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Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 7 de abril de 2011 Ano 86 - Nº 23.347 Jornal do empreendedor R$ 1,40 ISSN 1679-2688 9 7 7 1 6 7 9 2 6 8 0 0 8 2 3 3 4 7 HOJE Parcialmente nublado Máxima 15º C. Mínima 27º C. AMANHÃ Parcialmente nublado Máxima 15º C. Mínima 29º C. Portugal: Sócrates faz pose ao pedir socorro. Premier foi flagrado pelas câmeras estudando a melhor posição antes de anunciar que o país pedirá ajuda à União Europeia. Pág. 17 Brasil vai ficar velho antes de enriquecer Kadafi pede ao 'filho' Obama fim da 'guerra injusta' Carta do ditador líbio, em que deseja até boa sorte a Obama na reeleição, não comove Casa Branca: Kadafi deve cessar-fogo e sair. Pág. 8 BARRAGEM AO DOLAR A primeira barragem de IOF da semana passada vai ser reforçada, hoje, para conter o transbordamento de dólar que já acumula US$ 35 bilhões no trimestre, um recorde que supera em 46% a cheia de 2010. O ministro Mantega (foto) estendeu a cobrança de 6% de IOF de um para dois anos a todos empréstimos externos. Ao secar a corrente de dólar, o real, valorizado, tenderá a baixar. Página13 Sérgio Lima/Folhapress Fuga e tragédia no Mediterrâneo Barco clandestino afunda e cerca de 250 imigrantes desaparecem. Pág. 8 Ettore Ferrari/AE Estudo do Bird mostra que taxa de idosos crescerá 12 vezes mais que a do resto da população nos próximos 40 anos. Pág. 18 Harris Artemis/Folhapress Discursos dos 100 dias O senador Aécio Neves ataca o PT e o continuísmo no governo Dilma. Kátia Abreu, a caminho do PSD, defende o 'fim da farsa partidária'. Página 7 MP do Cadastro Positivo: hora de ajustes. Página 15

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Diário do Comércio

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Conclusão: 23h50 www.dcomercio.com.br São Paulo, quinta-feira, 7 de abril de 2011

Ano 86 - Nº 23.347 Jornal do empreendedorR$ 1,40

ISSN 1679-2688

9 771679 268008

23347

HOJEParcialmente nublado

Máxima 15º C. Mínima 27º C.

AMANHÃParcialmente nublado

Máxima 15º C. Mínima 29º C.

Portugal: Sócratesfaz pose ao pedir socorro.

Premier foi flagrado pelas câmeras estudando a melhor posição antes de anunciar que o país pedirá ajuda à União Europeia. Pág. 17

Brasil vai ficarvelho antes de enriquecer

Kadafi pede ao'filho' Obama fimda 'guerra injusta'Carta do ditador líbio, em que deseja até boasorte a Obama na reeleição, não comove CasaBranca: Kadafi deve cessar-fogo e sair. Pág. 8

BARRAGEM AO DOLARA primeira barragem de IOF da semana passada vai serreforçada, hoje, para conter o transbordamento de dólarque já acumula US$ 35 bilhões no trimestre, um recordeque supera em 46% a cheia de 2010. O ministro Mantega(foto) estendeu a cobrança de 6% de IOF de um para doisanos a todos empréstimos externos. Ao secar a correntede dólar, o real, valorizado, tenderá a baixar. Página13

Sérgio Lima/Folhapress

Fuga etragédia noMediterrâneoBarco clandestino afunda ecerca de 250 imigrantesdesaparecem. P á g. 8

Ettore Ferrari/AE

Estudo do Bird mostra que taxa de idososcrescerá 12 vezes mais que a do resto da população

nos próximos 40 anos. Pág. 18

Harris Artemis/Folhapress

Discursos dos 100 diasO senador Aécio

Neves ataca o PT eo continuísmo nogoverno Dilma.

Kátia Abreu, acaminho do PSD,defende o 'fim dafarsa partidária'.

Página 7

MP do CadastroPositivo: hora

de ajustes.Página 15

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quinta-feira, 7 de abril de 20112 DIÁRIO DO COMÉRCIO

opinião

Fundado em 1º de julho de 1924

Pre s i d e nteRogério Amato

V i ce - Pre s i d e nte sAlfredo Cotait NetoAntonio Carlos PelaCarlos Roberto Pinto MonteiroCláudio VazEdy Luiz KogutÉrico Sodré Quirino FerreiraFrancisco Mesquita NetoJoão de Almeida Sampaio FilhoJoão de FavariLincoln da Cunha Pereira FilhoLuciano Afif DomingosLuís Eduardo SchoueriLuiz Gonzaga BertelliLuiz Roberto GonçalvesNelson Felipe KheirallahNilton MolinaPaulo Roberto PisauroRenato AbuchamRoberto FaldiniRoberto Mateus Ordine

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É por essas e por mais algumas coisas que reina certo ceticismo em relação às políticas governamentais.José Márcio Mendonça

ALTA ANSIEDADEJOSÉ

MÁRCIO

MENDONÇAOgoverno e seus mi-nistros econômicostêm feito um extraor-dinário esforço, com

a ajuda de alguns analistas e eco-nomistas mais próximos, para de-monstrar que o ambiente, nas hos-tes oficiais, está tranquilo. Não es-tá, porém, a tensão está elevada.

A razão é que alguns pressu-postos – e algumas expectativas –com os quais os operadores dapresidente Dilma Rousseff no Mi-nistério da Fazenda e no BancoCentral estão trabalhando nofront econômico, não estão na li-nha que se esperava ou estão fran-camente postos em xeque.

O governo Dilma iniciou-se sobo foco de dois desafios: uma infla-ção em fase de aquecimento – coi-sa que o ministro Guido Manteganegou em princípio, classificandoa subida dos preços como apenasum soluço passageiro– e de umreal valorizado – ou de um dólardesvalorizado, como se queira.

Ao mesmo tempo, a presidentese impôs uma obrigação: não com-bater os problemas, principal-mente a inflação, derrubando de-mais o crescimento da economia,de 7,5% em 2010. Tanto que, embo-ra o Banco Central preveja que oPIB este ano subirá 4%, Mantega eDilma falam em 4,5 % e 5%.

Para isso deu-se uma guinadana política antiinflacionária: foireduzida a ênfase no aumento dosjuros e deu-se mais a atenção às

chamada "medidas macropru-denciais" para reduzir a oferta decrédito. Contra a vontade, apos-tou-se também em um política fis-cal mais dura, com cortes de des-pesas orçamentárias. O facãoanunciado passou dos R$ 50 bi-lhões. Para o problema do câmbio,doses de barreira à entrada de dó-lares, como a aplicação do IOF e oaumento do imposto para capitaisque querem aqui aportar.

A complicação, e daí o am-biente de quase angústiano mundo econômico

oficial, é que os efeitos das medi-das, até agora, não apareceram. E aeconomia não está esfriando, como BC até acha que já está. O varejo

em fevereiro, como se diz na gíria,continuou bombando. A indús-tria, também no segundo mês doano, teve seu crescimento maiselevado desde março de 2010.

A procura por crédito cresceuquase 13% no primeiro trimestre.Tudo isso explica a inflação aindaem ascensão: segundo a FundaçãoGetúlio Vargas, os preços para asfamília de baixa renda (até 2,5 sa-lários mínimos) subiram 0,80%em março (contra 0,32% em feve-reiro), acumulando altas de 2,53%no ano e 6,16% em doze meses.

A "desobediência" econômicaaos propósitos oficiais não fica poraí. Na fronteira externa, a entradade capital estrangeiro no País bateumês passado um novo recorde: o

saldo da entrada e saída de dólares,o chamado fluxo cambial, atingiuUS$ 12,660 bilhões no mês de mar-ço, um aumento de 70,64% em rela-ção ao do mês anterior, que foi US$7,419 bilhões. No ano, o saldo acu-mulado é de US$ 35,227 bilhões, ou44,64% mais do que o registrado emtodo o ano passado.

Para evitar maior valorizaçãodo real, o governo estendeuontem a cobrança de IOF pa-

ra empréstimos de até dois anos to-mados no exterior por bancos e em-presas. Segundo Mantega, a alíquo-ta será de 6%. É ver no que dará.

Na frente política, a austerida-de (ou conciliação) fiscal, já rece-bida com ceticismo por boa parte

REGULAÇÃO E LIBERDADE DE ESCOLHA

As últimas decisões daAnvisa (Agência nacionalde Vigilância Sanitária)

sobre regulação de alimentos comalto teor de açúcar e gordura,sobre a proibição demedicamentos para emagrecer eas novas restrições à publicidadede cigarros (e até mesmo aintervenção na sua formulação),leva a agência reguladora àpauta da mídia e ao debate sobreas funções e os limites daprópria instituição.

Várias entidades médicastêm se manifestado sobre oabuso da Anvisa em interferir narelação paciente-médico. Assimcomo todas as entidades dacadeia produtiva de alimentos edo tabaco se juntam à opiniãopública para denunciar umabuso de poder e o desrespeitoa princípio constitucional daliberdade de escolha docidadão sobre o que consomee como cuida de sua saúde.

O presidente da Câmarados Deputados recebeu, nasemana passada, abaixo-assinadode 360 mil cidadãos contrários àmais recente intervenção daAnvisa na comercialização legalde cigarro, o que ultrapassa suacompetência regulatória e entrana seara legislativa exclusivado Congresso Nacional.

Na audiência da Anvisa sobremedicamentos, em fevereiro,das 19 entidades médicas que se

pronunciaram, 16 foram contraa resolução da Anvisa querestringe o uso dos moderadoresde apetite. No entender doprocurador de Justiça do DistritoFederal, promotor Diaulas Ribeiro,"não cabe a Anvisa se meter narelação médico-paciente".

Se a agência reguladora éuma das instituições fundamentaispara o exercício da cidadania, épor que seu princípio filosófico,como instituição autônoma e nãovinculada a governos, partidos ouseitas político-doutrinárias, é o dadefesa dos direitos difusos ecoletivos – evitando a chamadalitigação ilimitada, a judicializaçãodesnecessária e onerosa entreagentes econômicos. O queé um contrassenso, pois o custo

do Poder Judiciário, funçãofundamental do Estado, onera atodos indiscriminadamente,uma vez que produzir e distribuirjustiça, além das garantias desegurança e da própria vida,é a função maior do Estado.

Sequer a alegação em defesada saúde pública se justifica,

quando todos sabem que o PoderExecutivo é o maior usuárioda justiça federal. O custo destalitigação desmesurada é muitomaior do que a eventual despesaem saúde pública, para além dascontradições das próprias escolhasda agência, que desconsiderauma população de 20 milhões deobesos, proibidos de escolherlivremente seu tratamento, assim

como as vítimas do alcoolismo de60% dos acidentes de trânsito,que respondem por mais óbitosdo que as maiores doençasenfrentadas pela saúde pública.

Portanto, é um contrassensoalegar restrição das liberdadescivis dos cidadãos, ou uma maiortutela sobre suas livres escolhasde consumo, por qualquerente do Estado, sem consultara própria sociedade.

O princípio da liberdade deStuart Mill, desde o século 19, quediz que o soberano do seu corpo éa própria pessoa, o cidadão tratadocomo adulto, na sua irredutíveldignidade e consciente de suasdecisões, é que limita as decisõesde qualquer autoridade pública– que só pode fazer o que está

JORGE

MARANHÃO

dos analistas eco-nômicos e dos agentesdo mercado financeiro, es-tá sob bombardeio cerradodo Congresso, de governado-res, de prefeitos e até de algunsministros, todos assustados coma dieta de emagrecimento quequerem impingir-lhes.

A pressão é tanta que os cortes es-tão sendo reestudados e já há pro-messas a respeito, da voz da própriapresidente e de seu principal opera-dor político, ministro chefe da CasaCivil, Antonio Palocci.

É por todas essas e algumas ou-tras coisas que reina um certo ce-ticismo em relação às políticasgovernamentais nesta área. Ceti-cismo esse que reduz a confiança

nos operadores oficiais e, em con-sequência, deteriora as expectati-vas, pondo mais lenha na foguei-ra. E que eleva a temperatura emBrasília e alimenta tricas e futri-cas de todo o tipo na Corte.

Parece que tudo foi planejado, nomelhor estilo Dilma. Mas faltoucombinar com a sociedade.

JOSÉ MÁRCIO MENDONÇA É

J O R N A L I S TA E A N A L I S TA POLÍTICO

estritamente previsto em lei,ao contrário do cidadão, que podefazer o que quiser desde quenão lhe seja negado em lei.

Afinal de contas, algumasoutras políticas

verdadeiramente públicas nãosão objetos de tão determinadoafinco por parte dos governos,como a necessidade da reformapolítica para melhorara qualidade da representaçãopolítica, os investimentos maciçosem educação pública dequalidade, o combate exaustivoà corrupção, a universalizaçãoda saúde pública de qualidade,a maior eficiência do sistemajudiciário e tantas outras agendasconsideradas prioritárias pelaopinião pública e no aguardode atenção maior por partedos governantes.

Por isso cresce no mundotodo um movimento espontâneodos cidadãos contra o excessolegisferante dos governos. Issodesmoraliza a importância dasinstituições-fim de Estado, o queacaba em mais demanda judicial,em contrassenso com a própriarazão de ser da agência regulador,de evitar a judicialização,quando não serve apenas paracriar crises sem sentido, minando a

competitividade do País.Se a presidente Dilma está

preocupada em economizarcustos, que tal começar aeconomizar no excesso de açõesque o Executivo tem no Judiciárioe que ocupam mais de 80% dosprocessos dos tribunaissuperiores, segundo pesquisas dopróprio CNJ? O que não se pode édestruir a função fundamentalda agência reguladora, quandonem sequer foi aindaassimilada pelo cidadão comum.E quando o valor da liberdade noBrasil não tem sido preservadoou mesmo entendido por partedos governantes.

Não se trata somente daliberdade de expressão,da privacidade, e até derepresentação política, como damais comezinha liberdade deescolha do que prescreve o meumédico, até o teor alcoólico deminha bebida, o do sabor domeu cigarro, ou o teor de açúcarde minha sobremesa, como sefôssemos todos idiotas.Que Deus me proteja dos sábiosque querem me proteger!

JO RG E MAR ANHÃO É D I R E TO R DO

IN S T I T U TO DE CULTUR A DE CIDADANIA AVOZ DO CI D A D Ã O.

J O RG E @AVO Z D O C I D A D AO.CO M .BR

Newton Santos/Hype

Exagerada,ingerência daAnvisainterfere nodireito docidadãoescolher o seutratamento.

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quinta-feira, 7 de abril de 2011 3DIÁRIO DO COMÉRCIO

Invente duas crençasopostas totalmente

imaginárias, atribua-asa dois indivíduos

quaisquer e declare-sesuperior a ambas.

Não é preciso explicá-las.

opinião UMA LIÇÃO SIMPLES E RÁPIDA PARA FACILITAR A VIDA DOS LEITORES IMPACIENTES.

LUIZ

OLIVEIRA

RIOS

CIBERNÉTICO VERSUS HUMANO

OLAVO DE

CARVALHO

Alguns leitores fica-ram decepcionadoscom o meu artigo dod i a 2 4 d e m a r ç o

( h t t p : / / w w w . o l a v o d ec a r v a l h o . o r g / s e m a-

na/110324dc.html): acharammuito difíceis e trabalhosas asquatro receitas que lhes dei paratornar-se gostosões intelectuais.Sentem-se como se eu tivessefrustrado o sonho de suas vidas.

Escrevem-me cartas indigna-das, exigem saber se existe umatécnica, uma via mais simples e rá-pida, que possam percorrer em al-guns segundos, de preferênciasem levantar da poltrona, livres decumprir aquelas exigências opri-mentes que os quatro clubes degostosões impõem a seus noviçospara admiti-los, mediante durasprovas, no círculo dos eleitos.

Pois bem, alegrem-se, irmãos. Acoisa existe. Não só existe como é dedomínio público, sem ônus ou taxasde qualquer natureza. Milhões debrasileiros têm desfrutado de seusbenefícios, especialmente desde adécada de 60, quando o hábito depensar no assunto antes de falarveio sendo substituído, com vanta-gem, pela expressão imediata depreferências e repugnâncias, tão na-tural, tão espontânea quanto umainocente flatulência.

Prestem atenção. Não requerprática nem habilidade. Em doisminutos vocês aprenderão a técni-ca e poderão usá-la – se é que já nãoa vêm usando sem sabê-lo – comresultados infalíveis.

A fórmula é a seguinte: inventeduas crenças opostas totalmenteimaginárias e igualmente bocós,

atribua-as a dois indivíduosquaisquer (que provavelmente ja-mais ouviram falar delas) e decla-re-se superior a ambas. Não é pre-ciso explicá-las, nem discuti-las,nem provar que seus indigitadosporta-vozes têm mesmo algo a vercom elas. Apenas dê um nome acada uma e afirme, peremptoria-mente, que são duas bobagens an-tagônicas, que você não cai numengodo nem no outro, que está aci-ma de correntes de opinião, ideo-logias, estereótipos, o escambau.

A proclamação simples e diretade superioridade, desacompa-nhada dessa moldura de antago-nismos, pode soar presunçosa edar efeito negativo. Espremidaentre duas alternativas abominá-veis (pouco importa que perfeita-mente inexistentes), adquire umanobreza, uma elevação, um ar deinsight dialético que é uma coisade louco, maninho.

Experimente e observe a reaçãoda plateia, todos se olhando uns aosoutros e confessando: "Como foique não pensamos nisso antes? Quecoisa mais genial! Nós, aqui, ator-mentados num dilema insolúvel, eentão vem esse iluminado e nos li-berta das falsas alternativas!"

Pode crer, a coisa funcionamesmo. Posso testemunharisso com total isenção preci-

samente porque, em vez de praticara técnica, fui citado muitas vezesnum dos pares de antagonismos eassim dei, malgré moi, substanciaiscontribuições à glória das supera-ções baratas.

Só para dar aqui alguns exem-plos entre milhares:

Anos atrás, Caetano Veloso meopunha ao filósofo marxista SlavojZizek e nos superava num instantefazendo de nós os representantespadronizados de duas formas ex-

tremas de anti-individualismo: an-ti-individualismo de esquerda, an-ti-individualismo de direita.

Pouco lhe importava que, pelomenos da minha parte, eu jamais ti-vesse dito uma única palavra con-tra ou a favor do individualismo,muito menos em simetria opostacom qualquer ideia do professorZizek, que só vim a conhecer anosdepois e onde nada enxerguei quetivesse com as minhas próprias omínimo de afinidade, sem o qualtoda oposição é impossível.

Decorridos alguns anos, fui,ao contrário e com idênti-ca surpresa, nomeado in-

dividualista devoto pelo professorAlexandre Duguin, que se definiacomo anti-individualista professo,o que produziu, no Twitter, no Or-kut, no Facebook e em outras as-sembleias de sábios, uma profusãode superações dialéticas tão bri-

lhantes e arrasadoras quanto a dopensador baiano.

Dias atrás, um tal de Hermes Fer-nandes, pastor protestante, emude-cido de raiva ante críticas que eu lhefizera por conta do tratamento abje-to que dera a seu colega Júlio Seve-ro, resolveu me pegar por outro la-do e, não sabendo o que dizer, ape-lou ao recurso de praxe: opôs sime-tricamente Karl Marx a Olavo deCarvalho como defensores da leal-dade absoluta, o primeiro ao Esta-do, o segundo ao Capital, e, procla-mando lealdade exclusiva a NossoSenhor Jesus Cristo, demonstrou-seinstantaneamente superior a am-bos, ad majorem Dei gloriam.

Fiquei aqui meditando, cabis-baixo, sobre que raio de coisa po-deria ser "lealdade ao Capital". Vo-cê pode ser leal a um partido, auma igreja, a uma família, a umapessoa, a uma ideia, mas como "serleal" a uma quantidade abstrata

que só existe para ser posta em ris-co? "Ser leal ao Capital" é uma ex-pressão tão sensata quanto "votarnum sorvete" ou "ler um pastel".

Já a lealdade ao Estado é possível,mas está fora do universo de KarlMarx, que só via no Estado (erro-neamente) o instrumento da suaprópria destruição.

D irei que eu e Karl Marx en-tramos no triunfo dialéti-co do pastor como Pilatos

no Credo? Nem isso, porque Pilatosao menos estava no local dos acon-tecimentos, e nós nunca estivemosonde o pastor nos colocou.

Pouco importa: a modalidade desuperação dialética que se tornouendêmica no Brasil adquire sua for-ça, precisamente, do fato de nuncater nada a ver com o assunto.

OL AVO DE CA RVA L H O É E N S A Í S TA ,J O R N A L I S TA E P RO F E S S O R DE FI LO S O F I A

Curso intensivopara gostosão

intelectual

Oespaço medido emquilômetros e o tempocronológico (medido em

horas) viraram, sem exagero, pó,sob o prisma da distância-velocidadedeste nosso século de tecnologiaalucinante. Nessa nossa era deinstantaneidade surgem termosestranhos como "mach", "bit-segundo,"nanossegundo" e mais uma pádeles– como se diz no interiorpaulista – que servem para traduzir,numa palavra, que passado,presente e futuro podem se fundirno aqui e no agora, algo como umensandecido "continuum",não no sentido de sequência, mas deacontecimentos simultâneosimbricados uns nos outros.

O cenário atual, detecnologia elevada às raiasdo fantástico, parece quejamais foi sequer sonhado por RayBradbury, Isaac Asimov e Arthur Clark,os papas da ficção científica do século20 – e quiçá de todos os tempos.

A realidade, tal como nós aconhecíamos – ou julgávamosconhecer, posto que a realidadeé algo difícil de ser definidana prática – agora fundida nachamada "realidade virtual"dos super computadores,que formam uma espécie de"MWL - Machine Web Life",ou "Teia maquinal da vida";essa realidade, pois, é um desafiocandente para a razão dohomem e é de pirar de vezas emoções humanas.

Tecnologia avassaladora e aconsequente piração humana, dirãoos estudiosos da sociedade dentro deno máximo vinte anos, contribuírampara alterar anormalmente o cérebrodas pessoas, numa escala jamais vistadesde que o homem é homeme tomou consciência de si mesmoe dos fenômenos que o rodeiam.

Para piorar o cenárioapocalíptico, essa alteração

cerebral transformou milhares depessoas em "zumbis cibernéticos",vagando por cidades e campos,com microchips nas veiasplugados 24 horas por dia emcelurares modernosos, Ipads, Ipods,e-books, Gps, notebookse mais mil e uma (in)utilidadestecnológic asde conexãoi n s t a nt â n e awireless comos quatro costadosdeste mundãosem porteiras.

Famílias sedesconec tamentre si para se conectaremno mundo virtual, numa espécie de"segunda vida" dentro da realidadeda primeira – e única – vida quese tem. Corações hardware tentandoser soft num mundo de nerdsadoradores da Tecnologia.

A CBN (Cable News Network),uma espécie de "espírito santo

da informação just in time" abre suasasas world wide (sobre o mundointeiro), permitindo que numacasinha simples, lá nos grotões deMinas Gerais ou da Bahia – desdeque haja um televisor ligado – aspessoas assistam ao vivo e emcores a matança de inocentesna Líbia ou na Faixa de Gaza ouainda o brutal assassinato debaleias e golfinhos indefesos porhumanos que se dizem "civilizados".

Triste paradoxo seconstata aqui: a modernidadetecnológica que transforma o mundonuma "aldeia global" num clicarde mouse ou num zapear televisivorevela a velha barbárie que aindamacula o ser humano desdeas eras mais primitivas. A evolução

tecnológica, infelizmente,não anda mesmo de mãos dadascom o desenvolvimentoda espiritualidade.

Ecce homo é um homemainda "old fashioned way" (antigo)na sua essência. Porém,atualmente, é um homemmultimeios em quase tudo, aténas práticas sexuais, quando,objetivando evitar doenças

sexualmente transmissíveis e agravidez indesejável, veste suaproteção de borracha, a camisinha– ou vestia, pois, por conta dacibernética, ela será aposentada,levando-se em conta a práticado "sexo virtual", totalmente"profilático", onde o côncavo e oconvexo simulam o coito quente, masde orgasmo frio, posto quemaquinal – como maquinal, aliás, sãotodos os encontros físicos, masfortuitos, entre um homem e umamulher sem o terno link do amor.

O cérebro humano,criador de super máquinascomputacionais, se vê, ele próprio,escaneado por scanners quesacaneiam a incapacidade do criador(o cérebro) enxergar com nitidez oque a criatura (o scanner) vêcom nitidez tridimensional ...

Agora é high speed(super rápido), embora ninguém

saiba exatamente a direção a serseguida. O que importa é tudo e todosestarem se movimentando. Síndromeda barata tonta?

Hoje, diferentemente dasimples bifurcação de umcaminho que deixou Alice, ado "País das maravilhas", deLewis Carroll, perdida(e como ela não sabia paraonde ir foi aconselhada aseguir por qualquer um doscaminhos que sedescortinavam à sua frente);hoje, repito, os caminhosreais e virtuais são tantos etão confusos que nãoconseguimos mais sequerencontrar o caminho de voltapara sermos nós mesmos.Que triste!"Quando eu era criança,

falava, pensava e agia comouma criança, mas quando me tornei

um homem, deixei de agircomo criança" – são as palavrassábias do Apóstolo Paulo naprimeira carta aos Coríntios. Numaparáfrase a essa máxima, podemosdizer: "Ao me tornar um indivíduocibernético, não falo, nãosinto, não penso: o computadorfaz tudo por mim".

Que saibamos utilizartodas as ferramentas cibernéticasda modernidade com sabedoria,o que se resume em não nosdeixarmos ser devorados por elas.

E que passemos a falar,a sentir e a agir tão só comoseres humanos cheios de afetouns pelos outros, ratificandoa nossa humanidade – e, ao fazê-lo,confirmamos que de fato fomosfeitos à imagem e à semelhançade Deus, e não meros replicantesde uma máquina.

