062-067_Embalagens_208
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62z junho DE 2013
Setr investe em inva ara ereer
rdts m mais qaidade, segrana
e nveninia ara nsmidr
ENGENHARIA DE MATERIAISy
Embalagessfsticadas
Uma nova embalagem plstica para oacondicionamento de rutas e hortali-as composta de uma bandeja recicl-
vel e uma base articulada e retornvelrecebeu no incio deste ano o IF Design Award2013, um dos principais prmios internacionaisde qualidade e excelncia em desenho indus-trial. A concepo e o projeto oram do Insti-tuto Nacional de Tecnologia (INT), do Rio de
Janeiro, que recebeu a premiao promovidapelo IF Internacional Frum Design, organi-zao com sede em Hannover, na Alemanha.
A embalagem uma soluo para combater odesperdcio que no Brasil gira em torno de 40%das rutas e hortalias, segundo a Organizaodas Naes Unidas para Alimentao e Agri-cultura (FAO). So alimentos que no chegam mesa do consumidor principalmente porqueembalagens inadequadas causam danos e nopreservam a integridade desses produtos. Asgeometrias das bandejas do INT so variadas,resultado do escaneamento em 3D com cme-
Yu V
Fonte AbRE / DATAMARk / IbGE / bR ASIl pAck TRENDS 2020 / ITAl
radiograia do setorIndstria nainal de embalagem gera 223 milemregs e fatra R$ 47 bilhes
R$ 46,1 bilesde receita lqUida
em 2012
*prje
224,8 milempregos gerados
em 2012
1.100empresas
arximadamente
lata m ehamentps, da brasiata:
sess de venda mtravament menie mair rte drdt
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pesqUisa apesp 208z 63
3,7%de participao
no mercado global
em 2011
6,2%*de crescimento do setor
entre 2011-2016
4,1%de participao no atUramento
da indstria de transormao
em 2010
2,7%de participao no atUramento
da indstria nacional
em 2010
uS$ 498 milesem exportaes
em 2012
uS$ 853 milesem importaes
em 2012
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prega quase 225 mil trabalhadores, a maioria nossegmentos de plstico, papel e papelo, explica-do por vrios atores, principalmente a melhorado cenrio econmico e o aumento da renda dapopulao, que tem impulsionado o mercado debens de consumo. A inovao um ator unda-mental para o crescimento do segmento, armaMaurcio Groke, presidente da Associao Bra-sileira de Embalagem (Abre). Segundo ele, para
evoluir, as empresas de embalagem que atuamno pas tm usado o design estrategicamente,olhando para o consumidor. Precisamos de-senvolver solues criativas, apereioando odesign das embalagens e inovando nos processosprodutivos, diz.
eVolUo prodUtiVa
Uma evidncia de que o Brasil est inserido na ca-deia global de embalagens a presena de mais dametade das 45 maiores empresas de embalagem
ras especiais que determina a melhor condiode armazenamento para os dierentes tipos ecalibres de rutas contempladas pelo projeto:caquis, mangas, morangos e mames.
A base, que se dobra e arma com um simplesmovimento, acilita a logstica, alm de reduziro tempo de montagem em relao s caixas con-vencionais. Os tamanhos disponveis se ajustamaospallets usados no pas e na Europa, adaptan-
do a soluo tanto para uso no mercado inter-no quanto para exportao. Segundo o designerLuiz Carlos Motta, que coordenou o trabalho, ainteno do INT, rgo vinculado ao Ministrioda Cincia, Tecnologia e Inovao (MCTI), a-zer a transerncia da tecnologia para indstriasinteressadas em produzir as embalagens. Esta-mos trabalhando em parceria com indstrias detransormao e elas tm a preerncia no licen-ciamento, diz ele. O projeto contou com o apoiodo Fundo Tecnolgico (Funtec) do Banco Nacio-nal de Desenvolvimen-
to Econmico e Social(BNDES) e oi eito emparceria com a unidadeEmbrapa Agroinds-tria de Alimentos, deGuaratiba (RJ), e doInstituto de Macro-molculas da Univer-sidade Federal do Riode Janeiro (UFRJ).
