06-07-2013_00-48Tubulacoes_Industriais_-_Flexibilidade_01

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  Análise de Flexibilidade de Tubulações Tubulações Industriais   Flexibilidade e Su portes 1 Alexandre P. Lemos Eng. Mecânico e de Tubulação

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Curso básico voltado à análise de flexibilidade em tubulações. Neste primeiro módulo são apresentados princípios básicos de resistência dos materiais que servirão de base para aprofundar o assunto sobre Flexibilidade e Suporte de Tubulações industriais.

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  • Anlise de Flexibilidade de

    Tubulaes

    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 1

    Alexandre P. Lemos

    Eng. Mecnico e de Tubulao

  • Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 2

    Bibliografia:

    1. Silva Telles, P. C. Tubulaes Industriais, Materiais, Projeto, Montagem, LTC, 2001.

    2. Silva Telles, P. C.Tubulaes Industriais, Clculo, LTC, 1999.

    3. Silva Telles, P. C. & Paula Barros, Darcy G. Tabelas e Grficos para Projetos de Tubulao, LTC, 1998.

    4. Rao, Singiresu S. Vibraes Mecnicas, Pearson Education, 2009.

    5. Liang-Chuan (L.C.) Peng & Tsen-Loong (Alvin) Peng,

    Pipe Stress Engineering, ASME Press.

  • Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 3

    Introduo

    Tubulao como elemento estrutural

    Critrios de Resistncia

    Tenses Admissveis

    Presso e Temperatura de Projeto

    Clculo de espessura presso interna de tubos

    Clculo do vo mximo entre suportes

    Dilatao Trmica e Flexibilidade (mtodos de controle da dilatao, traado, reaes, esforos em bocais, ...)

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    Alexandre P. Lemos

    O Projeto de Tubulaes engloba:

    1. Engenharia de Processo:

    Clculo dos dimetros (depende do traado devido perda de carga dos acidentes. Neste caso a tubulao tratada como um elemento hidrulico).

    2. Engenharia de Equipamentos:

    A tubulao tratada como elemento mecnico estrutural.

    Clculo da espessura de parede (independe do traado);

    Espessuras de isolamento (independe do traado);

    Vos mximos entre suportes (independe do traado);

    Anlise de flexibilidade (depende do traado);

    Clculo de pesos e reaes nos suportes (depende do traado).

    Introduo

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    Alexandre P. Lemos

    Introduo

    Exemplo de problema relativo tubulao como elemento

    estrutural : Tubulao de retirada de Gasleo da Torre de

    destilao ATM

    Faltava

    suporte no

    trecho

    vertical

    Deflexo

    excessiva

    (200mm)

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    Alexandre P. Lemos

    Introduo

    Um simples apoio

    neste ponto

    solucionou o

    problema.

    Tenses

    primrias

    elevadas

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    Alexandre P. Lemos

    Introduo

    Exemplo de problema relativo tubulao como elemento

    hidrulico : Tubulao de leo do forno para forre de destilao

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    Alexandre P. Lemos

    Introduo

    No projeto e na montagem, procura-se: Adotar vos adequados;

    Posicionar vlvulas e outras cargas prximas aos suportes;

    Limitar as sobrecargas;

    Prover flexibilidade adequada;

    Guiar e contraventar para manter alinhamento;

    Absorver vibraes por meio de suportes adequados (braadeiras com elastmero, amortecedores etc);

    Verificar os esforos de atrito ou minimizar seus efeitos adotando suportes deslizantes com teflon (p. ex.) ou de roletes;

    Minimizar tenses resultantes da montagem;

    Projetar e construir fundaes adequadas;

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    Alexandre P. Lemos

    Introduo

    Um bom projeto compreende basicamente:

    Calcular a espessura pelo par PxT mais crtico;

    Elaborar traado obedecendo a boa tcnica;

    Determinar vos mximos entre suportes para evitar tenses e deflexes elevadas;

    Enquadrar as tenses trmicas (secundrias);

    Enquadrar as tenses primrias;

    Checar esforos nos bocais;

    Suportar adequadamente para evitar vibrao excessiva;

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    Alexandre P. Lemos

    Tubulao como elemento estrutural

    Tubulaes so consideradas elementos estruturais submetidos a carregamentos diversos, tais como:

    Peso prprio das tubulaes e de seus componentes, tais como: vlvulas, filtros, flanges, isolamento trmico;

    Peso prprio do fludo conduzido e da gua de teste;

    Presso interna (positiva ou negativa) do fludo;

    Dilatao (ou contrao) Trmica.