LUIZ OLIVEIR A RIOS É P RO F I S S I O N A L DE

MARKETING

E VENDAS E CO LU N I S TA DO DIÁRIO DO

CO M É RC I O. OLIVEIR A.RIOS@H OTM A I L .CO M

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quinta-feira, 7 de abril de 20114 -.GERAL DIÁRIO DO COMÉRCIO

7 de Abril

São João Batistade La Salle

Nasceu na cidade francesa de Reims (1651).Ainda jovem ingressou na vida religiosa e

foi eleito cônego. Grande teólogo da educação,destacou-se sobretudo pela formação e o

ensino de crianças pobres. É o fundador doInstituto e da Congregação dos Irmãos das

Escolas Cristãs.

Solução

[email protected] Um 3 3

k

Colaboração:Paula Rodrigues,Alexandre Favero

Fotos: BusinessNews

«

333 A decisão do STJ de anulartodas as provas obtidas a partir deescutas telefônicas da OperaçãoCastelo de Areia, da Policia Federal,que investigou denuncias de

corrupção em obras públicas, envolvendo a Camargo Corrêa,provocou um alivio no juiz César Asfor Rocha que, em 2010, quandona presidência da Corte, já suspendera ações contra executivos daconstrutora. Rocha foi, durante algum tempo, um dos cotados paraassumir a vaga de Eros Grau no Supremo, até indicado pelo ex-ministro Marcio Thomaz Bastos, advogado da Camargo Corrêa nesseprocesso (agora, foi substituído por Celso Vilardi). Cabe recurso, sóque tudo indica que esse castelo ficará encantado – e arquivado.

Casteloencantado

333 A brasileira (e gaúcha)Raquel Zimmerman, 27 anos,integrante das top tem do fashionworld, que acaba de ser celebradapor Vogue América, ao lado de

Gisele Bündchen e Lara Stone, como “um dos mais bonitoscorpos” da moda, vive nova fase em alta: participa do novo clipede Lady Gaga, Born this way e vai somando mais contratospublicitários, onde se transforma. De um lado, na nova campa-nha da Cruise Gucci, depois emenda na Vogue italiana comcabelos encaracolados, estica em Hugo Boss e protagonizanova investida de propaganda da Animale no Brasil.

Muitasem uma

Distantedos sixties

333 Depois de posar nua paraa nova campanha de bolsasVersace, a atriz January Jones, aBetty ex-Draper, ex-mulher de DonDraper (Jon Hamm), na vitoriosa

série Mad Men sobre o mundo publicitário (a quarta temporadaestá estreando no Brasil), que agora é ambientada nos anos 60em Nova York, mostra que não quer viver só com a imagem dossixties. Agora, ela estrela ensaio sensual na GQ britânica, comdireito a corselet e cinta-liga e, ao mesmo tempo, desembarcana Marie Claire, também de lá, usando – de novo – Versace.

Bens separados333 Separado de Maria EugeniaLattes, sua primeira mulher, omilionário Toninho Abdalla, 58anos, casa amanhã, com grandefesta black-tie no Jardim Europa,em São Paulo, com a estilista Cris

Barros, vinte anos mais moça. A separação de bens será ampla,total e irrestrita: afinal, durante anos, Toninho e o primo Juca Abdallaforam credores do maior precatório do país, por conta da desapro-priação de terreno de 717 mil metros quadrados em São Paulo(hoje, é o Parque Villa Lobos) feita no governo Orestes Quércia.Na época, o valor era de R$ 1,7 bilhão em 10 parcelas de R$ 250milhões (de 1999 a 2009). Em valores atualizados, R$ 3 bilhões.Em 2009, o governo paulista pagou a 9ª parcela atrasada dequase R$ 400 milhões, incluindo juros de R$ 18 milhões.

Ainda não vi Bruna Surfistinha. As cenas são muito fortes.

IN OUTh

h

Óculos redondos turtle. Óculos finos, haste metálica.

MAIS: aí, mistura tudocom os ternos de Lulaque ele comprou numleilão, no ano passadoe faz uma exposição.

MISTURA FINA

Olho em Madonna333 As investigações do FBIsobre Madonna não estãolimitadas a operações suspeitasda entidade Success for Kids(SKF), que até agora não cumpriunenhuma atividade assistencial oueducacional descrita em seusprojetos (seu parceiro no Brasil éEike Batista, que está enfiando nainstituição R$ 12 bilhões): tambémé o Centro Internacional deKabala, em Los Angeles, estásendo revirado pelos agentes. Noprograma americano de gossipsTMZ, esta semana, foi exibida umafoto de Eike, citado como “o oitavohomem mais rico do mundo”. OFBI agora trabalha em cima dedenúncias da irmã de uma ex-assessora e agente de Madonna,Caresse Henry, que teria sesuicidado, depois de demitidapor Madonna e sob pressão docentro de cabala da Califórnia.

DEVEDOR333 O presidente da Venezuela,Hugo Chávez, vem ao Brasil,dia 10 de maio, em viagemoficial, para se encontrar comDilma Rousseff. Na pauta, oingresso da Venezuela noMercosul e os investimentosda PDVSA na refinaria Abreue Lima, em Pernambuco. Asobras da refinaria, a propósito,foram esticadas e sua conclusãoestá prevista para 2012. Valortotal:R$13 bilhões.AVenezuelatem 40% da refinaria, só que atéagora, o coronel Hugo Cháveznãomandou nem um centavo.Já com referência à entrada daVenezuela no Mercosul, JoséSarney é radicalmente contra.

Novo capítulo333 O ex-diretor da Dersa, PauloVieira de Sousa, acompanhou adecisão do STJ de anular provasobtidas através de escutastelefônicas da Operação Castelode Areia: seu nome sempre surgenas matérias dos jornais, emboranunca tenha sido citado e menosainda indiciado. Num pequenopapel, aparece escrito que ele era“coordenador das obras doRodoanel”. Há dias, a justiçaaceitou processos de Paulocontra Evandro Losacco, EduardoJorge e jornalistas de IstoÉ, porconta de denúncias de desvio dedinheiro da campanha de Serra.E no episódio das jóias, elefoi inocentado e processa adelegada Nilze BatistaScapulatiello. Ela, a propósito,foi afastada da 15ª Delegaciade São Paulo e está naCorregedoria da policia paulista.

QUASE BÁSICO333 O vestido de malha, comfaixas horizontais coloridas,usado por Michele Obamaquando sedespediu doBrasileque virou objetodedesejoentreas emergentes nacionais, épouco mais do que básico. Omodelochama-seSimoneStripeDress e é da coleção Marc, blocomais acessível de Marc Jacobs.Michelecomprou o vestidonumalojadedepartamentos.EntreSãoPauloeRio, temfiladegentequeencomendou omodelitoeque vaipagar R$ 2milpor cada um.NosEstados Unidos, custa US$ 240.

333 O MINISTÉRIO PublicoFederal vai apurar se procedemdenúncias segundo as quaiso ex-deputado federal CelsoRussomano (PP-SP), candidatoderrotado ao governo de SãoPaulo, no ano passado seriao verdadeiro dono de umaemissora de UHF chamadaRede Brasil. Oficialmente,quem aparece como proprietá-rio da televisão é um advogadochamado Marcos Tolentino.

333 QUEM diria: MarianaXimenez, 30 anos, agora estánamorando o jovem cantorFiuk, 20 anos, filho de Fábio Jr.O affair teria começado na festade aniversário da diretoraDenise Saraceni, no Rio, nasemana passada

333 HEBE Camargo será, pelaterceira vez, atração contratadada 10ª edição do ForumEmpresarial de Comandatuba,que acontece entre os dias 21 e24, no Transamérica na Bahia.Hebe, que levantou a audiênciade seu programa esta semana(deu 3 pontos), não farápalestras. Já avisou, contudo,que, fazendo sol, coloca maiôe desembarca lá com muitadisposição para um verdadeirofestival de selinhos. Se der, gravaaté entrevistas à beira da piscina.

333 O JORNALISTA EduardoReina deixou a grande impren-sa e assumiu o cargo de gerentede comunicação de Dersa. Éuma pessoa de confiança dosecretário de Logística eTransportes, Saulo de Abreue deverá ser ele a divulgar,tão logo surjam os primeirosresultados, a ação da auditoriaespecial instalada para apurarirregularidades na área.

333 HÁ DIAS, CandidoVaccarezza (PT-SP), líder doGoverno na Câmara Federal,investia furiosamente contra odeputado Jair Bolsonaro (PP-RJ), por conta da novela PretaGil, enquanto Marta Suplicy,no Senado, chegava a pedira cassação do assumidohomofóbico. Esta semana,contudo, Vaccarezza eBolsonaro, viraram amigosde infância: abraçavam-se noplenário na Câmara e davamgrandes gargalhadas.

ROGER // jogador de futebol e namorado de Deborah Secco, que vive agarota de programa no filme, onde passa 80% das cenas seminua.

As duas maiores à salvo333 A Operação Castelo de Areia levou executivos à cadeia edepois de deflagrada, por conta de vazamento de informações,permitiu a outra grande empreiteira nacional, a Odebrecht, quetambém estava sendo investigada, entrar na Justiça com umhábeas corpus preventivo e impedir quaisquer ações contra ela.Camargo Corrêa e Odebrecht estão praticamente empatadas noprimeiro lugar do ranking nacional de empreiteiras que constroem omaior numero de obras públicas. Juntas, faturaram R$ 10,5 bilhões,no ano passado, liderando o bloco das cinco mais, onde aparecem,a seguir, por ordem, Andrade Gutierrez, Queiróz Galvão e OAS.

Caviar no breakfast333 O Brasil importa, anual-mente, 29 mil quilos de caviar,especialmente da Rússia. Elessão despachados em volumesde apenas 1,8 quilo e sobcuidados especiais. Para quemnão sabe: existem três espéciesde caviar. O mais caro, beluga,custa US$ 2 mil o quilo, oosetra, US$ 1 mil o quilo e omais barato é o sevruga, US$650 o quilo. Os emergentes doplaneta não sabem diferencia-los e a associação entre caviare poder já foi maior. Mesmoassim, o rico herdeiro do maiorprecatório do país, ToninhoAbdalla, vai abrir uma filialbrasileira do famoso Petrossiande Nova York, especilizado emcaviar, em São Paulo. Há quemaposte que sua noiva Cris Barrosgoste de caviar no breakfast.

BIG BUSINESS333 A cervejaria Schincariolfoi colocada à venda pelafamília controladora e entreas interessadas, já formama britânica SAB Miller, adinamarquesa Carlsberg aholandesa Heineken. ASchincariol vem perdendo suafatia de mercado desde 2008 eo pior negócio já feito para acervejaria foi o lançamento daDevassa Bem Loura. Atéhoje, tem 0,2% do mercado.

Os blogs de humor nãoperdoam: acham que EikeBatista deve arrematarpassaportes especiaisde netos e filhos de Lula.

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quinta-feira, 7 de abril de 2011 5DIÁRIO DO COMÉRCIO

ONTEMM anifestantespedem, em Brasília,a cassação de JairB olsonaro.

AMANHÃEntidades dedireita fazem ato deapoio ao deputadono sábado, em SP.

política

O retrato de Bolsonaro, como HitlerRevoltados com declarações, manifestantes foram à Câmara pedir a cassação do deputado, que não se irritou nem um pouco com a comparação feita com líder nazista.

Afotografia do deputa-do federal Jair Bolso-naro (PP-RJ) com um

bigode riscado, caracterizan-do-o como Adolf Hitler, se des-tacava dos demais cartazesempunhados pelos manifes-tantes ligados às entidades es-tudantis, ao movimento negroe de defesa dos homossexuais,que protestavam, ontem, naCâmara dos Deputados. Esta-vam lá para pedir a cassação deJair Bolsonaro.

Ele conseguiu despertar to-da essa ira depois que foi à te-levisão e, com toda tranquili-dade, disse que seria "uma pro-miscuidade" a relação do seufilho com uma mulher negra.Para não perder o hábito, tam-bém atacou os homossexuais.Depois do rebuliço, o deputa-do afirmou que não havia en-tendido a pergunta relativaaos negros, mas reafirmou asua homofobia.

Não entrou – O protesto seconcentrou na Comissão deDireitos Humanos e Minorias,da qual ironicamente Bolsona-ro faz parte, como suplente, re-presentando o PP. O deputadochegou a se aproximar da sala,acompanhado de três policiaislegislativos, mas não entroupara a reunião. "Eu iria entrarlá para quê? Eu estou com a ra-

zão, não tenho que discutircom esse pessoal", afirmou.

A ministra da área, Maria doRosário, compareceu e nãopoupou Bolsonaro. Ela desta-cou que não se pode permitir ouso da homofobia para enco-brir racismo porque este já estáprevisto na lei como crime."Aqueles que agem de formaracista, quando são flagrados,se sentem livres para manifes-tações de homofobia. Se man-tivermos essa lógica, não tere-mos um Brasil digno."

Maria do Rosário disse que aCâmara faz parte de um esfor-ço para afirmar "um Brasil semhomofobia, sem discrimina-ção, sem racismo". Os movi-mentos de afrodescendentestambém criticaram o deputa-do Pastor Marco Feliciano(PSC-SP), que afirmou noTwitter serem os africano"amaldiçoados". Feliciano dizque a citação é bíblica.

Notificação – A Corregedo-ria da Câmara conseguiu on-tem, na segunda tentativa, no-tificar Bolsonaro sobre as qua-tro representações encami-nhadas contra ele à Mesa, porcausa de comentários conside-rados racistas feitos por ele nodia 28 de março na televisão.

Agora, Bolsonaro terá atécinco sessões para apresentar a

Alan Marques/Folhapress

Bolsonaro é apresentado pelos estudantes como uma versão tupiniquim de Adolf Hitler. Deputado diz estar contente com toda a polêmica.

Entidades querema cassação deBolsonaro, que serecusou aparticipar, comointegrante, dareunião naComissão deDireitos Humanos

Alan Marques/Folhapress

sua defesa, mas ele avisou quepretende se manifestar antesdesse período. O deputadoafirmou que sua defesa vaicomprovar que ele não é racis-ta. Em relação às outras decla-rações, o parlamentar preten-de se defender com o argu-mento da imunidade.

Ele comemorou estar nocentro da polêmica por acredi-tar que possa impedir o Minis-tério da Educação de distribuirmateriais em escolas que, se-gundo ele, defendem o homos-sexualismo. "Eu estou felizporque estamos detonandocom o tsunami de homosse-xualismo que seríamos invadi-dos por causa deste kit gay".

Acrescenta-se a tudo isso aafirmação de Bolsonaro, tam-bém na TV, de que torturaria ofilho se o pegasse fumandomaconha. Para Yann Evanovi-ck, presidente da União Brasi-leira dos Estudantes Secunda-rias (UBES), "a democraciaavança quando se combate ahomofobia, o racismo e o pre-conceito". (Agências)

Passeata ao 'bom companheiro'Grupos de direita vão fazer ato de apoio a Bolsonaro na Paulista

Um movimento do tipo"Jair Bolsonaro é umbom companheiro"

pretende parar uma das pis-tas da Avenida Paulista, nosábado, em frente ao Masp.Márcio Galante, de 23 anos,um dos organizadores, dizque o objetivo é mostrar queo deputado foi "ridicularizadopela mídia" e que tem "muitagente que concorda comele". Galante destaca queBolsonaro "é pai de família,militar de respeito e a mídiaestá fazendo um linchamen-to público dele".

A ideia do ato partiu de Ga-lante, que se diz "radical dedireita". Ele entrou na comu-nidade "Sou fã do deputadoJair Bolsonaro" no Orkut elançou a sugestão do ato cí-vico na Paulista. De acordo

com Galente, até ontem cer-ca de 80 pessoas haviamconfirmado participação.

A comunidade de apoio aBolsonaro, uma de 82 queaparecem na rede socialcom o nome do deputado,conta com 3.966 membros.Segundo Galante, preten-

dem participar do ato organi-zações militares extra-quar-tel, separatistas, católicosradicais e grupos de extremadireita, como o Ultra Defesa,que reúne 28 membros e 30s i m p a t i z a n t e s.

O por ta -voz do U l t ra ,Eduardo Thomaz, instrutorde Jiu-Jitsu, diz que é da opi-nião que cada um faz o quequer. "Se a pessoa quer serhomossexual, que seja, masentre quatro paredes. Nin-guém é obrigado a ver atosobscenos em locais públi-cos. Os homossexuais po-dem lutar pelos seus direitos,contanto que não lutem paratirar os nossos", afirmou.Bolsonaro, alegando quetem outro compromisso jámarcado, não poderá com-parecer ao ato.

Os homossexuaispodem lutar pelosseus direitos,contanto que nãolutem para tiraros nossos.

ED UA R D O THOMAZ, DO G RU P O

DE D I R E I TA ULTR A DEFESA

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quinta-feira, 7 de abril de 20116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Nós não nos baseamos apenas em denúncias anônimas.Roberto Gurgel, procurador-geral da Repúblicapolítica

Mensalão do DEM: julgamento suspensoConselho do MP adia análise da conduta dos promotores Leonardo Bandarra e Deborah Guerner, acusados de participação no esquema. Caso será retomado em maio.

Oprimeiro ju lga-mento do mensa-lão do DEM foi in-terrompido, on-

tem, depois de seis horas, porum pedido de vistas do proces-so pelo conselheiro Achiles Si-quara. O CNMP (ConselhoNacional do Ministério Públi-co) analisa a conduta de doispromotores acusados de rece-ber propina e de favorecer o ex-governador José Roberto Ar-ruda, apontado como o chefe

supremo desse esquema.O relator do processo, conse-

lheiro Luis Moreira, votou pelasuspensão dos promotoresLeonardo Bandarra, chefe doMinistério Público quando omensalão do DEM operou, eDéborah Guerner. Eles já estãoafastados. O relatório pedeainda que a Procuradoria Ge-ral da República entre com opedido de demissão contra osdois profissionais acusados.

Para o relator Luis Moreira,

eles devem ser condenadosadministrativamente peloCNMP por "violação do sigiloprofissional com a solicitação eobtenção de recompensa" e a"exigência de pecúnia".

Gritar ia – Durante o julga-mento, Deborah Guerner – quealega insanidade mental – pro-tagonizou cenas de gritaria noconselho. "Onde estão os polí-ticos? Cadê a denúncia domensalão do DEM?", gritou.Era possível ouvir a promoto-ra de dentro do plenário, en-quanto ela estava fora do local,falando com o marido pormeio de um celular.

As defesas de Bandarra e deDeborah negam a participaçãode ambos no esquema. "ComoBandarra pode ter extorquidoArruda se o próprio Arrudaafirma que isso não aconte-ceu?", perguntou o advogadoCezar Bittencourt.

No mesmo sentido, o advo-gado de Deborah sustentouque o delator do esquema,Durval Barbosa, não tem pro-vas contra a promotora. "Nopróprio depoimento, ele admi-te que não tem como provar.Não se pode analisar um de-poimento apenas por um tre-cho. O que se tem são ilaçõesdo denunciante", disse PedroPaulo de Medeiros.

Ao deixar o conselho, Debo-

No circo da moda – O deputado federal Francisco EverardoOliveira da Silva (PR-SP), o Tiririca, chamou a atenção ontem, naCâmara dos Deputados, ao aparecer com novo visual: sem oconhecido bigode fino e com as laterais do cabelo raspadas.

Leonardo Prado/Agência Câmara

Andre Dusek/AE

Deborah Guerner: simulação de que é insana mental, para escapar do processo. MP não acatou pedido.

rah disse que não há nada con-tra ela. "Tudo é baseado na pa-lavra de dois bandidos (Arru-da e Barbosa)". Antes, a defesada promotora alegou insani-dade mental para retirá-la dojulgamento do caso, mas foi li-do um laudo pericial atestan-do que ela tem controle pleno etotal de suas emoções.

Pedido de vistas– Depois daargumentação dos advoga-dos, o conselheiro Achiles Si-

quara pediu vistas para anali-sar os depoimentos. Os conse-lheiros Bruno Dantas e AlminoAfonso decidiram antecipar ovoto e acompanhar o relator. Ojulgamento deve ser retomadoa partir do mês de maio.

Demissão – O secretário-ge-ral da OAB (Ordem dos Advo-gados do Brasil), Marcus Vini-cius Furtado Coêlho, defen-deu ontem a demissão do ex-procurador-geral do DF Leo-

nardo Bandarra e da promoto-ra Deborah Guerner. "As pro-vas contra os promotores, en-volvidos no escândalo domensalão do DEM, são claras einequívocas quanto ao envol-vimento na quebra de sigilofuncional e tentativa de extor-são do ex-governador José Ro-berto Arruda", afirmou Coê-lho, durante a sustentação oralno Conselho Nacional do Mi-nistério Público. (Agências)

Sergio Lima/Folhapress

LeonardoBandarra,chefe do MP noDF, quando omensalão doDEM operou:relator pede ademissão delee de Deborah

Estudo denunciacriminalização dos

movimentos sociais

Um estudo divulgadoontem pelo Proces-so de Articulação e

Diálogo (PAD) aponta que acriminalização dos movi-mentos sociais tem se acen-tuado nas duas últimas dé-cadas. Diz ainda que, alémde assassinatos e amea-ças, os defensores de direi-tos humanos também setornaram alvos de ações cri-minais e policiais ilegais.

Durante esta semana,uma delegação compostapor líderes de movimentossociais denunciará ao Con-gresso Nacional e às embai-xadas estrangeiras abusospraticados pelo Estado epelas transnacionais.

Na Europa, outra delega-ção vai expor a parlamenta-res, organizações humani-tárias e religiosas mundiaisos problemas que enfren-tam. A repressão brasileiraaos movimentos sociaistambém será denunciadaao Escritório do Alto Comis-

sariado para os Direitos Hu-manos da Organização dasNações Unidas (ONU).

"A atuação do Judiciário,de setores do Ministério Pú-blico, seja federal ou esta-dual, e de segmentos do Po-der Legislativo representauma face do poder públicoque desrespeita os direitoshumanos e não coloca emprática a Constituição Brasi-leira", diz o relatório.

O estudo reúne as princi-pais denúncias de violaçãodos direitos humanos con-tra os movimentos sociais,como a repressão às mani-festações do Movimentodos Trabalhadores RuraisSem Terra (MST), a crimina-lização das atividades doMovimento de MulheresCamponesas (MMC) e odrama das pessoas atingi-das pela criação de grandeshidrelétricas. O relatório dizque o Estado cria mecanis-mos para criminalizar essasorganizações. (ABr)

Jaqueline: 'Não vou renunciar.Eu tenho a consciência limpa'.

Deputada, filha de Roriz, faz a afirmação ao voltar à Câmara, onde se defende do flagrante de corrupção.

Adeputada JaquelineRoriz (PMN-DF) foitextual, ontem, ao rea-

parecer na Câmara, acompa-nhada de assessores e de seuadvogado, José Eduardo Alck-min, para protocolar defesa noprocesso que pede a cassaçãodo seu mandato no Conselhode Ética e Decoro Parlamentarda Casa. Ela assegurou quenão vai renunciar ao mandato,mesmo depois da gravação emvídeo em que aparece ao ladodo marido, Manoel Neto, rece-bendo dinheiro de Durval Bar-bosa, delator do suposto es-quema de corrupção que ficouconhecido como mensalão doDEM. "Não vou renunciar. Te-nho a consciência limpa".

Essa foi a primeira apariçãoda deputada desde que as ima-gens dela na sala de Barbosaforam reveladas à opinião pú-blica, no dia 4 de março.

Jaqueline, no entanto, pro-curou se desviar de quase to-das as perguntas e se recusou aresponder as mais graves. Elaafirmou que não iria comentarnada sobre as imagens, paranão prejudicar a sua defesa.

"Me guardo o direito de nes-te momento me calar, porquenecessito esperar formalmen-te as acusações. Segundo os

dade do próprio marido.Em suas explicações, ela dis-

se ontem que não teve a inten-ção de atrasar o trabalho deapuração das denúncias con-tra ela, e acrescentou que esta-va sob tratamento médico,mas como se recuperou, querretomar o trabalho parlamen-tar no Legislativo federal.

"Volto hoje [ontem, ao traba-lho na Câmara]. Não foi nosentido de procrastinar a en-trega do relatório, simples-mente foi porque retornei so-mente hoje. Estava em trata-mento médico, e ainda estou, etambém culminou com o pro-blema [de saúde] do meu pai"(o ex-governador do DistritoFederal Joaquim Roriz, que foisubmetido a um cateterismono hospital Sírio Libanês, emSão Paulo, no mês passado).

Argu mentaç ão – Alckmininsistiu na tese de que a depu-tada não pode ser investigadapelo Conselho porque a grava-ção é de 2006. "Insistimos na te-se: não cabe ao Conselho apu-rar fatos que não sejam doexercício de mandato de depu-tado federal. Esse fato não seapura assim, tem de ser no Su-premo (STF) com a colabora-ção do Ministério Público",disse Alckmin. (Agências)

Alan Marques/Folhapress

Jaqueline: pedido de cassação após imagens de aceitação de propina

meus advogados, seria certoeste procedimento. Vou aguar-dar que a Justiça e os nossos ad-vogados, que cumpriram to-dos os prazos regimentais des-ta Casa, sigam com o procedi-mento", declarou Jaqueline.

O pedido de cassação da de-

putada foi apresentado peloPSol, no dia 16 de março, aoConselho de Ética. Além do ví-deo, os integrantes do colegia-do devem analisar a denúnciade que ela usou verba do gabi-nete para pagar aluguel deuma sala comercial de proprie-

Castelo de Areia: PGR contra o STJProcurador-geral diz que vai recorrer da decisão do tribunal, que invalidou as provas da operação da PF

Oprocurador-geral daRepública, RobertoGurgel, disse ontem,

em Brasília, que vai recorrer dadecisão do STJ (Superior Tri-bunal de Justiça) que invali-dou as interceptações telefôni-cas da Operação Castelo deAreia, a maior investigação daPolícia Federal contra fraudesem obras públicas.

O STJ decidiu que os gram-pos e as provas originadas apartir desses grampos são ile-gais porque foram baseadosem denúncia anônima.

Gurgel criticou a decisão."Temos que ver a decisão pu-blicada, para que possamosver o alcance e como vamosimpugná-la", disse o procura-dor-geral. E acrescentou: "Não

tório da Polícia Federal sobre ochmado "mensalão". RobertoGurgel afirmou que ele não po-de ser confundido com a de-núncia que já tramita no Su-premo Tribunal Federal.

