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07 de janeiro de 2011 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira VALE DEVE ELEVAR PREÇOS DE MINÉRIO DE FERRO EM 8,8% NO TRI Valor por tonelada subirá para cerca de R$ 250 em janeiro A Vale deve elevar os preços trimestrais dos contratos de minério de ferro em 8,8%, para US$ 149,20 (cerca de R$ 250) por tonelada em janeiro, conforme cálculos da Reuters. Uma fonte do setor na China confirmou à Reuters que a mineradora estabeleceu os preços para o primeiro trimestre através do cálculo da média do preço diário da commodity no norte da China entre 1° de setembro e 30 de novembro. A Vale adotou o sistema de precificação trimestral em abril de 2009, substituindo o antigo formato anual, em que os preços eram estabelecidos uma vez por ano, em meio a um longo período de negociações entre compradores e fornecedores. De acordo com a fonte chinesa, os contratos com a Vale preveem que os preços para cada trimestre sejam firmados conforme o valor médio "dos dias dentro do período de três meses consecutivos, começando no primeiro dia do quarto mês anterior ao início do trimestre em questão". Fonte: Agência Reuters Data: 30/12/2010 CHINA INVESTIRÁ US$ 16 BILHÕES NA ÍNDIA Dragão chinês tenta evitar a expansão da influência dos EUA sobre o Tigre da Ásia Se o número de empresários que acompanham um líder em sua visita a um país estrangeiro é indicativo de importância da visita, a Índia deverá situar-se em ponto muito alto da agenda da China, com objetivo mais provável a contenção da influência norte-americana sobre a economia concorrente número um da China.

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07 de janeiro de 2011 O conteúdo das matérias é de inteira responsabilidade dos meios de origem

A missão da ADIMB é a de promover o desenvolvimento técnico-científico

e a capacitação de recursos humanos para a Indústria Mineral Brasileira

VALE DEVE ELEVAR PREÇOS DE MINÉRIO DE FERRO EM 8,8% NO 1º TRI

Valor por tonelada subirá para cerca de R$ 250 em janeiro

A Vale deve elevar os preços trimestrais dos contratos de minério de ferro em 8,8%, para US$ 149,20 (cerca de R$ 250) por tonelada em janeiro, conforme cálculos da Reuters.

Uma fonte do setor na China confirmou à Reuters que a mineradora estabeleceu os preços para o primeiro trimestre através do cálculo da média do preço diário da commodity no norte da China entre 1° de setembro e 30 de novembro.

A Vale adotou o sistema de precificação trimestral em abril de 2009, substituindo o antigo formato anual, em que os preços eram estabelecidos uma vez por ano, em meio a um longo período de negociações entre compradores e fornecedores.

De acordo com a fonte chinesa, os contratos com a Vale preveem que os preços para cada trimestre sejam firmados conforme o valor médio "dos dias dentro do período de três meses consecutivos, começando no primeiro dia do quarto mês anterior ao início do trimestre em questão".

Fonte: Agência Reuters Data: 30/12/2010

CHINA INVESTIRÁ US$ 16 BILHÕES NA ÍNDIA

Dragão chinês tenta evitar a expansão da influência dos EUA sobre o Tigre da Ásia

Se o número de empresários que acompanham um líder em sua visita a um país estrangeiro é indicativo de importância da visita, a Índia deverá situar-se em ponto muito alto da agenda da China, com objetivo mais provável a contenção da influência norte-americana sobre a economia concorrente número um da China.

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Chegando há alguns dias a Nova Deli acompanhado por uma comitiva de 400 empresários, o primeiro-ministro da China, Wen Jiabao, trouxe embaixo do braço acordos no valor total de US$ 16 bilhões que foram formalizados por empresas dos dois países em um amplo espectro de setores, desde telecomunicações até energia.

Paralelamente, Jiabao prometeu aumento do comércio bilateral, com especial providência equilibrar a balança de pagamentos, a qual, obviamente, pende a favor da "exportadora" China. Ainda, prometeu aumento dos até agora limitados investimentos chineses em sua principal concorrente, assim como o apoio político do governo de Beijing à candidatura da Índia ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).

Com sua sonora declaração de que "o mundo é bastante grande para crescer tanto a Índia, quanto a China", Jiabao eliminou a desconfiança entre os dois países, os quais não conseguiram - até agora - conformar uma frente única a não ser sobre comércio internacional e sobre mudanças climáticas.

E isto porque 40 anos após a guerra em que se envolveram, continuam existindo suas diferenças territoriais, enquanto a Índia continua temendo as disposições hegemônicas da China sobre amplos espaços do Continente da Ásia.

Quatro por um Os dois países que frequentemente apresentam-se como gêmeos sob a característica de

economias em crescimento veloz, na realidade estão muito distantes da paridade: o Produto Interno Bruto (PIB) da China - que permanece sendo o mais importante parceiro comercial da Índia - é quatro vezes maior do que o da Índia, cujas miseráveis infra-estruturas demonstram sua carência.

O Governo da Índia teme que a China esteja tentando restringir o acesso de empresas indianas ao mercado chinês. Neste campo, o resultado palpável da visita foi a meta para o aumento do comércio bilateral em US$ 100 bilhões até 2015 formalizada por Jiabao e seu colega indiano, Manmohan Singh.

Objetivo bastante ambicioso, considerando que o comércio entre o Dragão e o Tigre da Ásia, embora tenha aumentado dez vezes nos últimos dez anos, calcula-se que não deverá superar os US$ 60 bilhões neste ano.

E obviamente, favorece, principalmente, a China, considerando que, na década anterior, o déficit comercial da Índia para com a China explodiu a US$ 16 bilhões, de US$ 1 bilhão que havia atingido no biênio 2001-2002.

Entretanto, de acordo com o jornal indiano em língua inglesa Hindustan Times, o premiê indiano utilizou a visita de seu colega chinês - a primeira de um líder chinês após cinco anos - para exercer pressões em busca da permissão do governo chinês para expansão das indústrias farmacêuticas e empresas de alta tecnologia da Índia no mercado da China.

Reter commodities

A propósito, nos últimos meses a liderança política da Índia enfrentou forte debate sobre se era correta a opção do país de exportar minérios e matérias-primas vitais à sua concorrente que dispõe de gigantesca indústria de transformação do minério de ferro e é o maior produtor mundial de aço. A discussão concentrou-se na questão do minério de ferro, porque metade da produção anual da Índia é exportada à China.

Aliás, o Governo da Índia chegou há alguns meses ao ponto de examinar a perspectiva de total proibição das exportações de matérias-primas, incluindo carvão de pedra e petróleo, enquanto vários políticos indianos sustentam que o país deverá utilizar seus metais e minérios para a modernização de sua pré-histórica infra-estrutura.

Igualmente visíveis são esforços empreendidos pelo Governo da Índia para concorrer com a China na disputa para garantir ativos patrimoniais de gigantes energéticos internacionais. Além dos acordos que formalizou nas últimas semanas com EUA e França, a Índia busca formalizar acordos

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entre a sua empresa estatal de petróleo e gás natural (ONGC) e os colossos energéticos Reseneft e Gasprom, da Rússia.

A economia indiana, de US$ 1,3 trilhão, é uma consumidora de energia igual à chinesa. Produz apenas 700 mil barris de petróleo por dia e importa mais de 2 milhões de barris por dia, com os quais atende a cerca de 75% de suas necessidades energéticas.

Os investimentos chineses na Índia são limitados e ano passado totalizaram apenas US$ 221 milhões. Como medida de comparação poderão ser utilizados os US$ 600 bilhões prometidos pelo Secretário de Tesouro dos EUA, Timothy Geithner, em investimentos norte-americanos na Índia ao longo dos próximos cinco anos, principalmente em obras de infra-estrutura, portos, redes viárias e comunicações.

Já os investimentos chineses na Índia representam apenas 0,1% do total dos fluxos de investimentos chineses, enquanto são sete vezes menores do que os investimentos chineses no Paquistão.

Fonte: Monitor Mercantil Data: 03/01/2011

RARAS E COBIÇADAS

A notícia correu o mundo: em setembro, a China, usando como pretexto um incidente sobre soberania territorial, suspendeu as exportações de terras raras para o Japão. O governo de Pequim negou o embargo.

Independentemente dos vaivéns diplomáticos, o fato é que a China tem reduzido a exportação desse material estratégico e isso levanta no resto do mundo preocupações de todo o tipo.

Terras raras são um conjunto de 17 minerais não ferrosos cujos nomes esquisitos estão nos manuais de química: gadolínio, térbio, disprósio, lutécio... Até há pouco tempo eram apenas usados nos laboratórios de pesquisa.

Hoje, são essenciais na fabricação de produtos de alta tecnologia, como mísseis, ou em artigos de uso cada vez mais intensivo, como lâmpadas fluorescentes, telefones celulares, notebooks, painéis de energia solar e turbinas eólicas.

Apesar de o nome sugerir escassez, há jazidas em vários países, mas o seu processamento é caro e altamente poluidor. Isso explica o predomínio da China na mineração e no refino nas últimas décadas. Em 2009, por exemplo, respondeu por nada menos que 97% da produção mundial.

