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  • FONOAUDIOLOGIA 07Novembro/2013

    SINAESSistema Nacional de Avaliao da Educao Superior

    Ministrioda Educao

    LEIA COM ATENO AS INSTRUES ABAIXO.1. Verifique se, alm deste caderno, voc recebeu o Caderno de Respostas, destinado transcrio das

    respostas das questes de mltipla escolha (objetivas), das questes discursivas e do questionrio de percepo da prova.

    2. Confira se este caderno contm as questes de mltipla escolha (objetivas), as discursivas de formao geral e do componente especfico da rea e as relativas sua percepo da prova. As questes esto assim distribudas:

    Partes Nmero das questes Peso das questesPeso dos

    componentes

    Formao Geral/Objetivas 1 a 8 60%25%

    Formao Geral/Discursivas Discursiva 1 e Discursiva 2 40%

    Componente Especfico/Objetivas 9 a 35 85%75%

    Componente Especfico/Discursivas Discursiva 3 a Discursiva 5 15%

    Questionrio de Percepo da Prova 1 a 9 - -

    3. Verifique se a prova est completa e se o seu nome est correto no Caderno de Respostas. Caso contrrio, avise imediatamente um dos responsveis pela aplicao da prova. Voc deve assinar o Caderno de Respostas no espao prprio, com caneta esferogrfica de tinta preta.

    4. Observe as instrues sobre a marcao das respostas das questes de mltipla escolha (apenas uma resposta por questo), expressas no Caderno de Respostas.

    5. Use caneta esferogrfica de tinta preta, tanto para marcar as respostas das questes objetivas quanto para escrever as respostas das questes discursivas.

    6. No use calculadora; no se comunique com os demais estudantes nem troque material com eles; no consulte material bibliogrfico, cadernos ou anotaes de qualquer espcie.

    7. Voc ter quatro horas para responder s questes de mltipla escolha e discursivas e ao questionrio de percepo da prova.

    8. Quando terminar, entregue ao Aplicador ou Fiscal o seu Caderno de Respostas.

    9. Ateno! Voc dever permanecer, no mnimo, por uma hora, na sala de aplicao das provas e s poder levar este Caderno de Prova aps decorridas trs horas do incio do Exame.

    *A0720131*

  • 2FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 01

    Todo caminho da gente resvaloso.

    Mas tambm, cair no prejudica demais

    A gente levanta, a gente sobe, a gente volta!...

    O correr da vida embrulha tudo, a vida assim:

    Esquenta e esfria, aperta e da afrouxa,

    Sossega e depois desinquieta.

    O que ela quer da gente coragem.

    Ser capaz de ficar alegre e mais alegre no meio da alegria,

    E ainda mais alegre no meio da tristeza...

    ROSA, J.G. Grande Serto: Veredas. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005.

    De acordo com o fragmento do poema acima, de

    Guimares Rosa, a vida

    A uma queda que provoca tristeza e inquietute

    prolongada.

    B um caminhar de percalos e dificuldades

    insuperveis.

    C um ir e vir de altos e baixos que requer alegria

    perene e coragem.

    D um caminho incerto, obscuro e desanimador.

    E uma prova de coragem alimentada pela tristeza.

    REA LIVRE

    QUESTO 02

    A discusso nacional sobre a resoluo das complexas questes sociais brasileiras e sobre o desenvolvimento em bases sustentveis tem destacado a noo de corresponsabilidade e a de complementaridade entre as aes dos diversos setores e atores que atuam no campo social. A interao entre esses agentes propicia a troca de conhecimento das distintas experincias, proporciona mais racionalidade, qualidade e eficcia s aes desenvolvidas e evita superposies de recursos e competncias.

    De uma forma geral, esses desafios moldam hoje o quadro de atuao das organizaes da sociedade civil do terceiro setor. No Brasil, o movimento relativo a mais exigncias de desenvolvimento institucional dessas organizaes, inclusive das fundaes empresariais, recente e foi intensificado a partir da dcada de 90.

    BNDES. Terceiro Setor e Desenvolvimento Social. Relato Setorial n 3 AS/GESET. Disponvel em: .

    Acesso em: 02 ago. 2013 (adaptado).

    De acordo com o texto, o terceiro setor

    A responsvel pelas aes governamentais na rea social e ambiental.

    B promove o desenvolvimento social e contribui para aumentar o capital social.

    C gerencia o desenvolvimento da esfera estatal, com especial nfase na responsabilidade social.

    D controla as demandas governamentais por servios, de modo a garantir a participao do setor privado.

    E responsvel pelo desenvolvimento social das empresas e pela dinamizao do mercado de trabalho.

    REA LIVRE

    FORMAO GERAL

    *A0720132*

  • 3FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 03

    Uma revista lanou a seguinte pergunta em um editorial: Voc pagaria um ladro para invadir sua casa?. As pessoas mais espertas diriam provavelmente que no, mas companhias inteligentes de tecnologia esto, cada vez mais, dizendo que sim. Empresas como a Google oferecem recompensas para hackers que consigam encontrar maneiras de entrar em seus softwares. Essas companhias frequentemente pagam milhares de dlares pela descoberta de apenas um bug o suficiente para que a caa a bugs possa fornecer uma renda significativa. As empresas envolvidas dizem que os programas de recompensa tornam seus produtos mais seguros. Ns recebemos mais relatos de bugs, o que significa que temos mais correes, o que significa uma melhor experincia para nossos usurios, afirmou o gerente de programa de segurana de uma empresa. Mas os programas no esto livres de controvrsias. Algumas empresas acreditam que as recompensas devem apenas ser usadas para pegar cibercriminosos, no para encorajar as pessoas a encontrar as falhas. E tambm h a questo de double-dipping a possibilidade de um hacker receber um prmio por ter achado a vulnerabilidade e, ento, vender a informao sobre o mesmo bug para compradores maliciosos.

    Disponvel em: . Acesso em: 30 jul. 2013 (adaptado).

    Considerando o texto acima, infere-se que

    A os caadores de falhas testam os softwares, checam os sistemas e previnem os erros antes que eles aconteam e, depois, revelam as falhas a compradores criminosos.

    B os caadores de falhas agem de acordo com princpios ticos consagrados no mundo empresarial, decorrentes do estmulo livre concorrncia comercial.

    C a maneira como as empresas de tecnologia lidam com a preveno contra ataques dos cibercriminosos uma estratgia muito bem-sucedida.

    D o uso das tecnologias digitais de informao e das respectivas ferramentas dinamiza os processos de comunicao entre os usurios de servios das empresas de tecnologia.

    E os usurios de servios de empresas de tecnologia so beneficirios diretos dos trabalhos desenvolvidos pelos caadores de falhas contratados e premiados pelas empresas.

    QUESTO 04

    A Poltica Nacional de Resduos Slidos (Lei n 12.305, de 2 de agosto de 2010) define a logstica reversa como o instrumento caracterizado por um conjunto de aes, procedimentos e meios destinados a viabilizar a coleta e a restituio dos resduos slidos ao setor empresarial, para reaproveitamento, em seu ciclo ou em outros ciclos produtivos, ou outra destinao final ambientalmente adequada.

    A Lei n 12.305/2010 obriga fabricantes, importadores, distribuidores e comerciantes de agrotxicos, pilhas, baterias, pneus, leos lubrificantes, lmpadas fluorescentes, produtos eletroeletrnicos, embalagens e componentes a estruturar e implementar sistemas de logstica reversa, mediante retorno dos produtos aps o uso pelo consumidor, de forma independente do servio pblico de limpeza urbana e de manejo dos resduos slidos.

    Considerando as informaes acima, avalie as asseres a seguir e a relao proposta entre elas.

    I. O retorno de embalagens e produtos ps-consumo a seus fabricantes e importadores objetiva responsabilizar e envolver, na gesto ambiental, aquele que projeta, fabrica ou comercializa determinado produto e lucra com ele.

    PORQUE

    II. Fabricantes e importadores responsabilizados, inclusive financeiramente, pelo gerenciamento no ps-consumo so estimulados a projetar, manufaturar e comercializar produtos e embalagens menos poluentes e danosos ao meio ambiente. Fabricantes so os que melhor conhecem o processo de manufatura, sendo, por isso, os mais indicados para gerenciar o reprocessamento e reaproveitamento de produtos e embalagens.

    A respeito dessas asseres, assinale a opo correta.

    A As asseres I e II so proposies verdadeiras, e a II uma justificativa correta da I.

    B As asseres I e II so proposies verdadeiras, mas a II no uma justificativa correta da I.

    C A assero I uma proposio verdadeira, e a II uma proposio falsa.

    D A assero I uma proposio falsa, e a II uma proposio verdadeira.

    E As asseres I e II so proposies falsas.

    *A0720133*

  • 4FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 05

    Na tabela abaixo, apresentada a distribuio do nmero de empregos formais registrados em uma cidade brasileira, consideradas as variveis setores de atividade e gnero, de acordo com a Relao Anual de Informaes Sociais (RAIS).