"Há um equívoco em relaçãoa esse relatório. Quando foioferecida a denúncia do 'men-salão', a Procuradoria pediu ainstauração de outros inquéri-tos em relação a fatos, a condu-tas que naquele momento ain-da não reuniam elementos ne-cessários para um juízo em ter-mos de persecução penal. Eeste relatório agora apresenta-do se refere a um desses inqué-ritos. Ele cuida de fatos especí-ficos de um inquérito que não éhoje a ação penal do 'mensa-lão'", diz Gurgel. ( F o l h a p re s s )

Andre Dusek/AE

Roberto Gurgel: contra o STJ, pois "não há nenhum vício nas provas".

concordo da decisão porquenão há nenhum vício nas pro-vas colhidas. Até porque, dife-rente do que diz a decisão doSTJ, nós não nos baseamos

apenas e tão somente em de-núncias anônimas."

Mens alão – O procurador-geral da República também fezcomentários sobre o novo rela-

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quinta-feira, 7 de abril de 2011 7DIÁRIO DO COMÉRCIO

Não há ruptura entre o velho e o novo, mas o continuísmo das graves contradições dos últimos anosAécio Neves, PSDB-MGpolítica

Em discurso na tribuna, Aécio Neves avisa que quem espera dele agressividade vai se decepcionar. "Não confundo adversário com inimigo".

Celso Júnior/AE

Aécio criticao PT e

amenizacom Dilma

Não há rupturaentre o velho e onovo, mas ocontinuísmo dasgravescontradições dosúltimos anos.

SENADOR AÉCIO NE VES, PSDB

Senador tucano ataca o partido e poupa o Executivo

Em seu primeiro dis-curso político na tri-buna, o senador Aé-c io Neves (PSDB-

MG) disse que os primeiros100 dias do governo DilmaRousseff não representam aruptura entre o velho e o novo."O Brasil cor-de-rosa, vendidocom competência pela propa-ganda política, apoiada porfarta e difusa propaganda ofi-cial, não se confirma na reali-dade", disse o senador.

Embora ele reconheça queseja "nítido" e "louvável" o es-forço da presidente em imporpersonalidade própria ao seugoverno, "tem prevalecido alógica dominante em todo esseperíodo e suas heranças". Deacordo com o tucano, "não háruptura entre o velho e o novo,mas o continuísmo das gravesc o n t r a d i ç õ e sd o s ú l t i m o sanos", disse.

Por isso, fri-sou que não pre-tendia avaliar osprimeiros mesesde um governo,mas um períodode nove anos. Osenador fez críti-cas à infraestru-tura nacional.Para ele, "a fede-ração brasileira vive um pro-cessp de esfacelamento."

Bordão de Lula – Ao se refe-rir ao partido da presidente, osenador disse que "entre o in-teresse do País e do PT, o par-tido escolheu o do PT." Ao lis-tar momentos importantes dahistória recente, como a elei-ção de Tancredo Neves e acriação do real, afirmou terapoiado cada um desses casose arrematou com um "nossosadversários, não."

Ainda na tribuna, Aéciousou um bordão do ex-presi-dente Luiz Inácio Lula da Silvapara dizer que "nunca antes nahistória" houve tamanho apa-relhamento do Estado. O sena-dor reconheceu avanços no go-verno Lula quando manteveos fundamentos da políticaeconômica implantada pelosgovernos que o antecederam.

Em seu discurso de poucomais de 20 minutos, o princi-pal líder da oposição no Con-

gresso ressaltou que não vai fa-zer uma oposição agressiva."Os que não me conhecem e es-peram encontrar em mim ata-ques pessoais no exercício daoposição vão se decepcionar.Não confundo agressividadecom firmeza. Não confundoadversário com inimigo."

Por isso, e apesar das críticasfeitas ao PT, o senador mineiroelogiou o "adensamento e am-pliação das políticas sociais,que foram fundamentais paraque o Brasil avançasse." Aéciotambém falou sobre o papel daoposição nos próximos anos."O tamanho da oposição seráequivalente à nossa capacida-de de interpretarmos e defen-dermos os valores e as expecta-tivas da nossa gente."

Serra – O plenário do Sena-do estava lotado e até o ex-go-

vernador JoséSerra, candida-to derrotado àP re s i d ê n c i a ,compareceu pa-ra ouvir o cole-ga tucano.

O s e n a d o rd i s s e q u e o sopositores de-v e m t e r u m apostura firmepara fiscalizar ogoverno e de-

nunciar os desvios, defender oequilíbrio federativo que hojeestá em risco com a concentra-ção de receitas no governo fe-deral e ter a coragem para seaproximar da sociedade.

Propostas – O tucano tam-bém usou o discurso para de-fender iniciativas na área tri-butária, citando promessas decampanha de Dilma Rousseff,como o fim da cobrança do PISe Cofins nos investimentos desaneamento. Propôs ainda atransferência a gestão das ro-dovias federais para os Esta-dos e o repasse de parte do queé arrecadado com a Contribui-ção de Intervenção sobre o Do-mínio Econômico (Cide) paraos governadores e prefeitos.

Aécio defendeu também orepasse de 70% dos recursosdo Fundo Nacional de Segu-rança Pública, sem contingen-ciamento, para os Estados deacordo com o tamanho de suaspopulações. (Agências)

Kátia condena obsolecência partidáriaAo migrar do DEM para o PSD, senadora diz que se esgotou "um ciclo da vida partidária brasileira"

No discurso de des-pedida do DEM,feito ontem no ple-nário do Senado, a

senadora Kátia Abreu (TO) co-mentou que se filiará ao PSD,partido pilotado pelo prefeitode São Paulo, Gilberto Kassab,não por ter rompido com seuscolegas democratas, mas pelaconstatação de que se esgotouum ciclo "e não apenas um ci-clo pessoal, mas conjuntural,político, um ciclo da vida par-tidária brasileira".

"Queremos o fim da farsa,que os partidos sejam o queprecisam ser: expressões efeti-vas de correntes de pensamen-to da sociedade, que convirjama partir de ideias e ideais e nãoem função do antagonismo ouprotagonismo em relação aquem está circunstancialmen-te no poder, como ocorre hoje",alegou a senadora.

Ela afirmou ainda que o PSDnão estará alinhado com a opo-sição que "tem sempre que di-zer não, como se fosse uma em-presa de demolição", e nem aogoverno, "em que é obrigatóriodizer sim".

Kátia Abreu deu como certaa filiação de 40 deputados aonovo partido, desligados doDEM, PSDB, PT e PPS, entreoutras legendas, além dos go-vernadores do Amazonas,Omar Aziz (PMN), e de SantaCatarina, Raimundo Colombo(DEM). Todos eles, disse, tro-cam de filiação porque se sen-tem incomodados com a "dita-dura partidária".

Em relação ao governadorRaimundo Colombo (SC), Ká-tia Abreu disse que "ele deseja

Queremos o fim dafarsa, queremos queos partidos sejam oque precisam ser:expressões efetivasde correntes depensamento dasociedade.

SENADOR A KÁTIA ABREU

Ed Ferreira/AE

Vigor: senadora do Tocantins prega proximidade das legendas com a sociedade, para expressá-la bem.

trocar, mas está estudando omelhor momento. Depende dacomposição no estado". Acres-centou que caso Colombo mi-gre para o PSD, Jorge Bornhau-sen, ex-senador e ex-presiden-te do PFL (antigo nome doDEM), também ingressa no

novo partido. "Vem todo mun-do, daí", garantiu.

Ela revelou ainda que, em re-cente conversa com o líder doDEM na Câmara, ACM Neto(BA), ele manifestou o desejode migrar para o PSDB, casoseu partido sofra uma grandebaixa. "Ele me disse, há três se-manas, e não pediu sigilo, quese houvesse uma saída forte doDEM, iria para o PSDB", con-tou ela, que avaliou que isso sópoderia ser feito por meio deuma fusão entre as duas legen-das de oposição.

A senadora admitiu que foiconsultada sobre a possibili-dade de presidir a nova legen-da, mas defende uma eleiçãopara definir os nomes que vãocomandá-lo.

Fusão – Sobre uma fusãocom o PSB, disse que se trata deuma hipótese superada, mes-mo reconhecendo as "qualida-des" do presidente do partido,o governador de Pernambuco,Eduardo Campos. Ela disse terem Campos "um belo nome,um bom gestor, popular e ca-rismático". "Agora, isso nãosignifica que nós vamos fun-dir-nos com o PSB. Vamos ficarmaior do que o PSB. Quandovocê já tem 40 deputados, nãose justifica mais a fusão".

F u nd a ç ão – Na próximaquarta-feira, o prefeito Gilber-to Kassab reunirá aliados emBrasília para a ata de fundaçãodo PSD – primeiro documentojurídico para a formalizaçãoda legenda. (AE)

Belo Monte vira caso para o STFAs ações questionam a autorização dada pelo Congresso Nacional

Pelo menos menos duasações de um conjuntode dez que tramitam na

Justiça contra a construção daUsina Hidrelétrica Belo Monte,no Rio Xingu (PA), chegarão aoSupremo Tribunal Federal(STF). A avaliação é de UbiratanCazetta, procurador da Repú-blica no Pará e vice-presidenteda Associação Nacional dosProcuradores da República.

"É certo que a questão de Be-lo Monte vai parar no Supre-mo", disse. As ações questio-nam a legalidade da autoriza-ção dada pelo Congresso, emjulho de 2005, para que o Exe-cutivo fizesse "o aproveita-mento hidroelétrico" de BeloMonte, onde há dez terras indí-genas. Segundo o Artigo nº 231da Constituição Federal, a libe-ração de autorização para hi-drelétricas nessas áreas só po-de ser feita ouvindo as comuni-dades indígenas afetadas.

Felício Pontes Jr., tambémprocurador da República noPará, afirma que o processo deautorização no Congressoocorreu em menos de 15 dias."Foi na surdina. Não houve de-bate", critica. Segundo ele, ogoverno "tem medo" de fazerdiscussão com a opinião públi-ca nacional. "Há alguma coisade podre que não pode ser doconhecimento da sociedadebrasileira", especula.

OEA – No dia 1º, a Comissãode Direitos Humanos (CIDH) daOrganização dos Estados Ame-ricanos (OEA) informou às re-presentações indígenas e dedireitos humanos no Brasil quehavia pedido a suspensão ime-diata do processo de licencia-mento de Belo Monte. Em nota,publicada cinco dias depois doenvio da carta, o Itamaraty dis-se que "o governo brasileiro to-mou conhecimento, com per-plexidade", do pedido da OEA.

O procurador avalia que a re-sistência ao debate com os in-dígenas e outros segmentospode encarecer os custos daobra em até 50% com mitiga-ções ambientais e atendimen-to da população afetada. Deacordo com a Empresa de Pes-quisa Energética (EPE), o inves-timento para a construção dausina é de R$ 20,3 bilhões (valorde dezembro de 2008). Dessetotal, R$ 3,3 bilhões serão des-tinados a programas sociais ea m b i e nt a i s.

Segundo a EPE, a FundaçãoNacional do Índio (Funai) reali-zou mais de 20 reuniões entre2007 e 2010 com cerca de 1,7mil indígenas. Além disso, o Ins-tituto Brasileiro do Meio Am-biente e dos Recursos NaturaisRenováveis (Ibama) fez audiên-cias nos municípios de BrasilNovo, Vitória do Xingu, Altami-ra e Belém (PA), com a partici-pação de 6 mil pessoas. (AB r)

Tarso Genro: "Nunca vi alguém morrer por ter fumado maconha",

Wilson Dias/ABr - 04.10.10

'Dizem que é saboroso'. (É TarsoGenro, falando da maconha)

Ogovernador do RioGrande do Sul, TarsoGenro (PT), defendeu

ontem que a maconha recebaum tratamento mais tolerantedo que outras drogas. Adefesa da "regulação" – quedeveria ser precedida deestudos científicos, segundoele – foi feita durante palestraa estudantes da UniversidadeFederal do Rio Grande do Sul,em Porto Alegre.

Ex-ministro da Justiça nogoverno Lula, o petista, noentanto, apresentou objeçõesà legalização do comércioporque o dinheiro geradocom a venda da droga é afonte de poder do tráfico.

Tarso comparou a maconhacom outras drogas e amalefícios do cigarro. "Aspessoas terem tolerância coma cannabis sativa [nomecientífico da maconha] é

diferente da heroína. Muitosespecialistas dizem que amaconha faz menos mal que ocigarro. Eu nunca vi alguémmorrer por ter fumado umcigarro de maconha", disse.

Ao falar de sua experiência

pessoal, Tarso, 64, negou terfumado maconha najuventude. Não por falta devontade, ressalvou ele, masporque vivia comoclandestino durante o regimemilitar (1964-1985). (AE)

Governador defende tratamento mais tolerante para ela que para outras drogas

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quinta-feira, 7 de abril de 20118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

ITÁLIAAdiado julgamentode Berlusconi nocaso de prostituiçãode menores

COSTA DO MARFIMOposição atacabunker de presidenteLaurent Gbagbo,mas é repelida.nternacional

Ao 'filho' Obama,com carinho do'amigo' Kadafi.Ex-presidente Lula se oferece para intermediar solução para conflito na Líbia

Em uma carta em quechama o presidentedos Estados Unidosde "filho'' e "excelên-

cia'', Muamar Kadafi pediu aBarack Obama que ordene o fimda "guerra injusta" contra o po-vo líbio e lhe desejou sorte nasua tentativa de reeleição em2012. O apelo do ditador da Lí-bia, porém, foi rejeitado pela Ca-sa Branca. Segundo a secretáriade Estado norte-americana, Hil-lary Clinton, as condições esti-puladas por Obama são as mes-mas: um cessar-fogo, a retiradadas forças do regime e o exílio.

O impasse levou o ex-presi-dente Luiz Inácio Lula da Silva ase oferecer para intermediaruma solução para o conflito.Ontem, depois de palestra no

Fórum de Líderes do Setor Pú-blico, promovido em Washing-ton pela Microsoft, Lula infor-mou não ter sido designado pa-ra essa função pela presidenteDilma Rousseff. Mas indicouestar pronto para a tarefa.

"Ninguém me chamou. Nãosei se ninguém quer. Se a minhapresidenta ou alguém achassenecessário e falasse que o Lulapode contribuir, eu contribuiriatranquilamente", afirmou.

Até o momento, o governoDilma tem mantido uma posi-ção discreta em relação ao con-flito na Líbia. Nenhuma atitudevoluntária de intermediação foiapresentada pelo Brasil.

Amigo - Lula conhece Kadafihá mais de 20 anos. Em dezem-bro de 2003, quando protagoni-

zou visita oficial à Líbia comopresidente do Brasil, Lula refe-riu-se ao anfitrião como "com-panheiro e amigo".

Lembrado de seu tratamentorespeitoso a Kadafi, há mais desete anos, Lula reagiu. "Não faleuma sandice como essa. Eu co-nheço as pessoas e sei como mereferir a elas", afirmou. "Eu ja-mais falaria isso por uma razãomuito simples: porque eu tenhodiscordância política e ideológi-ca (com Kadafi)", completou.

Sem mistério - Para a secre-tária de Estado norte-america-na, a solução é clara. "É precisoque haja um cessar-fogo, quesuas forças se retirem das cida-des tomadas à força com gran-de violência e à custa de vidashumanas. É preciso haver umadecisão sobre sua saída do po-der e... sua saída da Líbia", dis-se. "Quanto mais rápido ocor-rer, e o derrame de sangue aca-bar, melhor será para todos".

C a r ta - Hillary referia-se aoapelo feito pelo líder líbio aObama. Em carta de três pági-nas, Kadafi implorou ao man-datário norte-americano queencerre as operações aéreas daOrganização do Tratado doAtlântico Norte (Otan).

"Você é um homem que temcoragem suficiente para anu-lar uma ação errada e engano-sa", escreveu Kadafi.

Embora liste uma série de re-clamações, Kadafi disse que nãotem sentimentos ruins em rela-ção a Obama. "Apesar de tudoisso, você vai sempre ser nossofilho, independentemente doque aconteça. Vamos continuara orar para que você continue aser o presidente dos EstadosUnidos. Nós nos empenhare-mos e esperamos que você con-quiste a vitória na nova campa-nha eleitoral". (Agências)

Ettore Ferrari/EFE/AE

Um barco com feridos chega à ilha de Lampedusa. Muitas vítimas fugiam dos conflitos no norte da África.

Jim Young/Reuters - 05/04/11

Peres e Obama, em Washington: conversas de paz, ações de guerra.

AFP Sia Kambou/AFP

Um problema dotamanho do Titanic

Enquanto operáriosainda lutam para res-friar os reatores dausina de Fukushima,

autoridades da ONU garan-tem que o acidente nuclear nãodeve causar "nenhum impactosério'' sobre a saúde da popu-lação do Japão. Segundo o che-fe do comitê científico da ONUpara efeitos da radiação atômi-ca (Unscear, na sigla em in-glês), Wolfgang Weiss, a popu-lação está sendo exposta a bai-xos índices de radioatividade.

Weiss também disse que,em termos ambientais, o aci-dente é menos dramático queo de Chernobyl (Ucrânia), em1986, porém "muito mais sé-rio'' que o de Three Mile Island(EUA), em 1979.

Ele afirmou que em Cher-nobyl, um dos primeiros efei-tos da contaminação radioati-va na população foram pro-blemas na tireoide em crian-ças. Até agora, entretanto,nenhuma criança japonesaapresentou sintomas.

Alimentos - Ao comparar osefeitos da radiação sobre os mo-radores das áreas próximas dasusinas em Fukushima e Cher-nobyl, Weiss disse que na Ucrâ-nia as contaminações acontece-ram principalmente pela inges-tão de alimentos contaminadoscom iodo radioativo – princi-palmente leite e vegetais.

O governo japonês está sobalerta. Na terça-feira, as auto-ridades informaram que pei-xes encontrados próximo aFukushima apresentavamquantidades de iodo-131 aci-ma do limite legal.

Segundo Aquilino Senra,professor de engenharia nu-clear da Universidade Federaldo Rio de Janeiro (UFRJ), as au-toridades japonesas devem mo-nitorar por meio de análises poramostragem frutos do mar pes-cados na região e impedir o con-sumo de peixes com radiação.

Os danos para a saúde de-pendem da quantidade de ra-diação no pescado. Segundoele, mesmo peixes com índices

baixos de ra-diação devemser evitados. "Se alguém con-sumir, vai ter algum dano, po-de ser só um enjoo ou até umamutação genética''.

Vaz am en t o - Na quarta-fei-ra (noite de terça-feira, no Bra-sil), os operários que lutamcontra o superaquecimento dausina obtiveram uma vitória,ao conseguirem estancar o va-zamento de água altamente ra-dioativa que escapava do nú-cleo do reator 2. Os técnicostrabalham desde 11 de março,quando a usina foi atingidapor um terremoto de 9 grausde magnitude e um tsunami.

Agora, eles começaram ainjetar gás de nitrogênio noreator 1 da usina, informou aagência de notícias K yo do .Com isso, a Tokyo ElectricPower Company (Tepco),proprietária da usina nuclear,espera reduzir o risco poten-cial de uma explosão de hi-drogênio, segundo a agência.(Agências)

Japão ainda luta para controlar vazamento nuclear.ONU garante que saúde não será afetada.

Traficantes do Sudãona mira de Israel

Oministro das RelaçõesExteriores do Sudão,Ali Ahmad Karti, acu-

sou Israel ontem de ter promo-vido o ataque aéreo realizado naterça-feira contra um carro no li-toral do país africano no qualduas pessoas morreram. Se-gundo a rede Al-Arabiya, as víti-mas seriam traficantes que for-neciam armas para militantespalestinos do Hamas.

"Nós dispomos de indíciossegundo os quais o ataque foirealizado por Israel. Temos cer-teza absoluta disso", disse Karti,em Cartum, a capital sudanesa.

O chanceler afirmou desco-nhecer o motivo do ataque aé-reo, ocorrido na cidade de Por-to Sudão, e qualificou o episó-dio como uma " f lagranteagressão israelense". Segundoa agência de notícias Centro deMídia do Sudão, Cartum preten-de levar o assunto ao Conselhode Segurança da ONU.

Embora Israel não tenha sepronunciado oficialmente so-bre o ataque, um oficial israelen-

se, sob anonimato, admitiu a au-toria à revista norte-americanaTi m e . "Não é nossa primeira vezlá", disse o militar, referindo-se aum ataque aéreo realizado em2009, contra um comboio de veí-culos que transportava armaspelo Sudão.

O atentado ocorreu no mes-mo dia em que o presidente is-raelense, Shimon Peres, visitavao presidente norte-americano,Barack Obama, nos EUA. Na

ocasião, Obama afirmou que omomento é oportuno para ten-tar reviver os esforços de paz en-tre israelenses e palestinos.

Karti criticou ainda as acu-sações israelenses de que o Su-dão apoia grupos islâmicos..Segundo ele, a intenção seriarotular o Sudão como "patroci-nador do terrorismo" e evitarque o país seja retirado de umalista negra norte-americanasobre o tema. (Agências)

Cartum critica 'flagrante agressão israelense' e promete levar caso à ONU

TRAGÉDIA EM ALTO MARNaufrágio no Mediterrâneo deixa 250 refugiados desaparecidos

Um barco com cerca de300 imigrantes clan-destinos afundou na

madrugada de ontem a 65 qui-lômetros da ilha italiana deLampedusa, no Estreito da Sicí-lia, e as autoridades temem quecerca de 250 pessoas tenhammorrido. A Guarda Costeira daItália localizou 15 corpos e con-seguiu resgatar 48 náufragos.Outros três sobreviventes fo-ram resgatados por um pes-queiro siciliano. Na noite de on-tem, as buscas foram interrom-pidas e a Guarda Costeira aler-tou sobre o mar agitado.

Segundo Pietro Carosia, ofi-

cial da Guarda Costeira italiana,o barco tinha zarpado da Líbia etrazia imigrantes de Bangla-desh, Chade, Costa do Marfim,Nigéria, Somália e Sudão.

Há indícios também de quemuitos a bordo fossem imigran-tes ilegais partindo da Tunísia.

A Guarda Costeira investigaas circunstâncias do naufrágio,que ainda não estão claras.

Sobreviventes disseram àOrganização Internacional daImigração (OII) que eles conse-guiram nadar até os barcos daGuarda Costeira, mas váriosoutros se afogaram porque nãosabiam ou não conseguiam na-

dar. A OII informou que entreos 300 estavam cinco crianças e40 mulheres, das quais apenasduas sobreviveram.

A embarcação naufragouperto da pequena ilha de Lam-pedusa, segundo as autorida-des italianas. A ilha, que ficapróxima do norte da África, so-fre uma crise humanitária com orecente êxodo de tunisianos.

A onda de imigração, quetrouxe cerca de 4 mil clandesti-nos em 2010, subiu para mais de20 mil desde janeiro, quando oditador da Tunísia, Zine El Abi-dine Ben Ali, renunciou diantede protestos. (Agências)

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quinta-feira, 7 de abril de 2011 9DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 7 de abril de 201110 DIÁRIO DO COMÉRCIO

PL AYCENTERUma das vítimas doacidente ocorridono Playcenter foioperada ontem.

INTERNETProjeto prevêvigilância dainternet contrap edofilia.cidades

Justiça decreta prisãopreventiva de PMs

Os soldados Ailton Vital da Silva e FelipeDaniel são acusados de executar umhomem no Cemitério Parque dasPalmeiras, em Ferraz de Vasconcelos.O crime foi cometido no dia 12 de marçoe denunciado por uma mulher ao Copom.

Ojuiz Márcio FerrazNunes, da 2ª VaraJudicial de Ferrazde Vasconcelos,

na Grande São Paulo, decre-tou na noite de ontem a prisãopreventiva dos policiais mili-tares Ailton Vital da Silva eFelipe Daniel Silva, acusadosde executar Dileone LacerdaAquino dentro do CemitérioParque das Palmeiras, locali-zado em Ferraz de Vasconce-los, no dia 12 de março.

De acordo com o juiz FerrazNunes, o fato imputado aospoliciais militares "é de tama-nha brutalidade que acaboupor gerar grande repercussãoe clamor social. A liberdadedeles, nesse momento, colo-caria em risco, por tal motivo,a ordem pública".

Presos – A prisão em fla-grante dos dois PMs foi rela-xada pelo mesmo juiz, em ra-zão do vencimento de prazoentre a remessa do processoda vara judicial onde foi dis-tribuído inicialmente, e o seurecebimento pela Justiça de

Ferraz de Vasconcelos. Ape-sar disso, os dois PMs nãochegaram a ser libertados.

Eles permanecerão presosno Presídio Militar Romão Go-mes durante a instrução doprocesso, o qual vão responderpela prática de homicídio du-plamente qualificado (cometi-do por motivo torpe e com re-curso que dificultou a defesada vítima).

Denúncia – Uma mulherque visitava o túmulo de seuspais viu quando uma viaturada PM entrou no cemitério,

com a vítima já dominada, epresenciou a execução comum tiro a queima-roupa. Emtempo real, com seu celular,ela narrou o crime a um aten-dente do Centro de Operaçõesda Polícia Militar (Copom).Na terça-feira, a promotora deJustiça Mariana Apparício deFreitas, do Ministério Público(MP) estadual, havia pedido àJustiça a prisão preventivados dois policiais militares.Ontem, o juiz Márcio FerrazNunes acatou o pedido.

Ainda ontem a promotorarequereu à Secretaria Esta-dual de Justiça e de Defesa daCidadania a inclusão da teste-munha no Programa Esta-dual de Proteção à Testemu-nha (Provita). Por enquantoela está sob a proteção da Cor-regedoria da Polícia Militar

DHPP – Ontem, o governa-dor Geraldo Alckmin anun-ciou que todos os casos de re-sistência seguida de mortenuma ação policial em SãoPaulo passarão a ser investi-gados pelo Departamento de

Homicídios e Proteção à Pes-soa (DHPP).

