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CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O INSS TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 7 www.pontodosconcursos.com.br 1 Hoje, nossa aula é sobre sintaxe de concordância. Essa expressão pomposa nada mais significa do que a relação estabelecida, como regra geral, entre o verbo da oração e o sujeito dela; entre o artigo, o adjetivo, o numeral adjetivo, o pronome adjetivo e o substantivo a que se referem. O primeiro tipo de relação é mais conhecido nos manuais de gramática e nas salas de aula como concordância verbal; o segundo, como concordância nominal. Existem muitas regras específicas, detalhes, exceções envolvendo esse assunto. Aqui, tentarei abordar um número suficiente de casos. Começarei pelos casos de concordância verbal. Vamos a eles! Casos Gerais de Concordância Verbal O verbo e o sujeito de uma oração concordam em número e pessoa. é mais estação da alma..." (C. D. A.) "O outono "Todas estavam ainda verdes." (C. D. A.) 1. (Funrio/Idene/Analista em Biblioteconomia/2008) Observe a frase: TODOS OS BRASILEIROS TÊM ESSA OPORTUNIDADE ÚNICA DE MUDAR PARA UM PAÍS MELHOR.”. Empregando o sujeito da oração no singular, mantendo-se o sentido original da frase e obedecendo à norma padrão da língua portuguesa escrita, o predicado deverá ser A) tem essa oportunidade única de mudar o País. B) têm essa oportunidade única de mudar o País. C) teriam essa oportunidade única de mudarem o País. D) tem-se essa oportunidade única de mudar o País. CURSOS ON-LINE – PORTUGUÊS PARA O INSS TEORIA E EXERCÍCIOS COMENTADOS PROFESSOR ALBERT IGLÉSIA AULA 7 www.pontodosconcursos.com.br 2 E) tivessem essa oportunidade única de mudar o País. Comentário – Eis o sujeito da oração: “Todos os brasileiros”, que se equivale à terceira pessoa do plural. O predicado é, pois, tudo o que não é o sujeito: “têm essa oportunidade única de mudar para um país melhor”. Nele, o verbo TER foi flexionado, em concordância com o sujeito, na terceira pessoa do plural, por isso recebeu o acento circunflexo. Alguns detalhes agora devem ser observados: a) o sujeito transmite-nos a ideia de qualquer brasileiro, isto é, todo brasileiro, indistintamente; por isso o seu singular não poderia ser todo o brasileiro, construção que deixa escapar o sentido original; mas isso não consta nas alternativas – menos mal; b) com relação ao predicado, bastaria retirar o acento circunflexo da forma verbal “têm”: tem essa oportunidade única de mudar para um país melhor; mas, repare bem, o examinador alterou o sentido da informação: “mudar o País” é o mesmo que causar alterações nele, transformá-lo, e isso é diferente de “mudar para um país melhor”, que implica, além de uma comparação, necessariamente uma mudança de domicílio. Por isso acredito que a questão devesse ser anulada. Você concorda? Gabarito – A, mas existe controvérsia. 2. (Funrio/CBM-RJ/Assistente Social/2008) “Dizem as escrituras sagradas (...)”, a forma plural do verbo se justifica porque A) possui sujeito composto.

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Hoje, nossa aula é sobre sintaxe de concordância. Essa

expressão pomposa nada mais significa do que a relação estabelecida, como

regra geral, entre o verbo da oração e o sujeito dela; entre o artigo, o

adjetivo, o numeral adjetivo, o pronome adjetivo e o substantivo a que se

referem. O primeiro tipo de relação é mais conhecido nos manuais de

gramática e nas salas de aula como concordância verbal; o segundo,

como concordância nominal.

Existem muitas regras específicas, detalhes, exceções

envolvendo esse assunto. Aqui, tentarei abordar um número suficiente de

casos. Começarei pelos casos de concordância verbal. Vamos a eles!

Casos Gerais de Concordância Verbal

O verbo e o sujeito de uma oração concordam em número e

pessoa.

é mais estação da alma..." (C. D. A.) "O outono

"Todas estavam ainda verdes." (C. D. A.)

1. (Funrio/Idene/Analista em Biblioteconomia/2008) Observe a frase:

“TODOS OS BRASILEIROS TÊM ESSA OPORTUNIDADE ÚNICA DE

MUDAR PARA UM PAÍS MELHOR.”.

Empregando o sujeito da oração no singular, mantendo-se o sentido

original da frase e obedecendo à norma padrão da língua portuguesa

escrita, o predicado deverá ser

A) tem essa oportunidade única de mudar o País.

B) têm essa oportunidade única de mudar o País.

C) teriam essa oportunidade única de mudarem o País.

D) tem-se essa oportunidade única de mudar o País.

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E) tivessem essa oportunidade única de mudar o País.

Comentário – Eis o sujeito da oração: “Todos os brasileiros”, que se

equivale à terceira pessoa do plural. O predicado é, pois, tudo o que não é o

sujeito: “têm essa oportunidade única de mudar para um país melhor”. Nele,

o verbo TER foi flexionado, em concordância com o sujeito, na terceira

pessoa do plural, por isso recebeu o acento circunflexo. Alguns detalhes

agora devem ser observados:

a) o sujeito transmite-nos a ideia de qualquer brasileiro,

isto é, todo brasileiro, indistintamente; por isso o seu

singular não poderia ser todo o brasileiro, construção

que deixa escapar o sentido original; mas isso não consta

nas alternativas – menos mal;

b) com relação ao predicado, bastaria retirar o acento

circunflexo da forma verbal “têm”: tem essa

oportunidade única de mudar para um país melhor; mas,

repare bem, o examinador alterou o sentido da

informação: “mudar o País” é o mesmo que causar

alterações nele, transformá-lo, e isso é diferente de

“mudar para um país melhor”, que implica, além de uma

comparação, necessariamente uma mudança de

domicílio.

Por isso acredito que a questão devesse ser anulada. Você

concorda?

Gabarito – A, mas existe controvérsia.

2. (Funrio/CBM-RJ/Assistente Social/2008) “Dizem as escrituras sagradas

(...)”, a forma plural do verbo se justifica porque

A) possui sujeito composto.

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B) inicia a oração principal.

C) trata-se de sujeito indeterminado.

D) é caso de impessoalidade verbal.

E) concorda com sujeito plural.

Comentário – O verbo “Dizem” surgiu antes do sujeito; este é representado

pelo termo “as escrituras sagradas”, que corresponde à terceira pessoa do

plural. Se você acha melhor, inverta a ordem: As escrituras sagradas

dizem...

Gabarito – E

1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente

difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os

primeiros homens em contato com a natureza. A imensa

4 variedade de corpos e acontecimentos que nos envolvem

gerou as noções de matéria, de espaço e de tempo,

fundamentalmente entrelaçadas no conhecimento das coisas. (...)

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

3. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Preservam-se a

coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se

substituir “A imensa variedade de” (L.3-4) por Os inúmeros.

Comentário – Proceda à substituição: Os inúmeros corpos e

acontecimentos que nos envolvem gerou... Notou a incorreção gramatical? É

isso mesmo! Agora, o termo que funciona como sujeito do verbo “gerou”

tem como núcleo o substantivo plural “inúmeros”. Antes, o núcleo do sujeito

era o substantivo singular “variedade”. Tal transformação deve levar o verbo

a flexionar-se em terceira pessoa do plural: geraram, o que não ocorreu.

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Gabarito – Item errado.

4. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Considerando que o fragmento

apresentado constitui parte de um texto de Jamil Chade (O Estado de

S. Paulo, 18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical.

O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung divulgou as novas

previsões do Ministério da Economia da Alemanha que indicam que o

maior mercado da Europa sofrerão uma queda de pelo menos 3% em

2009. O encolhimento da economia poderá ser ainda maior se a

recessão atingir outros países.

Comentário – O trecho apresenta erro de concordância verbal. Não há

concordância entre o sujeito simples “o maior mercado da Europa” e a

forma verbal “sofrerão”, flexionada na terceira pessoa do plural. Eis a forma

correta: “o maior mercado da Europa sofrerá”.

Gabarito – Item errado.

(...) Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa

Nacional mostram que a entrada do país resultará em um

bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de

13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão

(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e

comércio global superior a US$ 300 bilhões.

(...)

Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo,18/12/2008.

5. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “mostram” (l.11)

está no plural porque concorda com “Relações Exteriores” (l.10).

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Comentário – O verdadeiro núcleo do sujeito simples “Dados da Comissão

de Relações Exteriores e Defesa Nacional” é o termo “Dados”, que pode ser

representado pelo pronome “eles”, terceira pessoa do plural. Por isso a

forma verbal “mostram” está no plural.

Gabarito – Item errado.

6. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte

é adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010.

Julgue-o quanto à correção gramatical.

A campanha eleitoral que se aproxima estará marcada definitivamente

pelo uso das facilidades de comunicação que a Internet põem à

disposição de partidos, candidatos e eleitores. Haverá a difícil e

desafiadora obrigação de manter todo o processo dentro de padrões

civilizados, impedindo que os radicais e irresponsáveis contaminem a

disputa.

Comentário – Conseguiu encontrar o erro? É a forma verbal “põem”,

flexionada incorretamente na terceira pessoa do plural. O sujeito “Internet”

(simples e no singular) obriga o verbo pôr (note a manutenção do acento

circunflexo para diferenciá-lo da preposição por) a se flexionar na terceira

pessoa do singular: “a Internet põe”. O examinador tentou tirar proveito da

semelhança existente nas pronúncias de põe e põem.

Gabarito – Item errado.

Quando o sujeito é composto, isto é, possuir mais de um núcleo,

verifica-se o seguinte:

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1. Representado por pessoas gramaticais diferentes ! a primeira pessoa

(NÓS) prevalecerá sobre as demais, e a segunda (VÓS) terá preferência

sobre a terceira (ELES).

Eu, tu e os cidadãos (Nós) saímos.

Tu e os cidadãos (Vós) saístes. (norma culta)

Tu e os cidadãos (Vocês) saíram. (norma popular – ocorre que

os pronomes TU e VÓS, no falar do português do Brasil, são

frequentemente substituídos por VOCÊ e VOCÊS, o que leva o

verbo para a terceira pessoa)

2. Anteposto ao verbo ! o verbo ficará sempre no plural (concordância

rígida ou gramatical).

Pai e filho conversaram longamente.

As imagens e o som não estavam adequados.

(...)

7 A participação popular e o controle popular do poder

guardam a ideia de que o exercício da política é coletivo e

racional, com vistas à conquista de algum bem. A política

10 é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto.

A política é uma ação plural. O voto, nas eleições, é modo de

expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder

13 seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas

e executadas de modo legítimo. (...)

Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência

& Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações).

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7. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na argumentação do texto, a opção pela

estrutura verbal “guardam a ideia” (l.8) cria o pressuposto de ser falsa

a afirmação de que “o exercício da política é coletivo e racional” (l.8-9).

Comentário – A estrutura verbal foi empregada na terceira pessoa do plural

(“guardam”) porque concorda com o sujeito composto “A participação

popular e o controle popular do poder”, que a antecede. É descabido o que

afirma o examinador. Pelo pequeno fragmento, já dá para você entender

que é verdadeiro o pressuposto de que “o exercício da política é coletivo e

racional”.

Gabarito – Item errado.

8. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir

é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o

quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são

fundamentais, mas de pouco valem sem ações complementares, de

responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos,

tanto os governos estaduais como a União não poupou recursos

financeiros e técnicos para apoiar às prefeituras no combate da dengue.

Comentário – Do último período, vamos destacar a oração “...tanto os

governos estaduais como a União não poupou recursos...”. Estamos diante

de sujeito composto cujos núcleos (“governos” e “União”) estão ligados pela

expressão correlativa “tanto... como”. A norma gramatical estabelece que o

verbo vá para o plural quando os núcleos do sujeito composto estiverem

ligados por essa ou por outras expressões afins. Exemplos:

a) “Não só a nação mas também o príncipe estariam

pobres.” (Alexandre Herculano”

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b) “Tanto a Igreja como o Estado eram até certo ponto

inocentes.” (Alexandre Herculano)

c) Tanto ele quanto ela parecem guardar segredo.

Gabarito – Item errado.

3. Posposto ao verbo ! o verbo poderá ficar no plural (concordância rígida

ou gramatical) ou concordará com o núcleo mais próximo

(concordância atrativa).

Caíram uma flor e duas folhas. (ou “Caiu”, para concordar

apenas com “uma flor”)

Saiu o ancião e seus amigos. (ou “Saíram”, para concordar com

todos os núcleos)

Saíste tu e Pedro. (ou “Saístes”, para concordar com todos os

núcleos; ou “Saíram”, de acordo com a norma popular)

ATENÇÃO! Quando há reciprocidade, no entanto, a concordância deve ser

feita no plural.

Agrediram-se o deputado e o senador.

Ofenderam-se o jogador e o árbitro.

9. (Funrio/Prefeitura de Maricá/Inspetor de Alunos/2007) Sobre a

concordância verbal nos versos:

“Na minh’alma ficou

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o samba

o batuque

o bamboleio

e o desejo de libertação...”