    Nmero de empregos formais por total de atividades e gnero, de 2009 a 2011.

    IBGE Setor

    Nmero de empregos formais por total das

    atividades - 2009

    Nmero de empregos formais por total das

    atividades - 2010

    Nmero de empregos formais por total das

    atividades - 2011

    Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino Total Masculino Feminino

    Total 106 347 78 980 27 367 115 775 85 043 30 732 132 709 93 710 38 999

    1-Extrativa mineral 24 504 22 186 2 318 26 786 24 236 2 550 26 518 23 702 2 816

    2-Indstria de transformao 12 629 10 429 2 200 14 254 12 031 2 223 14 696 12 407 2 289

    3-Servios industriais de utilidade pblica 421 363 58 612 543 69 813 703 110

    4-Construo civil 9 279 8 242 1 037 7 559 6 587 972 7 563 7 070 493

    5-Comrcio 12 881 7 869 5 012 14 440 8 847 5 593 15 436 9 516 5 920

    6-Servios 38 945 26 460 12 485 43 148 29 044 14 104 51 210 34 304 16 906

    7-Administrao Pblica 7 217 2 996 4 221 8 527 3 343 5 184 16 017 5 599 10 418

    8-Agropecuria, extrao vegetal, caa e pesca.

    471 435 36 449 412 37 456 409 47

    Fonte: RAIS/MTE (adaptado)

    Com base nas informaes da tabela apresentada, avalie as afirmaes a seguir.

    I. O setor com o melhor desempenho em termos percentuais foi o da Administrao Pblica, com a gerao de 7 490 postos de trabalho entre 2010 e 2011.

    II. De uma forma geral, comparando-se os dados de gnero, as mulheres vm ocupando mais postos de trabalho na Administrao Pblica e perdendo postos na Construo civil.

    III. Entre 2010 e 2011, o aumento na distribuio dos postos de trabalho entre homens e mulheres foi mais equilibrado que o ocorrido entre 2009 e 2010.

    IV. O setor com o pior desempenho total entre 2010 e 2011 foi o da Agropecuria, extrao vegetal, caa e pesca, que apresentou aumento de somente 7 postos de trabalho.

    correto apenas o que se afirma em

    A I e II.

    B I e IV.

    C III e IV.

    D I, II e III.

    E II, III e IV.

    *A0720134*

  • 5FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 06

    De um ponto de vista econmico, a globalizao a forma como os mercados de diferentes pases interagem e aproximam pessoas e mercadorias. A superao de fronteiras gerou uma expanso capitalista que tornou possvel realizar transaes financeiras e expandir os negcios para mercados distantes e emergentes. O complexo fenmeno da globalizao resulta da consolidao do capitalismo, dos grandes avanos tecnolgicos e da necessidade de expanso do fluxo comercial mundial. As inovaes nas reas das telecomunicaes e da informtica (especialmente com a Internet) foram determinantes para a construo de um mundo globalizado.

    Disponvel em: . Acesso em: 2 jul. 2013 (adaptado).

    Sobre globalizao, avalie as afirmaes a seguir.

    I. um fenmeno gerado pelo capitalismo, que impede a formao de mercados dinmicos nos pases emergentes.

    II. um conjunto de transformaes na ordem poltica e econmica mundial que aprofunda a integrao econmica, social, cultural e poltica.

    III. Atinge as relaes e condies de trabalho decorrentes da mobilidade fsica das empresas.

    correto o que se afirma em

    A I, apenas.

    B II, apenas.

    C I e III, apenas.

    D II e III, apenas.

    E I, II e III.

    REA LIVRE

    QUESTO 07

    Uma sociedade sustentvel aquela em que o desenvolvimento est integrado natureza, com respeito diversidade biolgica e sociocultural, exerccio responsvel e consequente da cidadania, com a distribuio equitativa das riquezas e em condies dignas de desenvolvimento.

    Em linhas gerais, o projeto de uma sociedade sustentvel aponta para uma justia com equidade, distribuio das riquezas, eliminando-se as desigualdades sociais; para o fim da explorao dos seres humanos; para a eliminao das discriminaes de gnero, raa, gerao ou de qualquer outra; para garantir a todos e a todas os direitos vida e felicidade, sade, educao, moradia, cultura, ao emprego e a envelhecer com dignidade; para o fim da excluso social; para a democracia plena.

    TAVARES, E. M. F. Disponvel em: . Acesso em: 25 jul. 2013 (adaptado).

    Nesse contexto, avalie as asseres a seguir e a relao proposta entre elas.

    I. Os princpios que fundamentam uma sociedade sustentvel exigem a adoo de polticas pblicas que entram em choque com velhos pressupostos capitalistas.

    PORQUE

    II. O crescimento econmico e a industrializao, na viso tradicional, so entendidos como sinnimos de desenvolvimento, desconsiderando-se o carter finito dos recursos naturais e privilegiando-se a explorao da fora de trabalho na acumulao de capital.

    A respeito dessas asseres, assinale a opo correta.

    A As asseres I e II so proposies verdadeiras, e a II uma justificativa correta da I.

    B As asseres I e II so proposies verdadeiras, mas a II no uma justificativa correta da I.

    C A assero I uma proposio verdadeira, e a II uma proposio falsa.

    D A assero I uma proposio falsa, e a II uma proposio verdadeira.

    E As asseres I e II so proposies falsas.

    *A0720135*

  • 6FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 08

    TEXTO I

    Muito me surpreendeu o artigo publicado na edio de 14 de outubro, de autoria de um estudante de Jornalismo, que compara a legislao antifumo ao nazismo, considerando-a um ataque privacidade humana.

    Ao contrrio do que afirma o artigo, os fumantes tm, sim, sua privacidade preservada. (...) Para isso, s precisam respeitar o mesmo direito privacidade dos no fumantes, no impondo a eles que respirem as mesmas substncias que optam por inalar e que, em alguns casos, saem da ponta do cigarro em concentraes ainda maiores.

    FITERMAN, J. Disponvel em: . Acesso em: 24 jul. 2013 (adaptado).

    TEXTO II

    Seguindo o mau exemplo de So Paulo e Rio de Janeiro, o estado do Paran, ao que tudo indica, tambm adotar a famigerada lei antifumo, que, entre outras coisas, probe a existncia de fumdromos nos espaos coletivos e estabelece punies ao proprietrio que no coibir o fumo em seu estabelecimento. preciso, pois, perguntar: tem o Estado o direito de decidir a poltica tabagista que o dono de um bar, por exemplo, deve adotar? Com base em que princpio pode uma tal interferncia ser justificada?

    A lei somente se justificaria caso seu escopo se restringisse a locais cuja propriedade estatal, como as reparties pblicas. No se pode confundir um recinto coletivo com um espao estatal. Um recinto coletivo, como um bar, continua sendo uma propriedade privada. A lei representa uma clara agresso ao direito propriedade.

    PAVO, A. Disponvel em: . Acesso em: 24 jul. 2013 (adaptado).

    Os textos I e II discutem a legitimidade da lei antifumo no Brasil, sob pontos de vista diferentes.

    A comparao entre os textos permite concluir que, nos textos I e II, a questo tratada, respectivamente, dos pontos de vista

    A tico e legal.

    B jurdico e moral.

    C moral e econmico.

    D econmico e jurdico.

    E histrico e educacional.

    REA LIVRE

    *A0720136*

  • 7FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO DISCURSIVA 1

    A Organizao Mundial de Sade (OMS) menciona o saneamento bsico precrio como uma grave ameaa

    sade humana. Apesar de disseminada no mundo, a falta de saneamento bsico ainda muito associada

    pobreza, afetando, principalmente, a populao de baixa renda, que mais vulnervel devido subnutrio

    e, muitas vezes, higiene precria. Doenas relacionadas a sistemas de gua e esgoto inadequados e a

    deficincias na higiene causam a morte de milhes de pessoas todos os anos, com prevalncia nos pases de

    baixa renda (PIB per capita inferior a US$ 825,00).

    Dados da OMS (2009) apontam que 88% das mortes por diarreia no mundo so causadas pela falta de

    saneamento bsico. Dessas mortes, aproximadamente 84% so de crianas. Estima-se que 1,5 milho de

    crianas morra a cada ano, sobretudo em pases em desenvolvimento, em decorrncia de doenas diarreicas.

    No Brasil, as doenas de transmisso feco-oral, especialmente as diarreias, representam, em mdia, mais

    de 80% das doenas relacionadas ao saneamento ambiental inadequado (IBGE, 2012).

    Disponvel em: . Acesso em: 26 jul. 2013 (adaptado).