Segundo ele, a ideia é anali-sar caso a caso para verificarse realmente houve resistên-cia e como o caso de morteocorreu. Atualmente, esse ti-po de ocorrência é registradaem qualquer distrito policialda cidade. "Agora, todos oscasos de resistência seguidade morte serão investigadospelo departamento especiali-zado, que é o DHPP, para queele tenha uma apuração rigo-rosa e possa reprimir abusos",afirmou o governador.

De acordo com Geraldo Al-ckmin, a decisão foi acertadaanteontem entre ele e o secre-tário de Segurança Pública doEstado, Antonio Ferreira Pin-to. Ela foi assinada ontem eserá publicada na edição dehoje do "Diário Oficial".

BO – A decisão do governode São Paulo foi tomada apósa divulgação da execução noCemitério Parque das Pal-meiras. No boletim de ocor-rência da Polícia Civil, lavra-

do no dia 12 de março, a açãodos PMs foi descrita como"em legítima defesa de suasvidas e estrito cumprimentode seus deveres".

Se prevalecesse essa ver-são, os soldados Ailton Vitalda Silva e Felipe Daniel Silva,suspeitos de assassinar o ho-mem (este, suspeito de rou-bar uma van) seriam apresen-tados à Justiça como vítimas.A defesa dos PMs alega quehouve resistência da vítima eque o rapaz foi atingido du-rante uma troca de tiros.

"É justamente para isso queestamos fazendo esta resolu-ção, para que esses casos se-jam imediatamente encami-nhados ao DHPP, para que sefaça a proteção de testemu-nhas e toda a investigação",afirmou o governador.

Depoimento – A Polícia Ci-vil de São Paulo informou on-tem que quer ouvir nos próxi-mos dias a mulher que telefo-nou para o Centro de Operaçõesda Polícia Militar e denunciouos policiais militares. Além dodepoimento da testemunhapreservada, a polícia tambémquer interrogar os policiais,agora presos preventivamente.

A investigação da PolíciaCivil será feita pela 7ª Delega-cia Seccional, na zona leste.Além de suspeitos de assassi-nar Dileone Lacerda Aquino,os dois soldados poderão res-ponder por falsidade ideoló-gica e falsa comunicação decrime durante a elaboraçãodo boletim de ocorrência no50º Distrito Policial, no ItaimPaulista. Agências)

O Cemitério Parque das Palmeiras, onde dois PMs foram vistos executando um homem com um tiro a queima-roupa: agora, crimes semelhantes serão investigados pelo Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa

Werther Santana/AE - 04/04/2011

Contra pedofilia, projeto prevêinfiltração policial na internet

AComissão de Constitui-ção e Justiça (CCJ) doSenado aprovou on-

tem projeto que permite aagentes da polícia se infiltra-rem na internet para investigarcrimes sexuais contra criançase adolescentes. O texto, queainda passará pelo plenário doSenado, determina que a "infil-tração" não será admitida se aprova puder ser obtida por ou-tros meios investigativos.

O projeto permite aos poli-ciais ingressar em redes sociaisou salas de bate-papo na inter-

net em busca de pedófilos. Oobjetivo da proposta é reunirinformações que impeçam arealização dos crimes sexuaisou a descoberta de quadrilhasespecializadas que atuam des-de o aliciamento de menoresaté a comercialização de arqui-vos com imagens sexuais decrianças e adolescentes.

O senador Magno Malta (PR-ES), que presidiu a CPI da Pedo-filia do Senado, disse que ospedófilos agem lentamente,do contato inicial à efetiva ex-ploração sexual do menor - por

isso a infiltração dos agentesna internet se faz necessária.

"Trata-se de um processocomplexo, pacientemente in-dividualizado e desenvolvidopelo agente criminoso que in-clui contatos assíduos e regu-lares ao longo do tempo quepode envolver a simpatia, ofer-tas de presentes", afirmou.

O relator do projeto, sena-dor Demóstenes Torres (DEM-GO), disse que o agente policialsó poderá agir mediante auto-rização judicial - com o prazomáximo de 360 dias para inves-

tigar o caso. A operação serámantida em sigilo e o policialpode ser responsabilizado secometer excessos.

"A infiltração é um poderosoinstrumento de intimidação. Aproposta criará um ambiente dedúvida e insegurança para ospedófilos, que poderão ser sur-preendidos por todo um apara-to garantido pelo Estado", afir-mou Demóstenes. O texto se-gue agora para votação no ple-n á r i o d o S e n a d o . S e f o raprovado, terá que tramitar pelaCâmara. (Fo l h a p re s s )

Os casos deresistência seguidade morte serãoinvestigados pelodepartamentoespecializado.

GER ALDO ALC K M I N ,GOVERNADOR DE SÃO PAU LO

A liberdade deles,nesse momento,colocaria em risco,por tal motivo, aordem pública.

MÁR CIO FERR AZ NUNES, JUIZ DA

2ª VAR A JUDICIAL DE FERR AZ DE

VA S CO N C E LO S

Playcenter:vítima com

fratura éoperada

Daniele Aparecida Pan-sarin, de 30 anos, umadas vítimas do aciden-

te ocorrido no Playcenter, nazona oeste de São Paulo, no do-mingo, foi submetida ontem auma cirurgia para correção deuma fratura na perna esquer-da. Ela continua internada naUTI do Hospital e Maternida-de Metropolitano. Outras trêsvítimas permanecem no hos-pital. Fábio Lima Pereira, de 24anos, que deu entrada na uni-dade ontem com náuseas etontura, passa bem e continuasendo acompanhado pelaequipe médica. Adriana Perei-ra Barros e Susana Martins deSouza também estão na UTI,apresentam quadro estável,mas ainda não há previsão dealta dos pacientes.

Acidente - O acidente noPlaycenter ocorreu na tarde dedomingo, no brinquedo Dou-ble Shock. Por volta de 17h30,uma das travas de segurançada atração se abriu em plenaoperação e parte dos ocupan-tes foi arremessada de uma al-tura de cerca de 5 metros. Oitopessoas ficaram feridas.

Em novembro de 2010, omesmo parque foi autuado pe-lo Procon, por conta de um aci-dente na montanha-russa Loo-ping Star. O choque entre doiscarros do brinquedo deixou 16pessoas feridas em setembrodo ano passado. (Agências)

M e t rôsinaliza rotas

de fuga nalinha 1-Azul

Foram instaladas placasluminosas dentro dostúneis da linha 1-Azul

do Metrô de São Paulo com aindicação da rota de fuga maispróxima e a distância que de-verá ser percorrida para atin-gi-la, caso os trens precisem seresvaziados por falta de energiaelétrica ou qualquer outraemergência ou anormalidade.

A nova sinalização com luzverde já pode ser vista entre asestações Conceição e Jabaqua-ra, na zona sul. Elas serão ins-taladas ao longo de todos os tú-neis, vias elevadas e em nível enas saídas de emergência tam-bém nas linhas 2-Verde, 3-Ver-melha e 5-Lilás da Companhiado Metropolitano.

O projeto está sendo desen-volvido para cada trecho de via,analisando-se as condiçõesexistentes e as melhores alterna-tivas. Além disso, a colocaçãosegue exigências legais e nor-mativas para facilitar a saídados passageiros quando neces-sário. A previsão dos técnicosda companhia é de que toda ainstalação esteja concluída nosegundo semestre de 2012.

Em janeiro, a companhiainstalou placas nos vagõescom um passo a passo paraorientar os passageiros sobrecomo agir em caso de emer-gência. Os primeiros trens a re-ceber a sinalização também fo-ram os da linha 1-Azul. (AE)

Page 11: 07 abr 2011

quinta-feira, 7 de abril de 2011 11DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Essa dengue tipo 4 é um vírus novo, então ninguém tem imunidade contra ela.Governador Geraldo Alckmincidades

Casos de dengue têmqueda de 86% em SP

Dados são do primeiro trimestre deste ano em relação ao mesmo período de 2010

Oprimeiro trimestredeste ano registrouuma queda de 86%no número de ca-

sos de dengue, em compara-ção com o mesmo período doano passado. Foram 14,9 milcasos confirmados neste ano,ante 108,2 mil em 2010.

O anúncio foi feito ontem demanhã pelo governador Ge-raldo Alckmin (PSDB). Eledestacou que, apesar dos nú-meros positivos, a chegada dovírus tipo 4 da doença ao Esta-do é uma nova preocupação.

"Essa dengue tipo 4 é um ví-rus novo, então ninguém temimunidade contra ela", afir-mou o governador duranteação de conscientização na re-

gião do Campo Limpo, na zo-na sul. Na ocasião, Alckmin vi-sitou três casas e falou com osmoradores sobre a doença.

A ação faz parte da SemanaEstadual de Combate a Den-gue. "O pico da doença geral-mente acontece entre março eabril, por isso a gente escolheuessa semana para fazer essa in-tensificação (do combate àdengue)", afirmou Virgília Lu-na Castor de Lima, que respon-de pela Sucen (Superintendên-cia de Controle de Endemias).

Interior– O primeiro caso dedengue tipo 4 no Estado foianunciado no início da sema-na. A vítima é uma mulher deSão José do Rio Preto, que já foitratada e está curada.

O Brasil passou 28 anos semregistrar um caso do tipo 4,mas ele foi reintroduzido noPaís em 2010. De lá para cá, jáforam notificados casos noAmazonas, Pará, Bahia, Piauí,Rio de Janeiro e Roraima.

O vírus tipo 4 não é maisagressivo do que os outros,mas aumenta o risco de epide-mia porque menos pessoas es-tão imunizadas contra ele.

Em Ribeirão Preto, a Secreta-ria de Saúde confirmou ontemque, em 2011, já foram registra-dos 7.403 casos de dengue. Acidade teve em 2010 a sua piorepidemia, com cerca de 30 milcasos – nove pessoas morre-ram (cinco delas com o quadrohemorrágico). (Agências)

André Bueno/AE

Governador participou ontem de ação contra a dengue na Capital: preocupação agora é com o vírus tipo 4

FOGO NO ÔNIBUS – Um ônibus foi destruído por um incêndio, ontem, por volta das 12h30 na ruaGiácomo Cozzarelli, no Sacomã, zona sul. A Polícia Militar esteve no local, mas não informou o queteria causado o fogo. Uma equipe dos bombeiros foi enviada para apagar as chamas.

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12/08/2010

Anchieta sofre novo ataqueNa madrugada de terça-feira, a fachada da Es-

cola Estadual Professora Marina Cintra, naesquina da rua da Consolação com a Antonia deQueiroz, foi pichada novamente. Mas desta vez, ajulgar pelas circunstâncias, o vandalismo vai su-perar a natural indignação que costuma provo-car nas vítimas e até em quem não está direta-mente envolvido nos casos semelhantes

Eis os antecedentes. Até fevereiro deste ano,(veja sequência de fotos) o prédio estava cober-to por rabiscos feios e toscos que, por váriosanos, pareciam intocáveis, pois a escola, cons-truída em 1936, se encontra em processo detombamento por ser exemplo típico da moder-nidade arquitetônica escolar da primeira meta-de do século 20. Nessa condição não poderiaser mexida até que os estudos de restauraçãofossem completados.

Em todo caso, houve um consenso em tornodo tom bege, pois em fevereiro, pais de alunos,funcionários e voluntários, apoiados pelo pro-jeto "Pinte na Escola", patrocinado pela Secre-taria Estadual de Educação, organizaram ummutirão para remover a sujeira.

Os trabalhos duraram quinze dias. A limpezapermitiu ressaltar o mural que mostra o padreJosé de Anchieta no seu trabalho de catequese

22/02/2011

06/04/2011

junto aos índios e uma faixa decorativa em azu-lejo, com desenhos feitos por alunos. As duaspeças estavam obscurecidas pelos garranchos.O Diário do Comércio registrou a fachada reno-vada exatamente no dia 22 de fevereiro. Portan-to, a satisfação da comunidade escolar duroucerca de um mês, pois, na terça-feira, o colégioamanheceu com nova inscrição de spray. Con-forme indicam os hábitos dos grupos de picha-dores, o gesto é a senha para que outros ve-nham completar o serviço.

Na tentativa de desarmar os ataques, Vladi-mir Teófilo Fragnan Figo, 49 anos, diretor da es-cola, determinou ontem à tarde que os funcio-nários apagassem a frase. "Essas pichaçõestransmitem uma péssima imagem da institui-ção e podem desestimular os alunos", diz ele.

A Escola Estadual Marina Cintra atende a1.700 alunos, distribuídos em 48 turmas, da pri-meira a sétima série. A maioria deles mora nasredondezas – bairros da Bela Vista, Consolaçãoe Higienópolis. Mas cerca de 10% são trazidosde outras regiões da cidade pelos pais que tra-balham nas imediações. Uma tradição em suassalas de aula é a utilização de artes plásticas co-mo instrumento de apoio pedagógica em todaa grade curricular. ( G . O. )

Page 12: 07 abr 2011

quinta-feira, 7 de abril de 201112 -.LOGO DIÁRIO DO COMÉRCIO

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o googowww.dcomercio.com.br

Acesse www.dcomercio.com.br para ler a íntegra das notícias abaixo:

E M C A R T A Z

P OLÊMICA

Reflexão ou ofensa?

D ECORAÇÃO

Madeira transparente

A Nendo, considerada uma das mais talentosasempresas de design do Japão, lançou na feira de móveis

de Milão essa mesa de "madeira transparente". Naverdade, a mesa é feita de um acrílico com ranhuras ecorte que, dependendo do ângulo, criam a ilusão de

ótica de que o material usado é a madeira.w w w. n e n d o . j p / e n /

I NTERNET

Brasil, atrasado no Facebook Vovó corta web de 2 países

PINGA

Esse é o tema daexp osição

' Ca ri n h o s a m e nteE ngarrafada:

Rótulos de Pinga'no Instituto

Tomie Ohtake.Av. Faria Lima,201, Pinheiros,tel.: 2245-1900.

G rátis.

DEPOIS DA CHEIA - Imagens do Departamento para o Desenvolvimento Internacional do Reino Unido mostramcopas de árvores cobertas de teias de aranha após uma enchente na província de Sindh, no Paquistão. O nível daágua levou muitos meses para baixar e milhões de aranhas procuraram locais altos para abrigo.

A NIMAIS

Filhote de peixe-boi que encalhou no Rio Grande doNorte foi transferido ontem para o Projeto Peixe-Boi,em Itamaracá (PE). Lá, ele ganhou uma mãe adotiva.

G @DGET DU JOUR

Lego para beber

Depois da lancheira Lego, divulgada recentemente,chegaram as garrafinhas para suco ou água.

www.ohgizmo.com/2011/04/06/creepy-limbless-lego-water -bottles/

C IÊNCIA

Visão de células-troncoDois cientistas japo-

neses – MototsuguEiraku e Yoshiki Sa-sai – publicaram

ontem na revista N a t u re os re-sultados de uma pesquisa quemostra ser possível transfor-mar células-tronco embrioná-rias de ratos na complexa es-trutura a partir da qual se de-senvolve a retina. Os especia-listas acreditam que, com oestudo, será possível abrir asportas para o desenvolvimen-to de pesquisas que possamdevolver às pessoas cegas a vi-são através de retinas geradasa partir das células-tronco dospróprios pacientes.Karim Sahib/AFP

ARTE DA BABILÔNIA - Pedra do período babilônico (614 a 559 antes de

Cristo) com inscrição em relevo que representa a caça de touros integra a

exposição "Os esplendores da Mesopotâmia", em Abu Dhabi.

A TÉ LOGO

CBF lucra alto em 2010 mesmo após fiasco na Copa

Flamengo ainda sonha com reforço de Vágner Love

Desmatamento caiu no cerrado e na Amazônia

Malas em formato nadapráticos, mas com rodinhas,da Williams BritishHandmade. Da ediçãolimitada, selecionamos omodelo em "L" para ilustrarnosso logotipo hoje.

w w w. w i l l i a m s - h a n d m a d e . c o m /

L OTERIAS

Concurso 1129 da LOTOMANIA

01 03 07 15 18

20 21 28 43 48

53 55 58 62 68

Concurso 1272 da MEGA-SENA13 26 27 28 35 52

85 87 89 97 98

Concurso 2565 da QUINA

04 46 48 49 65

Feferberg Erica/AFP

HOMENAGEM - Retrato de Aime Cesaire é exibido no chão da igreja do Pantheon, em Paris, durante uma homenagem

nacional em memória do poeta, pioneiro do movimento de orgulho negro e ex-prefeito da capital da ilha caribenha

francesa da Martinica, Fort-de-France. Cesaire, de 94 anos, morreu em 17 de abril, 2008 em um hospital de Fort-de-France.

Números divulgados ontem pelaagência de marketing digitalbritânica iCrossing mostram que oBrasil é um dos países onde a redesocial ainda não conseguiu dominara preferência dos usuários. Segundoos números, que mostram quantossão os usuários da rede social em 20

países, o Brasil tem hoje 13,4 milhõesde internautas conectados aoFacebook. O número coloca a redeem segundo lugar na preferência dosbrasileiros. Segundo pesquisarecente de outra empresa, aComscore, a liderança no Brasil é doOrkut, com 32,4 milhões de usuários.

A polícia da Geórgia prendeu umamulher de 75 anos que cortou sozinhao fornecimento de internet no país ena Armênia. Segundo a agência denotícias France Presse, a aposentadaprocurava lixo reciclável, no dia 28 demarço, quando encontrou e cortouum cabo de fibra ótica - responsável

pela transmissão de sinal de redeentre os dois países. O furto do cabodeixou offline milhares de usuários dainternet por várias horas. A mulher,que foi presa no vilarejo de Ksani, aonorte da capital, Tbilisi, e acusada dedanificar propriedade. Ela pode pegaraté três anos de prisão.

Uma estátua em tamanhonatural que recria a famosa cenade 2002, quando MichaelJackson pendurou seu filhoPrince Michael II na sacada de umhotel em Berlim, causoupolêmica em Londres. Fãs do reido pop já enviaram até ameaçasde morte à criadora da obraMaria von Köhler. A obra, querecebeu o título Madonna andCh i l d . está exposta no HackneyStudio em Londres e éconsiderada pelos fãs uma

tentativa de manchar a imagemde Michael. A artista se defendeue disse que jamais teria aintenção de ofender a imagemdo astro, apenas criou umcomentário a uma cenaconhecida por todos e divulgadapela imprensa. "A obra investigaa relação entre alguém com umstatus de ícone incomparável, amídia e o público, que seguiramo acontecimento", completa aescultora em entrevista ao siteLo n d o n 2 4 . co m .

Ben Stansall/AFP

Guga Matos/JC Imagem/AE

AFP

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quinta-feira, 7 de abril de 2011 13DIÁRIO DO COMÉRCIO

INFL AÇÃOCusto de vida sobe0,91% em marçoem São Paulo,segundo o Dieese.

PETROBR ASDesafios do pré-sallevam Fitch àrebaixar rating emmoeda localeconomia

Gover nomexe no IOFnovamente

Medida, que amplia os prazos para cobrançado imposto, é outra tentativa para conterqueda da cotação do dólar no mercado.

Evaristo/AFP

Os bancos e empre-sas brasileiras pa-garão mais paratrazer dinheiro do

exterior. Preocupado com a ex-cessiva valorização do real ecom o aumento do crédito noPaís, o Ministério da Fazendadecidiu ontem estender a co-brança de 6% do Imposto sobreOperações Financeiras (IOF)para todos os empréstimos to-mados lá fora com prazo infe-rior a dois anos.

A medida, que entra em vigorhoje, tem como objetivo reduzira entrada de dólares e, com isso,evitar uma alta ainda mais fortedo real. A decisão também aju-dará o governo a frear a ofertade empréstimos para pessoas fí-sicas e empresas no Brasil, con-tribuindo para diminuir aspressões por alta de juros."Além de reduzir o fluxo de ca-pital, procuramos reduzir aoferta de crédito que entra poresse canal, que acaba neutrali-zando as medidas do BancoCentral", explicou o ministro daFazenda, Guido Mantega, ci-tando as ações tomadas peloBanco Central em dezembro.

O novo aperto é uma exten-são da medida tomada na sema-na passada, quando o governoresolveu cobrar o IOF, com alí-quota de 6%, nos empréstimostomados no exterior com prazoentre 90 e 360 dias.

Na avaliação do ministro, boaparte do dinheiro tomado lá fo-ra no curto prazo acaba sendousado para fazer aplicações noBrasil, contribuindo para au-mentar a valorização do real. Se-

gundo Mantega, bancos e em-presas captam recursos com ju-ros baixos no exterior e aplicamou emprestam no Brasil a taxasmais altas, o que garante umbom ganho financeiro

O ministro fez questão de fri-sar que os juros são altos no Paíspor conta da inflação, mas ape-sar de o mercado financeiroapostar em uma nova alta da ta-xa básica de juros (Selic) na pró-xima semana, essa hipótese nãofoi considerada na definição damedida anunciada. "O juro é al-to por causa da inflação. O BCnão olha para o câmbio, ele temque olhar para a inflação."

Pr ot eç ão – Na avaliação doministro, a cobrança de IOF nosempréstimos não deve prejudi-car os exportadores, que tomamo recursos para fazer operaçõesde proteção (hedge) contra va-riações cambiais. "Basta fazer ohedge com um crédito acima dedois anos que não terá custo."

A medida é a 12ª tomada pelogoverno desde outubro do anopassado para tentar conter a es-calada do real frente ao dólar.Mantega lembrou que a cres-cente entrada de moeda estran-geira no País exige ações dessanatureza. Mas negou que estejaadotando uma política de anún-cio a conta gotas. "Poderíamostomar medidas mais drásticas,mas elas têm efeitos colaterais."

Calibrar o efeito não é fácil, se-gundo ele. "Tem que ser umadose certa. Prefiro errar paramenos do que para mais." Ape-sar de insistir que ainda tem naprateleira outras medidas,Mantega frisou que o governo

Clima tensoChina já é maior investidor no País e preocupa

As tensões comerciaisentre Brasil e Chinadevem aumentar após

o país asiático ter se tornado,no ano passado, o maiorinvestidor direto estrangeirona maior economia daAmérica Latina, conformereportagem publicada pelojornal Financial Times.

Uma análise dos dados doBanco Central do Brasilmostra que a China foiresponsável poraproximadamente US$ 17bilhões dos US$ 48,46bilhões de afluxo total deinvestimento estrangeirodireto (IED) em 2010, emcomparação a menos deUS$ 300 milhões em 2009,segundo a Sobeet, um centrode estudos brasileiro deempresas transnacionais.

"É a primeira vez quetemos tanto investimento daChina", disse Luis AfonsoLima, presidente da Sobeet.As exportações decommodities, como minériode ferro e o "complexo desoja" (grão, farelo e óleo),para a China ajudaram amanter a economia brasileiradurante a crise financeira.

Mas tensões surgiramapós a China também terdespontado em 2010 comouma das maiores fontes deentrada de produtos baratosno Brasil, ajudada pelavalorização do real, que estáminando a competitividadeda indústria doméstica.

Isso levou Guido Mantega,o ministro da Fazenda, a pedirneste ano pela valorização doyuan. Notícias locais davamconta conta de que o governopedia restrições ao IED emmineração, incluindo aimposição de cotas mínimasde oferta doméstica efiltragem de transações combase no "perfil do investidor".

Lima disse que grandeparte do IED da China noBrasil, canalizado por meio deparaísos fiscais comoLuxemburgo, está ligado acommodities. A maiortransação envolveu a comprapela gigante petrolíferachinesa Sinopec de umaparticipação acionária de40% na Repsol Brasil, porUS$ 7,1 bilhões. Além disso,há pouca transferência detecnologia para a indústriab ra s i l e i ra .

País recebe US$ 12,66 bilhõesem março e bate recorde

Com o resultado, entraram no BrasilUS$ 35,6 bilhões no primeiro trimestre.

Choi Bu-Seok/Reuters

Valor é 46% maiorque o volume de dólar que

entrou no ano passado

A entrada de dólaresdo Brasil superou asaída em US$ 12,66

bilhões em março, segundodados do Banco Central di-vulgados ontem. Com o re-sultado do mês passado, oBrasil bateu recorde históricode entrada líquida de dólares,com US$ 35,5 bilhões, no pri-meiro trimestre. O BC come-çou a computar o fluxo cam-bial em 1982.

O valor supera ainda em46% o volume de moeda nor-te-americana que entrou noPaís em todo o ano passado,conforme dados divulgadosontem pelo BC. Os númerosmostram ainda que houve,novamente, antecipação noingresso de recursos, na últi-ma segunda-feira, diante dovazamento de informações,por parte do governo, de queadotaria novas medidas cam-biais para evitar esse tipo demovimento.

Somente em março, entra-r a m n o P a í s , l í q u i d o s ,US$ 12,7 bilhões, valor recorde

para o terceiro mês do ano.A maior parte dessa entra-

da está relacionada à capta-ção de recursos no exteriorpor empresas brasileiras, mo-dalidade que foi alvo de me-dida do governo na semanapassada, e investimentos es-trangeiros em empresas. Aentrada de recursos para apli-cação em títulos e ações conti-nua baixa.

In te rv en çõ es – As inter-venções do Banco Central pa-ra segurar a queda do dólar jásomam US$ 24,5 bilhões nomercado à vista e US$ 1,3 bi-lhão no mercado futuro. So-mados, os valores totais re-presentam cerca de 62% dascompras realizadas em todo oano de 2010.

Outro dado divulgado peloBC mostra que a medida anun-ciada para obrigar os bancos areduzir as apostas na queda dodólar deu resultado. As dívidasdos bancos no mercado à vistacaíram praticamente pela me-tade desde o final de 2010, paraUS$ 8,8 bilhões. (F o l h a p re s s )

não pretende taxar a entrada deinvestimentos estrangeiros di-retos no País. O ministro disseque não há necessidade de uti-lizar os recursos do Fundo So-berano para comprar dólares.

Mantega aproveitou para cri-ticar o Fundo Monetário Inter-nacional (FMI) que recomen-dou a adoção de medidas decontrole de capital como últimorecurso. Segundo ele, a propos-ta do FMI é "quebrar primeiro" edepois tomar medidas.

