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Cartilha de Proteo Respiratria contra Agentes Biolgicos para Trabalhadores de Sade

Preserve a sua sade ao cuidar da sade dos outros. Esta cartilha apresenta boas prticas de proteo respiratria, que devem ser aplicadas por aqueles que desejam preservar sua sade no exerccio de suas atividades profissionais. Esclarece uma dvida muito comum na rea da Sade: Em que situao se deve usar um equipamento de proteo respiratria? Leia, entenda e comece a aplicar!

Diretoria Colegiada Dirceu Raposo de Mello Diretor-Presidente Cludio Maierovitch P. Henriques Franklin Rubinstein Maria Ceclia Martins Brito Victor Hugo Costa Travassos da Rosa Diretores

Beatriz Mac Dowell Soares Chefe do Ncleo de Gesto do Sistema Nacional de Notificao e Investigao em Vigilncia Sanitria

Maria da Graa Sant Anna Hofmeister Chefe da Unidade de Tecnovigilncia

Elaborao: Adriana Gregorcic Antonio Vladimir Vieira Cssia Regina Paula Paz Daniela Moraes Pinto Denis Souza Ester Bergsten Fabiana Vieira Pereira Lucila Marcomini Maria Glria Vicente Mariana P. Verotti Maurcio Torloni Osny F. Camargo Sideneo W. T. Rios Slvia Helena de A. Nicolai

Colaborao: Damsio Macedo Trindade HCPA/SMO POA/RS Maria da Graa Sant Anna Hofmeister Milton Elias Ferreira Jr Rosemary S. I. Zamataro Serafin Estevez Costa

Instituies envolvidas Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria Anvisa Comit Brasileiro de Equipamentos de Proteo Individual - CB-32/ABNT Fundao Jorge Duprat Figueiredo de Segurana e Medicina do Trabalho FUNDACENTRO Hospital de Clnicas de Porto Alegre Servio de Medicina Ocupacional

SUMRIO

Siglrio .............................................................................................................. 4 Apresentao .................................................................................................... 5

1. 2. 3.

Introduo .............................................................................................. 6 Objetivo .................................................................................................. 7 Perguntas e Respostas ......................................................................... 7

3.1. Conceitos Bsicos ..................................................................................... 7 3.2. Medidas de Preveno ............................................................................. 11 3.3. Proteo Respiratria ........................................................................... 12 3.4. Programa de Proteo Respiratria (PPR) .............................................. 25 4. Tipos de Equipamentos de Proteo Respiratria em Servios de Sade .................................................................................. 28 4.1. Equipamentos de Proteo Respiratria Purificadores de Ar ........... 29 4.1.1 Equipamentos de Proteo Respiratria Purificadores de Ar No Motorizados ............................................................................................ 32 4.1.2 Equipamentos de Proteo Respiratria Purificadores de Ar Motorizados ............................................................................................ 35 4.2. Equipamentos de Proteo Respiratria de Aduo de Ar com Presso Positiva ...................................................................................................... 35 5. 6. Referncias Bibliogrficas ................................................................... 38 Glossrio .............................................................................................. 39

Anexo 1 Classificao de risco de agentes biolgicos .............................. 44 Anexo 2 Contedo Mnimo de um Programa de Proteo Respiratria (PPR) .............................................................................................. 58 Anexo 3 Exemplo de Certificado de Aprovao para pea semifacial filtrante PFF2 ................................................................................. 59 Anexo 4 Procedimentos para Realizao do Ensaio de Vedao Qualitativo ...................................................................................... 60 Anexo 5 Limpeza e Higienizao dos Equipamentos de Proteo

Respiratria ..................................................................................... 64 Anexo 6 Quadro Comparativo das Diferentes Mscaras Utilizveis pelos Trabalhadores de Sade ............................................................... 66

SIGLRIOm micrometro ABHO Associao Brasileira de Higienistas Ocupacionais ABNT Associao Brasileira de Normas Tcnicas Anvisa Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria CA Certificado de Aprovao CB-32 Comit Brasileiro de Equipamentos de Proteo Individual da ABNT CCIH Comisso de Controle de Infeco Hospitalar CDC Centers for Disease Control and Prevention (Centro de Controle e Preveno de Doena) EPI Equipamento de Proteo Individual EPR Equipamento de Proteo Respiratria FUNDACENTRO Fundao Jorge Duprat Figueiredo de Segurana e Medicina do Trabalho MTE Ministrio do Trabalho e Emprego MS Ministrio da Sade NBR Norma Brasileira NIOSH National Institute for Occupational Safety and Health NR-6 Norma Regulamentadora no 6 PFF Pea semifacial filtrante Portaria MS Portaria do Ministrio da Sade PPR Programa de Proteo Respiratria RDC/Anvisa Resoluo da Diretoria Colegiada/Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria RE/Anvisa Resoluo Especial/Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria SESMT Servio Especializado em Engenharia de Segurana e em Medicina do Trabalho SRAG (SARS) Sndrome Respiratria Aguda Grave TB Tuberculose

APRESENTAO

Esta cartilha enfoca a proteo respiratria dos Trabalhadores de Sade contra agentes biolgicos. Foi elaborada pela Anvisa, Comisso de Estudos de Equipamentos de Proteo Respiratria do CB-32/ABNT, FUNDACENTRO e especialistas na rea, para subsidiar consultas rpidas por Trabalhadores de Sade. Tambm pode constituir material de apoio para treinamentos. Deve ser considerada, no entanto, como um recurso complementar e no um substituto do Programa de Proteo Respiratria (PPR), o qual exigido legalmente pelo Ministrio do Trabalho e Emprego. Seu contedo no abrange informaes sobre a proteo contra agentes qumicos presentes nos servios de sade. A proteo respiratria contra a inalao desses agentes dever seguir as recomendaes contidas no Programa de Proteo Respiratria da FUNDACENTRO. O uso de Equipamentos de Proteo Respiratria (EPR) por profissionais que atuam em Servios de Sade uma estratgia importante para prevenir doenas como a tuberculose, o sarampo, a varicela, a hantavirose, a gripe aviria causadas por agentes biolgicos, cuja principal forma de transmisso a via area. Considerando-se a dinmica das doenas na populao e os avanos tecnolgicos, esta cartilha ser aprimorada na medida do aprofundamento do conhecimento da situao epidemiolgica das doenas de transmisso respiratria, bem como da disponibilidade dos instrumentos para a preveno e o controle dessas doenas.

1. INTRODUOApesar das doenas transmissveis no serem, na atualidade, a principal causa de mortalidade no Brasil, este grupo de doenas ainda ocupa papel de destaque no que se refere morbidade. Constituem um problema de sade pblica no Brasil e no mundo e, por isso, vm exigindo a utilizao de medidas de controle de ordem geral e, secundariamente, de ordem individual. Dentre as medidas de ordem individual, destaca-se o uso de Equipamentos de Proteo Respiratria (EPR), indicados para preveno de disseminao de alguns agentes de transmisso por via respiratria, como o Bacilo de Koch, o vrus do sarampo e o vrus da SRAG/SARS, para citar alguns exemplos. O Trabalhador de Sade, pela prpria caracterstica de suas atividades, tem contato direto com pacientes e portadores de diferentes agentes etiolgicos, tornando-se mais vulnervel infeco por esses agentes. No caso da tuberculose (TB), por exemplo, um programa efetivo de controle de infeco pelo bacilo requer a identificao, isolamento e tratamento das pessoas com TB ativa. Estes objetivos so alcanados pela aplicao hierrquica de medidas de controle que incluem, o uso de medidas administrativas para reduzir o risco da exposio a pessoas que possuem TB ativa; o uso de controles de engenharia para prevenir a disseminao e reduzir a concentrao das gotculas e aerossis infectantes e o uso de EPR em reas e/ou procedimentos onde haja o risco de exposio ao bacilo. A adoo destas recomendaes do Centers for Disease Control and Prevention1

tem reduzido a morbidade e a mortalidade entre pacientes

e Trabalhadores de Sade nos Estados Unidos. Esta cartilha inclui somente informaes relativas ao uso de EPR, uma das medidas de proteo individual. O seu contedo no conflitante com o das Normas Regulamentadoras de Segurana e Sade no Trabalho, das quais aborda aspectos prticos das exigncias nelas contidas. Tambm, estas recomendaes devem ser entendidas como parte integrante das normas tcnicas que visam preveno e controle de doenas de transmisso respiratria no mbito dos Servios de Sade.

O objetivo desta cartilha fornecer orientaes ao Trabalhador de Sade sobre especificao, uso correto, limitaes da proteo, guarda, manuteno e descarte de EPR utilizado para proteo contra a inalao de agentes biolgicos, bem como sobre as exigncias legais relativas ao uso desses equipamentos.

Parte da cartilha foi elaborada na forma de perguntas e respostas, organizadas de acordo com os seguintes assuntos: 1. Conceitos Bsicos, 2. Proteo Respiratria e 3. Programa de Proteo Respiratria (PPR). A descrio, as caractersticas e as limitaes dos diversos tipos de EPR so apresentadas no item 4 desta cartilha.

1. CONCEITOS BSICOS1. Quem considerado Trabalhador de Sade? Trabalhador de Sade todo o trabalhador que se insere direta ou indiretamente na prestao de servios de sade, no interior dos estabelecimentos de sade ou em atividades de sade, podendo deter ou no formao especfica para o desempenho de funes referentes ao setor. O vnculo de trabalho com atividades no setor sade, independentemente da formao profissional ou da capacitao do indivduo, o aspecto mais importante na definio de Trabalhador de Sade. 2. Como pode ocorrer a exposio aos agentes biolgicos dispersos por via area? O doente ou portador, quando fala, tosse ou espirra, dispersa agentes etiolgicos de doenas de transmisso area. Deste modo, qualquer pessoa pode ser exposta a esses agentes quando em contato com o doente ou portador, ao entrar em ambientes contaminados, ou ainda ao realizar procedimentos nestas pessoas.

3. Quais as vias de transmisso dos patgenos?

As principais vias de transmisso so a via de contato e a via respiratria. Esta cartilha est direcionada para as patologias e os mecanismos de proteo das doenas de transmisso respiratria (por gotculas e aerossis).

Figura 1: Pessoa expelindo gotculas e aerossis Fonte: http://www.vaccineinformation.org/photos/flu_iac001.jpg

4. Qual a diferena entre gotculas e aerossis? As gotculas tm tamanho maior que 5 m e podem atingir a via respiratria alta, ou seja, mucosa das fossas nasais e mucosa da cavidade bucal. Nos aerossis, as partculas so menores, permanecem suspensas no ar por longos perodos de tempo e, quando inaladas, podem penetrar mais profundamente no trato respiratrio. Existem doenas de transmisso respiratria por gotculas e outras de transmisso respiratria por aerossis, as quais requerem modos de proteo diferentes. ;

5. O que so doenas de transmisso respiratria por gotcula? So aquelas que ocorrem pela disseminao de gotculas (partculas maiores do que 5 m), geradas durante tosse, espirro, conversao ou na realizao de diversos procedimentos tais como: inalao, aspirao, etc. Veja alguns exemplos no Quadro 1.