Depois de ter reduzido em 40% as exportações de 2010 em comparação com as de 2009, dia 28 o governo da China avisou que vai restringir ainda mais os fornecimentos a partir do primeiro semestre deste ano. A informação chega num momento em que a demanda mundial já ultrapassa a oferta. Um relatório do Congresso americano avalia a atual produção mundial em 124 mil toneladas por ano, enquanto o consumo já é de 134 mil toneladas, e deverá alcançar as 200 mil toneladas em 2014. Como se vê, a reciclagem vai ficar cada vez mais importante.

O maior prejudicado pelas decisões da China, o Japão (um dos principais importadores), começa a se mexer. Tóquio planeja investir 100 bilhões de ienes (US$ 1,2 bilhão) para garantir o suprimento. Outros países estão nessa rota. No dia 15 de dezembro, o Departamento de Energia dos Estados Unidos divulgou documento que adverte sobre a necessidade de reduzir nos próximos 15 anos a dependência de metais raros de origem chinesa.

E como está o Brasil? Há terras raras a serem exploradas por aqui?

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Estimativas dão conta de que as reservas brasileiras somam algo em torno de 48 mil toneladas, quantia suficiente para abastecer uma futura demanda interna e, se houver excedente, exportá-lo. Mas hoje não há nenhuma jazida em exploração.

Fernando Antônio Freitas Lins, diretor do Departamento de Tecnologia e Transformação Mineral do Ministério de Minas e Energia, conta que as reservas que até recentemente serviam à demanda do Brasil estão exauridas há anos.

De novo houve apenas a constituição, em junho passado, de um grupo interministerial integrado por especialistas do Ministério de Minas e Energia e do Ministério da Ciência e Tecnologia. Está encarregado de fazer um mapeamento dos minerais estratégicos no Brasil. O estudo inclui desde o levantamento geológico em áreas potenciais até o apoio à pesquisa para definição de jazidas e o incentivo ao desenvolvimento de produtos de alta tecnologia. Os trabalhos estão em fase final, mas o diretor Freitas Lins avisa: "Os resultados só aparecerão a médio e a longo prazos." Fonte: O Estado de São Paulo Data: 04/01/2011

ANASTASIA CONTA COM A REFORMULAÇÃO DOS ROYALTIES

Ao lado do senador e ex-governador de Minas Gerais, Aécio Neves, o governador Antônio Augusto Anastasia falou aos mineiros já como em posse do cargo mais importante do estado.

Anastasia foi firme ao dizer que governará de maneira austera, já que o momento econômico mundial exigirá um melhor planejamento da gestão pública.

Ele ressaltou que será uma das vozes para que seja feita no Brasil a reforma tributária. "Temos que desonerar o setor produtivo para que o Brasil continue crescendo", afirmou. Uma das medidas que, segundo Anastasia, será de vital importância para o crescimento do Estado é a reformulação dos royalties do minério.

Lembrando do ex-governador e ex-presidente Arthur Bernardes, que dizia que "minério não dá duas safras", o governador disse que irá trabalhar também para que os repasses com a desoneração do ICMS para produtos exportados retornem mais rapidamente aos cofres do Estado, o que deve beneficiar as mineradoras instaladas em Minas.

"Vamos modificar os royalties do minério e vamos lutar pelos repasses da lei kandir mas tudo dependendo da reforma tributária. Essa é a questão primordial dos próximos governos", afirma. Quanto à sua relação com a presidente Dilma, Anastasia espera que seja de cordialidade. "Dilma fará um bom governo e, apesar de sermos de partidos diferentes, não acredito que Minas Gerais sairá prejudicada. Será uma relação como aquela que teve o governador Aécio com o presidente Lula." Fonte: Brasil Econômico Data: 03/01/2011

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IBRAM PREVÊ NOVO CICLO DE INVESTIMENTOS

O Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram) prevê um novo ciclo de investimentos recorde para o setor mineral entre 2011 e 2015. Segundo o presidente da entidade, Paulo Camillo, o número ainda não está fechado, mas, diante da forte recuperação do setor, deve superar a cifra histórica de US$ 62 bilhões estimada para o período entre 2010 e 2014. “Acho que vai ser ainda mais forte. Hoje, temos uma oferta apertada e muita demanda (por matérias-primas)”, afirmou Camillo à Agência Estado.

Em 2010, por conta da forte recuperação do setor, o Ibram revisou três vezes as expectativas para o ciclo 2010/2014. A primeira projeção apontava para US$ 49 bilhões e a segunda para R$ 54 bilhões, ambas abaixo dos valores previstos antes da crise financeira mundial de 2008, que provocou uma grande retração na demanda por insumos minerais. “A rapidez da recuperação nos surpreendeu. Os valores de investimentos que trabalhamos hoje só eram esperados para meados de 2011 ou início de 2012”, destacou.

Os projetos de minério de ferro, carro-chefe da produção mineral brasileira, devem representar, de acordo com Camilo, 2/3 dos investimentos esperados para o período. Fonte: Agência Estado Data: 03/01/2011

APLICAÇÕES NA VALE LIDERARAM GANHOS EM 2010 E AO LONGO DO

GOVERNO LULA

O crescimento acelerado das economias emergentes e a valorização dos preços das matérias-primas fez com que a Vale fosse a melhor aplicação financeira em 2010 e no acumulado dos oito anos de governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que termina nesta sexta-feira.

Quem colocou parte do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) nas ações da mineradora viu seu dinheiro render 12,10% este ano e 629,69% nos últimos oito anos até o último dia 23, informa reportagem de Bruno Villas Bôas. Os números são da Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima) e não descontam a inflação acumulada no período, que pelo IGP-M foi de 11,32% em 2010 e de 66,24% desde janeiro de 2003.

Especialistas explicam que a rentabilidade das aplicações em renda variável foram vigorosas desde 2003, acima dos ganhos com a conservadora renda fixa (que remunera com base nos juros básicos do país, a Selic). No período, o rendimento foi forte ainda em aplicações como FGTS-Petrobras (428,41%) e fundos de investimento que acompanham o Ibovespa (443,92%), o principal índice de referência da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa).

"Os investidores estrangeiros confiaram no Brasil e tiveram um papel importante nessa valorização de Vale e Petrobras. Parte por competência do governo, que manteve os fundamentos econômicos que herdou. Mas também por uma certa sorte, já que pegou o mundo em crescimento e não enfrentou uma crise até 2008",diz Alexandre Póvoa, presidente do Modal Asset.

O preço da tonelada do minério de ferro, por exemplo, subiu de US$ 30 para US$ 140 ao longo dos dois mandatos, uma alta de 366%, elevando o faturamento da Vale e consequentemente valorizando as ações da companhia. Foi mais do que os ganhos com ouro no período, que somaram

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283,42%. Já o barril de petróleo teve uma alta de US$ 31 para US$ 90 na Bolsa de Nova York, impulsionando a Petrobras.

Além da valorização das commodities, um mercado interno crescendo a ritmo acelerado também ajudou para o forte ganho com renda variável, explica Paulo Esteves, analista-chefe da Gradual Investimentos:

"Um desses fatores foi o aumento do poder aquisitivo da população e melhora da taxa de desemprego, que permitiu às pessoas consumirem mais e às empresas venderem mais. E assim as ações dessas empresas acabam mais atraentes na Bolsa", explica.

Mas analistas ponderam que parte do crescimento do Ibovespa ao longo do governo Lula é fruto de uma base de comparação depreciada. Quando Lula despontou nas pesquisas em 2003, o índice derreteu sob o temor de mudanças nos fundamentos da economia por um governo de esquerda. O mesmo aconteceu com o dólar, que estava em R$ 3,54 em 31 de dezembro de 2002. Ontem, o dólar valia R$ 1,666. E, por isso, os fundos cambiais foram uma má aplicação no período, com perda de 22,15%. Fonte: Diário de Pernambuco Data: 31/12/2010

MINERAÇÃO É SETOR PROMISSOR NO MATO GROSSO

Em 2010, o que movimentou a mineração mato-grossense foi a descoberta do depósito mineral de fosfato, em Mirassol do Oeste, a cerca de 320 quilômetros de Cuiabá. Outras ações também incrementaram o setor. Em 2002, Mato Grosso ocupava o 11º lugar no ranking dos Estados que mais pediam autorização de pesquisa mineral (requerimentos minerais). Em 2009 passou para o 6º lugar e em 2010, atingiu o 4º lugar, perdendo apenas para Minas Gerais, Bahia e Goiás.

De acordo com o secretário de Indústria, Comércio, Minas e Energia, Pedro Nadaf esse salto se deu em função das ações desenvolvidas nos últimos 8 anos. “No governo Blairo Maggi fizemos estudos em parceria com várias entidades que revelaram o mapa das minas de Mato Grosso. Atualmente, sabemos o que há em cada região”. O carro chefe da mineração do Estado ainda é o ouro e o diamante, mas também há calcário moído, níquel, cobre, zinco, ferro e vários outros minerais.

