07.02 O Desdobramento II 20 jan 2015

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Estudos Dirigidos Voltamos com o nosso assunto... O Desdobramento

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Estudos Dirigidos

Voltamos com o nosso assunto...

O Desdobramento

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Capítulo 8.No Plano dos Sonhos.

– Quando encarnados, na Crosta, não temos bastante consciênciados serviços realizados durante o sono físico; contudo, esses traba-lhos são inexprimíveis e imensos. Se todos os homens prezassemseriamente o valor da preparação espiritual, diante de semelhantegênero de tarefa, certo efetuariam as conquistas mais brilhantes,nos domínios psíquicos, ainda mesmo quando ligados aos envoltó-rios inferiores. Infelizmente, porém, a maioria se vale, inconscien-temente, do repouso noturno para sair à caça de emoções frívolasou menos dignas. Relaxam-se as defesas próprias, e certos impulsos,longamente sopitados durante a vigília, extravasam em todas as di-reções, por falta de educação espiritual, verdadeiramente sentidae vivida.

Durante o sono saímos do nossocorpo, ou como também podemos

dizer, nos desdobramos.Vejam o que Sertório, auxiliar doInstrutor Alexandre, fala sobre o

assunto...

FIM

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“O homem eterno guarda a lembrança completa e conserva consigo to-dos os ensinamentos, intensificando-os e valorizando-os, de acordo como estado evolutivo que lhe é próprio. O homem físico, entretanto, escra-vo de limitações necessárias, não pode ir tão longe. O cérebro de carne,pelas injunções da luta a que o Espírito foi chamado a viver, é aparelho depotencial reduzido, dependendo muito da iluminação de seu detentor, noque se refere à fixação de determinadas bênçãos divinas. Desse modo,André, o arquivo de semelhantes reminiscências, no livro temporário dascélulas cerebrais, é muito diferente nos discípulos entre si, variando dealma para alma. Entretanto, cabe-me acrescentar que, na memória de to-dos os irmãos de boa vontade, permanecerá, de qualquer modo, o bene-fício, ainda mesmo que eles, no período de vigília, não consigam positivara origem.”

Capítulo 8.No Plano dos Sonhos.

Durante o sono, muitas vezes,somos levados para

assistir à aulas no PlanoEspiritual, como acontecenesse capítulo. André Luiz

então faz a seguinte pergunta:

– E os irmãos que comparecem– indaguei, curioso – conservama recordação integral dos servi-ços partilhados, de estudos le-vados a efeito e observações

ouvidas?

FIM

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Capítulo 8.No Plano dos Sonhos.

“As aulas, no teor daquela a que você assistirá nesta noite, sãomensageiras de inexprimíveis utilidades práticas. Em desper-tando, na Crosta, depois delas, os aprendizes experimentam

alívio, repouso e esperança, a par da aquisição de novos valo-res educativos. É certo que não podem reviver os pormenores,mas guardarão a essência, sentindo-se revigorados, de inexpli-cável maneira para eles, não só a retomar a luta diária no cor-

po físico, mas também a beneficiar o próximo e combater, comêxito, as próprias imperfeições. Seus pensamentos tornam-se

mais claros, os sentimentos mais elevados e as preces maisrespeitosas e produtivas, enriquecendo-se-lhes as observações

e trabalhos de cada dia.”

FIM

E o Instrutor

Alexandre

responde...

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Veja esta outra observação feitaagora pelo Assistente Áulus a

André Luiz.

Capítulo 11Desdobramento

em Serviço

— Raros Espíritos encarnados conseguem absoluto domí-nio de si próprios, em romagens de Serviço edificante fora do carro de matéria densa. Habituados à orientação pelo corpo físico, ante qualquer surpresa menos agradável, na esfera de fenômenos inabituais, procuram instintivamente o retorno ao vaso carnal, à maneira do molusco que se re-fugia na própria concha, diante de qualquer impressão em desacordo com os seus movimentos rotineiros. (...)

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Veja mais esta outra observação feitatambém pelo Assistente Áulus a

André Luiz, mas em outro capítulo.

Capítulo 24Luta Expiatória

‒ Quando o corpo terrestre descansa, nem sempre as almas repousam. Na maioria das ocasiões, seguem o impulso que lhes é pró-prio. Quem se dedica ao bem, de um modo geral continua trabalhando na sementeira e na seara do amor, e quem se emaranha no mal costuma prolongar no sono físico os pesadelos em que se enreda...

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Capítulo 8.No Plano dos Sonhos.

E vejam a observação de AndréLuiz, chegando a um salão onde

estava uma assembléia deestudiosos para uma aula com

o Instrutor Alexandre...

Era considerável o número de amigos encarnados, provisoriamentelibertos do corpo físico através do sono, que se congregavam no vastosalão. Em primeiro lugar, junto da mesa diretora, onde Alexandre as-sumiu a chefia, instalaram-se os alunos diretos e permanentes do ge-neroso e sábio instrutor. Distribuíam-se os demais em turmas suces-sivas de segundo plano.

