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CURSO ONLINE ATUALIDADES PARA TÉCNICO DA ÁREA ADMINISTRATIVA DO TJDFT
PROFESSORA VIRGÍNIA GUIMARÃES
1 Profa Virgínia Guimarães www.pontodosconcursos.com.br
Aula 05 – ASPECTOS DEMOGRÁFICOS E AMBIENTAIS NO
BRASIL E NO MUNDO
Olá amigos, tudo bem? Animados pra continuarmos nossos
estudos?
Hoje, nossa aula abordará um assunto que muita gente
acha ruim e chato. Entretanto, ele é de suma importância para
provas de atualidades que vêm, cada vez mais, cobrando aspectos
demográficos do Brasil e do mundo.
Além disso, ele não apresenta grandes dificuldades como as
pessoas dizem e, por isso, acredito que deve ser uma espécie de
“trauma coletivo”. Assim, amigos, tenhamos boa vontade com esse
assunto, ok? Ele faz parte do nosso cotidiano muito mais do que
podemos supor e, certamente, é tão querido pelas bancas
examinadoras justamente por isso.
Todos preparados? Então vamos lá!
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1 – Aspectos demográficos
1.1 – Movimentos migratórios internacionais e crescimento
demográfico
Os movimentos migratórios podem ser classificados de
várias maneiras, podendo ser inter-regionais, rurais/urbanos e
interurbanos. Para ficar mais claro: as migrações podem acontecer
tanto dentro de um mesmo país, quanto entre países diferentes.
Paralelo a isso, as migrações podem ser entendidas como um dos
principais termômetros da desigualdade sócio-econômica no mundo.
A migração internacional foi acelerada nas últimas décadas
devido à globalização, que se propunha a integrar as regiões.
Atualmente, há cerca de 214 milhões de imigrantes em todo o
mundo, sendo que mais de 160 milhões são considerados imigrantes
"recentes". Vamos entender a diferença!
São considerados imigrantes todos aqueles que saem
de seu país de origem rumo a outro. Essa atitude geralmente é
movida pela busca de uma vida melhor, menos violenta ou mais
abundante de recursos. Com as guerras, o número de imigrantes pelo
mundo era bastante significativo, pois as pessoas estavam fugindo da
guerra e de todas as tragédias e misérias humanas que ela trazia.
Porém, quando falamos de imigrantes “recentes”, estamos nos
referindo a pessoas que migram pelos motivos que a
contemporaneidade lhes impõe e não devido às guerras –
ainda que o objetivo seja exatamente o mesmo: a busca por uma
vida melhor!
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Se observarmos o mapa acima, veremos que a Europa é o
grande destino de imigrantes, devido, sobretudo, à sua excelente
qualidade de vida. A Alemanha é o país que mais recebe imigrantes
no mundo, chegando a 7 milhões – dos quais 1/7 permanece na
ilegalidade.
Assim, pessoal, se há uma certeza que podemos ter quanto
à imigrações internacionais é a de que o número cada vez maior de
homens, mulheres e crianças que imigram vem causando um grave
impacto mundial. Isso porque, por um lado, atinge aos países
abandonados e, por outro, aos países ao qual se destinam os
imigrantes. Apesar da gravidade e crescimento do problema, as
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autoridades continuam se recusando a tratar da situação com a
seriedade que ela merece.
Em meio à formação de blocos econômicos e negociações de
novos acordos comerciais, o debate sobre imigração tem sido jogado
para debaixo do tapete – o que acaba legitimando a onda de violência
contra imigrantes. A crise econômica internacional, iniciada em fins
de 2008, foi um elemento a mais de tensão contra imigrantes,
sobretudo contra aqueles que vivem na Europa. As regiões mais
afetadas pela crise, como Espanha e Irlanda, registraram significativo
aumento das hostilidades entre imigrantes e trabalhadores locais.
Com efeito, os trabalhadores locais ficavam inconformados com a
concorrência de mão-de-obra estrangeira, geralmente bem mais
barata. Assim, a crise acabou evidenciando dissidências perigosas
que culminaram em selvageria.
Nesse sentido, notamos um considerável aumento da
xenofobia, principalmente na União Europeia. As acusações de
violência racial aumentaram ao menos em 8 países do bloco desde os
atentados do dia 11 de setembro. A verificação foi feita por juntas de
Direitos Humanos que, analisando 11 países, encontraram 18 mil
casos de agressão contra imigrantes na Alemanha. Esses dados, além
de nos assustar, mostram que a migração internacional se
transformou num sério problema, que merece a nossa atenção.
Por outro lado, a atual crise econômica que assola a Europa
como um todo, tem tido efeito contrário em termos de imigração.
Pela primeira vez, em muitos anos, o número de imigrantes que
saem dos países europeus, principalmente Espanha, foi maior que o
número de entradas. O que as leis de migração não conseguiram, a
crise econômica acabou fazendo: promover o retorno de imigrantes
da Europa aos seus países de origem.
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Outro ponto importante é que os trabalhadores imigrantes
têm buscado como destino os países de economias em rápido
crescimento, como na Ásia, na África e na América Latina.
Vejamos como o assunto já foi tratado em prova!
1) (CESPE / ABIN / 2008 / com adaptações) As migrações
internacionais ocupam parte importante das diplomacias e dos
serviços de defesa do Estado e dos cidadãos comuns que
atravessam fronteiras diariamente, em todo o mundo.
A respeito desse tema, julgue os itens seguintes.
I – A criminalização crescente das migrações econômicas e sociais
denota que o direito de ir e vir da pessoa faz-se subalterno ao
privilégio universal da livre circulação dos capitais.
II – Legislações draconianas, como as que vêm sendo adotadas pela
União Europeia, expõem, por um lado, a noção de que a função
histórica da grande imigração de africanos e asiáticos para o trabalho
nas indústrias Europeias do pós-guerra perdeu função histórica e, por
outro, que a reciprocidade internacional em relação à América Latina,
formada em parte por imensas levas de desterrados europeus,
perdeu valor de direito internacional ante o realismo político dos
interesses nacionais e comunitários europeus.
III – As migrações internacionais, amenizadas no continente africano
diante do fim do ciclo belicoso interno das últimas décadas do século
XX, deixaram de ser um tema relevante das relações interestatais
afro-Europeias.
IV – O Brasil, país marcado, no fim do século XIX e início do século
XX, pelas imigrações Europeias e asiáticas, fator importante para a
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formação do Brasil contemporâneo, mudou seu padrão migratório ao
ter-se tornado também país de emigrantes.
V – A migração forçada ou enganosa, muitas vezes em forma de
tráfico de pessoas, ainda que seja um tema de impacto internacional,
possui modesta implicação na segurança dos Estados nacionais neste
início de século.
Marque a alternativa correta.
a) apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
b) apenas III e V estão corretas
c) todas as afirmativas estão corretas
d) todas as afirmativas estão erradas
e) I e II estão erradas.
COMENTÁRIOS
A assertiva I está correta. Essa questão traz à tona um
importante conhecimento sobre a separação existente entre a
integração de capitais e o intercâmbio de pessoas. Como todos nós
sabemos, há uma grande expectativa da população de alguns países
com relação à qualidade de vida que poderiam ter em outros. Esse
sentimento de que o “jardim do vizinho” é sempre mais verde que o
nosso (e muitas vezes, é mesmo!) vem aumentando
consideravelmente a movimentação de pessoas rumo aos países mais
desenvolvidos ou com melhores condições de trabalho. O grande
problema é que essa imigração, que muitas vezes ocorre
clandestinamente, tem incomodado intensamente os moradores dos
países de destino, que se sentem ameaçados pela concorrência de
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mão-de-obra. Esse incômodo popular vem se refletindo nas recentes
leis criadas com o intuito de criminalizar a imigração.
Em maio de 2009, por exemplo, o Parlamento da Itália
aprovou um polêmico projeto de lei que criminaliza a imigração ilegal
no país. A legislação transforma em crime a entrada irregular em
território italiano, prevendo rigorosas medidas repressivas. Dentre as
principais medidas, destacamos o estabelecimento de prisão para
pessoas que abriguem imigrantes ilegais e o aumento no tempo de
detenção provisória dos clandestinos antes da deportação.
Essa lei permite ainda que cidadãos comuns formem
patrulhas para verificar a existência de imigrantes ilegais no país.
Apesar de estar desarmada, a patrulha exerce uma função
investigativa, ou seja, essa lei estimula uma espécie de “caça às
bruxas”, aumentando o xenofobismo na Itália. Um exemplo disso é
que, depois da aprovação dessa lei, alguns cidadãos, pertencentes à
extrema-direita, criaram um grupo que chamam de “Guarda Nacional
Italiana” cujos uniformes são enfeitados com símbolos fascistas e
nazistas. É pessoal, por tudo isso, podemos dizer que a questão está
certa!
A afirmativa II está certa. O ideal para analisarmos essa
questão é dividi-la ao meio para podermos ter uma compreensão
total das informações ali contidas. Uma vez feito isso, vamos aos
conceitos intrínsecos ao texto. Para quem não sabe, são chamadas de
leis draconianas aquelas consideradas extremamente severas, como
as que vêm sendo adotadas pela UE. Na questão acima, demos o
exemplo da Itália, mas esse país não é uma exceção.
No segundo semestre de 2008, foi aprovada uma diretriz
que pretendia harmonizar as regras dos países europeus para a
repatriação de imigrantes ilegais, e em 2010, essa diretriz foi
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transformada em lei. As novas regras integram um processo de
organização e endurecimento da política migratória em toda União
Europeia.
Essa retaliação aos imigrantes é um forte sinal de que a
imigração, outrora considerada essencial para o trabalho nas
indústrias Europeias do pós-guerra, perdeu função histórica. Se em
tempos de guerra e fome na Europa sua população teve como destino
principal países da América Latina, o direito à recíproca perdeu seu
valor com as novas leis.
A assertiva III está errada. Ora, pessoal, depois de tudo o
que escrevemos até aqui sobre a polêmica de novas leis de
imigração, esperamos que seja de fácil entendimento que as
migrações internacionais nunca foram um assunto tão relevante nas
relações interestatais como atualmente. Portanto, essa questão está
errada.
A assertiva IV está correta. A imigração no Brasil é bem
mais antiga do que o século XIX citado na questão, pois foi uma das
principais medidas colonizadoras do território brasileiro. Todavia, no
período citado, o nosso país foi marcado pelas imigrações Europeias e
asiáticas sim. Mas qual foi a causa disso?
Com o fim da escravidão, em 1888, o trabalho livre ganhou
significativa repercussão social e a imigração cresceu notavelmente,
sobretudo rumo ao Sul do país, onde a lavoura cafeeira se baseava
no trabalho escravo. Para termos uma ideia do quanto a abolição
influenciou no aumento da imigração no Brasil, somente nos dez anos
subsequentes a esse acontecimento adentraram o Brasil mais de 1,4
milhão de imigrantes, que vinham na esperança de uma vida melhor.
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Já no século XX, outros fatores estimularam a imigração e
aumentaram a diversificação de nacionalidades dessas correntes
migratórias, que passam a contemplar europeus e asiáticos. Assim,
as duas guerras mundiais e todas as misérias materiais que elas
impuseram aos habitantes dos locais por elas afetados foram os
principais impulsionadores da imigração para o Brasil. Além disso, a
lenta recuperação Europeia no pós-guerra e a crise no Japão
contribuíram, significativamente, para que os japoneses formassem a
quarta colônia de imigrantes do Brasil, ainda em 1950.
Apesar de, desde o seu descobrimento, o Brasil ter sido um
receptor de imigrantes, nos últimos anos ele tem sido fornecedor de
pelo menos 1% de sua população, donde 70 % se encontra nos EUA.
A afirmativa V está errada. As migrações forçadas ou
enganosas têm diversas manifestações e causas. Por esse motivo, é
fundamental que a sociedade, as organizações internacionais e os
governos se detenham sobre episódios tão comuns como os
deslocamentos humanos atuais. Este tipo de migração acontece,
principalmente, por falhas estruturais, políticas econômicas
equivocadas, desordem política, fome e miséria. Pode ser encaixado
na migração forçada o caso de europeus e asiáticos que, para se
refugiar da guerra, migraram para o Brasil. Também pode ser
considerada migração forçada a saída de pessoas de um território em
razão de graves violações de direitos humanos.
Mas como temos lido até agora, esse é um assunto de pauta
em todos os países mais desenvolvidos do mundo, os quais são os
principais destinos dos imigrantes. Imigração hoje está atrelada à
segurança dos Estados nacionais.
Gabarito: A
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1.2 – Movimentos migratórios internos
Quando falamos do Brasil da década de 50 e 60, tocamos,
sutilmente, na questão da migração interna ao falarmos dos
deslocamentos de nordestinos rumo ao Sudeste, até então único pólo
industrial do país. Mas, afinal, nós sabemos bem o que é esse
movimento migratório?
Chamamos de movimentos migratórios internos aquelas
circulações de pessoas que ocorrem dentro de um mesmo território
nacional. Os principais fatores que levam os serem humanos a
migrar são motivos econômicos, desastres ecológicos e motivações
pessoais.
Segundo Milton Santos, as migrações podem ser
entendidas como uma expressão espacial dos mecanismos de
modernização. O que isso quer dizer? Significa dizer que o fato de
as pessoas se mudarem de um lugar a outro se liga às várias
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complexidades, exigências e possibilidades que a modernidade trouxe
ao ser humano.