    Com base nas informaes e nos dados apresentados, redija um texto dissertativo acerca da abrangncia, no

    Brasil, dos servios de saneamento bsico e seus impactos na sade da populao. Em seu texto, mencione

    as polticas pblicas j implementadas e apresente uma proposta para a soluo do problema apresentado

    no texto acima. (valor: 10,0 pontos)

    RASCUNHO1

    2

    3

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    5

    6

    7

    8

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    *A0720137*

  • 8FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO DISCURSIVA 2

    O debate sobre a segurana da informao e os limites de atuao de governos de determinados pases tomou conta da imprensa recentemente, aps a publicidade dada ao episdio denominado espionagem americana. O trecho a seguir relata parte do ocorrido.

    (...) documentos vazados pelo ex-tcnico da Agncia Central de Inteligncia (CIA), Edward Snowden, indicam que e-mails e telefonemas de brasileiros foram monitorados e uma base de espionagem teria sido montada em Braslia pelos norte-americanos.

    O Estado de So Paulo. Disponvel em: . Acesso em: 30 jul. 2013 (adaptado).

    Considerando que os textos e as imagens acima tm carter unicamente motivador, redija um texto dissertativo a respeito do seguinte tema:

    Segurana e invaso de privacidade na atualidade. (valor: 10,0 pontos)

    RASCUNHO1

    2

    3

    4

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  • 9FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 09

    Paciente de 12 anos de idade apresenta

    diagnstico de paralisia cerebral atetoide

    tetrapartica com componente espstico. Recebeu

    o diagnstico aos 18 meses em funo de uma

    ressonncia magntica e da avaliao clnica, que

    identificou leso possivelmente relacionada

    asfixia perinatal. Frequenta uma escola especial

    e, segundo avaliao fonoaudiolgica, apresenta

    as seguintes caractersticas: hipertonia dos

    rgos fonoarticulatrios, dificuldade no controle

    de sialorreia, incoordenao de mastigao e

    deglutio. Com relao linguagem, a criana

    compreende o que lhe dito, mas utiliza-se apenas

    de gestos indicativos e da sucesso sonora do o

    para a sua comunicao.

    Qual conduta teraputica seria recomendvel para o

    tratamento do paciente em relao linguagem?

    A Utilizao de treinamento de vocabulrio bsico para efetivar a comunicao por meio da repetio de um grupo de palavras do mesmo campo semntico.

    B Utilizao de exerccios de motricidade orofacial para diminuir a hipertonia e melhorar o movimento articulatrio para a produo de fala.

    C Produo de vocalizaes de sons para que a comunicao possa ocorrer por meio de diferentes entonaes vocais.

    D Introduo do Sistema de Comunicao Suplementar e(ou) adoo de alternativa teraputica que envolva a famlia e a escola, pois a dificuldade de fala da criana no implica a impossibilidade de estabelecer comunicao.

    E Excluso de proposta relacionada linguagem da criana, uma vez que j tem 12 anos de idade e apresenta prognstico de ausncia de oralidade.

    QUESTO 10

    A gagueira um distrbio da fluncia e da temporalizao da fala. A fluncia refere-se suavidade, facilidade, falta de esforo com que sons, slabas, palavras e frases so ligados durante a fala. Para uma pessoa que gagueja, a produo da fala uma atividade trabalhosa, no sendo automtica tal como ocorre para uma pessoa considerada fluente. A temporalizao refere-se ao tempo de execuo dos sons, slabas, palavras e frases. Cada som da fala possui um tempo usual para ser dito. Na fala gaguejada, alguns sons so pronunciados em tempo maior que o habitual.

    Com relao gagueira, infere-se que

    A pessoas que gaguejam apresentam troca de palavras durante a fala e pouco movimento corporal ao falar, embora consigam produzir frases complexas.

    B os bloqueios de sons so sintomas de alterao na temporalizao da fala.

    C entre os sintomas de alterao na temporalizao da fala esto excludos os prolongamentos de sons.

    D pessoas que gaguejam apresentam concomitantemente as caractersticas fsicas de bloqueios, prolongamentos e repeties.

    E a repetio de sons e slabas sintoma de alterao na temporalizao da fala.

    REA LIVRE

    COMPONENTE ESPECFICO

    *A0720139*

  • 10FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 11

    Para abordar a escola como um espao de sade, partimos da ideia de que ser saudvel ter a possibilidade de avaliar a realidade, reconhecendo e dando visibilidade s suas potencialidades, e de considerar o que j se possui para construir um cenrio melhor. Por isso, o espao escolar, entendido como saudvel, considerado dentro de um contexto maior: a comunidade onde est inserido e a sociedade que o estrutura.

    EDMUNDO,K.; BITTENCOURT, D.; NASCIMENTO, G. Sade e educao: Salto para o futuro. Braslia. Ministrio da Educao e Cultura.

    Ano XVIII, boletim 12 - Agosto de 2008 (adaptado).

    Considerando o exerccio profissional do fonoaudilogo de acordo com os pressupostos explicitados no texto acima, conclui-se que

    A sua atuao deve auxiliar a escola na construo social da sade e na aquisio de habilidades e atitudes pessoais de aprendizagem, afetividade e cuidado de toda comunidade.

    B suas prticas profissionais no espao escolar devem estar em consonncia com as aes educacionais da escola sem necessariamente obedecer a polticas, programas e projetos educacionais vigentes.

    C as metas do seu trabalho devem auxiliar no sucesso escolar, criando espaos de dilogo para os diferentes atores, independentemente de seus diversos contextos.

    D o profissional deve participar do diagnstico institucional, a fim de identificar e caracterizar os problemas de aprendizagem, com vistas realizao de atendimentos clnicos teraputicos para a recuperao do processo de ensino-aprendizagem.

    E o profissional deve restringir a sua participao ao espao escolar, sensibilizando e capacitando educandos, educadores e familiares para a utilizao da Lngua Brasileira de Sinais (LIBRAS).

    QUESTO 12

    Os documentos oficiais acerca da ateno sade do idoso afirmam que o trabalho deve ser realizado com base na promoo do envelhecimento ativo e saudvel, na manuteno e reabilitao da capacidade funcional e no apoio ao desenvolvimento de cuidados informais. Nesses documentos, consta tambm que cabe aos gestores de sade dos municpios o desenvolvimento de aes visando a ateno integral sade dos idosos em sua comunidade (Estatuto do Idoso, 2003). Assim, vrios profissionais da sade tm sido convocados para o trabalho junto ao idoso, com a finalidade de garantir-lhe maior qualidade de vida.

    BRASIL. Estatuto do Idoso: Lei federal n 19.741, de 1 de outubro de 2003. Braslia, DF: Secretaria Especial dos Direitos Humanos, 2004 (adaptado).

    Considerando-se as aes voltadas para a promoo de sade, contratou-se um fonoaudilogo em uma ONG que tem o objetivo de dar aos idosos a oportunidade de desenvolverem atividades nas reas da cultura, do lazer e da educao. Essa ONG tambm oferece qualificao a trabalhadores para atuarem na promoo da qualidade de vida e no incentivo a maior autonomia da pessoa idosa.

    Nesse contexto, o foco da atuao do fonoaudilogo na promoo sade do idoso deve concentrar-se em

    I. aes em grupo que possam promover maior qualidade de vida ao idoso, tais como oficinas de linguagem.

    II. prticas direcionadas para a formao de cuidadores de idosos.

    III. condutas que evitem a violncia contra o idoso, denunciando a negligncia e a violncia fsica ou psicolgica.

    IV. aes de triagem e encaminhamento para atendimento fonoaudiolgico hospitalar.

    V. atendimentos individuais a idosos com afasia, demncias e outras alteraes neurolgicas.

    correto apenas o que se afirma em

    A I, II e III.B I, II e IV.C I, III e V.D II, IV e V.E III, IV e V.

    *A07201310*

  • 11FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 13

    Um paciente, com 42 anos de idade, encaminhado para tratamento fonoaudiolgico por neurologista cujo laudo indica que o paciente sofrera Acidente Vascular Enceflico (AVE) h 4 meses, com sequelas na comunicao. Na anamnese com a esposa do paciente e principal cuidadora, a fonoaudiloga informada de que, depois do derrame, ele fala coisas que a esposa no entende e parece tambm no entender o que ela fala; s vezes nem presta ateno ao que lhe dito e parece no ter noo do problema. Na avaliao da linguagem, a fonoaudiloga identifica que o paciente apresenta fala fluente e logorreica, com a utilizao de jargo nas tarefas de nomeao e descrio de imagens; presena de parafasias verbais; alterao importante na compreenso verbal mesmo em tarefas de execuo de ordens simples; grafismo preservado, porm com paragrafias na atividade de ditado de palavras; e reduzida compreenso da leitura.

    PEA-CASANOVA, J.; PAMIES, M.P. Reabilitao da Afasia e transtornos associados.

    2 ed. So Paulo: Manole, 2005. p. 67-68 (adaptado).

    Analisando as manifestaes apresentadas na avaliao da linguagem, a fonoaudiloga concluiu que o paciente est na fase

    A de estado (de evoluo) da afasia de Wernicke. Nesse caso, para que ele se comunique com as pessoas, a terapia fonoaudiolgica dever enfatizar a eliminao das parafasias verbais e paragrafias, assim como melhorar o desempenho em leitura e escrita.