É correto afirmar que:

A) a regra de concordância foi desrespeitada - o verbo deveria estar no

plural

B) o verbo “ficar” segue uma regra especial - admite o singular nos casos

de sujeito posposto

C) a concordância atrativa foi aplicada - o sujeito é composto e posposto

ao verbo

D) o sujeito está anteposto ao verbo - o verbo deve ficar,

obrigatoriamente, no singular

E) a concordância atrativa é obrigatória, independente da posição e do tipo

de sujeito

Comentário – O sujeito é composto e formado pelos núcleos “samba”,

“batuque”, “bamboleio” e “desejo”. Como ele está posposto ao verbo, a

concordância realiza-se, facultativamente, com todos os núcleos ou apenas

com o mais próximo – e isso está longe de ser uma característica especial

do verbo FICAR, pois diz respeito a todos os verbos pessoais. No primeiro

caso, o verbo vai para o plural: ficaram; no segundo, ele fica como está.

Gabarito – C

10. (Funrio/INT/Pesquisador de Biocombustíveis/2008) Verifica-se um caso

de sujeito posposto ao verbo no seguinte trecho:

A) “Como saber que faltam casas...”

B) “Porque a experiência não deve ficar nas favelas do Rio.”

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C) “Pretos pintados de branco teriam mais chances no mercado de

trabalho.”

D) “Deve ser estendida a todo o país.”

E) “Não saltaria mais aos olhos...”

Comentário – Alternativa A: o sujeito “casas” surgiu posposto ao verbo

unipessoal “faltam”.

Alternativa B: o sujeito “a experiência” está anteposto à

locução verbal “deve ficar”.

Alternativa C: o sujeito “Pretos pintados de branco”

também surgiu anteposto ao verbo “teriam”.

Alternativas D e E: os sujeitos estão ocultados.

Gabarito – A

(...) Como tentativas de acompanhar essa velocidade

vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade

13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a

fluidez das relações interpessoais. (...)

Renato Nunes Bittencourt. Consumo para o vazio existencial.

In: Filosofia, ano V, n. 48, p. 46-8 (com adaptações).

11. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “surge”

(l.13) está flexionada no singular porque estabelece relação de

concordância com o conjunto das ideias que compõem a oração

anterior.

Comentário – Esse verbo concorda atrativamente com o núcleo (em

negrito) mais próximo do sujeito composto “a flexibilidade do mundo do

trabalho e a fluidez das relações interpessoais”.

Gabarito – Item errado.

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12. (FUNRIO/INVEST RIO/ADMINISTRADOR/2010) Dentre as frases abaixo,

aquela em que o sujeito aparece após o verbo com o qual concorda é

A) Arrancam-lhe o coração...

B) ...e a soltou na correnteza bravia.

C) Não mateis os animais indefesos.

D) Juntam-se homens para executar a inglória tarefa.

E) ... o trabalhador venceu a dificuldade.

Comentário – Somente na frase “Juntam-se homens para executar a

inglória tarefa.” o sujeito (“homens”) aparece depois do verbo, que está

flexionado na voz passiva sintética (ou pronominal).

Na alternativa A o sujeito é indeterminado. Nas opções B e

C o sujeito não aparece, está oculto. Na última alternativa, o sujeito (“o

trabalhador”) está antes do verbo.

Gabarito – D

Casos Particulares de Concordância Verbal

1. Verbos impessoais ! não possuem sujeito, ficando na terceira pessoa

do singular.

Choveu muito.

Deve nevar muito naquelas regiões.

Aqui faz verões terríveis.

Deve fazer dez anos que eles chegaram.

Há anos não o vejo.

Ia para dez anos que não o via.

Já passava de dez horas.

Verbos que indicam

fenômenos naturais

Verbos que indicam

tempo decorrido

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Poderá haver alunos reprovados.

13. (FUNRIO/PREFEITURA DE SÂO JOSÉ DO VALE DO RIO

PRETO/INSPETOR DE DISCIPLINA/2007) Segundo as regras de

concordância verbal, verbos impessoais são empregados na terceira

pessoa do singular.

O exemplo do texto em que o verbo encontra-se no singular por ser

considerado impessoal é:

A) “Não há um dia marcado...”

B) “... é preciso um processo de convergência...”

C) “... Portugal não tem motivos para a resistência.”

D) "Fala-se de uma pressão das editoras...”

E) “Isso não é desculpa"

Comentário – Com verbos impessoais, o sujeito é inexistente. Isso ocorre

apenas na primeira opção, em que o verbo HAVER é usado com sentido de

EXISTIR. Na letra B , “um processo de convergência” é o sujeito do verbo

“é”. Na letra C, “Portugal” é o sujeito do verbo “tem”. Na letra D, o pronome

“se” indetermina o sujeito, que não deve ser confundido com sujeito

inexistente. Nesse caso, o verbo concorda na terceira pessoa do singular,

como se confirmará mais adiante. Na letra E, o pronome “Isso” funciona

como sujeito do verbo “é”.

Gabarito – A

14. (Funrio/Pref. de Niterói/Auxiliar Administrativo/2008) “Há pessoas com

dois celulares”

Verbo “haver” com sentido

de “existir”, “acontecer”,

“ocorrer”.

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Segundo as regras de concordância verbal, verbos impessoais são

empregados na terceira pessoa do singular.

O exemplo do texto em que o verbo encontra-se no singular por ser

considerado impessoal é:

A) “Há pessoas com dois celulares.”

B) “Conheço chefe de empresa que dá de presente ao funcionário de

confiança um celular...”

C) “Quem dá mais?!”

D) " Com um deles, o mais sofisticado, mantém longas conversas com o

próprio Deus ...”

E) “Mas se alguém quiser me dar de presente um segundo bichinho

desses...”

Comentário – Alternativa A: o verbo HAVER foi utilizado com o sentido do

verbo EXISTIR, portanto é impessoal, ou seja, não possui sujeito.

Alternativa B: o sujeito do verbo “Conheço” é o pronome

oculto EU. O sujeito do verbo “dá” é o pronome relativo “que”, representante

da expressão “chefe de empresa”.

Alternativa C: o sujeito é o pronome “Quem”.

Alternativa D: o sujeito da forma verbal “mantém” é o

pronome oculto ELE.

Alternativa E: cuidado! Pronome indefinido não é sinônimo

de sujeito indeterminado. Aqui o sujeito (simples) é o pronome “alguém”.

Gabarito – A

15. (Funrio/PM-RJ/Soldado/2008) O significado do fragmento “Em muitas

cidades litorâneas, há salva-vidas em praias mais freqüentadas e/ou

perigosas...” não se altera se se substituir o verbo por:

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A) existe.

B) existirão.

C) existem.

D) existiam.

E) existiriam.

Comentário – Agora a situação inverteu-se. Deve-se substituir o verbo

HAVER pelo verbo EXISTIR. O termo “salva-vidas” passa, então, a sujeito e

obriga o verbo a flexionar-se no plural: existem, no presente do indicativo,

mesmo tempo e modo do verbo original.

Existe não serve por que está no singular, existirão,

existiam e existiriam também não porque estão flexionados,

respectivamente, no futuro de presente do indicativo, pretérito imperfeito do

indicativo e futuro de pretérito do indicativo.

Gabarito – C

1 Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no

mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava

quatrocentas e noventa. (...)

Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra

completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.

16. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha

1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se

no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas”

(L.1).

Comentário – Tentou-se induzir os candidatos a admitirem também o verbo

ter como impessoal, a exemplo do verbo haver quando empregado no

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sujeito

sentido de existir. Vamos esclarecer o comportamento de cada um desses

verbos no que diz respeito à concordância verbal.

Em primeiro lugar, o verbo existir é naturalmente pessoal, o

que significa dizer que possui sujeito e com ele concordara em número e

pessoa.

Existem bons alunos neste curso.

Em segundo lugar, o verbo haver – conforme já foi dito

anteriormente – não possui sujeito quando é impessoal, ou seja, quando é

empregado com o sentido de existir.

Há bons alunos neste curso.

Finalmente, o verbo ter, de acordo com a norma culta, só

pode ser empregado na oração quando possuir sujeito. Se, no entanto, não

possuir, deverá ser substituído pelo verbo haver no sentido de existir.

O aluno não teve aula. – conforme a norma culta

Não tem aula. – desvio da norma culta

Não há aula. – conforme a norma culta.

Tornando a analisar a questão, percebe-se que o verbo ter foi

empregado corretamente com o sentido de possuir e como verbo pessoal,

cujo sujeito é o pronome pessoal eu, oculto no período. Além disso, o termo

“vinte aranhas” funciona como complemento direto desse verbo.

Gabarito – Item errado.

17. (Funrio/MDIC/Técnico em Comunicação Social/2009) Na frase “O

Acordo Ortográfico que entrou em vigor em 2009 parece ter a

obj. direto

sujeito

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aprovação de alguns usuários, mas existem outros que detectam

incoerências com respeito ao uso do hífen.”, se o verbo EXISTIR for

substituído por HAVER, mantendo o mesmo sentido da frase original, a

forma resultante será a seguinte:

A) haveria.

B) há.

C) havia.

D) houve.

E) haverá.

Comentário – Equivalendo-se ao verbo EXISTIR, o verbo HAVER é

impessoal, ou seja, não possui sujeito e deve ser utilizado na terceira pessoa

do singular. Além disso, é necessário levar em consideração o tempo e o

modo do verbo EXISTIR: presente do indicativo. Sendo assim, a substituição

correta é a seguinte: ...mas há outros....

Nas outras opções, tem-se respectivamente: futuro do

pretérito do indicativo, pretérito imperfeito do indicativo, pretérito perfeito

do indicativo e futuro do presente do indicativo.

Gabarito – B

18. (Funrio/Depen/Auxiliar de Consultório Dentário/2009) Segundo as

regras de concordância verbal, verbos impessoais são empregados na

terceira pessoa do singular. O exemplo do texto em que o verbo se

encontra no singular por ser considerado impessoal é

A) “Em dezembro de 2007, havia 422.522 pessoas cumprindo penas

alternativas...”

B) “... o número de pessoas cumprindo penas e medidas alternativas no

Brasil disparou em relação aos presos.”

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C) “... isso não interfere de forma significativa nas estatísticas.”

D) "Hoje, o número de leis para aplicação de PMAs chega a 12.”

E) "Aplicar mais penas alternativas não significa...”

Comentário – Reparou que, na letra A, o verbo HAVER foi empregado com

sentido de EXISTIR? Pois então ela é a resposta que o examinador espera.

Nas demais opções, os verbos estão no singular porque os

respectivos sujeitos ou trazem o núcleo no singular (“número”; “isso”,

“número”), ou constituem sujeito oracional (“Aplicar mais penas

alternativas”).

Gabarito – A

19. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir

é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o

quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

O número de brasileiros infectados pela dengue aumentou mais de 70%

no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de

2009. O maior foco da doença se concentra em Goiás, onde haviam 50

mil casos registrados. Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior

número de ocorrências (49 mil) e em Mato Grosso o total de doentes

chegou a 31.510 pessoas.

Comentário – Observe atentamente a oração “onde haviam 50 mil casos

registrados”. Notou a flexão do verbo haver? Como ele foi usado com a

sentido de existir, é impessoal, não tem sujeito e deve se manter na

terceira pessoa do singular (“havia”).

Gabarito – Item errado.

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sujeito

sujeito

sujeito

sujeito

2. Verbos unipessoais ! são os que possuem sujeito, ficando na terceira

pessoa do singular ou do plural; os principais são acontecer, bastar,

caber, constar, convir, faltar, importar, interessar, ocorrer,

parecer, restar, urgir, etc.

Basta uma reflexão.

Faltam apenas quatro linhas.

3. Sujeito oracional ! se o sujeito for oracional, o verbo da oração principal

ficará no singular.

Falta fazer quatro linhas.

Urge que tomemos uma atitude radical.

4. Pronome apassivador e índice de indeterminação do sujeito

Dá-se aula. (com verbos transitivos diretos ou transitivos diretos

e indiretos, o SE é pronome apassivador e o verbo da oração –

“dá” – deve concordar com o sujeito – “aula”)

Dão-se aulas. (pluralizando-se o sujeito – “aulas” –, o verbo

deve flexionar-se também no plural – “Dão”; e o “se” continua

como pronome apassivador)

Precisa-se de professores. (agora, o vocábulo “SE” acompanha

verbo transitivo indireto – “Precisa” – e, por isso, denomina-se

índice de indeterminação do sujeito, o que força o verbo a ficar

na terceira pessoa do singular, situação que se repete com

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verbos intransitivos, de ligação e verbo transitivo direto + SE +

preposição)

20. (Funrio/Jucerja/Arquivologia/2008) Leia-se o seguinte fragmento: “Para

combater esse desvio, instituiu-se o padrão-ouro”.

Passando-se o termo “padrão-ouro” para o plural, segundo a norma

padrão escrita brasileira, esse enunciado teria, necessariamente, de ser

assim reescrito:

A) Para combater-se esses desvios, instituiu-se (,,,).

B) Para se combaterem esses desvios, instituíram-se (,,,).

C) Para combaterem-se esses desvios, instituiu-se (,,,).

D) Para combaterem esse desvio, instituiu-se (,,,).

E) Para combater esse desvio, instituíram-se (...).

Comentário – O termo “padrão-ouro”, no singular, é sujeito do verbo

“instituiu-se”, flexionado na voz passiva sintética (ou pronominal).

Pluralizando esse sujeito, o verbo passa a concordar na terceira pessoa do

plural: instituíram-se. Então, as letras A , C e D devem ser prontamente

descartadas. Agora observe a letra B. Qual o problema dela? Certamente,

ela não está gramaticalmente errada; mas não serve como resposta porque

o examinador usou a palavra “necessariamente”. Em “Para se combaterem

esses desvios”, houve mudança da voz verbal: de voz ativa (“Para combater

esse desvio”) com sujeito indeterminado para voz passiva sintética (ou

pronominal), sendo sujeito o termo “esses desvios”.