Dois exemplos muitos conhecidos são as migrações de
nordestinos para o norte do país, quando espontaneamente se
transformaram em “soldados da borracha”, e as ocorridas na
década de 60, em função da seca que se abateu sobre a região. Em
ambos os casos, elas expressam uma busca por melhoria na
qualidade de vida. Entretanto, as migrações não atingem apenas
pessoas sem qualificação, como costumamos pensar num primeiro
momento. Na cidade de Recife, uma pesquisa revelou que os
funcionários de mais alto nível da SUDENE são oriundos do sul do
país ou de estados que não ofereciam oportunidades para a sua
qualificação.
Assim, podemos dizer que a migração de pessoas e bens é
uma consequência da revolução do consumo trazida pela
modernização, ou seja, quanto mais poderoso o impacto da
modernização, maior será a concentração da produção e, portanto,
maiores fluxos migratórios ocorrerão.
No caso específico das correntes de migração interna, elas
acontecem tanto de uma região para outra no interior do país, quanto
entre estados de uma mesma região. Além disso, também pode
ocorrer migração do campo para as cidades, chamado de êxodo rural.
Observando o mapa abaixo, veremos que o número de
pessoas que se deslocam do Norte e Nordeste do Brasil para o
Sudeste, é responsável, de longe, pelo maior número de migrantes
internos. No mapa abaixo, eles são representados pelos bonequinhos
vermelhos, laranja, amarelo e roxo.
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Nesse sentido, o Nordeste foi, durante muito tempo,
considerado uma área de repulsão populacional, ou seja, área que
perdia população por diversos fatores, como secas intensas, falta de
trabalho, dificuldade das atividades econômicas em absorver ou
manter as populações locais etc. Como dissemos anteriormente, é
necessário um conjunto de fatores para favorecer a migração, porém
os citados podem ser entendidos como alguns dos principais
estímulos da migração de nordestinos para Amazônia, Goiás, São
Paulo e Rio de Janeiro.
Em contrapartida, determinadas áreas são exatamente o
oposto do Nordeste, sendo consideradas áreas de atração
populacional, justamente por atraírem as populações de outras
áreas e oferecerem melhores condições de vida. Aqui, novamente,
aparecerão os nomes de São Paulo e Rio de Janeiro, por serem estes
estados que durante muitos anos concentraram grande parte das
maiores indústrias do Brasil.
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O governo vem tomando medidas para reduzir essas
disparidades na concentração de indústrias e alguns sucessos já
foram alcançados. No entanto, quando se pensa ter encontrado o
caminho para resolver um problema, eis que surge outro: as
migrações diárias.
A) Migrações diárias
Até me mudar para uma capital, eu não conhecia de perto o
que era exatamente esse tipo de migração, não tão conhecida como
as migrações nordestinas ou sulistas. Numa cidade pequena, por
mais longe que se trabalhe, não se gasta mais de 30 minutos para
chegar ao emprego, pois o trânsito de veículos ainda é relativamente
leve, o transporte público costuma dar conta das necessidades da
população e a cidade é fisicamente pequena.
No entanto, se vocês moram em “cidades grandes”, devem
conhecer bem de perto esse problema da migração diária. Ricos,
pobres, classes médias, urbanos ou rurais, todos somos afetados, em
maior ou menor grau, pelos fluxos internos diários. Seja dentro do
carro, ouvindo música e com ar condicionado ligado, ou apertados
dentro de um ônibus lotado, onde mal há lugar para se apoiar, todos
nós sabemos (bem!) os efeitos da migração diária.
Esses fluxos apresentam ritmos, dimensões e objetivos
variados. Por isso, são denominados migrações pendulares, nas
quais gostaríamos de ressaltar dois exemplos que lhes parecerão
bem comuns.
O primeiro trata da movimentação diária dos habitantes
que trabalham numa cidade e moram ou estudam em outra –
comumente chamadas de Cidades-Dormitórios. Como o próprio nome
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já diz, as pessoas se dirigem a elas praticamente para dormir, uma
vez que passam o dia todo no trabalho.
Alguns de vocês podem ter pensado assim: “ora, por que
esse pessoal não se muda pra perto do trabalho? Por que morar em
uma cidade e trabalhar em outra?”
Pois bem, o principal motivo gerador da existência desses
movimentos pendulares diários nas grandes metrópoles está ligado à
crescente especulação imobiliária dos lugares mais próximos ao
centro produtivo que se alia a baixos salários. Tudo isso empurra o
trabalhador para bem longe do seu trabalho, obrigando-o a se utilizar
de transporte coletivo, na maior parte das vezes precário ou
insuficiente para atender ao enorme fluxo populacional residente
nessas áreas.
Exemplo dessa prática é Brasília e suas cidades satélites.
Com um dos metros quadrados mais caros do Brasil, paga-se em
média três vezes mais para se morar no Plano Piloto. Enquanto uma
kitnet de 30 m2 custa em média R$900,00 por mês no Plano, em uma
cidade satélite a 20 km dali, o preço cai para R$300,00. Ora, por
mais que os salários nessa cidade sejam mais altos do que a média
brasileira, é simplesmente surreal a supervalorização dos imóveis
próximos à zona central conhecida como Plano Piloto.
Do mesmo modo que neste exemplo de Brasília, ocorrem
esses mesmos movimentos que se originam nos núcleos residenciais
periféricos em direção aos centros industriais, como encontramos
facilmente nas áreas metropolitanas de São Paulo, Rio de Janeiro e
Belo Horizonte.
O segundo exemplo diz respeito aos deslocamentos dos
bóias-frias, que, geralmente, moram numa pequena cidade ou
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vilarejo e se dirigem diariamente às fazendas onde há tarefas
agrícolas. Seja plantando cana ou colhendo café, esse movimento
urbano-rural aumenta ou diminui de acordo com as necessidades dos
fazendeiros
B) Migração de campo-cidade
ou êxodo rural
Consiste no deslocamento de
grande parcela da população da
zona rural para a zona urbana,
transferindo-se das atividades
econômicas primárias para as
secundárias ou terciárias. Esse
é, na atualidade, o mais
importante movimento de
população e ocorre praticamente
no mundo todo.
Principalmente nos países subdesenvolvidos, ou em vias de
desenvolvimento, a migração do campo para a cidade é tão grande
que constitui um verdadeiro êxodo rural. Esse movimento
campo/cidade se intensificou no Brasil a partir do surto industrial no
Sudeste, iniciado na década de 1940.
Entre as causas desse movimento estão os baixos salários
recebidos pelo trabalhador rural, a falta de escolas, de assistência
médica, mecanização de agricultura, secas e concentração de
latifúndios.
Além disso, a atração exercida pela cidade é um grande
estímulo à migração, que busca uma oportunidade de alcançar
melhor padrão de vida. Foi assim que muitos imigrantes seguiram
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para o Sudeste na esperança de alcançar melhores condições e
oportunidades de vida que as cidades ofereciam, como empregos,
escolas, moradia, profissionalização, assistência médica, etc.
Todavia, a grande parte das pessoas oriundas do
campo acaba por engrossar as fileiras do subemprego ou
mesmo do desemprego, sofrendo sérios problemas
socioeconômicos. Um dos reflexos desse fato é a ampliação
desordenada e incontrolável das favelas, que cobrem grandes
áreas, principalmente nas regiões menos valorizadas das cidades.
Deste modo, pessoal, enquanto o número de habitantes das
cidades aumenta cada vez mais, na zona rural o despovoamento se
torna um problema para os agricultores que não substituíram os
trabalhadores pelas máquinas, levando à queda da produção e
elevação do custo de vida.
Foi mirando essa questão que o estatuto do Trabalhador
Rural foi feito, em 1964, tendo como objetivo central beneficiar o
homem do campo, pressionando os latifundiários a arcar com os
encargos trabalhistas, como salário mínimo, décimo terceiro salário,
férias, etc. No entanto, o tiro acabou saindo pela culatra e muitos
proprietários preferiram dispensar boa parte dos empregados a arcar
com seus custos, o que acabou por fortalecer o êxodo rural. Além
disso, em algumas cidades do interior, os trabalhadores dispensados
transformaram-se em bóias-frias, ou seja, pessoas que trabalham
apenas em curtos períodos, sem nenhuma garantia.
Entretanto, na década de 90, foi registrado o fim das
grandes correntes migratórias e atualmente eles são movimentos
pequenos e bem localizados, em geral, em direção a capitais
regionais. Agora, ao invés de se mudar para São Paulo, os
nordestinos preferem buscar empregos e oportunidades nas próprias
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capitais do Nordeste ou em cidades médias da região. Tudo isso
acabou por transferir para essa região os problemas que antes eram
tipicamente encontrados nas grandes metrópoles do Centro-Sul do
Brasil.
Vejamos como esse assunto pode ser cobrado em prova!
2) (CESPE / IRB / 2010) No que se refere ao espaço rural no
Brasil, assinale a opção correta.
a) A revalorização do espaço rural como lugar para se trabalhar e
para se viver, uma das recentes transformações ocorridas no campo,
não se relaciona diretamente com as demandas pela terra e com os
assentamentos rurais.
b) O Programa de Apoio à Agricultura Familiar (PRONAF), ao
fragmentar o espaço rural, provocou a redução da produtividade
agrícola e, como consequência, a redução da oferta de alimentos nas
cidades de pequeno e médio porte.
c) Na primeira metade do século XX, o espaço rural brasileiro
caracterizou-se pelas grandes plantações cafeeiras, a que se seguiu a
agricultura familiar com sua pluriatividade e o processo de
modernização da base técnica na agropecuária, que caracterizou o
final do século.
d) A pluriatividade, realidade da nova concepção de espaço rural
adotada pelo agronegócio, ainda não se incorporou à agricultura
familiar, baseada na agricultura de subsistência.
e) Historicamente, as políticas públicas, visando à exportação,
privilegiaram a agricultura de larga escala, o que forçou o processo
de modernização da agropecuária e contribuiu para o êxodo rural.
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COMENTÁRIOS
A letra A está errada. A globalização tem provocado nas
últimas décadas um amplo processo de reestruturação econômica e
social, que tem afetado o espaço rural e a agricultura em particular.
Mas, como assim afetou o espaço rural? E a agricultura?
Podemos apontar vários efeitos da globalização no espaço
rural e na agricultura. Primeiro, com a abertura comercial, aceleram-
se as trocas comerciais e aumenta a competitividade, tendo como
base grandes empresas agroindustriais que monopolizam a produção
e o comércio em nível mundial. Segundo, surge uma relação próxima
entre a agricultura, a indústria e o comércio. Terceiro, o espaço rural
deixa de ser um local específico para as atividades agrícolas,
passando a ser encarado como um local de residência, lazer e de
atividades não-agrícolas.
Sobre esse ponto, é interessante notar que o
desenvolvimento tecnológico e o aperfeiçoamento dos meios de
produção fazem com que as jornadas de trabalho sejam reduzidas,
aumentando o tempo livre das pessoas e, consequentemente, sua
expectativa de vida.
Paralelo a todas essas modificações no espaço rural,
valoriza-se crescentemente a questão ambiental, que se torna um
fator de competitividade. Seguir à risca os requisitos ambientais é,
inclusive, atualmente, condição para se obter financiamentos
públicos.
Hoje em dia, vivencia-se um processo de “revalorização do
rural”, por meio da busca de uma qualidade de vida superior à das
grandes cidades. Dessa forma, o espaço rural passa a ser encarado
como um lugar para se trabalhar e para se viver. As demandas pela
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terra e os assentamentos rurais estão diretamente relacionados a
essa nova forma de ver o “campo”. Isso porque, não tendo logrado
êxito nas cidades, os indivíduos desejam voltar ao campo e ter a sua
“terrinha” onde morar e trabalhar.
Deste modo, pessoal, ao final da afirmação quando diz:
"(...) não se relaciona diretamente com as demandas pela terra e
com os assentamentos rurais". Este "não se relaciona" é o que torna
a questão errada, entendido?
A letra B está errada. O Programa Nacional de
Fortalecimento da Agricultura Familiar (PRONAF) busca financiar
projetos individuais ou coletivos que geram renda a agricultores
familiares e a assentados da reforma agrária. Dessa forma, busca
valorizar a agricultura familiar como importante ator social.
Ao contrário do que afirma questão, o PRONAF, ao
proporcionar ótimas condições de acesso a crédito aos pequenos
produtores, provocou um aumento da produtividade agrícola e,
consequentemente, aumento da oferta de alimentos nas cidades de
pequeno e médio porte.
A letra C está errada. Nas primeiras três décadas do século
XX, o café teve fundamental importância para a economia brasileira,
chegando a representar 72,5% das exportações do nosso país. Nessa
época, já predominavam as grandes plantações cafeeiras, ao que se
sucedeu na década de 60 uma etapa de modernização da atividade
agrícola. Esse fenômeno ficou conhecido como “modernização
conservadora”, já que não houve modificações na estrutura de poder
e da propriedade de terra. A questão está errada justamente por
dizer que após a primeira metade do século XX ganha força a
agricultura familiar. Pelo contrário, na década de 60, os grandes
proprietários aprofundaram mais ainda seu poder.
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A letra D está errada. Uma das alterações sociológicas no
espaço rural nos últimos tempos é o surgimento do fenômeno da
pluriatividade. A pluriatividade ocorre quando os indivíduos que
residem no campo passam a trabalhar em atividades agrícolas e não-
agrícolas. Mas como assim atividades não-agrícolas? Com a
revalorização do campo, cresceu o turismo no espaço rural, dando
ensejo ao aparecimento de diversas outras profissões: pedreiros,
caseiros, jardineiros, faxineiras e cozinheiras, por exemplo.