Calculei a assistência de companheiros nessas condições em poucomais de cem pessoas, aproximadamente, exceção dos desencarnadosque acorriam até ali em mais vasta expressão. (...)

FIM

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Durante o sono também acontecemoutras situações. Vejam algumas, a seguir... Elas deveriam ir para a mesma assembleia...

Deveriam...

– É a residência de Vieira. Vejamos o que se passa.

Capítulo 8.No Plano dos Sonhos.

Acompanhei-o em silêncio.

Em poucos instantes, encontrávamo-nos dentro de quarto confortável,onde dormia um homem idoso, fazendo ruído singular. Via-se-lhe, perfei-tamente, o corpo perispirítico unido à forma física, embora parcialmente desligados entre si.Ao seu lado, permanecia uma entidade singular, trajando vestes absolutamente negras. Noteique o companheiro adormecido permanecia sob impressões de doloroso pavor. Gritos agudosescapavam-lhe da garganta. Sufocava-se, angustiadamente, enquanto a entidade escura faziagestos que eu não conseguia compreender.

Sertório acercou-se de mim e observou:

– Vieira está sofrendo um pesadelo cruel.

E indicando a entidade estranha:

– Creio que ele terá atraído até aqui o visitante que o espanta.

Caso 1

CONTINUA

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Com efeito, muito delicadamente, o meu interlocutor começou a dialogarcom a entidade de luto:

Capítulo 8.No Plano dos Sonhos.

– O amigo é parente do companheiro que dorme?

– Não, não. Somos conhecidos velhos.

E, muito impaciente, acentuou:

– Hoje, à noite, Vieira me chamou com as suas reiteradas lembranças eacusou-me de faltas que não cometi, conversando levianamente com afamília. Isso, como é natural, desgostou-me. Não bastará o que tenhosofrido, depois da morte? Ainda precisarei ouvir falsos testemunhos deamigos maledicentes? Não poderia esperar dele semelhante procedi-mento, em virtude das relações afetivas que nos uniam as famílias, desde alguns anos. Vieirafoi sempre pessoa de minha confiança. Em razão da surpresa, deliberei esperá-lo nos momen-tos de sono, a fim de prestar-lhe os necessários esclarecimentos.

O estranho visitante. Todavia, fez uma pausa, sorriu irônico, e continuou:– Entretanto, desde o momento em que me pus a explicar-lhe a situação do passado, infor-mando-o quanto aos verdadeiros móveis de minhas iniciativas e resoluções na vida carnal,para que não prossiga caluniando-me o nome, embora sem intenção, Vieira fez este rosto depavor que estão vendo e parece não desejar ouvir as minhas verdades.

Interessado nas lições novas, aproximei-me do amigo, cujo corpo descansava emposição horizontal, e senti-lhe o suor frio ensopando os lençóis.

CONTINUA

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Capítulo 8.No Plano dos Sonhos.

Não revelava compreender convenientemente o auxílio que lhe era tra-zido, fixando-nos com estranheza e ansiedade, intensificando, aindamais, os gemidos gritantes que lhe escapavam da boca.

Sentindo a silenciosa reprovação de Sertório, o habitante das zonas in-feriores dirigiu-lhe a palavra de modo especial:

– O senhor admite que devamos ouvir impassíveis os remoques da le-viandade? Não será passível de censura e punição o amigo infiel que sevale das imposições da morte para caluniar e deprimir? Se Vieira sentiu--se no direito de acusar-me, desconhecendo certas particularidades dosproblemas de minha vida privada, não é justo que me tolere os esclare-cimentos até ao fim? Não sabe ele, acaso que os mortos continuam vi-vos? Ignorará, porventura, que a memória de cada companheiro deve ser sagrada? Ora esta!Eu mesmo já lhe ouvi, em minha nova condição de desencarnado, longas dissertações referen-tes ao respeito que devemos uns aos outros... Não considera, pois, que tenho motivos justospara exigir um legítimo entendimento?

O interpelado esboçou um gesto de complacência e observou:

– Talvez esteja com a razão, meu caro. Entretanto, creio deva desculpar seu amigo! Como exi-gir dos outros conduta rigorosamente correta, se ainda não somos criaturas irrepreensíveis?Tenha calma, sejamos caridosos uns para com os outros!...

E, enquanto a entidade se punha a meditar nas palavras ouvidas. Sertório falou-meem tom discreto:

– Vieira não poderá comparecer esta noite aos trabalhos.CONTINUA

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Não pude reprimir a má impressão que a cena me causava e, talvez por-que eu fizesse um olhar suplicante, advogando a causa do pobre irmão,quase a desencarnar-se de medo, o auxiliar de Alexandre prosseguiu:

Capítulo 8.No Plano dos Sonhos.