Gabarito – E

1 As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois

níveis polares: classe privilegiada e classe não privilegiada.

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Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de

4 um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que

classificar por extremos não reflete a complexidade de classes

da sociedade brasileira, apesar de indicar os picos. (...)

Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São

Paulo: Fapesp & Annablume, p. 62 (com adaptações).

21. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O uso da forma verbal “se

trata” (l.3), no singular, atende às regras de concordância com o termo

“um corte epistemológico” (l.4) e seriam mantidas a coerência entre os

argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no

plural, cortes epistemológicos, desde que o verbo fosse flexionado no

plural: se tratam.

Comentário – O verbo tratar-se é, quanto à regência, transitivo indireto e

possui sujeito indeterminado. Portanto o termo “de um corte epistemológico”

é o objeto dele e nenhuma concordância entre eles deve ser mantida.

Gabarito – Item errado.

5. Coletivo ! o verbo concordará com o coletivo, estando próximo a ele;

mas, se estiver distante, o verbo poderá ficar no singular ou no

plural, conforme se queira destacar mais a idéia dos indivíduos.

O povo não revelou nada.

O grupo se dividiu; mais adiante, porém, se reuniram (ou

reuniu).

6. Expressão partitiva ! quando o sujeito é formado por uma expressão

partitiva (parte de..., metade de..., o grosso de..., a maioria de..., a

maior parte de..., grande número de..., etc.) seguida de substantivo ou

pronome no plural, o verbo pode ficar no singular ou no plural.

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A maioria das crianças não mente. (conc. rígida ou gramatical)

A maioria das crianças não mentem. (conc. atrativa)

(...) A reação dos

indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram

4 robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à

paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa

superior a 3% em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta

7 que a economia americana perderá força no segundo semestre.

(...)

Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações).

22. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Se o verbo da oração “mas a

maioria dos analistas aposta” (L.6) estivesse flexionado no plural —

apostam —, o período estaria incorreto, visto que, de acordo com a

prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa

natureza, deve ser feita com o termo “maioria”.

Comentário – Quando o sujeito é representado por expressões partitivas (a

maioria de, um grande número de, por exemplo) seguido de substantivo

no plural, o verbo pode flexionar-se no singular ou no plural.

Gabarito – Item errado.

7. Quantidade aproximada ! quando houver uma quantidade aproximada

(perto de..., cerca de..., coisa de..., mais de..., menos de..., etc) seguida

de substantivo, o verbo obrigatoriamente concordará com o

substantivo.

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Cerca de dois mil candidatos passaram no concurso.

(concordância rígida ou gramatical)

ATENÇÃO! Com a expressão mais de um, devemos ter mais cuidado. O

verbo só vai para o plural quando há ideia de reciprocidade ou quando a

expressão surge repetida.

Mais de uma máquina estava parada.

Mais de um casal se agrediram.

Mais de uma flor, mais de uma folha foram arrancadas.

8. Pronome relativo que ! se o sujeito for o pronome relativo que, o verbo

concordará com o antecedente.

Fui eu que cheguei por último.

Foste tu que chegaste por último.

(...) Não precisamos usar a

22 superfície para explicar o mundo, porque ela mesma é

parte do mundo que exige explicação. Ela é um dado da

realidade ao qual nos relacionamos. A superfície pode

25 ter uma aparência ou ser mais, a própria verdade.

Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.

In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).

23. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A forma verbal

“exige” (L.23) apresenta flexão de singular para concordar com o

pronome “ela” (L.22), que, por sua vez, retoma, por coesão,

“superfície” (L.22).

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Comentário – De fato, o pronome pessoal “ela” faz referência ao

substantivo “superfície”. Entretanto, o sujeito da forma verbal “exige” é o

pronome relativo “que”, representante semântico da expressão “parte do

mundo”, que – por encontrar-se no singular – obriga o verbo a se mantaer

também no singular.

Gabarito – Item errado.

(...)

Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que

13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais

primitivo, e que evoluíram por meio das especulações

filosóficas até as modernas investigações científicas, que as

16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma

unificação que levou milênios para ser atingida.

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

24. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Na organização das

ideias no texto, o pronome “que” (L.14) retoma “nosso conhecimento

das coisas” (L.13).

Comentário – É importante perceber que, ao se admitir como verdade a

assertiva da banca examinadora, surge instantaneamente um erro de

concordância entre o sujeito e o verbo: nosso conhecimento das coisas

evoluíram... Note que o núcleo do sujeito faz-se representar pela terceira

pessoa do singular (ELE) e que isso obriga o verbo a flexionar-se igualmente

em número e pessoa (EVOLUI), o que não acontece. Então, qual é o

verdadeiro antecedente do pronome relativo? Acertou se você disse “ideias”,

de acordo com a linha argumentativa do texto e em observância às normas

gramaticais.

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Gabarito – Item errado.

(...) O que há são relações de

10 poder heterogêneas e em constante transformação. O poder

é, portanto, uma prática social constituída historicamente.

(...)

Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações

humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).

25. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Respeitam-se as relações de coerência e

coesão gramatical do texto se a forma verbal “há” (R.9) for substituída

por existe.

Comentário – Você já sabe que o verbo haver pode substituir o verbo

existir, e vice-versa. O detalhe é que o primeiro é impessoal (não tem

sujeito) e o segundo, pessoal (possui sujeito, com o qual deve concordar em

numero e pessoa). Para saber se a forma existe pode mesmo substituir a

forma “há”, você precisa identificar que termo funcionará como sujeito

daquele verbo. Sintaticamente, o pronome relativo “que” é o sujeito. Diz a

regra gramatical que, nesse caso, a concordância deve ser feita com o

antecedente do relativo: o pronome demonstrativo “O” (= Aquilo), terceira

pessoa do singular.

Gabarito – Item certo.

26. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir

é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o

quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

Chuvas e calor acima da média, além da volta da circulação da dengue

do tipo 1, são fatores que determina o aumento do número de casos.

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Mas é inegável que, diante de bons resultados dos programas realizados

anteriormente, houve certa acomodação por parte dos segmentos

encarregados do combate a dengue.

Comentário – Antecipo a você que meu comentário, aqui, se restringirá ao

que diz respeito à concordância, em virtude do propósito desta aula.

Observe o segmento “são fatores que determina o

aumento”. Agora atente para a oração (subordinada adjetiva restritiva)

iniciada pelo pronome relativo “que”: “que determina o aumento”.

Responda-me qual é o sujeito da forma verbal “determina”. Sua resposta

deve ter sido o pronome relativo “que”, certo? O que diz mesmo a regra de

concordância quando o sujeito for o pronome relativo que? Ela diz que,

nesse caso, a concordância deve ser feita com o antecedente do relativo: o

substantivo plural “fatores”. Portanto o verbo determinar deve ser

flexionado na terceira pessoa do plural: “são fatores que determinam o

aumento”

Gabarito – Item errado.

(...)

13 Os EUA tornaram-se o saco de pancadas nessa

cúpula. Raúl Castro não foi o único a responsabilizar os

EUA e o que chamou de seu modelo neoliberal pela crise do

16 crédito, que está comprometendo muitas outras economias.

(...)

Alexei Barrionuevo. The New York Times. In: O

Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).

27. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “está” (l.16)

vem no singular porque concorda com “modelo neoliberal” (l.15).

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Comentário – A concordância é feita com a expressão “crise do crédito”,

semanticamente substituída pelo pronome relativo “que”.

Gabarito – Item errado.

1 Vale a apena rever certas crenças que se têm

multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas. (...)

Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações).

28. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A substituição de “se têm”

(l.1) por tem altera as relações entre os argumentos do texto, mas

preserva sua coerência e correção gramatical.

Comentário – Primeiramente, vamos entender o porquê do acento na

forma original. Pergunte-se o que tem sido multiplicado: “certas crenças”.

Esse termo é substituído pelo pronome relativo “que”, o qual exerce a

função sintática de sujeito do verbo ter. Já disse anteriormente que, nos

casos semelhantes, a concordância deve ser feita com o antecedente do

relativo. Como o antecedente está no plural, o verbo ter também vai para o

plural. O plural desse verbo é indicado pelo acento circunflexo (que foi

mantido pelo novo Acordo) para diferenciar da forma singular: (ele) tem.

Portanto a troca sugerida pela banca (“certas crenças que se tem

multiplicado”) traz prejuízos ao texto.

Gabarito – Item errado.

9. Pronome relativo quem ! o verbo concordará com o antecedente ou

ficará na terceira pessoa do singular.

Fui eu quem cheguei por último.

Fui eu quem chegou por último.

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10. Um dos que ! o verbo ficará na terceira pessoa do singular,

concordando com um, ou na terceira pessoa do plural, concordando

com os (dos = de + os).

Você é um dos que fala/falam menos.

O Amazonas é um dos rios que corta/cortam a floresta

equatorial.

ATENÇÃO! Quando houver idéia de exclusão necessária, o verbo ficará no

singular.

É uma das tragédias de Racine que se apresentará hoje no

teatro.

Ela é uma das candidatas que preencherá a vaga.

11. Pronome indefinido, interrogativo ou demonstrativo + de (dentre) nós,

vós ou vocês ! o verbo concorda com o pronome (sujeito); mas, se

este estiver no plural, o verbo poderá concordar com o pronome

pessoal.

Algum dentre vós sairá antes?

Quais de nós sairão (sairemos) antes?

Falo com aqueles dentre vós que trabalham (trabalhais).

29. (Funrio/Furp/Assistente de Licitação/2009) Indique a alternativa em que

a concordância verbal está em desacordo com a variedade padrão da

Língua.

A) Muitos de nós reclamou do mau atendimento daquela instituição.

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B) Deve haver possibilidades de recorrer da ação injusta.

C) Cerca de cem pessoas aproximavam-se ansiosamente do guichê.

D) Esses vinte por cento de desconto conquistaram a clientela da loja.

E) Um piquete de bravos defendeu o castelo do nobre aprisionado.

Comentário – O erro está logo na primeira alternativa, pois há somente

opções de o verbo flexionar-se no plural, quer concordando com o pronome

indefinido “Muitos” (reclamaram), quer com o pronome pessoal “nós”

(reclamamos).

Gabarito – A

12. Cada um ! o verbo ficará no singular.

Cada um de nós estudará para o concurso.

Cada um de vocês passará.

(...) Além

16 disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas

teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos

fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma

19 descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou

espiritual do humano.

Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a

ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo

Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).

30. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Na linha 16, na concordância

com “cada uma das ideologias”, a flexão de plural em “fundamentam”

reforça a ideia de pluralidade de “ideologias”; mas estaria

gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar “cada uma”,

empregando-se o referido verbo no singular.

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Comentário – a flexão de plural em “fundamentam” decorre da

concordância com “essas teorias políticas e individuais”, sujeito da forma

verbal. A expressão “cada uma das ideologias” concorda com o verbo

“constitui”.

Gabarito – Item errado.

13. Pronome de tratamento ! o verbo concordará sempre na terceira

pessoa do singular ou do plural.

Vossa Excelência é muito digno.

Vossas Senhorias são muito exigentes.

14. Fração ! rigorosamente, o verbo concorda com o numerador;

havendo parte inteira, o verbo concordará com ela.

Um terço dos alunos foi embora.

Dois inteiros e um quarto dos alunos passaram.

ATENÇÃO! É possível ainda usar o verbo no plural quando o número

fracionário vier seguido de substantivo no plural. Essa posição é

sustentada, por exemplo, pelo mestre Cegalla (Novíssima gramática da

Língua Portuguesa, 48ª edição, Companhia Editora Nacional, São Paulo,

2008, página 470)

“Um quinto dos homens eram de cor escura.”

Recomendo que você observe atentamente todas as opções

apresentadas pelo examinador.

15. Porcentagem ! o verbo concorda, a rigor, com o numeral.

Um por cento dos alunos recusou-se a colaborar.

Vinte e cinco por cento dos candidatos faltaram.

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Apenas 1,78% votou nesse candidato.

ATENÇÃO! Bechara (Moderna gramática portuguesa – 37ª edição revista,

ampliada e atualizada conforme o novo Acordo Ortográfico – Rio de Janeiro:

Nova Fronteira – 2009 – página 566) nos ensina que “Nas linguagens

modernas em que entram expressões numéricas de porcentagem, a

tendência é fazer concordar o verbo com o termo preposicionado que

especifica a referência numérica”.

“Trinta por cento do Brasil assistiu à transmissão dos jogos da

Copa.”

Trinta por cento dos brasileiros assistiram aos jogos da Copa.”

Aqui também recomendo que você observe atentamente todas

as opções apresentadas pelo examinador, que pode considerar corretas as

duas possibilidades de concordância.

31. (Funrio/Furp/Supervisor de Produção Farmacêutica/2010) Segundo o

padrão formal da língua, há desvio de concordância na opção

A) 18,2% da população brasileira com mais de 15 anos deixaram o cigarro.

B) 17,2% dos jovens brasileiro continuam fumando.

C) 18,2% deixaram de fumar.

D) 17,2% continuam fumando.

E) 65% de fumantes pensam em parar de fumar.

Comentário – Preliminarmente, a Funrio apontou para a alternativa A,

indicando que, como mestre Bechara, também tende a concordar o verbo

com o termo preposicionado que especifica a referência numérica: “da

população brasileira”. Posteriormente, a banca anulou a questão,

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possivelmente por causa da falta de concordância entre o substantivo

“jovens” e o adjetivo “brasileiro” (letra B).