A questão está errada porque diz que a pluriatividade não
se incorporou à agricultura familiar. Ao contrário, a pluriatividade é
uma característica da agricultura familiar.
A letra E está correta. No Brasil, as políticas públicas em
matéria agrícola sempre privilegiaram as exportações, o que
impulsionou o desenvolvimento e a modernização da agropecuária.
Com a modernização, a mão-de-obra passa a ser substituída pela
utilização de máquinas. Sendo assim, ocorre o êxodo rural, com alto
índice de migrantes do campo para a cidade.
Gabarito: E
3) (FGV / Analista Legislativo / 2008) A migração é uma das
questões mais debatidas no mundo atual. No modelo de pensamento
estrutural, os indivíduos não fazem escolhas, ou melhor, não são os
indivíduos e suas escolhas individuais que explicam os fluxos e a
localização da população. No espaço, que não é mais o espaço da
liberdade individual, mas o espaço da estrutura capitalista, é o
movimento do capital, sua expansão ou retração, seu deslocamento
ou permanência que comandam a mobilidade e a localização do
trabalho.
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(Vainer, Carlos B. Reflexões sobre o poder de mobilizar e imobilizar na
contemporaneidade, 2005.)
Assinale a única afirmativa que não expressa o pensamento
estruturalista.
a) Os movimentos locacionais e a estrutura do espaço estão
submetidos à lógica e à dinâmica do capital.
b) A mobilidade do trabalhador aparece como manifestação da
necessidade do capital e sua mobilidade está submetida a ele.
c) A mobilidade dos trabalhadores resulta de ações racionais
orientadas pelo mercado que dispõe de seu capital humano no livre
jogo da oferta e da procura.
d) A mobilidade do trabalhador e o seu desenraizamento são sinais
de que ele é totalmente despossuído dos meios de produção e
subsistência, e, portanto, subordinado ao movimento do capital.
e) Os movimentos dos trabalhadores e os deslocamentos das
populações são apenas movimentos reflexos do movimento do
capital, que é o verdadeiro protagonista do espaço estrutural.
COMENTÁRIOS
Mesmo que você não conhecesse o pensamento
estruturalista aplicado às migrações, era possível resolver essa
questão! Bastava que você fizesse uma interpretação do texto e
identificasse que há 4 (quatro) assertivas apresentando visões
semelhantes (estruturalistas) e 1(uma) assertiva contradizendo essas
ideias. Por isso, sempre dizemos aos alunos: não se assustem com as
questões!
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São várias as teorias que existem para explicar os fluxos
migratórios: Teoria Microeconômica Neoclássica, Teoria
Macroeconômica Neoclássica, Teoria do Capital Humano, Teoria
Estruturalista, dentre outras.
Segundo a Teoria Microeconômica Neoclássica, os
indivíduos são seres racionais, que têm capacidade de ordenar
hierarquicamente suas preferências, com vistas a maximizar a
utilidade de suas escolhas. Assim, o migrante é um indivíduo que
decide migrar baseado em um cálculo de benefícios que realiza.
A Teoria Macroeconômica Neoclássica, por sua vez,
entende o fluxo migratório como resultado entre as diferenças
geográficas de oferta e demanda por trabalho. O mercado de trabalho
é, para os adeptos dessa teoria, o principal determinante das
migrações, com deslocamento populacional de regiões com baixo
salário ou excesso de mão-de-obra para regiões com altos salários ou
escassez de mão-de-obra.
Já a Teoria do Capital Humano, de caráter
microeconômico, entende as migrações como um investimento em
capital humano, em suas diferentes facetas (educação, formação
profissional, saúde). Considerando-se as migrações como um
investimento em capital humano, os jovens são os mais propensos a
migrarem, já que poderão usufruir dos retornos desse investimento
por período mais prolongado.
As Teorias Estruturalistas surgiram em 1970, inspiradas
na economia política marxista e se opondo à análise das migrações
sob o prisma individualista. Essas teorias consideram o migrante
como um indivíduo passivo, que não toma decisões racionais, mas
são impulsionadas pela lógica e dinâmica do capital. Em outras
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palavras, o capital é o fundamento dos deslocamentos populacionais,
é ele quem determina a lógica das migrações.
Por tudo o que explicamos, pode-se perceber que a única
assertiva que contraria a teoria estruturalista é a letra C, segundo a
qual “A mobilidade dos trabalhadores resulta de ações racionais
orientadas pelo mercado que dispõe de seu capital humano no livre
jogo da oferta e da procura”, o que está relacionado à Teoria do
Capital Humano.
Gabarito: C
___X___
1.3 – A distribuição dos efetivos demográficos no território
nacional
Você sabe o que quer dizer esse título?
Demografia é o estudo do povo, ou seja, o estudo da
dinâmica de uma determinada sociedade, se ela cresce ou diminui,
quais atividades são exercidas dentro dela, em que ela se modifica e
em que áreas isso acontece.
Segundo dados do IBGE, entre os anos de 1940 e 2010, a
população brasileira aumentou quase cinco vezes e o país se tornou
urbano, subindo sua taxa de urbanização de 31,3% para 84,3%.
Nesse mesmo período, a população envelheceu, o país conseguiu
reduzir em cinco vezes a taxa de analfabetismo e aumentar em três
vezes a escolarização de crianças entre 7 e 14 anos. Além disso, a
agricultura e a pecuária, que em 1940 ocupavam 32,6% da
população, declinou em 2000 para 17,9%.
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Aí surge aquela dúvida: eu preciso saber esses dados?
Guardar porcentagens e áreas de desenvolvimento?
Definitivamente, não!
Mas é imprescindível citarmos para que vocês possam
visualizar com clareza o quanto se modificou e em que se
modificou. Por exemplo, a população cresceu quatro vezes, mas
cresceu onde? Foi no Norte, no Centro Oeste ou no Sul? Precisamos
ver os dados para que a partir daí possamos traçar com perfeição
como os efetivos demográficos estão distribuídos no território
brasileiro. Para tanto, pegamos os dados no site do IBGE para que os
números oficiais não nos deixassem mentir e pudéssemos traçar um
desenho o mais preciso possível!
A população do Brasil aumentou de 41,2 milhões em 1940
para 190,7 milhões de habitantes no ano de 2010. Mas para onde foi
toda essa gente?
Na década de 40, quando ainda se iniciava a industrialização
brasileira, os cinco estados mais populosos do país eram São Paulo,
Minas Gerais, Bahia, Rio de Janeiro e Rio Grande do Sul. Setenta
anos mais tarde, a Bahia trocou de posição com o Rio de Janeiro.
Como já sabemos, as cidades com maior produção industrial são
aquelas que atraem o maior numero de imigrantes em busca de
melhores empregos, salários e qualidade de vida num geral. No
século XX, essa atração era exercida principalmente pela região
Sudeste, mas nos últimos anos o Centro Oeste, o Norte e o Nordeste
tiveram um significativo salto na sua produção industrial, atraindo
milhares de pessoas para suas cidades e fábricas.
A disseminação das atividades econômicas pelas
diferentes regiões é a principal responsável pela mudança no fluxo
migratório para essas outras regiões. Ela nos permite intuir duas
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realidades possíveis. A primeira é que muita gente está migrando
para outros locais que não o Sudeste. A segunda possibilidade é que
essas pessoas estejam voltando para sua terra natal. Por que é
importante lembrarmos disso? Foi essa disseminação industrial que o
PAC incentivou e é ela a grande responsável pela nova configuração
ou distribuição demográfica brasileira.
Se antes o Sudeste era a principal área de atração de
imigrantes internos, atualmente pode-se afirmar o aparecimento e a
solidificação de outras regiões como novas possibilidades de
migração. Esse tipo de deslocamento, ou seja, as migrações
intrarregionais têm maior importância no Nordeste e no Sul do Brasil.
Desde a década de 80, os fluxos intrarregionais e estaduais
tornaram-se muito significativos nessas regiões, sobretudo devido à
solidificação das metrópoles ao redor de capitais de cada estado.
Atualmente, o Brasil já pode ser considerado um país
essencialmente urbano. Portanto, os fluxos migratórios são bem
menores do que os que haviam em décadas passadas, quando as
pessoas ainda estavam “descobrindo” as cidades. Outro fator que
contribuiu bastante para a diminuição do fluxo migratório, sobretudo
do Nordeste para o Sudeste, foi o estabelecimento de ações sociais
como o “Fome Zero” e o “Bolsa Família”, que minimizaram o
problema da seca.
Por favor, não entendam isso como uma defesa partidária, a
única coisa que queremos frisar aqui é que, em outros tempos, a
seca era um dos grandes motivos de migração, pois não havia como
preencher as necessidades básicas alimentares. Entretanto, agora,
com o auxílio do governo por meio desses programas sociais, aquelas
pessoas têm o seu problema mais imediato resolvido: a fome. Assim,
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não há mais necessidade de migrar para que a família não morra de
fome, o que lhes confere ânimo em permanecer em sua terra natal.
Mas é claro, pessoal, que, por si só, programas sociais não
resolvem a vida de ninguém, não é mesmo? Eles poderiam adiar a
migração, mas em algum momento ela ocorreria, afinal, além de
comida, o ser humano possui outras necessidades que, uma vez
suprimida a fome, se afloram. Portanto, é imprescindível que outras
políticas sejam concomitantes às ações sociais, como os incentivos
fiscais dados pelo governo às grandes empresas e a realização de
melhorias na infraestrutura.
E foi com essas iniciativas que a Bahia “ganhou” o pólo
petroquímico de Camaçari e o Ceará conquistou indústrias têxteis e
de calçados. Além disso, essa região tem maior proximidade com a
Europa, o que favorece o comércio internacional, já que reduz os
custos com o transporte.
Outra área muitíssimo beneficiada com as melhorias da
infraestrutura foi o Centro-Oeste. Com isso, o Mato Grosso
corresponde hoje a 53% de toda a produção de algodão do Brasil.
Além disso, essa região destaca-se, juntamente com o Norte, em
relação ao rebanho bovino, em que juntos representam mais da
metade da produção nacional.
Outro fator importante para o desenvolvimento da região
Centro-Oeste que não pode ser esquecido é a construção de Brasília.
A fundação dessa cidade, que completou em abril de 2010 exatos 50
anos, levou milhares de pessoas para viver em seu entorno e atingiu
em cheio a dinâmica econômica da região.
Por sua vez, o Norte se destaca pelos empregos que oferece
na produção de minerais metálicos, como ferro e alumínio, e no
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extrativismo vegetal. Além disso, no Amazonas, a zona franca de
Manaus é um dos principais pólos industriais do país, que conta com
permanente crescimento.
Por fim, do outro lado do Brasil, a região Sul tem sua
economia ligada diretamente ao MERCOSUL. Isso porque ela mantém
uma indústria forte no setor metalúrgico, automobilístico, têxtil e,
sobretudo, na produção agrícola. Além da produção de cebola, maçã
e alho, essa região responde por quase metade de toda a produção
de grãos do país.
Pois bem, meus amigos, até agora falamos mais da
distribuição regional das atividades econômicas, mas vejamos alguns
dados relevantes para compreender melhor a demografia brasileira.
A) As 10 Cidades mais populosas do Brasil
São Paulo, Rio de Janeiro, Salvador, Brasília, Fortaleza, Belo
Horizonte, Manaus , Curitiba, Recife e Porto Alegre.
B) Religião mais praticada
Apesar do crescimento significativo do número de
evangélicos, o Catolicismo ainda corresponde a pelo menos 68,4% da
população brasileira. Entretanto, é bom lembrar, pessoal, que dentro
do território nacional, a liberdade de culto e a participação de
cidadãos brasileiros em quaisquer atividades religiosas são garantidas
por lei.
C) População
Composta de pardos, brancos, negros e índios, o critério
utilizado pelo IBGE para a classificação de cada uma das raças é a
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autodeclaração, ou seja, um negro pode se declarar pardo ou um
pardo se declarar negro ou branco.
Apesar da existência de mais de 180 idiomas e dialetos dos
povos indígenas, a língua predominantemente falada é o português.
A distribuição populacional, apesar dos inúmeros avanços,
continua desigual, mantendo uma concentração de pessoas nas zonas
litorâneas especialmente do Sudeste e da Zona da Mata nordestina.
As áreas menos povoadas são o Centro-Oeste e o Norte.
A expectativa de vida é outro fator que tem crescido nas
últimas décadas, está em torno de 69,73 anos para os homens e
77,32 para as mulheres.
A taxa média de fecundidade em 2006 era de 2,0 filhos por
mulher, caindo para 1,86 em 2011, o que coloca o Brasil nivelado
com a taxa de fecundidade de países desenvolvidos.
No país são 96 homens para cada grupo de 100 mulheres.
Vejamos como esses pequenos detalhes podem aparecer
nas questões!
4) (FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) Em
29/04/2011, o IBGE divulgou a sinopse com os primeiros
resultados definitivos do Censo 2010. Sobre os resultados
considere:
I. No conjunto da população brasileira predominam as mulheres.
II. Os grupos de pardos e pretos apresentaram diminuição absoluta.
III. Tem aumentado proporcionalmente o número de pessoas com
mais de 60 anos.