    B aguda (inicial) da afasia de Wernicke. Nesse caso, para que ele se comunique com as pessoas, a terapia fonoaudiolgica dever enfatizar a eliminao das parafasias verbais e a diminuio da logorreia.

    C de estado (de evoluo) da afasia de Wernicke. Nesse caso, para que ele se comunique com as pessoas, a terapia fonoaudiolgica dever enfatizar a capacidade de nomeao e interpretao de leitura, alm da eliminao das parafasias verbais.

    D aguda (inicial) da afasia de Wernicke. Nesse caso, para que ele se comunique com as pessoas, a terapia fonoaudiolgica dever enfatizar a melhora da compreenso verbal, a diminuio da logorreia e do uso de jarges.

    E aguda (inicial) da afasia de Wernicke. Nesse caso, para que ele se comunique com as pessoas, a terapia fonoaudiolgica dever enfatizar a melhora da nomeao de imagens, assim como a diminuio das parafasias verbais e paragrafias.

    REA LIVRE

    *A07201311*

  • 12FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 14

    Em funo da Poltica Nacional de Educao Especial na Perspectiva da Educao Inclusiva, os profissionais de educao e sade esto diretamente implicados na criao de alternativas para a superao das dificuldades enfrentadas no processo de consolidao do sistema educacional inclusivo. No caso especfico da surdez, faz parte das atribuies do fonoaudilogo, na rea educacional, o desenvolvimento de aes para a educao bilngue.

    Para a superao das dificuldades enfrentadas pelo sistema educacional inclusivo no contexto da educao bilingue de surdos, indicado que o fonoaudilogo participe

    I. da formao de professores, visando favorecer o processo de ensino-aprendizagem de alunos surdos em sala de aula. Para tanto, fundamental o conhecimento do papel da lngua de sinais na aprendizagem e na aquisio da modalidade escrita da lngua portuguesa, entre outros aspectos.

    II. de classes especiais, como uma possibilidade de interveno junto a alunos com deficincia auditiva.

    III. do atendimento educacional especializado voltado para o ensino da lngua portuguesa, na modalidade oral, como sendo a primeira lngua do surdo e da Lgua Brasileira de Sinais como a segunda.

    IV. de aes realizadas com familiares para sensibiliz-los quanto ao papel da lngua de sinais na comunicao e na aprendizagem do aluno.

    correto apenas o que se afirma em

    A I e II.

    B I e IV.

    C II e III.

    D I, III e IV.

    E II, III e IV.

    QUESTO 15

    Um ortodontista encaminhou uma paciente de 10 anos de idade, que faz uso de aparelho ortodntico h 1 ano para correo de mordida aberta anterior, para avaliao fonoaudiolgica, pois percebera incorreta movimentao da lngua durante a fala, mesmo com a reduo da mordida aberta. A paciente respiradora oral, com constantes episdios de rinite alrgica, e realiza acompanhamento com otorrinolaringologista. Na avaliao, o fonoaudilogo identificou as seguintes alteraes: flacidez de bochechas, lbios e lngua; mobilidade reduzida de lbios; projeo anterior da lngua durante a fala e a deglutio; distoro dos fonemas /s/, /z/ e /r/; ausncia de selamento labial e respirao ruidosa.

    A partir dos achados na avaliao, o fonoaudilogo concluiu que a paciente apresenta

    A deglutio atpica e desvio fontico-fonolgico, devendo aguardar a alta do tratamenhto ortodntico para iniciar a terapia fonoaudiolgica.

    B distrbio oromiofuncional, deglutio adaptada e desvio fontico, devendo realizar terapia fonoaudiolgica de forma concomitante aos demais tratamentos.

    C distrbio oromiofuncional e desvio fonolgico, devendo aguardar a alta do tratamento com otorrinolaringologista para iniciar a terapia fonoaudiolgica.

    D sistema estomatogntico de aspecto normal, porm com distrbio articulatrio, devendo iniciar a terapia fonoaudiolgica para correo da distoro dos fonemas /s/, /z/ e /r/.

    E distrbio oromiofuncional e deglutio adaptada, com articulao normal e sem desvio, devendo iniciar a terapia para melhorar a funo do sistema estomatogntico.

    *A07201312*

  • 13FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 16 A avaliao da disfagia em crianas deve ser feita pelo estudo das fases oral, farngea e esofgica da deglutio. Na fase farngea, o uso do exame de videofluoroscopia da deglutio auxilia e orienta o plano de terapia.

    FURKIM, A. M.; BEHLAU, M. S.; WECKX, L. L. M. Avaliao clnica e videofluoroscpica da deglutio em crianas com paralisia cerebral

    tetrapartica espstica. Arquivos de Neuropsiquiatria, So Paulo,v. 61, n. 3-A, p. 611-616, 2003.

    Considerando-se a imagem acima, que apresenta o exame de videofluoroscopia de deglutio de uma criana de 7 anos de idade portadora de disfagia orofarngea grave, a fonoterapia, nesse caso, visariaA estimular tanto a propulso de lngua no paciente,

    evitando possveis episdios de penetrao e(ou) aspirao laringotraqueal, quanto o uso de manobras posturais com o uso de alimento de consistncia lquida.

    B orientar o uso de alimentao exclusivamente por via oral em consistncia slida e ter a tcnica de empuxo como foco.

    C trabalhar o aumento de fora das estruturas orofarngeas da deglutio de saliva e o treino de manobras de postura.

    D aumentar a presso intraoral no paciente por meio da mudana de temperatura de alimentos e do uso do cotonete resfriado de Franscine.

    E promover o uso de alimentos de consistncia lquida com temperatura alterada e orientar a higienizao da cavidade oral.

    QUESTO 17

    Considerando-se o impacto ambiental e ocupacional na gerao de riscos para a audio nos dias de hoje, as perdas auditivas adquiridas representam um problema de sade pblica, o que exige seu pleno reconhecimento por intermdio de sistemticas notificaes que permitam propor medidas preventivas e instrumentos de vigilncia epidemiolgica. Nesse contexto, o Programa de Preveno de Perdas Auditivas prev como medidas

    A o estabelecimento de audiograma de referncia de todos os trabalhadores, a realizao de acompanhamento audiomtrico e a identificao de indivduos que necessitem ser encaminhados para tratamento.

    B o mapeamento do rudo, a indicao das reas de risco de rudo e aviso de alerta; o controle do rudo, a proteo da audio, a educao, o treinamento e o gerenciamento audiomtrico.

    C a recomendao do protetor auditivo circum-auricular e(ou) de insero para proteo do sistema auditivo contra nveis de presso sonora superiores ao estabelecido na Norma Regulamentadora n 15.

    D o rodzio de funo, o rodzio de mquinas, a implantao de pausas, a reduo da exposio a rudos, a mudana de funo.

    E a modificao ou substituio de equipamento que cause alterao fsica na origem, reduzindo os nveis sonoros que chegam aos ouvidos do trabalhador.

    REA LIVRE

    *A07201313*

  • 14FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 18

    O Brasil apresenta uma taxa de envelhecimento populacional ascendente. Segundo o IBGE, em 2010, a populao brasileira era de 190 755 799 habitantes, dos quais 20 590 599 eram considerados idosos (idade 60 anos), correspondendo a 10,8% da populao brasileira. Estima-se que, em 2025, o Brasil ocupar o sexto lugar quanto ao contingente de idosos, alcanando cerca de 32 milhes de pessoas com 60 anos ou mais. Em 2050, as crianas de 0 a 14 anos representaro 13,15%, ao passo que a populao idosa alcanar os 22,71% da populao total.

    MORAES, E. N. Ateno sade do Idoso: Aspectos Conceituais. Braslia: Organizao Pan-Americana da Sade, 2012 (adaptado).

    Estimativa da evoluo do ndice de idosos da populao brasileira, por sexo, entre 1995 e 2050.

    25

    20

    15

    10

    5

    25

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    10

    5

    01995 2000 2005 2010 2015 2020 2025 2030 2035 2040 2045 2050

    Anos

    Mulheres

    Homens

    %

    Disponvel em: Acesso em: 29 jul. 2013 (adaptado).

    Considerando a prospeco apresentada no texto e no grfico acima, infere-se que o fonoaudilogo que atue nos servios pblicos deve

    I. ter sua atuao marcada por um enfoque clnico-teraputico, em um modelo de ateno sade de forma individual, restringindo suas aes a atendimentos nos nveis secundrio e tercirio de assistncia sade.

    II. participar da criao de espaos de convivncia, concentrando-se na estimulao das funes cognitivas, lingusticas, funcionais e sociais como ferramentas de qualidade de vida para a sociedade.

    III. ampliar a sua participao em estudos epidemiolgicos das alteraes fonoaudiolgicas associadas s doenas crnicas e degenerativas, em razo do perfil demogrfico mais envelhecido da populao brasileira.

    correto o que se afirma em

    A I, apenas.