Gabarito – Anulada.

16. Substantivos sinônimos (ou quase sinônimos) e substantivos em

gradação ! o verbo concorda gramaticalmente com todos os

núcleos ou atrativamente com o mais próximo.

Medo e temor me assusta/assustam.

Uma palavra, um movimento, um simples gesto

causava/causavam-lhe medo.

O que é o que é?

1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa

de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma

pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da

4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? (...)

Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.

32. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) É gramaticalmente correto flexionar no

plural a forma verbal em “como se chama essa mágoa e esse rancor?”

(L.4), tendo como resultado como se chamam (...).

Comentário – Notou que temos uma construção característica de voz

passiva sintética em “como se chama essa mágoa e esse rancor?” Essa

passagem equivale-se a seguinte estrutura de voz passiva analítica: “como é

chamada essa mágoa e esse rancor?”. Pois bem, você sabe que toda voz

passiva possui sujeito, certo? Analise o trecho com mais calma e perceba

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sujeito composto aposto resumitivo

aposto

resumitivosujeito composto

que a expressão “essa mágoa e esse rancor” constitui o sujeito composto da

forma verbal “chama”. Perceba ainda que os núcleos “mágoa” e “rancor” são

substantivos sinônimos, o que permite ao verbo manter-se no singular em

concordância atrativa com o núcleo mais próximo, ou se flexionar para

concordar com todos os núcleos: “como se chamam essa mágoa e esse

rancor?” ou “como são chamados essa mágoa e esse rancor?”.

Gabarito – Item certo.

17. Aposto resumitivo ! se o sujeito composto for resumido por um

aposto (pronome indefinido), o verbo concordará com o aposto.

Alunos, professores, diretores, ninguém chegava a um acordo.

Pelé, Garrincha, Didi, todos foram campeões mundiais.

18. Infinitivos antônimos ou determinados ! verbo no plural.

Discordar e apoiar são próprios da democracia.

O andar e o nadar fazem bem à saúde.

ATENÇÃO! Se os infinitivos não forem antônimos ou não estiverem

determinados, o verbo ficará no singular.

Andar e nadar faz bem a saúde.

Sujar a roupa de giz e passar a noite corrigindo prova nunca

desanimou os professores.

19. Um e outro ! verbo no singular ou no plural.

Um e outro jogador foi/foram expulsos.

ATENÇÃO! Havendo ideia de reciprocidade com a expressão um e outro,

o plural é obrigatório.

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Um e outro insultaram-se.

20. Um ou outro; nem um nem outro ! a corrente majoritária indica o

singular; todavia esses casos suscitam divergências entre consagrados

autores:

Um ou outro jogador fez gols.

Nem um nem outro garoto brigou na rua.

a) Cunha e Cintra: “As expressões um ou outro e nem um nem

outro, empregadas como pronome substantivo ou como pronome adjetivo,

exigem normalmente o verbo no singular: Nem um nem outro havia

idealizado previamente este encontro.” Prosseguem os mestres: “Não é rara,

porém, a construção com o verbo no plural quando as expressões se

empregam como pronome substantivo: Nem um nem outro desejavam

questionar.” (Nova gramática do português contemporâneo, 5ª edição, Rio

de Janeiro: Lexikon, 2008, página 527);

b) Pasquale e Ulisses: “Com as expressões um ou outro e nem

um nem outro, a concordância costuma ser feita no singular, embora o

plural também seja praticado. (...) Não há uniformidade no tratamento dado

a essas expressões por gramáticos e escritores.” (Gramática da língua

portuguesa, São Paulo: Scipione, 1998, página 486);

c) Bechara: “Com nem um nem outro é de rigor o singular para

o substantivo e verbo: Nem um nem outro livro merece ser lido.” (Moderna

gramática portuguesa, 37ª edição revista, ampliada e atualizada conforme o

novo Acordo Ortográfico, Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2009, página 548);

d) Cegalla: “O sujeito sendo uma dessas expressões [um e

outro e nem um nem outro], o verbo concorda, de preferência, no plural.

Exemplos: Nem uma nem outra foto prestavam [ou prestava]” (Novíssima

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gramática da língua portuguesa, 48a. edição revista, São Paulo: Companhia

Editora Nacional, 2008, páginas 556 e 557).

ATENÇÃO! Recomendo que você mantenha certa flexibilidade ao encarar

questões desse tipo.

33. (Funrio/Prefeitura de Itaboraí/Agente de Trânsito/2007) Assinale a

alternativa cujo espaço só pode ser preenchido com a 1ª forma verbal

que se encontra entre parênteses:

A) a maioria ________ de pé seus candidatos (aplaudiu/aplaudiram)

B) Luís, o professor e eu _______ de pé (ficarão/ficaremos)

C) ______muitas reprovações nesta turma (houveram/houve)

D) no meu bairro, _______água e luz (faltou/faltaram)

E) nem um nem outro______ minha festa (prestigiaram/prestigiou)

Comentário – Alternativa A: a única possibilidade de concordância é no

singular, com o núcleo do sujeito: a maioria aplaudiu.

Alternativa B: os sujeitos são compostos por pessoas

diferentes: terceira e primeira. Como esta tem precedência, o verbo vai

obrigatoriamente para a primeira pessoa do plural: Luís, o professor e eu

ficaremos.

Alternativa C: o verbo HAVER é impessoal com sentido de

EXISTIR, o que o obriga a permanecer na terceira pessoa do singular: Houve

muitas reprovações.

Alternativa D: o sujeito é composto e posposto ao verbo,

que pode concordar gramaticalmente com todos os núcleos (faltaram água e

luz) ou atrativamente com o mais próximo (faltou água e luz).

Alternativa E: se a banca admite apenas o singular, a lacuna

deve ser preenchida com a segunda forma (nem um nem outro prestigiou);

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se ela admite também o plural, as duas formas são possíveis (nem um nem

outro prestigiaram ou nem um nem outro prestigiou).

Gabarito – A

21. Sujeitos ligados por ou ou nem ! o verbo ficará, normalmente, no

plural; mas, se houver ideia de exclusão obrigatória ou sinonímia,

o verbo ficará no singular.

Nem Paulo, nem Ana reclamaram do salário.

Pedro ou Paulo sairão mais cedo.

José ou Pedro casará com ela. (apesar de tudo, uma pessoa só

pode casar com outra, e não com outras ao mesmo tempo –

risos)

Dida ou Júlio César será o goleiro titular. (somente um goleiro

pode ser titular em um jogo; o outro é o reserva)

“A Línguística ou Glotologia é a ciência que estuda a evolução da

linguagem humana.”

ATENÇÃO! Se houver idéia de retificação, o verbo concordará com o mais

próximo.

O ladrão ou os ladrões, não sei ao certo, assaltaram o banco.

Os ladrões ou o ladrão, não sei ao certo, assaltou o banco.

22. Sujeitos ligados por com ! o verbo fica no plural, dando ênfase a

todos os sujeitos.

O professor com o aluno montaram o equipamento.

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ATENÇÃO: Na oração “O professor, com o aluno, montou o equipamento”, a

expressão “com o aluno” é, na verdade, adjunto adverbial de companhia;

por isso o verbo fica no singular.

23. Haja vista ! essa expressão, no singular, está sempre certa; porém

pode variar se o seu referente estiver no plural:

Haja vista o caso.

Haja(m) vista os casos.

Haja vista dos (aos) casos. (aqui, a preposição impede que a

expressão varie)

24. Títulos de obras e nomes próprios de lugar ! a concordância é feita

levando-se em conta a presença ou a ausência de artigo.

Os Lusíadas pertencem a Camões.

Os Estados Unidos perderam muitos troféus.

Minas gerais ganhou todas as competições.

ATENÇÃO! Quando o sujeito for título de obra, o verbo poderá concordar

com o sujeito ou com o predicativo.

Os Lusíadas são/é a obra máxima de Camões.

34. (Funrio/Funai/Promoção Social/2009) As frases abaixo reúnem algumas

das considerações que o texto apresenta sobre o papel da imprensa na

sociedade de hoje, mas, em uma delas, a construção sintática está em

desacordo com os padrões formais da língua. Assinale-a.

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A) Não deveria haver tantas mentiras e manipulações em nome da grande

pátria.

B) Há corporações cujas pressões econômicas levam muitos veículos a

omitir informações.

C) Fazem séculos que a liberdade de expressão busca compensar as

pressões do Estado.

D) A maioria dos jornalistas pode ser acusada de não contar a verdade

para seus leitores.

E) Os Estados Unidos votaram contra a Declaração Universal dos Direitos

dos Povos Indígenas.

Comentário – Alternativa A: certa. O verbo principal HAVER transmite sua

impessoalidade para o verbo auxiliar DEVER, que se flexiona na terceira

pessoa do singular.

Alternativa B: certa. O verbo HAVER aqui também é

impessoal e se mantém na terceira pessoa do singular.

Alternativa C: errada. O verbo FAZER, por indicar tempo

decorrido, é impessoal e deve-se manter na terceira pessoa do singular.

Alternativa D: certa. A concordância pode ser feita no

singular com “maioria” (exatamente como está) ou no plural com

“jornalistas”.

Alternativa E: certa. A concordância foi feita levando-se em

consideração o artigo “Os”.

Gabarito – C

25. Concordância do verbo ser ! em muitas situações, esse verbo deixa

de concordar com o sujeito para concordar com o predicativo; em

outras, pode concordar com um ou com outro, de acordo com o termo

que se quer enfatizar:

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a) O termo que indica pessoa tem precedência sobre coisa/objeto.

Maria era as esperanças de todos.

O mundo são os homens.

b) O pronome pessoal tem precedência sobre o nome.

Os culpados éramos nós.

“O Estado sou eu”.

c) O pronome pessoal ou nome têm precedência sobre qualquer outro

pronome.

Quem és tu?

Tudo são flores.

ATENÇÃO! No segundo caso, quando o sujeito é representado pelos

pronomes tudo, nada, isto, isso, aquilo, considera-se possível também a

concordância com o pronome.

Tudo é flores.

d) O plural tem precedência sobre o singular.

A casa eram umas folhas.

A sua paixão eram filmes de terror.

ATENÇÃO! Modernamente, já se aceita a concordância com o sujeito,

quando este é representado coisa/objeto.

A casa era umas folhas.

Aquele amor é cacos de um passado.

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e) O verbo SER mantém-se na terceira pessoa do singular nas

expressões que indicam preço, valor, medida, peso.

Dois quilos é pouco.

Vinte mil cruzeiros é demais.

Três metros é mais do que preciso.

f) Nas indicações de distância, horas e datas (decurso de tempo), o

verbo SER concordará com estas.

Da Tijuca à Barra são oito quilômetros.

Era uma hora e cinquenta e nove segundos.

Hoje são 21 de maio.

35. (Funrio/Fiotec/Técnico em Higiene Dental/2010) Considerando que a

Declaração Universal dos Direitos Humanos existe desde 10 de

dezembro de 1948, seria gramaticalmente correto escrever a seguinte

manchete num jornal publicado em 10 de dezembro de 2008:

A) FAZEM 60 ANOS QUE A LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS COMEÇOU.

B) DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: O SONHO COMEÇOU A 60

ANOS.

C) AS NAÇÕES UNIDAS COMEMORA OS 60 ANOS DOS DIREITOS

HUMANOS.

D) PASSOU-SE JÁ 60 ANOS, MAS OS DIREITOS HUMANOS AINDA NÃO

EXISTEM.

E) DIREITOS HUMANOS: SÃO 60 ANOS DE ESPERANÇA.

Comentário – Alternativa A: errada. Nas indicações de tempo decorrido, o

verbo FAZER é impessoal e se mantém na terceira pessoa do singular: FAZ.

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Alternativa B: errada. Para exprimir tempo passado usa-se o

verbo HAVER: HÁ.

Alternativa C: errada. Faltou harmonia entre o sujeito plural

“AS NAÇÕES UNIDAS” e o verbo no singular: “COMEMORA”: AS NAÇÕES

UNIDAS COMEMORAM

Alternativa D: errada. VTD + SE = voz passiva. O sujeito

“60 ANOS” (ideia de plural) deve concordar em número e pessoa com o

verbo PASSAR: PASSARAM-SE JÁ 60 ANOS.

Alternativa E: certa. O verbo SER foi usado para indicar

decurso de tempo e, mesmo impessoal, concorda no plural com “60 anos”.

Gabarito – E

26. Concordância com a expressão é que ! leia o que os ilustres

gramáticos Cunha e Cintra têm a nos dizer a esse respeito:

“A locução é que é invariável e vem sempre colocada entre

o sujeito da oração e o verbo a que ele se refere. Assim:

‘José é que trabalhou, mas os irmãos é que se

aproveitaram do seu esforço.’”

Mas todo cuidado é pouco! Continue a ler as lições de Cunha e Cintra:

“[A expressão ‘é que’] é uma construção fixa, que não deve

ser confundida com outra semelhante, mas móvel, em que o

verbo ser antecede o sujeito e passa, naturalmente, a

concordar com ele e a harmonizar-se com o tempo dos

outros verbos.

Compare-se, por exemplo, ao anterior o seguinte exemplo:

‘José é que trabalhou, mas foram os irmãos que se

aproveitaram do seu esforço.’

Ou este:

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‘Foi José que trabalhou, mas os irmãos é que se

aproveitaram do seu esforço.’.”