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IV. Aumentou a participação percentual das populações das regiões
Norte e Centro-Oeste no conjunto da população brasileira.
V. Em relação ao Censo 2000, diminuiu o número de cidades com
mais de 1 milhão de habitantes.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I, III e IV.
(C) I, IV e V.
(D) II, III e IV.
(E) III, IV e V.
COMENTÁRIOS
Resposta certa: letra B. Mas, vamos por parte, analisando
cada uma das assertivas.
Segundo os dados do Censo 2010, o número de mulheres
continua sendo maior que o número de homens. O país apresenta,
conforme as publicações do IBGE, o número de 96 homens para cada
100 mulheres. Desde modo, mesmo não sendo uma diferença tão
grande, as mulheres são maioria no conjunto da população. Portanto,
a afirmativa I está correta.
Por outro lado, a afirmativa II diz que houve uma
diminuição absoluta do número de pretos e pardos. Na verdade, os
dados do Censo apresentaram resultados contrários. Segundo os
dados divulgados, houve um aumento no percentual de pessoas que
se declaram pertencentes aos grupos de pretos e também de pardos.
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No Censo de 2000 o percentual de brancos era de 53,74% e até 2009
manteve-se acima de 50%. Nos resultados de 2010, esse percentual
baixou para 47,73%, o que fez com que o número de brancos fosse
menor que a soma de pretos, pardos, amarelos e indígenas.
Essa mudança percentual indica, não um aumento de
pessoas que não sejam brancas, mas sim, a identificação das pessoas
pretas e pardas com sua cor. Historicamente pretos e pardos são
desvalorizados socialmente, levando as pessoas a não quererem se
identificar com essa condição. A mudança de atitude mostra que há
uma afirmação de identidades e indica alterações nas próprias
relações sociais aumentando a aproximação interracial.
A afirmativa III está correta ao dizer que “tem aumentado
proporcionalmente o número de pessoas com mais de 60 anos”, pois,
realmente houve, segundo o Censo 2010, uma queda do número de
crianças e jovens e um ligeiro aumento do número de idosos no
conjunto dos brasileiros. Nesse sentido, a população estaria ficando
mais velha.
Também correta, a afirmativa IV diz que aumentou a
participação percentual das populações do Norte e Centro-Oeste no
conjunto da população brasileira. No Censo 2010, essas duas regiões
se destacaram pelo ritmo do crescimento que apresentaram. Essa
realidade se deu principalmente pelo grande impacto da migração
para o interior, aumentando a população do Norte e Centro-Oeste. A
nova tendência migratória, contrária do historicamente acontecia, é
de uma marcha em direção às regiões menos populosas. No entanto,
é importante destacar o aumento da pressão ambiental nessas áreas,
causando grandes ameaças de devastação.
Finalizando, a última afirmativa diz que diminuiu o número
de cidades com mais de 1 milhão de habitantes. Ao contrário do que
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diz a afirmativa, mais cidades brasileiras estão com mais de um
milhão de habitantes. Um exemplo é São Luís, que entrou para o
grupo de metrópoles (cidades com mais de 1 milhão de habitantes).
Por outro lado, a tendência de aumentar o número da população
urbana faz com que as grandes metrópoles continuem crescendo,
assim, o erro da afirmativa está em dizer que as cidades com mais de
1 milhão de habitantes diminuiu, quando, na verdade, continua
aumentando.
Gabarito: B
___X___
1.4 – A estrutura etária da população brasileira e a evolução
de seu crescimento
A partir do final da década de 60, vemos uma significativa
redução da natalidade entre as camadas mais privilegiados da
sociedade e nas regiões mais desenvolvidas do país. Essa situação
acabou colaborando para uma importante mudança na estrutura
etária da população brasileira, que aparece com um perfil mais
envelhecido e o ritmo de crescimento baixíssimo.
A distribuição da população por faixas de idade em um país
é consequência das taxas de crescimento populacional, da
expectativa de vida e das migrações que ocorrem naquele território,
resultando na divisão em três faixas etárias:
Jovens (0-14 anos);
Adultos (15-64 anos); e
Idosos (acima de 65 anos).
O que mais chama a atenção na estrutura etária dos países
considerados desenvolvidos é a forte presença de adultos e uma
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porcentagem expressiva de idosos – dado o baixo crescimento
vegetativo e a elevada expectativa de vida. Seria mais ou menos
aquela historinha que ouvimos das nossas avós sobre como o mundo
hoje está perdido e como é caro e perigoso ter filhos, lembram? Pois
é, parece que quanto maior a renda das pessoas, mais próximas elas
ficam da lógica da nossa avó e por isso a natalidade é tão baixa entre
elas.
Em contrapartida, nos países em desenvolvimento, os
jovens superam os adultos e os idosos, justamente porque o
crescimento vegetativo é grande e a expectativa de vida baixa.
Por esse motivo, esses países acabam ficando em
desvantagem, particularmente os indivíduos mais pobres que
possuem famílias mais numerosas. E por quê? Porque sustentar um
número maior de filhos é concretamente mais difícil, ou seja, tanto os
pais quanto o Estado têm suas possibilidades absolutamente
limitadas de oferecer uma formação de boa qualidade. Assim, resta
como opção mais forte colocar a criança no mercado de trabalho e
repetir o mesmo círculo vicioso da pobreza e da miséria.
No caso do Brasil e de outros países
classificados como "emergentes" ou em
desenvolvimento, a proporção de jovens tem
diminuído a cada ano. Em contrapartida, o
índice da população idosa vem aumentando, o
que gerou mudanças recentes no sistema de
previdência social, com estabelecimento de
idade mínima para a aposentadoria e teto
máximo para pagamento ao aposentado.
A base da pirâmide etária do Brasil mudou e agora indica
sinais de envelhecimento para a sociedade brasileira. O numero de
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crianças de até 14 anos equivale a pouco mais de 25% e, no extremo
oposto, temos um significativo aumento da população com 70 anos
ou mais. Essa oposição traz um ponto positivo e um negativo, afinal,
pessoal, nem tudo são flores, não é mesmo? Assim, ao mesmo tempo
em que ela demonstra que houve uma melhoria na qualidade de vida
dos idosos, ela também aponta o problema de que há cada vez
menos jovens pra sustentar um número cada vez maior de idosos.
Por outro lado, a evolução do crescimento da população
brasileira também sofreu grandes avanços na história nacional. Vocês
sabiam que somente no último século a população brasileira
multiplicou-se por mais de dez? Pois é, pessoal, se em 1900 residiam
no Brasil cerca de 17 milhões de pessoas atualmente temos uma
população, segundos dados do IBGE, superior a 190 milhões.
Como pudemos perceber até agora, desde o primeiro
recenseamento feito no Brasil em 1872, muitas modificações
ocorreram no padrão do desenvolvimento demográfico no país.
Até o início da década de 30, o crescimento da população do
Brasil teve um forte impulso: a imigração. Com a adoção da "Lei de
Cotas", que impôs limites à entrada de imigrantes, o aumento da
população passou a depender diretamente do crescimento vegetativo.
E o que é isto? A diferença entre o número de pessoas que nascem e
o número de pessoas que morrem chamamos de crescimento
vegetativo(CV).
Após a Segunda Guerra Mundial, houve um importante
avanço nas questões sanitárias, como a expansão da rede de esgoto,
acesso à água encanada, campanhas de vacinação em massa, acesso
a medicamentos básicos, etc. Esses avanços estimularam a maior
evolução das taxas de crescimento populacional, atingindo em 1960
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cerca de 2,9% a.a., o que marcou a primeira fase de transição
demográfica brasileira.
A partir dessa data, começou a ocorrer uma desaceleração
demográfica contínua, ou seja, começou a morrer mais pessoas do
que a nascer, o que resultou num crescimento demográfico de 1,6%
a.a. Podemos pensar que 1% a menos não faz tanta diferença assim,
porém o impacto disso no padrão da população é realmente
significativo! Assim, se iniciou a segunda fase de transição
demográfica.
Posteriormente a isso, o intenso processo de urbanização
ocorrido no país, principalmente a partir da década de 1960, foi o
principal responsável pela redução das taxas de fecundidade. Mas por
que isso aconteceu?
Bem, nas cidades, as informações e o acesso aos métodos
contraceptivos são bem maiores do que os existentes no campo. Para
complementar, foi justamente em fins da década de 60 que a pílula
anticoncepcional passou a ser mais aceita e difundida na sociedade
brasileira. Com as mulheres ocupando cada vez mais o mercado de
trabalho urbano, as famílias passaram a dispor de menos tempo para
se dedicar aos filhos. Além disso, é claro que na cidade os gastos com
a criação dos filhos são bem maiores que no meio rural, o que
acabava inibindo a formação de famílias numerosas.
5) (CESPE / Analista Judiciário – TJ-ES / 2011 / com
adaptações) Com referência aos dados do Censo 2010
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), julgue os itens subsequentes.
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I – No Censo de 2010, a classificação cor/raça fez parte não apenas
dos questionários de amostra, como aconteceu no Censo 2000, mas
também do questionário básico nacional.
II – Os dados divulgados pelo IBGE indicaram crescimento
populacional superior ao que havia sido calculado pelas projeções
anteriores.
III – A partir de 2010, foram investigados os novos arranjos
familiares, como, por exemplo, agregados, conviventes ou cônjuges
do mesmo sexo.
Marque a alternativa correta.
a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) todas as assertivas estão corretas.
d) todas as assertivas estão erradas.
e) as afirmativas I e III estão corretas.
COMENTÁRIOS
A afirmativa I está correta. No item 6 do formulário básico
usado no Censo 2010 consta o subitem 6.04 que diz: “A sua raça ou
cor é:” seguido das opções 1-Branca; 2-Preta; 3-Amarela; 4-Parda;
5-Indígena. O mesmo critério tinha sido usado no questionário de
amostra. Já em 2000, o formulário básico não apresentou essa
opção, enquanto que no questionário de amostra constava.
A afirmativa II está errada. Segundo as projeções
anteriores, o Brasil estaria em 2010 com um total de 193.252.604
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pessoas. No entanto, conforme os dados divulgados pelo IBGE, a
população brasileira em 2010 foi de 190.732.694 pessoas. Portanto,
o crescimento populacional foi menor que o calculado pelas
projeções anteriores. (Dados retirados do IBGE).
A assertiva III está correta. Algumas adaptações foram
feitas no Censo 2010 para atender às novas realidades da sociedade
brasileira. Segundo informações do próprio IBGE, “a definição dos
questionários do Censo 2010 levou em conta mais de 9000 sugestões
de usuários da informações do IBGE, enviadas pelo Portal do IBGE na
internet, além de sugestões de órgãos do governo, pesquisadores e
organizações nacionais e internacionais.” Além disso, “para dar conta
dos novos arranjos familiares” os questionários incluíam itens que
não estavam presentes me Censos anteriores. Ainda segundo o IBGE,
“a lista inclui, por exemplo, as categorias Cônjuge do mesmo sexo,
(...) Enteado, Convivente, (...) Agregado”. Ou seja, tentou-se ao
máximo representar as variadas realidades familiares presentes
contemporaneamente na sociedade brasileira.
Gabarito: E
6) (FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) O Censo 2010
contabilizou, até 31 de outubro deste ano [2010],
185.712.713 residentes no país, incluindo brasileiros e
estrangeiros. A informação foi publicada nesta quinta-feira
(4/11/2010), no Diário Oficial da União. Foram visitados,
segundo a publicação, 67.275.459 domicílios.
(Adaptado de http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010)
Um dos dados mais importantes do Censo/2010 refere-se
(A) ao fato da população jovem (0 a 20 anos) estar aumentando
sensivelmente.
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(B) à diminuição percentual da população urbana em todo o país.
(C) à substituição do sudeste pelo Nordeste como região mais
populosa.
(D) ao crescimento da população economicamente ativa no setor
primário.
(E) ao aumento percentual da população idosa (60 anos ou mais) no
país.
COMENTÁRIOS
Segundo os dados do Censo 2010, os jovens brasileiros com
até 25 anos de idade teve menor representatividade no total da
população brasileira. Por outro lado, segundo os mesmo dados,
houve no Brasil um aumento da população idosa. Assim sendo, a
letra A nos aparece como incorreta.
Com relação à população urbana, ao contrário do que diz a
opção B, houve um aumento de 81% para 84,3% de pessoas
urbanizadas, dados comparativos entre o Censo de 2000 e o de 2010.
Esta opção está, portanto, incorreta.
A letra C diz que o Sudeste está perdendo seu lugar de
região mais populosa para o Nordeste. No entanto, a realidade é que
a região Sudeste ainda continua sendo a mais populosa no país.
Respectivamente, os percentuais populacionais da região Sudeste,
Nordeste e Sul, segundo o Censo 2010, são: 42,1%; 27,8% e 14,4%.
Se comparados com os dados do Censo de 2000, houve uma queda
nesses percentuais, demonstrando-nos uma maior distribuição da
população pelas outras regiões do Brasil. Mas, essas três regiões
continuam sendo as mais populosas, com a dianteira da região
Sudeste.
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A letra D fala de um aumento da população
economicamente ativa no setor primário, ou seja, no ramo da
atividade produtiva vinculado ao desenvolvimento da agricultura,
pecuária e extrativismo (vegetal, animal e mineral). No entanto,
segundo os dados do Censo 2010, atualmente a distribuição da
população economicamente ativa sofreu uma significativa mudança
com aumento do setor terciário, que é aquele ligado diretamente à
prestação de serviços (professores, advogados e profissionais
liberais) e comércio em geral (atacadista e varejista). Assim, a opção
D está incorreta.