– Retirar violentamente a visita, cuja presença ele próprio propiciou, nãoé tarefa compatível com as minhas possibilidades do momento. Mas po-demos socorrê-lo, acordando-o.

E, sem pestanejar, sacudiu o adormecido, energicamente, gritando-lhe onome com força.

Vieira despertou confuso, estremunhando, sob enorme fadiga, e ouvi-oexclamar, palidíssimo:

– Graças a Deus, acordei! Que pesadelo terrível!... Será crível que eu te-nha lutado com o fantasma do velho Barbosa? Não! Não posso acreditar!...

Não nos viu, nem identificou a presença da entidade enlutada, que ali permaneceu até não seiquando. E, ao retirarmo-nos, ainda lhe notei as interrogações íntimas, indagando de si mesmosobre o que teria ingerido ao jantar, tentando justificar o susto cruel com pretextos de origemfisiológica. Longe de auscultar a própria consciência, com respeito à maledicência e à levian-dade, procurava materializar a lição no próprio estômago, buscando furtar-se à realidade.

FIM

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Caso 2

Capítulo 8.No Plano dos Sonhos.

– Visitemos o Marcondes. Não temos tempo a perder. (Disse Sertório)

Daí a dois minutos, penetrávamos outro apartamento privado; todavia,o quadro agora era muito mais triste e constrangedor.

Marcondes estava, de fato, ali mesmo, parcialmente desligado do corpofísico, que descansava com bonita aparência, sob as colchas rendadas.Não se encontrava ele sob impressões de pavor, como acontecia ao pri-meiro visitado; entretanto, revelava a posição de relaxamento, caracte-rística dos viciados do ópio. Ao seu lado, três entidades femininas de ga-lhofeira expressão permaneciam em atitude menos edificante.

Vendo-nos, de súbito, o dono do apartamento surpreendeu-se, de maneira indisfarçável,mormente em fixando Sertório, que era de seu mais antigo conhecimento. Levantou-se, en-vergonhado, e ensaiou algumas explicações com dificuldade:

– Meu amigo – começou a dizer, dirigindo-se ao auxiliar de Alexandre –, já sei que vem pro-curar-me... Não sei como esclarecer o que ocorre...

Não pôde, contudo, prosseguir e mergulhou a cabeça nas mãos, como se desejasse escon-der-se de si mesmo.

A essa altura da cena constrangedora, verifiquei, então, sem vislumbres de dúvida,que as entidades visitantes eram da pior espécie, de quantas conhecia eu nas regiõesdas sombras. CONTINUA

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Capítulo 8.No Plano dos Sonhos.

Irritadas talvez com o recuo do companheiro, que se revelava triste ehumilhado, prorromperam em grande algazarra, acercando-se mais in-tensamente de nós, sem o mínimo respeito.

– Impossível que nos arrebatem Marcondes! – disse uma delas, enfa-ticamente, – Afinal de contas, vim de muito longe para perder meu tem-po assim, sem mais nem menos!

– Ele mesmo nos chamou para a noite de hoje – exclamou a segunda,atrevidamente – e não se afastará de modo algum.

Sertório ouvia com serenidade, evidenciando íntima compaixão.

A terceira entidade, que parecia reter instintos inferiores mais completos,aproximou-se de nós com terrível expressão de sarcasmo e falou, dando-me a entender queaquela não era a primeira vez que Sertório procurava o sitio para os mesmos fins e nas mês-mas circunstâncias:

– Os senhores não passam de intrusos. Marcondes é fraco, deixando-se impressionar pela pre-sença de ambos. Nós, todavia, faremos a reação. Não conseguirão arrancar-nos o predileto.

E gargalhando, irônica, acentuava:– Também temos um curso de prazer. Marcondes não se afastará.

Contrariamente aos meus impulsos, Sertório não demonstrava a mínima atenção.As palavras e expressões daquela criatura, porém, irritavam-me.

CONTINUA

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Capítulo 8.No Plano dos Sonhos.

Ao meu lado, o auxiliar de Alexandre mantinha-se extremamente bondo-so. A própria vítima permanecia humilde e triste. Porque semelhantesinsultos?

Ia responder alguma coisa, no sentido de esclarecer o caso em termosprecisos, quando Sertório me deteve:

– André, contenha-se! Um minuto de conversação atenciosa com as ten-tações provocadoras do plano inferior pode induzir-nos a perder um sé-culo.

Em seguida, com invejável tranqüilidade, dirigiu-se ao interessado, per-guntando, sem espírito de censura:

– Marcondes, que contas darei hoje de você, meu amigo?

O interpelado respondeu, lacrimoso e humilhado:

– Oh, Sertório, como é difícil manter o coração nos caminhos retos! Perdoe-me... Não seicomo isto aconteceu... Não posso explicar-me!

Mas Sertório parecia pouco disposto a cultivar lamentações e mostrando-se muito interes-sado em aproveitar o tempo, interrompeu-o:

– Sim. Marcondes. Cada qual escolhe as companhias que prefere. Futuramente você compre-enderá que somos seus amigos leais e que lhe desejamos todo o bem.