27. Concordância com os verbos bater, dar e soar ! referindo-se às

horas, concordam regularmente com o sujeito, que pode ser hora,

badalada, relógio etc.

a) Deram oito horas no relógio da Central.

b) Tinham batido quatro horas no cartório de tabelião.

c) Soaram dez horas no sino da igreja.

ATENÇÃO! Às vezes, hora, badalada, relógio etc. passam a objeto:

O relógio da Central deu oito horas.

O sino da igreja soou dez horas.

36. (Funrio/Pref. de São José do Vale do Rio Preto/Professor de

Português/2007)

Eram cinco e meia da tarde (...).

No trecho acima destacado, pode-se observar a concordância do verbo

ser — frequentemente desrespeitada na expressão oral. Dentre as

alternativas a seguir, e consoante a norma culta, qual a que está

CORRETA no que tange à concordância verbal?

A) Já deram cinco e meia da tarde.

B) Fazem cinco horas e meia que cheguei.

C) Devem haver cinco horas e meia que cheguei.

D) Já é cinco e meia da tarde.

E) Já bateu cinco e meia da tarde no relógio da igreja.

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Comentário – Alternativa A: correta. O verbo concorda com o sujeito “cinco

e meia da tarde”.

Alternativa B: incorreta. O verbo FAZER é impessoal nas

indicações de tempo decorrido. Eis a correção: Faz...

Alternativa C: incorreta. O verbo auxiliar DEVER sofre o

reflexo da impessoalidade do verbo HAVER e precisa ser mantido na terceira

pessoa do singular: Deve...

Alternativa D: incorreta. O verbo SER, mesmo sendo

impessoal nas indicações de tempo decorrido, flexiona-se em função do

numeral. Eis a correção: ...são...

Alternativa E: incorreta. O verbo BATER deve concordar com

o sujeito “cinco e meia da tarde”: ...bateram...

Gabarito – A

28. O verbo PARECER pode relacionar-se de duas maneiras distintas com

o infinitivo:

Os dias parecem voar. ! a forma verbal parecem é verbo

auxiliar de voar; Os dias é o sujeito da oração.

Os dias parece voarem. ! aqui houve uma inversão da ordem

dos termos: Parece voarem os dias. Neste caso, o verbo

parece é o verbo da oração principal, cujo sujeito é a oração

subordinada substantiva subjetiva reduzida de infinitivo voarem

os dias. Se desenvolvermos essa oração, teremos: Parece que

os dias voam.

ATENÇÃO! Quando a construção for feita no singular, as duas análises

são possíveis.

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O dia parece voar. ! não sabemos se aqui o verbo parece é

auxiliar do verbo voar, ficando no singular por concordar com o sujeito O

dia, ou se a ordem está invertida: Parece o dia voar, sendo a oração o dia

voar sujeito do verbo Parece.

Para finalizar a parte de concordância verbal, proponho a

questão seguinte, que envolve verbo no infinitivo.

(...)

16 Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala

mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de

biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do

19 petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o

aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil;

a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise

22 norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento

dos preços de alimentos em fundos de hedge.

(...)

O mundo em guerra pelo pão. In: Istoé Dinheiro.

23/4/2008, p. 30-2 (com adaptações).

37. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2008) No trecho “que

levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em

fundos de hedge” (L.22-23), a substituição de “apostar” por apostarem

manteria a correção gramatical do texto.

Comentário – A flexão do infinitivo para concordar com o sujeito da oração

é assunto que gera muitas discussões entre estudantes, sejam eles

professores ou alunos. Em geral podemos seguir as orientações abaixo.

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I. Flexiona-se o infinitivo quando há sujeito claro, explícito na

mesma oração em que surge o verbo no infinitivo.

Não é necessário [vocês chegarem cedo].

II. Mesmo não estando explícito o sujeito, pode-se flexionar o

infinitivo para evitar ambiguidade.

Está na hora [de começar o trabalho]. (Quem: eu, você?)

Está na hora [de (nós) começarmos o trabalho].

III. Quando o sujeito do infinitivo for diferente do sujeito da

oração anterior, também ocorrerá a flexão.

[Vejo] [(vocês) estarem atrasados novamente].

IV. Sendo os sujeitos iguais , a flexão é facultativa.

[Reunir-nos-emos com eles] [para apresentar/apresentarmos os

problemas da empresa]. – o sujeito comum das orações é nós.

V. Atente agora para a estrutura formada por PREPOSIÇÃO A

+ INFINITIVO, pois o Cespe aceita tanto a flexão como a não flexão.

O rapaz ajudava as garotas a se superar/superarem

, a flexão é obrigatória.VI. Com a voz passiva

As tarefas a serem feitas são essas.

Gabarito – Pelo que foi explicado anteriormente, em especial no item V, o

item está certo. A forma verbal “apostar” pode flexionar-se em terceira

sujeito

sujeito

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pessoa do plural para concordar com o seu sujeito: “investidores”, mesmo

diante da preposição “a”.

1 A ideia de democracia tem seu nascedouro nas

cidades-Estados gregas e consubstancia-se na tomada de

decisões mediante a participação direta dos cidadãos. Como se

4 pode depreender, o conceito era restrito, pois excluía, por

exemplo, as mulheres e os escravos. Na trajetória da Grécia,

com sua experiência de democracia primária ou de assembleia,

7 ao mundo moderno, alguns fatores se apresentaram como

inviabilizadores da participação política direta: número de

cidadãos, extensão territorial e tempo (noção cada vez mais

10 modificada diante dos avanços tecnológicos).

Diante da impossibilidade de reunião de todos os

envolvidos — aqueles que, de alguma forma, sentem os

13 reflexos das decisões tomadas — e sendo cada vez mais

urgente a tomada de decisões em tempo recorde, identificou-se

a necessidade de eleger representantes. Assim nasceu a

16 democracia representativa, com seus prós e contras.

A rigor, em uma sociedade composta de milhares de

pessoas, apenas mediante a representação por um grupo

19 escolhido é possível que os diferentes interesses se façam

presentes no momento de decidir; porém, é certo que nem

sempre esse grupo representa os interesses do todo e nem

22 sempre todos os interesses de uma sociedade plural chegam a

ter representantes, ficando alguns alijados do processo

decisório. Um governo que se propõe como democrático busca

25 estabelecer mecanismos para que sejam garantidas ao máximo

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as possibilidades de os cidadãos participarem das decisões

políticas, mas há um “lado sombrio”, identificado por Robert

28 Dahl nos seguintes termos: “sob um governo representativo,

muitas vezes os cidadãos delegam imensa autoridade arbitrária

para decisões de importância extraordinária.”. Segundo o autor,

31 as eleições periódicas garantem certo compromisso dos

representantes com os representados, obrigam as elites a

“manter um olho na opinião do povo”. Apesar do “lado

34 sombrio”, a democracia alicerçada sobre o pilar da eleição

periódica de representantes é a única viável nos Estados

contemporâneos.Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para

a inclusão social rumo à concretização do estado democrático

e direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações).

38. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) Considerando as

estruturas do texto, assinale a opção correta no que diz respeito à

concordância.

A) A inserção da forma verbal manterem no lugar de “manter”, em

“manter um olho na opinião do povo” (l.33), acarretaria prejuízo

sintático ao texto.

B) A oração existia alguns fatores inviabilizadores parafraseia de

modo gramaticalmente correto o trecho “alguns fatores se

apresentaram como inviabilizadores” (l.7-8).

C) Ainda que o vocábulo “necessidade” (l.15) estivesse flexionado no

plural, a forma verbal “identificou” (l.14) deveria permanecer no

singular.

D) A alteração de “sejam garantidas” (l.25) para seja garantido não

interfere na correção gramatical do período.

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E) As formas verbais “garantem” (l.31) e “obrigam” (l.32) concordam com

“eleições periódicas” (l.31).

Comentário – Alternativa A: a forma verbal em negrito agora foi usada no

infinitivo pessoal, por isso ela se flexionou para concordar em número e

pessoa com o sujeito “as elites” (l. 32). Sobre a flexão do infinitivo, leia o

que eu disse no item V do comentário da questão anterior. Conclui-se,

então, que não há prejuízo sintático para o texto.

Alternativa B: O verbo existir é pessoal (diferentemente do

verbo haver usado no mesmo sentido). Sendo assim, ele tem sujeito, com o

qual deve concordar em número e pessoa. Conforme a proposta da banca

examinadora, esse sujeito é o termo “alguns fatores inviabilizadores”

(terceiras pessoa do plural = eles). Isso leva o verbo existir a flexionar-se

da seguinte maneira: “existiam” (terceira pessoa do singular). Portanto a

opção está errada.

Alternativa C: o verbo identificar está na voz passiva

sintética, auxiliado pelo pronome apassivador “se”. Toda voz passiva possui

sujeito (mas pode não possuir agente da passiva). No texto, o substantivo

“necessidade” é o núcleo desse termo sintático. A pluralização dele deve

levar, também, o verbo para o plural: “identificaram-se as necessidades”.

Com a voz passiva analítica, é mais fácil perceber a necessidade de

concordância entre sujeito e verbo: “as necessidades foram identificadas”.

Logo o item está errado.

Alternativa D: estamos às voltas com a voz passiva, mas

agora é a analítica (verbo auxiliar flexionado + verbo principal no particípio):

“sejam garantidas”. O verbo auxiliar flexiona-se em número é pessoa para

concordar com o sujeito; o verbo principal flexiona-se em gênero e número

pelo mesmo motivo. Repare bem: “...sejam garantidas... as

possibilidades...”. Talvez, a posposição do sujeito ao verbo tenha dificultado

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sua análise. É bom ficar atento! A alteração indicada pelo Cespe causa

incorreção gramatical.

Alternativa E: sim, nada mais natural do que a concordância

de número e pessoa entre sujeito e verbo.

Gabarito – E

1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso

da técnica, com transformações profundas das noções de espaço

e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse

4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no

homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento

de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. (...)

Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto

Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia

das Letras, p. 14-5 (com adaptações).

39. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) O deslocamento de “dominar no

homem” (l.4-5) para o final do período sintático em que ocorre, depois

de “humanismo” (l.6), preserva as relações de significação entre os

termos e a correção gramatical do texto, desde que seja usada uma

vírgula depois de “humanismo”.

Comentário – Eis o que o examinador propôs: “...vemos o encolhimento

das fronteiras éticas e o esquecimento de algumas ideias essenciais que

fundam o humanismo, dominar no homem”.

Estariam preservadas as relações de significação e a

correção gramatical se a vírgula não fosse inserida. Se você está se

perguntando se o verbo “dominar” deveria ir para o plural, esclareço-lhe

que:

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a) é facultativa a flexão do infinitivo (“dominar”) se o

sujeito não for representado por pronome átono (“o encolhimento das

fronteiras éticas e o esquecimento de algumas ideias essenciais”) e se o

verbo da oração determinada pelo infinitivo (“vemos”) for causativo

(mandar, deixar, fazer) ou sensitivo (ver, ouvir, sentir). Veja um exemplo:

Mandei sair os alunos./Mandei saírem os alunos.

b) flexiona-se obrigatoriamente o infinitivo se o sujeito for

diferente de pronome átono e determinante de verbo não causativo nem

sensitivo. Veja um exemplo: Esperei saírem todos.

Mas a tal vírgula causou separação indevida entre o sujeito e o

verbo. Por isso a proposição está errada.

Gabarito – Item errado.

A partir de agora, trataremos da concordância nominal.

Admito que não é fácil selecionar questões sobre esse assunto. Ao que

parece, essas bancas examinadoras privilegias os casos de concordância

verbal.

Por isso mesmo, o alcance aqui será menor, restrito aos casos

observados em provas anteriores. Meu intuito não é derramar sobre você

uma avalanche de informações “desnecessárias”, mas sim orientá-lo(a)

quanto aos prováveis questionamentos sobre concordância nominal feitos

pelas bancas que possivelmente elaborarão sua prova.

Nesse sentido, partiremos das questões para a teoria. Quando

for conveniente, ampliarei a explicação para abranger outros casos de

concordância nominal.

(...) Em comunicado, o grupo

considerou a medida como parte complementar do corte

anterior de dois milhões de barris diários, anunciado em

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7 setembro, como uma tentativa de estabilizar a cotação do

petróleo, que, desde julho, já caiu mais de US$ 100. (...)

O Globo, 18/12/2008.

40. (Cespe/IRBr/Bolsa-Prêmio/2009) A forma verbal “anunciado” (L.6)

concorda com “corte anterior” (L.5-6), por isso está no masculino

singular.

Comentário – Por ser uma das formas nominais do verbo e poder se

comportar como um adjetivo, os verbos no particípio flexionam-se em

gênero e número para concordar com o substantivo a que se referem. É

possível os verbos no particípio surgirem acompanhados de outros verbos

(auxiliares), formando com eles uma locução verbal. Nesses casos, os

verbos auxiliares (ser, estar, haver, ter, fica) flexionam-se em pessoa,

número, tempo e modo. Exemplos:

Fica autorizado as visitas diurnas às praias desta região. (inadequado)

Ficam autorizadas as visitas diurnas às praias desta região. (adequado)

...[sujeito: as visitas diurnas]

...[núcleo do sujeito: visitas]

...[visitas: substantivo feminina plural]

Foram corrigidos o valor das moedas locais. (inadequado)

Foi corrigido o valor das moedas locais (adequado)

...[sujeito: o valor das moedas locais]

...[núcleo do sujeito: valor]

...[valor: substantivo masculino singular

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Gabarito – Item certo.