A letra E está correta. Como apontado anteriormente, os
dados do Censo 2010 mostram que houve um aumento da população
idosa no Brasil, sendo as regiões Sudeste e Sul as duas mais
envelhecidas do país.
Gabarito: E
7) (CESPE / ABIN / 2008 / com adaptações) O século XX
assistiu a um rápido crescimento da população mundial, que
partiu de 1,6 bilhões e alcançou 6,1 bilhões. Não se prevê uma
estabilização para o atual século, porém, para 2050, a
expectativa é de 9 bilhões de habitantes no planeta.
Com base no texto, julgue o item a seguir:
I – Ao lado da perspectiva de crescimento populacional mundial, o
movimento de pessoas cruzando fronteiras como imigrantes é um
aspecto relacionado ao processo de integração global, fonte potencial
de conflitos sociais.
COMENTÁRIOS
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A afirmativa está correta. Conforme afirma o próprio
enunciado, há grande expectativa de que continue havendo um
crescimento populacional mundial. E aí mora um problema! Se a
população continuar crescendo sem que haja uma melhor distribuição
de renda, isto é, sem que haja uma desconcentração das riquezas, a
situação poderá chegar a um nível crítico.
Uma das consequências do crescimento populacional é a
escassez de alimentos. Na verdade, não é que falte comida no
mundo; ela está é mal distribuída. Falar nesse assunto me faz
lembrar de Thomas Malthus, economista que enxergava no
crescimento populacional o grande problema da humanidade.
Segundo ele, enquanto a população crescia em progressão
geométrica, a produção de alimentos crescia em progressão
aritmética.
Pois bem, falemos agora sobre a questão migratória! Com a
globalização e o desenvolvimento dos meios de comunicação, o
acesso à informação tornou-se muito maior. Nesse sentido, pessoas
que vivem na África têm contato, por meio da televisão, com uma
realidade bem diferente. Assim, passar a desejar obter as benesses
do estilo de vida dos países desenvolvidos, o que dá origem a um
intenso fluxo migratório.
A migração acentuada é também uma realidade do
crescimento econômico sem o aumento da oferta de emprego. Assim,
muitos imigrantes têm como objetivo conquistar o seu lugar no
mercado de trabalho. E, justamente por causa disso, acabam por
constituir-se em ameaça ao emprego dos nacionais. Surgem, então,
os movimentos xenofobistas, fonte potencial de conflitos sociais.
Gabarito: Certo
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___X___
2 – Aspectos Ambientais
2.1 – A questão ecológica em nível mundial
A questão ecológica e a preocupação com os problemas
ambientais acabam gerando em todos nós algumas perguntas
inquietantes: elas são mesmo fruto de um desconforto real ou apenas
uma moda passageira?
Alguns chegam até a afirmar que estas questões foram
trazidas à tona como um cômodo recurso ideológico que objetiva
substituir as grandes questões mobilizadoras até poucas décadas
atrás. Para os mais radicais, toda essa “festa” em torno do meio
ambiente não passa de uma forma de manter enfraquecidos os
problemas sociais do mundo, como a pobreza, a exploração e os
conflitos de interesse entre as classes. Mas será que isso é
pertinente?
Compreender o problema ambiental não significa dominar a
geografia física das regiões, conhecer o relevo, os rios e saber tudo
sobre as devastações ambientais. É claro que tudo isso tem sua
importância, pois compõe o nosso estudo. Entretanto, é
imprescindível percebermos que o alcance da questão ecológica é
bem mais profundo do que parece, uma vez que não se reduz apenas
aos inúmeros distúrbios do meio ambiente.
Na verdade, o fato dessa questão ecológica estar tão na
“moda” nos mostra a incapacidade de um sistema social de produção
e de consumo (capitalismo) em manter formas e ritmos de
crescimento sem destruir as condições de sua própria reprodução.
Deste modo, a importância do assunto transcende as diversas crises
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ambientais espalhadas em todas as regiões do planeta e demanda
que percebamos que desequilíbrios entre sociedade e meio ambiente
estão biblicamente atrelados à história da humanidade.
Todavia, o que é absolutamente novo pra nós é que as
crises ambientais globais estejam influenciando, cada vez mais, nos
colapsos locais e regionais ocorridos nos últimos tempos. Vamos
pensar, por exemplo, nas chuvas do Rio de Janeiro. Pesquisas
apontam que o aquecimento global causado pelo contínuo
desenvolvimento industrial é um dos principais responsáveis por
catástrofes climáticas como essa. Do mesmo modo, o furacão
ocorrido no Rio Grande do Sul que, em 2004, destruiu mais de 20 mil
casas, ou os temporais em Santa Catarina. Todos esses fenômenos
acabam tendo como principal justificativa o desequilíbrio
ambiental global.
Assim, amigos, as profundas implicações econômicas,
políticas e sociais acabam mesmo se conectando às questões do meio
ambiente e, talvez por isso, esse tema esteja sempre presente nas
provas de atualidades (e agora mais do que nunca!). Modismo ou
não, o debate em torno do assunto é intenso e, pela primeira vez, a
sensação de que toda a humanidade caminha para situações
catastróficas parece unânime. As transformações ambientais,
geralmente traumáticas e dolorosas, acabaram cobrando da
sociedade tanto uma reflexão em torno das relações entre o homem
e a natureza quanto a necessidade de revê-las.
É verdade também que os desastres climáticos não
ameaçam todo mundo da mesma forma, na mesma intensidade e
nem com a mesma iminência. Deste modo, ficam mais vulneráveis a
esses desastres – que acabam sendo sociais – as populações que não
possuem tecnologia, que são empurradas sempre para mais longe
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dos centros de produção e consumo. Por isso, podemos afirmar que
as sociedades mais pobres e marginalizadas são as que mais intensa
e rapidamente sofrem os problemas do esgotamento do solo, da
escassez de água, moradia e alimentos.
A questão ecológica, portanto, diz respeito, ao mesmo
tempo, às relações entre os homens e às relações dos homens com a
natureza – que é quem fornece seus meios de sobrevivência.
O avanço técnico e científico que contribuiu para o boom de
todo o processo de industrialização em países ricos e pobres,
capitalistas e socialistas, pode ser considerado o principal elemento
de interferência e alteração da natureza. Não é segredo para nós que
a natureza é formada por um conjunto de componentes ambientais
composto de terra, água, ar e seres vivos, animais e vegetais. Pois
bem, esses elementos são interdependentes, o que significa que a
alteração ou agressão de um deles resulta, imediatamente, na
alteração de outro.
Até os anos de 1960, qualquer ideia de sociedade que se
distinguisse da capitalista já mostrava que havia uma inegável
necessidade de uma nova organização econômica, em que os meios
produtivos fossem divididos de forma mais equilibrada. Entretanto,
até a década de 70 não havia a menor preocupação direta com
questões ambientais ou ecológicas, com exceção das universidades
que tratavam o tema com relativo cientificismo. “Não entendi,
professora, o tratamento das questões ambientais é da década de 60
ou 70?”
Bom, deixe-me, explicar melhor! As primeiras preocupações
com a destruição da natureza, principalmente das florestas e dos
animais selvagens, surgiram nos anos 50, com as primeiras
manifestações organizadas contra os armamentos e as usinas
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nucleares. Essas manifestações foram importantes, pois abriram o
caminho para a luta contra os efeitos poluidores da indústria e para
as ideias de conservação do meio ambiente, que até então estavam
restritas aos círculos acadêmicos e naturalistas. No entanto, essas
manifestações eram espaçadas e restritas aos ecologistas de
plantão. Na verdade, eles queriam despertar a sociedade para os
danos que eram causados à natureza, alertando para possíveis
complicações futuras. Mas, em meio a uma sociedade que buscava
lucro e mais lucro, que se industrializava rapidamente, esses brados
não eram ouvidos!
Em meados da década de 1960, a sociedade capitalista
começou a pensar na necessidade de fazer uma melhor distribuição
dos meios produtivos para diminuir as grandes diferenças entre os
países "avançados" e os "atrasados e dependentes", mas essa
mudança de pensamento ainda era restrita a alguns poucos teóricos
da economia que viam nessa melhor distribuição o próprio
fortalecimento do sistema capitalista. O alarido dos ecologistas,
pedindo por mais atenção ao meio ambiente, continuava em sua
"conversa de mudos", ou seja, sem receber atenção dos governos,
empresários e industriais.
É somente a partir de 1970 que aparecem os primeiros
sinais de que a sociedade capitalista (incluindo governos,
empresários, comerciantes, industriais, população em geral e
sociedade acadêmica) começava a realmente pensar em
desenvolvimento sem afetar negativamente o meio ambiente. Mas,
era apenas o começo. Foi somente nesse momento que as vozes dos
ecologistas começam a ser ouvidas, aquelas mesmas vozes que
estavam "roucas" de gritar que o desenvolvimento econômico não
deveria atropelar a natureza. Mas, a preocupação real e o
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desenvolvimento de acordos internacionais no sentido de prezar pelo
equilíbrio ambiental ainda é posterior a isso.
Como sabemos, no Brasil, o grande crescimento industrial
se deu entre as décadas de 50 e 60, portanto não haveria mesmo
como haver manifestações ecológicas anteriores a esse período.
Apesar disso, em outros lugares, “privilegiados” pela industrialização
precoce, essa também não era uma discussão comum, como vimos
acima, ela era restrita aos ambientalistas.
A crescente industrialização concentrada em cidades, a
mecanização da agricultura, a intensa exploração de recursos
energéticos como carvão mineral e petróleo, e minerais como ferro,
alumínio, etc., alteraram significativamente a terra, o ar e a água do
planeta. Tamanha exploração levou algumas áreas à degradação
ambiental irreversível, o que evidenciou duas necessidades mundiais
urgentes. A primeira era a obrigação de haver maior integração entre
as disciplinas que se propunham a estudar a natureza. A segunda era
a necessidade de uma profunda revisão dos paradigmas da ciência
moderna para alcançarem uma solução para o problema identificado.
Devido à visibilidade que foi dada aos diversos problemas
ambientais e ecológicos apontados pelas crescentes manifestações,
sua mobilização e suas lutas, este assunto ganhou mais atenção das
sociedades mundiais.
É claro, pessoal, que, nesse processo acelerado de
“tecnificação” das sociedades humanas, algumas regiões do planeta
foram palco de maiores alterações do que outras. Entretanto, poucas
são as áreas do mundo que não foram total ou parcialmente
devastadas pelas práticas predatórias do homem.
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A sociedade industrial que o mundo contemporâneo edificou
interferiu e alterou profundamente a natureza, já que, para construir
e alimentar complexos industriais, extensos espaços de natureza
tiveram que ser destruídos.
O desenvolvimento permanente dos meios de produção, a
ampliação da sociedade de consumo, os atrativos do lazer, do
conforto e a liberação da mão-de-obra rural, acabaram estimulando o
crescimento da população urbana nos países industrializados. Apesar
disso, o crescimento rápido das cidades não pôde ser acompanhado
no mesmo ritmo, sobretudo nos países em desenvolvimento, pelo
incremento das redes de água tratada, coleta e saneamento de
esgoto etc.
Nessas sociedades (os países em desenvolvimento), os
problemas ambientais são muito maiores do que nos países mais
desenvolvidos. Essa diferença se dá principalmente porque, além das
questões relativas à destruição do meio ambiente em si, como a
poluição do solo, do ar e da água, ainda há o agravante da pobreza
da população. Vejamos como esses temas podem ser encontrados em
provas!
8) (CESPE / ABIN / 2008 / com adaptações) A questão
ambiental, tendo em vista suas implicações sociais, econômicas e
políticas, ganhou repercussão e passou a fazer parte das políticas
nacionais e do fórum de debate mundial.
Acerca desse assunto, julgue o item subsequente.
Com a maior parte da população brasileira vivendo em
aglomerações urbanas, a degradação da qualidade do meio
ambiente urbano e dos recursos naturais tem sido motivo de
conflitos e de proliferação de doenças nas cidades.
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COMENTÁRIOS
A urbanização acentuada é uma constante em todas as
regiões do nosso planeta. Entretanto, o que durante muitos anos foi
visto como símbolo de progresso hoje comporta em si inúmeros
problemas. Nesse sentido, a explosão da periferia nas grandes
cidades foi uma das principais responsáveis pela degradação do meio
ambiente, existência de conflitos pelos recursos naturais e
proliferação das doenças. Isso ocorre na maior parte das cidades de
países em desenvolvimento e é um ponto muito forte aqui no Brasil.
A grande maioria das metrópoles abriga favelas e essa
situação tende a se agravar principalmente em países onde as
pessoas continuam migrando em busca de empregos e se defrontam
com a ociosidade.
A maior parte da população brasileira vive em aglomerações
urbanas. Essa concentração populacional nas cidades tem como
consequência a degradação ambiental, causada pelas modificações
ocorridas no espaço geográfico.
Assim, verifica-se nos principais aglomerados urbanos
brasileiros grande poluição do ar, do solo (causado pelo lixo urbano),
sonora, visual, etc. Tudo isso causa perda da qualidade de vida da
população, o que gera aumento do número de doenças e conflitos
ambientais.