    Carga de vento;

    Cargas dinmicas devidas ao fludo ou transmitidas por equipamentos dinmicos (bombas, compressores, etc);

    Sobrecargas de outros tubos, plataformas, pessoas etc;

    Movimentos de pontos extremos;

    Atrito da tubulao nos suportes;

    Reaes de juntas de expanso;

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    Alexandre P. Lemos

    Tubulao como elemento estrutural - Tenses nas Paredes dos Tubos

    R: Tenso radial. nula na superfcie externa da

    tubulao e mxima na superfcie interna da tubulao

    (Pint). No considerada na anlise de tenses da

    tubulao, pois as tenses mximas, considerando os

    demais esforos, ocorrem na superfcie externa do

    tubo.

    C: Tenso circunferencial. a considerada para

    clculo da espessura do tubo.

    L: Tenso longitudinal. a metade do valor de c e usada para clculo do vo entre suportes.

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    Alexandre P. Lemos

    Tubulao como elemento estrutural - Tenses devidas Presso Interna

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    Alexandre P. Lemos

    Tubulao como elemento estrutural - Tenses Devidas ao Momento Fletor

    L: Tenso longitudinal mxima ocorre na fibra mais externa da tubulao. Pode ser provocada pela ao do

    peso prprio, dilatao trmica e outras aes

    externas, tais como vento.

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    Alexandre P. Lemos

    Tubulao como elemento estrutural - Tenses devidas a Toro

    : Tenso cisalhante

    provocada pela

    toro na tubulao.

    Pode ser provocada

    por peso prprio,

    dilatao trmica ou

    outra ao externa

    (vento).

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    Alexandre P. Lemos

    Critrios de Resistncia

    As propriedades mecnicas dos materiais utilizados na fabricao de tubos so determinadas atravs de ensaios de trao uniaxiais, i, sob ao de estado uniaxial de tenses.

    O valor de x que provoca escoamento no material pode ser

    obtido diretamente do ensaio de trao.

    No estado uniaxial o limite elstico dado pela e.

    A pea estar segura se:

    x e ( e= tenso de escoamento do material no teste de trao)

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    Alexandre P. Lemos

    Critrios de Resistncia

    O estado multiaxial de tenses diferente do estado uniaxial encontrado no ensaio de trao.

    Ento no possvel predizer diretamente do ensaio, se o material que compe o elemento estrutural em estudo vai romper ou no.

    Por isso lana-se mo dos critrios de resistncia que so:

    Critrio da tenso mxima normal (Rankine);

    Critrio da mxima tenso cisalhante (Tresca);

    Critrio da mxima energia de distoro (Von Mises).

    Como estabelecer um critrio para dimensionar um

    componente em que temos vrias tenses simultneas

    atuando?

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    Alexandre P. Lemos

    Critrios de Resistncia

    Os critrios de resistncia procuram levar em considerao

    o real mecanismo de falha do material, transformando o

    estado de tenses atuantes em um estado de tenses

    equivalente, to perigoso quanto o estado de tenses

    existente.

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    Alexandre P. Lemos

    Critrios de Resistncia

    Para materiais ducteis a falha de elemento estrutural

    tensionado ocorrer quando for atingido o limite de

    escoamento, e este mecanismo de falha, ento, ser a

    base para os critrios de resistncia dos materiais dcteis.

    Materiais dcteis: Falham por escoamento (mov. de

    discordncias)

    Materiais frgeis: Falham por ruptura brusca (clivagem)

    sem escoar.

    Mecanismo de falha do material

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    Alexandre P. Lemos

    Critrios de Resistncia

    Critrio da tenso mxima (Rankine)

    Critrio de RANKINE ou da mxima tenso principal:

    A falha ocorre quando a tenso principal ( 1) atinge a tenso de escoamento;

    usado para materiais frgeis, que tendem a falhar por trao e no por cisalhamento

    Sequiv 1 = c

    o critrio de resistncia adotado pelo cdigo ASME sec. VIII div. 1

    A tenso principal mxima ( 1) causaria a falha do material.