Para encontrar estes depósitos de minerais e mapear as minas foram feitos várias pesquisas, estudos e projetos. Entre eles, o Mapa Geológico do Estado, Noroeste de Mato Grosso, Sig Ambiental de Cuiabá, Levantamento Aerogeofísico Áreas 1 e 2, Noroeste-Nordeste de Mato Grosso e Fosfato Mato Grosso. Todos estes estudos e trabalhos foram desenvolvidos em parcerias com o Departamento Nacional de Produção Mineral (DNPM) e com a CPRM, uma empresa pública vinculada ao Ministério de Minas e Energia com atribuições de Serviço Geológico do Brasil.

Com todas estas ações, Mato Grosso se tornou atraente para os empreendedores do setor Mineral. Nadaf conta que na última reunião que teve com a empresa que tem a concessão da área onde está o depósito mineral de fosfato, em Mirassol, o diretor técnico da GME4, José Augusto Dantas informou que a empresa está elaborando um cronograma de trabalho e que no próximo mês de janeiro deve começar os estudos na região.

“Transformação na economia”. É isso que o secretário Nadaf garante com a chegada de novos empreendimentos no setor da mineração em Mato Grosso. O Estado também tem depósitos de vários outros minerais que podem ser explorados nos próximos anos. “É mais uma forma de verticalizar a economia, gerar emprego e renda para os municípios onde estão localizados estes minerais”.

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Mato Grosso também comemora o aumento de produção de diamante e ouro. Em 2003 era produzido apenas 12.501 quilates de diamante por ano. Esse número saltou para 36.998 quilates em 2008. Os números de 2009 e 2010 ainda estão sendo tabulados.

Em 2003, o Estado produzia apenas 173 quilos de ouro. Esse número aumentou para 5.290 quilos em 2009. Assim como o ouro e o diamante, também houve aumento de produção de outros produtos utilizados na construção civil. A produção de argila em 2003 era de 111.154 toneladas por ano. Já em 2008 passou a ser de 215.200 toneladas por ano.

A mineração é um setor muito promissor em Mato Grosso. “Tem muito espaço para crescer. Continuaremos desenvolvendo os projetos e atraindo novos investimentos e investidores. Nosso objetivo é gerar emprego e renda e melhorar a qualidade de vida do mato-grossense”, conclui Nadaf.

Fonte: Jornal Documento Data: 03/01/2011

PESQUISA CRIA MODELO PARA RECUPERAR VEGETAÇÃO EM FLORESTAS DEGRADADAS

Análise no PA resultou em cálculo que indica espécies para regeneração. Próximo passo é criar programa de computador para aplicação do modelo.

O engenheiro florestal Rafael Salomão, do Museu Paraense Emílio Goeldi, apresentou no início de dezembro os primeiros resultados da pesquisa que desenvolve na Floresta Nacional Saracá-Taquera, em Oriximiná, a cerca de 880 quilômetros de Belém, no Pará. O estudo propõe a aplicação de um modelo estatístico para recuperar áreas de florestas degradadas.

A partir da análise de uma região com floresta degradada pela extração de bauxita na Flona Saracá-Taquera, explorada pelo Mineração Rio do Norte, Salomão criou um modelo que ajuda a determinar espécies essenciais e secundárias para regenerar a vegetação da melhor forma possível. O próximo passo consiste em criar um programa de computador para simplificar os cálculos do modelo estatístico, auxiliando produtores na regeneração de suas florestas.

Dessa forma, o modelo criado por Salomão poderia ser aplicado em qualquer área florestal, não necessariamente na Amazônia.

Para desenvolver o

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estudo, porém, ele avaliou uma área de vegetação densa e com um tipo de degradação acentuada. "Apesar de pontuais, as modificações causadas na vegetação pela mineração são muito intensas. As áreas de exploração mineral representam o extremo da degradação artificial", diz ele.

A extração de bauxista exige a retirada completa de toda a cobertura vegetal de floresta, segundo Salomão. Depois, ainda é necessário escavar de 4 a 10 metros de terra no solo para alcançar o minério. "O ambiente fica completamente desestabilizado. Todas as propriedades do solo são alteradas", diz.

Como seria feita a regeneração de uma área assim? De acordo com o pesquisador, a literatura científica existente sobre o tema é muito vaga. Existe uma orientação consensual para o produtor plantar cerca de 80 espécies para regenerar a área destruída. "Mas nenhum trabalho feito até agora identifica que espécies seriam essas", explica Salomão.

A partir de um inventário florestal, ele identificou cerca de 1.500 espécies na Flona Saracá-Taquera e começou a aplicar índices ecológicos e socioeconômicos sobre elas.

Os critérios usados consideram abundância de espécies e dados específicos sobre as árvores, como o diâmetro do tronco e o peso. O pesquisador também availou valores comerciais das árvores, considerando preço da madeira e de produtos florestais não madeireiros que as espécies podem fornecer.

O resultado matemático permite determinar espécies-chave para a regeneração da área. "O modelo indica de 25 a 35 espécies assim, além de outras secundárias que interagem bem com elas", diz Salomão. Com o modelo, o pesquisador visa a recuperação de áreas degradadas no menor tempo possível. Fonte: Globo Amazônia Autor(a): Lucas Frasão Data: 30/12/2010

LOBÃO PEDIRÁ URGÊNCIA PARA CÓDIGO DE MINERAÇÃO E REAFIRMA QUE

OBRAS DE BELO MONTE COMEÇAM EM ABRIL

O novo ministro de Minas e Energia, Edison Lobão, confirmou que o governo trabalha com um cronograma que prevê, para abril, o início das obras da Usina Hidrelétrica de Belo Monte, no Rio Xingu (PA). “Antes mesmo de tomar posse já havia conversado com o Ministério do Meio Ambiente sobre a questão do licenciamento do canteiro de obras. Todos sabemos que não poderemos ter atraso [para dar início às obras da usina]”, disse hoje (3) o ministro, após a cerimônia de transmissão de cargo.

Lobão citou ações do governo visando ao aumento da capacidade instalada de energia por meio de investimentos em fontes renováveis – previstos, segundo ele, em R$ 214 bilhões. O ministro reiterou que desenvolvimento e meio ambiente precisam andar juntos e que não se pode confundir defesa do meio ambiente com disputas ideológicas e políticas.

O novo Código de Mineração – marco regulatório que, entre outras medidas, prevê a criação da Agência Nacional de Mineração e a definição de prazos para a exploração de jazidas de minérios por empresas – também é uma das preocupações de Lobão, que retornou ao comando da pasta.

“Um dos setores mais importantes do MME é o [que cuida] de geologia e mineração. Sempre procurei dar a devida importância a ele, e o marco regulatório é uma tarefa à qual sempre me prestei, a fim de amenizar os problemas especulativos desse setor”, disse Lobão.

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“Enviei em março o Código de Mineração à Casa Civil, que o encaminhou ao Ministério da Fazenda. Ele já retornou, mas não houve tempo hábil para que o [então] presidente Lula o examinasse. Pedirei [à presidente Dilma Rousseff] que dê urgência para essa questão”, acrescentou o ministro.

Segundo ele, a questão dos royalties dos minérios ficará para uma etapa seguinte, por envolver tributos. Fonte: Correio do Brasil Data: 03/01/2011

CIENTISTAS JAPONESES CRIAM PALÁDIO ARTIFICIAL

Uma equipe de cientistas da Universidade de Quioto anunciou a criação do primeiro metal raro artificial, uma liga semelhante ao paládio, o que poderia provocar uma revolução no mercado do metal. Os pesquisadores, liderados pelo professor Hiroshi Kitagawa, usaram tecnologia de nanoprocessamento para aquecer soluções aquosas contendo partes iguais de ródio e prata, transformando a solução em uma névoa e misturando-a com álcool aquecido para produzir partículas da nova liga, que, assim como o paládio, tem a capacidade de adsorver hidrogênio.

Os cientistas creem que a liga pode substituir catalizadores de paládio, mas reconhecem que sua invenção dificilmente será produzida comercialmente, dados os custos de produção. Fonte: Geólogo.com.br Data: 03/01/2011

DEPOIS DE 2010 DE RECORDES, OTIMISMO COM A VALE AINDA PREVALECE

ENTRE ANALISTAS

O ano de 2010 será lembrado pela Vale como um período bastante positivo em sua história. O lucro da mineradora saltou de R$ 2,9 bilhões no primeiro trimestre para R$ 6,6 bilhões no segundo, só para avançar novamente para R$ 10,6 bilhões entre julho e setembro – um recorde para a empresa, e mais da metade dos ganhos acumulados no ano.

Grande parte dessa evolução deve-se ao novo sistema de precificação do minério de ferro – principal produto da Vale. Com os preços agora estabelecidos não mais em contratos anuais, mas trimestrais, a mineradora consegue se aproveitar melhor das variações da demanda do mercado spot, que tem a China como grande comprador.