Esse tipo de concordância, que envolve a relação entre

adjetivo-particípio e substantivo, surge frequentemente em provas.

1 Toda a questão do conhecimento, como desejo

de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica,

organização e seu funcionamento, pode ser pensada a

4 partir do que se deve denominar uma filosofia de

superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e

analiticamente o mundo das superfícies. (...)

Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.

In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).

41. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A flexão de

feminino em “pensada” (L. 3) deve-se à concordância com “lógica”

(L. 2).

Comentário – O vocábulo “pensada”, que surge em forma de adjetivo-

-particípio, concorda com o substantivo feminino singular “questão”, núcleo

do sujeito “Toda a questão do conhecimento”.

Gabarito – Item errado.

Lembre-se também de que, conforme a regra geral de

concordância nominal, o artigo, o adjetivo, o pronome adjetivo e o

numeral adjetivo concordam com o substantivo a que se referem em gênero

e número.

O aluno discreto não viu aquela moça com duas alianças. Art. Adj. Pron.

Adj.Num.Adj.

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42. (Funrio/Pref. de Coronel Fabriciano/Agente Sanitário/2008) Se, no

fragmento “As teias têm várias utilidades para as aranhas”, se fizesse

referência a apenas uma teia, então a frase teria de ser escrita assim:

A) A teia tem várias utilidades para as aranhas.

B) A teia têm várias utilidades para as aranhas.

C) As teias têm vária utilidade para as aranhas.

D) As teias tem várias utilidades para as aranhas.

E) As teia têm várias utilidades para as aranhas.

Comentário – No singular, o substantivo teia leva tanto o artigo quanto o

verbo que com ele concordam para o singular: A teia tem... Lembre-se de

que os verbos TER e VIR recebem acento circunflexo quando conjugados na

terceira do plural (TÊM e VÊM), mas o perdem na terceira do singular (TEM e

VEM).

Gabarito – A

43. (Funrio/Idene/Analista Em Biblioteconomia/2008) Assinale a alternativa

em que se observa a norma-padrão de concordância quer nominal quer

verbal:

A) A ambições por que se sonha nasce de necessidades comprovadamente

real.

B) Ao se perseguirem os objetivos essenciais, as mentes se fortalecem e

aprimoram.

C) Em verdade, cultua-se muito pouco os ideais de uma vida simples e

naturais.

D) Os desejos e os compromissos vãos é de grande importâncias para o

indivíduo.

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E) Quando houverem coisas importantes, saberemos reconhecê-las

adequadamente.

Comentário – Alternativa A: errada. O artigo “A” e o verbo “nasce” deveria

ir para o plural em concordância com o substantivo “ambições”: As

ambições... nascem... Além disso, o adjetivo “real” deveria ser flexionado no

plural para concordar com o substantivo “necessidades”: necessidades...

reais”.

Alternativa B: certa. Cabe notar que os verbos PERSEGUIR,

FORTALECER e APRIMORAR estão flexionados na voz passiva sintética (VTD

+ SE; a terceira ocorrência do pronome apassivador está subentendida),

possuem sujeito no plural e por isso foram conjugados também no plural:

– Ao se perseguirem os objetivos essenciais (sujeito);

– as mentes se fortalecem e [se] aprimoram.

Alternativa C: errada. O verbo CULTUAR, que também está

na voz passiva sintética deveria ser conjugado na terceira pessoa do plural

para concordar com “ideais”, núcleo do sujeito: cultuam-se... ideais. O

adjetivo “naturais” deveria concordar em número com o substantivo “vida”:

vida... natural.

Alternativa D: errada. O verbo “e” tem sujeito composto e

anteposto a ele: “Os desejos e os compromissos vãos”, por isso deve

concordar na terceira pessoa do plural: Os desejos e os compromissos vãos

são. Também não há harmonia entre o adjetivo “grande” e o substantivo

“importâncias”.

Alternativa E: errada. O verbo HAVER flexiona-se na terceira

pessoa do singular no sentido de EXISTIR, ACONTECER e OCORRER: houver.

Gabarito – B

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44. (FUNRIO/FURP/ASSISTENTE DE LICITAÇÃO/2009) Na construção de

frases na língua portuguesa padrão, é preciso observar a regra de

concordância segundo a qual o adjetivo concorda com o substantivo em

gênero e número. É o que ocorre no trecho seguinte:

A) Um dia os operários cometeram a descortesia de adoecer.

B) O hábito suja os olhos e baixa-lhes a capacidade de enxergar.

C) Não admira que o marginal tenha acabado como acabou.

D) Você sai todo dia, por exemplo, sem esperar por ninguém.

E) Tenha olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.

Comentário – Somente na alternativa E existe adjetivo concordando com

substantivo. É o caso de “olhos atentos e limpos”.

Gabarito – E

(...)

Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que

13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais

primitivo, e que evoluíram por meio das especulações

filosóficas até as modernas investigações científicas, que as

16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma

unificação que levou milênios para ser atingida.

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

45. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Por se referir a “um

nível mais profundo de síntese” (l.16), a expressão “uma unificação

que” (l.16-17) pode ser substituída por o que, sem prejudicar a

argumentação ou a correção gramatical do texto.

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Comentário – A primeira coisa a fazer é identificar, no texto original, o

referente do adjetivo atingida: “uma unificação” (expressão representada

semanticamente pelo pronome relativo “que”). O núcleo “unificação” –

feminino singular – levou o adjetivo “atingida” a concordar em mesmo

gênero e número.

Agora, vamos reescrever a passagem como foi sugerido pela

banca examinadora: “...um nível mais profundo de síntese, o que levou

milênios para ser atingida”. Percebeu que o adjetivo “atingida” tem como

referência o pronome demonstrativo “o”? Semanticamente, ele é

representado pelo relativo “que”; como elemento de coesão, retoma a

expressão “um nível mais profundo de síntese”, cujo núcleo é o substantivo

masculino singular “nível”. Observe que tudo contribui para que o adjetivo

“atingida” seja empregado no masculino singular. Como isso não ocorreu,

houve prejuízo.

Gabarito – Item errado.

Quando o adjetivo se refere a mais de um substantivo,

verifica-se o seguinte:

1. Substantivos do mesmo gênero " o adjetivo ficará neste gênero e no

plural; poderá, ainda, concordar com o núcleo mais próximo.

Caderno e livro bons. (ou bom)

Casa e cadeira lindas. (ou linda)

2. Substantivos de gêneros diferentes " o adjetivo ficará no masculino e

no plural; poderá, ainda, concordar com o núcleo mais próximo.

Caderno e casa bons. (ou boa)

Gravata e terno lindos. (ou lindo)

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3. Substantivos antepostos " adjetivo no plural ou no singular, conforme

exemplos vistos até agora.

4. Substantivos pospostos " a concordância mais notável será a atrativa.

Tratava-se de inoportuno momento e lugar.

Tratava-se de inoportuna ocasião e lugar.

Como “seguro morreu de velho”, apresento agora algumas

expressões que merecem cuidado especial.

1. É bom, é necessário, é preciso, é permitido, é proibido " quando o

sujeito dessas expressões estiver determinado (por artigos, pronomes

ou numerais adjetivos), a concordância será feita normalmente; se,

entretanto, não existir determinante, a expressão ficará invariável.

É proibida a entrada.

É proibido entrada.

Água é bom para a saúde.

Esta água é boa para a saúde.

46. (FUNRIO/FURP/SUPERVISOR DE CONTROLE DE QUALIDADE/2010) Na

construção de frases na Língua Portuguesa padrão, é preciso observar a

regra de concordância nominal, segundo a qual o adjetivo concorda com

o substantivo a que se refere. A concordância está INCORRETA na

opção

A) Três especialistas são bastantes para preparar aquela obra.

B) Não é permitido a entrada de funcionários estranhos à empresa.

C) Estou quite com você e você comigo, logo estamos quites um com o

outro.

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D) Anexos seguem os documentos solicitados para a admissão do

funcionário.

E) Conheci, na solenidade de formatura, as gentis irmã e cunhada de

Laura.

Comentário – Alternativa A: correta. Bastante só não varia quando for

advérbio de intensidade (= muito), ocasião em que se refere a um verbo,

adjetivo ou advérbio: Corri bastante. As cordas eram bastante fortes.

Moro bastante longe. Quando é sinônimo de suficiente, é adjetivo e varia:

Duas malas não eram bastantes para as roupas da atriz.

Alternativa B: incorreta. É bom, é necessário, é preciso, é

permitido, é proibido etc. ! quando o sujeito dessas expressões estiver

determinado (por artigos, pronomes ou numerais adjetivos), a concordância

será feita normalmente; se, entretanto, não existir determinante, a

expressão ficará invariável.

É proibida a entrada.

É proibido entrada.

Água é bom para a saúde.

Esta água é boa para a saúde.

Alternativa C: correta. Mesmo, próprio, leso, incluso,

obrigado, quite ! concordam com o substantivo a que se referem:

Ele mesmo falou.

Elas mesmas falaram.

Eles próprios falaram.

Ela própria falou.

Foi um crime de lesa-pátria.

Ela praticou um crime de leso-patriotismo.

Seguem inclusos os documentos.

Segue inclusa a cópia.

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Muito obrigado, falou José.

Muito obrigada, falou Maria.

José está quite.

Nós estamos quites.

Alternativa D: correta. Anexo concorda com o substantivo a

que se refere: Vai anexo um recibo. Vão anexas duas certidões.

ATENÇÃO! Em anexo = locução adverbial = invariável. ! Em anexo vão

duas certidões. Anexo = verbo. ! Anexo duas certidões ao processo.

Alternativa E: correta. Quando o adjetivo desempenha a

função de adjunto adnominal e se refere a nomes próprios de pessoas

ou parentescos, a concordância é gramatical.

As delicadas Maria e Joana participaram do concurso.

As simpáticas Cíntia e Valéria são irmãs.

Gabarito – B

2. Todo = totalmente " poderá flexionar-se em gênero e número para

concordar com o (pronome) substantivo a que se refere.

Ele vinha todo de branco.

Elas vinham todas de branco.

CUIDADO! Eles são todo-poderosos.

Elas são todo-poderosas.

Essa expressão pode ter seu segundo elemento flexionado, mas

não o primeiro!!!

3. Ao tratarmos de cores, observaremos o seguinte:

a) se a cor é representada por adjetivo, varia;

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sapato branco

camisas amarelas

b) se a cor é representada por substantivo, não varia;

sapatos cinza

camisas rosa

c) se a cor é representada por adjetivo + adjetivo, só o último

elemento varia;

blusas verde-claras

camisas azul-escuras

d) se a cor é representada por adjetivo + substantivo, o composto

fica invariável.

blusas verde-limão

calças azul-piscina

Por hoje é só. Bons estudos e que Deus o(a) abençoe! Até a

próxima aula, em que estudaremos redação oficial.

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QUESTÕES SEM COMENTÁRIOS

1. (Funrio/Idene/Analista em Biblioteconomia/2008) Observe a frase:

“TODOS OS BRASILEIROS TÊM ESSA OPORTUNIDADE ÚNICA DE

MUDAR PARA UM PAÍS MELHOR.”.

Empregando o sujeito da oração no singular, mantendo-se o sentido

original da frase e obedecendo à norma padrão da língua portuguesa

escrita, o predicado deverá ser

A) tem essa oportunidade única de mudar o País.

B) têm essa oportunidade única de mudar o País.

C) teriam essa oportunidade única de mudarem o País.

D) tem-se essa oportunidade única de mudar o País.

E) tivessem essa oportunidade única de mudar o País.

2. (Funrio/CBM-RJ/Assistente Social/2008) “Dizem as escrituras sagradas

(...)”, a forma plural do verbo se justifica porque

A) possui sujeito composto.

B) inicia a oração principal.

C) trata-se de sujeito indeterminado.

D) é caso de impessoalidade verbal.

E) concorda com sujeito plural.

1 No mundo moderno em que vivemos, é certamente

difícil reconstituir as sensações, as impressões que tiveram os

primeiros homens em contato com a natureza. A imensa

4 variedade de corpos e acontecimentos que nos envolvem

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gerou as noções de matéria, de espaço e de tempo,

fundamentalmente entrelaçadas no conhecimento das coisas. (...)

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

3. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Preservam-se a

coerência da argumentação e a correção gramatical do texto ao se

substituir “A imensa variedade de” (L.3-4) por Os inúmeros.

4. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) Considerando que o fragmento

apresentado constitui parte de um texto de Jamil Chade (O Estado de

S. Paulo, 18/12/2008), julgue-o quanto à correção gramatical.

O jornal alemão Frankfurter Allgemeine Zeitung divulgou as novas

previsões do Ministério da Economia da Alemanha que indicam que o

maior mercado da Europa sofrerão uma queda de pelo menos 3% em

2009. O encolhimento da economia poderá ser ainda maior se a

recessão atingir outros países.

(...) Dados da Comissão de Relações Exteriores e Defesa

Nacional mostram que a entrada do país resultará em um

bloco com mais de 250 milhões de habitantes, área de

13 12,7 milhões de km2, PIB superior a U$ 1 trilhão

(aproximadamente 76% do PIB da América do Sul) e

comércio global superior a US$ 300 bilhões.

(...)

Maria Clara Cabral. Folha de S. Paulo,18/12/2008.

5. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “mostram” (l.11)

está no plural porque concorda com “Relações Exteriores” (l.10).

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6. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho seguinte

é adaptado do editorial do Jornal Zero Hora (RS) de 20/4/2010.