Quadro 1. Algumas doenas transmitidas por gotculas, segundo o tipo de transmisso e o perodo de isolamento. Infeco/Condio/Microrganismo Tipo de Transmisso Perodo de Isolamento

Adenovrus em lactente e pr-escolar Caxumba Coqueluche

Gotculas + contato Gotculas Gotculas

Difteria Farngea

Gotculas

Epiglotite (Haemophylus influenzae) Faringite por Streptococcus do Grupo A em lactente e pr-escolar Escarlatina por Streptococcus do Grupo A em lactente e pr-escolar Pneumonia por Streptococcus do Grupo A em lactente e pr-escolar Infeco Por Influenza A, B, C Meningite por Haemophylus influenzae (suspeita ou confirmada) Meningite por Neisseria meningitidis (suspeita ou confirmada) Menigococcemia

Gotculas Gotculas Gotculas Gotculas Gotculas Gotculas Gotculas Gotculas

Durante o perodo da doena At 09 dias aps o incio da Tumefao. Durante 5 dias aps o incio do tratamento antimicrobiano adequado. At o resultado negativo de duas culturas de secreo de nasofaringe, em meio especfico, em dias diferentes. At concluir o perodo de 24 horas de teraputica eficaz. At concluir o perodo de 24 horas de teraputica eficaz. At concluir o perodo de 24 horas de teraputica eficaz. At concluir o perodo de 24 horas de teraputica eficaz. Durante o perodo da doena At concluir o perodo de 24 horas de teraputica eficaz. At concluir o perodo de 24 horas de teraputica eficaz. At concluir o perodo de 24 horas de teraputica eficaz. Durante a internao. Durante 7 dias. At concluir o perodo de 3 dias de teraputica eficaz. Durante o perodo da doena At concluir o perodo de 24 horas de teraputica eficaz.

Doena crnica em Imunossupremido Gotculas por Parvovrus B19. Crise aplstica transitria ou de clulas Gotculas vermelhas por Parvovrus B19. Peste Pneumnica Gotculas Pneumonia por Adenovrus Gotculas + contato Pneumonia por Haemophylus influenzae Gotculas em lactentes e crianas de qualquer idade Pneumonia Menigocccica Gotculas

At concluir o perodo de 24 horas de teraputica eficaz. Pneumonia por Mycoplasma Gotculas At concluir o perodo de 24 (pneumonia atpica primria) horas de teraputica eficaz. Rubola Gotculas 7 dias do incio do rash cutneo. Fonte: ASSOCIAO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECO HOSPITALAR. Monografia - Precaues e Isolamento. So Paulo: 2003. 4

6. O que so doenas de transmisso respiratria por aerossis?

So aquelas que ocorrem pela disseminao de partculas menores do que 5 m, geradas durante tosse, espirro, conversao ou na realizao de diversos procedimentos, entre os quais pode-se citar a broncoscopia, a induo de escarro, a nebulizao ultra-snica, a necropsia, etc. Veja alguns exemplos no Quadro 2.Quadro 2. Algumas doenas transmitidas por aerossis, segundo o tipo de transmisso e o perodo de isolamento. Infeco/Condio/Microrganismo Herpes Zoster disseminado Tipo de Transmisso ou Contato + Aerossis Perodo de Isolamento At todas as leses se

localizado (em imunossupremidos) Sarampo Sndrome Respiratria Aguda Grave Tuberculose confirmada) Pulmonar (suspeita Aerossis Contato + Aerossis ou Aerossis

tornarem crostas (secas) Durante o perodo da doena Durante o perodo da doena At 3 exames BAAR

negativos ou 2 semanas de teraputica eficaz.

Tuberculose confirmada)

Larngea

(suspeita

ou Aerossis

At

3

exames

BAAR

negativos ou 2 semanas de teraputica eficaz.

Varicela

Contato + Aerossis

At

todas

as

leses

tornarem-se crostas Fonte: ASSOCIAO PAULISTA DE ESTUDOS E CONTROLE DE INFECO HOSPITALAR. Monografia - Precaues e Isolamento. So Paulo: 2003. 4

7. Quais medidas de precauo so indicadas para doenas transmitidas por gotculas? Quando a proximidade com o paciente for igual ou inferior a um metro, deve ser utilizada, no mnimo, a mscara cirrgica. Para melhor definio de rotina, orienta-se que seja utilizada mscara cirrgica sempre que entrar em contato com o paciente. Outras medidas de precauo devem ser utilizadas: Internao do paciente: Quarto privativo ou, caso no seja possvel, em quarto de paciente com infeco pelo mesmo microrganismo (coorte); a distncia mnima entre os leitos deve ser de um metro. Transporte de paciente: Limitado, mas quando necessrio, utilizar mscara cirrgica no paciente. Visitas: Restritas e orientadas pelo profissional de enfermagem.3

8. Quais medidas de precauo so indicadas para doenas transmitidas por aerossis? No caso dos aerossis, as partculas podem se dispersar por longas distncias e, por isso, deve ser utilizado equipamento de proteo respiratria durante todo o perodo que o Trabalhador de Sade estiver em contato com o paciente. Outras medidas de precauo devem ser utilizadas: Internao do paciente: Quarto privativo com presso negativa; filtragem do ar com filtros de alta eficincia (caso seja reabsorvido para o ambiente); seis a doze trocas de ar por hora, manter as portas do quarto sempre fechadas. Caso a instituio no tenha quartos com estas caractersticas, manter o paciente em quarto privativo, com as portas fechadas e janelas abertas, permitindo boa ventilao. Transporte de paciente: Limitado, mas quando necessrio, utilizar mscara cirrgica no paciente. Visitas: Restritas e orientadas pelo profissional de enfermagem. 3

9. Que tipos de medidas administrativas existem para evitar a transmisso de doenas por via respiratria? O primeiro passo a identificao rpida da patologia, seguida de isolamento do paciente, quando necessrio, e tratamento adequado. Para cada patologia existe um perodo de transmisso prprio. Exemplos: Pacientes com tuberculose pulmonar e/ou larngea, adequadamente tratados, no transmitem o bacilo aps aproximadamente duas semanas de tratamento. Outro importante meio de reduzir a disseminao da tuberculose pela implantao de sistema de ventilao e controle adequados. A antibioticoterapia adequada erradica o bacilo diftrico da orofaringe de 24 a 48 horas aps a sua introduo, na maioria dos casos.

A meningite por Haemophilus influenza sorotipo B (Hib) e por meningococo (Neisseria meningitidis) deixam de ser transmitidas aps 24 a 48 horas de antibioticoterapia adequada. 5

10. O que um procedimento de alto risco de exposio para o Trabalhador de Sade?

Para

a

definio

de

procedimento

de

alto

risco

devem-se

considerar

simultaneamente trs aspectos: a patogenicidade do agente biolgico, a quantidade do mesmo disperso no ambiente e as condies de disperso deste agente no local. Em relao patogenicidade, deve-se levar em considerao a classificao de risco dos agentes biolgicos (Anexo 1) 6. No caso de agentes em que a patogenicidade no conhecida, considera-se o agente biolgico como de risco 3. 6 Quanto quantidade de aerossis de agentes biolgicos gerados no procedimento envolvido, deve-se classificar como procedimentos de alto risco aqueles que geram elevada quantidade de aerossol do patgeno, tais como a broncoscopia, a entubao, a aspirao nasofarngea, os cuidados em traqueostomia, a fisioterapia respiratria e a necropsia envolvendo tecido pulmonar. Em relao s condies de disperso do agente biolgico, necessrio considerar um ambiente com dimenses reduzidas e mal ventilado como de maior risco do que um de grandes dimenses e bem ventilado.

11. Quais medidas devem ser adotadas quando o Trabalhador de Sade ficou exposto sem proteo pessoa infectada por agentes transmissveis por gotculas? Esta situao deve ser tratada como de uma transmisso direta, que a transferncia direta e imediata de agentes infecciosos a uma porta de entrada receptiva no hospedeiro (trabalhador de sade), que pode ser a mucosa oral e/ou nasal. As medidas iniciais a serem adotadas pelo trabalhador de sade frente a uma exposio ocupacional sem proteo so: - Identificar a doena de transmisso respiratria por gotcula que o paciente portador e, a partir de ento, adotar as medidas preventivas indicadas (Ex.: Para meningite, coqueluche, difteria, rubola as medidas esto descritas no Guia de Vigilncia Epidemiolgica, disponvel na pgina do Ministrio da Sade na internet www.saude.gov.br/svs);

- Avaliar o grau de risco de exposio considerando-se a patogenicidade e a quantidade do agente disperso no ambiente; - Verificar se o paciente j iniciou tratamento e h quanto tempo ou se virgem de tratamento.

12. Quais medidas devem ser adotadas quando o Trabalhador de Sade ficou exposto sem proteo pessoa infectada por agentes transmissveis por aerossis? A transmisso area ocorre quando h a disseminao por aerossis at a porta de entrada de um hospedeiro suscetvel, onde so inalados. Essas partculas so pequenas (menores que 5 m) e permanecem em suspenso no ar por longos perodos de tempo. As medidas iniciais a serem adotadas pelo trabalhador de sade frente a uma exposio ocupacional sem proteo: - Identificar a doena de transmisso respiratria por aerossol que o paciente portador e, a partir de ento, adotar as medidas preventivas indicadas (Ex.: Para sarampo e tuberculose as medidas esto descritas no Guia de Vigilncia Epidemiolgica, disponvel na pgina do Ministrio da Sade na internet www.saude.gov.br/svs); - Verificar se o paciente j iniciou tratamento e h quanto tempo ou se virgem de tratamento; - Avaliar o grau de risco de exposio considerando-se a patogenicidade e a quantidade do agente disperso no ambiente. 13. Como o Trabalhador de Sade pode se proteger contra a inalao de agentes qumicos (poeiras, nvoas, fumos, gases e vapores) existentes nos locais de trabalho? A proteo contra a inalao desses agentes obtida por meio da seleo e uso dos equipamentos de proteo respiratria adequados, seguindo-se as orientaes contidas na publicao Programa de Proteo Respiratria da FUNDACENTRO. 7

2. PROTEO RESPIRATRIA14. O que um Equipamento de Proteo Respiratria (EPR)? um Equipamento de Proteo Individual (EPI), que visa a proteo do usurio contra a inalao de agentes nocivos sade. 7

15. O que um Equipamento de Proteo Individual (EPI)? todo dispositivo de uso individual utilizado pelo trabalhador, destinado a prevenir riscos que podem ameaar a segurana e a sade do trabalhador. Para ser comercializado, todo EPI deve ter Certificado de Aprovao (CA), emitido pelo Ministrio do Trabalho e Emprego (MTE), conforme estabelecido na Norma Regulamentadora no 06 do MTE. 8

16. O que Certificado de Aprovao (CA)? um documento emitido pelo Ministrio do Trabalho e Emprego, que certifica que o EPI satisfaz os requisitos mnimos de qualidade estabelecidos em Norma Tcnica (por exemplo: NBR/ABNT). A certificao feita mediante relatrio de ensaios emitido por um laboratrio credenciado pelo Ministrio do Trabalho e Emprego, dentre os quais, a FUNDACENTRO. O CA deve ser solicitado pelo estabelecimento para aquisio de todos os EPI, dentre eles os EPR. 8

17. O que uma pea semifacial filtrante (PFF)? um equipamento de proteo individual (EPI) que cobre a boca e o nariz, proporciona uma vedao adequada sobre a face do usurio, possui filtro eficiente para reteno dos contaminantes atmosfricos presentes no ambiente de trabalho na forma de aerossis (Figura 2). Em ambiente hospitalar, para proteo contra aerossis contendo agentes biolgicos, a PFF deve ter uma aprovao mnima como PFF2 (Ver Quadro 4 do item 4.1.1). A PFF tambm retm gotculas. Algumas PFF so resistentes ainda projeo de fludos corpreos.9; 3

Figura 2: Pea semifacial filtrante (PFF)

18. Qual PFF equivalente N95? A mscara conhecida como N95 refere-se a uma classificao de filtro para aerossis adotada nos EUA e equivale, no Brasil, PFF2 ou ao EPR do tipo pea semifacial com filtro P2 (Figura 11), pois ambos apresentam o mesmo nvel de proteo. A PFF2 usada tambm para proteo contra outros materiais particulados, como poeiras, nvoas e fumos, encontrados nos ambientes de trabalho das reas agrcola e industrial. 10

19. Por que a PFF2 recomendada tanto para proteo contra aerossis contendo agentes biolgicos quanto para proteo contra outros materiais particulados? Porque a captura, pelo filtro da PFF2, tanto de partculas no biolgicas (poeiras, nvoas e fumos) como de microorganismos (esfricos, cilndricos, filamentosos) na forma de aerossis depende dos parmetros fsicos da partcula (tamanho e forma), no sendo importante se a mesma viva ou no.