    B II, apenas.

    C I e II, apenas.

    D II e III, apenas.

    E I, II e III.

    *A07201314*

  • 15FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 19

    Uma mulher, com 39 anos de idade, h 5 anos est apresentando dificuldades para entender a fala das pessoas, especialmente em situaes ruidosas. Alega ter mais facilidade para ouvir na orelha direita. Nunca trabalhou em ambientes ruidosos. No se recorda de ter feito tratamentos com medicaes ototxicas. Submetida a audiometria, obtiveram-se os seguintes resultados:

    0

    10

    20

    30

    40

    50

    60

    70

    80

    90

    100

    110

    120

    250 500 1k 2k 3k 4k 6k 8k

    A partir das informaes acima, avalie as afirmaes a seguir.

    I. Foi necessrio utilizar mascaramento auditivo, entre 20 dB e 50 dB (orelha direita: orelha no testada), para obteno dos limiares de via ssea.

    II. Foi desnecessrio utilizar mascaramento auditivo para a obteno dos limiares de via area.

    III. O IPRF da orelha direita foi de 100% para monosslabos; o da esquerda foi de 80% para monosslabos e 92% para disslabos.

    IV. Foram registradas curvas timpanomtricas do tipo B, bilateralmente.

    correto apenas o que se afirma em

    A I.B II.C I e III. D II e IV. E III e IV.

    QUESTO 20

    Os estudos sobre o processo de aquisio de linguagem tiveram grande impulso no sculo XX. Entre as principais teorias que surgiram, podemos destacar a Inatista, a Behaviorista, o Cognitivismo Construtivista e a Sociointeracionista. Considerando as diferentes implicaes dessas teorias nas propostas de atuao fonoaudiolgica, a aquisio da linguagem,

    A segundo a teoria Behaviorista, est relacionada a um dispositivo que acionado quando a criana exposta lngua materna.

    B de acordo com a teoria Construtivista, depende do desenvolvimento cognitivo da criana.

    C de acordo com a teoria Inatista, considera a interao como um espao em que a criana se constri como sujeito.

    D para a teoria Sociointeracionista, ocorre pelo estmulo e resposta e pelo reforo positivo e negativo.

    E para a teoria Construtivista, ocorre pelo estmulo e resposta e pelo reforo positivo e negativo.

    QUESTO 21

    Um fonoaudilogo que trabalha em um Ncleo de Ateno Sade da Famlia (NASF), em uma de suas visitas domiciliares, foi questionado sobre a normalidade ou no da voz de um dos membros da casa: uma rapaz de 23 anos de idade. Nesse caso, o fonoaudilogo, em primeiro lugar, deveria

    A ouvir a voz do rapaz, em fala espontnea e(ou) encadeada, e em vogal sustentada, relacionando a qualidade da voz idade e ao sexo do falante.

    B pedir aos membros da famlia que descrevessem os hbitos vocais do rapaz e seu comportamento em casa, alm de solicitar um exame larngeo.

    C ouvir atentamente a voz do rapaz para determinar sua frequncia, intensidade, jitter e shimmer.

    D solicitar ao rapaz e famlia informaes pormenorizadas sobre o desenvolvimento de sua voz na infncia.

    E solicitar ao rapaz que inspirasse e expirasse lentamente, para avaliar seu tipo e modo respiratrios.

    *A07201315*

  • 16FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 22

    Um fonoaudilogo foi convidado a assessorar um grupo de canto coral durante a turn de apresentaes. Nesse perodo, alm do trabalho de condicionamento vocal, ele deveria ministrar pequenas palestras, com orientaes ao grupo. Nessa situao, o trabalho de condicionamento vocal e os temas das palestras deveriam abranger, respectivamente,

    I. exerccios vocais com empuxo e orientaes sobre tipo respiratrio.

    II. exerccios vocais com sons vibrantes em escalas ascendentes e descendentes e orientaes sobre sade vocal.

    III. exerccios vocais de ressonncia e de projeo da voz e orientaes sobre relao corpo-voz.

    IV. exerccios de trato vocal semiocludo e orientaes sobre higiene vocal.

    correto apenas o que se afirma em

    A I e III.

    B I e IV.

    C II e III.

    D I, II e IV.

    E II, III e IV.

    REA LIVRE

    QUESTO 23

    Uma jovem professora recm-formada, leciona em duas escolas de ensino mdio de sua cidade. Aps os primeiros meses no emprego, procurou o servio de fonoaudiologia de uma Unidade Bsica de Sade, pois seus alunos reclamam que no conseguem entender o que ela diz durante as aulas. Ela acredita que isso ocorre porque sua voz fraca. A avaliao fonoaudiolgica revelou que ela no possui distrbio orgnico de comunicao, porm sua fala caracteriza-se por articulao com amplitude reduzida e velocidade de fala aumentada. Na anamnese, ela reconheceu que uma pessoa tmida e que sempre falou dessa forma, porm isso no lhe havia trazido problemas anteriormente. Alm disso, referiu que os ambientes em que d aula so ruidosos e, quando tenta falar mais forte, sente fadiga.

    A partir do caso descrito, avalie as seguintes condutas a serem adotadas pelo fonoaudilogo.

    I. Encaminh-la ao servio de psicologia, para que possa enfrentar sua timidez, que a causa principal de seu problema.

    II. Orient-la quanto aos diferentes fatores identificados, que esto prejudicando a efetividade da comunicao entre ela e seus alunos.

    III. Propor tratamento fonoaudiolgico semanal, que priorize os problemas vocais, pois estudos indicam que o risco de professores desenvolverem disfonias elevado.

    IV. Indicar acompanhamento por meio de programa de aprimoramento da comunicao, de efetividade conhecida, que favorea o aperfeioamento dos padres de fala, voz e linguagem.

    V. Encaminh-la para investigao neurolgica, j que a reduo da amplitude articulatria e da velocidade da fala so manifestaes que ocorrem com frequncia nos quadros de disartria.

    correto apenas o que se afirma em

    A II e IV.B I, III e IV.C I, III e V.D II, III e V. E I, II, IV e V.

    *A07201316*

  • 17FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 24

    Disponvel em: . Acesso em: 01 ago. 2013.

    Considerando a ilustrao apresentada acima, que descreve uma proposta de linha de cuidado de pacientes com cncer, avalie as seguintes possibilidades de atuao do fonoaudilogo com pacientes disfgicos em decorrncia de cncer de cabea e pescoo.

    I. Esclarecer a equipe quanto aos benefcios funcionais dos protocolos de preservao de rgos nesses casos, tendo em vista a baixa prevalncia de disfagia mecnica associada a essa opo de tratamento.

    II. Definir o tratamento de escolha - cirrgico, rdio e(ou) quimioterpico -, considerando que o impacto funcional sobre a funo alimentar o fator determinante na definio da conduta a ser adotada em cada caso.

    III. Acompanhar os pacientes ao longo do tratamento radioterpico quanto s possveis alteraes da mastigao e da deglutio decorrentes, as quais podem ser evidenciadas tambm a longo prazo, aps o trmino da radioterapia.

    IV. Contribuir para a deteco precoce de cncer de cabea e pescoo, com o reconhecimento, na populao sob seus cuidados, de sinais de alerta, como rouquido e feridas que no cicatrizam, e encaminhamento para avaliao especializada.

    V. Avaliar e diagnosticar a presena de disfagia mecnica por meio de protocolos que investiguem, alm das sequelas nas estruturas e funes orofaciais, o seu impacto sobre a restrio de atividades e participao social do indivduo, uma vez que esses aspectos definem a conduta fonoaudiolgica.

    correto apenas o que se afirma em

    A I.

    B II.

    C I e V.

    D II, III e IV.

    E III, IV e V.

    *A07201317*

  • 18FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 25

    Um fonoaudilogo atua em uma clnica interdisciplinar, especializada em tratamento ortodntico. Em sua prtica diria, observou, na anamnese, que a maioria dos clientes atendidos apresentavam as seguintes queixas:

    - dificuldade ou dor ao abrir a boca; - dificuldade para movimentar a mandbula para os lados; - cansao ou dor muscular ao mastigar; - dores de cabea com frequncia; - dor na nuca ou torcicolo; - dores de ouvido ou na regio prxima a ele; - rudos na regio das articulaes temporomandibulares (ATMs) ao mastigar ou abrir a boca.

    Diante disso, o profissional elaborou um plano de ao teraputica para esses clientes. Nessa situao, avalie as asseres a seguir e a relao proposta entre elas.

    I. O plano deve incluir massagens miorrelaxantes nos msculos levantadores da mandbula e exerccios de abertura e fechamento de boca com guia de lngua.

    PORQUE

    II. Os sintomas referidos pelos clientes so caractersticos de quadros de disfuno temporomandibular (DTM) e envolvem a hiperfuno dos msculos levantadores da mandbula (masseteres, pterigoideos mediais e temporais). A lubrificao das ATMs importante nesses casos, porm deve ser feita sob o maior controle possvel para evitar o deslocamento do disco articular.

