIO), guias de cabos

Filtros de linha, bandejas

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Patch Panel (Painel de Conexão)

Terminadores para o cabeamento horizontal,

proveniente da área de trabalho

Patch Panel (Painel de Conexão)

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Problemas relativos ao cabeamento

Serviço de execução do cabeamento não consiste apenas no lançamento dos cabos pelas dependências da edificação Há vários fatores a serem considerados e testes a serem executados

O primeiro passo para um projeto de cabeamento é uma vistoria no local, além de uma entrevista com o gerente de TI

Dados a serem observados em campo: Localização das estações de trabalho (layout das WA) Identificar possibilidades para o encaminhamento dos cabos Identificar distâncias dos layouts propostos pelos cliente Análise de possíveis interferências eletromagnéticas e mecânicas/estrutural Verificar condições de infraestrutura para o seu aproveitamento parcial/total

Informações complementares (junto ao cliente) Planta em escala e em formato eletrônico, contendo, preferencialmente, rede

elétrica e demais sistemas (quando disponível)

Problemas relativos ao cabeamento

Informações complementares (cont.) Apresentação das áreas de trabalho onde as tomadas (TO) serão

instaladas Aplicações a serem contempladas Possíveis espaços a serem usados como salas de telecomunicações e

equipamentos Características dos ambientes da instalação (comercial típico, industrial,

hospitalar, escola, hostil, etc.) Perspectivas de crescimento e prazo

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Referências Bibliográficas MARIN, Paulo Sérgio. Cabeamento Estruturado -

Desvendando cada passo: do projeto à instalação. São Paulo: Érica, 2013.

Material de sala de aula do prof. Alfredo Gama –IFRN 2012.2

Furukawa: http://www.furukawa.com.br