Despejaram as mulheres nova série de frases ridicularizadoras. Marcondes começou,de novo, a lastimar-se, mas o mensageiro de Alexandre, sem hesitar, tomou-me adestra e regressamos à via pública. CONTINUA

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Capítulo 8.No Plano dos Sonhos.

– E em que ficamos? – indaguei – não vai acordá-lo?

– Não. Não podemos agir aqui do mesmo modo. (O que aconteceu

no Caso 1) Marcondes deve demorar-se em tal situação, para queamanhã a lembrança desagradável seja mais duradoura, fortifican-do-lhe a repugnância pelo mal.

Para finalizar o assunto,vejam o que Sertório falapara André Luiz sobre os

dois casos...

Diz André Luiz:– (...) a situação de Vieira e Marcondes sensibiliza-me fundamente.

Sertório, porém, cortou-me a palavra, rematando, seguro de si mesmo:

– Conserve seu sentimento, que é sagrado; não se arrisque, porém, a sentimentalismo do-entio. Esteja tranqüilo quanto à assistência, que não lhes faltará no momento oportuno; nãose esqueça, porém, de que, se eles mesmos algemaram o coração em semelhantes cárceres,é natural que adquiram alguma experiência proveitosa à custa do próprio desapontamento.

FIM

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Em algumas situações se faz necessário por um encarnado em tratamento, no plano espiritual.

Vejam a situação, a seguir...

Outra vez Jerônimoe Família

A um aprendiz da Vigilância, que comigo levara, justamen-te daqueles que iniciavam experiências regeneradoras a-través dos serviços de beneficência ao próximo, indiquei a mísera jovem, dizendo:

— Será necessário arrebatá-la daqui... O Astral Superior recomenda assistência imediata em torno dela... Adormece-a, meu amigo, com uma descarga magnética forte, servindo-te dos elementos fluídicos dos circunstantes... Dá-lhe aparências de doente grave... e afasta compresteza estes infelizes que a maltratam.

O resultado, da ordem por mim emitida não se fez esperar.

Aproximou-se ele da infeliz peixeira do Cais da Ribeira, passou-lhe as mãos ambas à altura dos joelhos, como laçando-os. A pobre menina cambaleou, amparando-se a uma banca pró-xima. Quase sem interrupção, o mesmo "passe" repetiu-se à altura do busto e, em seguida,contornando a fronte, toda a cabeça! Margaridinha caiu estatelada no chão, presa de con-vulsões impressionantes, levando a mão ao peito e gemendo sentidamente...

CONTINUA

Este relato é do

Irmão Santarém

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No entanto, a moça experimentava a ação nervosa produzida pela rispidezda descarga magnética necessária ao seu lamentável estado. Aplicamosbálsamos sedativos, compungidos ante seus sofrimentos. Tornou-se inani-mada, gradativamente acalmando-se, continuando, porém, estendida so-bre as lajes do antro, enquanto o taverneiro, apavorado com o acontecimento, providencia-va socorros médicos e um leito no interior da casa, pois cumpria ocultar a verdade em tornodo caso, por não desejar complicações com a policia, dada a ilegalidade do comércio.

Outra vez Jerônimoe Família

Margarida, com efeito, estrebuchava, parecendo nas vascas da agonia. Ro-deamo-la, eu e meus dedicados auxiliares, no intuito de beneficiá-la com os bálsamos de que no momento poderíamos dispor. Convém frisar, no entanto, que nem eu nem meus adjuntos éramos sequer pressentidos, quer por ela ou pelos demais circunstantes do plano material, pois nossa qualidade de Espíritos desencarnados tornava-nos inatingíveis à visãodeles.

Alguns minutos depois, chegando o facultativo, que a considerou gravemente doente em virtude de grande intoxicação pelo álcool, providências humanitárias foram tomadas, pois tecêramos em torno dele corrente harmoniosa de sugestões compassivas...

E assim foi que, tal como desejáramos e tornava-se necessário, passadas que foram as som-bras dramáticas daquela noite decisiva, a filha do nosso pupilo aqui presente dava entrada em modesto hospital, caridoso bastante para resguardá-la enquanto providenciássemos quanto aos seus dias futuros, (...)

CONTINUA

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Outra vez Jerônimoe Família

No instante em que Margarida Silveira tombava nas lajes da taverna, tratamos de remover o seu Espírito — parcial e temporariamente desligado do fardo carnal — para o Posto de Emergência que este Instituto mantém nas adjacências do globo terrestre.

Agora vejam a seguir aonde queremos incluir esse fato em nosso estudo...