A inovao do INT apenas uma das so-lues tecnolgicas
na rea de embalagenscriadas no pas nos ltimos anos por empresase institutos de pesquisa. A lista extensa e in-clui embalagens abricadas com biopolmerosreciclveis, sistemas de cil abertura, mtodosalternativos de echamento, lmes plsticos dealta barreira a gases e latas com ormatos die-renciados. Em essncia, todas visam conerirmais segurana, comodidade e praticidade aoconsumidor, alm de proteger melhor o produtoe minimizar impactos ambientais. O Brasil hojeo stimo maior mercado global de embalagens,
com receita lquida de R$ 46,1 bilhes em 2012,uma evoluo de 30% nos ltimos cinco anos.No rankingmundial, o pas est atrs apenas deEstados Unidos, China, Japo, Alemanha, Fran-a e Canad. Projees eitas por consultoresespecializados indicam que dentro de trs anoso pas ir ultrapassar o Canad e a Frana paraassumir o quinto posto. At l, esperado umcrescimento mdio anual de 6,2%, ritmo supe-rior ao da maioria das naes que encabeam alista (ver grfco na pgina ao lado).
O orte crescimento do setor de embalagens,ormado por cerca de 1.100 empresas e que em-
1 p o: sara ehamentde emaagens sadasreetidas vezes,m eite em e a sve
2 pa less: palletmaiseve e reive
au uu , u z f u
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do mundo no pas. Esse dado conrma o bomnvel tecnolgico das embalagens que atuam nopas, diz a engenheira de alimentos Claire Saran-tpoulos, pesquisadora do Centro de Tecnologiade Embalagem (Cetea) do Instituto de Tecnologiade Alimentos (Ital), de Campinas, rgo vinculado Secretaria de Agricultura e Abastecimento doEstado de So Paulo. Apesar disso, a variedadede embalagens encontrada no Brasil, segundo a
pesquisadora, ainda restrita ao perl do nos-so mercado, em que os grandes volumes so debaixo valor agregado. Temos produtos de altatecnologia como as latas de alumnio usadas embebidas, lmes plsticos de alta barreira utiliza-dos na conservao de alimentos e garraas PETcom reciclagem ps-consumo. Contudo, algumastendncias para o uturo ainda so raras no pascomo sistemas mais sosticados de cil abertura,embalagens ativas e inteligentes que controlamos gases e a umidade ao redor de rutas ou incor-poram absorvedores de oxignio para preservar
alimentos e bebidas por mais tempo e outrastecnologias de rastreabilidade, como as etiquetasde identicao por radiorequncia (RFID).
Claire acredita que o setor tem cada vez maisimportncia para as indstrias de bens de con-sumo. O sistema de embalagem vital para aecincia da cadeia produtiva, conerindo qua-lidade e segurana s mercadorias, diz ela. Acompetitividade das empresas est em grandemedida associada otimizao e inovao desuas embalagens. Foi do Cetea a coordenaode um projeto do programa Consrcios Setoriaispara Inovao Tecnolgica (Consitec) nancia-
do pela FAPESP. O Consrcio Associativo paraPromoo da Pesquisa Tecnolgica no Setor deEmbalagem, coordenado pelo diretor do Ital,Luis Fernando Ceribelli Madi, oi realizado en-tre 2003 e 2010, e teve o objetivo de omentaro desenvolvimento tecnolgico de embalagensde produtos alimentares, por meio da pesquisaem empresas produtoras e usurias de emba-lagem. O projeto possibilitou a interao commais de 100 empresas abricantes e usurias deembalagens por meio de parcerias em projetosde desenvolvimento tecnolgico, assessorias
tecnolgicas, servios analticos e treinamen-tos, diz Claire.