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    Alexandre P. Lemos

    Critrios de Resistncia

    Critrio de Resistncia de TRESCA

    Baseia-se no fato de que o escoamento de materiais dcteis causado

    por deslizamento do material ao longo de superfcies oblquas,

    principalmente devido s tenses cisalhantes.

    A tenso cisalhante mxima ( mx.) seria responsvel pela falha do

    material.

    No ensaio de trao mx. = e

    Na pea mx. seria 13

    e

    e

    mx.

    3113

    31

    13

    22

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    Alexandre P. Lemos

    Critrios de Resistncia

    Critrio de Resistncia de TRESCA Este o critrio usado pelo ASME B31.3.

    max = ( 1 - 3)/2 a plastificao inicia quando ( 1 - 3) igual a tenso de escoamento ou max igual a metade do escoamento.

    Como as tenses cisalhante e radial devidas presso interna so desprezveis, para atender a este critrio, basta usar a mxima tenso atuante, que normalmente a tenso circunferencial.

    Assim: Sequiv c

    Ou: Sequiv = 1 - 3 1 = c e 3 = 0 Sequiv c

    Tornando-se similar ao critrio de Rankine

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    Alexandre P. Lemos

    Critrios de Resistncia

    Critrio de von Mises

    Tambm conhecido como critrio da mxima energia de distoro:

    o critrio que melhor se aplica a materiais dcteis, tais como os aos carbono e inoxidveis.

    A tenso equivalente dada pela expresso:

    Onde: 1, 2 e 3 so as tenses principais.

    Inicia-se a plastificao quando Se for igual a e

    2

    32

    2

    31

    2

    212

    2eS

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 23

    Alexandre P. Lemos

    Tenses Admissveis

    Dependem da Norma, natureza dos carregamentos, exigncias de fabricao, montagem e inspeo;

    Os cdigos de projeto estabelecem limites mximos para as tenses atuantes (tenses mximas admissveis);

    O cdigo ASME B31.3 estabelece os critrios para determinao das tenses admissveis para os diversos

    grupos de materiais no pargrafo 302.3.2, Basis for

    Design Stresses;

    Os valores de tenses admissveis esto estabelecidos na tabela A-1 do anexo A do cdigo ASME B31.3;

    So funo da temperatura at o limite de cada material;

    So usadas para trao, compresso e flexo de cargas primrias.

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    Alexandre P. Lemos

    Tenses Admissveis

    O cdigo ASME B31.3 permite um incremento nas tenses admissveis para condies ocasionais ou eventuais, limitadas conforme abaixo:

    Em relao a aumentos eventuais de presso interna so permitidos incrementos na tenso admissvel de:

    33%, quando a condio durar at 10 horas consecutivas e no ocorrer por mais do que 100 horas por ano;

    20%, quando a condio durar at 50 horas consecutivas e no ocorrer por mais do que 500 horas por ano;

    Em nenhum caso, as variaes acima das condies de projeto podem exceder 1000 ciclos.

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    Alexandre P. Lemos

    Tenses Admissveis

    A soma das tenses longitudinais devidas ao peso prprio, presso e cargas eventuais, tais como a carga

    de vento, so limitadas a uma tenso mxima

    admissvel 1,33 vezes maior que a tenso admissvel

    bsica a quente (Sh).

    Em nenhum caso as tenses atuantes podem exceder ao limite de escoamento.

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    Alexandre P. Lemos

    Tenses Admissveis

    Para ao carbono, os critrios so os seguintes:

    O menor valor entre 1/3 do limite de ruptura na temperatura ambiente e na temperatura de projeto;

    O menor valor entre 2/3 do limite de escoamento na temperatura ambiente e na temperatura de projeto;

    100% da tenso mdia para uma taxa de fluncia de 0,01% ao final de 1.000 horas;

    67 % da tenso mdia para a ruptura por fluncia ao final de 100.000 horas;

    80% da tenso mnima para a ruptura por fluncia ao final de 100.000 horas.