Os serviços ali são variados e constantes como no interior da Colônia. Muitos enfermos en-carnados são ali curados pela medicina do plano espiritual, muitas criaturas transviadas no caminho do dever hão recebido sob aqueles hospitaleiros abrigos forças e vigores novos para a emenda e conseqüente regeneração, enquanto que muitos corações aflitos e choro-sos têm sido consolados, aconselhados, norteados para Deus, salvos do suicídio, reintegra-dos no plano das ações para que nasceram e do qual se haviam afastado.

Para aí conduzida em Espírito, Margarida foi submetida a exame rigoroso, observando os nossos irmãos incumbidos do mandato as precárias condições em que se encontrava sua organização — fluídica — o perispirito — e que urgente se fazia um tratamento a rigor.

Enquanto isso o corpo carnal também o era pelo cientista terreno — o médico assistente do hospital para onde fora transportado em estado comatoso.

FIM

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Estudos DirigidosO DesdobramentoObservem que a paciente ficou desdobrada e

sob tratamento espiritual, além do físico. Isso nos faz pensar, e também responde, daquelas pessoas que se encontram hospitalizados, nas

UTI’s, em estado de coma. Mas como já falamos antes, cada caso é um caso...

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E para endossar o que acabamos de ver, vamos ver no livro

“Evolução em Dois Mundos” a pergunta sobre este assunto.

Estudos DirigidosO Desdobramento

– No estado comatoso, onde se

encontra o psicossoma do enfermo?

Junto ao corpo físico ou afastado dele?

– No estado de coma, o aprisionamento do corpo espiritual ao arcabouço físico, ou a

parcial liberação dele, depende da situaçãomental do enfermo.

Cap. 19 Segunda partePredisposições Mórbidas

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Estudos DirigidosO Desdobramento

Com esta importante informação podemos refletir sobre as pessoas que se encontram no estado de coma. O corpo pode estar ali

inerte, mas o espírito se encontra livre.Vai depender muito de seu próprio estado

mental.

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Vamos ler agora no livro“Memórias de umSuicida” a seguinte

descrição...

A comunhãocom o Alto

Os serviços a serem prestados pelos veículos humanos —os médiuns — deveriam ser voluntários.

Concertado o entendimento pela correspondência telepática, ficara estabelecido que os mentores espirituais dos médiuns visados lhes sugerissem o recolhimento ao leito mais cedo que o usual; que os mergulhassem em suave sono magnético, permitindo amplitude de ação e lucidez aos seus Espíritos para o bom entendimento das negociações a se realizarempela noite a dentro. Uma vez desprendidos dos corpos físicos pelo sono, deveriam os refe-ridos concorrentes ser encaminhados para a sede da agremiação a que pertenciam, local escolhido para as confabulações.

Absolutamente nada lhes seria imposto ou exigido. Ao contrário, iriam os emissários do Ins-tituto solicitar, em nome da Legião dos Servos de Maria, o favor da sua colaboração, pois era norma das escolas de iniciação a que pertenciam os responsáveis pelo Instituto Correcional Maria de Nazaré, pertencente àquela Legião, nada impor a quem quer que fosse, senão convencer à prática do cumprimento do dever.

FIM

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Portanto, estejamossempre a disposição

para ajudar a todos queprecisam de nossa ajuda,em estado de vigília, ou

em desdobramentos.

A comunhãocom o Alto

Os serviços a serem prestados pelos veículos humanos —os médiuns — deveriam ser voluntários.

Concertado o entendimento pela correspondência telepática, ficara estabelecido que os mentores espirituais dos médiuns visados lhes sugerissem o recolhimento ao leito mais cedo que o usual; que os mergulhassem em suave sono magnético, permitindo amplitude de ação e lucidez aos seus Espíritos para o bom entendimento das negociações a se realizarempela noite a dentro. Uma vez desprendidos dos corpos físicos pelo sono, deveriam os refe-ridos concorrentes ser encaminhados para a sede da agremiação a que pertenciam, local escolhido para as confabulações.

Absolutamente nada lhes seria imposto ou exigido. Ao contrário, iriam os emissários do Ins-tituto solicitar, em nome da Legião dos Servos de Maria, o favor da sua colaboração, pois era norma das escolas de iniciação a que pertenciam os responsáveis pelo Instituto Correcional Maria de Nazaré, pertencente àquela Legião, nada impor a quem quer que fosse, senão convencer à prática do cumprimento do dever.

FIM

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Vamos ver agora um relato dedesdobramento, narrado porRobson Pinheiro. Observemos detalhes dessa narração.

Durante a psicografia dos textos que constam nestelivro tive várias oportunidades de ser desdobrado pa-ra além dos limites do mundo físico através da açãodo pensamento do amigo Joseph Gleber.

Senti-me suspenso sobre o corpo físico após alguns minutos de reflexão e preces.

O espírito Joseph Gleber estava ao meu lado, e o vi como se em tudo fosse semelhante a umencarnado. Vestia-se sobriamente e apresentava-se a mim dando a impressão de que era umencarnado, tal a realidade e perfeição de detalhes que eu podia observar naquele momento.

