05 - Técnica de energia muscular

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Tcnicas de Energia Muscular (T.E.M.)

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Tcnicas de Energia Muscular (TEM)Conjunto de mtodos de manipulao osteoptica de tecidos moles, que incorporam com direo precisa e controlada, movimentos iniciados pelo paciente, contraes isomtricas e/ou isotnicas, com o objetivo de melhorar a funo musculoesqueltica e reduzir a dor.

Histria das TEM Desenvolveram-se a partir de procedimentos prticos criados por profissionais como T.J. Ruddy (1961), e Fred Mitchell Snr. (1967); Objetivam a induo do relaxamento da musculatura hipertnica, e, quando indicado, o subsequente alongamento do msculo;

Histria das TEM T. J. Ruddy Abordagem conhecida como TEM pulstil (srie de contraes musculares contra a resistncia, rpidas e de baixa amplitude, oscilando 20 vezes em 10 segundos.

Histria das TEM Fred Mitchell Snr. o paciente utiliza seus msculos quando solicitados, a partir de uma posio precisamente controlada, em uma determinada direo, de encontro a um contra-esforo especfico.

Princpios Neurofisiolgicos da TEM

A inibio muscular que ocorre durante a aplicao da TEM justificada atravs de 02 mecanismos neurofisiolgicos conhecidos como Inibio Ps-Contrao (RPI relaxamento psisomtrico) e Inibio Recproca (IR).

Inibio Ps-Contrao (RPI Relaxamento Ps-Isomtrico

Aps se contrair, o msculo entra automaticamente em um estado de relaxamento por um breve perodo de latncia

Inibio Recproca (IR)

Quando um msculo contrado, seu antagonista automaticamente inibido.

Mtodo de Relaxamento Ps-Isomtrico de Lewit

Alongar ou Fortalecer? Classicamente encoraja-se o fortalecimento dos grupos musculares fracos antes de dar ateno aos antagonistas encurtados e tensionados dos msculos fracos inibidos; ...msculos tensos tm um papel mais importante e talvez at primrio em comparao com msculos fracos. (JANDA, 1987) ...msculos tensos agem de maneira inibitria sobre seus antagonistas... Est clinicamente provado que melhor alongar primeiro os msculos tensos. (JANDA, 1987)

Msculos Posturais e Fsicos Diversos autores sugerem que os msculos com funo predominantemente estabilizadora se encurtam quando estressados, enquanto outros, com maior atividade motora ou funo fsica, no se encurtam, mas se tornam enfraquecidos (inibidos).

Msculos Posturais e Fsicos

Msculos Posturais e Fsicos As fibras lentas mantm a postura; so mais facilmente ativadas, capazes de manter sua contrao e tendem a se tornar encurtadas e tensas. Fibras rpidas ou fsicas so dinmicas e produzem o movimento voluntrio, se fadigam mais rapidamente e tendem a ser antagonistas. (WADDELL, 1988)

Msculos Posturais e Fsicos Antes de fortalecer msculos enfraquecidos, qualquer grau de hipertonia em seus antagonistas deve ser tratado com tcnicas adequadas de relaxamento.(JANDA, 1978) Relaxamento da musc. hipertnica Restaurao automtica do tnus de seus antagonistas O msculo hipertnico fraco se fortalecer aps o alongamento/relaxamento (JANDA, 1978)

Sndrome Cruzada Superior TENSOS E ENCURTADOS Peitoral maior ou menor Trapzio (poro sup.) Levantador da escpula ECOM

ENFRAQUECIDOS Trapzio (poro mdia e inferior) Serrtil anterior Rombides

Occipito, C1 e C2 em hiperextenso, cabea levada para frente; Estresse postural na cervical inferior e 4 primeiras torcicas; Rot e abd da escpula Estabilizao do mero pelo lev. da escpula, trapzio; Dor referida para o trax e ambos os braos (angina); Declnio da eficincia respiratria.

Sndrome Cruzada Inferior TENSOS E ENCURTADOS Flexores do quadril Iliopsoas, Reto Femoral, TFL, Adutores curtos Grupo eretor da espinha no tronco

ENFRAQUECIDOS Abdominais Glteos

Pelve inclina para frente sobre o plano frontal, flexionando a articulao do quadril, produzindo hiperlordose lombar e estresse sobre a juno L5-S1 com dor e irritao. Em 20% dos indivduos pode haver a Sd. do Piriforme.

Utilizando as TEM - TEM usando o RPI1. Posiciona-se o membro em questo no ponto em que a resistncia percebida inicialmente; 2. Solicita-se uma contrao de no mais do que 20% da fora do paciente contra a resistncia do fisioterapeuta; 3. Deve-se realizar a contrao lentamente, e resistida sem solavanco, sobressalto ou balanceio;

Utilizando as TEM - TEM usando o RPI4. A contrao deve ser mantida por 7 a 10 segundos, tempo necessrio de carga sobre os OTG para influenciar via neuronal as fibras intrafusais dos fusos neuromusculares, inibindo o tnus muscular e dando a oportunidade para que o msculo assuma um novo comprimento de repouso / barreira de resistncia sem esforo, ou para along-lo alm da barreira de resistncia;

Utilizando as TEM - TEM usando o RPI5. Pedir para o paciente liberar seu esforo lenta e completamente, mantendo o membro no lugar; 6. Solicita-se que o paciente inspire e espire e relaxe completamente, s assim levando o membro afetado at a nova barreira de resistncia; 7. Aps a contrao isomtrica existe um perodo de latncia de 10 a 20 segundos em que o msculo pode ser levado ao seu novo comprimento de repouso ou ser alongado com mais facilidade do que antes da isometria.

Utilizando as TEM - TEM usando a IR1. Colocar o membro na posio onde se perceba o ponto de resistncia; 2. Solicita-se uma contrao de no mais do que 20% da fora do paciente da musculatura antagonista; 3. Ao final da contrao, solicita-se que o paciente libere e relaxe, inspirando e expirando, e quando bem relaxado levar o membro at/alm da nova barreira com/sem a participao do paciente.

Prtica de tratamento com as TEM1. Adutores curtos e longos da coxa; 2. Reto Femoral; 3. Psoas; 4. Fibras inferiores dos squio-tibiais; 5. TFL; 6. Piriforme; 7. Quadrado lombar; 8. Peitoral maior; 9. Grande dorsal; 10. Trapzio; 11. Escalenos; 12. ECOM