Ressalte-se que quando a questão fala em conflitos
ambientais, ela não quer dizer que se “pega em armas” em defesa do
meio ambiente. Os conflitos ambientais são uma nova espécie de
conflito social, que exige a intervenção do Estado. Pode-se verificar
que justamente a parcela da sociedade que mais sofre com os riscos
ambientais é justamente a menos favorecida e que, por conseguinte,
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tem menos responsabilidade na construção deste risco. Portanto, a
questão está correta.
Gabarito: Certo
___X___
2.2 – O ambiente ganha visibilidade mundial
O grande concretizador do meio ambiente como um assunto
mundialmente importante foi a Conferência das Nações Unidas sobre
Meio Ambiente Humano, realizada em Estocolmo, Suécia, em 1972.
Tendo como tema principal o Meio Ambiente Humano, essa
Conferência estabeleceu princípios de aplicação geral no que se refere
à proteção ambiental.
De acordo com Accioly, o ano de 1972 pode ser apontado
como o ano em que a conscientização para a importância de se evitar
a destruição do meio ambiente tomou âmbito global. Nessa
conferência, se reuniram pela primeira vez países industrializados e
países em desenvolvimento para discutir problemas relativos ao meio
ambiente. Apesar do objetivo comum de preservação ambiental, a
conferência deixou claro o fosso existente entre esses países,
sobretudo em matéria ecológica.
Assim, quando o grupo de países em desenvolvimento era
chamado a cumprir padrões mínimos ambientais, eles entendiam
essa pressão como um mecanismo utilizado pelos países mais
industrializados para impedir seu crescimento. Dessa forma, para
grande parte das nações, a questão ambiental surgiu como um
limitador e dificultador do modelo vigente, em que são explorados,
descontroladamente, os recursos ambientais do planeta.
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A Conferência de Estocolmo deu origem à Declaração das
Nações Unidas sobre o meio ambiente, que estabelece princípios
gerais para sua proteção e prevê a criação do Programa das Nações
Unidas. Esse programa tem como objetivo fundamental coordenar as
ações internacionais de amparo à natureza, promovendo um
desenvolvimento sustentável.
Bem, para compreendermos a Declaração de Estocolmo,
teremos que entrar um pouco no direito internacional ambiental, mas
não se assustem, pois não é nada de outro mundo, ok?
Assim, temos como pontos principais:
O direito ao meio ambiente foi alçado à condição de direito
fundamental do ser humano. O primeiro princípio enumerado
pelo referido documento estabelece que “o homem tem direito
fundamental à liberdade, à igualdade e a condições de vida
satisfatórias, em meio ambiente cuja qualidade lhe permita viver
com dignidade e bem-estar.”
A Declaração de Estocolmo estabeleceu o princípio da
responsabilidade internacional dos Estados em matéria
ambiental. De acordo com o princípio de nº 21, “os Estados têm
o direito soberano de explorar os seus próprios recursos segundo
políticas ambientais que estabeleçam. Entretanto eles têm o dever
de realizar essas atividades nos limites de sua jurisdição ou sob
seu controle, desde que não causem danos ao meio ambiente em
outros estados ou nas regiões não submetidas a qualquer
jurisdição nacional.” Resumindo: lembram daquele sermão que
ganhávamos da professora no colégio, que dizia que nosso direito
termina onde começa o do coleguinha? Pois bem, aqui é a mesma
coisa: um Estado não pode explorar seus recursos de forma a
causar dano a outro Estado.
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Um Estado deve ser responsabilizado pelos danos ambientais que
cause fora de sua jurisdição territorial, ou seja, pelos danos que
cause ao meio ambiente de outro Estado. Ou seja, feriu o direito
do coleguinha? Então vai ter que assumir a responsabilidade.
Passados 10 anos da Conferência de Estocolmo, foi
elaborado um relatório para avaliar tanto os principais resultados
alcançados, quanto apontar os principais problemas ambientais
existentes. E foi nesse momento que surgiu, pela primeira vez, o
conceito de “desenvolvimento sustentável ”. Mas o que seria isso
afinal?
Podemos entender este desenvolvimento como sendo
aquele que atende as necessidades do sistema
produtivo e das gerações atuais, sem comprometer
a capacidade das futuras gerações de terem suas
próprias necessidades atendidas.
Outro evento que marcou as relações homem / meio
ambiente foi o realizado em 1992 na cidade do Rio de Janeiro. Vocês
se lembram? Dependendo da idade de vocês, é possível que não, mas
pra mim, que já sou velhinha (rsrsrs, não vale perguntar minha idade
no fórum, heim?!), a ECO 92 foi um evento inesquecível!
Na ocasião, a Conferência das Nações Unidas sobre o Meio
Ambiente e Desenvolvimento, que em 1972 havia sido em Estocolmo,
movimentou a cidade do Rio de Janeiro e ganhou a mídia brasileira e
internacional. Do mesmo modo, a conferência realizada na Suécia, foi
“reproduzida”, duas décadas mais tarde, na cidade do Rio e ficou
mundialmente conhecida como ECO-92.
Nesse encontro, líderes do mundo todo foram reunidos e
produziram importantes documentos que buscavam regulamentar os
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mais variados elementos sobre o meio ambiente. Assim, entraram na
pauta das discussões para proteção ambiental: princípios sobre
Florestas, Convenção sobre Diversidade Biológica, Convenção
sobre Mudanças Climáticas, Agenda 21 e a Declaração do Rio.
Esses documentos tinham como principal objetivo definir um
rumo geral para as políticas ambientais essenciais de
desenvolvimento mundial. Assim, as políticas ali definidas deveriam
ditar um modelo de desenvolvimento sustentável que desse conta de
suprir às necessidades globais e, ao mesmo tempo, reconhecesse os
limites de desenvolvimento econômico.
Nessa linha, a Agenda 21 foi um documento elaborado
com o objetivo de servir de guia para que os Estados formulassem
políticas públicas em matéria ambiental com vistas a promover o
desenvolvimento sustentável. Outra realização importante deste
evento foi a consolidação da Convenção-Quadro das Nações
Unidas sobre a Mudança do Clima por quase todos os países do
mundo.
Essa convenção nada mais é do que um tratado
internacional que tem como objetivo a estabilização da concentração
de gases do efeito estufa na atmosfera em níveis admissíveis pelo
sistema climático. É verdade também que ainda não se sabe, com
precisão, qual é a medida de gases que poderiam ser considerados
seguros, entretanto, boa parte da comunidade científica admite que a
contínua emissão de gases no ritmo atual trará fortes danos ao meio
ambiente.
Assim, amigos, é correto afirmar que tanto a Conferência de
Estocolmo quanto a ECO-92 foram os marcos mais importantes para
o alargamento da gravidade da questão ambiental internacional.
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Cabe destacar também o Protocolo de Kyoto, assinado na
cidade japonesa de mesmo nome no ano de 1997. A convenção em
Kyoto estabeleceu um sólido compromisso por parte dos países
desenvolvidos em reduzir a emissão de gases, mesmo com ônus aos
seus respectivos crescimentos econômicos. No entanto, apesar da
seriedade com que as nações encararam o protocolo, ainda não são
palpáveis os meios pelos quais seriam colocadas em prática as
medidas e o compromisso em reduzir as emissões de gás.
O Protocolo de Kyoto faz parte da Convenção-Quadro das
Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas e determina que os
Estados deverão, para promover o desenvolvimento sustentável,
implementar ou aprimorar suas políticas nas mais diversas áreas,
como:
aumento da eficiência energética;
promoção de formas sustentáveis de agricultura;
proteção e aumento de sumidouros e reservatórios de gases de
efeito estufa;
redução gradual ou eliminação de incentivos fiscais, de isenções
tributárias e tarifárias e de subsídios para os setores emissores de
gases de efeito estufa;
pesquisa, promoção, desenvolvimento e aumento do uso de
formas novas e renováveis de energia, de tecnologias de sequestro
de dióxido de carbono e de tecnologias ambientalmente seguras;
limitação e/ou redução de emissões de metano por meio de sua
utilização no tratamento de resíduos, bem como na produção, no
transporte e na distribuição de energia e;
medidas para limitar ou reduzir a emissão de gases de efeito-
estufa, como a aplicação do princípio do poluidor-pagador.
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Aplicando o princípio do poluidor-pagador, o protocolo
criou o “Mecanismo de Desenvolvimento Limpo”, que deu a
oportunidade para a criação de um mercado de créditos de carbono.
“E não, professora, não tô entendo nada, crédito de carbono, o que é
isso?”
Bem, na verdade, isso funciona como um sistema de
compra simples, em que aqueles países ou indústrias que não
conseguem atingir as metas de redução de emissões de gases do
efeito estufa têm que comprar créditos de carbono. Como todos nós
sabemos, a tática de economia mais eficaz é sempre aquela que
atinge o bolso, não é mesmo?
Em contrapartida aos “esbanjadores”, aquelas indústrias
que conseguissem diminuir suas emissões abaixo das cotas
determinadas, poderiam vender o excedente de "redução de
emissão" ou "permissão de emissão" no mercado nacional ou
internacional.
De acordo com Portela, com a criação do mercado de
créditos de carbono, os países em desenvolvimento passaram a
negociar com os países desenvolvidos seus excedentes de "redução
de emissão" ou "permissão de emissão" no mercado nacional ou
internacional. Assim, os países em desenvolvimento tendem a
ampliar a execução de projetos que reduzem a poluição para ter mais
uma mercadoria para comercializar internacionalmente: seus
excedentes de ar puro.
Mas e quanto a metas? O Protocolo de Kyoto fixou metas
para a redução de emissão de gases?
Sim. Foram estabelecidas metas de redução de emissões
para os países, porém diferentes para cada um, em respeito ao
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princípio da responsabilidade comum, mas diferenciada. Assim, já
que a regra de redução não é valida para todos, países como o Brasil
podem realizar projetos de redução de emissões e negociar com os
que precisem os seus “créditos de carbono”.
Então, pessoal, deste modo fica claro que não são todos os
países que devem cumprir metas de redução de emissão de gases,
mas somente aqueles que estão relacionados no Anexo I do
protocolo de Kyoto – que são os países mais industrializados. É
correto afirmar que no encontro ocorrido no Japão foram
estabelecidas metas de redução e um mercado de créditos de
carbono por meio do qual os países industrializados acabam
financiando tecnologias consideradas limpas em países em
desenvolvimento, como forma de compensar suas emissões de gases.
Apesar disso, passados 12 anos, constatou-se que nada
disso deu certo! Na tentativa de se chegar a um novo acordo global
sobre o clima, os países se reuniram, então, em Copenhague, que
infelizmente, não teve mais êxito que o protocolo de Kyoto.
Vejam como esse assunto foi cobrado em prova.
9) (ESAF / PGFN / 2006) É objetivo do Protocolo de Quioto à
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de
Clima, de 1997:
a) a diminuição da eficiência energética em setores relevantes da
economia internacional, como modo direto de internalização de
externalidades negativas.
b) a proibição imediata de formas sustentáveis e não-sustentáveis de
agricultura, à luz das considerações sobre mudança de clima.
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c) a redução gradual ou eliminação de imperfeição de mercado, de
incentivos fiscais, de isenções tributárias e tarifárias e de subsídios
para todos os setores emissores de gases de efeito estufa.
d) a pesquisa, a promoção, o desenvolvimento e aumento do uso de
formas não-renováveis de energia, de tecnologia de seqüestro de
dióxido de carbono e de tecnologia ambientalmente seguras.
e) a ampliação de emissões de metano por meio de sua recuperação
e utilização no tratamento de resíduos, bem como no transporte, na
produção e na distribuição de energia.
COMENTÁRIOS
A letra A está errada porque o Protocolo de Kyoto tem por
objetivo o aumento da eficiência energética e não sua diminuição.
A letra B está errada. O Protocolo de Kyoto tem como um de
seus objetivos que os países promovam formas sustentáveis de
agricultura.
A letra D está errada, já que o protocolo que ora analisamos
tem como objetivo a utilização de formas renováveis de energia.
A letra E está errada porque o Protocolo de Kyoto tem como
objetivo a redução ou eliminação da emissão de gás metano e outros
gases de efeito estufa.
Resta-nos a letra C, que é a resposta correta. Considerando
que a emissão de gases de efeito estufa deve ser reduzida ou
eliminada segundo o Protocolo de Kyoto, o que se busca é
desestimular as atividades que poluem a atmosfera. Ou seja, os
incentivos aos setores emissores de gases de efeito estufa deverão
ser retirados.
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Gabarito: C
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2.3 – Conferências do Clima (COP-15, COPE-16 E COP-17)
Seguindo na linha dos encontros onde a natureza é o
grande foco, não poderíamos deixar de abordar aqui sobre as
Conferências do Clima.
A primeira delas é COP-15, realizada em Copenhague
(Dinamarca), entre os dias 7 e 18 de dezembro de 2009. E por que
esse encontro é tão famoso? Na verdade, muita expectativa foi
depositada nesse encontro, que se distingue dos demais
principalmente pelo fato de ter sido formulado, exclusivamente, para
tratar da variação climática mundial. Outro fator que lhe conferiu
bastante importância foi o fato da conferência buscar firmar um novo
acordo global que substituiria o Protocolo de Kyoto, o qual teria
validade somente até 2012.
Pois bem, a Conferência de Copenhague nada mais foi do
que uma assembleia das nações que aderiram ao compromisso
firmado na convenção ainda em 1992, no Rio de Janeiro. No âmbito
da “Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre mudança do clima”
já havia sido firmado o Protocolo de Kyoto, com o objetivo de mitigar
o aquecimento global. Mas, afinal, quais foram os principais impasses
às negociações em Copenhague?