    Os valores esto tabelados no Apndice A do cdigo ASME B31.3

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 27

    Alexandre P. Lemos

    Tenses Admissveis

    Para ao inoxidvel, os critrios so os seguintes:

    O menor valor entre 1/3 do limite de ruptura na temperatura ambiente e na temperatura de projeto;

    O menor valor entre 2/3 do limite de escoamento na temperatura ambiente e na temperatura de projeto;

    O menor valor entre 90% da resistncia ao escoamento na temperatura ambiente e na temperatura de projeto;

    100% da tenso mdia para uma taxa de fluncia de 0,01% ao final de 1.000 horas;

    67 % da tenso mdia para a ruptura por fluncia ao final de 100.000 horas;

    80% da tenso mnima para a ruptura por fluncia ao final de 100.000 horas.

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 28

    Alexandre P. Lemos

    Presso e Temperatura de Projeto

    Presso de projeto: a presso interna (ou externa) correspondente condio mais severa de presso e

    temperatura simultneas, que possam ocorrer em servio

    normal;

    Temperatura de projeto a correspondente presso de projeto.

    Para clculo de flexibilidade utiliza-se a mxima temperatura de operao. No caso desta temperatura no estar definida, deve-

    se utilizar a temperatura de projeto.

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 29

    Alexandre P. Lemos

    Clculo de espessura presso interna de tubos

    t

    rpS iC

    t

    rpS iL

    2

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 30

    Alexandre P. Lemos

    Clculo de espessura presso interna de tubos

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 31

    Alexandre P. Lemos

    Clculo de espessura presso interna de tubos

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 32

    Alexandre P. Lemos

    Clculo de espessura presso interna de tubos

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 33

    Alexandre P. Lemos

    Clculo do vo mximo entre suportes

    PESO PRPRIO SOBRECARGA

    As cargas abaixo devem ser consideradas nesse clculo:

    a) carga distribuda (Q); soma das seguintes cargas:

    - peso prprio da tubulao com todos os seus acessrios;

    - peso do fluido contido ou peso da gua (o que for maior) ;

    - peso do isolamento trmico ou de algum outro revestimento

    interno ou externo ou do sistema de aquecimento;

    - peso de outras tubulaes paralelas de pequeno dimetro,

    eventualmente suportado pelo tubo;

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 34

    Alexandre P. Lemos

    Clculo do vo mximo entre suportes

    b) cargas concentradas; soma das seguintes cargas:

    - sobrecarga adicional (W);

    - peso somado de vlvulas, outros acessrios de tubulao, de

    derivaes no suportadas ou outros, tubos apoiados existentes no

    trecho considerado (Q); a sobrecarga adicional de W = 1000 N,

    aplicada no meio do vo, deve ser considerada obrigatoriamente

    em todas as tubulaes de ao.

    -PROPRIEDADE DA SEO TUBULAR: -MOMENTO DE RESISTNCIA(Z) Z=(/4).(R4-r4) R

    -MOMENTO DE INRCIA(I) I=(/4).(R4-r4)

    -REA DA SEO (A)

    A=(/4).(D-d)

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 35

    Alexandre P. Lemos

    Clculo do vo mximo entre suportes

    Para o caso geral de tubulaes com cargas distribudas e concentradas,

    o vo mximo entre suportes pode ser calculado considerando-se a

    tubulao como uma viga horizontal contnua simplesmente apoiada.

    O vo mximo limitado por dois fatores:

    Tenso mxima de flexo; Flecha mxima no meio do vo

    O valor mximo desta tenso pode ser tomado como:

    f = (L / 10Z) [qL + 2(Q + W)] (1)

    Onde:

    f = tenso flexo calculada para o vo mximo, em kgf/cm2; L = vo mximo entre os suportes, em m;

    Z = momento resistente da seo transversal do tubo, em cm3;

    q = soma das cargas distribudas, em kgf/m;

    Q = carga concentrada, em kgf;

    W = sobrecarga no meio do vo, em kgf.