(...) ele sempre se apresentou à minha visão espiritual: olhos e cabelos claros, alto e magro ecom uma aura dourada envolvendo-lhe suavemente a personalidade.

Joseph convidou-me a um passeio, uma excursão, de maneira que eu pudesse observar me-lhor certos fatos e compreender a realidade daquilo que ele escrevia através de minha me-diunidade. Ele me esclarecia:

CONTINUA

Preâmbulo

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Acho importante colocar oque Joseph Gleber disse para

Robson Pinheiro. Vale paratodo o nosso estudo também.

– Você observará algumas coisas que, de certa forma, não constam nos livros que traduzemo pensamento ortodoxo de meus irmãos espíritas. Quero que você fique muito atento e re-late cada detalhe a meus irmãos. Não intento ir contra nenhum pensamento estabelecido,porém é preciso não ficar restrito aos acanhados relatos que costumam preencher os livrosque fazem sucesso no momento. Precisamos muito mais de cientistas do espírito e pesqui-sadores sérios do que de médiuns em busca de ibope e projeção.

Voltando para Robson Pinheiro. Ele fala...

Vi-me suspenso entre duas realidades. Durante vários anos tive oportunidade de desdo-brar-me de forma lúcida, porém somente agora observava os detalhes, as minúcias da rea-lidade extrafísica. Seria fruto da influência do espírito que me auxiliava?

FIM

Preâmbulo

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Corpo Físicoe Duplo Etérico

Cordãode

Prata

É aqui que vamos falar um pouco sobre o assunto do desdobramento. Também conhecido como projeção astral, ou emancipação da alma. Vamos ver como ele

ocorre.

1. Quando estamos dormindo, por exemplo,nos desdobramos, ou seja, desacoplamos osnossos corpos astral e mental do físico.

2. Lembrando que acoplado ao nosso corpofísico está o nosso duplo etérico. E ligando onosso corpo físico aos demais corpos está onosso cordão de prata.

3. De acordo com a nossa evolução, poderemosficar próximos ao nosso corpo físico, ou então,fazermos o que chamam geralmente de “viagemastral”, indo para onde o nosso pensamento, ouas nossas tendências, irão nos levar.

4. Poderemos, ou não, entrar em contatocom outros encarnados ou desencarnadosno plano astral (plano espiritual).

Só estamos mostrando nesteesquema o corpo astral, mas

devemos lembrar que os outroscorpos estão juntos a ele.

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Como vimos, todos nós nos desdobramos, mas nem todos temos a capacidade e a

habilidade da projeção. Isso quer dizer que será de acordo com a nossa evolução e

também com o treinamento.

Estudos DirigidosO Desdobramento

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Capítulo 13.Convocação Familiar.

A essa altura, o dono da casa e a neta de Saldanha (encarnados edesdobrados), provisoriamente libertos das teias fisiológicas, já seencontravam ao lado de Gúbio (Instrutor espiritual), que recebeuJorge (encarnado e desdobrado também) com desvelado carinho,e, unindo os três como que identificando-os a uma correntemagnética de forte expressão, emprestou-lhes forças à mente, porintermédio de operações fluídicas, para que o ouvissem acordados,em espírito, tanto quanto possível.

Notei, então, que o despertamento não era análogo para os três.

Variava de acordo com a posição evolutiva e condições mentais de cada um.

O magistrado era mais lúcido pela agilidade dos raciocínios; a jo-vem Lia colocava-se em segundo lugar pelas singulares qualidadesde inteligência; situava-se Jorge em posição inferior, em face doesgotamento em que se encontrava.

FIM

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Como já foi visto, vimos que em algumas situações recebemos “visitas” de pessoas tanto encarnadas como também desencarnadas quando estivermos

dormindo e desdobrados. E isso inclui nossos amigos e familiares que já desencarnaram.

Estudos DirigidosO Desdobramento

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Observem este trecho da conversa entre André Luiz

e Lísias...

Estudos DirigidosO Desdobramento

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Capítulo 23Saber Ouvir

‒ Mas, Lísias, você que tem um amigo encarnado, qual seu pai, não gostaria de comunicar-se com ele?

‒ Sem dúvida ‒ respondeu bondosamente ‒, quando merece-mos essa alegria, visitamo-lo em sua nova forma, verificando-se o mesmo, quando se trata de qualquer expressão de inter-câmbio entre ele e nós. (...)

“(...) Acresce notar que, da esfera superior, é possível descer à inferior com mais facilidade. Existem, contudo, certas leis que mandam compreender devidamente os que se encontram nas zonas mais baixas.”

E mais adiante...

FIM

André Luiz pergunta:

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— Não mediste, ainda — respondeu (para André Luiz), prestimoso —, a extensão do intercâmbio entre encarnados e desencarnados.

Capítulo 6.Observaçõese Novidades.