20. O que uma mscara cirrgica e qual sua indicao de uso? A mscara cirrgica uma barreira de uso individual que cobre o nariz e a boca. indicada para: proteger o Trabalhador de Sade de infeces por inalao de gotculas transmitidas curta distncia e pela projeo de sangue ou outros fluidos corpreos que possam atingir suas vias respiratrias;

minimizar a contaminao do ambiente com secrees respiratrias geradas pelo prprio Trabalhador de Sade ou pelo paciente em condio de transporte. Deve ser utilizada sempre que o Trabalhador de Sade entrar em quarto de paciente com patologias de transmisso respiratria por gotculas (veja alguns exemplos no Quadro 1). importante destacar que a mscara cirrgica: NO protege adequadamente o usurio de patologias transmitidas por aerossis (veja alguns exemplos no Quadro 2), pois, independentemente de sua capacidade de filtrao, a vedao no rosto precria neste tipo de mscara; 11

NO um EPR. 8

21. Por que a PFF2 possui Certificado de Aprovao e a mscara cirrgica no? A PFF2, por ser um EPI, recebe um Certificado de Aprovao (CA) emitido pelo Ministrio do Trabalho e Emprego, aps ser submetida a ensaios especficos de desempenho, conforme Normas de Equipamentos de Proteo Respiratria da ABNT. A mscara cirrgica no um EPI e, portanto, no possui Certificado de Aprovao.

22. Por que usar um EPR contra aerossis? A correta utilizao de um EPR reduz a possibilidade de o Trabalhador de Sade se contaminar com agentes biolgicos dispersos no ambiente na forma de aerossis potencialmente causadores de doenas (ver Quadro 2). O Quadro 3 mostra o EPR recomendado para alguns aerossis.Quadro 3. Alguns agentes biolgicos dispersos na forma de aerossis e os EPR recomendados para preveno das patologias associadas.

Agente Etiolgico

Patologia a ser prevenida

EPR Recomendado*PFF2 ou PFF3 EPR motorizados ou com linha de ar comprimido para procedimentos de alto risco PFF3 ou EPR purificadores de ar com pea semifacial e filtro classe P3

Mycobacterium tuberculosis

Tuberculose

Hantavrus

Hantavirose

EPR purificadores de ar motorizados com filtros de classe P3 para procedimentos de alto risco PFF2 ou PFF3 EPR motorizado com pea Bacillus anthracis Antraz facial inteira e filtro de classe P3 para procedimentos de alto risco PFF2 para procedimentos de isolamento de rotina EPR com fator de proteo Coronavrus SRAG/SARS mais elevado (EPR motorizado ou pea facial inteira com filtro P2) para certos procedimentos com grande gerao de aerossis Vrus da influenza - cepa H5N1 Gripe Aviria PFF2 ou PFF3 EPR motorizados ou com linha de ar comprimido para procedimentos de alto risco Fonte: COLTON, C.E., WEBER, R.A., Respirator Filter Collection Efficiency and US Respirator Recommendations for Biological Aerosols: A Review. In: INTERNATIONAL SOCIETY FOR RESPIRATORY PROTECTION CONFERENCE, 12th., Yokohama, Japo, 2004. ABSTRACTS BOOK & SESSION PLANNER. Japo: ISRP, 2004. N039. Disponvel em http://www.isrp.com.au/isrpcom/journal/jp_abstracts/colton.htm 12*

Ver item 4.

23. Quais as exigncias para aquisio de um EPR contra agentes biolgicos para uso do Trabalhador de Sade? O EPR deve possuir Registro na ANVISA/MS (RDC 185, 2001) 13. Por ser um EPI, o EPR deve possuir tambm o Certificado de Aprovao (CA) emitido pelo Ministrio do Trabalho e Emprego 8.

24. Como reconhecer um EPR certificado pelo MTE?

O EPR com Certificado de Aprovao (CA) deve apresentar gravado no seu prprio corpo o nmero do CA, o lote e/ou data de fabricao e o nome do fabricante ou importador. Tambm deve estar acompanhado de Instrues e Limitaes de Uso. 8

25. Existem outros tipos de EPR? Sim. Existem vrios tipos e classes de EPR aprovados pelo Ministrio do Trabalho e Emprego. Quanto ao modo de funcionamento existem dois tipos: Purificadores de Ar: EPR no qual o ar ambiente contaminado, antes de ser inalado, passa atravs de filtro que retm o aerossol presente; Aduo de Ar: EPR que fornece ao usurio, por meio de uma mangueira, ar de qualidade respirvel proveniente de uma atmosfera independente do ambiente como, por exemplo, de cilindros de ar comprimido ou de compressor. 14; 10

Os diversos tipos de EPR que podem ser utilizados pelo Trabalhador de Sade esto descritos e ilustrados no item 4 desta cartilha.

26. Como o Trabalhador de Sade deve proceder para se proteger, simultaneamente, contra a inalao de agentes biolgicos transmitidos por aerossis e pela projeo de sangue ou outros fluidos corpreos que atinjam o rosto do usurio? Neste caso, deve-se utilizar proteo para ambos os tipos de risco: EPR adequado ao agente biolgico e anteparo do tipo protetor facial ou EPR resistente projeo de fluidos corpreos e culos de segurana.

27. Em que situaes a PFF2 deve ser utilizada para a realizao de procedimentos em centros cirrgicos? A PFF2 deve ser utilizada quando houver risco de exposio do Trabalhador de Sade a patgenos transmitidos por aerossol durante o procedimento.

28. Que PFF2 deve ser usada para a realizao de procedimentos em centros cirrgicos? indicada a PFF2 sem vlvula de exalao.

A PFF2 com vlvula de exalao facilita a sada do ar exalado, permitindo, tambm, a sada de perdigotos e, portanto, no deve ser usada quando h a necessidade de se trabalhar em campo estril. O uso de uma mscara cirrgica sobreposta PFF2 com vlvula de exalao reduz a sada de perdigotos. A mscara cirrgica, entretanto, no deve comprimir a PFF2 de modo a prejudicar a selagem da mesma no rosto.

Figura 3: Pea semifacial filtrante sem vlvula de exalao e com vlvula de exalao

29. Que EPR deve ser utilizado em procedimentos com alto risco de exposio para o Trabalhador de Sade, tais como broncoscopia e necropsia envolvendo tecido pulmonar? Deve-se utilizar um EPR com nvel de proteo respiratria maior do que o atribudo s PFF. Alguns exemplos destes so os EPR de presso negativa com pea facial inteira, os motorizados, ou os de linha de ar comprimido de presso positiva com pea semifacial ou facial inteira 11 (ver item 4).

30. Que PFF deve ser utilizada pelo Trabalhador de Sade durante a assistncia e o transporte de pacientes com doenas transmissveis por aerossol?

Recomenda-se que o Trabalhador de Sade utilize a PFF2 durante a assistncia e o transporte dos pacientes com doenas transmissveis por aerossol. J os pacientes em condio de transporte devem utilizar mscaras cirrgicas. 15

31 . O que o Trabalhador de Sade deve fazer se o seu EPR sair do lugar enquanto cuida de um paciente agitado, portador de doena transmissvel por aerossol? O Trabalhador de Sade deve se afastar com calma, e recolocar o EPR o mais rpido possvel. Deve comunicar o fato ao pessoal da CCIH que decidir sobre as medidas a serem tomadas de acordo com cada caso.

32. Qual a seqncia recomendada para a retirada do EPR, outros EPI e demais paramentaes? A seqncia da retirada da luva, gorro, prop, capa, proteo facial e do EPR deve ser definida pela CCIH e/ou SESMT e depender do tipo de patgeno. Uma sugesto de seqncia para colocao e retirada dos EPI e demais paramentaes est disponvel no site http://www.cdc.gov/ncidod/sars/pdf/ppeposter1322.pdf

33. Como o Trabalhador de Sade deve proceder para colocar uma PFF no rosto? As etapas para a colocao da PFF no rosto esto indicadas na Figura abaixo:

Figura 4: Etapas para colocao da PFF no rosto: a) Segurar o respirador com a pina nasal prxima ponta dos dedos deixando as alas pendentes; b) Encaixar o respirador sob o queixo; c) Posicionar um tirante na nuca e o outro sobre a cabea; d) Ajustar a pina nasal no nariz; e) Verificar a vedao pelo teste de presso positiva (ver pergunta 50).

34. Existe a possibilidade de migrao dos patgenos retidos na camada filtrante para a parte interna da PFF2? Agentes biolgicos no podem se mover atravs de filtros ou vlvulas por eles mesmos, ou seja, no tm mobilidade prpria. Quando partculas so coletadas em um meio filtrante, estas ficam fortemente presas ao filtro. O simples ato de respirar atravs da camada filtrante no parece ser capaz de ocasionar o deslocamento das partculas capturadas neste filtro. Assim, os agentes biolgicos permanecero presos no material do filtro onde foram capturados. No entanto, o manuseio de PFF2 contaminada ou usada pode transportar patgenos para seu lado interno. Da, a necessidade de lavar as mos ao manusear a PFF2 e ao sair da rea contaminada. Se houver o risco de transmisso por contato, mais apropriado o descarte da PFF2 imediatamente aps o uso. 16; 17

35. Como o Trabalhador de Sade deve proceder para retirar do rosto a PFF contaminada por patgenos?

No caso de patgenos que no requerem precaues de contato, ou seja, cuja principal via de transmisso a respiratria, como, por exemplo, o Bacilo de Koch, a retirada da PFF contaminada do rosto do usurio deve seguir as etapas indicadas na Figura 5.

Figura 5: Etapas para retirada da PFF do rosto para patgenos que no requerem precaues de contato: a) Segurar a PFF comprimida contra a face, com uma das mos, para mant-la na posio original. Retirar o tirante posicionado na nuca (tirante inferior) passando-o sobre a cabea; b) Mantendo a PFF em sua posio, retirar o outro tirante (tirante superior), passando-o sobre a cabea; c) Remover a PFF da face sem tocar a sua superfcie interna com os dedos e guard-la ou descartla. Nota: A guarda ou descarte devem obedecer aos procedimentos recomendados pela CCIH e/ou SESMT.

Quando se consideram, entretanto, patologias cuja via de transmisso por contato tambm importante, como por exemplo, a SARS, varicela e Herpes Zoster, a PFF contaminada deve ser retirada do rosto do usurio de acordo com o procedimento indicado na Figura 6.

Figura 6: Etapas para a retirada da PFF do rosto para patologias que requerem precaues de contato: a) Segurar e remover o elstico inferior; b) Segurar e remover o elstico superior; c) Remover a PFF segurando-a pelos elsticos, sem tocar em sua parte frontal externa, descartando-a. Nota: O descarte deve obedecer aos procedimentos recomendados pela CCIH e/ou SESMT.