Análise– O anúncio de medi-das aquém das esperadas paraconter a valorização do câmbioindica que o Ministério da Fa-zenda não adotou ações maisfortes porque está nitidamentepreocupado com a inflação, co-mentou o sócio da Tendências eprofessor associado do InstitutoBrasileiro de Economia da FGV,Samuel Pessoa. "Esperava que ogoverno fosse adotar um prazomaior para a alta do IOF em re-lação às captações de recursosno exterior com gradual redu-ção da taxa de 6% para períodosmais longos que três anos", dis-se. "O governo tem medidasbem mais fortes à disposição.Mas ele precisa da cotação fortedo real ante o dólar para ajudar aconter a alta dos preços."

Na avaliação de Pessoa, é sin-tomático que o governo tenhacriado certa expectativa excessi-va de que poderia adotar medi-das vigorosas para coibir a valo-rização do real e optou poranunciar ações mais brandas."Além do IOF de 6% para capta-ções de dois anos, aguardavauma queda gradual da taxa, que

seria mais ou menos a seguinte:o imposto chegaria a 4% para oprazo de três anos, 2% para qua-tro anos e a partir de cinco anosseria isento de IOF", destacou.

Para o economista, provavel-mente o governo vai esperarque a inflação mostre sinais dearrefecimento para adotar me-didas mais fortes a fim de coibira apreciação do câmbio. Segun-do Pessoa, o governo precisa docâmbio forte por questões con-junturais e estruturais. "Porquestões conjunturais necessitada cotação apreciada do real an-te o dólar nos próximos três ouquatro meses por causa da infla-ção", disse. Ele acrescentou que,"pela questão estrutural há o fa-to de que o Brasil é um País comdéficit de transações correntesao redor de 2,5% e precisa de ca-pitais externos." (AE)

Objetivo da medida éreduzir o ingresso de

dólares no País eevitar umavalorização

excessiva do realGUIDO MANTEGA, MINISTR O DA

FAZENDA

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quinta-feira, 7 de abril de 201114 -.ECONOMIA DIÁRIO DO COMÉRCIO

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quinta-feira, 7 de abril de 2011 15DIÁRIO DO COMÉRCIO

O Brasil é um dos poucos países que só possui o cadastro negativo; os emergentes já têm o positivo há bastante tempo.Walter Ihoshi, deputado federal (DEM-SP)economia

Cadastro Positivo: momento de ajustes.Especialistas no banco de dados de crédito indicam mudanças em relação à transferência do poder de informação ao consumidor para ele ser colocado em prática

ABoa Vista Serviços(BVS) , empresaque administra oServiço Central de

Proteção ao crédito (SCPC),avalia que o prazo de votaçãoda Medida Provisória (MP)518 que trata da criação do Ca-dastro Positivo é uma oportu-nidade para que o CongressoNacional ajuste pontos queameaçam dificultar que o ban-co de dados seja efetivamentecolocado em prática.

Entre os pontos a seremaperfeiçoados está o que trans-fere o poder de informação aoconsumidor (autorização,compartilhamento e cancela-mento). "Na nossa avaliação, ocancelamento só deveria serfeito desde que o consumidornão estivesse envolvido em al-guma transação, por exem-plo", afirmou o diretor de Pro-dutos e Soluções da Boa VistaServiços (BVS), Leonardo Soa-res, que participou do seminá-rio Cadastro Positivo, realiza-do ontem na capital paulista.

Outra preocupação é em re-lação ao art. 4º da MP que de-termina que a autorização pré-via seja feita por assinatura eminstrumento específico ou emcláusula apartada. "Seria im-portante contemplar outrasformas, entre elas a assinaturae l e t rô n i c a . "

Ainda segundo o executivo,a BVS considera positivos o es-tabelecimento de um marco re-gulatório e a eliminação deobrigatoriedade de comunica-ção via carta. Em relação à ex-clusão da telefonia celular co-mo fonte de informações, aempresa acredita que, futura-mente, isso irá ocorrer de for-ma natural." A atual propostaao promover acesso ao históri-co de crédito do indivíduo pos-sibilita desenvolver estraté-gias de reconquista de clientes,aumentar o potencial de recei-ta, prevenir perdas de infor-mações, entre outros."

Soares avalia, no entanto,que o formato do Cadastro Po-sitivo poderia ir além do histó-rico de créditos, bens e serviçosfinanciados, pagamentos e li-quidações. "Poderia haver da-dos demográficos, preferên-cias e desejos do cliente."

Se a MP 518 não for aprova-da na Câmara e no Senado até o

dia 31 de maio perderá toda aeficácia. A afirmação foi feitapelo secretário de relações in-ternacionais da Prefeitura deSão Paulo e vice-presidente daAssociação Comercial de SãoPaulo (ACSP), Alfredo Cotait.O cadastro, que reúne os bonspagadores, está sendo discuti-do em Brasília desde 2004.Uma das vantagens oferecidasé que, quem honra seus com-promissos em dia, teria direitoa juros menores nas conces-sões de crédito. A MP 518 foicriada pelo governo federal,após o ex-presidente da Repú-blica Luiz Inácio Lula da Silvater vetado, em dezembro de2010, o Projeto de Lei nº 263.

Juros – "As pessoas de baixarenda não podem continuararcando com uma taxa de jurosde 10% ao mês. O Cadastro Po-sitivo poderia facilitar os pro-cessos", afirmou Cotait. "O cer-to é que os consumidores pa-guem juros de acordo com opróprio histórico". O secretá-rio disse que a MP recebeu 72emendas – o que pode distor-cer o seu objetivo.

A expectativa do deputadofederal Walter Ihoshi (DEM-SP) é que a votação na Câmaraseja realizada na primeira ouna segunda semana de maio."O Brasil é um dos poucos paí-ses que só possui o cadastro ne-gativo; os emergentes, como

China, Rússia e México, já têmo positivo há bastante tempo."

O texto da MP permite queos consumidores optem pornão fazer parte do CadastroPositivo. "É possível solicitartambém a correção do regis-tro." O deputado ressaltou queos dados não podem ser usa-dos para outros fins, como pa-ra contatos feitos por empresasde telemarketing.

Para o gerente de cobrançada Lojas Marisa, Emilio VieiraNeto, o Cadastro Positivo é umavanço para a sociedade. "Apossibilidade de saber quantodeterminado cliente deve nomercado permite a avaliaçãocorreta do crédito. Se ele ficarinadimplente, será feito umplano para que o consumidorhonre as dívidas."

O coordenador geral da su-pervisão e controle do Depar-tamento de Proteção e Defesado Consumidor, do Ministérioda Justiça, Danilo Doneda, res-saltou que em todos os paísesque adotaram o Cadastro Posi-tivo há a garantia mínima deproteção de dados. "Esse é oponto principal do tema. Eledeve ser usado com respeito."

Já o assessor da presidênciado Procon-SP, Marcos Die-gues, defende a ideia de que asregras são suficientes. "Não épreciso criar uma lei para con-solidar as informações."

Seriaimportantecontemplaroutras formas(deautorização),entre elas aassinaturaeletrônica.

LEONARDO SOA R E S ,BVS (À ESQUERDA)

Acesso mais fácil aosistema financeiro

Executivos deinstituições financeirasque participaram do

seminário do CadastroPositivo foram unânimes emafirmar que a adoção dobanco de dados trarábenefícios principalmentepara facilitar o acesso dapopulação ao sistemafinanceiro, dar agilidade eampliar o processo deconcessão de crédito, reduzira taxa de juros e,consequentemente, oproblema dosuperendividamento. Noentanto, dentre todos essesaspectos o de maiorconsenso é o de que o bancode dados positivo irá ajudarno processo de inclusão deconsumidores no sistemabancár io.

Em relação à diminuiçãodos juros, prevalece a ideia deque será um processo maislento que demandaria, pelomenos, dois anos paraocorrer. "Pelos dados doInstituto de Pesquisa deEconomia Aplicada/Instituto

Brasileiro de Geografia eEstatística (Ipea/IBGE) cercade 40% da populaçãobrasileira não tem conta embanco. O grande beneficiárioserá o consumidor da baixarenda que por estar fora dosistema financeiro e doSistema de Informações deCrédito possui maiordificuldade de acesso arecursos seja na modalidadetradicional ou no consignadoe que, por sua vez, é a quemais utiliza compras a prazo",disse o gerente de divisão daDiretoria de crédito do Bancodo Brasil, Gerson WlaudimirFa l c u c c i .

Para o vice-presidente doCiti Brasil, Victor Loyola, oCadastro Positivo torna oprocesso de seleção eprecificação de crédito muitomais eficiente, o que facilita oprocesso de aprovação daspropostas. "Acredito quehaverá uma evolução aindamaior do crédito que passoude 24% do PIB (Pro dutoInterno Bruto) em 2002 para46,7% em 2010. Embora seja

provável uma alta inicial dainadimplência, sabemos quepara a baixa renda é muitoimportante estar adimplente,ou seja, com o nome limpo",disse o economista-chefe daAssociação Nacional dasInstituições de Crédito,Financiamento eInvestimento (Acrefi),Nicola Tingas.

Os executivos apontaramalguns desafios em relação àideia do bureau positivo e daMedida Provisória (MP) 518.Um deles é a qualidade dasinformações, pois o texto daMP permitiria ao consumidormanipular o histórico decrédito. "Sou um entusiastado Cadastro Positivo, mas nãoda MP. Entre as falhas está ofato de transferir aoconsumidor o poder dainformação. É complicadoobter informações desse tipo,por exemplo, junto às classesC e D que são as principaistomadoras de crédito",avaliou o diretor de Créditodo HSBC/Losango, GibsonSilva. (GC)

REDUÇÃO DE BRINQUEDOS IMPORTADOSpera repetir em 2011 a perfor-mance de aumento de 15% re-gistrada em 2010, e contabili-zar, ao final do período, receitapróxima de R$ 3,6 bilhões. "Pe-lo menos 20 empresas cresce-ram mais que 20%; e algumaschegaram a 37%", comentouCosta.

A análise do desempenhodo setor mostra crescimentovegetativo de 7%. "O restante

foi porque tomamos mercadodos chineses", detalha o presi-dente da Abrinq. Os númerosnão consideram o comércio debrindes e livros.

As metas do setor para 2011incluem reduzir a participaçãodos importados no volume debrinquedos comercializadosno País. A Abrinq espera queem cinco anos a produção na-cional responda por 70%. Noano passado, a proporção semanteve favorável aos impor-tados, na proporção de 57% e43%. A expectativa é que ao fi-nal de 2011 os produtos nacio-nais ganhem dois pontos per-centuais de participação e osimportados caiam para 55%."A China já teve, em 2008, qua-se 60% do mercado brasileiro",dimensiona.

Blit z – "Recuperar merca-do é prioridade", enfatizou opresidente da Abrinq. Ele sedeclarou satisfeito com mani-festação da presidente DilmaRousseff, de que a concorrên-cia desleal, praticada nas ope-rações de importação, deveráser combatida.

O subfaturamento das im-portações – "em média ele é de40%" – foi um dos problemasapontados por ele. Há, segun-do Costa, mapeamento comdezenas de importadores queestariam alimentando a con-corrência desleal, base para

Opresidente da Asso-ciação Brasileira dosFabricantes de Brin-

quedos (Abrinq), Synésio Ba-tista da Costa, se declarava fe-liz, ontem, em conversa com aimprensa, antes do seu embar-que em viagem de negóciospara a China. A associação es-

uma esperada operação da Re-ceita Federal, antecipou.

O presidente da Abrinq con-sidera, no entanto, que o rela-cionamento com a China, sem-pre apontada como a grandevilã nessas questões, caminhapara uma maturidade. A agen-

guramente 20% das exporta-ções chinesas de brinquedosestão fora dessas normas.

Segundo sua contabilida-de, as importações brasileirasdo setor, com origem na Chi-na, geram 70 mil postos detrabalho naquele país, um be-nefício que ele espera salien-tar, como estímulo para ob-tenção de contrapartidas pa-ra os fabricantes brasileirosde brinquedos. A viagem dopresidente da Abrinq à Ásiase prolonga até a visita oficialda presidente Dilma Rousseffà China, prevista para aconte-cer entre 11 e 15 de abril.

I nv e st i me n to s – Ao longode 2010, de acordo com o ba-lanço apresentado ontem pelaAbrinq, o setor investiu R$ 180milhões majoritariamente pa-ra o lançamento de produtos emodernização das linhas deprodução. Para este ano, osempresários indicam investi-mentos de R$ 200 milhões .

Ainda neste mês, entre osdias 13 e 16, será realizada emSão Paulo a 28 ª Feira Brasilei-ra de Brinquedos promovidapela Abrinq, com apresenta-ção de 1,5 mil lançamentos.

Ao longo de 2010, o setor ga-nhou mais 63 fábricas, paraatuação especialmente em ni-chos de mercado, como acon-tece com os bichos de pelúciaem Tabatinga.

15por cento é a projeção

do crescimentodo faturamento

do setor debrinquedos brasileiro

neste ano

da de trabalho do executivo nopaís asiático inclui encontrocom a equivalente chinesa daAbrinq, para negociar que osbrinquedos importados peloBrasil sejam testados com basenas normas brasileiras. Costaexplica que existe uma propos-ta de padronização mundialdas normas técnicas de segu-rança para brinquedos.

Ele explica que o Brasil nãoquer se antecipar à definiçãodas normas globais porque, se-

A Abrinq espera que em cinco anos a produçãonacional de brinquedos corresponda a 70% do total,

ante 43% no ano passado.

Fátima Lourenço

Zé Carlos Barretta/Hype

Giseli Cabrini eNeide Martingo

Jorge Araújo/Folhapress

Page 16: 07 abr 2011

quinta-feira, 7 de abril de 201116 DIÁRIO DO COMÉRCIO

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Tradição em bons negócios

Novose

Usados

O IBGE apurou que a produção cresceu em oito dos 14locais pesquisados em relação a fevereiro de 2010.economia

Porto: ampliação de Santos ameaçada.Plano que prevê a triplicação do terminal até 2024 corre risco diante das dificuldades de realização das ações previstas no projeto.

OPorto de Santos po-deria ter sua capaci-dade triplicada até2024, como prevê o

Plano de Desenvolvimento eZoneamento (PDZ). O proble-ma é a dinâmica de implemen-tação das ações previstas noprojeto, que não garante a efeti-vação das metas. O alerta foi fei-to ontem pelo presidente doConselho de Autoridade Por-tuária (CAP), Sérgio Aquino, na17° edição da Feira Internacio-nal de Transportes e Serviços deComércio Exterior (Intermo-dal), na capital paulista.

"Por culpa da lentidão dos or-ganismos públicos, nem o PDZ,arquitetado pela CompanhiaDocas do Estado de São Paulo(Codesp) e apoiado pela Agên-cia Nacional de TransporteAquaviário (Antaq), está garan-tido", diz. Há mais de um ano,segundo Aquino, o planoaguarda aprovação na Casa Ci-vil da Presidência da República."Sem o PDZ, a meta não será al-cançada. Os organismos públi-cos estão 'engessando' o desen-volvimento de Santos", acres-centa o presidente do CAP.

Aquino também reclama dainterferência excessiva do Tri-bunal de Contas da União(TCU) em demandas que nãolhe caberia. Segundo ele, o TCUestaria adotando uma posturareguladora para o setor portuá-rio, quando deveria exercerapenas uma função fiscalizató-ria. "O TCU não pode interferirantes de um projeto ser aprova-do. Os portos já têm a Antaq, sua

agência reguladora, que tem es-sa função", diz Aquino.

A m p l ia ç ã o – O PDZ prevêampliar a movimentação doporto de Santos das atuais 93milhões de toneladas ao ano pa-ra 230 milhões de toneladas. En-tre os projetos previstos estão aexpansão da área de movimen-tação com os terminais portuá-rios por meio da construção docomplexo Barnabé-Bagres, namargem esquerda do porto. Sóessa obra, orçada em US$ 3,3 bi-lhões, poderia dobrar a capaci-dade atual da doca.

A legislação de Santos já re-serva metade da área formadapelas ilhas de Barnabé e Bagrespara a expansão de Santos. Masdetalhes dos projetos ainda pre-cisam ser aprovados por dife-rentes autarquias. Santos é oporto mais importante do País,tanto em valor quanto em volu-me movimentado. E com o cres-cimento econômico projetadopara os próximos anos, sua im-portância vai aumentar.

"Os cenários traçados para oporto cinco anos atrás foram to-dos superados. Se perdermostempo, 2024 vai chegar e Santosficará estrangulado." Um dosproblemas – que impediu que oporto acompanhasse a econo-mia – foi a degradação da áreapara granel líquido. Há cincoanos, Santos respondia por25% dessa movimentação noPaís. Hoje, caiu para 17%.

O problema não se restringe aSantos. Recentemente, a Ham-burg Süd, uma das principaisempresas de transporte maríti-mo mundial, acumulou perdasde US$ 118,1 milhões em 2010devido a gargalos no País.

Na abertura daIntermodal, ontem,em São Paulo,especialistasdiscutem problemasde lentidão na áreaportuária.

Marcos Mendes/LUZ

Agilidade paraintegrar os modais

O ministro dos Portos, Leônidas Cristino, critica alentidão para se obter licenças ambientais para

melhorar a infraestrutura portuária.

Marcos Mendes/LUZ

Safra de grãos deve aumentar 4%A safra nacional de ce-

reais, leguminosas eoleaginosas deve cres-

cer neste ano 4% sobre o recor-de do ano passado, para 155,6milhões de toneladas, segun-do projeção divulgada ontempelo Instituto Brasileiro deGeografia e Estatística (IBGE).

O Levantamento Sistemáti-co da Produção Agrícola (LS-PA) do IBGE também apontouque em 2011 a área a ser colhi-da, de 48,1 milhões de hecta-res, apresenta acréscimo de3,3%, frente à área colhida em2010. O arroz, o milho e a soja,que respondem por 82,4% daárea a ser colhida, registram,em relação ao ano anterior, va-riações positivas respectiva-mente de 1,7%, 2,2% e 2,1%.

Essas três principais cultu-ras, que somadas representam90,8% da produção de cereais,leguminosas e oleaginosas,devem apresentar acréscimona produção de 18%, 0,3% e4,5%, respectivamente.

Entre as grandes regiões, ovolume da produção de ce-reais, leguminosas e oleagino-sas apresenta a seguinte distri-buição: Região Sul, 64,9 mi-lhões de toneladas; Centro-Oeste, 55 milhões de tonela-

das; Sudeste, 16,5 milhões detoneladas; Nordeste, 15 mi-lhões de toneladas; e Norte, 4,3milhões de toneladas.

Comparativamente ao anoanterior, são constatados in-crementos nas regiões Norte(7,1%), Nordeste (26,2%), Cen-tro-Oeste (4,7%) e Sul (1%) edecréscimo de 3,6% na Sudes-te. O Paraná mantém a lideran-ça na produção nacional degrãos, com uma participaçãode 20,2%, seguido por MatoGrosso com 19,4% e Rio Gran-de do Sul com 17,3%.

Cona b – A sétima pesquisasobre a safra de grãos 2010/11,divulgada pela CompanhiaNacional de Abastecimento(Conab), mostrou alta de 2,1%na produção (mais 3,21 mi-lhões de toneladas) em relaçãoao sexto levantamento, demarço. Para técnicos da esta-tal, isso ocorre pelo aumentoda área de plantio e por maisprodutividade em algumas la-vouras.

Segundo a Conab, a maiorprodutividade de arroz no RioGrande do Sul contribui paraelevar a produção de grãos. Osprodutores gaúchos vão terprodutividade 12% maior antea safra 2009/10. (AE)

Celso Júnior/AE

Conab: recorde do ano passado deve ser batido novamente em 2011.

Indústria avança no bimestreOs índices regionais

da produçãoindustrial avançaram

em nove dos 14 locaispesquisados entre janeiro efevereiro de 2011 na sérieajustada sazonalmente edivulgada ontem peloInstituto Brasileiro deGeografia e Estatística(IBGE). Os destaques sãoGoiás (9,1%), Pernambuco(8%), Rio de Janeiro (5,1%),Amazonas (4,6%), MinasGerais (3,4%) e EspíritoSanto (2,2%), queapontaram crescimentoacima da média nacional(1,9%). As outras regiõescom taxas positivas foram:

Ceará (1,4%), Rio Grandedo Sul (1,2%) e São Paulo(1,1%). Entre as cinco áreasque reduziram a produção,estão Paraná, Bahia, Pará,Santa Catarina e regiãoN o r d e s t e.

O IBGE também apurouque a produção cresceu emoito dos 14 locaispesquisados em relação afevereiro de 2010. Issoreflete não só uma maiorprodução no início do ano,como ainda o "efeitocalendário", pois, em 2011,fevereiro teve dois dias úteisa mais naquele ano.

Com avanços maiores queo observado em nível

nacional (6,9%) nessa basede comparação figuraramEspírito Santo (14,4%),Amazonas (11,1%), Paraná(9,4%), Minas Gerais (8,8%),Rio Grande do Sul (7,9%) eRio de Janeiro (7%). Já aBahia, com recuo de 15,6%,teve a queda maisacentuada, refletindo umamenor produção no setorquímico, com baixa de 48%,por causa da paralisação daatividade causada peloapagão do setor elétrico, queafetou a Região Nordeste noinício do mês.

No indicador acumuladopara o primeiro bimestre doano, o avanço da produção

atingiu nove dos 14 locaispesquisados. Cincocresceram acima da médianacional (4,6%): Paraná(13,8%), Espírito Santo(11,7%), Minas Gerais (6%),Amazonas (5,6%) e SãoPaulo (5,1%). Nessas áreas,o dinamismo foi influenciadopela ampliação nafabricação de bens deconsumo duráveis(automóveis e telefonescelulares) e de setoresprodutores de bens decapital, além da recuperaçãodas atividades tipicamenteexpor tadoras,especialmente ascommodities. (AE)

Renato Carbonari Ibelli

Oministro dos Portos,Leônidas Cristino, atribuiu

a demora na efetivação demelhoramento dainfraestrutura portuária àlentidão para obtenção delicenças ambientais. "Garantoque os recursos previstos peloPAC (Programa de Aceleraçãodo Crescimento) sãoaprovados de imediato. Oproblema é que as licençasambientais atrasam todo oprocesso", disse o ministro

ontem, durante a 17°Intermodal, realizada em SãoPaulo. "Licenças ambientais sãonecessárias, mas o processopara sua obtenção poderia sermais rápido", ponderou.

Cristino afirmou que osrecursos previstos pelasegunda versão do PAC serãodestinados para estruturar aintegração dos modais. "Onosso mote é esse. Temos quefazer as cargas serem escoadasaté os portos por meio deferrovias e pela cabotagem. Nãoapenas por rodovias. Buscamoso equilíbrio entre os modais",disse o ministro. (RCI)

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quinta-feira, 7 de abril de 2011 ECONOMIA/LEGAIS - 17DIÁRIO DO COMÉRCIO

CALAIS PARTICIPAÇÕES S.A.CNPJ 04.034.792/0001-76

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃOA Administração da Calais Participações S.A. apresenta o relatório da administração e as correspondentes Demonstrações Financeiras referentes aos exercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e 2009 e em 1 de janeiro de 2009. Essas Demonstrações Financeiras foram elaboradas em confor-midade com as práticas contábeis adotadas no Brasil e com base nas disposições contidas na Lei das Sociedades por Ações e nas normas estabelecidas pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários.