As negociações no âmbito da Conferência do Clima se
concentraram basicamente em dois pontos fundamentais: redução
de emissão de gases de efeito estufa e apoio financeiro a ser
fornecido pelos países desenvolvidos aos países em
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desenvolvimento para que estes possam realizar ações de
mitigação e adaptação às mudanças climáticas.
Os maiores impasses nas negociações em Copenhague
foram justamente a divergência de interesses quanto a esses dois
temas. O Protocolo de Kyoto somente impôs obrigações de redução
de emissões aos países mais ricos. No entanto, os países mais
industrializados também queriam que os países em desenvolvimento
assumissem compromissos vinculantes nesse sentido. Logicamente,
não é o que queriam alguns países em desenvolvimento! Ao final da
Conferência de Copenhague, os países aprovaram um documento que
possuía tão somente a natureza de declaração de intenções, não
vinculando diretamente os países. Assim, ao final da COP-15, os
países não chegaram a um consenso, não assumindo compromissos
estritos.
Por outro lado, a COP-16, realizada em Cancún (México),
entre os dias 29 de novembro e 11 de dezembro de 2010, foi
realizada tendo como objetivo inicial traçar pontos que pudessem
fechar acordos e ter resultados mais positivos que o da COP-15.
Nesta conferência foi criado o “Acordo de Cancún”, com
aprovação do Fundo Verde e a extensão do Protocolo de Kyoto para
além de 2012. No que se refere ao Protocolo de Kyoto, Brasil e Reino
Unido tiveram papel político de destaque, pois, foram os dois países
os responsáveis pelas negociações pela extensão do Protocolo.
O Acordo reforçou a necessidade urgente de realizar fortes
reduções dos gases. Nesse sentido, as Nações foram convocadas a
reduzirem as emissões entre 25% e 40% até 2020. Nessa
conferência, ficou decidido que os mecanismos para a real redução de
emissão de gases seriam definidos na COP-17.
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O Fundo Verde, também definido na COP-16, tem por
objetivo garantir que os países em desenvolvimento tenham
condições de enfrentar as mudanças climáticas com ajuda dos
países ricos. O Fundo Verde será o responsável por administrar as
doações feitas pelos países ricos. A princípio, a União Europeia, Japão
e EUA se comprometeram com o financiamento de US$ 100 bilhões
até 2020, e em curto prazo o financiamento de US$ 30 bilhões. Para
gerir o Fundo, o Banco Mundial foi convidado e teria o apoio de um
conselho formado por 24 membros (com igualdade de representação
de países desenvolvimentos e em desenvolvimento, junto com
representantes de países menores).
Um dado importante de se guardar é que a Bolívia foi o
único país a se posicionar contra as decisões do COP-16,
argumentando que o plano não era suficiente para combater as
mudanças climáticas, “sendo tão fraco que poderia colocar o planeta
em risco”. Vários países lamentaram o posicionamento boliviano, mas
deixaram claro que as objeções apresentadas não poderiam impedir
um acordo entre 193 países, feito depois de 2 semanas de intensas
negociações.
Por fim, o COP-17, realizado em Durban (África do Sul),
entre os dias 28 de novembro e 11 de dezembro de 2011, aprovou
um novo acordo para fazer com que todos os países, futuramente,
reduzam suas emissões de gases estufa.
A reunião, que deveria ter acabado antes, no dia 09/12, foi
estendida após impasses (pra variar um pouquinho, né? rsrs).
A maior novidade no fim das contas foi que o texto
aprovado prevê que todos os países deverão participar de um
processo para, futuramente, reduzir o volume de carbono que
atiram na atmosfera, inclusive os menos desenvolvidos.
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Pois é, TODOS mesmo!!! Incluindo Estados Unidos, Índia e
China que, dessa vez, aceitaram subscrever um acordo que prevê a
criação de um "protocolo, ou outro instrumento legal, para combater
as mudanças climáticas. Até então, esses países relutavam em entrar
num acordo que utilizasse o termo "legal", já que isso acaba
sugerindo que, em última instância, possa haver metas "legalmente
vinculantes" – ou seja, de cumprimento obrigatório mediante a
comunidade internacional.
O texto aprovado reconheceu, porém, que há uma lacuna
entre a redução de emissões proposta pelos países e os cortes
necessários para conter o aquecimento médio do planeta em 2 graus
acima da era pré-industrial, objetivo acordado na última cúpula
climática, em Cancún (no COP-16). Ficou definido, ainda, a formação
de um grupo de trabalho para conduzir a criação desse instrumento,
que deve ser concluída em 2015. A sua implementação deve
acontecer a partir de 2020. O processo é denominado "Plataforma
de Durban para Ação Aumentada".
Segundo o texto da Conferência, este instrumento deve
levar em conta recomendações do novo relatório do Painel
Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC), ainda por ser
lançado. Prevê, também, que as avaliações científicas sobre as
medidas para conter o aquecimento global devam ser mais severas.
Foi aprovado, igualmente, um segundo período do Protocolo
de Kyoto, único acordo legalmente vinculante de redução de gases
causadores de efeito estufa atualmente em vigor e que expira em
2012. O novo período vai, pelo menos, até 2017. Os acordos
traçados pretendem "garantir" que até 2020 as reduções de emissões
dos países envolvidos sejam de, pelo menos, 25% a 40% em relação
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aos níveis de 1990. Como anexo, o acordo tem uma tabela com
metas de redução para os países.
Por fim, ficou aprovado um texto que aprofunda o
funcionamento do "fundo verde" climático. A Coreia do Sul ofereceu
recursos para dar início a seu funcionamento. Além disso, outro
artigo do texto "convidou" as partes a contribuírem para o fundo. Um
dos grandes temores na COP-17 era que se estabelecesse o
funcionamento desse mecanismo, mas que ele virasse uma "casca
vazia", sem dinheiro suficiente para ser efetivo. Esse risco, diante da
pouca disponibilidade de contribuição mostrada pelas partes em
Durban, é iminente.
Assim, pessoal, já foram obtidos avanços em relação às
conferências anteriores, mas ainda estão aquém do que a gravidade
das mudanças climáticas exige.
Vejam como os assuntos de mudança climática,
conferências internacionais sobre clima e preservação ambiental já
apareceram em provas.
10) (CESPE / IRB / 2010) Em relação às mudanças climáticas,
julgue C ou E:
a) ( ) A comunidade internacional, de forma geral, considerou
satisfatórios os resultados da COP 15 (15.ª Conferência das Partes da
Convenção das Mudanças Climáticas), realizada em Copenhague, em
dezembro de 2009.
b) ( ) O Brasil teve participação de destaque na COP 15, onde
negociou ativamente o Acordo de Copenhague e defendeu a
constituição de fundo para se financiarem, em países pobres, com
recursos canalizados por meio de organismos multilaterais, inclusive
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do sistema das Nações Unidas, ações em que se empreguem
tecnologias concernentes ao aquecimento global.
c) ( ) O Brasil, que defende o princípio de “responsabilidades
comuns, mas diferenciadas”, vem cumprindo diversos pontos da
agenda ambiental, pois quase toda a energia consumida no país
provém de fontes renováveis, o governo se comprometeu a
desenvolver ações para diminuir a emissão de CO2 no país e a adotar
um Plano de Mudanças Climáticas, para a redução do desmatamento
da Amazônia.
d) ( ) Por iniciativa brasileira, os países amazônicos, no que se
refere à agenda de mudanças climáticas, adotaram a mesma posição,
qual seja a de defender a necessidade de conservação da cobertura
vegetal como compensação pelo aumento das emissões de CO2
causado pela industrialização urbana nesses países.
Marque a alternativa correta.
a) CCCC
b) EEEE
c) ECEE
d) CCEC
e) EECC
COMENTÁRIOS
Vamos analisar uma a uma as alternativas.
Letra A. A 15ª Conferência de Mudanças Climáticas das
Nações Unidas (COP-15), realizada na Dinamarca em dezembro de
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2009, era a grande esperança do mundo na luta contra o
aquecimento global. No entanto, o encontro foi marcado pelo
desentendimento entre as nações, que não chegaram a nenhum
acordo significativo. Portanto, a questão está errada.
Letra B. O Brasil foi um dos poucos países que se destacou
durante o encontro de Copenhague, sobretudo ao defender a criação
de um fundo para financiar países mais pobres. Durante esse
encontro, que envolveu cerca de 120 países, não se chegou a um
consenso mesmo depois de duas semanas de negociações e
intervenção direta do secretário-geral das Nações Unidas.
Assim, o governo brasileiro já foi para o encontro com o
objetivo de reduzir em até 39% suas emissões de gases até 2020. É
claro que teve o apoio das ONGs para sua ideia de colocar logo na
mesa de Copenhague metas claras, ou seja, números com os quais o
país vai se comprometer.
Letra C. Essa assertiva merece ser bem aproveitada.
Vamos, então, analisar mais detidamente cada ponto!
O Brasil defende sim o princípio da responsabilidade
comum, mas diferenciada. Esse princípio estabelece que apesar de
todos os países terem responsabilidades no que diz respeito à
preservação ambiental, os países que historicamente mais danos
causaram ao meio ambiente têm maiores obrigações.
Dizer que quase toda a energia consumida no país vem
de fontes renováveis é um exagero. Podemos dizer que
aproximadamente metade da energia consumida no país vem de
fontes renováveis. A matriz energética brasileira é, portanto,
relativamente limpa se comparada a de outros países. No que diz
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respeito à geração de eletricidade, quase 90% vem de fontes
renováveis.
O Brasil se comprometeu a reduzir a emissão de CO2? Sim.
O Brasil tem um Plano de Mudanças Climáticas? Sim. Entretanto, seu
objetivo principal é reduzir as emissões de gases (contribuindo para
evitar o aquecimento climático) e não reduzir o desmatamento da
Amazônia. Portanto, essa parte da afirmativa está errada.
Como pôde ser verificado, embora a assertiva tenha
apresentado uma série de informações corretas, trouxe pontos
errados, e isso invalida a questão, ela é, assim, errada.
Letra D. Os países amazônicos unidos à França definiram
uma posição única a ser defendida na COP-15, firmando a chamada
Declaração de Manaus. Por meio dessa Declaração, os países
amazônicos defendiam que os países desenvolvidos deveriam assumir
compromissos quantificados em matéria de redução de emissões.
Além disso, chegaram ao consenso de que os países desenvolvidos
deveriam financiar ações de mitigação do aquecimento global nos
países em desenvolvimento.
Os países amazônicos concordaram, ainda, que a
preservação da cobertura vegetal, particularmente da Região
Amazônica, é fundamental no processo de enfrentamento da
mudança climática. Todavia, essa preservação da cobertura vegetal é
incondicional e não deve ser vista como uma compensação pelo
aumento das emissões de CO2. É aí que está o erro da questão!
Gabarito: C
11) (CESPE / Assistente Social – TJ-RR / 2011) O Brasil é um
dos poucos países emergentes no cenário mundial que se
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abstém de votar resoluções que defendam a redução da
emissão de gases poluentes na atmosfera e a ausência de sua
chancela ao Protocolo de Quioto consiste no exemplo mais
evidente dessa posição.
COMENTÁRIOS
Afirmativa errada. Ao contrário do que se afirma, o Brasil é
signatário do Protocolo de Kyoto desde 1998.
Exemplo da participação ativa do país nas resoluções que
defendem a redução da emissão de gases poluentes foi sua presença
no COP-15 (15ª Conferência das Partes, da ONU), em 2009, e a
aceitação do Acordo de Copenhague, como vimos nos comentários da
questão anterior.
Além disso, o Brasil procura cumprir os acordos de redução
na emissão de gases de efeito estufa, trabalha com o crédito de
carbono, entre outras medidas.
Gabarito: Errado
12) (FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) A conferência
da ONU, a COP-16, realizada em Cancun [México] chegou ao
último dia (10/12/2010) sem um acordo.
(Adaptado de http://g1.globo.com)
A Conferência mencionada tinha como um de seus objetivos
(A) debater as causas e consequências do processo de desertificação
no mundo.
(B) discutir o corte nas emissões de gases poluentes responsáveis
pelo efeito-estufa.
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(C) analisar os efeitos do derretimento da calota polar no hemisfério
norte.
(D) promover o levantamento das perdas florestais provocadas por
desmatamento.
(E) buscar fórmulas de reduzir a fome e a subnutrição nos países
pobres.
COMENTÁRIOS
COP-16, abreviação de 16ª Conferência das Partes das
Nações Unidas sobre Mudança Climática, aconteceu entre os dias 29
de novembro e 10 de dezembro, em 2010. Um dos principais acordos
firmados foi a “ambição” de reduzir a emissão de gases poluentes,
não acatada apenas pela Bolívia. Assim, deduzimos, que a opção
correta é a letra B.
O processo de desertificação do mundo (tema levantado na
letra A) é sim assunto importante nos debates internacionais, mas
esteve presente na ECO-92, realizada no Rio de Janeiro, em 1992 e
não na COP-16.
Por outro lado, um dos efeitos do aquecimento global é o
gradual derretimento das calotas polares nos hemisférios norte e sul,
entretanto, esse tema também não esteve presente no COP-16. Na
verdade, em 2007 houve muitas discussões a respeito do
derretimento de gelo no Hemisfério Norte, principalmente depois do
verão daquele ano que registrou o maior recuo do gelo no mar Ártico.