36. Por quanto tempo os patgenos sobrevivem na camada filtrante de uma PFF?

Os patgenos retidos nas fibras do material filtrante podem no se multiplicar, mas sobrevivem por diversos dias. Bactrias que formam esporos tm maior viabilidade de sobrevivncia nas fibras do material, do que as formas vegetativas. O tempo de sobrevivncia dos patgenos na PFF depende do microorganismo retido, do material filtrante (fibras sintticas, celulose) e das condies de guarda da PFF. 18; 19; 20 37. Por quanto tempo pode-se usar uma PFF2 antes de descart-la? A PFF2 pode ser reutilizada pelo mesmo usurio enquanto permanecer em boas condies de uso (com vedao aceitvel e tirantes elsticos ntegros) e no estiver suja ou contaminada por fluidos corpreos. O manuseio inadequado, entretanto, pode transportar patgenos da superfcie externa do filtro para a parte interna, reduzindo a vida til da PFF. Para patologias transmitidas tambm por contato, no recomendado o reuso da PFF. Para definir a freqncia de troca da PFF2 deve-se considerar o tipo de patgeno, o tempo de exposio e as caractersticas do ambiente (tamanho da rea fsica, tipo de ventilao, etc.). A CCIH, SESMT ou setor responsvel deve preparar procedimentos operacionais sobre guarda, reuso, e descarte. 11; 16

38. Quais os cuidados que devem ser dispensados ao EPR? As PFF devem ser inspecionadas e guardadas pelo usurio, mas quando estiverem em mau estado de conservao ou sujas ou contaminadas por fluidos corpreos devem ser descartadas. Os EPR reutilizveis devem ser inspecionados visualmente e guardados pelo prprio usurio. Estes EPR devem sofrer inspeo, limpeza, higienizao e manuteno de acordo com as instrues do fabricante. Os filtros substituveis, quando reutilizados, devem se recolocados na posio original, tomando-se o cuidado de no inverter as faces interna e externa. A execuo desses procedimentos pode ser atribuda ao prprio usurio ou centralizada em uma s pessoa dentro da instituio ou setor.

39. Os EPR devem ser inspecionados e limpos? A PFF deve ser inspecionada antes de cada uso, devendo ser descartada se estiver amassada, danificada ou visivelmente suja (como acontece ao se realizarem

procedimentos geradores de gotculas, nos quais pode haver projeo de fluidos corpreos), mas no deve ser limpa ou higienizada, pois descartvel. Os demais tipos de EPR devem ser inspecionados, limpos, higienizados e esterilizados de acordo com as instrues de uso do fabricante e conforme os procedimentos de desinfeco definidos pela CCIH. Atualmente, no existem mtodos de esterilizao aceitveis para PFF ou filtros substituveis, pois este procedimento pode afetar o seu desempenho.

40. Como proceder para guardar a PFF? Recomenda-se coloc-la em embalagem individual no hermtica, de forma a permitir a sada da umidade (por exemplo, embalagem plstica perfurada). No recomendvel o uso de embalagem de papel ou de outro material que absorva umidade ou sirva de substrato para a proliferao do patgeno.

41. Como proceder para descartar o EPR? O descarte da PFF e dos filtros substituveis deve obedecer aos procedimentos recomendados pela CCIH e/ou SESMT, os quais so baseados nas orientaes descritas no plano de gerenciamento de resduos slidos de sade. 21

42. O EPR pode ser usado por mais de uma pessoa? A PFF e os EPR com peas semifacias com filtro somente devem ser usados por uma mesma pessoa. Os EPR motorizados ou de aduo de ar podem ser utilizados por mais de uma pessoa, mas devem ser limpos e higienizados antes de sua utilizao pelo outro. As orientaes sobre a limpeza e higienizao devem ser definidas pela CCIH e/ou SESMT. O Anexo 5 apresenta o procedimento de limpeza e higienizao preconizado pelo PPR da FUNDACENTRO. 7

43. Um EPR pode ser reutilizado? As PFF podem ser reutilizadas pela mesma pessoa enquanto estiverem em bom estado, isto , com vedao aceitvel, tirantes elsticos ntegros e no estiverem sujas ou contaminadas por fluidos corpreos. O EPR com filtros substituveis e os demais tipos podem ser reutilizados, mas devem ser limpos e higienizados de acordo com as instrues do fabricante e da CCIH e/ou SESMT. 11; 19

44. Quando se pode utilizar uma mscara cirrgica sobre uma PFF? Nos casos em que se deseja prolongar a vida til da PFF, reduzir a sujidade da mesma ou evitar a eliminao de gotculas pela PFF com vlvula, durante seu uso em um campo estril.

45. Pode-se colocar uma mscara cirrgica embaixo de uma PFF, para que esta possa ser utilizada novamente por um outro Trabalhador de Sade? No, pois nesta situao a PFF no veda adequadamente o rosto do usurio.

46. O que fazer se o EPR estiver desconfortvel? Todo EPI causa algum nvel de desconforto. No entanto, aps um perodo inicial de adaptao, este no deve provocar desconforto excessivo. Se o desconforto for intolervel, devero ser consultados para a disponibilizao de alternativas, a CCIH e/ou o SESMT e/ou o setor responsvel.

47. Como ter certeza de que uma PFF oferece vedao eficiente no rosto? Alguns fabricantes disponibilizam tamanhos e formatos variados de PFF. Alm disso, existe diferena de tamanhos entre fabricantes. Por isso, importante que o estabelecimento fornea a PFF de tamanho e formato mais adequado para o rosto de cada usurio, selecionando-a atravs da realizao do Ensaio de Vedao Facial (Anexo 4). Para rostos muito pequenos, difcil encontrar uma PFF que vede bem. Uma alternativa para minimizar este problema pode ser o uso de EPR motorizados (ver fotos no item 4). A CCIH e/ou o SESMT e/ou o setor responsvel deve auxiliar o Trabalhador de Sade a encontrar a PFF mais adequada. 7; 10; 14

48. O que um Ensaio de Vedao Facial? O Ensaio de Vedao um teste usado para selecionar o tamanho e o formato do EPR adequados ao rosto de cada usurio. Emprega-se um agente qumico (por exemplo, sacarina de gosto doce ou bitrex, de sabor amargo) que disperso no ambiente, para verificar se o usurio percebe a sua presena no interior do EPR (Figura 7). Este ensaio deve ser repetido anualmente, e refeito cada vez que houver

mudana de modelo e/ou tamanho do EPR. O procedimento simplificado para realizao deste ensaio consta no Anexo 4 desta cartilha. 7; 10

capuz

nebulizador

PFF2

Figura 7: Ensaio de Vedao Facial com sacarina ou Bitrex

49. No dia-a-dia, como o Trabalhador de Sade deve proceder para ter certeza de que o EPR est bem ajustado ao seu rosto? Toda vez que colocar ou ajustar o EPR no rosto, o Trabalhador de Sade deve seguir as instrues de colocao fornecidas pelo SESMT ou pelo fabricante e realizar uma Verificao de Vedao antes de entrar na rea contaminada. Todos os usurios devem ser devidamente treinados para realizar este procedimento. 7; 10 50. O que a Verificao de Vedao? A Verificao de Vedao um teste rpido feito pelo prprio usurio com a finalidade de se verificar se o EPR foi colocado na posio correta no rosto. Essa verificao pode ser feita pelo teste de presso positiva, conforme mostra a Figura 8, ou consultando as instrues de uso fornecidas pelo fabricante e que acompanham o produto. 7; 10

Figura 8 Verificao de vedao pelo teste de presso positiva: cobrir a PFF com as mos em concha sem forar a mscara sobre o rosto e soprar suavemente. Ficar atento a vazamentos eventuais. Se houver vazamentos o respirador est mal colocado ou o tamanho inadequado. A vedao considerada satisfatria quando o usurio sentir ligeira presso dentro da PFF e no conseguir detectar nenhuma fuga de ar na zona de vedao com o rosto.

51. O EPR proporciona proteo para quem usa barba e/ou bigode? No. A presena de plos faciais na zona de contato da pea facial com o rosto (barba, bigode, costeletas, ou mesmo barba de alguns dias por fazer) permite a penetrao de patgenos na zona de selagem do rosto, reduzindo drasticamente sua capacidade de proteo. O EPR purificador de ar motorizado (ver item 4 desta cartlha) com cobertura das vias respiratrias sem vedao facial (sem capuz ou touca) oferece, neste caso, melhor proteo do que as peas semifaciais ou facial inteira. O Programa de Proteo Respiratria (PPR) dos Servios de Sade deve proibir a utilizao de EPR por usurio de barba e bigode. 7; 10

3. PROGRAMA DE PROTEO RESPIRATRIA (PPR)52. O que um Programa de Proteo Respiratria (PPR)? um conjunto de medidas prticas e administrativas que devem ser adotadas por todos os Servios de Sade onde for necessrio o uso de EPR (Anexo 2). obrigatrio desde 15 de agosto de 1994 por meio da Instruo Normativa no 1, de 11/04/94, do Ministrio do Trabalho e Emprego. 7

53. Por que importante a adoo de um PPR nos Servios de Sade? Porque o PPR define, dentre outras rotinas, o EPR adequado, limitaes da proteo, o modo correto de uso, manuteno e guarda do equipamento,

monitoramento do uso do EPR; treinamento dos usurios em proteo respiratria e monitoramento do risco de inalao de contaminantes no ar.

54. Quem encarregado do PPR? uma pessoa indicada pelo empregador ou responsvel pela administrao do Servio de Sade, devidamente capacitada, com conhecimentos de proteo respiratria e que tenha habilidades para desenvolver todos os aspectos do programa. Essa pessoa deve, entre outras atribuies, preparar os Procedimentos Escritos sobre: a) EPR indicado para os diferentes procedimentos e atividades desenvolvidas pelo Trabalhador de Sade; b) treinamento de usurios; c) ensaios de vedao; d) distribuio do EPR; e) limpeza, inspeo, higienizao, manuteno e guarda do EPR; f) definir itens na avaliao mdica relativos ao uso de EPR (avaliao das condies fisiolgicas e psicolgicas dos candidatos a usurios) e g) auditoria. 7

55. preciso se submeter a uma avaliao mdica antes de usar um EPR? Antes de ser definida uma atividade ou procedimento que exija o uso do EPR, o empregador, alm do exame peridico, deve verificar se o candidato tem condies de utilizar o EPR. Tal procedimento requer ateno a restries como claustrofobia, rinite, deformidades faciais, asma, doenas cardiovasculares, dentre outras. Para esta avaliao, o mdico deve consultar o Anexo 6 da publicao Programa de Proteo Respiratria Recomendaes, Seleo e Uso de Respiradores da FUNDACENTRO (disponvel no site da FUNDACENTRO, em publicaes: www.fundacentro.gov.br.). 7

56. necessrio receber treinamento sobre como usar o EPR? Sim. Todos os usurios devem ser orientados sobre a necessidade do uso do EPR e dos riscos potenciais associados ao no cumprimento das recomendaes. O treinamento deve incluir, no mnimo: Natureza, extenso e perigos especficos devidos presena de agentes biolgicos nos locais, atividades e procedimentos desenvolvidos no Servio de Sade;

Descrio de riscos especficos de infeco por agentes biolgicos entre as pessoas expostas e o respectivo tratamento; Descrio dos controles de engenharia, prticas de trabalho e razes do porqu elas no eliminam o risco e necessitam da proteo respiratria individual; Explicao do porqu foi selecionado um determinado tipo de EPR, suas limitaes e caractersticas funcionais e como deve ser feita a sua manuteno, higienizao e guarda; Instrues de como realizar a inspeo, a colocao no rosto, a verificao da vedao na face, os ajustes necessrios e de como usar corretamente aquele tipo de EPR; Instrues de como reconhecer qualquer falha de funcionamento do EPR. 7

57. Quem distribui o EPR ao usurio? O PPR do Servio de Sade deve definir o local e os procedimentos administrativos para o usurio receber ou substituir o EPR. 7

58. Quem verifica se o PPR est funcionando? O Administrador do PPR deve auditar ao menos anualmente o programa em vigor no seu Servio de Sade. 7

59. Que tipos de registro devem ser mantidos pelo administrador do PPR para fins legais? Com a finalidade de evidenciar a existncia do PPR, o administrador deve manter um registro para cada usurio no qual conste a data, o tipo e o contedo do treinamento recebido, a avaliao do resultado obtido (se realizada) e o nome do instrutor. Tambm necessrio registrar a entrega do EPR aos usurios, a substituio do equipamento, assim como, os dados do EPR aprovado para cada usurio no ensaio de vedao (modelo, tamanho e fabricante). 7

60. O que fazer se o EPR apresentar problemas ou se houver dvidas sobre o PPR? O Administrador do PPR da instituio deve ser capaz de resolver todos os problemas ou questes associadas ao uso dos EPR. Se precisar de mais

informaes, ele deve consultar a Diviso de Equipamentos de Segurana da FUNDACENTRO (www.fundacentro.gov.br) ou a Anvisa (www.anvisa.gov.br), quando se tratar de dvidas sobre o registro do produto ou a utilizao nos servios de sade.