1. INFORMAÇÕES GERAIS: A Calais Participações S.A. (“Companhia”ou “Calais”) foi constituída em 31 de julho de 2000, tendo como objeto social a participação em outras sociedades, comerciais e civis, como só-cia, acionista ou cotista, no país ou no exterior. A Companhia é sediada no Brasil, São Paulo - SP, na Avenida das Nações Unidas, 12.901 - 27º andar - Brooklin Paulista. As Demonstrações Financeiras da Companhia foram aprovadas pela Administração em 25 de março de 2011. Tendo em vista que as operações da Companhia ainda não se iniciaram, essa não vem gerando caixa e as suas necessidades de recursos para o pa-gamento das suas obrigações são supridas pela acionista controladora Telemar Norte Leste S.A. (“TMAR”). A Administração da TMAR pretende, em conjunto com a Brasil Telecom S.A. (“BrT”), iniciar novas operações na Companhia que buscam rentabilizar os ativos das referidas empresas.O projeto se encontra em fase de obtenção dos registros societários e enquanto as operações não se iniciarem, a controladora TMAR irá cobrir todos os gastos que se fizerem necessários mediante aportes de capital.2. PRINCIPAIS POLÍTICAS CONTÁBEIS: a) Bases de elaboração: As Demonstrações Financeiras foram elaboradas com base no custo histó-rico, conforme descrito nas políticas contábeis a seguir. O custo histórico geralmente é baseado no valor justo das contraprestações pagas em troca de ativos. A preparação das Demonstrações Financeiras requer o uso de certas estimativas contábeis e também o exercício de julgamen-to por parte da Administração da Companhia no processo de aplicação das políticas contábeis do grupo. O patrimônio líquido negativo (passivo a descoberto) está sendo apresentado no passivo. As Demonstrações Financeiras foram elaboradas e estão apresentadas de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil, com base nas disposições conti-das na Lei das Sociedades por Ações, pronunciamentos, orientações e interpretações emitidos pelo CPC - Comitê de Pronunciamentos Con-tábeis e aprovados pela CVM - Comissão de Valores Mobiliários, bem como de acordo com os padrões internacionais de contabilidade, as IFRS – International Financial Reporting Standards emitidas pelo IASB – International Accounting Standards Board. Essas Demonstrações Finan-ceiras são as primeiras elaboradas de acordo com os CPCs e as IFRS.Na elaboração das Demonstrações Financeiras, a Companhia adotou os pronunciamentos técnicos aplicáveis emitidos em 2009 e 2010. Em virtude de não haver diferenças entre os CPCs / IFRS e as práticas con-tábeis anteriormente adotadas pela Companhia, não houve qualquer ajuste retrospectivo nas transações reconhecidas pela Companhia em 31 de dezembro e em 1 de janeiro de 2009, sendo assim dispensável a apresentação das conciliações do patrimônio líquido e de prejuízo do exercício. A CVM através da Deliberação nº 656, de 25 de janeiro de 2011, que acrescentou o art 2º-A a Deliberação CVM nº 603, de 10 de novembro de 2009, requer que as companhias abertas que, até a data da apresentação das Demonstrações Financeiras do exercício social inicia-do a partir de primeiro de janeiro de 2010, não tiverem reapresentado os seus ITR de 2010, incluam nessas demonstrações anuais nota explica-tiva evidenciando, para cada trimestre de 2010 e 2009, os efeitos no re-sultado e no patrimônio líquido decorrentes da plena adoção das normas de 2010. Em virtude de não haver diferenças entre os CPCs / IFRS e as práticas contábeis anteriormente adotadas pela Companhia, não houve qualquer ajuste retrospectivo nas transações reconhecidas pela Compa-nhia em seus ITRs de 2010, sendo assim dispensável a apresentação das conciliações do patrimônio líquido e de prejuízo do período. b) Prin-cipais políticas contábeis: As políticas contábeis mais significativas na elaboração das Demonstrações Financeiras são as seguintes: Moeda funcional e de apresentação: Em virtude da Companhia não possuir operações, efetuar apenas transações em seu país sede e ser controla-do pela TMAR que também é sediada no Brasil, a Companhia adota sua moeda corrente, o Real (R$), como moeda funcional e de apresentação.Caixa e equivalente de caixa: Este grupo é representado pelos saldos de contas bancárias, sendo demonstrados pelo valor justo nas datas de encerramento dos exercícios apresentados. Ajuste a valor presente: A Companhia efetua avaliação dos seus ativos e passivos financeiros para identificar a ocorrência da aplicabilidade do ajuste ao valor presente. Na avaliação da Companhia, nenhum dos ativos e passivos registrados em 31 de dezembro de 2010 e de 2009 é sujeito ao ajuste a valor presente, tendo em vista os seguintes fatores: (i) sua natureza; (ii) realização a curto prazo de determinados saldos e transações; (iii) inexistência de ati-vos e passivos monetários com juros implícitos ou explícitos embutidos.Nos casos em que os instrumentos financeiros estão mensurados pelo custo amortizado, estes se encontram atualizados monetariamente pelos índices contratuais. Empréstimos e financiamentos: Os empréstimos e financiamentos estão apresentados pelo custo amortizado atualiza-dos pelas variações monetárias e acrescidos de juros incorridos até a data do encerramento do exercício. Os custos de transação incorridos são mensurados ao custo amortizado e reconhecidos no passivo, redu-zindo o saldo de empréstimos e financiamentos, sendo apropriados ao resultado no decorrer do período de vigência dos contratos. Reconheci-mento das despesas: As despesas são contabilizadas pelo regime de competência. As despesas pagas antecipadamente e que competem a exercícios futuros, quando ocorrem, são diferidas de acordo com seus respectivos prazos de duração. Despesas financeiras: As despesas fi-nanceiras representam os juros efetivos incorridos e os demais encargos com empréstimos, financiamentos. Imposto de renda e contribuição social sobre o lucro e diferido: Os tributos diferidos sobre a renda da Companhia, imposto de renda e a contribuição social sobre o lucro, não

BALANÇOS PATRIMONIAISEm 31 de dezembro de 2010, 2009 e 1 de janeiro de 2009

(Em reais, exceto quando indicado de outra forma)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

NOTAS EXPLICATIVAS DA ADMINISTRAÇÃO ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010, 2009 E 1 DE JANEIRO

DE 2009 (Em reais, exceto quando indicado de outra forma)

DEMONSTRAÇÕES DO RESULTADOExercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009

(Em reais, exceto quando indicado de outra forma)(BR GAAP/IFRS)

Nota 2010 2009Despesas operacionais Gerais e administrativas 4 (1.925.005) (58.615) Outras despesas operacionais 5 (868.316)Prejuízo operacional antes do resultado financeiro (2.793.321) (58.615) Despesas financeiras 6 (63.813) (4.379)Prejuízo do exercício (2.857.134) (62.994) Prejuízo básico e diluído por ação ordinária(R$) 11(b) (0,0912) (0,0063) Prejuízo básico e diluído por ação preferencial (R$) 11(b) (0,0812)A Companhia não registrou resultados abrangentes, razão pela qual não está apresentando a demonstração relativa a este resultado.

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXAExercícios findos em 31 de dezembro de 2010 e de 2009

(Em reais, exceto quando indicado de outra forma)2010 2009

Atividades operacionaisPrejuízo do exercício (2.857.134) (62.994)Itens de resultado que não afetam o caixa: Encargos financeiros 63.813 4.244 Participação dos empregados e administradores 830.487

(1.962.834) (58.750)Mutações patrimoniaisTributos 3.790 Fornecedores 60.935 Salários, encargos sociais e benefícios 348.019 Demais ativos (256)

412.488Imposto de renda pago - Terceiros (12.095) (1.501)Fluxo de caixa das atividades operacionais (1.562.441) (60.251)Atividades de financiamentosCaptações 1.710.957 60.251Fluxo de caixa das atividades de financiamentos 1.710.957 60.251Fluxo de caixa do exercício 148.516Caixa e equivalentes de caixaSaldo final 148.525 9Saldo inicial 9 9Variação no exercício 148.516Transações não-caixa

2010 2009Aumento de capital mediante capitalização de mútuo 97.056

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADOEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

(Em reais, exceto quando indicado de outra forma)2010 2009

Insumos adquiridos de terceiros Materiais e energia (938) Serviços de terceiros (377.275) (17.844) Outros (12.103) (1.000)Valor adicionado bruto (390.316) (18.844)Retenções Outras despesas (500)Valor adicionado líquido adicionado pela Companhia (390.816) (18.844)Distribuição do valor adicionado Pessoal

Remuneração direta (1.872.424) Benefícios (45.077)

FGTS (80.564) Outros (290.250)

(2.288.315)Impostos e taxas Federais (12.095) (868) Municipais (39.794) (38.903)

(51.889) (39.771)Remuneração de capital de terceiros Juros e demais encargos financeiros (63.813) (4.379) Aluguéis e seguros (62.301)

(126.114) (4.379)Remuneração de capital próprio Prejuízos retidos 2.857.134 62.994Valor adicionado distribuído 390.816 18.844

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

o estatuto social da Companhia. Desta forma, o lucro por ação básico e diluído, foi calculado com base no lucro do exercício disponível para os acionistas ordinários e preferenciais. Básico: O lucro básico por ação é calculado mediante a divisão do lucro atribuível aos acionistas controla-dores da Companhia, disponível aos portadores de ações ordinárias e preferenciais, pela quantidade média ponderada de ações ordinárias e preferenciais em circulação durante o exercício. Diluído: O lucro diluído por ação é calculado mediante o ajuste da quantidade média ponderada de ações ordinárias e preferenciais em circulação, para presumir a con-versão de todas as ações potenciais diluídas. A seguir são apresentados os cálculos do lucro por ação básico e diluído:

2010 2009 (*)Prejuízo atribuível aos acionistas da Companhia (2.857.134) (62.994)Prejuízo alocado às ações ordinárias - básicas e diluídas (1.027.480) (62.994)Prejuízo alocado às ações preferenciais - básicas e diluídas (1.829.654)Média ponderada das ações em circulação Ações ordinárias - básicas e diluídas 11.265.265 10.050.970 Ações preferenciais - básicas e diluídas 22.530.528 20.101.920Lucro por ação: Ações ordinárias - básicas e diluídas (0,0912) (0,0063) Ações preferenciais - básicas e diluídas (0,0812)(*) De acordo com a legislação societária, os acionistas detentores de ações preferenciais não estão contratualmente obrigados a absorver pre-juízos, sendo esses prejuízos atribuídos exclusivamente aos acionistas detentores de ações ordinárias. No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, os prejuízos excederam o capital social atribuído às ações ordi-nárias, sendo o excedente do prejuízo distribuído na proporção de ações ordinárias e preferenciais.

(BR GAAP/IFRS)Ativo Nota 2010 2009 01/01/2009Circulante Caixa e equivalentes de caixa 7 148.525 9 9 Demais ativos 506

149.031 9 9Total do ativo 149.031 9 9

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDOEXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010, 2009

E 1 DE JANEIRO DE 2009(Em reais, exceto quando indicado de outra forma)

CapitalSocial

Prejuízosacumulados Total

Em 1 de janeiro de 2009 240.902 (277.844) (36.942) Prejuízo do exercício (62.994) (62.994) Aumento de capital em 18 de maio de 2009 97.056 97.056Em 31 de dezembro de 2009 337.958 (340.838) (2.880) Prejuízo do exercício (2.857.134) (2.857.134)Em 31 de dezembro de 2010 337.958 (3.197.972) (2.860.014)

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

(BR GAAP/IFRS)Passivo e Passivo a Descoberto Nota 2010 2009 01/01/2009Circulante Fornecedores 8 60.935Tributos correntes sobre a renda 4.038 15 95Pessoal, encargos e benefícios 9 1.178.506

Empréstimos com a controladora 10 1.765.566 2.874 36.856

3.009.045 2.889 36.951Passivo a descoberto 11 Capital social 337.958 337.958 240.902Prejuízos acumulados (3.197.972) (340.838) (277.844)

(2.860.014) (2.880) (36.942)Total do passivo e passivo a descoberto 149.031 9 9

As notas explicativas da administração são parte integrante das demonstrações financeiras

são reconhecidos tendo em vista a ausência de recuperabilidade pela Companhia, em razão de estar em fase pré-operacional. Resultado por ação: O Resultado por Ação básico é calculado por meio do resultado do período atribuível aos acionistas controladores da Companhia e a média ponderada das ações em circulação no respectivo período. O resultado por ação diluído é calculado por meio da referida média das ações em circulação, ajustada pelos instrumentos potencialmente conversíveis em ações, com efeito diluidor, nos períodos apresentados, nos termos do CPC 41 (IAS 33). Demonstrações de valor adicionado: A Companhia elaborou a Demonstração do Valor Adicionado (DVA) individual nos ter-mos do pronunciamento técnico CPC 09 – Demonstração do Valor Adi-cionado, a qual é apresentada como parte integrante das demonstrações financeiras conforme as práticas contábeis adotadas no Brasil aplicáveis as companhias abertas, enquanto para as práticas contábeis internacio-nais representam informação financeira adicional. c) Estimativas e jul-gamentos contábeis críticos: Ao preparar as Demonstrações Financei-ras, a Administração da Companhia não se baseia em estimativas, tendo em vista que todos os ativos e passivos estão registrados e atualizados pelos valores contratuais. d) Normas, alterações e interpretações de normas que ainda não estão em vigor: Até a data de aprovação das Demonstrações Financeiras pelo Conselho de Administração, haviam as seguintes normas, alterações e interpretações não vigorando:- IFRS 9, “Instrumentos financeiros”;- IAS 24 (revisado), “Divulgações de Partes Relacionadas”;- IFRIC 14 (revisado), “Pagamentos Antecipados de Requerimentos Mí-

nimos de Provimento de Fundos”;- IAS 32 (revisado), “Instrumentos Financeiros: Apresentação”;- IFRIC 19 (revisado) - “Extinção dos Passivos Financeiros com Instru-

mentos de Capital”;- IFRS 1 (revisado) - “Primeira Adoção de IFRS”;- IFRS 3 (revisado) - “Combinações de Negócios”;- IFRS 7 (revisado) - “Instrumentos Financeiros”;- IAS 1 (revisado) - “Apresentação das Demonstrações Financeiras”;- IAS 27 (revisado) - “Demonstrações Financeiras Consolidadas e Se-

paradas”; e - IFRIC 13 (revisado) - “Programas de Fidelização de Clientes”.O Comitê de Pronunciamentos Contábeis - CPC ainda não editou os respectivos pronunciamentos e modificações correlacionados às IFRSs novas e revisadas apresentadas acima. Em decorrência do compromisso do CPC e da CVM de manter atualizado o conjunto de normas emiti-do com base nas atualizações feitas pelo IASB, é esperado que esses pronunciamentos e modificações sejam editados pelo CPC e aprovados pela CVM até a data de sua aplicação obrigatória. Das normas, alte-rações e interpretações de normas existentes que ainda não estão em vigor e não foram adotadas antecipadamente pela Companhia, a Ad-ministração entende que somente o IAS 24 (revisado), “Divulgações de Partes Relacionadas”, emitido em novembro de 2009, em substituição ao IAS 24, “Divulgações de Partes Relacionadas”, emitido em 2003, poderá ter impacto nas dilvulgações de suas transações. O IAS 24 (revisado) é obrigatório para períodos iniciando em ou após 1 de janeiro de 2011.Aplicação prévia, no todo ou em parte, é permitida.3. INSTRUMENTOS FINANCEIROS: Em 31 de dezembro de 2010 e de 2009, a Companhia não possuía operações envolvendo instrumentos financeiros derivativos, nem outros instrumentos financeiros que não fossem empréstimos com a controladora e caixa e equivalentes de cai-xa. Análise de sensibilidade de risco de taxa de juros: A Companhiaconsidera que o risco de variações nas taxas de juros advém do seu passivo vinculado ao CDI. Sendo assim, o risco está associado à ele-vação dessas taxas. Na data de encerramento do exercício de 2010, a Administração estimou cenários de variação na taxa CDI. Para o cenário provável, foram utilizadas as taxas vigentes em 31 de dezembro de 2010.Tais taxas foram estressadas em 25% e 50%, servindo de parâmetro para os cenários possível e remoto, respectivamente.

Cenários de taxa de jurosCenário provável Cenário possível Cenário remoto

CDI CDI CDI

10,64% 13,30% 15,96%

Em 31 de dezembro de 2010, a Administração estimou o fluxo futuro depagamentos de juros de sua dívida vinculada ao CDI com base nas taxas dejuros apresentadas acima. O impacto das elevações hipotéticas nas taxasde juros pode ser mensurado pela diferença dos fluxos futuros dos cenáriospossível e remoto em relação ao cenário provável, onde não há estimativade elevação. Cabe ressaltar que tal análise de sensibilidade considera fluxosde pagamentos em datas futuras. Assim, o somatório global dos valores emcada cenário não equivale ao valor justo, ou ainda, ao valor presente dessespassivos. O valor justo desses passivos, mantendo-se o risco de crédito daCompanhia inalterado, não seria impactado em caso de variações nas taxasde juros, tendo em vista que as taxas utilizadas para levar os fluxos a valorfuturo seriam as mesmas que trariam os fluxos a valor presente. O quadro aseguir mostra o fluxo futuro de pagamento de juros por período:

2010Descrição Risco individual TotalCenário provávelDívidas em DI Alta do DI 211.260Cenário possívelDívidas em DI Alta do DI 264.548Cenário remotoDívidas em DI Alta do DI 318.018ImpactosCenário possível - Cenário provável 53.288

DI 53.288Cenário remoto - Cenário provável 106.757

DI 106.757

4. DESPESAS POR NATUREZA: A Companhia optou por apresentar a demonstração do resultado por função. Conforme requerido pelas nor-mas internacionais, apresenta, a seguir, o detalhamento das despesas por natureza:

Despesas por natureza 2010 2009Pessoal (1.457.828)Serviço de terceiros (389.370) (18.712)Aluguel e seguros (62.301)Impostos e taxas (2.465) (39.903)Energia elétrica (593)Materiais (345)Outros custos e despesas (12.103)

(1.925.005) (58.615)Classificadas como:Gerais e administrativas (1.925.005) (58.615)5. OUTRAS DESPESAS OPERACIONAIS:

2010 Participação no resultado (i) (830.487)

Tributos (37.329) Despesas com multas (500)

(868.316)(i) A Companhia aprovou programa de bônus por alcance de metas vin-culadas a um plano de ação correlacionado aos objetivos de negócios(no ano de 2010 concluir atividades necessárias para possibilitar a entra-da em operação da Companhia). No exercício findo em 31 de dezembro de 2010, a Companhia registrou provisão no montante de R$ 830.487 com contrapartida nas despesas gerais e administrativas para fazer face ao referido passivo com os funcionários.6. DESPESAS FINANCEIRAS:

2010 2009Despesas financeirasJuros sobre empréstimos a pagar a empresas ligadas (53.676) (3.587)IOF sobre operações financeiras e encargos bancários (10.137) (657)Juros sobre outros passivos (135)

(63.813) (4.379)7. CAIXA E EQUIVALENTES DE CAIXA: O caixa e equivalentes de caixa são integralmente representados por contas bancárias.8. FORNECEDORES: A rubrica “Fornecedores” é composta de saldos de valores a pagar a prestadores de serviços de regularização imobiliária (advogados), gastos com locação da sede, entre outros gastos admi-nistrativos.9. PESSOAL, ENCARGOS E BENEFÍCIOS:

2010Participação no resultado (i) 752.071Salários, férias e 13º salários 256.118Retenções em folha de pagamento 81.067Encargos sociais 57.150Outros 31.810Consignação de terceiros 290

1.178.506(i) Em 4 de março de 2011, a Companhia efetuou o pagamento do bônus pelo alcance das metas aos empregados.10. EMPRÉSTIMOS COM A CONTROLADORA: Os empréstimos com a controladora estão sendo remunerados à variação de 115% do CDI - Certificado de Depósito Interbancário, com vencimento em 29 de de-zembro de 2011.

2010 2009 01/01/2009Empréstimos com a controladora 1.711.890 2.871 33.916Juros provisionados sobre empréstimos 53.676 3 2.940Total 1.765.566 2.874 36.856Não circulante 1.765.566 2.874 36.856Os empréstimos com a controladora não possuem mercado nos quais sejam negociados títulos de mesma natureza ou asseme-lhados, ou seja, esses contratos não possuem um referencial de mercado, transações comparáveis ou modelos de precificação que possam diferir da atualização dos valores com base no índice con-tratual. Sendo assim, o valor contratual equivale ao seu valor justo.11. PATRIMÔNIO LÍQUIDO (PASSIVO A DESCOBERTO): a) Capital social: A Companhia está autorizada a aumentar seu capital social em até 5.000.000.000 de ações, ordinárias ou preferenciais, independente de reforma estatutária, mediante deliberação do Conselho de Adminis-tração. As ações preferenciais poderão ser de até 2/3 do total de ações emitidas pela Companhia. Em 18 de maio de 2009 foi aprovado, através da reunião do Conselho de Administração, o aumento do capital social, mediante capitalização de mútuo, no valor de R$ 97.056, e emissão de 9.705.544 ações, sendo 3.235.165 ações ordinárias e 6.470.379 ações preferenciais. O capital social da Companhia em 31 de dezembro de 2010 é de R$ 337.958 (31/12/2009 – R$ 337.958 e 01/01/2009 – R$ 240.902), representado por 33.795.793 ações (31/12/2009 – 33.795.793 e 01/01/2009 – 24.090.249), sendo 11.265.265 ações ordinárias (31/12/2009 – 11.265.265 e 01/01/2009 – 8.030.100) e 22.530.528 ações preferenciais (31/12/2009 – 22.530.528 e 01/01/2009 – 16.060.149), to-das nominativas e sem valor nominal. Aos acionistas está assegurado, pelo estatuto social, um dividendo mínimo correspondente a 25% do lucro líquido apurado em cada exercício social, ajustado consoante a legislação em vigor. b) Prejuízo por ação básico e diluído: Os acionis-tas ordinários e preferenciais possuem direitos diferentes em relação a dividendos, direito a voto e em caso de liquidação, conforme determina

Aos Administradores e Acionistas da Calais Participações S.A. - Rio de Janeiro – RJ. Examinamos o balanço patrimonial da Calais ParticipaçõesS.A. (“Companhia”) em 1 de janeiro de 2009 e o resumo das principais práticas contábeis e outras notas explicativas. RESPONSABILIDADE DAADMINISTRAÇÃO PELOS BALANÇOS PATRIMONIAIS: A Administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação dobalanço patrimonial de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB, e de acordo com as práticas contábeis adotadas no Brasil relevantes para elaboração dessas demonstrações financeiras, assim como pelos controlesinternos relevantes para a sua elaboração, livres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. RESPONSABILIDADE DOSAUDITORES INDEPENDENTES: Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre esse balanço patrimonial com base em nossa auditoria,conduzida de acordo com as normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditorese que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que o balanço patrimonial está livre de distorção relevante.Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nasdemonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevantenas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor considera os controles internosrelevantes para a elaboração e adequada apresentação da demonstração financeira da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são

apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoriainclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bemcomo a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente eapropriada para fundamentar nossa opinião.OPINIÃO SOBRE O BALANÇO PATRIMONIAL: Em nossa opinião, baseados em nossos exames, o balançopatrimonial acima referido apresenta adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira da Calais Participações S.A.em 1 de janeiro de 2009, de acordo com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board- IASB e as práticas contábeis adotadas no Brasil, relevantes para a elaboração dessa demonstração financeira.Rio de Janeiro, 25 de março 2011

José Luiz de Souza GurgelBDO Auditores Independentes Sócio-contadorCRC 2SP013439/O-5 “S” RJ CRC 087339/O-4

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE O BALANÇO PATRIMONIAL

Aos Acionistas e ao Conselho de Administração da Calais Participações S.A. - Rio de Janeiro - RJ. Examinamos as demonstrações financeiras da Calais Participações S.A. (“Companhia”), que compreendem o balanço patrimonial em 31 de dezembro de 2010 e as respectivas demonstrações dos resultados, das mutações do patrimônio líquido e dos fluxos de caixa, para o exercício findo naquela data, assim como o resumo das principais práticas contábeis e demais notas explicativas. Responsabilidade da administração sobre as demonstrações financeiras. A administração da Companhia é responsável pela elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras de acordo com as práticas contábeisadotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS), emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB, assim como pelos controles internos que ela determinou como necessários para permitir a elaboração dessas demonstrações financeiraslivres de distorção relevante, independentemente se causada por fraude ou erro. Responsabilidade dos auditores independentes. Nossa responsabilidade é a de expressar uma opinião sobre essas demonstrações financeiras com base em nossa auditoria, conduzida de acordo comas normas brasileiras e internacionais de auditoria. Essas normas requerem o cumprimento de exigências éticas pelos auditores e que a auditoria seja planejada e executada com o objetivo de obter segurança razoável de que as demonstrações financeiras estão livres de distorção relevante.Uma auditoria envolve a execução de procedimentos selecionados para obtenção de evidência a respeito dos valores e divulgações apresentados nas demonstrações financeiras. Os procedimentos selecionados dependem do julgamento do auditor, incluindo a avaliação dos riscos de distorção relevante nas demonstrações financeiras, independentemente se causada por fraude ou erro. Nessa avaliação de riscos, o auditor consideraos controles internos relevantes para a elaboração e adequada apresentação das demonstrações financeiras da Companhia para planejar os procedimentos de auditoria que são apropriados nas circunstâncias, mas não para fins de expressar uma opinião sobre a eficácia desses controles internos da Companhia. Uma auditoria inclui, também, a avaliação da adequação das práticas contábeis utilizadas e a razoabilidade das estimativas contábeis feitas pela administração, bem como a avaliação da apresentação das demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Acreditamos que a evidência de auditoria obtida é suficiente e apropriada para fundamentar nossa opinião. Opinião. Em nossa opinião, as demonstrações financeiras acima referidas apresentam adequadamente, em todos os aspectos relevantes, a posição patrimonial e financeira Calais Participações S.A. em 31

de dezembro de 2010, o desempenho de suas operações e os seus fluxos de caixa para o exercício findo naquela data, de acordo com as práticascontábeis adotadas no Brasil e com as normas internacionais de relatório financeiro (IFRS) emitidas pelo International Accounting Standards Board - IASB. Ênfase. A Companhia apresentava, em 31 de dezembro de 2010, capital circulante líquido negativo e passivo a descoberto de R$2.860.014 (R$2.880 em 31 de dezembro de 2009). Conforme divulgado na nota explicativa 1, a Administração encontra-se em fase de discussão e estudos,junto aos seus acionistas, para o início de suas operações. Durante esse período, bem como durante o período onde não houver geração positivade fluxo de caixa, as necessidades de recursos para o pagamento das obrigações da Companhia serão supridas pela acionista controladoraTelemar Norte Leste S.A. (“TMAR”). Outros assuntos. Demonstrações do valor adicionado. Examinamos, também, a demonstração do valor adicionado (DVA), referente ao exercício findo em 31 de dezembro de 2010, cuja apresentação é requerida pela legislação societária brasileira para companhias abertas, e como informação suplementar pelo IFRS que não requerem a apresentação da DVA. Essa demonstração foi submetida aosmesmos procedimentos de auditoria descritos anteriormente e, em nossa opinião, está adequadamente apresentada, em todos os seus aspectos relevantes, em relação às demonstrações financeiras tomadas em conjunto. Saldos de abertura do balanço patrimonial. Os saldos de abertura do balanço patrimonial, levantado em 01 de janeiro de 2009 e apresentado em conjunto para fins de comparação foram auditados por outros auditores independentes que emitiram relatório, sem ressalva, datado de 25 de março de 2011.Rio de Janeiro, 25 de março de 2011

DELOITTE TOUCHE TOHMATSU Marco Antonio Brandão SimurroAuditores Independentes ContadorCRC 2SP 011.609/O-8 “F” RJ CRC nº 1 RJ 052000/O-0

RELATÓRIO DOS AUDITORES INDEPENDENTES SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Luiz Eduardo Falco Pires Corrêa Marco Norci Schroeder Diretor Superintendente Diretor Vice-Presidente

Alex Waldemar ZornigDiretor e Diretor de Relações com investidores

Marco Norci SchroederDiretor de Controladoria

CPF: 407.239.410-68

David Tavares Neves NunesGerente de Controladoria

CRC-RJ 069013 - CPF 900.108.767-15

Piero CarboneContador CRC-RJ 059672 - CPF 528.180.477-49

Qual a melhor imagempara pedir socorro?

Um erro cometido diantede câmeras de televi-são do canal TVI, de

Portugal, permitiu aos telespec-tadores assistirem ontem aoscomentários do primeiro-mi-nistro demissionário, José Só-crates, sobre qual seria seu me-lhor perfil para exibir aos cida-dãos. "Luís, vê lá como fico aolhar assim... Achas que ficabem assim? Ou fica melhor as-sim?", perguntou Sócrates a umde seus assessores, no estúdio.