A determinadas horas da noite, três quartas partes da populaçãode cada um dos hemisférios da Crosta Terrestre se acham nas zonasde contato conosco (com os Espíritos desencarnados e nos planosespirituais) e a maior percentagem desses semilibertos do corpo,pela influência natural do sono, permanecem detidos nos círculosde baixa vibração qual este em que nos movimentamosprovisoriamente.

Por aqui, muitas vezes se forjam dolorosos dramas que se desenro-lam nos campos da carne. Grandes crimes têm nestes sítios asrespectivas nascentes e, não fosse o trabalho ativo e constante dosEspíritos protetores que se desvelam pelos homens no laborsacrificial da caridade oculta e da educação perseverante, sob aégide do Cristo, acontecimentos mais trágicos estarreceriam ascriaturas.

FIM

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No sono natural

Na maioria das situações, a criatura, ainda extremamente aparenta-da com a animalidade primitivista, tem a mente como que voltada para si mesma, em qualquer expressão de descanso, tomando o so-no para claustro remansoso (tranquilo) das impressões que lhe são agradáveis, qual criança que, à solta, procura simplesmente o objeto de seus caprichos.

Capítulo 21Desdobramento

Nesse ensejo, configura na onda mental que lhe é característica as imagens com que se acalenta, sacando da memória a visualizaçãodos próprios desejos, imitando alguém que improvisasse miragens, na antecipação de acontecimentos que aspira a concretizar.

Atreita ao narcisismo, tão logo demande o sono, quase sempre se detém justaposta ao veículo físico, como acontece ao condutor que repousa ao pé do carro que dirige, entre-gando-se à volúpia mental com que alimenta os próprios impulsos afetivos, enquanto a máquina se refaz.

FIM

Desdobrando-se no sono vulgar, a criatura segue o rumo da própria concentração, procu-rando, automaticamente, fora do corpo de carne, os objetivos que se casam com os seus interesses evidentes ou escusos.

E mais adiante, e em outras situações (evolutivas)...

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Vamos deixar aqui um relato de um desdobramento, em um caso de subjugação, assunto este que vocês

verão quando falarmos sobre as incorporações.

Estudos DirigidosO Desdobramento

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Neste caso, em específico, o desdobramento foi ocasionado pela presença de um outro espírito,

dominando as funções de seu corpo físico.

Estudos DirigidosO Desdobramento

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Capítulo 4Angústias da

Obsessão

Ela própria (a vítima) não se dera conta do sucesso (Aquilo que sucede =

ACIDENTE, ACONTECIMENTO, FATO, CASO) que a acometera. Experimentarasuperlativa angústia, seguida de álgido suor e a sensação de que foraarrojada num abismo sem fundo, caindo sem cessar... O coraçãodeslocara-se do lugar, pulsando em descompasso; todas as fibras docorpo, adormentadas, produziam dores lancinantes, e a cabeça, emredemoinho, impedia que o cérebro raciocinasse com a lucidez capaz decoordenar ideias. Gritou por socorro e surpreendeu-se com as cordasvocais em turgimento, espocando palavras chocantes que não podiacontrolar. Ouvia-se a distância, confusa, no som de sua voz alterada e erauma emoção odienta que não a sua. Chorava em contorções, mas aslágrimas queimavam-se nas pupilas dilatadas e, sentindo febre, tremia emarrebatamentos de louca.

Via-se fora do corpo e, ao mesmo tempo, via-o agitado, num estado dúplice, sem anotaros circunstantes, chocados, na sua festa de apresentação social.

Após esse período, foi a luta em que se empenhou e continuava sem termo contra o gigan-te que a submetia.

Estava expulsa do organismo físico sem dele estar liberta... (...)

FIM

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Vamos ver um relato do mundo, onde esta vítima da subjugação, se encontrava

durante estes desdobramentos.

Estudos DirigidosO Desdobramento

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Para nos situarmos, a vítima estava internada em um sanatório, sob tratamento medicamentoso, e

era submetida aos eletrochoques.

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Capítulo 4Angústias da

Obsessão

Durante o tratamento face à convulsão produzida pelo uso do eletrocho-que, impossível seria avaliar o insuportável que a estertorava em mil con-torções até o desfalecimento. Ao despertar, fruindo o calor orgânico, de-frontava-o, asqueroso, senhorial, e fugia, aparvalhada, cedendo-lhe o lu-gar... (ela “voltava” para o corpo e saia novamente) Minado o corpo pelodesgaste de largo porte, sucessivos desmaios expulsavam o usurpador quese deleitava, então, ameaçando-a, grosseiro, arrebatando-a para lugarespovoados por espectros impossíveis de descritos. Nesses sítios, ondenenhuma claridade lucila, a asfixia pastosa domina; impossibilitada dequalquer ação, tornava-se mais fácil presa, arrastada aos trambolhões.Supunha-se, nessas situações, encontrava-se em cemitério infinito, desepulturas abertas e cadáveres exumados ante a contemplação dos furio-sos mortos-vivos, desejosos uns de os reconduzirem aos movimentos, delesreapossando-se; lamentosos, outros, por havê-los perdido irremissivel-mente; lutadores diversos, a defenderem as vestes apodrecidas de animaisque nelas se locupletavam; e o sem-número dos tristes, chorosos, emprocissão intérmina... Sempre noite, lamentos, exacerbações, gritos ensur-decedores — o inferno!