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 36

    Alexandre P. Lemos

    Clculo do vo mximo entre suportes

    Ou

    f = 100L / Z [qL + 2(Q + W)] (2)

    Onde:

    f = tenso flexo calculada para o vo mximo, em kPa; L = vo mximo entre os suportes, em m;

    Z = momento resistente da seo transversal do tubo, em cm3;

    q = soma das cargas distribudas, em N/m;

    Q = carga concentrada, em N;

    W = sobrecarga no meio do vo, em N.

    Nota: Para o vo mximo: f = a.

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 37

    Alexandre P. Lemos

    Clculo do vo mximo entre suportes

    Em qualquer caso, deve ser verificado se a flecha mxima est inferior aos

    seguintes limites:

    a) 25 mm, para tubulaes fora das unidades de processo;

    b) 6 mm, para tubulaes dentro das unidades de processo.

    Nota: Caso a flecha calculada exceda os limites acima, o vo deve ser

    diminudo para

    atender a essas condies. A flecha mxima pode ser calculada,

    aproximadamente, por uma das frmulas abaixo:

    = 240000 L (Q + W + q.L ) (1) EI 3 4

    Onde:

    = flecha mxima, em mm; L = vo entre os suportes, em m;

    E = mdulo de elasticidade, em kgf/cm2;

    I = momento de inrcia, em cm4;

    Q = carga concentrada, em kgf;

    W = sobrecarga no meio do vo, em kgf;

    q = soma das cargas distribudas, em kgf/m

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 38

    Alexandre P. Lemos

    Clculo do vo mximo entre suportes

    Ou

    = 2400000 L (Q + W + q.L ) (2) EI 3 4

    Onde:

    = flecha mxima, em mm; L = vo entre os suportes, em m;

    E = mdulo de elasticidade, em kPa;

    I = momento de inrcia, em cm4;

    Q = carga concentrada, em N;

    W = sobrecarga no meio do vo, em N;

    q = soma das cargas distribudas, em N/m.

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 39

    Alexandre P. Lemos

    Clculo do vo mximo entre suportes

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 40

    Alexandre P. Lemos

    Clculo do vo mximo entre suportes

    VOS ENTRE SUPORTES PARA CURVAS EM BALANO

    Vos para uma curva de 90 no plano horizontal

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 41

    Alexandre P. Lemos

    Clculo do vo mximo entre suportes

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 42

    Alexandre P. Lemos

    Clculo do vo mximo entre suportes

    Para curvas de 90 na vertical

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 43

    Alexandre P. Lemos

    Dilatao Trmica e Flexibilidade

    Diferentemente do clculo de espessuras, o clculo de flexibilidade uma verificao, no podendo ser obtida

    diretamente;

    A tubulao analisada como estrutura reticulada hiperesttica (prtico) submetida a carga de presso

    interna, cargas externas concentradas e distribudas,

    dilatao trmica e deslocamentos impostos. A

    ovalizao da seo no considerada;

    O sistema de tubulao tambm transmite esforos aos suportes e pontos de fixao que devem ser avaliados.

  • Anlise de Flexibilidade de Tubulaes

    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 44

    Alexandre P. Lemos

    Dilatao Trmica e Flexibilidade

    corresponde a dilatao trmica do tubo aquecido at T1 e livre para dilatar;

    Caso a dilatao trmica seja contida ou impedida, no caso de fixao das extremidades do tubo, surgiro

    tenses de compresso no tubo.

    T1 Tamb

    T1 Tamb

    L

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 45

    Alexandre P. Lemos

    Tenso Axial (Lei de Hooke)

    A tenso de compresso correspondente ser:

    = E.

    Onde:

    : Tenso normal = F/A

    E : Mdulo de elasticidade do material

    : Deformao do tubo = /L

    : Dilatao trmica linear = e.L, onde e o coeficiente de expanso trmica linear absoluto

    F : Fora axial

    A : rea da seo reta do tubo

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 46

    Alexandre P. Lemos

    Rigidez X Flexibilidade

    A fora correspondente ser:

    Onde K o coeficiente de rigidez axial do tubo e seu inverso o coeficiente de flexibilidade. Ou seja: K =

    1/FL

    L

    AEF ou KF

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    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 47