A cena virou um novo fenô-meno viral nas redes sociaisem todo país. Segundo dadosda Cision, apenas uma horadepois da transmissão, maisde 600 pessoas já tinham visita-do o vídeo no YouTube e com-partilhado em seus murais nasredes sociais. A empresa de es-tudos de mercado detectoumais de 2 mil referências aodiscurso de Sócrates.

O primeiro-ministro, depoisda gafe, anunciou que seu país

vai pedir ajuda financeira àUnião Europeia (UE), tornan-do-se o terceiro integrante dazona do euro a recorrer a essetipo de medida.

"O governo decidiu enviar àComissão Europeia um pedi-do de ajuda para garantir fi-nanciamento", disse Sócrates."É em nome do interesse nacio-nal que digo ao povo portu-guês que precisamos adotaresta medida."

O presidente da Comissão

Europeia, José Manuel Barro-so, disse que o bloco vai anali-sar o mais rapidamente possí-vel o pedido de ajuda de Portu-gal. Em comunicado, a presi-dência da Comissão Europeiadisse que foi informada peloprimeiro-ministro português

da intenção do país de pedir aativação dos mecanismos deassistência financeira.

"O pedido será processadode acordo com as normas apli-cáveis", diz o comunicado deBarroso. Ele também reafir-mou sua "confiança na capaci-

dade do país de superar as di-ficuldades atuais".

Um pouco antes do pronun-ciamento de Sócrates, o minis-tro de Finanças de Portugal,Fernando Teixeira dos Santos,havia afirmado ao Jornal deNegócios que o governo preci-saria recorrer aos mecanismosde financiamento da UE diantedas atuais condições do merca-do de dívida.

Um porta-voz da ComissãoEuropeia afirmou que o Pro-grama Europeu de Estabili-dade Financeira e outro fun-do menor, financiado peloOrçamento da UE, estariamdisponíveis.

Pela manhã, Portugal leilo-ou um total de 1 bilhão de eu-ros em títulos com vencimen-to em seis e 12 meses, volumemáximo previsto para a ope-ração.(AE)

Primeiro-ministro de Portugal é flagrado na TV com preocupações estéticas

José Sócrates comete gafe que vai parar no topo das redes sociais

Reuters

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quinta-feira, 7 de abril de 201118 DIÁRIO DO COMÉRCIO

População brasileira envelhece em duas décadaso que a francesa levou 100 anos para atingireconomia

Brasil vai ficarvelho antes de

ficar rico, diz Bird.Conforme estudo do Banco Mundial, a proporção de idosos

brasileiros avançará a uma taxa 12 vezes superior ao restante dapopulação nos próximos 40 anos.

Relatório do BancoMundial (Bird) di-v u l g a d o o n t e mmostra que o Brasil

envelhece muito mais rápidodo que os países desenvolvi-dos. De acordo com o levanta-mento, as nações mais avan-çadas primeiro ficaram ricas;depois, velhas. O Brasil e ou-tros emergentes estão ficandovelhos antes de ficar ricos. En-quanto a França levou maisde um século para ter um au-mento de 7% para 14% da po-pulação acima de 65 anos oumais, o Brasil passará pelomesmo processo em duas dé-cadas, de 2011 a 2031.

O documento "Envelhecen-do em um Brasil mais velho"alerta que os cidadãos idososno Brasil, que hoje correspon-dem a 11% da população emidade ativa, em 2050, serão49%. Em meados da década de2020, o contingente em idadede trabalhar vai começar acair, e todo o crescimento po-pulacional brasileiro se darápelo aumento dos idosos.

Nos próximos 40 anos, a po-pulação brasileira como umtodo vai crescer a uma médiade apenas 0,3% ao ano, en-quanto que a de idosos cresce-

rá a uma taxa de 3,2% – 12 ve-zes mais. Assim, os mais ve-lhos, que eram 4,9% da popu-lação em 1950 (e demoraram60 anos para dobrar essa pro-porção e chegar a 10,2% em2 0 1 0 ) , v ã o t r i p l i c a r p a r a29,7% até 2050.

Isso é muito próximo dos30% de idosos do Japão hoje (opaís proporcionalmente maisvelho do mundo), e é mais doque todos os países europeusatualmente (a média deles é24%). Em números absolutos,eram 2,6 milhões de idososbrasileiros em 1950, 19,6 mi-lhões em 2010 e serão 64 mi-lhões em 2050.

Sem bônus – Essas mudan-ças terão um enorme impactoem termos de expansão eco-nômica, saúde, educação ePrevidência. No que se refereao crescimento, vive-se o finaldo chamado bônus demográ-fico, que acaba em 2020. Eleocorre quando a populaçãoem idade de trabalhar aumen-ta mais do que a população de-pendente (crianças e idosos).O bônus permite crescer maise aumentar a poupança.

Do ponto de vista da Previ-dência, a situação é ruim. O es-tudo calcula que, se não fossem

as reformas brandas da Previ-dência nos governos FernandoHenrique Cardoso e Luiz Iná-cio Lula da Silva, os gastos pre-videnciários subiriam para ina-creditáveis 37% do Produto In-terno Bruto (PIB). Com as refor-mas, vão elevar-se para 22,4%,o que é um número muito aci-ma do máximo que qualquerpaís do mundo hoje gasta naárea. Os que mais despendemchegam, no máximo, a 15%.

O estudo afirma que "mes-mo com os cenários mais oti-mistas, o crescimento dos gas-tos previdenciários vai domi-nar o panorama fiscal no Bra-sil". Comprova, também, que oPaís se destaca como uma na-ção que investe muito mais nosvelhos do que nas crianças. As-sim, o Brasil gasta o mesmoque os países da Organizaçãopara a Cooperação e Desenvol-vimento Econômico (OCDE)com aposentadoria, apesar deter metade ou menos de popu-lação nessa fase da vida.

Naturalmente, sobra menosdinheiro para educação dospequenos. O gasto por criançano Brasil é 9,8% do salário mé-dio nacional (tanto faz se a me-dida é mensal ou anual), en-quanto entre os países mem-

bros da OCDE é de 15,5%. Poroutro lado, o gasto previden-ciário por pessoa aqui é 66,5%do salário médio, comparadocom 30,4% na organização.

Disparo – Na área de saú-de, também há grandes impli-cações do envelhecimento, jáque os gastos vão disparar. Aprevisão é de que o númerode pessoas que cuidam de ve-lhos profissionalmente vaiter que dobrar até 2020, equintuplicar até 2050.

O lado bom do envelheci-mento é a educação. A taxa denatalidade menor significaque cada vez entrarão menoscidadãos no sistema educa-cional, e será uma grandechance de o Brasil gastar maispor aluno, e dar um salto qua-litativo na educação – desdeque, obviamente, se estanquea tendência de repassar todoo dinheiro adicional na áreasocial e educacional para osidosos. (AE)

Idosos brasileiros somavam 2,6 milhões em 1950, 19,6 milhões em 2010 e serão 64 milhões em 2050.

Nilton Fukuda/AE

Aposentadoria

Opresidente doBanco Nacionalde

D e s e nvo l v i m e n t oEconômico e Social(BNDES), LucianoCoutinho, defendeuontem o aumento daidade mínima paraaposentadoria no País."Eu, pessoalmente, soufavorável, mas é umamatéria que requerampla discussão pelasociedade", disse, apósparticipar da abertura deum seminário mundialsobre o envelhecimentoda população.

Ele declarou que oavanço da idade da

população brasileiraimplica desafios para ossistemas de educação,saúde e, principalmente,de previdência."Precisamos nospreparar para um mundoonde viveremos mais eteremos que trabalharmais tempo", afirmou.Coutinho destacou que,em educação, o governotem centrado seusesforços para odesenvolvimento doensino técnico de nívelmédio, como uma dasformas de enfrentar osdesafios decorrentes doenvelhecimento dapopulação. (AE)

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quinta-feira, 7 de abril de 2011 ECONOMIA/LEGAIS - 19DIÁRIO DO COMÉRCIO

BRASMOTOR S.A.CNPJ/MF nº 61.084.984/0001-20 – NIRE 35.300.026.667

Av. das Nações Unidas, 12.995 - 32º andar, sala 03 – São Paulo-SPEdital de Convocação – Assembléia Geral Ordinária – (1ª Convocação)

São convidados os Senhores Acionistas da BRASMOTOR S.A. a se reunirem em AssembléiaGeral Ordinária, no dia 26 (vinte e seis) de abril de 2011, às 10:30 horas, na sua sede social, Av.das Nações Unidas, nº 12.995, 32º andar, sala 3, São Paulo, SP, a fim de deliberarem sobre osseguintes assuntos propostos na Reunião do Conselho de Administração de 05 de abril de 2011,que constituirão a Ordem do Dia, a saber: 1. Aprovar o Relatório Anual da Administração, asDemonstrações Financeiras e o Parecer dos Auditores Independentes de 31.12.2010; 2. Ratificara deliberação do Conselho de Administração ocorrida em 26 de outubro de 2010, que aprovoua distribuição e pagamento de dividendos; 3. Deliberar sobre a proposta de destinação do lucrolíquido do exercício encerrado em 31.12.2010. Somente poderão participar da Assembléia GeralOrdinária, os Acionistas cujas ações escriturais estiverem inscritas em seu nome nos registros daInstituição Financeira Depositária, Banco Bradesco S.A., até 5 (cinco) dias antes da realização damesma. Nos 5 (cinco) dias que antecederem a Assembléia Geral ficarão suspensos os serviços detransferência de ações. Informamos que é de 5% (cinco por cento) o percentual mínimo de participa-cao no capital votante necessário a requisição da adoção do voto múltiplo na forma do disposto noArtigo 141 da Lei nº 6.404/1976 e na Instrução CVM 165/91. Os acionistas da Companhia deverãocomparecer à Assembleia munidos dos seguintes documentos: (a) documento de identidade; (b)se for o caso, instrumentos de mandato para representacao do acionista por procurador, outorgadonos termos do Artigo 126, §1º, da Lei nº 6.404/1976. São Paulo, 06 de abril de 2011. João CarlosCosta Brega – Presidente do Conselho de Administração. (06, 07 e 08/04/2011)

PALHAGÕES PATRIMONIAL E PARTICIPAÇÕES S/A. (Companhia Fechada)CNPJ nº 10.570.982/0001-00

RELATÓRIO DA ADMINISTRAÇÃO

1. Contexto Operacional - A Palhagões Patrimonial e Participações S/A, tem como objeto social a administração de imóveis próprios destinados à locação e a participação como sócia ou acionista em outras empresas.2. Base da Preparação e Apresentação das Demonstrações Financei-ras - As demonstrações financeiras foram elaboradas de acordo com os critérios estabelecidos pela Lei 6.404/76, e alterações introduzidas pela Lei 11.638/07 e Lei 11.941/09.

Senhores Acionistas: Em cumprimento às disposições legais e estatutárias, submetemos à apreciação de V.Sas. as demonstrações financeiras relativas ao exercício findo em 31/12/2010. Permanecemos à disposição para quaisquer esclarecimentos que se façam necessários. São Paulo, 3 de fevereiro de 2011. A Administração

BALANÇO PATRIMONIAL EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009 - (em R$ 1,00)ATIVO 2010 2009Ativo CirculanteCaixa e Bancos 17.263 27.597Aplicações Financeiras 911.395 772.182Clientes p/ Locação de Imóveis 1.270 1.200Impostos a Recuperar 6.464 5.213Despesas Antecipadas 7.009

943.401 806.192Ativo Não CirculanteInvestimentosParticipações Societárias 11.285.412 11.285.412Imobilizado Líquido 23.991.264 23.089.195

35.276.676 34.374.607TOTAL DO ATIVO 36.220.077 35.180.799

PASSIVO 2010 2009Passivo CirculanteFornecedores 28.000Contribuições Sociais 55IRPJ e CSLL 7.171 6.280Outas Contas a Pagar 3.747

38.973 6.280Patrimônio LíquidoCapital Social 34.326.408 34.326.408Reserva Legal 142.735 63.405Reserva de Lucros 1.711.961 784.706

36.181.104 35.174.519

TOTAL DO PASSIVO 36.220.077 35.180.799

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31 DE DEZEMBRO DE 2010 E 2009

2010 2009Receita c/ Locação de Imóveis 14.820 7.200Impostos Incidentes s/ Receita (628) (798)Receita Líquida 14.192 6.402(Despesas) ReceitasDespesas Gerais e Administrativas (107.384) (56.031)Despesas Tributárias (80.950) (1.640)Receitas Financeiras Líquidas 80.678 78.859 Depreciação (62.280)Dividendos/Lucros de Outras Empresas 1.764.000 1.260.000Lucro Líquido antes do I.R. e C. Social 1.594.064 1.281.188Imposto de Renda e Contribuição Social (21.672) (19.479)Lucro Líquido do Exercício 1.586.584 1.268.111Lucro por ação 0,046 0,037

DEMONSTRAÇÕES DOS FLUXOS DE CAIXA DOS EXERCÍCIOSFINDOS EM 31/12/2010 E 31/12/2009

2010 2009Fluxos de caixa das ativ. operacionaisLucro Líquido do Exercício 1.586.584 1.268.111Diminuição (aum.) nas contas do AtivoClientes p/Locação de Imóveis (70) (1.200)Impostos a Recuperar (1.251) (5.213)Investimentos - Integralização de Capital (11.285.412)Despesas Antecipadas (7.009)Imobilizado - Integralização de Capital (23.039.996)Depreciação Acumulada 62.280 30.801Compras para o Imobilizado (964.348) (80.000)Total (910.398) 34.381.020 Aum. (diminuição) nas contas do PassivoFornecedores 28.000Imposto de Renda e Contribuição Social 891 6.280Contribuições Sociais 55Outras Contas a Pagar 3.747Capital Social 34.235.409Total 32.693 34.331.688Dividendos distribuídos (580.000) (420.000)Aumento Líquido de Caixa e

Equivalentes de Caixa 128.879 798.779Cx. e Equivalentes de Caixa no fim do período 928.658 799.779Cx. e Equivalentes de Caixa no início do período 799.779 1.000Total 128.879 798.779

DEMONSTRAÇÃO DAS MUTAÇÕES DO PATRIMÔNIO LÍQUIDO DOS EXERCÍCIOS FINDOS EM 31/12/2010 E 31/12/2009Capital Reserva Reserva de Lucros Social Legal Lucros Acumulados Total

Saldo em 31 de dezembro de 2008 1.000 – – – 1.000Integralização de Capital 34.325.408 – – – 34.325.408Lucro Líquido do Exercício – – – 1.268.111 1.268.111Reserva Legal – 63.405 – (63.405) –Dividendos distribuídos – – – (420.000) (420.000)Saldo em 31 de dezembro de 2009 34.326.408 63.405 – 784.706 35.174.519Distribuição de Dividendos – – (580.000) (580.000)Transferência para Reserva de Lucros – – 784.706 (784.706) –Lucro Líquido do Exercício – – – 1.586.584 1.586.584Reserva Legal – 79.330 – (79.330) –Transferência para Reserva de Lucros – – 1.507.254 (1.507.254) –Saldo em 31 de dezembro de 2010 34.326.408 142.735 1.711.961 – 36.181.104

NOTAS EXPLICATIVAS ÀS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS DE 31 DE DEZEMBRO DE 2010

DIRETORIA

ANTONIO ADELINO PEREIRA FERNANDESDiretor-Presidente

3. Resumo das Principais Práticas Contábeis - As receitas e despesas são apropriadas segundo o regime de competência.4. Capital Social - O capital social totalmente integralizado está represen-tado por 34.326.408 (trinta e quatro milhões, trezentas e vinte e seis mil, quatrocentas e oito) de ações ordinárias nominativas no valor de R$ 1,00 (um real) cada uma.

Giovanni Pellegrino – Téc. Contabilidade – CRC 1SP 68.728/O-1

ALICE DOS ANJOS DIAS FERNANDESDiretora

TRIÃNGULO AUTO POSTO LTDA., torna público que recebeu da Cetesb a Licença Prévia ede Instalação 29000515 e requereu a Licença de Operação para ativ. de comercio de produtosderivados de petróleo, Av. Cabo Adão Pereira ,02 - Pirituba -São Paulo - SP.

FUNDAÇÃO ACAMPAMENTO PAIOL GRANDECNPJ 60.913.076/0001-30

Assembleia Geral Ordinária do Conselho da FundaçãoFicam convocados os integrantes do Conselho Superior da Fundação Acampamento Paiol Grande, paraa Assembléia Geral Ordinária, na conformidade do art.10 de seus Estatutos Sociais, a ser realizada nopróximo dia 25 de Abril de 2011, às 19 horas, na Rua Tabapuã, nº 649, cj 32, nesta Capital, a fim dedeliberarem sobre: a) Boas vindas; b) Constituição da mesa; c) Indicação e votação de novos membrosdo Conselho Superior; d) Leitura e aprovação da ata da Assembleia Geral Ordinária anterior, realizadano dia 25 de Novembro de 2010; e) Atualizações sobre os acontecimentos no acampamento desde aúltima Assembleia; f) Presença da Fundação Acampamento Paiol Grande na ABAE (AssociaçãoBrasileira de Acampamentos Educativos); g) Comentários sobre a conclusão do trabalho “DNA Paioleiro”;h) Atualizações sobre o trabalho para mudança no modelo de governança e readequação do Estatuto daFundação; i) Comentários sobre os preparativos das comemorações dos 65 anos e proposta para apróxima AGO; j) Assuntos gerais. São Paulo, 06 de Abril de 2011. Reinaldo Macari - Diretor-Presidente.

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINAEXTRATO DE SUPRESSÃO CONTRATUAL

Processo nº 57/10 – Tomada de Preços nº 09/10CONTRATANTE: Prefeitura do Município de Andradina. CONTRATADO: MCConstrutora e Topografia Ltda. Fica ajustado entre as partes que o contrato emvigor será suprimido em R$ 2.994,87 (Dois mil, novecentos e noventa e quatroreais e oitenta e sete centavos). As demais cláusulas e condições dos contratossupra permanecem inalteradas. DATA: 06 de maio de 2011.

JAMIL AKIO ONO – PREFEITO

PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE ANDRADINAEXTRATO DE HOMOLOGAÇÃO

Processo nº 29/11 – Pregão nº 15/11Objeto: Aquisição de medicamentos e insumos. Considerando a adjudica-ção constante da ata dos trabalhos da sessão pública de julgamento, lavradapelo Sr. Pregoeiro, designada pela portaria nº 11.118/2011 de 21/03/2011; ea regularidade do procedimento, hei por bem, com base na lei federal nº10520, de 17 de julho de 2002, HOMOLOGAR, os itens do objeto licitado, àsempresas: Aglon Comércio e Representações Ltda. (itens ganhos: 83, 227,228, 232); Ativa Comercial Hospitalar Ltda. (itens ganhos: 01, 03, 05, 07, 11,12, 33, 41, 61, 68, 89, 91, 95, 119, 126, 134, 135, 163, 185, 187, 198, 200, 220,229, 246); Centermedi – Comércio de Produtos Hospitalares Ltda. (itensganhos: 23, 27, 40, 42, 66, 67, 77, 81, 120, 122, 156, 160, 165, 167, 172, 173,174, 178, 183, 192, 206, 209, 211, 216, 219, 235, 236); Ciamed – Distribui-dora de Medicamentos Ltda. (itens ganhos: 57, 59, 60, 99, 124, 146, 177,242); Comercial Cirúrgica Rioclarense Ltda. (itens ganhos: 16, 26, 30, 32, 64,65, 93, 100, 101, 108, 132, 137, 154, 189); Dimaci/SP – Material CirúrgicoLtda. (itens ganhos: 18, 24, 48, 73, 104, 107, 125, 136, 155, 158, 171, 175,184, 196, 207, 208, 210, 215); Hospfar Indústria e Comércio de ProdutosHospitalares Ltda. (itens ganhos: 31, 50, 69, 143, 188, 233); Interlab Farma-cêutica Ltda (itens ganhos: 47, 82, 202, 204, 237, 238, 240); Lumar Comérciode Produtos Farmacêuticos Ltda. (itens ganhos: 08, 15, 19, 20, 28, 34, 35, 37,38, 39, 45, 46, 53, 54, 63, 75, 76, 78, 79, 84, 88, 90, 96, 98, 102, 103, 106, 110,113, 117, 118, 138, 139, 140, 141, 142, 144, 157, 159, 161, 162, 166, 176,179, 182, 186, 190, 197, 214, 217, 223, 230, 243, 244, 245); Mauro MarcianoGarcia de Freitas (itens ganhos: 10, 17, 25, 29, 51, 70, 80, 105, 111, 116, 123,131, 148, 181, 225); R.A.P. - Aparecida – Comércio de Medicamentos Ltda.Me (itens ganhos: 02, 09, 13, 14, 21, 22, 36, 43, 44, 56, 72, 74, 97, 114, 115,121, 130, 133, 145, 164, 170, 191, 193, 194, 199, 205, 218, 221, 222, 231);Sodrogas Distribuidora de Medicamentos e Materiais Médico HospitalaresLtda. (itens ganhos: 62, 85, 87, 127, 128, 129, 151, 152, 169, 203, 234, 241);Sulmedi-Comércio de Produtos Hospitalares Ltda. (itens ganhos: 04, 06, 49,52, 55, 58, 71, 86, 92, 94, 109, 112, 147, 149, 150, 153, 168, 180, 195, 201,212, 213, 224, 226, 239).

Andradina, 06 de abril de 2011.JAMIL AKIO ONO – Prefeito

SAINT-GOBAIN VIDROS S.A.CNPJ nº 60.853.942/0001-44 - NIRE 35.300.031.211

Ata da 107ª Assembléia Geral Ordinária, realizada em 24.03.2011DATA, HORA E LOCAL: Aos 24 dias do mês de março de 2011, às 08:30 horas, na Avenida Santa Marina, nº 482, 3° andar, São Paulo, S.P., CEP 05036-903. MESA: Américo Géza Dé-nes – Presidente; Ludovic Émile Delcloy – Secretário. QUORUM: Acionistas representando a totalidade do capital social, de acordo com as assinaturas constantes no Livro de Presença de Acionistas. Publicações: Dispensadas as publicações dos Editais de Convocação e do Aviso a que se refere o artigo 133 da Lei 6.404/76, de acordo com os artigos 124, § 4º e 133§4º da citada Lei. O Balanço e as Demonstrações Financeiras do exercício social findo em 31 de dezembro de 2010 foram publicadas no Diário Oficial Empresarial e Diário do Comércio em 19 de março do presente ano, às folhas 121 (51)-43 e 19, respectivamente. Constituída a mesa, o Sr. Presidente deu início aos trabalhos, esclarecendo que esta Assembléia tinha por objetivo tomar conhecimento e deliberar sobre a seguinte Ordem do Dia: 1) Exame, discussão e votação das contas e Demonstrações Financeiras correspondentes ao exercício findo em 31.12.2010; 2) Destinação do lucro líquido do exercício de 2010; e 3) Eleição dos membros da Diretoria. Deliberações: Foram submetidas à discussão e votação dos senhores acionistas e por estes aprovadas, por unanimidade, as seguintes deliberações: (i) As De-monstrações Financeiras correspondentes ao exercício social encerrado em 31.12.2010; (ii)Destinação do lucro líquido do exercício, no montante de R$35.312.023,44 (trinta e cinco mi-lhões, trezentos e doze mil, vinte e três reais e quarenta e quatro centavos), conforme segue:a) R$765.637,96 (setecentos e sessenta e cinco mil, seiscentos e trinta e sete reais e no-venta e seis centavos) para a Reserva Legal; b) R$9.999.632,10 (nove milhões, novecentos e noventa e nove mil, seiscentos e trinta e dois reais e dez centavos) a título de dividendos, antecipadamente distribuídos, na proporção da participação dos acionistas no capital social, conforme Ata da 139ª Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 09.12.2010, registrada pela Jucesp sob o nº. 444.490/10-3 na data de 14.12.2010; c) R$19.999.264,19 (dezenovemilhões, novecentos e noventa e nove mil, duzentos e sessenta e quatro reais e dezenovecentavos) a título de juros sobre o capital próprio, antecipadamente pagos, na proporção da participação dos acionistas no capital social, conforme Ata da 138ª Assembléia Geral Extraordinária, realizada em 08.12.2010, registrada pela Jucesp sob o nº. 444.489/10-1 na data de 14.12.2010; e d) R$4.547.489,19 (quatro milhões, quinhentos e quarenta e sete mil, quatrocentos e oitenta e nove reais e dezenove centavos) a título de dividendos, a serem distribuídos na proporção da participação dos acionistas no capital social e pagos durante o presente exercício, a critério da Diretoria, conforme disponibilidade de caixa. (iiii) Eleição dos membros da Diretoria, com prazo de gestão até a Assembléia Geral Ordinária a realizar-se em 2012, do Sr. Américo Géza Dénes, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cédula de R.G. nº.4.816.554-2-SSP/SP, inscrito no CPF/MF nº.648.059.138-00, residente e domiciliado em São Paulo, com escritório em São Paulo, S.P., na Avenida Santa Marina, nº. 482, 2º Andar, Água Branca, CEP 05036-903, como Diretor Presidente; Sr. Jean-Claude Guy Breffort, francês, casado, industriário, portador da carteira de Registro Nacional de Estrangeiro RNE nº. V112425-U, inscrito no CPF/MF sob o nº. 166.929.868-00, residente e domiciliado em São Paulo, SP, com escritório na Avenida Santa Marina, nº. 482, 4º andar, CEP 05036-903 como Diretor e suplente de Diretor Presidente em caso de ausências e impedimentos temporários; Sr. Francisco Sanches Neto, brasileiro, casado, administrador de empresas, portador da cédula de R.G. nº.10.745.854-SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob o nº.010.660.068-06, residente e domiciliado em São Paulo, com escritório na capital do Estado de São Paulo, na Avenida Santa Marina, nº. 482, 4º andar, Água Branca, CEP 05036-903, como Diretor; Sr.Carlos William de Macedo Ferreira, brasileiro, casado, engenheiro, portador da cédula de RG nº.5.031.227-SSP/SP e inscrito no CPF/MF nº.045.745.918-20, residente e domiciliado em São Paulo, S.P., com endereço profissional na Avenida Santa Marina, nº. 482, 4° andar, Água Branca, CEP 05036-903, como Diretor; o Sr. Ludovic Émile Delcloy, francês, casado,portador da carteira de Registro Nacional de Estrangeiro RNE nº. V553461-6, inscrito no CPF/MF sob nº. 233.343.668-98, residente e domiciliado em São Paulo, S.P., com endere-ço profissional na Avenida Santa Marina, nº. 482, 2° andar, Água Branca, CEP 05036-903, como Diretor; o Sr. Denis Marie Simonin, francês, divorciado, portador da cédula de RG nº. 37.354.479-0 SSP/SP, inscrito no CPF/MF sob nº. 213.399.038-06, residente e domiciliado em São Paulo, S.P., com endereço profissional na Avenida Santa Marina, nº. 482, 2° andar, Água Branca, CEP 05036-903, como Diretor. A remuneração dos Diretores ora eleitos serárealizada mensalmente, de acordo com os respectivos Contratos de Trabalho. Os Diretores ora eleitos se declararam não impedidos de exercerem atividades empresarias. Encerramen-to e Lavratura da Ata: Nada mais havendo a ser tratado, o Sr. Presidente ofereceu a palavraa quem dela quisesse fazer uso e, como ninguém a pediu, declarou encerrados os trabalhos esuspensa a assembléia pelo tempo necessário à lavratura desta ata, a qual, reaberta a sessão,foi lida, aprovada e por todos os presentes assinada. Ass. Américo Géza Dénes – Presidenteda Mesa; Ludovic Émile Delcloy – Secretário; Acionistas: Compagnie de Saint-Gobain – pp.Francisco Sanches Neto; Saint-Gobain Assessoria e Administração Ltda. – por seu DiretorFrancisco Sanches Neto. Confere com o original. São Paulo, 24 de março de 2011. Ass. Lu-dovic Émile Delcloy - Secretário. Secretaria da Fazenda - Junta Comercial do Estado de São Paulo. Certifico o registro sob o nº 121.226/11-6 em 31/03/2011. Kátia Regina Bueno de Godoy - Secretária Geral.