bem echado
Um exemplo das inovaes mais aprimoradascitadas por Claire pode ser visto no portlio deprodutos da Brasilata, uma das lderes nacionaisem produo de latas de ao. A empresa lanouem 2004 uma lata para produtos alimentcios emp, como leite, ca e chocolate, com um novo sis-tema de echamento. A soluo, batizada de PlocOf, ganhou vrios prmios no pas e no exterior,entre eles o Prmio Brasileiro de Embalagens nafo
tos
loR
AMoS
n 2011n 2016 (prje)n cresiment mdiana estimad 2011-2016
*cresiment njntEuA e canad
ESTADoS uNIDoS
cHINA
JApo
AlEMANHA
FRANA
cANAD
bRASIl
REINo uNIDo
RSSIA
NDIA
principais mercados globaisbrasi a 5 gar n rankingmndia e deve sir das siesat 2016 (em uS$ ihes)
141,4
79,7
76,3
36,5
27
27
25
22,3
20,5
16,9
163,3
116,6
87
42,3
30,4
30,8
33,8
25,4
26
24,5
2,9%*
7,9%
2,7%
3%
2,1%*
2,9%
6,2%
2,6%
4,9%
7,7%Fonte DATAMARk / bR ASIlpAck TRENDS 2020 / ITAl
maiores mercados consUmidoresIndstrias de bebidas e aliments s as riniais srias de
embalagens n as em 2011 (em tneladas e uS$ milhes)
i Vu cu
beidas 3.270 11.486
Aimentia 3.125 13.665
Higiene e smtis 421 1.847
limeza 668 1.670
Farmatia 202 223
Fonte DATAMARk / bRA SIl pAck TRENDS 2020 / ITAl
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categoria Alimentos, e oi considerada uma das10 melhores inovaes brasileiras em pesquisapublicada pela revista de negciosExame. Deacordo com a Brasilata, a Ploc Of oerece veda-o 30 vezes superior, aps a primeira aberturada lata. Essa caracterstica torna a lata indicadapara produtos de consumo progressivo, que sousados repetidas vezes, como achocolatados ecas solveis. O echamento, constitudo de um
lacre e uma tampa plstica, tambm apresentacusto mais competitivo do que o sistema con-vencional da lata com selo de alumnio e sobre-tampa plstica. O echamento Ploc Of oereceaos abricantes uma opo mais competitiva pordispensar o uso da recravadeira no envase doproduto alimentcio, arma Joo Vicente Tu-ma, diretor da Diviso Alimentos da Brasilata.A recravadeira a m-quina responsvel pe-lo echamento de reci-pientes metlicos por
meio da operao dedobramento dasbor-das superiores das la-tas. Embora com tantasvantagens, a Ploc Oainda est presente empoucos produtos.
Outra inovao daempresa, que tem se-de em So Paulo e -bricas em Pernambuco,Gois e Rio Grande doSul, a lata com echa-
mento Plus, destinadaao mercado de tintas.Em abril deste ano, aBrasilata comemorou a marca de 1 bilho deunidades vendidas do produto. Sua novidade o sistema de travamento mecnico, que estpatenteado no Brasil e nos principais mercadosinternacionais, como Estados Unidos, UnioEuropeia, Japo e China. At o nal do sculoXX, o mercado de embalagens para tintas usavalatas com o tradicional echamento por atrito.Em meados de 1995, a Brasilata surpreendeu o
mercado ao apresentar esse novo sistema de e-chamento, destinado lata redonda e com vriosbenecios. Alm de suportar melhor as pressesinternas, choques, pancadas e at mesmo a quedada lata, o echamento Plus usa menos matria--prima na sua abricao e oerece maior velo-cidade nas linhas de enchimento das indstriasde tinta. Para o usurio, acilita o uso progressivoda tinta, pois garante o echamento hermticoe a melhor conservao do produto. Segundoa empresa, desde o lanamento da lata com oPlus, oram economizadas 14 mil toneladas deao, que signicam a reduo de 21 mil tonela-
das de minrio de erro e de 6,4 miltoneladas de carvo. Alm disso, por
ser 100% reciclvel, aps o consumoa lata de ao retorna sua condioinicial sem se degradar.
embalagens sUstentVeis
O menor impacto sobre o ambientee a produo responsvel so aspec-tos cada vez mais considerados pe-las empresas na hora de desenvolvernovas embalagens. A sustentabili-dade em toda cadeia produtiva umcaminho sem volta, arma Claire,do Cetea. Segundo ela, os abrican-
tes de embalagens esto investindoem produtos e processos que econo-mizem energia, diminuam o uso de
recursos naturais (gua e materiais), reduzam asemisses na cadeia produtiva e estendam a vidatil do produto. A reduo do peso das embala-gens uma das principais ormas de atuar na
eVolUo do segmentoReeita lqida das emresas de embalagem res-
e 30% ns ltims in ans (em R$ bilhes)
Fonte IbGE / FGV /AbRE
R$ 35,5R$ 36,7
R$ 42,0
R$ 44,7R$ 46,1
20082009
2010
20112012
prodUo sicapartiia de ada segment na
indstria de embalagem (2012)
Fonte AbRE / IbGE
p29,7%
p, 33,1%
m26,6%
Vidro
8,7%m1,8%
m
u vv
prmi internainade desenh indstria
ara emaagem dertas e hrtaias
desenvvida n INT,
d Ri de Janeir
1
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pesqUisa apesp 208z 67
prjetcnsri assiativ ara rm da esqisa tengia n
setor de embaagem (n2001/10784-1); modaldade programa
cnsris Setriais ara Inva Tenlgia (cnsite);coord.