Não suportando o vexame que se repetia com frequência, perdia os sentidos oudesvairava, para depois despertar sem forças no çorpo mortificado. À pausa cedia lugar anova e intensa disputa em que pelejava com axe (eixo) na alma lúrida, exausta.

FIM

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Lembrando que Robson Pinheiro encontra-se em desdobramento, observem a seguir,

em seu relato, todo o processo de uma doação de energia, os corpos envolvidos, os

cordões, os chakras, etc.

Estudos DirigidosO Desdobramento

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Fiquei elétrico, superemocionado e muitíssimo interessado no fenômenoque presenciava. O olhar de Joseph fez com que me acalmasse imediata-mente. Só assim pude observar melhor o que ocorria. O espírito aproxi-mou-se do corpo físico (do corpo do próprio Robson Pinheiro) e impôsagora seus braços sobre a cabeça, concentrando-se. Suas mãos ilumina-ram-se e vi um jato de luz a se transferir para o corpo. Senti um choque.

O espírito amigo abriu os olhos, fitou-me por alguns instantes e disse-me:

– Esta é uma transferência magnética comum no dia-a-dia da casa espírita.Quero que observe agora o que ocorre quando reiniciar a operação. Verácomo se processam as trocas energéticas de elevado teor vibratório.

Tornou então a impor as mãos sobre o cérebro físico do meu corpo adormecido. Eu agora pre-senciava o fenômeno em câmera lenta. Um fluxo de energia luminosa era transferido dasmãos do espírito. Observei que a região do coração do companheiro espiritual se iluminava deforma a quase esconder todo o seu corpo espiritual em seu íntimo. Toda essa luz, essa energiaamorosa era transferida para o corpo físico. Chorei. Não pude conter a emoção.

Algo diferente acontecia. Todo o corpo foi se iluminando, como se fosse uma cidade que acen-desse suas lâmpadas bairro a bairro; aumentava a luminosidade própria do corpo. Agora euvia a união da luz espiritual ou da energia do espírito à energia irradiada pelo próprio corpofísico.

CONTINUA

Preâmbulo

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Ainda em câmera lenta, observei como o corpo todo era saturado dessacarga energética e vi como um ponto pequenino se sobressaía no cérebrofísico.

– Essa operação de transferência magnética que você presencia é algo corriqueiro entre nós,desencarnados, e nossos médiuns. Amamos os médiuns que trabalham conosco em regimede parceria e, por isso mesmo, não os deixamos sozinhos em suas necessidades. Observe maisatentamente o fio de prata.

Olhei e vi que o cordão prateado enraizava-se no cérebro físico através da glândula pineal.Parecia originar-se ainda mais profundamente, misturando-se ou confundindo-se com as ra-mificações do sistema nervoso. À medida que o espírito amigo persistia na transferênciamagnética, todo o quantum energético era transmitido pelo cordão de prata para mim(espírito), que estava desdobrado, atuando como observador e aprendiz.

Dele partiam fios prateados que se enfeixavam num único fio mais bri-lhante, porém ainda algo embaçado, que ligava o cérebro físico à cabeça doduplo projetado, que também se iluminava naquele momento.

A substância ectoplásmica do duplo etérico aumentava, pulsava e ilumina-va-se, tal como uma lâmpada fluorescente. Do duplo, o fio prateado queeu observara ligava-se diretamente a mim, espírito-psicossoma projetadode forma lúcida para fora do corpo. Isso é tudo o que posso descrever commeu vocabulário limitado. Joseph veio em meu auxílio.

CONTINUA

Preâmbulo

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– Toda vez que o espírito está afastado do corpo físico – falou o espírito– o cordão de prata forma um veículo transmissor de poderosas correntesmagnéticas, tanto da dimensão extrafísica para o corpo físico, quanto docorpo para o psicossoma desdobrado em outras dimensões. O fio prateadoé o transformador e condutor dessas energias revigorantes, sedativas oucalmantes, que podem ser projetadas até mesmo a longas distâncias para osocorro do sensitivo. Observe bem o que ocorre. para que você tenha umanoção mais precisa do que escreveremos a respeito.

Após as lições relativas ao duplo etérico, corpo físico e cordão de prata,Joseph me convidou a segui-lo numa excursão pelo plano extrafísico...

FIM

Preâmbulo

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Estudos Dirigidos

Vamos dar uma pausa por aqui.

http://vivenciasespiritualismo.net/index.htmLuiz Antonio Brasil

Périclis [email protected]