Mesmo trazendo volatilidade a notícia foi bastante positiva para o setor. Pouco antes dos novos acordos, o preço estabelecido no benchmark girava em torno de US$ 60 a tonelada do minério, ao passo que, no mercado spot, a tonelada da commodity era negociada a cerca de US$ 125. Com o novo sistema, o lucro líquido da Vale disparou 344% no segundo trimestre em relação ao mesmo período de 2009. Segundo a mineradora, o efeito do aumento dos preços teve um efeito positivo de R$ 4,5 bilhões na receita operacional.

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Com isso, a fatia do segmento de bulk materials (minério de ferro, pelotas, minério de manganês, ferro ligas, carvão metalúrgico e térmico) no Ebitda (geração operacional de caixa) total da Vale foi de 92,1% nos primeiros três meses do ano para 94,1% entre julho e setembro. Além dos preços mais altos, os maiores volumes vendidos, sustentados pela pesada demanda chinesa, também ajudaram. Depois dos recordes... Então, o que esperar em 2011 de uma empresa que este ano registrou o melhor desempenho operacional de sua história? De acordo com os analistas, a resposta é mais um ano de forte performance da mineradora – que é de longe a mais recomendada do setor.

“A Vale está bem posicionada para se aproveitar do super ciclo do minério de ferro”, escrevem Leonardo Correa e Renato Antunes, do Barclays. O JPMorgan também coloca a companhia entre as suas principais recomendações no setor. “Com a liderança de custos da Vale, a qualidade de suas reservas e expectativa de crescimento, acreditamos que ela está melhor posicionada para se beneficiar do aperto do mercado de minério de ferro”, explica Rodolfo De Angele.

Para Correa e Antunes, do Barclays, esse é o primeiro dos grandes temas que devem guiar o mercado em 2011. “Acreditamos cada vez mais que as projeções para a oferta estão otimistas demais”, afirmam, lembrando que os novos projetos têm sofrido com atrasos e não têm conseguido suprir a demanda pela commodity. Eles citam dois projetos da Vale em Carajás como exemplo – ambos não só atrasados, mas também com expectativas de demoras ainda maiores, em meio a licenças ambientais e problemas de infraestrutura.

Também esperando um mercado apertado, o Morgan Stanley estima em 17 milhões de toneladas o déficit de minério de ferro em relação à demanda em 2011, número que deve cair para 6 milhões de toneladas no ano seguinte. Oferta e demanda

A demanda deve seguir mais acelerada do que a oferta mesmo com a expectativa de que a grande consumidora da commodity, a China, perca um pouco de ritmo em 2011 – cabe lembrar que o país importa cerca de 65% do minério de ferro que consome, nas estimativas do Barclays.

Ademais, a China deve anunciar seu plano quinquenal de crescimento no primeiro trimestre do ano, que deve, segundo o JPMorgan, enfatizar novamente o compromisso do país com a urbanização e a infraestrutura. “Esperamos um crescimento de 9% para o PIB (Produto Interno Bruto) chinês em 2011, e não projetamos que o ciclo de aperto monetário afete de modo significativo a demanda por minério de ferro e aço”, completa o Barclays.

Já na visão da Fator Corretora, os emergentes – em especial os asiáticos, e com destaque para a China – devem ditar o ritmo de crescimento da demanda no ano, mas trazem também dúvidas. “As principais incertezas com relação à China referem-se ao passo do desaquecimento econômico e à absorção interna da produção de aço, que tem sido bastante sustentada por estímulos governamentais”, explica o analista Rodrigo Fernandes em relatório. Essas questões, segundo ele, devem manter o mercado volátil no curto prazo.

A dupla do Barclays ressalta, contudo, que para produtores de minério de alta qualidade – como a Vale – a volatilidade causada pelas flutuações da demanda é menor. Minério de ferro ainda em alta

Assim, com a China ainda sustentando boa parte da demanda e a oferta restrita, a expectativa é que o minério siga em patamares elevados de preços. No início de dezembro, Correa e Antunes, do Barclays, elevaram sua projeção para os preços da commodity – agora, a expectativa é que os preços sigam acima de US$ 100 por tonelada métrica seca (dmt, na sigla em inglês) pelos próximos cinco anos. Uma resposta mais lenta do que o esperado das mineradoras, uma curva de custos mais íngreme na China e um potencial para performance abaixo da média da oferta indiana estão entre os motivos para a elevação.

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Outra equipe que elevou as projeções para o minério de ferro foi a do UBS, formada por Rene Klayweg, Marcelo Zilberberg e Onno Rutten. Considerando os preços no sistema CIF (Cost, Insurance and Freight, em que o vendedor deve acertar o transporte dos produtos por via marítima até um porto, e oferecer os documentos necessários para que o comprador obtenha a mercadoria do transportador), os preços da commodity ficaram em US$ 154 por tonelada para 2011 (mesma estimativa anterior), US$ 163 em 2012 (alta de 7%), US$ 156 em 2013 (alta de 19%) e US$ 123 para 2014 (alta de 21%).

Cabe dizer que os analistas, de modo geral, não esperam fortes variações no preço do minério no ano. Também não há expectativa por uma nova mudança no sistema de precificação para 2011. Com as siderúrgicas e as mineradoras ainda em discussão, as eventuais mudanças devem acontecer gradualmente. Otimismo prevalece

Assim, as perspectivas são bastante otimistas para o setor no ano – e, especificamente, para a Vale. Quase todas as recomendações para a companhia compiladas pela InfoMoney são de compra ou desempenho acima da média do mercado ou setor. A gigante da mineração é top pick do Barclays,Bank of América Merrill Lynch , UBS, Link e Ágora.

Além de ver a empresa como bem posicionada para o cenário de alta do minério de ferro, o Barclays destaca que a Vale ainda tem vantagens competitivas. Entre as principais, o banco lembra que a mineradora tem os menores custos na indústria, produtos de qualidade superior, uma plataforma de crescimento orgânico de alto retorno e reservas de longo prazo.

O Morgan Stanley também frisa os baixos custos da mineradora – que, em sua visão, sustentam margens operacionais acima da média e geração de caixa. “Um dos principais pontos positivos da Vale é a qualidade de seu produto em relação aos demais concorrentes, que está melhorando, e não piorando durante a próxima década”, completa o UBS.

A Link, por sua vez, destaca que as altas expectativas não se baseiam apenas no minério de ferro, mas também nos demais metais. “Esperamos um ótimo ano para as mineradoras brasileiras, principalmente para a Vale, que também deverá apresentar bons resultados em suas demais operações, já que os preços dos metais também estão em alta e devem subir ainda mais com melhores perspectivas da economia mundial”, afirma o analista Leonardo Alves.

Um desses metais é o cobre – que, no último trimestre, contribuiu com R$ 689 milhões nas receitas da empresa. “O cobre tem o melhor risco de upside, considerando que o equilíbrio global para 2011 pode atingir 500 mil toneladas métricas de déficit, enquanto os estoques estarão semelhantes aos do início do ano”, diz Colin Fenton, analista do JPMorgan.

O Wells Fargo também coloca o cobre entre suas recomendações overweight para o ano, apostando na demanda chinesa. Outro banco que tem uma avaliação positiva sobre o metal é o Barclays. Segundo os analistas Gayle Berry, Suki Cooper, Roxana Molina, Kevin Norrish e Nicholas Snowdon, os dados sugerem que a recuperação da demanda por cobre está ganhando ritmo, e vem superando as expectativas na América Latina, América do Norte, China e Europa. "Acreditamos que há potencial para uma forte alta da demanda no primeiro semestre de 2011", escrevem.

O níquel, material do qual a Vale é a segunda maior produtora global, também pode subir no ano, na avaliação do Wells Fargo. O metal, segundo o banco, pode se beneficiar da contínua fraqueza do dólar. Apesar disso, o Wells Fargo não tem recomendação overweight para o níquel, avaliando que a demanda já mais moderada e os preços já elevados podem conter o upside do metal.

“Esperamos maiores remessas de níquel [da Vale] em um cenário de demanda firme, retorno de produção no Canadá e operações de dois novos projetos” comenta ainda o analista Leo Larkin, da Standard & Poor’s Equity Research sobre as operações da mineradora.

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Capex elevado, mas bem visto O elevado capex da mineradora, por sua vez, também não preocupa a maioria dos analistas.

“Esperamos uma alta significativa no capex nos próximos três anos, mas acreditamos que a Vale conseguirá gerar retornos atrativos também”, explica o Morgan Stanley.

Já o UBS vê a possibilidade de uma revisão para cima dos planos da mineradora. “Com tantos orçamentos fechados de projetos ainda a anunciar, mesmo com guidances prévios, esperamos ver altas significativas em muitos desses projetos – o que não é algo específico da Vale, mas sim do setor”, aponta o banco, frisando ainda que o capex atual tem “uma escala que nunca vimos na Vale antes”.

No mesmo sentido, a Fator comenta em relatório que “o plano de investimentos anunciado de US$ 24 bilhões para 2011 deverá ter a maior parcela financiada pela geração própria de caixa. Entretanto, a empresa está confortável patrimonial e financeiramente caso precise financiá-lo com dívida”, escreve o analista Rodrigo Fernandes.