4. TIPOS DE EQUIPAMENTOS DE PROTEO RESPIRATRIA EM SERVIOS DE SADE10; 22

Neste item, so apresentadas informaes tcnicas sobre alguns tipos de EPR que podem ser utilizados nos Servios de Sade em situaes rotineiras e em casos especiais. Com isso, procura-se auxiliar o Trabalhador de Sade a escolher, entre uma variedade de tipos, formatos e tamanhos, o EPR mais adequado para algumas situaes de risco e o que se ajusta melhor e mais confortavelmente ao seu rosto. Quanto ao princpio de funcionamento, os EPR dividem-se em dois grupos: EPR purificadores de ar e EPR de aduo de ar. Os modelos mais simples de EPR, que so os mais freqentemente utilizados pelo Trabalhador de Sade, so os do tipo purificadores de ar. Os mais sofisticados, so os do tipo de aduo de ar, indicados para procedimentos em que se necessita de um nvel de proteo respiratria maior do que o oferecido pelos purificadores de ar. No Anexo 6 apresentado um quadro resumo com as caractersticas dos vrios tipos de EPR e de mscara cirrgica utilizados pelos Trabalhadores de Sade.

4.1. EPR PURIFICADORES DE AR

Neste tipo de EPR, o ar ambiente contaminado obrigado a passar pelo filtro que retm o aerossol presente. constitudo por uma cobertura das vias respiratrias e um ou mais filtros para aerossis. A cobertura das vias respiratrias

pode ser uma pea semifacial (Figuras 9, 10 e 11), facial inteira (Figuras 12 e 13), touca (Figura 14) e capuz (Figura 15). Alguns modelos possuem vlvula de inalao e/ou exalao, que direcionam o fluxo do ar conforme a fase do ciclo respiratrio. A vlvula de exalao (Figura 10) deixa sair o ar expirado pelo usurio para o meio ambiente. Durante a fase de inspirao, a vlvula de exalao fica fechada, obrigando o ar que ser inspirado a passar pelo filtro. A vlvula de inalao, fechada durante a fase de expirao, impede que o ar saturado de umidade proveniente do ar expirado, atinja o material filtrante. Existem modelos no motorizados (Figuras 9, 10, 11 e 12) e motorizados (Figuras 13, 14 e 15). Nos no motorizados, o ar ambiente atravessa o material filtrante durante a inalao pela ao pulmonar do usurio, ao passo que, nos motorizados, o motor, acionado por bateria eltrica, movimenta uma ventoinha que obriga o ar a atravessar continuamente o filtro que retm o aerossol. Os EPR com filtros substituveis so reutilizveis. No entanto, antes de cada uso, a parte externa do filtro deve ser inspecionada. Se o filtro estiver danificado ou sujo, deve ser trocado. Os EPR com pea semifacial e filtros substituveis no motorizados (Figura 11) proporcionam o mesmo nvel de proteo do que as PFF, mas exigem cuidados de manuteno e higienizao. As PFF, alm de apresentarem custo inicial muito baixo, dispensam esses cuidados. Como a pea facial inteira veda melhor o rosto do que a pea semifacial, os EPR com pea facial inteira apresentam um nvel de proteo respiratria maior do que aqueles com pea semifacial. Alm disso, os EPR com pea facial inteira proporcionam proteo aos olhos.

PFF2

P

Figura 9: EPR purificador de ar com pea semifacial filtrante (PFF) sem vlvula de exalao

culos de segurana PFF2 vlvula de exalao

Figura 10: EPR purificador de ar com pea semifacial filtrante (PFF) com vlvula de exalao (Obs: os culos de segurana no fazem parte do EPR)

culos de segurana filtros substituveis de classes P2 ou P3

Figura 11: EPR purificador de ar com pea semifacial e filtros substituveis de classes P2 ou P3 aos pares (Obs: os culos de segurana no fazem parte do EPR)

filtros substituveis de classes P2 ou P3

Figura 12: EPR purificador de ar com pea facial inteira e filtros substituveis de classes P2 ou P3 aos pares

pea facial inteira

filtros

traquia

bateria

motor

Figura 13: EPR purificador de ar motorizado com cobertura das vias respiratrias tipo pea facial inteira

touca

traquia

anteparo tipo protetor facial

unidade filtrante: motor + filtros

Figura 14: EPR purificador de ar motorizado com cobertura das vias respiratrias tipo touca com anteparo tipo protetor facial

traquia

capuz unidade filtrante: motor + filtros

Figura 15: EPR purificador de ar motorizado com cobertura das vias respiratrias tipo capuz

4.1.1. EPR Purificadores de Ar No Motorizados

Nas peas semifaciais filtrantes (PFF) o prprio filtro constitui a cobertura das vias respiratrias (Figuras 16, 17 e 18). Podem ser das classes PFF1, PFF2 e PFF3, conforme a porcentagem de aerossol de teste que atravessa o filtro (Quadro 4). A proteo proporcionada por uma PFF3 maior do que a de uma PFF2. Esta oferece mais proteo do que a PFF1.

Figura 16: Pea semifacial filtrante (PFF) com formato dobrvel

culos de segurana PFF2

Figura 17: Pea semifacial filtrante (PFF) com formato de concha(Obs: os culos de segurana no fazem parte do EPR)

culos de segurana

PFF2

Figura 18: Pea semifacial filtrante (PFF) com formato bico de pato(Obs:os culos de segurana no fazem parte do EPR)

Os modelos com vlvula de exalao (Figura 10) so mais confortveis do que aqueles sem vlvula (Figura 9), pois a maior parte do ar expirado, quente e mido, sai pela vlvula, no aquecendo e umedecendo a camada filtrante. As PFF

sem vlvula de exalao retm os contaminantes presentes no ar ambiente e, tambm, no ar exalado pelo usurio.

Quadro 4: Porcentagem do aerossol de teste (NaCl1) que atravessa a camada filtrante da PFF (Penetrao)

Classe da PFF PFF 1 PFF 2 PFF 3

Penetrao (%) 20 6 3

Fonte: ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Norma Brasileira. Norma Brasileira 13698 Equipamento de Proteo Respiratria Pea semifacial filtrante para partculas Especificao. Rio de Janeiro:ABNT,1996. 9 Estudos atuais sobre a filtrao de partculas inertes com poeiras (NaCl) e com microorganismos de diversos tamanhos e formatos (esfricos, cilndrico, filamentosos) demonstram que a penetrao das partculas no filtro depende dos parmetros fsicos da partcula, no sendo importante se a mesma viva ou no.1

O EPR com filtro substituvel (Figuras 11 e 12) utiliza filtro de classe P1, P2 e P3, classificados, tambm, de acordo com a porcentagem de aerossol de teste que atravessa o filtro.23 Todos os EPR com filtros substituveis e alguns modelos de PFF (Figura 10) possuem vlvula de exalao. Como esta vlvula permite a sada do ar expirado pelo usurio para o meio ambiente, estes EPR no devem ser usados quando o Trabalhador de Sade estiver trabalhando em campo estril, como num centro cirrgico. Para proteo contra agentes biolgicos na forma de aerossis, geralmente so utilizadas as PFF2 ou EPR com filtros P2 e, em casos especiais, as PFF3 ou EPR com filtros P3. As PFF1 no so recomendadas para uso contra agentes biolgicos. Existem PFF2 e PFF3 resistentes projeo de fluidos corpreos. A mscara conhecida como N95 refere-se a uma classificao de filtro para aerossis adotada nos EUA e equivale, no Brasil, PFF2 ou ao EPR do tipo pea semifacial com filtro P2 (Figura 11).

4.1.2. EPR Purificadores de Ar Motorizados

Estes EPR utilizam uma ventoinha movida por motor eltrico, o qual obriga o ar a atravessar um filtro de alta eficincia. Fornecem ar purificado, de modo

contnuo, para a pea facial (Figura 13), touca (Figura 14), capuz (Figura 15), em quantidade superior da demanda do usurio. Desta forma, em qualquer fase do ciclo respiratrio, gera-se uma presso positiva dentro da pea facial, ou seja, uma presso maior do que a presso ambiente, fazendo com que todo o vazamento de ar que ocorra, seja para fora. No so verdadeiramente EPR de presso positiva, pois quando o filtro est muito entupido ou a bateria com pouca carga, a presso dentro da pea facial pode ficar menor do que a presso do ambiente, favorecendo a penetrao de contaminantes para dentro da cobertura das vias respiratrias. Estes EPR devem ser usados quando os do tipo semifacial filtrante (PFF) ou com filtro substituvel no motorizado no proporcionam proteo adequada, por se tratar de uma situao de alto risco para o usurio. A CCIH deve identificar as situaes e os procedimentos que possam exigir o uso de um EPR com nvel de proteo respiratria maior. Os EPR motorizados que utilizam pea semifacial permitem o uso simultneo de anteparo tipo protetor facial para proteo adicional contra a projeo de fluidos corpreos. Os EPR motorizados (Figuras 13, 14 e 15) permitem que gotas e partculas menores, geradas pelo Trabalhador de Sade que os utiliza, escapem para o ambiente, aumentando o potencial de contaminao do campo cirrgico.

4.2. EPR DE ADUO DE AR COM PRESSO POSITIVA

Os EPR deste tipo funcionam com ar de qualidade respirvel proveniente de uma fonte estacionria (compressor ou bateria de cilindros com ar comprimido) que chega, atravs de uma mangueira, at a pea semifacial ou facial inteira (Figura 19), de acordo com a demanda respiratria do usurio. Possuem uma vlvula de exalao com uma mola que garante que a presso dentro da pea facial seja sempre maior do que a presso ambiente em qualquer fase do ciclo respiratrio. Desta forma, qualquer vazamento de ar que ocorra na cobertura das vias respiratria ser direcionado para fora.