Assim, embora seja um tema de importância quando se trata de
aquecimento global, no que se refere ao enunciado da questão essa
opção é incorreta.
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A opção seguinte, letra D, aponta a questão do
desmatamento. Mais uma vez estamos diante de um tema que está
diretamente ligado com o aquecimento global, mas, que não foi tema
central do COP-16.
Pelo que vimos até agora a Conferência tratou de questões
ligadas ao clima e às formas de reduzir o impacto da modernidade no
aumento do efeito-estufa. Assim sendo, a proposição da letra E não
está de acordo com os objetivos da COP-16.
Gabarito: B
___X___
Bem, meus amigos, encerro a aula de hoje aqui!!!
Ainda tenho bastante assunto sobre meio ambiente para
tratar com vocês, mas como algumas questões ambientais se cruzam
com as questões energéticas, voltaremos a falar sobre isso na
semana que vem, em nossa aula sobre “Energia, ciência e
tecnologia”, tudo bem?
Um grande abraço, tenham uma ótima semana!!! E, bons
estudos!!!
___X___ ___X___ ___X___
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LISTA DE QUESTÕES
1) (CESPE / ABIN / 2008 / com adaptações) As migrações
internacionais ocupam parte importante das diplomacias e dos
serviços de defesa do Estado e dos cidadãos comuns que
atravessam fronteiras diariamente, em todo o mundo.
A respeito desse tema, julgue os itens seguintes.
I – A criminalização crescente das migrações econômicas e sociais
denota que o direito de ir e vir da pessoa faz-se subalterno ao
privilégio universal da livre circulação dos capitais.
II – Legislações draconianas, como as que vêm sendo adotadas pela
União Europeia, expõem, por um lado, a noção de que a função
histórica da grande imigração de africanos e asiáticos para o trabalho
nas indústrias Europeias do pós-guerra perdeu função histórica e, por
outro, que a reciprocidade internacional em relação à América Latina,
formada em parte por imensas levas de desterrados europeus,
perdeu valor de direito internacional ante o realismo político dos
interesses nacionais e comunitários europeus.
III – As migrações internacionais, amenizadas no continente africano
diante do fim do ciclo belicoso interno das últimas décadas do século
XX, deixaram de ser um tema relevante das relações interestatais
afro-Europeias.
IV – O Brasil, país marcado, no fim do século XIX e início do século
XX, pelas imigrações Europeias e asiáticas, fator importante para a
formação do Brasil contemporâneo, mudou seu padrão migratório ao
ter-se tornado também país de emigrantes.
V – A migração forçada ou enganosa, muitas vezes em forma de
tráfico de pessoas, ainda que seja um tema de impacto internacional,
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possui modesta implicação na segurança dos Estados nacionais neste
início de século.
Marque a alternativa correta.
a) apenas as afirmativas I, II e IV estão corretas
b) apenas III e V estão corretas
c) todas as afirmativas estão corretas
d) todas as afirmativas estão erradas
e) I e II estão erradas.
2) (CESPE / IRB / 2010) No que se refere ao espaço rural no
Brasil, assinale a opção correta.
a) A revalorização do espaço rural como lugar para se trabalhar e
para se viver, uma das recentes transformações ocorridas no campo,
não se relaciona diretamente com as demandas pela terra e com os
assentamentos rurais.
b) O Programa de Apoio à Agricultura Familiar (PRONAF), ao
fragmentar o espaço rural, provocou a redução da produtividade
agrícola e, como consequência, a redução da oferta de alimentos nas
cidades de pequeno e médio porte.
c) Na primeira metade do século XX, o espaço rural brasileiro
caracterizou-se pelas grandes plantações cafeeiras, a que se seguiu a
agricultura familiar com sua pluriatividade e o processo de
modernização da base técnica na agropecuária, que caracterizou o
final do século.
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d) A pluriatividade, realidade da nova concepção de espaço rural
adotada pelo agronegócio, ainda não se incorporou à agricultura
familiar, baseada na agricultura de subsistência.
e) Historicamente, as políticas públicas, visando à exportação,
privilegiaram a agricultura de larga escala, o que forçou o processo
de modernização da agropecuária e contribuiu para o êxodo rural.
3) (FGV / Analista Legislativo / 2008) A migração é uma das
questões mais debatidas no mundo atual. No modelo de pensamento
estrutural, os indivíduos não fazem escolhas, ou melhor, não são os
indivíduos e suas escolhas individuais que explicam os fluxos e a
localização da população. No espaço, que não é mais o espaço da
liberdade individual, mas o espaço da estrutura capitalista, é o
movimento do capital, sua expansão ou retração, seu deslocamento
ou permanência que comandam a mobilidade e a localização do
trabalho.
(Vainer, Carlos B. Reflexões sobre o poder de mobilizar e imobilizar na
contemporaneidade, 2005.)
Assinale a única afirmativa que não expressa o pensamento
estruturalista.
a) Os movimentos locacionais e a estrutura do espaço estão
submetidos à lógica e à dinâmica do capital.
b) A mobilidade do trabalhador aparece como manifestação da
necessidade do capital e sua mobilidade está submetida a ele.
c) A mobilidade dos trabalhadores resulta de ações racionais
orientadas pelo mercado que dispõe de seu capital humano no livre
jogo da oferta e da procura.
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d) A mobilidade do trabalhador e o seu desenraizamento são sinais
de que ele é totalmente despossuído dos meios de produção e
subsistência, e, portanto, subordinado ao movimento do capital.
e) Os movimentos dos trabalhadores e os deslocamentos das
populações são apenas movimentos reflexos do movimento do
capital, que é o verdadeiro protagonista do espaço estrutural.
4) (FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) Em
29/04/2011, o IBGE divulgou a sinopse com os primeiros
resultados definitivos do Censo 2010. Sobre os resultados
considere:
I. No conjunto da população brasileira predominam as mulheres.
II. Os grupos de pardos e pretos apresentaram diminuição absoluta.
III. Tem aumentado proporcionalmente o número de pessoas com
mais de 60 anos.
IV. Aumentou a participação percentual das populações das regiões
Norte e Centro-Oeste no conjunto da população brasileira.
V. Em relação ao Censo 2000, diminuiu o número de cidades com
mais de 1 milhão de habitantes.
Está correto o que consta APENAS em
(A) I, II e III.
(B) I, III e IV.
(C) I, IV e V.
(D) II, III e IV.
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(E) III, IV e V.
5) (CESPE / Analista Judiciário – TJ-ES / 2011 / com
adaptações) Com referência aos dados do Censo 2010
divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), julgue os itens subsequentes.
I – No Censo de 2010, a classificação cor/raça fez parte não apenas
dos questionários de amostra, como aconteceu no Censo 2000, mas
também do questionário básico nacional.
II – Os dados divulgados pelo IBGE indicaram crescimento
populacional superior ao que havia sido calculado pelas projeções
anteriores.
III – A partir de 2010, foram investigados os novos arranjos
familiares, como, por exemplo, agregados, conviventes ou cônjuges
do mesmo sexo.
Marque a alternativa correta.
a) apenas I está correta.
b) apenas II está correta.
c) todas as assertivas estão corretas.
d) todas as assertivas estão erradas.
e) as afirmativas I e III estão corretas.
6) (FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) O Censo 2010
contabilizou, até 31 de outubro deste ano [2010],
185.712.713 residentes no país, incluindo brasileiros e
estrangeiros. A informação foi publicada nesta quinta-feira
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(4/11/2010), no Diário Oficial da União. Foram visitados,
segundo a publicação, 67.275.459 domicílios.
(Adaptado de http://g1.globo.com/brasil/noticia/2010)
Um dos dados mais importantes do Censo/2010 refere-se
(A) ao fato da população jovem (0 a 20 anos) estar aumentando
sensivelmente.
(B) à diminuição percentual da população urbana em todo o país.
(C) à substituição do sudeste pelo Nordeste como região mais
populosa.
(D) ao crescimento da população economicamente ativa no setor
primário.
(E) ao aumento percentual da população idosa (60 anos ou mais) no
país.
7) (CESPE / ABIN / 2008 / com adaptações) O século XX
assistiu a um rápido crescimento da população mundial, que
partiu de 1,6 bilhões e alcançou 6,1 bilhões. Não se prevê uma
estabilização para o atual século, porém, para 2050, a
expectativa é de 9 bilhões de habitantes no planeta.
Com base no texto, julgue o item a seguir:
I – Ao lado da perspectiva de crescimento populacional mundial, o
movimento de pessoas cruzando fronteiras como imigrantes é um
aspecto relacionado ao processo de integração global, fonte potencial
de conflitos sociais.
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8) (CESPE / ABIN / 2008 / com adaptações) A questão
ambiental, tendo em vista suas implicações sociais, econômicas e
políticas, ganhou repercussão e passou a fazer parte das políticas
nacionais e do fórum de debate mundial.
Acerca desse assunto, julgue o item subsequente.
Com a maior parte da população brasileira vivendo em
aglomerações urbanas, a degradação da qualidade do meio
ambiente urbano e dos recursos naturais tem sido motivo de
conflitos e de proliferação de doenças nas cidades.
9) (ESAF / PGFN / 2006) É objetivo do Protocolo de Quioto à
Convenção-Quadro das Nações Unidas sobre Mudança de
Clima, de 1997:
a) a diminuição da eficiência energética em setores relevantes da
economia internacional, como modo direto de internalização de
externalidades negativas.
b) a proibição imediata de formas sustentáveis e não-sustentáveis de
agricultura, à luz das considerações sobre mudança de clima.
c) a redução gradual ou eliminação de imperfeição de mercado, de
incentivos fiscais, de isenções tributárias e tarifárias e de subsídios
para todos os setores emissores de gases de efeito estufa.
d) a pesquisa, a promoção, o desenvolvimento e aumento do uso de
formas não-renováveis de energia, de tecnologia de seqüestro de
dióxido de carbono e de tecnologia ambientalmente seguras.
e) a ampliação de emissões de metano por meio de sua recuperação
e utilização no tratamento de resíduos, bem como no transporte, na
produção e na distribuição de energia.
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10) (CESPE / IRB / 2010) Em relação às mudanças climáticas,
julgue C ou E:
a) ( ) A comunidade internacional, de forma geral, considerou
satisfatórios os resultados da COP 15 (15.ª Conferência das Partes da
Convenção das Mudanças Climáticas), realizada em Copenhague, em
dezembro de 2009.
b) ( ) O Brasil teve participação de destaque na COP 15, onde
negociou ativamente o Acordo de Copenhague e defendeu a
constituição de fundo para se financiarem, em países pobres, com
recursos canalizados por meio de organismos multilaterais, inclusive
do sistema das Nações Unidas, ações em que se empreguem
tecnologias concernentes ao aquecimento global.
c) ( ) O Brasil, que defende o princípio de “responsabilidades
comuns, mas diferenciadas”, vem cumprindo diversos pontos da
agenda ambiental, pois quase toda a energia consumida no país
provém de fontes renováveis, o governo se comprometeu a
desenvolver ações para diminuir a emissão de CO2 no país e a adotar
um Plano de Mudanças Climáticas, para a redução do desmatamento
da Amazônia.
d) ( ) Por iniciativa brasileira, os países amazônicos, no que se
refere à agenda de mudanças climáticas, adotaram a mesma posição,
qual seja a de defender a necessidade de conservação da cobertura
vegetal como compensação pelo aumento das emissões de CO2
causado pela industrialização urbana nesses países.
Marque a alternativa correta.
a) CCCC
b) EEEE
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c) ECEE
d) CCEC
e) EECC
11) (CESPE / Assistente Social – TJ-RR / 2011) O Brasil é um
dos poucos países emergentes no cenário mundial que se
abstém de votar resoluções que defendam a redução da
emissão de gases poluentes na atmosfera e a ausência de sua
chancela ao Protocolo de Quioto consiste no exemplo mais
evidente dessa posição.
12) (FCC / Escriturário-Banco do Brasil / 2011) A conferência
da ONU, a COP-16, realizada em Cancun [México] chegou ao
último dia (10/12/2010) sem um acordo.
(Adaptado de http://g1.globo.com)
A Conferência mencionada tinha como um de seus objetivos
(A) debater as causas e consequências do processo de desertificação
no mundo.
(B) discutir o corte nas emissões de gases poluentes responsáveis
pelo efeito-estufa.
(C) analisar os efeitos do derretimento da calota polar no hemisfério
norte.
(D) promover o levantamento das perdas florestais provocadas por
desmatamento.
(E) buscar fórmulas de reduzir a fome e a subnutrição nos países
pobres.
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GABARITO
1 A
2 E
3 C
4 B
5 E
6 E
7 CERTO
8 CERTO
9 C
10 C
11 ERRADO
12 B
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BIBLIOGRAFIA
Artigos disponíveis em < http://www.sep.org.br/artigo >
Acessado em 18/03/2010
GREGORY, Derek, et alli. Geografia Humana. Sociedade, Espaço e
Ciência Social. Rio de Janeiro: Zahar, 1996.
GREMAUD, Amaury Patrick. Economia brasileira contemporânea.
São Paulo: Atlas, 2009.
MAGNOLI, Demétrio. Geografia para ensino Médio. São Paulo:
Atual, 2008.
ROSS, Jurandir Sanches (org). Geografia do Brasil. - 6ª- edição -
São Paulo: Editora da Universidade de São Paulo, 2009.
SANTOS, Milton. Por uma Geografia nova. São Paulo: Editora da
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