    Alexandre P. Lemos

    Exemplo 1

    Suponha um tubo de ao carbono ASTM A106 Gr. A, de 8 - SCH 40, com 15 m de comprimento, submetido a 250 C (e = 3mm/m, E = 180 GPa), teramos:

    = E.e = 540.000 kPa = 5506 kg/cm2

    1kPa=0.0102 kg/cm2

    Para um limite de escoamento igual a:

    Sy = 170.000 kPa = 1734 kg/cm2

    O esforo nas ancoragens seria de:

    F = .A

    F = 5506 x x (21,9 2 20,2 2)/4

    F = 309.340 kg

  • Anlise de Flexibilidade de Tubulaes

    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 48

    Alexandre P. Lemos

    Exemplo 1 (concluso)

    A tenso axial muito elevada (maior que o limite de escoamento do material);

    Os esforos nas ancoragens so muito elevados;

    Em tese, a tenso axial no tubo e a reao nas ancoragens independem do comprimento;

    Na realidade, a tubulao sofrer um arqueamento lateral a partir de um determinado valor de carga, o que pode, dentro de certos limites, aliviar as tenses e reaes nas ancoragens, ou, em casos extremos, levar a falha por flambagem.

  • Anlise de Flexibilidade de Tubulaes

    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 49

    Alexandre P. Lemos

    Meios de Controle da Dilatao Trmica

    Prover a configurao de um arranjo flexvel (flexibilidade prpria);

    Utilizar elementos deformveis em posies adequadas, de modo a absorver os movimentos

    devidos dilatao trmica (juntas de expanso);

    Pr-tensionamento (cold spring), introduzindo esforos a frio que compensem aqueles devidos

    dilatao trmica.

  • Anlise de Flexibilidade de Tubulaes

    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 50

    Alexandre P. Lemos

    Flexibilidade Prpria

    Consiste em prover o sistema de tubulaes de meios para absorver as dilataes atravs de deformaes

    laterais, ou seja, fazer uso da rigidez flexo que

    consideravelmente menor que a axial (gera tenses

    menores e abaixo dos valores mximos admissveis).

    Lx Ly

  • Anlise de Flexibilidade de Tubulaes

    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 51

    Alexandre P. Lemos

    Flexibilidade Prpria

    Em geral, quanto mais afastado da linha reta que une seus pontos extremos mais flexvel a tubulao;

    Uma tubulao tridimensional em geral mais flexvel que uma tubulao plana de mesmo comprimento total, pois acrescenta-se a contribuio da rigidez (flexibilidade) toro.

    As reaes nos extremos correspondem aos esforos necessrios para impedir que os mesmos se movimentem devido dilatao trmica.

  • Anlise de Flexibilidade de Tubulaes

    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 52

    Alexandre P. Lemos

    Rigidez Flexo

    A flecha de uma viga engastada sob ao de uma carga dada por:

    3

    3

    L

    IEK flexo

    P

    3

    3

    3

    3

    L

    IEP

    IE

    LP

  • Anlise de Flexibilidade de Tubulaes

    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 53

    Alexandre P. Lemos

    Exemplo 2: Rigidez Axial X Rigidez Flexo

    Coeficiente de rigidez axial do tubo de ao carbono do exemplo anterior (ASTM A106 Gr. A, 8 - SCH 40, de comprimento L = 15 m):

    Coeficiente de rigidez flexo equivalente para uma configurao em L, com Lx = Ly = 15 m:

    L

    AEKaxial Kaxial = 65.040 kN/m

    3

    3

    L

    IEK flexo

    Kflexo = 482,8 kN/m

  • Anlise de Flexibilidade de Tubulaes

    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 54

    Alexandre P. Lemos

    Alguns Traados e Eixo Neutro

  • Anlise de Flexibilidade de Tubulaes

    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 55

    Alexandre P. Lemos

    Diagramas de Momento Fletor

  • Anlise de Flexibilidade de Tubulaes

    Tubulaes Industriais Flexibilidade e Suportes 56

    Alexandre P. Lemos

    Exemplo 3

    Em uma primeira anlise, supondo que as curvas so todas iguais, o dimetro de linha e sua espessura so a mesma, qual das configuraes abaixo a mais flexvel. Todas as configuraes so planas.

    A

    B

    (b)

    A

    B

    (a)