    A respeito dessas asseres, assinale a opo correta.

    A As asseres I e II so proposies verdadeiras, e a II uma justificativa correta da I.

    B As asseres I e II so proposies verdadeiras, mas a II no uma justificativa correta da I.

    C A assero I uma proposio verdadeira, e a II uma proposio falsa.

    D A assero I uma proposio falsa, e a II uma proposio verdadeira.

    E As asseres I e II so proposies falsas.

    QUESTO 26

    O implante coclear (IC) representa o mais importante avano no tratamento de deficientes auditivos que no apresentam aproveitamento com o aparelho de amplificao sonora individual (AASI). Para seleo e encaminhamento de pacientes que podem se beneficiar dessa tecnologia, deve-se conhecer exatamente seu funcionamento e sua dimenso no processo de reabilitao, assim como os critrios de seleo de candidatos. Essa tecnologia

    A possibilita a estimulao eltrica s clulas remanescentes da cclea, favorecendo o processo de reabilitao nos aspectos que envolvem a aquisio dos signos lingusticos e de linguagem oral, tanto em crianas, quanto em adultos.

    B possibilita a amplificao dos sons e requer a existncia de clulas ciliadas para que o sinal acstico seja transferido ao nervo auditivo; oferece melhor percepo e discriminao da fala, dos sons ambientais e de alerta, mas no garante o desenvolvimento da linguagem oral.

    C possibilita a estimulao s clulas remanescentes da cclea em todos os pacientes com deficincia auditiva neurossensorial, proporcionando benefcios na reabilitao da audio, linguagem, habilidades de comunicao e educacionais, uma vez que oferece melhores condies de escuta.

    D possibilita a amplificao de sons provenientes das clulas remanescentes da cclea em pessoas que no se beneficiam com o uso do AASI e permite, por meio de radiofrequncia, o envio de impulsos diretamente s clulas ciliadas, trazendo benefcios na reabilitao quanto percepo da fala.

    E possibilita que a estimulao eltrica do dispositivo ative as vias auditivas, estimulando diretamente as fibras do nervo coclear, e proporciona uma velocidade maior no desenvolvimento das habilidades auditivas, porque tem acesso deteco dos sons da fala, embora no garanta o desenvolvimento da linguagem oral.

    *A07201318*

  • 19FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 27

    Com o envelhecimento da populao mundial, o nmero de pessoas com doenas neurodegenerativas incurveis, incluindo as demncias, tem crescido. A disfagia encontrada com frequncia no estgio avanado da doena, levando desnutrio, desidratao, perda de peso e aumento do risco de pneumonia aspirativa.

    Considerando a atuao do fonoaudilogo na equipe responsvel pelo cuidado do paciente disfgico no estgio avanado da demncia, avalie as asseres a seguir e a relao proposta entre elas.

    I. Quanto alimentao do paciente, a gastrostomia indicada para garantir o aumento do tempo de sobrevida, maior conforto ao paciente e reduo do risco de pneumonia aspirativa.

    PORQUE

    II. Na definio da conduta quanto alimentao do paciente, devem ser contemplados fatores como a manuteno da qualidade de vida, o posicionamento da famlia e, quando conhecido, o posicionamento prvio do paciente quanto a esse aspecto quando sua autonomia ainda no estava limitada.

    A respeito dessas asseres, assinale a opo correta.

    A As asseres I e II so proposies verdadeiras, e a II uma justificativa correta da I.

    B As asseres I e II so proposies verdadeiras, mas a II no uma justificativa correta da I.

    C A assero I uma proposio verdadeira, e a II uma proposio falsa.

    D A assero I uma proposio falsa, e a II uma proposio verdadeira.

    E As asseres I e II so proposies falsas.

    REA LIVRE

    QUESTO 28

    Uma escola regular da rede municipal de ensino solicitou secretaria de educao a insero de um fonoaudilogo para participar do planejamento escolar e orientar os docentes acerca de algumas dificuldades encontradas em alunos das turmas de 1 e 2 anos do ensino fundamental. Durante a visita escola, o fonoaudilogo observou que as salas do ensino fundamental estavam localizadas prximas rua e ao lado da quadra de esportes e no apresentavam proteo contra o rudo externo. Ao conversar com as professoras, ouviu o seguinte relato de uma delas: observo que alguns alunos falam muito alto e frequentemente ficam roucos; alguns no prestam ateno aula e parecem no escutar o que digo, mesmo que eu eleve minha voz. Outras professoras tambm se queixaram que o barulho da rua e da quadra de esportes atrapalhava a aula.

    Considerando a situao exposta, analise as afirmaes a seguir, quanto conduta do fonoaudiolgo na escola.

    I. necessria a realizao da triagem auditiva com enfoque em processamento da audio nas crianas das turmas de 1 e 2 anos para verificar possvel interferncia do rudo externo no desempenho em sala de aula.

    II. A escola deve ser orientada sobre a necessidade de proteger a sala de aula contra o rudo externo, visando melhora da aprendizagem das crianas e da sade vocal do professor.

    III. A triagem deve ser realizada para verificar possveis transtornos na fala, na voz, na audio e na leitura e escrita das crianas, sem orientar a escola sobre a proteo das salas contra o rudo externo.

    IV. necessria a realizao de oficinas para os professores sobre a sade vocal, com orientao sobre medidas de ao contra o abuso vocal com vistas melhora da qualidade de vida do professor.

    correto apenas o que se afirma emA I e II.B I e III.C III e IV.D I, II e IV.E II, III e IV.

    *A07201319*

  • 20FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 29

    Uma criana nasceu com fissura transforame incisivo unilateral esquerda e foi encaminhada para acompanhamento em um centro de referncia. Realizou as cirurgias plsticas primrias no tempo preconizado como ideal, bem como o enxerto sseo secundrio em rebordo alveolar. Foi submetida ao tratamento ortopdico transversal e sagitalmente, no final da dentio decdua. Atualmente est com 18 anos e continua seu acompanhamento especializado. Em sua ltima consulta fonoaudiolgica, os resultados da avaliao foram: substituio dos pontos articulatrios dos fonemas labiodentais e linguodentais, por ponto bilabial e ponto linguolabial, respectivamente, ceceio anterior nos fonemas alveolares e fraca presso intraoral nos fonemas plosivos, alm de hipernasalidade moderada. Foi observada projeo anterior de lngua durante a deglutio, nas trs consistncias de alimentos oferecidos. Apresentou qualidade vocal velada, com pitch muito agudo; ao longo do discurso, percebeu-se intensidade de voz reduzida, soprosidade assistemtica e fadiga vocal (com resultado de exame laringolgico, laudado por otorrinolaringologista, sem alteraes estruturais).

    Diante dos resultados da ltima avaliao, em relao hiptese diagnstica fonoaudiolgica e aos encaminhamentos interdisciplinares necessrios, assinale a opo correta.

    A Hiptese diagnstica: alteraes das funes do sistema estomatogntico por deglutio atpica e distrbio fontico-fonolgico; puberfonia. Encaminhamento: tratamento ortodntico e tratamento fonoaudiolgico.

    B Hiptese diagnstica: alteraes das funes do sistema estomatogntico por deglutio atpica e insuficincia velofarngea; disfonia organofunional. Encaminhamento: tratamento ortodntico e tratamento fonoaudiolgico.

    C Hiptese diagnstica: alteraes das funes do sistema estomatogntico por discrepncia maxilo-mandibular e insuficincia velofarngea; puberfonia. Encaminhamento: cirurgia ortogntica e tratamento fonoaudiolgico.

    D Hiptese diagnstica: alteraes das funes do sistema estomatogntico por discrepncia maxilo-mandibular e distrbio fontico-fonolgico; disfonia organofuncional. Encaminhamento: cirurgia ortogntica e tratamento fonoaudiolgico.

    E Hiptese diagnstica: alteraes das funes do sistema estomatogntico por deglutio atpica, distrbio fonolgico e insuficincia velofarngea. Encaminhamento: cirurgia ortogntica e tratamento ortodntico.

    REA LIVRE

    *A07201320*

  • 21FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 30

    Nas tabelas a seguir, apresentam-se dados de uma pesquisa realizada em um centro de educao infantil, com pais de crianas de 5 a 7 anos de idade, em relao ao comportamento vocal de seus filhos.

    Tabela 1. Respostas assinaladas pelos pais, relacionadas aos hbitos vocais das crianas.

    Comportamento Vocal Sempre Ocasionalmente NuncaFalar muito 15,9% 7,1% 1,7%

    Cantar 14,6% 7,9% 3,3%Gargalhar 10,4% 11,8% 6,7%

    Ingerir bebidas geladas 8,3% 13,4% 6,7%Falar em forte intensidade 6,3% 14,9% 8,3%

    Gritar 4,2% 19,7% 3,3%Falar com esforo 2,8% 3,9% 40%

    Sussurrar 1,4% 14,2% 21,6%Dormir bem* 19,4% 2,4% 5,1%

    Ingerir gua em intervalos curtos 16,7% 4,7% 3,3%

    * Considerado como 8 horas de sono, sem interrupes.