luis Fernando ceribei Madi/Ita; investento R$ 452.075,63 e
uS$ 112.074,53 (FApESp).
embalagens atiVas
Eas atam sre rdt sre
esa ivre da emaagem m jetiv de amentar a vida ti
e garantir a segrana mirigia
de eidas e aiments. Aditivs
dem ser inrrads a sti,
ae, metais a ma mina
desses materiais. N as de emaagens
imrias, rini ativ de estar assiad
s sas araterstias intrnseas.
exmpls: mes antimirians, asrvedres de xigni
e de dres e emaagens ataqeveis.
embalagens inteligentesMnitram e d indiaes de resr, da
qaidade e da ndi de rerigera.
cnerem mair segrana e tamm
ermitem indiar a aiza e a
rastreaiidade d rdt. o ress de
dete e mnia das inrmaes
se d r mei de indiadres, sensres
e transmissres instaads na emaagem.
exmpls: s indiadres de temeratra, stresstrmi,
deterira mirigia, amadreiment de rtas
e aiza.
biopolmeroso s de imers eits m
matria-rima rinda de ntes
renvveis ma rte tendnia
assiada a neit de sstentaiidade.
N ress de reiagem desse materia
gasta mens energia d qe
na rd de m nv.
exmpls: ietien da brasem
rdzid a artir d etan de ana-de-aar e pantbtte
da ca-ca, garraa stia rdzida m 30% de
matria-rima de nte renvve.
nanotecnologia
o s da nantengia em emaagens
stias e esias de mehrar sas
rriedades fexiiidade, resistnia
trmia, arreira a gases et. , nerir
nvas ninaidades e trn-as mais
eves e sstentveis.
exmpls: emaagens eitas m
iamida aresida de nanmsits
ara amentar a arreira a gases, tintas metias sadas em
indiadres de varia de temeratra, inrra de
metais em stis ara atriir rriedades antimirianas.
N estd brasi pa Trends 2020, Institt de Tengia
de Aiments (Ita) az mnitrament de tendnias d setr ara
s rxims ans. Aqi, agmas dessas nvas tengias
i uudiminuio do consumo de recursos naturais.Outra utilizar matrias-primas renovveis emsua abricao.
Essa a aposta da Braskem, maior indstriapetroqumica do pas, que, em 2010, lanou opolietileno verde. Fabricado a partir do etenoobtido do etanol da cana-de-acar, essa mat-ria-prima j utilizada na abricao de potesde iogurte, tampas de embalagem cartonadas
asspticas usadas para acondicionar leite, em-balagens de produtos de higiene e beleza entreoutros produtos. O polietileno verde, de acordocom a Braskem, tem balano ambiental positivo,porque engloba uma cadeia produtiva comple-ta, com at 2,5 toneladas de dixido de carbono(CO2) retiradas da atmosera para cada toneladaproduzida. O plstico verde da petroqumica exportado para outros pases, sendo que a Europaconsome 50% da produo, de 200 mil toneladaspor ano. O mercado para o produto gigantesco,porque o polietileno convencional, abricado a
partir de combustveis sseis, o plstico maisconsumido no mundo.
O cuidado em desenvolver produtos sustent-veis pode ser percebido tambm na cadeia pro-dutiva da embalagem. A Pack Less, com sede emCotia, na Grande So Paulo, por exemplo, inovouao lanar recentemente um pallet verde eitode polipropileno para movimentao de merca-doria. Criada h quatro anos, a empresa, presenteem vrios pases (Argentina, Colmbia, EstadosUnidos e Europa) por meio de licenciamentos e
joint ventures, investiu R$ 2 milhes no desenvol-vimento do produto e em patentes internacionais.
Seuspallets, 100% reciclveis, so 10 vezes maisleves do que os correlatos de madeira e ocupammenos espao dentro dos navios. Por serem maisleves, reduzem o consumo de combustvel doscaminhes que transportam as mercadorias ato porto, contribuindo, em ltima instncia, pa-ra a reduo da emisso de poluentes. Quandocomparado, nas mesmas condies, com opalletconvencional, o Pack Less consome 70% menosenergia e emite 90% menos gases causadoresde eeito estua, contabiliza Rodinei Lapietra,diretor da Pack Less, acrescentando que a em-
presa possui hoje capacidade para produzir 200milpallets por ms. O Pack Less oi criado peloengenheiro Jos Roberto Duro, um dos sciosda empresa, e seu desenvolvimento tem apoioda Braskem, animada em dar uma nova utilidadeao polipropileno que produz. n
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