Há, contudo, riscos no plano de investimentos da empresa. O UBS destaca que a mineradora está aplicando um montante considerável de capital fora do seu core business, o minério de ferro. Além disso, o banco ainda lembra que a diversificação geográfica implícita no capex pode trazer problemas – nem tanto por riscos geopolíticos, mas sim pelo lado de gerenciamento de projetos e recursos humanos.

“Não é que não acreditemos que a Vale não conseguirá executar seus projetos, mas simplesmente que há riscos envolvidos em duplicar ou triplicar a intensidade de capex e espalhá-lo em um universo tão diversificado em termos geográficos”, diz o banco. Caro ou barato?

Apesar de os analistas não discordarem dos bons fundamentos e perspectivas para a Vale e para o setor de forma geral, alguns levantam a questão de precificação dos papéis.

“Gostamos do setor, a demanda por minério continua forte e a oferta não deve acompanhar a demanda. Mas isso já está precificado nos papéis da Vale – não vemos um upside muito grande em relação ao índice no ano”, explica Rossano Oltramari, analista da XP. “O ativo é sensacional, a gestão é fantástica, o setor está muito interessante. Mas isso já está no preço do ativo”.

Outros, contudo, veem os ativos como baratos. Em relatório publicado em novembro, o JPMorgan afirma que os papéis da mineradora estão baratos em relação à média histórica e aos pares. O preço das ações, segundo Ben Laidler e Rodolfo De Angele, mais do que desconta o capex elevado da empresa e preocupações do mercado sobre taxação de royalties do setor. No mesmo sentido, o Bank of America Merrill Lynch, em relatório de Renato Onishi, Pedro Martins e Marina Valle publicado no final de novembro indica que a Vale estava sendo negociada com um desconto de 10% em relação à média do setor, considerando os múltiplos EV/Ebitda para 2011.

Também em relatório do mês de novembro, o Morgan Stanley afirma que a Vale tem um valuation razoável. Já a Standard & Poor’s Equity Research destaca que as ações da Vale devem ser negociadas com prêmio em relação aos pares, considerando seus ganhos relativamente mais estáveis.

Cabe destacar que, no mês de dezembro - considerando o fechamento do dia 29 - as ações ON e PN da mineradora registram alta de 2,91% e 1,06%, nessa ordem. Ponderando os riscos

Em relatório, Lika Takahashi, da Fator, lembra que a apreciação do real tem um “efeito perverso sobre as grandes exportadoras” – caso da Vale, como já reconheceu o próprio Roger Agnelli, presidente da companhia. Esse, entre outros motivos, justifica a recomendação da corretora para os papéis, “neutra”.

Apesar das perspectivas positivas para o setor, o analista Rodrigo Fernandes pondera na questão que “as incertezas que permeiam essa recuperação [da siderurgia] e a possível sobreoferta de produtos siderúrgicos e de minério reduzem as chances de aumento de preços”.

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“No caso de Vale, seu negócio principal é menos vulnerável à eventual recaída da economia global, mas as incertezas tendem a ser crescentes em função tanto da nova regulamentação do setor de mineração, quanto do seu plano estratégico de longo prazo com a eventual saída de seu atual presidente”, aponta a Fator em relatório.

A dupla do Barclays também reconhece o risco político da empresa, mas por hora o deixa de lado, assim como boa parte dos times de análise. “Ainda que o risco político esteja aumentando, esperamos que os fortes fundamentos e as oportunidades de crescimento sigam como principais drivers”, apontam os analistas do banco britânico. O BofA ML também afirma que o upside nos preços dos metais e o crescimento chinês compensam riscos de governança, como mudanças na diretoria da companhia e aumento de royalties.

Os riscos para o cenário traçado pela dupla de análise do Barclays se concentram em um excesso de oferta e elevação dos royalties no País. Já o Morgan Stanley aponta uma piora da crise fiscal na Europa, que poderia levar a uma demanda menor por minério no continente, além de uma queda nas importações chinesas da commodity, como principais riscos às projeções.

Por fim, o UBS classifica suas projeções de preço-alvo para os papéis da mineradora como mais conservadoras, apontando mais um potencial ponto de problemas para a companhia. “Acreditamos que o mercado tende a ignorar o capital necessário para investimentos para substituir minas esgotadas”, diz o banco. Fonte: Infomoney Data: 30/12/2010

VALE PROPÕE PAGAMENTO DE REMUNERAÇÃO EXTRA DE US$ 1 BI A

ACIONISTAS

A Vale confirmou nesta quinta-feira que a diretoria aprovou proposta de pagamento de remuneração extra aos acionistas no valor bruto de US$ 1 bilhão. A proposta será analisada pelo Conselho de Administração da mineradora em reunião marcada para 14 de janeiro de 2011.

Caso seja aprovada, o pagamento será feito em 31 de janeiro de 2011. Donos de recibos de ações negociadas em Nova York e em Hong Kong receberão o pagamento por meio do banco JP Morgan, agente depositário, em 7 de fevereiro e 9 de fevereiro, respectivamente.

O valor total da remuneração extra proposta corresponde a US$ 0,191634057/ ação. O valor em reais será dado pela cotação do dia 13 de janeiro de 2011.

No Brasil, se os recursos forem classificados como juros sobre capital próprio, poderão sofrer dedução do Imposto de Renda na fonte, exceto para os beneficiários imunes e isentos que comprovarem atender às exigências para a dispensa de retenção do imposto.

Os donos de recibos de ações negociadas no exterior poderão estar sujeitos a outras taxas e encargos.

Todos os donos de ações da empresa no Brasil em 14 de janeiro de 2011 terão direito ao benefício. A data de referência para recibos de ações negociadas no exterior será o dia 19 de janeiro. Fonte: Folha.com Data: 30/12/2010

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MMX PROMETE INVESTIR R$ 5 BILHÕES EM MINAS GERAIS

A MMX anunciou investimento de R$ 5 bilhões em Minas Gerais para quadruplicar sua produção de minério de ferro até 2016. Do total, R$ 3,5 bilhões seriam destinados à região de Serra Azul, no Quadrilátero Ferrífero, e R$ 1,5 bilhão à mina de Bom Sucesso, ainda em projeto. A partir de maio de 2011 será desenvolvido o projeto em Serra Azul, que pretende ampliar a produção das minas Tico Tico e Ipê, das atuais 8,7 milhões para 24 milhões t/ano.

A usina de beneficiamento dará lugar a uma nova, capaz de processar a produção de minério de ferro, que será transportado até um terminal ferroviário a 10 km do local. Em Bom Sucesso, a produção deve atingir 10 milhões t/ano. Neste projeto, a MMX investirá também em logística de transporte e usina de beneficiamento. Fonte: Brasil Mineral, nº 482 Data: 16 de dezembro de 2010

EM 2015 VALE PODERÁ SER 4ª MAIOR PRODUTORA DE COBRE DO MUNDO

A Vale espera alcançar o quarto lugar no ranking mundial de produção de cobre em 2015, segundo declarações do diretor executivo de Metais Básicos, Tito Martins, durante a cerimônia de inauguração do projeto de cobre de Tres Valles, no Chile.

A empresa visa atingir a meta de 1 milhão t de cobre em suas operações ao redor do mundo. No entanto, não detalhou como serão feitas as expansões para chegar a esse nível de produção.

Segundo o plano de investimentos oficial da Vale para 2011, a empresa previa que fossem investidos US$ 3,4 bilhões até 2015 para atingir a produção de 691 mil t, mas com a declaração deverá haver novo cálculo de investimentos.

Fonte: Revista Minérios & Minerales Data: 03 de dezembro de 2010

VALE AVISA QUE VAI SUBIR OS PREÇOS DOS MINÉRIOS EM 2011

A Vale deve elevar os preços trimestrais dos contratos de minério de ferro em 8,8%, para US$ 149,20 por tonelada em janeiro, conforme cálculos da agência inglesa de notícias Reuters. Uma fonte do setor na China confirmou à agência que a mineradora estabeleceu os preços para o primeiro trimestre através do cálculo da média do preço diário da commodity no norte da China entre 1º de setembro e 30 de novembro.

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A Vale adotou o sistema de precificação trimestral em abril de 2009, substituindo o antigo formato anual, em que os preços eram estabelecidos uma vez por ano, em meio a um longo período de negociações entre compradores e fornecedores. De acordo com a fonte chinesa, os contratos com a Vale preveem que os preços para cada trimestre sejam firmados conforme o valor médio “dos dias dentro do período de três meses consecutivos, começando no primeiro dia do quarto mês anterior ao início do trimestre em questão”. Remuneração

Na outra ponta, a Vale também confirmou nesta quinta-feira que a diretoria aprovou proposta de pagamento de remuneração extra aos acionistas no valor bruto de US$ 1 bilhão. A proposta será analisada pelo Conselho de Administração da mineradora em reunião marcada para 14 de janeiro de 2011. Caso seja aprovada, o pagamento será feito em 31 de janeiro de 2011. Donos de recibos de ações negociadas em Nova York e em Hong Kong receberão o pagamento por meio do banco JP Morgan, agente depositário, em 7 de fevereiro e 9 de fevereiro, respectivamente.