Estes EPR devem ser utilizados quando os do tipo PFF ou peca facial com filtro substituvel no motorizado no proporcionam um grau de proteo adequada. A CCIH deve fazer uma avaliao dos riscos para identificar situaes e procedimentos, que possam exigir o uso de EPR com nvel de proteo respiratria maior. Quando empregados com pea semifacial, permitem o uso simultneo de anteparo tipo protetor facial para proteo adicional contra a projeo de fluidos corpreos. Este tipo de EPR permite que gotas e partculas menores, geradas pelo Trabalhador de Sade que os utiliza, escapem para o ambiente e aumentem o potencial de contaminao do campo cirrgico.

pea facial inteira com vlvula de exalao de presso positiva

mangueira de suprimento de ar comprimido

vlvula de demanda

Figura 19: EPR de aduo de ar tipo linha de ar comprimido de demanda com presso positiva e com pea facial inteira

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10. TORLONI, M. e VIEIRA, A.V. Manual de Proteo Respiratria. So Paulo: ABHO, 2003. 11. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. NIOSH. Protect Yourself Against Tuberculosis A Respiratory Protection Guide for Health Care Workers. Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention, 1995, Publication n. 96-102. 12. COLTON, C.E., WEBER, R.A., Respirator Filter Collection Efficiency and US Respirator Recommendations for Biological Aerosols: A Review. In: INTERNATIONAL SOCIETY FOR RESPIRATORY PROTECTION CONFERENCE, 12th., Yokohama, Japo, 2004. ABSTRACTS BOOK & SESSION PLANNER. Japo: ISRP, 2004. N039. (Asian Section ISRP -Twelfth Conference of The International Society for Respiratory Protection November 9th. 12th., 2004 Yokohama, Japan Abstracts Book & Session Planner). Disponvel em

http://www.isrp.com.au/isrpcom/journal/jp_abstracts/colton.htm 13. BRASIL. Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. RDC n. 185, de 22 de outubro de 2001. Aprova o Regulamento Tcnico que consta no anexo desta Resoluo, que trata do registro, alterao, revalidao e cancelamento do registro de produtos mdicos na Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria ANVISA. Dirio Oficial da Unio; Poder Executivo, de 24 de outubro de 2001. 14. TORLONI, M., Proteo Respiratria e Respiradores, J. Pneumol., v. 21, p.48-54, 1995. 15. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. NIOSH. Guide to the Selection and Use of Particulate Respirators Certified Under 42 CFR 84. Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention 1996, Publication n. 96101. 16. JOHNSON, B.; WINTERS, D.R.; SHREEVE, T.R. e COFFEY, C.C., Respirator Filter Reuse Test using the Laboratory Simulant Mycobacterium tuberculosis (H37RA strain), J. Am. Biol. Saf. Assoc., v. 3, p.105-116, 1998. 17. QIAN, Y.; WILLEKE, K.; GRINSHPUN, S.; DONNELLY, J. Performance of N95 Respirators: Reaerosolization of Bacteria and Solid Particles. Am. Ind. Hyg. Assoc. Journal, v. 58, p.876-884, 1997.

18. REPONEN, T.A., WANG, Z., WILLEKE, K. e GRINSHPUN, S.A., Survival of Mycobacteria on N95 Personal Respirators, Infect. Control Hosp. Epidemiol., v. 20, p.237-241, 1999. 19. BROSSEAU, L.M., McCULLOUGH, N.V. e VESLEY, D., Bacterial Survival on Respirator Filters and Surgical Masks, J. Am. Biol. Saf. Assoc., v. 2, p.232243, 1997. 20. WANG, Z., REPONEN, T.A. e WILLEKE, K., Survival of Bacteria on Respirator Filters, Aerosol Sci. Tech., v.30, p.167-173, 1997. 21. BRASIL. Agncia Nacional de Vigilncia Sanitria. RDC n. 306, de 7 de dezembro de 2004. Dispe sobre o plano de gerenciamento para resduos slidos de sade 22. CENTERS FOR DISEASE CONTROL AND PREVENTION. NIOSH. TB Respiratory Protection Program in Health Care Facilities - Administrators Guide. Atlanta: Centers for Disease Control and Prevention 1999. Disponvel em www.cdc.gov/niosh/99-143.html 23. ASSOCIAO BRASILEIRA DE NORMAS TCNICAS. Norma Brasileira. Norma Brasileira 13697 Equipamentos de Proteo Respiratria Filtros Mecnicos. Rio de Janeiro: ABNT,1996.

6- GLOSSARIOAgentes biolgicos: microorganismos geneticamente modificados ou no, as culturas de clulas; os parasitas; as toxinas e os prions.

Ambiente: espao fisicamente determinado para o desenvolvimento de atividade(s), caracterizado por dimenses e instalaes diferenciadas. Um ambiente pode se constituir de uma sala ou de uma rea. Aerossol: suspenso de partculas de tamanho menor do que 5 m, que podem permanecer suspensas no ar e ser dispersas a longas distncias.

Ar respirvel: ar adequado para a respirao. O ar comprimido utilizvel nos EPR de aduo de ar deve apresentar contedo de oxignio variando entre 19,5% a 23,5% em volume, quantidade mxima de leo ou hidrocarbonetos condensados de 5 mg/m3 nas condies normais de temperatura e presso, quantidade mxima de monxido de carbono de 10 ppm e de dixido de carbono de 1000 ppm, no pode conter gua no estado lquido e se possuir odor, este no deve ser pronunciado.

Capuz: componente de um Equipamento de Proteo Respiratria que envolve a cabea e o pescoo, podendo cobrir parte dos ombros.

Certificado de Aprovao: documento emitido pelo Ministrio do Trabalho e Emprego, que certifica que o EPI satisfaz os requisitos mnimos de qualidade definidos em Norma Tcnica (penetrao do aerossol de teste atravs do filtro, resistncia respirao, etc.).

Cobertura das vias respiratrias: parte do Equipamento de Proteo Respiratria que cobre as vias respiratrias do usurio. Pode ser uma pea facial, capuz. Contaminao: Ao ou momento pelo qual uma pessoa, um animal ou um elemento (ambiente, ar, terra, alimento) se converte em veculo mecnico de disseminao de um agente patgeno.

Desinfeco: processo de destruio de microrganismos na forma vegetativa, com exceo de esporos, mediante a aplicao de agentes fsicos e qumicos. Esta terminologia pode ser aplicada tanto para artigos e materiais, como para ambiente.

Ensaio de vedao: teste utilizado para selecionar o tamanho e formato do Equipamento de Proteo Respiratria adequados ao rosto de cada usurio.

Equipamento de Proteo Individual (EPI): dispositivo de uso individual destinado a prevenir riscos que podem ameaar a segurana e a sade do trabalhador.

Equipamento de Proteo Respiratria (EPR): Equipamento de Proteo Individual que visa proteo do usurio contra a inalao de agentes nocivos sade.

EPR de aduo de ar: Equipamento de Proteo Respiratria que funciona com ar de qualidade respirvel proveniente de uma fonte estacionria externa (compressor ou bateria de cilindros com ar comprimido), que chega por meio de uma mangueira at a cobertura das vias respiratrias.

EPR purificador de ar: Equipamento de Proteo Respiratria no qual o ar ambiente, antes de ser inalado, passa atravs de filtro que retm o aerossol presente.

EPR purificador de ar motorizado: Equipamento de Proteo Respiratria no qual o motor, acionado por bateria eltrica, movimenta uma ventoinha que obriga o ar a atravessar continuamente o filtro que retm o aerossol.

EPR purificador de ar no motorizado: Equipamento de Proteo Respiratria no qual o ar ambiente, pela ao pulmonar do usurio durante a inalao, atravessa o material filtrante.

Filtro: parte do Equipamento de Proteo Respiratria destinada a purificar o ar inalado.

Fluidos corpreos: lquidos ou gases expelidos pelo corpo (tais como vmito, fezes, urina e sangue).

Guarda (de EPR): armazenamento temporrio do EPR j utilizado, para uso futuro, efetuado pelo prprio usurio. Gotculas: partculas maiores do que 5 m.

Higienizao: processo que envolve a limpeza e a desinfeco das superfcies fixas, equipamentos , mobilirios que compe as diferentes unidades de sade.

Limpeza: procedimento de remoo de sujidade e detritos para reduzir a carga microbiana. A limpeza deve preceder os procedimentos de desinfeco ou de esterilizao.

Mscara Cirrgica: barreira de uso individual que cobre o nariz e a boca, indicada para: a) proteger o Trabalhador de Sade de infeces por inalao de gotculas transmitidas curta distncia e projeo de sangue ou outros fluidos corpreos que possam atingir as vias respiratrias do Trabalhador de Sade; b) minimizar a contaminao do ambiente com secrees respiratrias geradas pelo prprio Trabalhador de Sade. A mscara cirrgica no um EPI e, portanto, no possui Certificado de Aprovao.

Mscara N95 (N95): Equipamento de Proteo Respiratria purificador de ar certificado nos EUA, que possui eficincia de filtrao de 95%, testada com aerossol de NaCl. No Brasil, equivalente PFF2 ou ao Equipamento de Proteo Respiratria do tipo pea semifacial com filtro P2.

Micrometro (m): unidade de comprimento correspondente milsima parte do milmetro.

Norma: padro que estabelece requisitos mnimos de qualidade e desempenho de um Equipamento de Proteo Respiratria.

Patogenicidade: capacidade de um agente biolgico de causar doena em um hospedeiro susceptvel.

Patgeno: microrganismos capazes de produzir enfermidade em circunstancias apropriadas

Pea facial: parte do Equipamento de Proteo Respiratria que cobre as vias respiratrias, podendo, ou no, proteger os olhos.

Pea facial inteira: parte do Equipamento de Proteo Respiratria que cobre a boca, o nariz e os olhos.

Pea semifacial: parte do Equipamento de Proteo Respiratria que cobre a boca e o nariz e se apia sob o queixo.

Pea semifacial filtrante: Equipamento de Proteo Respiratria que cobre a boca e o nariz, proporciona uma vedao adequada sobre a face do usurio, possui filtro eficiente para reteno dos contaminantes atmosfricos presentes no ambiente de trabalho na forma de aerossis.

PFF2: Equipamento de Proteo Respiratria certificado no Brasil, que cobre a boca e o nariz, proporciona uma vedao adequada sobre a face do usurio, possui filtro com eficincia mnima de 94% testada com aerossol de NaCl. equivalente N95. Existem PFF2 resistentes projeo de fluidos corpreos.

Reprocessamento: processo de limpeza e desinfeco ou esterilizao a ser aplicado a produtos para sade, que garanta a segurana na sua utilizao, incluindo o controle da qualidade em todas as suas etapas.

Resduos de Servios de Sades (RSS): resduos resultantes das atividades exercidas pelos Servios de Sade, classificados de acordo com regulamento tcnico da Anvisa.

Sade do trabalhador: conjunto de atividades que se destina, por meio das aes de vigilncia epidemiolgica e sanitria, promoo e proteo da sade dos trabalhadores, assim como visa recuperao e reabilitao da sade daqueles submetidos aos riscos e agravos advindos das condies de trabalho.

Servios de Sade: qualquer edificao destinada prestao de assistncia sade da populao, e todas as aes de promoo, recuperao, assistncia, pesquisa e ensino em sade em qualquer nvel de complexidade.

Trabalhador de Sade: todo trabalhador que se insere direta ou indiretamente na prestao de servios de sade, no interior dos estabelecimentos de sade ou em atividades de sade, podendo deter ou no formao especfica para o desempenho de funes referentes ao setor. O vnculo de trabalho no setor de atividade de sade, independentemente da formao profissional ou da capacitao do indivduo, o mais importante na definio de Trabalhador de Sade.

Verificao de Vedao: teste rpido realizado pelo prprio usurio com a finalidade de verificar se o Equipamento de Proteo Respiratria foi colocado na posio correta no rosto.

Anexo 1 6Classificao de risco de agentes biolgicos

ANEXO I da NR 32Os agentes biolgicos so classificados em: Classe de risco 1: baixo risco individual para o trabalhador e para a coletividade, com baixa probabilidade de causar doena ao ser humano. Classe de risco 2 : risco individual moderado para o trabalhador e com baixa probabilidade de disseminao para a coletividade. Podem causar doenas ao ser humano, para as quais existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Classe de risco 3 : risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade de disseminao para a coletividade. Podem causar doenas e infeces graves ao ser humano, para as quais nem sempre existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento. Classe de risco 4 : risco individual elevado para o trabalhador e com probabilidade elevada de disseminao para a coletividade. Apresenta grande poder de transmissibilidade de um indivduo a outro. Podem causar doenas graves ao ser humano, para as quais no existem meios eficazes de profilaxia ou tratamento.