    Tabela 2. Respostas assinaladas pelos pais, relacionadas ao momento em que mais se evidencia a alterao vocal na criana.

    Situao Frequncia (%)Quando grita muito 18,2

    Quando volta da escola 18,2Quando canta 18,2

    Quando est nervosa 9,1Quando volta das festas 9,1

    Quando volta de atividades ao ar livre 9,1Quando grita muito e volta da escola 9,1

    Outras 9,0

    TAKESHITA, T.K. et al. Comportamento vocal de crianas em idade pr-escolar. Arq. Int. Otorrinolaringol. v.13, n.3, p. 252-258, 2009 (adaptado).

    Considerando o trabalho fonoaudiolgico nesse centro de educao infantil (creche), analise as aes listadas a seguir.

    I. Atividades educacionais voltadas conscientizao do uso da voz no canto e dos prejuzos do grito para a sade vocal.

    II. Terapias em grupo e(ou) individuais no ambiente do centro educacional com as crianas que apresentam alteraes vocais aps situaes de abuso.

    III. Atividades em grupo com uso de voz em intensidade controlada, em diferentes situaes comuns s atividades desenvolvidas no centro de educao.

    So pertinentes preveno de disfonia infantil, nessa populao especfica, as aes

    A I, apenas.B II, apenas.C I e III, apenas.D II e III, apenas.E I, II e III.

    *A07201321*

  • 22FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 31

    Segundo resultados divulgados pelo Censo 2010, realizado pelo IBGE, 45,6 milhes de pessoas apresentam algum tipo de deficincia, o que representa 23,91% da populao brasileira. Em 2011, foi lanado o Plano Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficincia - Plano Viver sem Limite, cujos objetivos gerais incluem

    A limitar o acesso e reorganizar a Rede de Ateno Integral Sade, contemplando as reas de deficincia auditiva, fsica, visual, intelectual, ostomias e mltiplas.

    B readequar tetos das unidades de sade auditiva e estabelecer novos critrios de indicao e contraindicao de implante coclear.

    C ofertar planos municipais de acessibilidade articulados com as metas nacionais estabelecidas no contexto do eixo acessibilidade.

    D oferecer tratamento das deficincias auditivas na ateno bsica, mdia e de alta complexidade em todo territrio nacional.

    E ofertar um conjunto de polticas pblicas para pessoas com deficincia, estruturadas em quatro eixos: acesso educao; incluso social; ateno sade e acessibilidade.

    REA LIVRE

    QUESTO 32

    As doenas vasculares enceflicas esto entre as principais causas de mortalidade e morbidade, com incidncia e prevalncia elevadas na populao idosa. Tais quadros podem levar ao comprometimento das funes orofaciais, com impactos diversos sobre as atividades desenvolvidas e participao social desses indivduos. Em relao ao processo de avaliao e diagnstico fonoaudiolgicos, essa condio impe desafios ao profissional, que precisa distinguir, entre as modificaes naturais da senescncia, aquelas relacionadas ao processo patolgico.

    O fonoaudilogo, ao avaliar um idoso com sequela neurolgica, deve considerar que

    A a diminuio das sensibilidades gustativa e olfatria uma caracterstica especfica dos quadros neurognicos, que depende da rea cerebral afetada, porm no encontrada no processo natural de envelhecimento.

    B a presena de sinais como fadiga muscular e maior durao da mastigao e da deglutio indica uma patologia neurolgica, pois as modificaes decorrentes da senescncia no podem explicar tais caractersticas.

    C a reduo da coordenao pneumofonoarticulatria esperada apenas nos quadros neurolgicos, uma vez que na senescncia no ocorrem modificaes no sistema respiratrio capazes de impactar na produo da fala.

    D a perda da eficincia mastigatria encontrada em idosos saudveis e decorre da mudana da composio muscular, j nos quadros patolgicos de origem neurolgica, apresenta-se quando h perda de elementos dentrios.

    E a reduo da velocidade da fala esperada no idoso saudvel, em decorrncia de modificaes do sistema neuromuscular prprias do processo de envelhecimento, mas o aumento dessa velocidade pode ocorrer somente em quadros neurognicos especficos.

    *A07201322*

  • 23FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 33

    Um paciente com 2 anos de idade, portador de mltipla deficincia sensorial (surdo-cego) atendido por um fonoaudilogo desde os 6 meses com estimulao especfica e individualizada. Ele apresenta perda auditiva neurossensorial moderada esquerda e perda auditiva neurossensorial profunda direita. Possui dificuldade em acompanhar e fixar a viso, dificuldade de ordem neurolgica, apresentando melhor percepo no olho esquerdo (viso perifrica). Por orientao do fonoaudilogo, o paciente frequenta um espao com Atendimento Educacional Especializado (AEE) h 8 meses.

    Considerando os avanos conquistados pelos fonoaudilogos junto ao contexto educacional e o papel do educador no processo do desenvolvimento global desse paciente, o fonoaudilogo deve

    A estimular o uso de recursos tecnolgicos durante a terapia com o paciente, pois a relao entre a forma, o mtodo e o contedo usado no AEE para o desenvolvimento da aprendizagem independe das interaes vivenciadas pelo paciente nas suas demais relaes sociais.

    B participar do projeto poltico-pedaggico do AEE, apoiando os profissionais da educao, tradutores e intrpretes de Lngua Brasileira de Sinais, guia intrprete e outros que atuem como apoio, incentivando atividades adequadas de acordo com as necessidades educacionais do paciente.

    C auxiliar o professor no papel de mediador, por intermdio de um planejamento individualizado, que atenda as necessidades, habilidades e interesses do paciente, orientando-o em relao ao uso de prticas clnicas fonoaudiolgicas a serem associadas prtica pedaggica.

    D orientar acerca da restrio do uso de recursos tecnolgicos que tenham como objetivo a estimulao dos sistemas sensoriais auditivo e visual na prtica pedaggica pelas caractersticas clnicas apresentadas pelo paciente.

    E ofertar aos pais e familiares um apoio intensivo, desenvolvendo atividades adequadas s necessidades do paciente, para que, de forma gradativa e segura, eles possam se tornar especialistas nos cuidados com o paciente.

    QUESTO 34

    O Dficit do Processamento Auditivo Central (DPAC) um conjunto de processos e mecanismos que ocorrem dentro do sistema auditivo em resposta a um estmulo acstico. um problema que atinge 7% das crianas em idade escolar.

    American Speech-Language-Hearing Association. (Central) Auditory Processing Disorders, 2005 (adaptado).

    Considerando os conceitos sobre DPAC e a sua relao com as questes escolares, infere-se que

    A um aluno com DPAC apresentar bom desenvolvimento e interao com os demais alunos, pois ele escuta e compreende bem, discriminando os sons e detectanto as diferenas entre eles.

    B uma queixa frequente na escola, de alunos com DPAC, a dificuldade de ouvir em ambientes acsticos desfavorveis (ruidosos) mesmo que a audio esteja dentro do padro de normalidade.

    C como uma das etapas do processamento auditivo a discriminao, os alunos que possuem DPAC realizam essa etapa com sucesso, apresentando escrita rica e sem erros.

    D o professor poder se posicionar em qualquer espao da sala de aula, pois os alunos com DPAC possuem a habilidade de localizao e lateralizao sonora preservada.

    E contar histrias um recurso favorvel a ser utilizado com alunos com DPAC, pois organizao e sequenciao dos estmulos verbais e no-verbais so realizadas com sucesso pelo aluno.

    REA LIVRE

    *A07201323*

  • 24FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 35

    Um menino de 9 anos de idade, est no terceiro ano de uma escola pblica e apresenta dificuldades de aprendizagem. Segundo a professora, ele escreve do mesmo modo que fala. Dessa forma, foi solicitado me que encaminhasse o menino para uma avaliao fonoaudiolgica, pois a professora acredita que ele seja dislxico. O sonho dele ser jogador de futebol e ele acredita que para isso no precisa estudar, j que seus pais, apesar de no terem terminado a educao bsica, conseguiram trabalhar. Na escola, mostra-se sem interesse para fazer as atividades propostas e sempre diz que no quer ler, pois sua leitura muito lenta.

    Segue, um trecho de sua escrita:

    Eraumaves un castelo muinto velho e eumdia treis mininos pobres quetinham passado por l. Come saram a reformar o castelo e a notisia se espahol e os mininos creseram e finalmente o castelo ficol pornto os mininus foram entrando el dentro tinha sinco cuartos.

    Considerando o texto e o histrico da criana, avalie as afirmaes a seguir.

    I. A aquisio da linguagem escrita est relacionada s prticas sociais nas quais a criana est inserida, podendo essas representar obstculos para um bom desempenho escolar. Diante disso, as dificuldades de escrita do menino podem estar influenciadas pelas prticas de letramento de seus familiares e amigos.