O valor total da remuneração extra proposta corresponde a US$ 0,191634057/ ação. O valor em reais será dado pela cotação do dia 13 de janeiro de 2011. No Brasil, se os recursos forem classificados como juros sobre capital próprio, poderão sofrer dedução do Imposto de Renda na fonte, exceto para os beneficiários imunes e isentos que comprovarem atender às exigências para a dispensa de retenção do imposto.

Os donos de recibos de ações negociadas no exterior poderão estar sujeitos a outras taxas e encargos. Todos os donos de ações da empresa no Brasil em 14 de janeiro de 2011 terão direito ao benefício. A data de referência para recibos de ações negociadas no exterior será o dia 19 de janeiro.

Fonte: Correio do Brasil Data: 30 de dezembro de 2010

OURO LIDERA RANKING DE INVESTIMENTOS EM 2010

O metal acumulou rentabilidade de 32,26% no ano, contra desempenho quase nulo do indice Bovespa, que ficou em 1,04% - abaixo até da caderneta de poupança que terminou o ano com rentabilidade de 6,81%

A crise internacional e a consequente procura dos investidores por ativos mais seguros fizeram com que as aplicações em ouro superassem todas as outras em 2010. O metal acumulou rentabilidade de 32,26% no ano, contra desempenho quase nulo do indice Bovespa, que ficou em 1,04% - abaixo até da caderneta de poupança que terminou o ano com rentabilidade de 6,81%. "Havia uma expectativa de que esse seria um ano de rearranjo na economia mundial, mas os países não saíram da crise", explica o consultor financeiro Fábio Gallo. "Com os mercados instáveis, há uma corrida de investidores para ativos reais, que se comportam como o ouro".

Em dezembro, o metal encerrou com baixa de 3,53% - a primeira desvalorização desde fevereiro. "O ouro atua como um porto seguro em época de crise", diz o consultor financeiro Mauro Calil. "Para o ano que vem, acho pouco provável que ele suba mais." Mas há ainda quem aposte no metal, caso as economias americana e europeia não deem sinal de recuperação. "Embora com pouca liquidez, pode ser uma boa alternativa para diversificação da carteira", diz o administrador de investimentos Fábio Colombo.

Não há estatísticas oficiais sobre o mercado de ouro no Brasil, mas corretoras estimam que só durante este ano essa modalidade de investimento movimentou algo em torno de R$ 3 bilhões. Na

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BM&FBovespa, o contrato mínimo a ser negociado é de 250 gramas, no valor de R$ 20 mil, em dezembro.

Depois do ouro, o segundo melhor investimento em 2010 foram os fundos da Vale com recursos do FGTS: a rentabilidade foi de 15,37%. "A mineradora começou o ano com uma performance mediana, mas as boas notícias vindas da China no primeiro quadrimestre reverteram a tendência de baixa, com o aumento na demanda por minério de ferro no mundo inteiro", explica Calil.

Já os fundos da Petrobras ocuparam o último lugar no ranking dos investimentos, com desvalorização de 29,88%, em consequência do desfecho da megacapitalização realizada pela estatal em setembro. A demora do governo em esclarecer as regras do pré-sal gerou insegurança entre os investidores. Ontem, no último pregão do ano, a bolsa brasileira encerrou o dia com variação positiva de 0,51% e 69.304 pontos. O ano fechou em 1,04% - uma oscilação bem diferente da registrada no fim de 2009, quando a Bovespa aparecia, com folga, como o investimento mais interessante: alta de 82,6% naquela ocasião.

Fonte: Estado de São Paulo Data: 31 de dezembro de 2010

SUMITOMO INVESTIRÁ US$ 1,26 BILHÃO NA MINERAÇÃO USIMINAS

Avançando em sua estratégia de ampliar a competitividade por meio da verticalização das operações, a Usiminas concluiu ontem a formalização de joint venture com a Sumitomo Corporation, que passa oficialmente a deter participação de 30% no capital da Mineração Usiminas S.A. Com a formalização do negócio, o grupo japonês realizou aporte de US$ 1,26 bilhão diretamente no caixa da mineradora e ainda deverá pagar um valor adicional de US$ 674 milhões, condicionado à ocorrência de eventos futuros.

Os recursos investidos pelo novo sócio serão agregados integralmente ao patrimônio líquido da Mineração Usiminas, resultando em caixa para os investimentos programados pela empresa para os próximos anos. O patrimônio líquido da companhia após a entrada dos recursos pagos pela Sumitomo será de R$ 4,15 bilhões.

A criação da joint venture com o parceiro japonês na Mineração Usiminas durou menos de seis meses. A entrada da Sumitomo no negócio foi anunciada em 30 de junho deste ano, os contratos foram assinados em 27 de setembro e, agora, a Mineração Usiminas recebe o pagamento. Todos os termos inicialmente acertados foram mantidos na conclusão da operação. Investimentos

O plano de expansão da Mineração Usiminas prevê a aplicação, até 2015, de R$ 4,1 bilhões em projetos de instalações industriais, equipamentos, barragens e terminais de embarque, dentre outros. O objetivo é ampliar a capacidade de produção de minério de ferro da empresa das atuais 7 milhões para 29 milhões de toneladas/ano. Ao todo, a companhia possui quatro minas, todas na região de Serra Azul (MG). Fonte: In The Mine Data: 04 de janeiro de 2011

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ANGLO AMERICAN FAZ ACORDO PARA REDUZIR TARIFAS DE PROJETO NO BRASIL

Mineradora obteve tarifas de longo prazo atrativas para seu projeto de minério de ferro no Brasil, em troca de assumir uma parcela maior dos custos de desenvolvimento do porto de Açu

A mineradora global Anglo American disse que obteve tarifas de longo prazo atrativas para seu projeto de minério de ferro no Brasil, em troca de assumir uma parcela maior dos custos de desenvolvimento do porto de Açu. A Anglo American possui uma fatia de 49% no porto, enquanto a LLX Logística detém os 51% restantes. Às 10h45 (de Brasília), as ações da mineradora subiam 1,33% na Bolsa de Londres. "Nós asseguramos agora uma posição de custo extremamente competitiva para o nosso projeto de minério de ferro Minas-Rio no Brasil", afirmou a executiva-chefe da companhia, Cynthia Carroll, num comunicado.

A Anglo American concordou em pagar US$ 525 milhões adicionais para desenvolver o porto de Açu, o que levará a participação da companhia no custo de desenvolvimento do porto para US$ 1,2 bilhão, dos valor total de US$ 1,5 bilhão, de acordo com um porta-voz da mineradora. No acordo com LLX, a Anglo American assegurou um contrato fixo de 25 anos, segundo o qual a mineradora pagará uma tarifa bruta portuária de US$ 7,10 por tonelada, ou de US$ 5,15 por tonelada uma vez que a participação da empresa no porto seja levada em conta. A tarifa portuária será aplicada à primeira fase do projeto Minas-Rio, que está previsto para produzir 26,5 milhões de toneladas de minério de ferro por ano. Se o volume de minério de ferro transportado superar esse montante, será aplicada uma tarifa bruta mais baixa de US$ 4,25 por tonelada, desde que não haja necessidade de expansão portuária.

A Anglo American espera iniciar a construção do projeto em março e afirmou que serão necessários de 27 a 30 dias para a realização do primeiro transporte de minério de ferro proveniente da mina. O porta-voz da companhia afirmou que a capacidade portuária será mais do que suficiente para cobrir a primeira fase do projeto, sem fornecer mais detalhes. As informações são da Dow Jones. Fonte: Estadão.com.br Data: 29 de dezembro de 2010 Autora: Clarissa Mangueira

EXPORTAÇÕES EM ALTA DEVEM REFLETIR POSITIVAMENTE, APONTA ATIVA

A Ativa avaliou positivamente os números da exportação de minério de ferro referentes a dezembro, divulgados na última segunda-feira (3) pela secretaria de Comércio Exterior. O forte volume exportado, que se aproxima do recorde histórico mensal, evidencia o cenário de manutenção da forte demanda chinesa pela commodity, afirma a corretora.

Em dezembro, as exportações brasileiras de minério de ferro atingiram 32,2 milhões de toneladas, o que supera em 30,2% o patamar registrado em novembro de 2010 e é 33,0% superior ao número observado em dezembro de 2009.