Julgue-o quanto à correção gramatical.

A campanha eleitoral que se aproxima estará marcada definitivamente

pelo uso das facilidades de comunicação que a Internet põem à

disposição de partidos, candidatos e eleitores. Haverá a difícil e

desafiadora obrigação de manter todo o processo dentro de padrões

civilizados, impedindo que os radicais e irresponsáveis contaminem a

disputa.

(...)

7 A participação popular e o controle popular do poder

guardam a ideia de que o exercício da política é coletivo e

racional, com vistas à conquista de algum bem. A política

10 é exercida sempre que as pessoas agem em conjunto.

A política é uma ação plural. O voto, nas eleições, é modo de

expressão do consentimento dos cidadãos, para que o poder

13 seja exercido em seu nome, para que as leis sejam elaboradas

e executadas de modo legítimo. (...)

Daniela Romanelli da Silva. Poder, constituição e voto. In: Filosofia, Ciência

& Vida. São Paulo: Escala, ano III, n.º 27, p. 42-3 (com adaptações).

7. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Na argumentação do texto, a opção pela

estrutura verbal “guardam a ideia” (l.8) cria o pressuposto de ser falsa

a afirmação de que “o exercício da política é coletivo e racional” (l.8-9).

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8. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir

é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o

quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

Os recursos materiais destinados ao combate da dengue são

fundamentais, mas de pouco valem sem ações complementares, de

responsabilidade de governos locais e da população. Nos últimos anos,

tanto os governos estaduais como a União não poupou recursos

financeiros e técnicos para apoiar às prefeituras no combate da dengue.

9. (Funrio/Prefeitura de Maricá/Inspetor de Alunos/2007) Sobre a

concordância verbal nos versos:

“Na minh’alma ficou

o samba

o batuque

o bamboleio

e o desejo de libertação...”

É correto afirmar que:

A) a regra de concordância foi desrespeitada - o verbo deveria estar no

plural

B) o verbo “ficar” segue uma regra especial - admite o singular nos casos

de sujeito posposto

C) a concordância atrativa foi aplicada - o sujeito é composto e posposto

ao verbo

D) o sujeito está anteposto ao verbo - o verbo deve ficar,

obrigatoriamente, no singular

E) a concordância atrativa é obrigatória, independente da posição e do tipo

de sujeito

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10. (Funrio/INT/Pesquisador de Biocombustíveis/2008) Verifica-se um caso

de sujeito posposto ao verbo no seguinte trecho:

A) “Como saber que faltam casas...”

B) “Porque a experiência não deve ficar nas favelas do Rio.”

C) “Pretos pintados de branco teriam mais chances no mercado de

trabalho.”

D) “Deve ser estendida a todo o país.”

E) “Não saltaria mais aos olhos...”

(...) Como tentativas de acompanhar essa velocidade

vertiginosa que marca o processo de constituição da sociedade

13 hipermoderna, surge a flexibilidade do mundo do trabalho e a

fluidez das relações interpessoais. (...)

Renato Nunes Bittencourt. Consumo para o vazio existencial.

In: Filosofia, ano V, n. 48, p. 46-8 (com adaptações).

11. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) A forma verbal “surge”

(l.13) está flexionada no singular porque estabelece relação de

concordância com o conjunto das ideias que compõem a oração

anterior.

12. (FUNRIO/INVEST RIO/ADMINISTRADOR/2010) Dentre as frases abaixo,

aquela em que o sujeito aparece após o verbo com o qual concorda é

A) Arrancam-lhe o coração...

B) ...e a soltou na correnteza bravia.

C) Não mateis os animais indefesos.

D) Juntam-se homens para executar a inglória tarefa.

E) ... o trabalhador venceu a dificuldade.

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13. (FUNRIO/PREFEITURA DE SÂO JOSÉ DO VALE DO RIO

PRETO/INSPETOR DE DISCIPLINA/2007) Segundo as regras de

concordância verbal, verbos impessoais são empregados na terceira

pessoa do singular.

O exemplo do texto em que o verbo encontra-se no singular por ser

considerado impessoal é:

A) “Não há um dia marcado...”

B) “... é preciso um processo de convergência...”

C) “... Portugal não tem motivos para a resistência.”

D) "Fala-se de uma pressão das editoras...”

E) “Isso não é desculpa"

14. (Funrio/Pref. de Niterói/Auxiliar Administrativo/2008) “Há pessoas com

dois celulares”

Segundo as regras de concordância verbal, verbos impessoais são

empregados na terceira pessoa do singular.

O exemplo do texto em que o verbo encontra-se no singular por ser

considerado impessoal é:

A) “Há pessoas com dois celulares.”

B) “Conheço chefe de empresa que dá de presente ao funcionário de

confiança um celular...”

C) “Quem dá mais?!”

D) " Com um deles, o mais sofisticado, mantém longas conversas com o

próprio Deus ...”

E) “Mas se alguém quiser me dar de presente um segundo bichinho

desses...”

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15. (Funrio/PM-RJ/Soldado/2008) O significado do fragmento “Em muitas

cidades litorâneas, há salva-vidas em praias mais freqüentadas e/ou

perigosas...” não se altera se se substituir o verbo por:

A) existe.

B) existirão.

C) existem.

D) existiam.

E) existiriam.

1 Dentro de um mês tinha comigo vinte aranhas; no

mês seguinte cinqüenta e cinco; em março de 1877 contava

quatrocentas e noventa. (...)

Machado de Assis. A Sereníssima República (conferência do cônego Vargas). In: Obra

completa. Vol. II. Contos. Papéis avulsos. Rio de Janeiro: José Aguilar, 1959, p. 337-8.

16. (Cespe/TCU/Analista de Controle Externo/2008) O verbo ter, na linha

1, está empregado no sentido de haver, existir, por isso mantém-se

no singular, sem concordar com o sujeito da oração — “vinte aranhas”

(L.1).

17. (Funrio/MDIC/Técnico em Comunicação Social/2009) Na frase “O

Acordo Ortográfico que entrou em vigor em 2009 parece ter a

aprovação de alguns usuários, mas existem outros que detectam

incoerências com respeito ao uso do hífen.”, se o verbo EXISTIR for

substituído por HAVER, mantendo o mesmo sentido da frase original, a

forma resultante será a seguinte:

A) haveria.

B) há.

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C) havia.

D) houve.

E) haverá.

18. (Funrio/Depen/Auxiliar de Consultório Dentário/2009) Segundo as

regras de concordância verbal, verbos impessoais são empregados na

terceira pessoa do singular. O exemplo do texto em que o verbo se

encontra no singular por ser considerado impessoal é

A) “Em dezembro de 2007, havia 422.522 pessoas cumprindo penas

alternativas...”

B) “... o número de pessoas cumprindo penas e medidas alternativas no

Brasil disparou em relação aos presos.”

C) “... isso não interfere de forma significativa nas estatísticas.”

D) "Hoje, o número de leis para aplicação de PMAs chega a 12.”

E) "Aplicar mais penas alternativas não significa...”

19. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir

é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o

quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

O número de brasileiros infectados pela dengue aumentou mais de 70%

no primeiro trimestre do ano, em comparação com o mesmo período de

2009. O maior foco da doença se concentra em Goiás, onde haviam 50

mil casos registrados. Minas Gerais é o estado do Sudeste com maior

número de ocorrências (49 mil) e em Mato Grosso o total de doentes

chegou a 31.510 pessoas.

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20. (Funrio/Jucerja/Arquivologia/2008) Leia-se o seguinte fragmento: “Para

combater esse desvio, instituiu-se o padrão-ouro”.

Passando-se o termo “padrão-ouro” para o plural, segundo a norma

padrão escrita brasileira, esse enunciado teria, necessariamente, de ser

assim reescrito:

A) Para combater-se esses desvios, instituiu-se (,,,).

B) Para se combaterem esses desvios, instituíram-se (,,,).

C) Para combaterem-se esses desvios, instituiu-se (,,,).

D) Para combaterem esse desvio, instituiu-se (,,,).

E) Para combater esse desvio, instituíram-se (...).

1 As diferenças de classes vão ser estabelecidas em dois

níveis polares: classe privilegiada e classe não privilegiada.

Nessa dicotomia, um leitor crítico vai perceber que se trata de

4 um corte epistemológico, na medida em que fica óbvio que

classificar por extremos não reflete a complexidade de classes

da sociedade brasileira, apesar de indicar os picos. (...)

Dina Maria Martins Ferreira. Não pense, veja. São

Paulo: Fapesp & Annablume, p. 62 (com adaptações).

21. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) O uso da forma verbal “se

trata” (l.3), no singular, atende às regras de concordância com o termo

“um corte epistemológico” (l.4) e seriam mantidas a coerência entre os

argumentos e a correção gramatical do texto se fosse usado o termo no

plural, cortes epistemológicos, desde que o verbo fosse flexionado no

plural: se tratam.

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(...) A reação dos

indicadores de atividade na zona do euro, que já não eram

4 robustos ou mesmo convincentes, é agora algo semelhante à

paralisia. Os Estados Unidos da América cresceram a uma taxa

superior a 3% em 12 meses, mas a maioria dos analistas aposta

7 que a economia americana perderá força no segundo semestre.

(...)

Valor Econômico, Editorial, 6/7/2010 (com adaptações).

22. (Cespe/MPU/Técnico Administrativo/2010) Se o verbo da oração “mas a

maioria dos analistas aposta” (L.6) estivesse flexionado no plural —

apostam —, o período estaria incorreto, visto que, de acordo com a

prescrição gramatical, a concordância verbal, em estrutura dessa

natureza, deve ser feita com o termo “maioria”.

(...) Não precisamos usar a

22 superfície para explicar o mundo, porque ela mesma é

parte do mundo que exige explicação. Ela é um dado da

realidade ao qual nos relacionamos. A superfície pode

25 ter uma aparência ou ser mais, a própria verdade.

Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.

In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).

23. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A forma verbal

“exige” (L.23) apresenta flexão de singular para concordar com o

pronome “ela” (L.22), que, por sua vez, retoma, por coesão,

“superfície” (L.22).

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(...)

Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que

13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais

primitivo, e que evoluíram por meio das especulações

filosóficas até as modernas investigações científicas, que as

16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma

unificação que levou milênios para ser atingida.

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

24. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Na organização das

ideias no texto, o pronome “que” (L.14) retoma “nosso conhecimento

das coisas” (L.13).

(...) O que há são relações de

10 poder heterogêneas e em constante transformação. O poder

é, portanto, uma prática social constituída historicamente.

(...)

Maria da Penha Nery. Vínculo e afetividade: caminhos das relações

humanas. São Paulo: Ágora, 2003, p. 108-9 (com adaptações).

25. (Cespe/TCU/AFCE/2009) Respeitam-se as relações de coerência e

coesão gramatical do texto se a forma verbal “há” (R.9) for substituída

por existe.

26. (Cespe/DPU/Agente Administrativo/2010 – adaptada) O trecho a seguir

é adaptado do editorial d’O Estado de S.Paulo de 22/4/2010. Julgue-o

quanto às normas gramaticais da língua portuguesa padrão.

Chuvas e calor acima da média, além da volta da circulação da dengue

do tipo 1, são fatores que determina o aumento do número de casos.

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Mas é inegável que, diante de bons resultados dos programas realizados

anteriormente, houve certa acomodação por parte dos segmentos

encarregados do combate a dengue.

(...)

13 Os EUA tornaram-se o saco de pancadas nessa

cúpula. Raúl Castro não foi o único a responsabilizar os

EUA e o que chamou de seu modelo neoliberal pela crise do

16 crédito, que está comprometendo muitas outras economias.

(...)

Alexei Barrionuevo. The New York Times. In: O

Estado de S. Paulo, 18/12/2008 (com adaptações).

27. (Cespe/MRE-IRBr/Bolsas-prêmio/2009) A forma verbal “está” (l.16)

vem no singular porque concorda com “modelo neoliberal” (l.15).

1 Vale a apena rever certas crenças que se têm

multiplicado a respeito das chamadas emoções negativas. (...)

Planeta, jan./2010, p. 64-5 (com adaptações).

28. (Cespe/Inca/Cargos de Nível Superior/2010) A substituição de “se têm”

(l.1) por tem altera as relações entre os argumentos do texto, mas

preserva sua coerência e correção gramatical.

29. (Funrio/Furp/Assistente de Licitação/2009) Indique a alternativa em que

a concordância verbal está em desacordo com a variedade padrão da

Língua.

A) Muitos de nós reclamou do mau atendimento daquela instituição.

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B) Deve haver possibilidades de recorrer da ação injusta.

C) Cerca de cem pessoas aproximavam-se ansiosamente do guichê.

D) Esses vinte por cento de desconto conquistaram a clientela da loja.

E) Um piquete de bravos defendeu o castelo do nobre aprisionado.

(...) Além

16 disso, cada uma das ideologias em que se fundamentam essas

teorias políticas e econômicas constitui uma visão dos

fenômenos sociais e individuais que pretende firmar-se em uma

19 descrição verdadeira da natureza biológica, psicológica ou

espiritual do humano.

Humberto Maturana. Biologia do fenômeno social: a

ontologia da realidade. Miriam Graciano (Trad.). Belo

Horizonte: UFMG, 2002, p. 195 (com adaptações).

30. (Cespe/MPU/Analista Administrativo/2010) Na linha 16, na concordância

com “cada uma das ideologias”, a flexão de plural em “fundamentam”

reforça a ideia de pluralidade de “ideologias”; mas estaria

gramaticalmente correto e textualmente coerente enfatizar “cada uma”,

empregando-se o referido verbo no singular.