ANEXO II da NR 32Tabela de classificao dos Agentes Biolgicos 1. Este anexo apresenta uma tabela de agentes biolgicos, classificados nas classes de risco 2, 3 e 4, de acordo com os critrios citados no Anexo I. Para algumas informaes adicionais, utilizamos os seguintes smbolos: A : possveis efeitos alrgicos E: agente emergente e oportunista O: agente oncognico de baixo risco O+: agente oncognico de risco moderado T : produo de toxinas V : vacina eficaz disponvel (*): normalmente no transmitido atravs do ar spp: outras espcies do gnero, alm das explicitamente indicadas, podendo constituir um risco para a sade. Na classificao por gnero e espcie podem ocorrer as seguintes situaes: a) no caso de mais de uma espcie de um determinado gnero ser patognica, sero assinaladas as mais importantes, e as demais sero seguidas da denominao spp, indicando que outras espcies do gnero podem ser tambm patognicas. Por exemplo: Campylobacter fetus, Campylobacter jejuni, Campylobacter spp. b) quando uma nica espcie aparece na tabela, por exemplo, Rochalimaea quintana, indica que especificamente este agente patgeno. 2. Na classificao dos agentes considerou-se os possveis efeitos para os trabalhadores sadios. No foram considerados os efeitos particulares para os trabalhadores cuja suscetibilidade possa estar afetada, como nos casos de patologia prvia, medicao, transtornos imunolgicos, gravidez ou lactao.

3. Para a classificao correta dos agentes utilizando-se esta tabela, deve-se considerar que: a) a no identificao de um determinado agente na tabela no implica em sua incluso automtica na classe de risco 1, devendo-se conduzir, para isso, uma avaliao de risco, baseada nas propriedades conhecidas ou potenciais desses agentes e de outros representantes do mesmo gnero ou famlia. b) os organismos geneticamente modificados no esto includos na tabela. c) no caso dos agentes em que esto indicados apenas o gnero, devem-se considerar excludas as espcies e cepas no patognicas para o homem. d) todos os vrus isolados em seres humanos, porm no includos na tabela, devem ser classificados na classe de risco 2, at que estudos para sua classificao estejam concludos.

AGENTES BIOLGICOSBactrias Acinetobacter baumannii (anteriormente Acinetobacter calcoaceticus) Actinobacillus spp Actinomadura madurae Actinomadura pelletieri Actinomyces gerencseriae Actinomyces israelii Actinomyces pyogenes (anteriormente Corynebacterium pyogenes) Actinomyces spp Aeromonas hydrophyla Amycolata autotrophica Archanobacterium haemolyticum (Corynebacterium haemolyticum) Bacillus anthracis Bacteroides fragilis Bartonella (Rochalimea) spp Bartonella bacilliformis Bartonella henselae Bartonella quintana Bartonella vinsonii Bordetella bronchiseptica Bordetella parapertussis Bordetella pertussis Borrelia anserina Borrelia burgdorferi Borrelia duttonii Borrelia persicus Borrelia recurrentis Borrelia spp Borrelia theileri Borrelia vincenti Brucella abortus Brucella canis Brucella melitensis Brucella suis Burkholderia mallei (Pseudomonas mallei) Burkholderia pseudomallei (Pseudomonas pseudomallei) Campylobacter coli Campylobacter fetus Campylobacter jejuni Campylobacter septicum Campylobacter spp Cardiobacterium hominis Chlamydia pneumoniae Chlamydia trachomatis Chlamydia psittaci (cepas avirias) Clostridium botulinum Clostridium chauvoei Clostridium haemolyticum Clostridium histolyticum Clostridium novyi Clostridium perfringens Clostridium septicum

Classificao (grupos)2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 2 2 2 2 2 2

Notas

V

T

Clostridium spp Clostridium tetani Corynebacterium diphtheriae Corynebacterium equi Corynebacterium haemolyticum Corynebacterium minutissimum Corynebacterium pseudotuberculosis. Corynebacterium pyogenes Corynebacterium renale Corynebacterium spp Coxiella burnetii Dermatophilus congolensis Edwardsiella tarda Ehrlichia sennetsu (Rickettsia sennetsu) Ehrlichia spp Eikenella corrodens Enterobacter aerogenes/cloacae Enterococcus spp Erysipelothrix rhusiopathiae Escherichia coli (todas as cepas enteropatognicas, enterotoxignicas, enteroinvasivas e detentoras do antgeno K 1) Escherichia coli, cepas verocitotxicas (por exemplo O157:H7 ou O103) Francisella tularensis (tipo A) Haemophilus ducreyi Haemophilus equigenitalis Haemophilus influenzae Helicobacter pylori Klebsiella oxytoca Klebsiella pneumoniae Klebsiella spp Legionella pneumophila Legionella spp Leptospira interrogans (todos os sorotipos) Listeria monocytogenes Listeria ivanovii Moraxella spp Mycobacterium asiaticum Mycobacterium avium/intracellulare Mycobacterium bovis (exceto a cepa BCG) Mycobacterium chelonae Mycobacterium fortuitum Mycobacterium kansasii Mycobacterium leprae Mycobacterium malmoense Mycobacterium marinum Mycobacterium paratuberculosis Mycobacterium scrofulaceum Mycobacterium simiae Mycobacterium szulgai Mycobacterium tuberculosis Mycobacterium xenopi Mycoplasma caviae Mycoplasma hominis Mycoplasma pneumoniae Neisseria gonorrhoeae

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 2 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 2 2

T, V T, V

(*), T

V

V

Neisseria meningitidis Nocardia asteroides Nocardia brasiliensis Nocardia farcinica Nocardia nova Nocardia otitidiscaviarum Nocardia transvalensis Pasteurella multocida Pasteurella multocida tipo B (amostra buffalo e outras cepas virulentas) Pasteurella spp Peptostreptococcus anaerobius Plesiomonas shigelloides Porphyromonas spp Prevotella spp Proteus mirabilis Proteus penneri Proteus vulgaris Providencia alcalifaciens Providencia rettgeri Providencia spp Pseudomonas aeruginosa Rhodococcus equi Rickettsia akari Rickettsia australis Rickettsia canada Rickettsia conorii Rickettsia montana Rickettsia prowazekii Rickettsia rickettsii Rickettsia siberica Rickettsia tsutsugamushi Rickettsia typhi (Rickettsia mooseri) Salmonella arizonae Salmonella enteritidis Salmonella typhimurium Salmonella paratyphi A, B, C Salmonella typhi Salmonella spp Serpulina spp Shigella boydii Shigella dysenteriae Shigella flexneri Shigella sonnei Staphylococcus aureus Streptobacillus moniliformis Streptococcus pneumoniae Streptococcus pyogenes Streptococcus suis Streptococcus spp Treponema carateum Treponema pallidum Treponema pertenue Treponema spp Vibrio cholerae (01 e 0139) Vibrio parahaemolyticus

2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

V

(*) (*) (*)

V (*), V

Vibrio vulnificus Vibrio spp Yersinia enterocolitica Yersinia pestis Yersinia pseudotuberculosis Yersinia spp Vrus Herpesvirus de cobaias Shope fibroma virus Vrus da Doena hemorrgica de coelhos Vrus da Enterite viral de patos, gansos e cisnes Vrus da Febre catarral maligna de bovinos e cervos Vrus da Hepatite viral do pato tipos 1, 2 e 3 Vrus da Leucemia de Hamsters Vrus da Leucose Bovina Enzotica Vrus da lumpy skin Vrus do Sarcoma Canino Vrus do Tumor Mamrio de camundongos Vrus Lucke (vrus de rs) Adenoviridae Adenovirus 1 avirio - Vrus CELO Adenovirus 2 - Vrus Smio 40 (Ad2-SV40) Adenovirus 7 - Vrus Smio 40 (Ad7-SV40) Arenaviridae: * Complexos virais LCM-Lassa (arenavrus do Velho Continente) Vrus Lassa Vrus da coriomeningite linfoctica (cepas neurotrpicas) Vrus da coriomeningite linfoctica (outras cepas) * Complexos virais Tacaribe (arenavrus do Novo Mundo): Vrus Amapari Vrus Flechal Vrus Guanarito Vrus Junin Vrus Latino Vrus Machupo Vrus Paran Vrus Pichinde Vrus Sabi Astroviridae Birnavirus: incluindo Picobirnavirus, Picotrinavirus Bunyaviridae: Vrus Belm Vrus Moju dos Campos Vrus Par Vrus Santarm Vrus Turlock * Grupo Anopheles A Vrus Arumateua Vrus Caraip Vrus Lukuni Vrus Tacaiuma Vrus Trombetas Vrus Tucurui * Grupo Bunyamwera Vrus Iaco

2 2 2 3 2 2 2 2 4 4 4 4 2 2 4 2 2 2 2 2 2 2

V

O O

O O O O O O O+ O

4 3 2 2 2 4 4 2 4 2 2 4 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

Vrus Kairi Vrus Macau Vrus Maguari Vrus Sororoca Vrus Taiassu Vrus Tucunduba Vrus Xingu * Grupo da encefalite da Califrnia Vrus Inkoo Vrus La Crosse Vrus Lumbo Vrus San Angelo Vrus Snow hare Vrus Tahyna * Grupo Melo Vrus Guaroa Vrus Jamestown Canyon Vrus Keystone Vrus Serra do Navio Vrus South River Vrus Trivittatus * Grupo C Vrus Apeu Vrus Caraparu Vrus Itaqui Vrus Marituba Vrus Murutucu Vrus Nepuyo Vrus Oriboca * Grupo Capim Vrus Acara Vrus Benevides Vrus Benfica Vrus Capim Vrus Guajar Vrus Moriche * Grupo Guam Vrus Ananindeua Vrus Bimiti Vrus Cat Vrus Guam Vrus Mirim Vrus Moju Vrus Timboteua * Grupo Simbu Vrus Jatobal Vrus Oropouche Vrus Utinga Caliciviridae: Vrus da Hepatite E Vrus Norwalk Outros Caliciviridae Coronaviridae: Vrus humanos, gastroenterite de sunos, hepatite murina, Coronavirus bovinos, peritonite infecciosa felina, bronquite infecciosa aviria, Coronavirus

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 (*)

2

de caninos, ratos e coelhos Filoviridae: Vrus Ebola Vrus de Marburg Flaviviridae: Vrus Bussuquara Vrus Cacipacor Vrus da Dengue tipos 1-4 Vrus da Encefalite B japonesa Vrus da Encefalite da Austrlia (Encefalite do Vale Murray) Vrus da Encefalite da primavera-vero russa Vrus da Encefalite de So Lus Vrus da Encefalite da Europa Central Vrus da Febre amarela Vrus da Febre hemorrgica de Omsk Vrus da Floresta de Kyasanur Vrus da Hepatite C Vrus do Nilo Ocidental Vrus Ilhus Vrus Kunjin Vrus Powassan Vrus Rocio Vrus Sal Vieja Vrus San Perlita Vrus Spondweni Hantavirus: Vrus Andes Vrus Dobrava (Belgrado) Vrus Hantaan (Febre hemorrgica da Coria) Vrus Juquitiba Vrus Prospect Hill Vrus Puumala Vrus Seoul Vrus Sin Nombre Hepadnaviridae: Vrus da hepatite B Vrus da hepatite D (Delta) Herpesviridae: Citomegalovirus Herpes simplex vrus tipos 1 e 2 Herpesvirus de Ateles (Rhadinovirus) Herpesvirus de Saimiri (Rhadinovirus) Herpesvirus humano 7 (HHV7) Herpesvirus humano 8 (HHV8) Herpesvirus simiae (vrus B) Herpesvirus varicellazoster Vrus da Doena de Marek Vrus Epstein-Barr Vrus linfotrpico humano B (HBLV-HHV6) Nairovirus: Vrus da Febre hemorrgica da Crimia/Congo Vrus Hazara Oncornavirus: Vrus C e D Orthomyxoviridae: Vrus da Influenza tipos A, B e C