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Cotação se mantém em alta Ademais, o preço da commodity apresentou estabilidade na comparação com o mês anterior,

superando em cerca 142,0% o preço apresentado no mesmo período de 2009. Segundo a Ativa, o preço registrado já era aguardado dado o desempenho da cotação internacional do minério de ferro. A composição deste cenário leva a corretora a crer que o resultado consolidado do quarto trimestre favorecerá "um viés positivo para o resultado das mineradoras no 4T10", afirma o relatório. Riscos para 2011

Contudo, a corretora alerta que em 2011 há "o risco do governo chinês adotar medidas macroeconômicas para conter a inflação, o que pode impactar negativamente a demanda por minério de ferro", conclui a análise. Dados da exportação de minério de ferro:

Exportação de Minério de Ferro

Dez/10 Nov/10 Dez/09 Dez/10 x Nov/10 Dez/10 x Nov/10

Ajustado* Dez/10 x Dez/09

Volume (kton) 32.176 24.719 24.189 30,2% 26,0% 33,0%

Preço (US$/ton) 110,0 109,4 45,4 0,6 n.d. 142,2%

*Ajustado pelo número de dias corridos Fonte: Ativa

Fonte: Infomoney Data: 04 de janeiro de 2011

COBRE INICIA EL AÑO CON UN NUEVO MÁXIMO HISTÓRICO TRAS SUBIR UN 0,15%

Se transó en US$ 4,42434 la libra contada 'grado A', valor que se compara con los US$ 4,41776 del viernes 31 de diciembre. De esta forma marca un nuevo record principalmente a los datos manufactureros del orbe

Con un promedio mensual y anual de US$ 4,42434, partió el registro oficial del cobre en la Bolsa de Metales de Londres (BML), ya que en la jornada el metal rojo presentó un alza de 0,15%. Se transó en US$ 4,42434 la libra contada 'grado A', valor que se compara con los US$ 4,41776 del viernes 31 de diciembre. De esta forma marca un nuevo record principalmente a los datos manufactureros del orbe.

Las agencias internacionales han informado que la actividad manufacturera en Estados Unidos y Europa se aceleró en diciembre, mientras que el crecimiento en China e India se moderó a niveles más sostenibles, en otro impulso para el panorama económico global. "Todavía hay un elevado optimismo tras los datos económicos favorables. También hemos visto unos mercados de acciones muy firmes hoy

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(martes) en Asia, lo que refleja el apetito por el riesgo", dijo un analista de Commerzbank, Daniel Briesemann. "No obstante, se está acumulando potencial para una corrección", agregó.

Un economista de materias primas de National Australia Bank, Ben Westmore comentó que "En el mercado del cobre, habíamos previsto un déficit para el 2011 pero estamos viendo eventos que hacen que los analistas revisen eso (el déficit) al alza".

Chile RT y Collahuasi

La tercera mayor mina de cobre del mundo, la chilena Collahuasi controlada por Anglo y Xstrata, ha reiniciado parcialmente las exportaciones a través del Puerto de Angamos ubicado en Antofagasta, luego de que un accidente cerró su terminal clave a mediados de diciembre. Pero sus entregas todavía no son lo suficientemente grandes como para levantar una situación de fuerza mayor que ya lleva dos semanas.

La División Radomiro Tomic de Codelco destacó por sus excelentes resultados en materia de seguridad y producción, incluso batiendo sus propias marcas, alcanzando una producción de 309 mil 400 toneladas de cátodos de cobre fino durante el año 2010. Esta es una muestra del compromiso que tiene la organización, de nuestros trabajadores, profesionales y ejecutivos, que tienen la camiseta de RT bien puesta, destacó Juan Carlos Avendaño Díaz, gerente general de la división.

Fonte: Portal Minero Data: 05 de janeiro de 2011

MINERAÇÃO CONTRIBUI COM 121% NA BALANÇA COMERCIAL BRASILEIRA

A participação do setor mineral no resultado da balança comercial brasileira de 2010 dever ser de 121%. Isso se deve, pois o superávit da mineração vai superar o saldo da balança registrado pelo país.

A diferença entre as compras e vendas realizadas pelo Brasil ficou no azul, registrando um superávit de U$ 20,27 bilhões. Enquanto isso, no setor mineral as exportações devem superar as importações em US$24,5 bilhões, segundo estimativas do IBRAM (Instituto Brasileiro de Mineração).

Fonte: IBRAM Data: 05 de janeiro de 2011

EDITAL FOMENTA ATIVIDADES DE PESQUISA NO SETOR MINERAL

Desde 2003 o governo Federal fomenta a inserção, transferência, e inovação de tecnologia em micro e pequenas empresas do setor mineral, que hoje estão organizadas em Arranjos Produtivos Locais (APLs). Estes arranjos são fundamentais para o avanço do setor mineral, pois convergem esforços e empreendimentos - localizados mesmo território - em torno de uma cadeia produtiva que tenha como base a atividade extrativa e de transformação mineral. Nesse sentido, surge a

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necessidade de capacitar ainda mais a formação de recursos humanos dos APLs, com o intuito de transferir mais tecnologia para o setor e consequentemente otimizar suas atividades.

Pensando nisso, o Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) e o Conselho Nacional de Desenvolvimento Cinetífico e Tecnológico (CNPq/MCT) lançam edital para apoiar atividades de pesquisa científica, tecnológica e de inovação e de capacitação de Recursos Humanos, nos temas prioritários do Projeto Tendências Tecnológicas do Setor Mineral e tecnologias para Arranjos Produtivos Locais de Base Mineral.

O edital apóia duas chamadas. A primeira seleciona projetos aplicados às seguintes linhas temáticas, definidas com base no Projeto Tendências Tecnológicas para o Setor Mineral: desenvolvimento de metodologias de exploração geológica de suporte à exploração mineral; aumento da eficiência de processos de cominuição (britagem e moagem) de matérias-primas minerais, com a otimização do consumo de energia; otimização e desenvolvimento de processos hidrometalúrgicos; Desenvolvimento, validação e aferição de indicadores de sustentabilidade para mineração; formação e qualificação de recursos humanos nos níveis médio, superior e pós-graduação na área de Geologia e Tecnologia Mineral, dentre outras.

Já a segunda linha abrange projetos com prioridades para os segmentos de Água Mineral, Calcário de Cal, Cerâmica vermelha e de revestimento, Gemas, Jóias e afins, Gesso, Rochas e Minerais de Pegmatitos, Rochas Ornamentais e Sal marinho, visando à inserção, transferência e difusão de tecnologias.

As propostas aprovadas serão financiadas no valor estimado de R$ 6.8 milhões, oriundos do Fundo Setorial Mineral, a serem liberados este ano e em 2012. O recurso total a ser investido na Chamada 1 é de R$ 4 milhões, e cada projeto apoiado contará com orçamento entre R$ 150 mil e R$ 500 mil. Já na Chamada 2 serão investidos R$ 2,8 milhões e serão apoiados projetos cooperativos no valor de R$ 100 mil até R$ 400 mil. As propostas devem ter seu prazo de execução estabelecido em 24 meses.

O proponente de ambas as chamadas deve ter currículo cadastrado na Plataforma Lattes e manter vínculo empregatício (celetista ou estatutário) com a instituição de execução do projeto. Na chamada 1, o coordenador deve também ter título de doutor; já na chamada 2, deve ser doutor ou ser graduado na área e ter realizado, por pelo menos oito anos, atividades de gestão, planejamento e infraestrutura em ciência, tecnologia e inovação ou pesquisa e desenvolvimento tecnológico.

As propostas devem ser encaminhada ao CNPq exclusivamente via Internet, por intermédio do Formulário de Propostas Online, disponível na Plataforma Carlos Chagas (http://carloschagas.cnpq.br/), até 31 de janeiro.

Fonte: Agência CT Data: 05 de janeiro de 2011

ESCASSEZ DE MÃO DE OBRA MUDA DINÂMICA NAS MINERADORAS

A procura por commodities impulsionou a oferta de vagas para mineiros no mundo inteiro, levando as empresas a alertar que a escassez pode desacelerar a expansão e aumentar os custos

A demanda por operários está forçando algumas empresas como a anglo-australiana BHP Billiton a se prepararem para transportar de avião operários de minas remotas. Outras, como a também anglo-australiana Rio Tinto, informam que a escassez acelerou os esforços para automatizar as operações. A japonesa Nittetsu Mining Co. foi forçada a diminuir o ritmo das obras de expansão da

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mina chilena de cobre Sol Naciente por causa da escassez de mineiros. A empresa afirma que vai acelerar novamente os planos nos próximos meses.

A Vale SA, a suíça Xstrata PLC e a britânica Anglo-American PLC, juntamente com a BHP e a Rio Tinto, estão realizando projetos de expansão no mundo inteiro para tentar atender à demanda alimentada pela China, Índia e outros países em desenvolvimento. Mas algumas mineradoras afirmam que o setor enfrenta a concorrência crescente da indústria petrolífera por operários capacitados, já que esse setor também está aumentando as despesas com exploração e desenvolvimento.

Embora a escassez se traduza em custos maiores para as mineradoras, ela beneficia os operários, que podem trocar de mina em busca de salário e condições de trabalho melhores. Kyle Hirsch, que extrai prata em Big Creek, no Estado americano de Idaho, largou o emprego na mina Lucky Friday, da Hecla Mining Co., e começou a trabalhar em outra mina de prata próxima, que pagava US$ 350 a mais por semana. "Perambulei minha vida toda, indo de mina para mina", diz Hirsch, de 44 anos, que agora trabalhar como perfurador na mina Crescente Silver, em Idaho. "Agora é uma época boa para minerar. Mineração dá dinheiro". A United Mining Group Inc., dona de 80% da mina Crescent Silver, afirma que paga às duplas de mineiros cerca de US$ 100 para cada 30 centímetros de rocha que eles escavam. Geralmente a dupla escava três metros de rocha num turno, o que dá cerca de US$ 1.000. Ano passado, as duplas recebiam menos, cerca de US$ 70 a US$ 80 para cada 30 centímetros de rocha escavada, segundo Greg Stewart, presidente da United Mining Group. "Temos que pagar mais agora", diz Stewart, por causa da competição por operários.