    II. A dificuldade de segmentao das palavras uma das caractersticas da dislexia; logo, correto afirmar que o menino dislxico.

    III. A dislexia um distrbio especfico de aprendizagem, de origem neurolgica, caracterizada pela dificuldade na fluncia correta da leitura, na decodificao e na soletrao, resultantes de um dficit no componente fonolgico da linguagem.

    IV. O diagnstico de dislexia feito pela professora da criana est correto. Nesse caso, considera-se efetiva a ao da professora para o diagnstico precoce e para o encaminhamento do menino para tratamento fonoaudiolgico.

    V. O menino apresenta um texto cujas caractersticas demonstram o apoio na oralidade, as quais fazem parte do processo normal de aquisio da linguagem escrita. So exemplos desse apoio: transcrio fontica, juno e separao indevida de palavras.

    correto apenas o que se afirma em

    A I, II e IV.

    B I, III e IV.

    C I, III e V.

    D II, III e V.

    E II, IV e V.

    REA LIVRE

    *A07201324*

  • 25FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO DISCURSIVA 3

    Uma paciente nasceu com 34 semanas e encontra-se estvel

    clinicamente na Unidade Canguru de uma maternidade, que possui

    a certificao e o ttulo de Hospital Amigo da Criana. A instituio

    referncia em amamentao em seu municpio, regio e estado.

    Os profissionais que atuam nessa unidade, ao orientar as mes ao

    aleitamento materno, seguem e cumprem os princpios das boas prticas

    de ateno ao parto e ao nascimento determinadas pela Organizao

    Mundial de Sade (OMS). Essa norma, conhecida como Cuidado Amigo da

    Me atende ainda s prioridades do Ministrio da Sade, recomendadas

    na estratgia da Rede Cegonha.

    Com base nas informaes apresentadas, elabore um texto dissertativo que contemple os seguintes aspectos:

    a) a importncia do leite materno para o beb prematuro; (valor: 3,0 pontos)

    b) as dificuldades que esse beb prematuro pode apresentar para mamar no peito; (valor: 3,0 pontos)

    c) a importncia da estimulao no peito para o desenvolvimento oromiofuncional do beb prematuro. (valor: 4,0 pontos)

    RASCUNHO1

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  • 26FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO DISCURSIVA 4

    Um menino, 4 anos de idade, apresenta bom desenvolvimento global e comunica-se bem. Aponta desde os 11 meses, comeou a falar pequenas frases aos 2 anos e a elaborar narrativas simples aos 3 anos, as quais, atualmente, esto mais complexas. Apresenta bom vocabulrio e tem facilidade em aplicar as palavras com imediatez, dentro do contexto. Estabelece reciprocidade no dilogo, que s prejudicada porque seus interlocutores no compreendem com clareza o que diz, apesar de j produzir todos os fonemas da lngua portuguesa. Apresenta histria de rinites e faringites frequentes. Sua me levou, na primeira consulta, a seguinte anotao com a resposta que o menino deu ao seu pai, quando ele perguntou o que ele tinha feito naquele dia: Eu ta de tasa p pinc com minha amiquinha da secola (eu sa de casa para brincar com minha amiguinha da escola).

    A partir do caso clnico apresentado, redija um texto dissertativo que contemple os seguintes aspectos:

    a) anlise de cada um dos nveis lingusticos do menino; (valor: 5,0 pontos)

    b) a hiptese diagnstica e sua justificativa; (valor: 2,0 pontos)

    c) as avaliaes de outras reas da Fonoaudiologia que se fizerem necessrias; (valor: 2,0 pontos)

    d) a quem se destinariam as orientaes pertinentes ao caso; (valor: 1,0 ponto)

    RASCUNHO1

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  • 27FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO DISCURSIVA 5 Uma criana, sexo feminino, nasceu prematura de 30 semanas, com 1 400 g, e apresentou complicaes

    neonatais com uso de gentamicina por 8 dias, enquanto esteve internada na Unidade de Cuidados Intensivos Neonatais. Com 1 ms de idade, foi submetida ao Potencial Evocado de Tronco Enceflico (PEATE), apresentando resposta de ausncia de potenciais perifricos e de tronco enceflico evocados por cliques em 90 dBNA (mximo do equipamento) em ambas as orelhas, e ausncia de Emisses Otoacsticas Transientes (EOAT) e por Produto de Distoro (EOADP), com medida da imitncia acstica com sonda de 1 000 Hz, apresentando curva timpanomtrica alterada. A partir desses resultados, foi iniciada a estimulao auditiva e de linguagem. Por orientao da fonoaudiloga, foi reagendada uma nova avaliao, que foi realizada, por deciso da famlia, com 4 meses de vida. As Emisses Otoacsticas apresentaram-se presentes para Transiente e para Produto de Distoro, com curvas timpanomtricas normais e reflexos acsticos contralaterais presentes bilateralmente. O resultado do segundo PEATE pode ser analisado no quadro a seguir.

    Intensidade do estmulo Latncias das ondas Intervalos interpicos I III V I-III III-V I-V

    OD 90 dB 1,35 4,40 6,75 3,05 5,40 2,35OE 90 dB 1,45 4,70 6,50 3,24 5,00 1,90OD 40 dB - - 7,40 - - -OE 40 dB - - 7,25 - - -

    PEATE por clique: stio de leso em 90 dBNA e limiares eletrofisiolgicos em 40 dBNA .

    Com base no caso clnico descrito acima e considerando o segundo resultado PEATE apresentado no quadro, elabore um texto dissertativo acerca do fechamento do diagnstico desse caso e da conduta esperada para a paciente. (valor: 10,0 pontos)

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  • 28FONOAUDIOLOGIA

    QUESTO 1 Qual o grau de dificuldade desta prova na parte de Formao Geral?

    A Muito fcil.B Fcil.C Mdio.D Difcil.E Muito difcil.

    QUESTO 2 Qual o grau de dificuldade desta prova na parte de Componente Especfico?

    A Muito fcil.B Fcil.C Mdio.D Difcil.E Muito difcil.

    QUESTO 3 Considerando a extenso da prova, em relao ao tempo total, voc considera que a prova foi

    A muito longa.B longa.C adequada.D curta.E muito curta.

    QUESTO 4 Os enunciados das questes da prova na parte de Formao Geral estavam claros e objetivos?

    A Sim, todos.B Sim, a maioria.C Apenas cerca da metade.D Poucos.E No, nenhum.

    QUESTO 5 Os enunciados das questes da prova na parte de Componente Especfico estavam claros e objetivos?

    A Sim, todos.B Sim, a maioria.C Apenas cerca da metade.D Poucos.E No, nenhum.

    QUESTO 6

    As informaes/instrues fornecidas para a resoluo das questes foram suficientes para resolv-las?

    A Sim, at excessivas.B Sim, em todas elas.C Sim, na maioria delas.D Sim, somente em algumas.E No, em nenhuma delas.

    QUESTO 7

    Ao realizar a prova, qual foi a maior dificuldade encontrada?

    A Desconhecimento do contedo.B Forma diferente de abordagem do contedo.C Espao insuficiente para responder s questes.D Falta de motivao para fazer a prova.E No tive qualquer tipo de dificuldade para responder

    prova.

    QUESTO 8

    Considerando apenas as questes objetivas da prova, voc percebeu que

    A no estudou ainda a maioria desses contedos.B estudou alguns desses contedos, mas no os aprendeu.C estudou a maioria desses contedos, mas no os aprendeu.D estudou e aprendeu muitos desses contedos.E estudou e aprendeu todos esses contedos.

    QUESTO 9

    Qual foi o tempo gasto por voc para concluir a prova?

    A Menos de uma hora.B Entre uma e duas horas.C Entre duas e trs horas.D Entre trs e quatro horas.E Quatro horas, e no consegui terminar.

    QUESTIONRIO DE PERCEPO DA PROVA

    As questes abaixo visam levantar sua opinio sobre a qualidade e a adequao da prova que voc acabou de realizar.

    Assinale as alternativas correspondentes sua opinio nos espaos apropriados do Caderno de Respostas.

    Agradecemos a colaborao.

    *A07201328*

  • 29FONOAUDIOLOGIA

    REA LIVRE

    *A07201329*

  • 30FONOAUDIOLOGIA

    REA LIVRE

    *A07201330*

  • 31FONOAUDIOLOGIA

    REA LIVRE

    *A07201331*

  • 32FONOAUDIOLOGIA

    SINAESSistema Nacional de Avaliao da Educao Superior

    Ministrioda Educao

    *A07201332*

    ENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0001.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0002.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0003.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0004.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0005.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0006.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0007.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0008.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0009.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0010.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0011.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0012.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0013.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0014.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0015.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0016.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0017.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0018.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0019.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0020.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0021.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0022.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0023.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0024.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0025.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0026.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0027.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0028.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0029.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0030.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0031.pdfENADE_07_FONOAUDIOLOGIA.p0032.pdf