4 4 2 2 2 3 3 4 2 4 3 4 4 2 2 2 2 3 3 3 3 3 3 3 3 3 2 2 3 3 2 2 2 2 3 3 2 2 4 2 2 2 2 4 2 3 2 V (c) (*), V (*), V, (b)

V V, (a) (*), V, (a) V (a) V, (a) (*)

O O

Ortomixovirus transmitidos por carrapatos: Vrus Dhori e Thogoto Papovaviridae: Polyoma virus Shope papilloma virus Vrus BK e JC Vrus do Papiloma bovino Vrus do Papiloma humano Vrus Smio 40 (SV40) Paramyxoviridae: Pneumovirus Vrus da Cachumba Vrus da Doena de Newcastle (amostras no-asiticas) Vrus da Parainfluenza tipos 1 a 4 Vrus do Sarampo Vrus Nipah Vrus Respiratrio Sincicial Parvoviridae: Parvovirus humano (B 19) Phlebovirus: Uukuvirus Vrus Alenquer Vrus Amb Vrus Anhang Vrus Ariquemes Vrus Belterra Vrus Bujar Vrus Candir Vrus de Toscana Vrus Icoarac Vrus Itaituba Vrus Itaporanga Vrus Jacund Vrus Joa Vrus Morumbi Vrus Munguba Vrus Npoles Vrus Oriximina Vrus Pacu Vrus Serra Norte Vrus Tapar Vrus Toscana Vrus Turuna Vrus Uriurana Vrus Urucuri Picornaviridae: Poliovirus Rinovirus Vrus Coxsackie Vrus da Aftosa com seus diversos tipos e variantes Vrus da Conjuntivite Hemorrgica Aguda (AHC) Vrus da Hepatite A (enterovirus humano tipo 72) Vrus ECHO Poxviridae: Parapoxvirus Poxvirus de caprinos, sunos e aves

2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 4 2 2 2 2 2 V O O O

V

V

V

Vrus Buffalopox Vrus Cotia Vrus Cowpox (e relacionados isolados de felinos domsticos e animais selvagens) Vrus da varola (major, minor) Vrus da varola alastrim Vrus da varola do camelo Vrus do Ndulo dos ordenhadores Vrus Molluscum contagiosum Vrus Monkeypox (varola do macaco) Vrus Orf Vrus Vaccinia Vrus Whitepox ("vrus da varola") Vrus Yatapox: Tana Vrus Yatapox: Yaba Reoviridae: Coltivirus Orbivirus Orthoreovirus tipos 1, 2 e 3 Reovirus isolados na Amaznia dos Grupos Changuinola e Corriparta Rotavirus humanos Vrus Ieri Vrus Itupiranga Vrus Temb Retroviridae: HIV - Vrus da Imunodeficincia Humana Rous Sarcoma Virus Vrus da Leucemia de Gibes (GaLV) Vrus da Leucemia de murinos Vrus da Leucemia de ratos Vrus da Leucemia Felina (FeLV) Vrus da Leucose Aviria Vrus do Sarcoma de murinos Vrus do Sarcoma de Smios (SSV-1) Vrus do Sarcoma Felino (FeSV) Vrus Linfotrpicos das clulas T humana (HTLV-1 e HTLV-2) Vrus Smio Mason-Pfizer Vrus SlV Rhabdoviridae: Vrus Aruac Vrus da Raiva Vrus Duvenhage Vrus Inhangapi Vrus Xiburema * Grupo da Estomatite Vesicular Vrus Alagoas VSV-3 Vrus Carajs Vrus Cocal VSV-2 Vrus Indiana VSV-1 Vrus Juruna Vrus Marab Vrus Maraba VSV-4 Vrus Piry * Grupo Hart Park Vrus Hart Park

2 2 2 4 4 4 2 4 3 2 2 4 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 3 2 3 2 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

(d)

V

V

V O+

(*) O O+ O O O+ O O O+ O+ (*) O (*), (e)

V, (*)

Vrus Mosqueiro * Grupo Mussuril Vrus Cuiab Vrus Marco * Grupo Timb Vrus Chaco Vrus Sena Madureira Vrus Timb Togaviridae: * Alfavirus Vrus Aur Vrus Bebaru Vrus Chikungunya Vrus da Encefalomielite equina americana ocidental Vrus da Encefalomielite equina americana oriental Vrus da Encefalomielite equina venezuelana Vrus do Bosque Semliki Vrus do Rio Ross Vrus Mayaro Vrus Mucambo Vrus Onyongnyong Vrus Pixuna Vrus Una Outros alfavirus conhecidos * Rubivirus: Vrus da Rubola * Pestivirus: Vrus da Diarria Bovina Prions: agentes no classificados associados a encefalopatias espongiformes transmissveis Agente da Encefalopatia Espongiforme Bovina (BSE), scrapie e outras doenas animais afins Agente da Doena de Creutzfeldt-Jakob (CJD) Agente da Insnia Familiar Fatal Agente da Sndrome de Gerstmann-Strussler-Scheinker Agente do Kuru Parasitas Acanthamoeba castellani Ancylostoma ceylanicum Ancylostoma duodenale Angiostrongylus cantonensis Angiostrongylus costaricensis Angiostrongylus spp Ascaris lumbricoides Ascaris suum Babesia divergens Babesia microti Balantidium coli Brugia malayi Brugia pahangi Brugia timori Capillaria philippinensis Capillaria spp Clonorchis sinensis Clonorchis viverrini Coccidia spp Cryptosporidium parvum

2 2 2 2 2 2

2 2 2 2 2 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

(*) V V V

(*)

V

3 3 3 3 3 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2 2

(*), (f) (*) (*) (*) (*)

A A

Cryptosporidium spp Cyclospora cayetanensis Cysticercus cellulosae (cisto hidtico, larva de T. sollium) Dactylaria galopava (Ochroconis gallopavum) Dipetalonema streptocerca Diphyllobothrium latum Dracunculus medinensis Echinococcus granulosus Echinococcus multilocularis Echinococcus vogeli Emmonsia parva var. crescens Emmonsia parva var. parva Entamoeba histolytica Enterobius spp Exophiala (Wangiella) dermatitidis Fasciola gigantica Fasciola hepatica Fasciolopsis buski Fonsecaea compacta Fonsecaea pedrosoi Giardia lamblia (Giardia intestinalis) Giardia spp Heterophyes spp Hymenolepis diminuta Hymenolepis nana Isospora spp Leishmania brasiliensis Leishmania donovani Leishmania major Leishmania mexicana Leishmania peruviana Leishmania spp Leishmania tropica Leishmanla ethiopica Loa loa Madurella grisea Madurella mycetomatis Mansonella ozzardi Mansonella perstans Microsporidium spp Naegleria fowleri Naegleria gruberi Necator americanus Onchocerca volvulus Opisthorchis felineus Opisthorchis spp Paragonimus westermani Plasmodium cynomolgi Plasmodium falciparum Plasmodium malariae Plasmodium ovale Plasmodium spp (humano e smio) Plasmodium vivax Sarcocystis suihominis Scedosporium apiospermum (Pseudallescheria boidii)

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Scedosporium prolificans (inflatum) Schistosoma haematobium Schistosoma intercalatum Schistosoma japonicum Schistosoma mansoni Schistosoma mekongi Strongyloides spp Strongyloides stercoralis Taenia saginata Taenia solium Toxocara canis Toxoplasma gondii Trichinella spiralis Trichuris trichiura Trypanosoma brucei brucei Trypanosoma brucei gambiense Trypanosoma brucei rhodesiense Trypanosoma cruzi Wuchereria bancrofti Fungos Acremonium falciforme Acremonium kiliense Acremonium potronii Acremonium recifei Acremonium roseogriseum Alternaria anamorfo de Pleospora infectoria Aphanoascus fulvescens Aspergillus amstelodami Aspergillus caesiellus Aspergillus candidus Aspergillus carneus Aspergillus flavus Aspergillus fumigatus Aspergillus glaucus Aspergillus oryzae Aspergillus penicillioides Aspergillus restrictus Aspergillus sydowi Aspergillus terreus Aspergillus unguis Aspergillus versicolor Beauveria bassiana Blastomyces dermatitidis (Ajellomyces dermatitidis) Candida albicans Candida lipolytica Candida pulcherrima Candida ravautii Candida tropicalis Candida viswanathii Chaetoconidium spp Chaetomium spp Chaetosphaeronema larense Cladophialophora bantiana (Xylophora bantiana, Cladosporium bantianum ou C. trichoides) Cladophialophora carrioni (Cladosporium carrioni)

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Cladosporium cladosporioides Coccidioides immitis Conidiobolus incongruus Coprinus cinereus Cryptococcus neoformans Cryptococcus neoformans var. gattii (Filobasidiella bacillispora) Cryptococcus neoformans var. neoformans (Filobasidiella neoformans var. neoformans) Cunninghamella geniculata Curvularia pallescens Curvularia senegalensis Cylindrocarpon tonkinense Drechslera spp Emmonsia parva var. crescens Emmonsia parva var. parva Epidermophyton floccosum Epidermophyton spp Exophiala (Wangiella) dermatitidis Exophiala moniliae Fonsecaea compacta Fonsecaea pedrosoi Fusarium dimerum Fusarium nivale Geotrichum candidum Hansenula polymorpha Histoplasma capsulatum duboisii Histoplasma capsulatum var capsulatum (Ajellomyces capsulatus) Lasiodiplodia theobramae Madurella grisea Madurella mycetomatis Madurella spp Microascus desmosporus Microsporum aldouinii Microsporum canis Microsporum spp Mucor rouxianus Mycelia sterilia Mycocentrospora acerina Neotestudina rosatii Oidiodendron cerealis Paecilomyces lilacinus Paecilomyces variotti Paecilomyces viridis Paracoccidioides brasiliensis (na fase de esporulao apresenta maior risco de infeco) Penicillium chrysogenum Penicillium citrinum Penicillium commune Penicillium expansum Penicillium marneffei Penicillium spinulosum Phialophora hoffmannii Phialophora parasitica Phialophora repens Phoma hibernica

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Phyllosticta ovalis Phyllosticta spp Pneumocystis carinii Pyrenochaeta unguis-hominis Rhizoctonia spp Rhodotorula pilimanae Rhodotorula rubra Scedosporium apiospermum (Pseudallescheria boidii) Scedosporium prolificans (inflatum) Schizophyllum commune Scopulariops acremonium Scopulariops brumptii Sporothrix schenckii Stenella araguata Taeniolella stilbospora Tetraploa spp Trichophyton rubrum Trichophyton spp Trichosporon capitatum Tritirachium oryzae Volutella cinerescens

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Fontes: 1. Brasil (2004) Diretrizes Gerais para o trabalho em conteno com material biolgico. Srie A: Normas e Manuais Tcnicos. Ministrio da Sade, Secretaria de Cincia, Tecnologia e Insumos Estratgicos, Braslia: Ministrio da Sade, 60p. 2. UE (2000) Council Directive 2000/54/EC. OJ L 262, 17.10.2000, 21p. 3. ABSA (2005) Risk Group Classification for Infectious Agents. http://www.absa.org/resriskgroup.html, acessado em 11 de julho de 2005. (a) Encefalites transmitidas por carrapatos. (b) O vrus da hepatite D patognico