Na Austrália, a BHP Billiton afirma que não há operários suficientes numa região isolada do Estado de Queensland, onde ela já tem uma mina de carvão mas quer abrir outra. A empresa planeja transportar de avião 500 operários de Brisbane, a 800 km de distância, para perto de Moranbah, Queensland, e trazê-los de volta em alguma semanas. "A Caval Ridge, em Queensland, é um projeto em que a BHP Billiton pretende usar aviões para transportar 100% dos operários", diz um representante da empresa. A companhia terá de arcar com a habitação dos operários, bem como o transporte aéreo, mas não quis divulgar em quanto isso deve aumentar os custos com mão de obra.

A BHP Billiton alertou os investidores ano passado de que enfrenta "falta de pessoal capacitado em engenharia, serviços técnicos, construção e manutenção. Essa escassez pode afetar negativamente o custo e o cronograma de desenvolvimento de projetos e o custo e eficiência das operações existentes".

A Rio Tinto afirma que não tem perfuradores ou caminhoneiros suficientes para suas gigantescas minas de ferro na região australiana de Pilbara, ou maquinistas para transportar o minério. A empresa criou um programa para automatizar todas essas funções. "Não temos gente suficiente", disse Sam Walsh, diretor-presidente de minério de ferro da Rio Tinto, durante uma teleconferência com analistas em novembro. "Claro que há o benefício de operar esses equipamentos automaticamente. Já obtivemos melhorias substanciais na economia de combustível dos caminhões; espero que obtenhamos o mesmo com as locomotivas à medida que progredirmos." A Rio Tinto não quis dar uma estimativa da alta em seus custos trabalhistas.

Analistas do setor preveem que a escassez de operários no curto prazo vai prejudicar as mineradoras em termos de custo e eficiência, mas no longo prazo os custos devem cair à medida que a automatização substitui os mineiros. Eles dizem também que as mineradoras contam com mais recursos, já que a alta de minérios como carvão, cobre, ouro, prata e zinco ajuda a compensar o gastos maiores com mão de obra.

A indústria americana de mineração, que não inclui o setor petrolífero, empregou 219.200 pessoas em novembro, uma alta dessazonalizada de 5,8% frente aos 207.200 de um ano antes, segundo o Birô de Estatísticas do Trabalho dos Estados Unidos. Na Austrália, o governo informou em outubro que a indústria mineradora do país tinha 135.000 empregados em junho de 2009, 5,5% a mais que os 128.000 de um ano antes.

O salário médio dos mineiros varia conforme o país e a região e de acordo com a tarefa: perfuração, operação ou engenharia. A Austrália oferece o maior salário anual médio, segundo

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estatísticas do governo da Austrália, chegando a 100.000 dólares australianos (US$ 97.750) em 2009, o último ano para o qual há dados disponíveis. No Canadá, o salário médio foi de 70.044 dólares canadenses (US$ 70.198) em 2009, segundo o governo canadense. Os mineiros americanos receberam em média US$ 63.728 em 2009, segundo o Birô de Estatístiscas do Trabalho.

Albert Draine, 33 anos, trabalha há 14 anos em minas no Alasca, Montana e Idaho. Ele estava trabalhando numa mina de prata em Idaho enquanto estava de olho numa vaga numa mina no Alasca com salário melhor, quando soube de uma oportunidade numa mina próxima de prata, também com salário maior. Ele se candidatou e foi contratado. "Os benefícios são os mesmos, mas o salário é melhor", diz ele. Fonte: The Wall Street Journal Data: 04 de janeiro de 2011 Autor: Robert Guy Matthews

MINERAÇÃO X PETRÓLEO. OS ROYALTIES NOSSOS DE CADA DIA

Muito tem se falado nos últimos meses a respeito de um inevitável aumento dos royalties da mineração. Em palestra no 14º School of Mines, realizado no Rio de Janeiro, o analista sênior de mineração do Santander Research, Felipe Reis, destaca que o cenário mais provável é de alta, seguindo a tendência internacional. Na Austrália, já houve um aumento de 30%; no Chile, está em exame no congresso um reajuste de 4% para 9% dos royalties cobrados das mineradoras privadas.

Em matéria publicada no Valor, Anderson Cabido, prefeito de Congonhas, cidade histórica de Minas Gerais, reforça essa posição e afirma ser injusta a alíquota dos royalties do minério, equivalente a 2% sobre o lucro líquido das companhias mineradoras, enquanto a alíquota do royalty do petróleo é de 10% sobre o faturamento bruto das petroleiras. Cabido, que também está à frente da Associação Nacional dos Municípios Mineradores (ANMM), oferece como exemplo dessa injustiça o fato da cidade de Macaé, no Estado do Rio de Janeiro, ter recebido R$ 1,1 bilhão em royalties do petróleo em 2009, enquanto todos os municípios mineradores do país terem apurado juntos R$ 1,08 bilhão em royalties do minério.

Apesar de usar a alíquota de 10% do petróleo como paradigma de um inevitável aumento dos royalties do minério, Cabido não pleiteia um tratamento igualitário para ambos os produtos minerais, petróleo e minério. A proposta dos prefeitos é de um aumento de 2% a 4% da receita bruta da mineração, e não de 2% para 10%, como seria coerente, segundo seu raciocínio comparativo entre petróleo e minério.

Na outra ponta desse debate encontram-se as mineradoras, que defendem a manutenção em 2% dos royalties da mineração, sob alegação de que um aumento poderia comprometer a competitividade do minério brasileiro no exterior. Segundo o Instituto Brasileiro de Mineração (Ibram), o problema não é isoladamente a Compensação Financeira pela Exploração de Recursos Minerais, ou royalty do minério, mas o total dos tributos que incidem sobre os minérios, cuja exportação, a propósito, é isenta de ICMS.

A exploração petrolífera ocorre a quilômetros da costa, já a mineral engole montanhas, assoreia rios e seca nascentes

Tamanho ativismo de ambas as partes, a favor ou contra o aumento dos royalties da mineração, parece ignorar aspectos importantes que impactam diretamente na população dos Estados e municípios produtores. Primeiramente, deve-se observar que a mineração é um setor de enorme rentabilidade.

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No Brasil, as duas principais empresas de exploração de recursos naturais, petróleo e minério de ferro, são, respectivamente, a Petróleo Brasileiro S.A. (Petrobras) e a Cia. Vale S/A (Vale). No período de janeiro a setembro de 2010, o lucro líquido da Petrobras foi de R$ 24,588 bilhões, enquanto o da Vale foi de R$ 20,068 bilhões. Levando-se em consideração que a Petrobras ainda exerce quase um monopólio na produção de petróleo e gás natural e que a Vale é responsável por cerca de 40% do valor da produção mineral brasileira, conclui-se que o lucro líquido do setor de mineração é superior ao lucro líquido do setor de petróleo e gás natural.

O descompasso entre os royalties do petróleo e os do minério fica ainda mais evidente se considerarmos o fato de que a exploração petrolífera ocorre a quilômetros da costa e distante das populações que vivem no continente, enquanto a exploração mineral engole montanhas, seca nascentes, assoreia rios, destrói estradas com seus caminhões cada vez maiores e mais pesados, e requer uma infraestrutura maior nas regiões minerais.

Esse descompasso demonstra claramente que a tese a ser defendida é de um tratamento igualitário entre petróleo e minério, com a equiparação dos royalties desses bens naturais não renováveis, que são regidos pelo mesmo artigo 20 da Constituição.

Outro aspecto importante a ser observado é o fato de que com tamanha rentabilidade, dificilmente um aumento, digamos, de 2% para 10% da alíquota dos royalties do minério, comprometeria a competitividade do minério brasileiro. Afinal, para abastecer os seus carros a população paga uma das gasolinas mais caras do mundo, um dos metros quadrados mais caros do mundo na hora de comprar um imóvel, assim como na hora de adquirir um veículo ou o pão nosso de cada dia. Portanto, seria improvável que as prósperas mineradoras teriam dificuldade em arcar com um royalty do minério reajustado para um patamar semelhante ao do petróleo, que ainda assim não seria o royalty mineral mais alto entre os paises produtores.

A boa notícia para as mineradoras está no dividendo social que esse aumento dos royalties do minério proporcionará à sociedade em geral, e aos Estados e municípios mineradores em particular. Após décadas como meros expectadores do que acontece em seu subsolo, esses estados e municípios finalmente terão a oportunidade de obter algo que faça jus à sigla CFEM, ou seja, uma Compensação Financeira pela Exploração dos Recursos Minerais que realmente signifique uma compensação adequada, e contribua efetivamente para uma merecida melhoria da qualidade de vida da população desses Estados e municípios. Fonte: Valor Econômico Autor: Luiz Begazo Data: 07/01/2011