Casa de Saúde Santa Rita S/A.CNPJ (MF) nº 60.882.289/0001-41 – NIRE 35.300.059.361

Ata da Assembléia Geral Extraordinária realizada em 20 de janeiro de 2011Data, Hora e Local: 20/01/2011, às 17:00 horas, na sede social. Publicações Legais: O editalde convocação foi devidamente publicado no Diário Oficial do Estado de São Paulo e no Diáriodo Comércio em suas respectivas edições dos dias 11, 12 e 13/01/2011. Quorum de Instalação:Acionistas com direito a voto representando 78,89593% do capital social, conforme se comprovapelas assinaturas apostas no final desta ata e na lista de presença que compõe os documentosoficiais desta assembléia. Presentes, ainda, o Dr. Aurélio Augusto Bellini, membro efetivo do con-selho fiscal, nos termos do disposto no art. 164 da Lei 6404/76 e, ainda, o Sr. Massao Hashimoto,contador CRC/SP 81013. Mesa: Dr. Carlos Eduardo Lichtenberger, Presidente da Assembléia eRicardo Carvalhaes Machado, Secretário da Assembléia. Ordem do Dia: Os srs. acionistas foramconvocados a se reunirem a fim de dar continuidade à assembléia geral extraordinária iniciadaem 17/12/2010, deliberando a respeito da ordem do dia a seguir transcrita: A) Homologação doaumento do Capital Social de R$ 4.970.800,00 para R$ 5.970.800,00, ou seja, um aumento de R$1.000.000,00,através de moeda corrente nacional ou mediante a utilização de créditos em contacorrente, mediante a emissão de 2.500.000 ações ordinárias nominativas sem valor nominal, ao preçode emissão de R$ 0,40 cada uma, valor este estipulado nos estritos termos do disposto no artigo170, § 1º da Lei 6.406/76. O referido aumento foi deliberado na assembléia geral extraordinária de17/12/2010, quando se iniciou o prazo de subscrição e integralização do mesmo, observando-se odireito de preferência dos srs. acionistas, conforme disposto no art. 171, §4º, da lei 6404/76. B) Emconseqüência do item anterior, deliberar a respeito da nova redação do caput do art. 5º do estatutosocial em vigor. Sumário dos Fatos Ocorridos e Transcrição das Deliberações Tomadas: 1) Osr. Presidente da assembléia e diretor presidente da sociedade, em continuidade às deliberaçõestomadas na assembléia geral extraordinária de 17/12/2010 tomou a palavra e informou que o aumentode capital social deliberado em de 17/12/2010 foi totalmente subscrito e integralizado, conformeBoletins de Subscrição e Integralização que passam a fazer parte integrante desta ata: Boletim deSubscrição e Integralização – Aumento de Capital Social: Ata de Assembléia Geral Extraordináriaem 17/12/2010. Nome: Compart Sociedade de Participações e Comércio S/A: Em 14/01/2011:Ações subscritas e integralizadas: 196.818; Valor: R$ 78.727,20. Em 17/01/2011: Ações subscritase integralizadas: 52.672; Valor: R$ 21.068,73. A acionista exerce seu direito de preferência porrateio de eventuais sobras do referido aumento, nos termos art. 171, § 7º, alínea b da lei 6.404/76.São Paulo, 14/01/2011. Casa de Saúde Santa Rita S/A. Dr. Carlos Eduardo Lichtenberger: DiretorPresidente e Dr. Ricardo Carvalhaes Machado: Diretor Financeiro. Nome: Monimed Equipamen-tos Ltda: Em 14/01/2011: Ações subscritas e integralizadas: 1.775.387; Valor: R$ 710.154,80. Em17/01/2011: Ações subscritas e integralizadas: 475.123; Valor: R$ 190.049,27. A acionista exerceseu direito de preferência por rateio de eventuais sobras do referido aumento, nos termos art. 171,§ 7º, alínea b da lei 6.404/76. São Paulo, 14/01/2011. Casa de Saúde Santa Rita S/A. Dr. CarlosEduardo Lichtenberger: Diretor Presidente e Dr. Ricardo Carvalhaes Machado: Diretor Financeiro.2) Após, os srs. acionistas aprovaram as seguintes deliberações: A) Aprovação da homologação doaumento do capital social de R$ 4.970.800,00 para R$ 5.970.800,00, ou seja, um aumento de R$1.000.000,00. O citado aumento foi totalmente integralizado através de moeda corrente nacional emediante a utilização de créditos em conta corrente, mediante a emissão de 2.500.000 ações ordiná-rias nominativas sem valor nominal, ao preço de emissão de R$ 0,40 cada uma. B) Tendo em vista oacima, os srs. acionistas aprovaram a nova redação do art. 5º do estatuto social em vigor que passaa vigorar com a seguinte redação: Art. 5º: O capital social totalmente subscrito e integralizado é deR$ 5.970.800,00 dividido em 80.020.000 de ações ordinárias nominativas, sem valor nominal. §1º.As ações terão obrigatoriamente a forma nominativa, sendo inconversíveis em outra forma. §2º. Acada ação ordinária nominativa corresponde 1 voto nas deliberações da assembléia geral. Quorumde Deliberação: Todas as deliberações foram tomadas pela unanimidade dos acionistas presentes,conforme lista de presença de acionistas e assinaturas constantes do final desta ata. Encerramento:Nada mais havendo a tratar, o sr. presidente ofereceu a palavra a quem dela quisesse fazer uso. Aseguir, como ninguém mais se manifestou, o sr. presidente declarou suspensos os trabalhos pelotempo necessário à lavratura da presente ata, nos termos do art. 130, inciso 1º, da lei 6404/76 quelida e achada conforme, foi assinada pelos presentes. SP, 20/01/2011. (aa) Dr. Carlos EduardoLichtenberger: Presidente e Dr. Ricardo Carvalhaes Machado: Secretário. Acionistas presentes:Carlos Eduardo Carvalhaes Machado, Monimed Equipamentos Ltda (por seus diretores SérgioStanicia e Walter M.Yoshimoto), Sérgio Stanicia, Walter M.Yoshimoto, Ricardo Carvalhaes Machado,José Slikta Filho e Compart Sociedade de Participações e Comércio S.A. por seus representanteslegais Dr. João Soares de Almeida e Paulo César Imperatriz. Membro do conselho fiscal: AurélioAugusto Bellini. Contador: Massao Hashimoto. Certidão da Jucesp: 99.630/11-4 em 16/03/2011.

FALÊNCIA, RECUPERAÇÃO EXTRAJUDICIAL E RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Conforme informação da Distribuição Cível do Tribunal de Justiça de São Paulo,

foram ajuizados no dia 07 de abril de 2011, na Comarca da Capital, os seguintes

pedidos de falência, recuperação extrajudicial e recuperação judicial:

Reqte: Fácil Serviços Comerciais Ltda. Epp. Reqdo: Camag Indústria eComércio Ltda. Av. Mazzei, 1.824 Vila Mazzei - 2° V. de Falências.

Em conformidade com o disposto no Estatuto e no Regulamento Eleitoral, o Presidente do Sindicato das Empresas de Administração no Estado de São Paulo - SINDAESP, convoca todos os associados, quites com suas obrigações, a participarem das Assembleias Gerais Extraordinárias que serão realizadas no dia 11 de maio de 2011, na sede do Sindicato, na Av. Paulista, nº 1.439, Cj.11, na cidade de São Paulo/SP. A primeira AGE ocorrerá às 9h00 em primeira convocação, a fim de deliberar sobre a seguinte ordem do dia: Efetivação do realinhamento dos mandatos das entidades componentes do Sistema Confederativo de Representação Sindical, conforme recomendação constante na Resolução CR/CNC 361/2003. Não havendo, na hora acima indicada número legal de presentes para a instalação dos trabalhos em primeira convocação, a Assembléia será realizada 30 (trinta) minutos após, em segunda convocação, com o quorum estatutário. A segunda AGE ocorrerá consecutivamente, na mesma data da primeira, das 10h00 as 17h00, para a eleição dos membros efetivos e suplentes da Diretoria, do Conselho Fiscal e Delegados junto ao Conselho de Representantes da Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo, para o mandato de 12 de maio de 2011 a 23 de janeiro de 2014, conforme o deliberado na primeira AGE. O prazo para registro das chapas será de 5 (cinco) dias contados da data da publicação deste Edital, e deverá ocorrer na Secretaria do Sindicato das 10h00 às 17h00. Havendo recusa do registro da chapa ou do candidato, caberá recurso para a Diretoria sem efeito suspensivo no prazo de 05 (cinco) dias. Fica determinado o dia 19 de maio de 2011 para a segunda convocação, caso não seja atingido o “quorum” na primeira. Havendo, empate entre as chapas será realizado novo escrutínio. No caso de chapa única ficam dispensadas todas as formalidades nos termos do artigo 5º do Regulamento Eleitoral, ocorrendo o pleito, por aclamação, na primeira data e horário indicados, ou seja, dia 11 de maio às 10h00.

São Paulo, 07 de abril de 2011. Carlos Eduardo Uchôa Fagundes – Presidente.

Sindicato das Empresas de Administração no Estado de São Paulo - SINDAESPEdital de Convocação

Em conformidade com o disposto no Estatuto, o Presidente da Associação Brasileira de Administração-ADM, convoca todos seus membros e associados, quites com suas obrigações, em primeira chamada, às 16 horas, com a presença de todos e, em segunda , às 16:30 horas, com qualquer número, para participa-rem da Assembleia Geral Extraordinária que será realizada no dia 11 de maio de 2011, na sede da Associação, na Av. Paulista, nº 1.439, Cj.11, na cidade de São Paulo/SP, a fim de deliberar sobre a seguinteordem do dia: 1) Alteração de prazo dos mandatos; 2) Eleições para composição da Diretoria, do Conselho Fiscal e respectivos Suplentes. A apresentação das chapas deverá ocorrer na sede da Associação, das 14:00 às 17:00 horas, com antecedência mínima de 30 (trinta) dias da data prevista para a realização das eleições.

São Paulo, 07 de abril de 2011. Carlos Eduardo Uchôa Fagundes – Presidente.

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ADMINISTRAÇÃO – ADMEdital de Convocação

Há a possibilidade de o etanol ser consideradoum combustível, e não um produto agrícola.economia

Preço da gasolina pode sofrer reajusteCom a alta do valor do etanol, consumidores aumentaram a procura pelo combustível extraído do petróleo. Essa conjuntura pode forçar uma reação da Petrobras.

Apossibilidade de a Pe-trobras elevar o preçoda gasolina está atrela-

da a uma análise futura a serfeita pela estatal acerca da de-manda doméstica pelo com-bustível – que depende, porsua vez, do ambiente de negó-cios do etanol. Segundo seupresidente, José Sergio Ga-brielli, é preciso aguardar paraver a trajetória dos preços doetanol e, consequentemente, ademanda pelo combustível. "Otempo para decidir sobre o au-mento depende da volatilida-de. Nunca é possível respon-der a essa pergunta", disse.

No final do mês passado, acompanhia anunciou a deci-são de importar cerca de 1,5milhão de barris de gasolinapara atender à demanda. "Se opreço do etanol cair, provavel-mente a demanda por gasolinanão crescerá e não precisare-mos importar", afirmou.

Caso uma nova importaçãose mostre necessária, é prová-vel que tal decisão seja acom-panhada por um anúncio so-bre uma subida nos preços. "Opetróleo do tipo Brent ontem(na terça-feira) estava a US$ 122o barril. Há dois meses, estavaem torno de US$ 100. Portanto,há uma variação muito gran-de", justificou.

Essa alta no preço do petró-leo, acompanhada de umaeventual estabilização nosatuais patamares, levaria a Pe-trobras a decidir pela elevaçãonos valores da gasolina e de-mais derivados do petróleo.Segundo Gabrielli, desde maiode 2009 o preço da gasolina nasrefinarias da Petrobras está es-tável, ao redor de R$ 1 o litro. Ovalor da gasolina nas bombas,entretanto, tem apresentadoelevação nas últimas semanas,principalmente por conta daalta dos preços do etanol.

E t a no l – Para Gabrieli, há apossibilidade de que o merca-do de etanol passe a ser fiscali-zado pela Agência Nacionaldo Petróleo, Gás Natural e Bio-combustíveis (ANP) para re-gular a estabilidade do forne-cimento. A possível mudançanão teria qualquer objetivo decontribuir para a queda dospreços, na visão do executivo."É muito mais para regular aestabilidade do fornecimentoe minimizar o impacto de va-riações inesperadas de preço",afirmou Gabrielli.

Segundo ele, a possibilidadede o etanol ser considerado umcombustível, e não um produ-to agrícola, é uma discussãoantiga e mudaria a estruturada cadeia. "São regulações dis-tintas. Com isso, você tem umasérie de exigências de garantiade suprimento, de gestão deestoque, de qualidade de pro-duto, de logística", disse. (AE)

Verde no ar – A Embraer exibirá a aeronave Ipanema – movida a etanol – durante a décima edição daTecnoshow Comigo, feira que acontece entre os dias 12 e 16 de abril em Rio Verde, Goiás. Conforme aempresa, o Ipanema é produzido há 40 anos e é líder no mercado de aviação agrícola no Brasil, com75% de participação. É a primeira aeronave produzida em série no mundo para voar com combustívelrenovável. A versão começou a ser fabricada em 2005 e hoje representa 25% da frota em operação.

Divulgação

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quinta-feira, 7 de abril de 201120 DIÁRIO DO COMÉRCIO

Você forma o funcionário e ele sai no momento em que poderia gerar riquezaJosé Paulo Rocha, da Deloitteeconomia

Reter seustalentos, odesafio dasempresas.

Pesquisa mostra dificuldade em manter pessoal

Amanifestação deempresários brasi-leiros sobre a difi-culdade em encon-

trar e reter mão de obra quali-ficada se tornou um tema re-c o r r e n t e e m v a r i a d o ssegmentos da economia e foi ogrande destaque da 9ª ediçãoda pesquisa Panorama Empre-sarial 2011, recém-divulgadapela consultoria Deloitte. A re-tenção e o desenvolvimento detalentos aparecem no estudocomo o desafio mais relevantedo passado recente, com 56%das respostas dos entrevista-dos, e também do futuro próxi-mo (até 2015) para 60% das 352empresas consultadas.

O tema ainda é destaque noranking das estratégias priori-tárias de 66% das corporaçõespara os próximos cinco anos,conforme o Panorama Empre-sarial. Nessa relação, com res-postas de múltipla escolha, va-le lembrar que "inovação" tam-bém ganha relevância, apare-cendo nos três itens seguintes,relacionadas a desenvolvi-

mento e fornecimento de no-vos produtos e serviços (57%);investimentos em novas tec-nologias de comunicação, deprodução de bens ou serviços(55%); além da adoção e incen-tivo à inovação (52%).

Preocupação – O sócio-líderda área de Corporate Financeda Deloitte e responsável téc-nico pela pesquisa, José PauloRocha, contou que a retençãode capital humano e desenvol-vimento de talentos já aparecianas versões anteriores do estu-do, mas nunca liderou o ran-king das preocupações dasempresas. "Quando a econo-mia cresce em ritmo contínuo,o aumento da demanda porprodutos pode ser rápido, mascertos setores ligados à produ-ção demoram para crescer. Amão de obra é um destes seto-res", comentou Rocha. E se elafalta no mercado, ressaltou, omínimo que uma empresa po-de fazer é tentar retê-la.

A Deloitte não revela no-mes, mas tem sido procuradapor empresas preocupadas

especialmente com a rotativi-dade de funcionários, "em rit-mo mais alto do que elas gos-tariam". Essa dança de cadei-ras, segundo ele, tem um efei-to perverso porque a empresaperde o profissional e todo oinvestimento feito para atraí-lo e treiná-lo. "Você forma ofuncionário e ele sai no mo-mento em que poderia gerarriqueza para a companhia",conclui Rocha.

Os projetos internos parareverter situações como essalevam tempo. A tendência nocurto prazo, destacou, é a ma-nutenção do grande movi-mento das empresas em bus-

ca de mão de obra."O aquecimento da econo-

mia e a maior oferta de empre-gos tornaram as pessoas me-nos fiéis às corporações", co-mentou a gerente de recursoshumanos da Rede Transaméri-ca de Hotéis, Vera Lúcia Lopes.No grupo, com 1,8 mil colabo-radores diretos, o reflexo doproblema se traduz em umprocesso contínuo de seleção,para fazer frente à perda men-sal de 70 a 80 empregados.

Giro – Vera explicou que arotatividade está concentradana área operacional, em fun-ções como as de ajudante decozinha e arrumadeira. Não é

uma perda para concorrentes,afirmou ela, porque essas pes-soas migram para diferentesramos de atividades, de cons-trução civil à área hospitalar.

Além disso, observou: mui-tas pessoas não aceitam maisdeterminados serviços (como

o de arrumadeira), mesmocom oferta de benefícios e sa-lário. "Os Estados Unidos jáviveram isso há décadas",lembrou Vera Lúcia.

Ela explicou que do nível demédias chefias para cima (su-pervisores e coordenadores) arotatividade é pequena. " Asmudanças do mercado nãocausam tanto impacto", asse-gurou. Vera Lúcia mencionouque a pesquisa anual do grupodetecta bom nível de satisfa-ção entre esses funcionários,atribuído a itens como salá-rios, ambiente de trabalho,respeito e oferta de benefícios,como de cursos diversos.

"O aquecimentoda economia e amaior oferta deempregostornaram aspessoas menosfiéis àscorporações

VER A LÚCIA LOPES,DA REDE TR ANSAMÉRICA

Educação básica paramelhorar mão de obra

Os resultados daSondagem EspecialTra b a l h a d o r

Qualificado, divulgadosontem pela ConfederaçãoNacional da Indústria (CNI),reforçam a urgência doaumento de investimentospara elevar a qualidade daeducação básica no Brasil.Conforme a pesquisa, 69%das companhias enfrentamdificuldades com a falta detrabalhador qualificado e, porisso, 78% desse grupoinvestem em capacitação defuncionár ios.

Os dados mostramtambém que cerca de metadedas empresas (52%) apontaproblemas na qualificaçãopor conta de uma educaçãobásica ruim dos trabalhadoresno Brasil.

"Temos de agir agoraporque esse é um problemaque leva gerações pararesolver", disse o gerente-executivo da Unidade dePesquisa da CNI, Renato daFonseca. "Quanto mais tardeo Brasil enfrentar o problema,mais vai demorar para termosum desenvolvimento socialforte no País."

Educação básica – Deacordo com Fonseca, otrabalhador com uma baseeducacional fraca apresentamaior dificuldade paraaprender processos e operarmáquinas. "Quanto maior oobstáculo para o profissionalaprender, mais demorada ecara se torna a qualificação."

A consequência, afirma ogerente-executivo, é a perdade competitividade daindústria brasileira. "Quandonão consegue sercompetitiva, a empresacomeça a perder mercadopara as importações", disse.

Segundo a sondagem, adificuldade em qualificar oprofissional não esbarrasomente na educação básica.

O receio das companhias emtreinar o funcionário e depoisperdê-lo para a concorrênciafoi apontado por 38% das1.616 empresas consultadaspela CNI. Se consideradasapenas as grandescompanhias, esse porcentualchega a 46%. Por isso, 40%das empresas em geralinformaram que investem empolíticas de retenção detalentos, segunda ação maisapontada para enfrentar afalta de mão de obraqualificada, atrás apenas deações para capacitação defuncionár io.

Capacitação – Outro fatormencionado que dificulta acapacitação do trabalhador éa falta de cursos adequadosàs necessidades da empresa.Esse item foi citado por 33%delas. O problema pode estartanto na falta de aproximaçãoentre o mercado e os centrosde formação quanto nanecessidade de o trabalhadoraprender processos ou operarmáquinas específicas paradeterminada empresa. Nesteúltimo caso, apenas acapacitação da própriacompanhia pode solucionar aq u e s t ã o.

No entanto, para o analistade Políticas e Indústria da CNI,

Marcelo Azevedo, em algunscasos há um distanciamentoentre a formação deprofissionais e o que deseja omercado. "É necessário que aacademia, ao formar oengenheiro, por exemplo,atenda também a demandada economia. Essedistanciamento é o que tornanecessário, hoje, uma pós-graduação do profissional",disse ele.

Os setores nos quais oproblema da falta de mão deobra qualificada é maiscomum, conforme aSondagem Especial divulgadapela CNI, são "vestuário" (adificuldade foi apontada por84% das empresas do setor);"equipamentos detransporte" (segmento queinclui fábrica de bicicletas aaviões, com exceção deautomóveis), com 83%;"limpeza e perfumaria", com82%; e "móveis", com 80%.

Em 25 dos 26 setoresanalisados no levantamentoao menos metade dascompanhias informou sofrercom a falta de trabalhadorqualificado. Refino depetróleo foi o único setor aficar abaixo dessa proporção:48% das empresas citaram tero problema. (AE)

Empreendedoresformais já são 1 milhão

OBrasil já tem mais de1 milhão de empre-endedores indivi-

duais, número alcançado e ul-trapassado no dia 17 de mar-ço deste ano, quando foramatingidos 1.004.764 registros.O resultado será comemora-do em um evento hoje no Pa-lácio do Planalto, em Brasília,com a presença da presidenteDilma Rousseff, dos minis-tros da Previdência Social,Garibaldi Alves Filho, do De-senvolvimento Indústria eComércio Exterior, FernandoPimentel, e do presidente doSebrae, Luiz Barretto.

O evento tem por objetivocomemorar resultados e am-pliar a disseminação de infor-mação para fazer com que osbenefícios do programa che-guem a mais pessoas.

"A marca de 1 milhão deempreendedores individuaisformalizados significa 1 mi-lhão de pessoas a mais contri-buindo para a Previdência,com direito a todos os benefí-cios e ainda colaborando parao desenvolvimento econômi-co e social do Brasil", afirmouo presidente do Sebrae, LuizBarretto. "Mas não podemos

nos acomodar com essa mar-ca, o desafio é ir além de for-malizar quem já está no mer-cado. Temos que atrair quemtem potencial empreendedorpara entrar no mercado, co-mo, por exemplo, atuais be-neficiários do Bolsa-Família",completou Barretto.

O Sebrae integra o grupoque reúne órgãos públicos einstituições de apoio aos microe pequenos negócios responsá-veis por colocar o Empreende-dor Individual em prática e pordefinir estratégias para seuaprimoramento.

R ad io g ra f ia – Levanta-mento do Sebrae com basenos dados do Portal do Em-preendedor traça uma radio-grafia desse público, eviden-cia impactos positivos do pro-grama e abre espaço para aorientação de políticas públi-cas. Um dos dados mostraque 6.289 empreendedoresindividuais já ultrapassaramo teto de R$ 36 mil por ano e vi-raram microempresa, com fa-turamento de até R$ 240 mil.

Outro dado: dos 526.234empreendedores que entre-garam a declaração de receitaaté 15 de março último, 19.570

contrataram empregadoscom carteira assinada – cadaempreendedor individualpode ter um empregado.

Conforme o levantamentodo Sebrae, 70,02% dos em-preendedores individuaisexercem a atividade em do-micílio. Em todas as regiõesdo País, o índice dos que tra-balham em domicílio superaos 70%, com exceção apenaspara o Sudeste, com 66,65%.

"O fato de que mais de 70%dos empreendedores exer-cem a atividade em domicíliopode contribuir para a defini-ção de políticas públicas quefacilitem o licenciamento deempreendimentos domicilia-res", disse o gerente de Políti-cas Públicas do Sebrae, BrunoQuick. Segundo os dados, amaioria dos empreendedoresindividuais está em São Paulo(20,71%). Os outros cinco es-tados com maior número sãoRio de Janeiro (13,04%), Mi-nas Gerais (9,73%), Bahia(9,32%), Rio Grande do Sul(5,56%) e Paraná (5,27%).

Em todas as regiões do País,vendedores de roupa e cabe-leireiros lideram as formali-zações. (Agência Sebrae)

Produção de automóveis, rara excessão com pessoal qualificado.

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Newton Santos/Hype

Fátima Lourenço

O gerente de Políticas Públicas do Sebrae, Bruno Quick, em defesa dos empreendimentos domiciliares.

Elza Fiúza/ABr