31. (Funrio/Furp/Supervisor de Produção Farmacêutica/2010) Segundo o

padrão formal da língua, há desvio de concordância na opção

A) 18,2% da população brasileira com mais de 15 anos deixaram o cigarro.

B) 17,2% dos jovens brasileiro continuam fumando.

C) 18,2% deixaram de fumar.

D) 17,2% continuam fumando.

E) 65% de fumantes pensam em parar de fumar.

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O que é o que é?

1 Se recebo um presente dado com carinho por pessoa

de quem não gosto — como se chama o que sinto? Uma

pessoa de quem não se gosta mais e que não gosta mais da

4 gente — como se chama essa mágoa e esse rancor? (...)

Clarice Lispector. A descoberta do mundo. Rio de Janeiro: Rocco, 1999, p. 199.

32. (Cespe/IRBr/Diplomata/2009) É gramaticalmente correto flexionar no

plural a forma verbal em “como se chama essa mágoa e esse rancor?”

(L.4), tendo como resultado como se chamam (...).

33. (Funrio/Prefeitura de Itaboraí/Agente de Trânsito/2007) Assinale a

alternativa cujo espaço só pode ser preenchido com a 1ª forma verbal

que se encontra entre parênteses:

A) a maioria ________ de pé seus candidatos (aplaudiu/aplaudiram)

B) Luís, o professor e eu _______ de pé (ficarão/ficaremos)

C) ______muitas reprovações nesta turma (houveram/houve)

D) no meu bairro, _______água e luz (faltou/faltaram)

E) nem um nem outro______ minha festa (prestigiaram/prestigiou)

34. (Funrio/Funai/Promoção Social/2009) As frases abaixo reúnem algumas

das considerações que o texto apresenta sobre o papel da imprensa na

sociedade de hoje, mas, em uma delas, a construção sintática está em

desacordo com os padrões formais da língua. Assinale-a.

A) Não deveria haver tantas mentiras e manipulações em nome da grande

pátria.

B) Há corporações cujas pressões econômicas levam muitos veículos a

omitir informações.

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C) Fazem séculos que a liberdade de expressão busca compensar as

pressões do Estado.

D) A maioria dos jornalistas pode ser acusada de não contar a verdade

para seus leitores.

E) Os Estados Unidos votaram contra a Declaração Universal dos Direitos

dos Povos Indígenas.

35. (Funrio/Fiotec/Técnico em Higiene Dental/2010) Considerando que a

Declaração Universal dos Direitos Humanos existe desde 10 de

dezembro de 1948, seria gramaticalmente correto escrever a seguinte

manchete num jornal publicado em 10 de dezembro de 2008:

A) FAZEM 60 ANOS QUE A LUTA PELOS DIREITOS HUMANOS COMEÇOU.

B) DECLARAÇÃO DOS DIREITOS HUMANOS: O SONHO COMEÇOU A 60

ANOS.

C) AS NAÇÕES UNIDAS COMEMORA OS 60 ANOS DOS DIREITOS

HUMANOS.

D) PASSOU-SE JÁ 60 ANOS, MAS OS DIREITOS HUMANOS AINDA NÃO

EXISTEM.

E) DIREITOS HUMANOS: SÃO 60 ANOS DE ESPERANÇA.

36. (Funrio/Pref. de São José do Vale do Rio Preto/Professor de

Português/2007)

Eram cinco e meia da tarde (...).

No trecho acima destacado, pode-se observar a concordância do verbo

ser — frequentemente desrespeitada na expressão oral. Dentre as

alternativas a seguir, e consoante a norma culta, qual a que está

CORRETA no que tange à concordância verbal?

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A) Já deram cinco e meia da tarde.

B) Fazem cinco horas e meia que cheguei.

C) Devem haver cinco horas e meia que cheguei.

D) Já é cinco e meia da tarde.

E) Já bateu cinco e meia da tarde no relógio da igreja.

(...)

16 Em geral, cinco fatores estão atuando, em escala

mundial, nessa crise: o aumento da produção subsidiada de

biocombustíveis; o incremento dos custos com a alta do

19 petróleo, que chega a US$ 114 o barril, e dos fertilizantes; o

aumento do consumo em países como China, Índia e Brasil;

a seca e a quebra de safras em vários países; e a crise

22 norte-americana, que levou investidores a apostar no aumento

dos preços de alimentos em fundos de hedge.

(...)

O mundo em guerra pelo pão. In: Istoé Dinheiro.

23/4/2008, p. 30-2 (com adaptações).

37. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2008) No trecho “que

levou investidores a apostar no aumento dos preços de alimentos em

fundos de hedge” (L.22-23), a substituição de “apostar” por apostarem

manteria a correção gramatical do texto.

1 A ideia de democracia tem seu nascedouro nas

cidades-Estados gregas e consubstancia-se na tomada de

decisões mediante a participação direta dos cidadãos. Como se

4 pode depreender, o conceito era restrito, pois excluía, por

exemplo, as mulheres e os escravos. Na trajetória da Grécia,

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com sua experiência de democracia primária ou de assembleia,

7 ao mundo moderno, alguns fatores se apresentaram como

inviabilizadores da participação política direta: número de

cidadãos, extensão territorial e tempo (noção cada vez mais

10 modificada diante dos avanços tecnológicos).

Diante da impossibilidade de reunião de todos os

envolvidos — aqueles que, de alguma forma, sentem os

13 reflexos das decisões tomadas — e sendo cada vez mais

urgente a tomada de decisões em tempo recorde, identificou-se

a necessidade de eleger representantes. Assim nasceu a

16 democracia representativa, com seus prós e contras.

A rigor, em uma sociedade composta de milhares de

pessoas, apenas mediante a representação por um grupo

19 escolhido é possível que os diferentes interesses se façam

presentes no momento de decidir; porém, é certo que nem

sempre esse grupo representa os interesses do todo e nem

22 sempre todos os interesses de uma sociedade plural chegam a

ter representantes, ficando alguns alijados do processo

decisório. Um governo que se propõe como democrático busca

25 estabelecer mecanismos para que sejam garantidas ao máximo

as possibilidades de os cidadãos participarem das decisões

políticas, mas há um “lado sombrio”, identificado por Robert

28 Dahl nos seguintes termos: “sob um governo representativo,

muitas vezes os cidadãos delegam imensa autoridade arbitrária

para decisões de importância extraordinária.”. Segundo o autor,

31 as eleições periódicas garantem certo compromisso dos

representantes com os representados, obrigam as elites a

“manter um olho na opinião do povo”. Apesar do “lado

34 sombrio”, a democracia alicerçada sobre o pilar da eleição

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periódica de representantes é a única viável nos Estados

contemporâneos. Tatiana de Carvalho Camilher. O papel da defensoria pública para

a inclusão social rumo à concretização do estado democrático

e direito. Internet: <www.conpedi.org> (com adaptações).

38. (Cespe/DPU/Analista Técnico Administrativo/2010) Considerando as

estruturas do texto, assinale a opção correta no que diz respeito à

concordância.

A) A inserção da forma verbal manterem no lugar de “manter”, em

“manter um olho na opinião do povo” (l.33), acarretaria prejuízo

sintático ao texto.

B) A oração existia alguns fatores inviabilizadores parafraseia de

modo gramaticalmente correto o trecho “alguns fatores se

apresentaram como inviabilizadores” (l.7-8).

C) Ainda que o vocábulo “necessidade” (l.15) estivesse flexionado no

plural, a forma verbal “identificou” (l.14) deveria permanecer no

singular.

D) A alteração de “sejam garantidas” (l.25) para seja garantido não

interfere na correção gramatical do período.

E) As formas verbais “garantem” (l.31) e “obrigam” (l.32) concordam com

“eleições periódicas” (l.31).

1 É evidente que vivemos em um momento prodigioso

da técnica, com transformações profundas das noções de espaço

e tempo; mas a política do espírito não acompanha esse

4 alargamento do mundo: pelo contrário, vemos dominar no

homem o encolhimento das fronteiras éticas e o esquecimento

de algumas ideias essenciais que fundam o humanismo. (...)

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Adauto Novaes. Sobre tempo e história. In: Adauto

Novaes (Org.). Tempo e história. São Paulo: Companhia

das Letras, p. 14-5 (com adaptações).

39. (Cespe/IPAJM/Advogado/2010) O deslocamento de “dominar no

homem” (l.4-5) para o final do período sintático em que ocorre, depois

de “humanismo” (l.6), preserva as relações de significação entre os

termos e a correção gramatical do texto, desde que seja usada uma

vírgula depois de “humanismo”.

(...) Em comunicado, o grupo

considerou a medida como parte complementar do corte

anterior de dois milhões de barris diários, anunciado em

7 setembro, como uma tentativa de estabilizar a cotação do

petróleo, que, desde julho, já caiu mais de US$ 100. (...)

O Globo, 18/12/2008.

40. (Cespe/IRBr/Bolsa-Prêmio/2009) A forma verbal “anunciado” (L.6)

concorda com “corte anterior” (L.5-6), por isso está no masculino

singular.

1 Toda a questão do conhecimento, como desejo

de penetrar os fenômenos e dizer sua lógica,

organização e seu funcionamento, pode ser pensada a

4 partir do que se deve denominar uma filosofia de

superfície: aquela que se dedica a tratar crítica e

analiticamente o mundo das superfícies. (...)

Márcia Tiburi. Uma filosofia da superfície.

In: Cult, ano 11, p. 42 (com adaptações).

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41. (Cespe/TCE-AC/Analista de Controle Externo/2009) A flexão de

feminino em “pensada” (L. 3) deve-se à concordância com “lógica”

(L. 2).

42. (Funrio/Pref. de Coronel Fabriciano/Agente Sanitário/2008) Se, no

fragmento “As teias têm várias utilidades para as aranhas”, se fizesse

referência a apenas uma teia, então a frase teria de ser escrita assim:

A) A teia tem várias utilidades para as aranhas.

B) A teia têm várias utilidades para as aranhas.

C) As teias têm vária utilidade para as aranhas.

D) As teias tem várias utilidades para as aranhas.

F) As teia têm várias utilidades para as aranhas.

43. (Funrio/Idene/Analista Em Biblioteconomia/2008) Assinale a alternativa

em que se observa a norma-padrão de concordância quer nominal quer

verbal:

A) A ambições por que se sonha nasce de necessidades comprovadamente

real.

B) Ao se perseguirem os objetivos essenciais, as mentes se fortalecem e

aprimoram.

C) Em verdade, cultua-se muito pouco os ideais de uma vida simples e

naturais.

D) Os desejos e os compromissos vãos é de grande importâncias para o

indivíduo.

E) Quando houverem coisas importantes, saberemos reconhecê-las

adequadamente.

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44. (FUNRIO/FURP/ASSISTENTE DE LICITAÇÃO/2009) Na construção de

frases na língua portuguesa padrão, é preciso observar a regra de

concordância segundo a qual o adjetivo concorda com o substantivo em

gênero e número. É o que ocorre no trecho seguinte:

A) Um dia os operários cometeram a descortesia de adoecer.

B) O hábito suja os olhos e baixa-lhes a capacidade de enxergar.

C) Não admira que o marginal tenha acabado como acabou.

D) Você sai todo dia, por exemplo, sem esperar por ninguém.

E) Tenha olhos atentos e limpos para o espetáculo do mundo.

(...)

Tempo, espaço e matéria são, pois, ideias que

13 penetram o nosso conhecimento das coisas, desde o mais

primitivo, e que evoluíram por meio das especulações

filosóficas até as modernas investigações científicas, que as

16 integraram em um nível mais profundo de síntese, uma

unificação que levou milênios para ser atingida.

José Leite Lopes. Tempo = espaço = matéria. In: Adauto Novaes (Org.). Tempo e

História. São Paulo: Companhia das Letras, 1996, p. 167 (com adaptações).

45. (Cespe/Antaq/Especialista – Economista/2009) Por se referir a “um

nível mais profundo de síntese” (l.16), a expressão “uma unificação

que” (l.16-17) pode ser substituída por o que, sem prejudicar a

argumentação ou a correção gramatical do texto.

46. (FUNRIO/FURP/SUPERVISOR DE CONTROLE DE QUALIDADE/2010) Na

construção de frases na Língua Portuguesa padrão, é preciso observar a

regra de concordância nominal, segundo a qual o adjetivo concorda com

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o substantivo a que se refere. A concordância está INCORRETA na

opção

A) Três especialistas são bastantes para preparar aquela obra.

B) Não é permitido a entrada de funcionários estranhos à empresa.

C) Estou quite com você e você comigo, logo estamos quites um com o

outro.

D) Anexos seguem os documentos solicitados para a admissão do

funcionário.

E) Conheci, na solenidade de formatura, as gentis irmã e cunhada de

Laura.

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GABARITO

1. A

2. E

3. Item errado

4. Item errado

5. Item errado

6. Item errado

7. Item errado

8. Item errado

9. C

10. A

11. Item errado

12. D

13. A

14. A

15. C

16. Item errado

17. B

18. A

19. Item errado

20. E

21. Item errado

22. Item errado

23. Item errado

24. Item errado

25. Item certo

26. Item errado

27. Item errado

28. Item errado

29. A

30. Item errado

31. Anulada

32. Item certo

33. A

34. C

35. E

36. A

37. Item certo

38. E

39. Item errado

40. Item certo

41. Item errado

42. A

43. B

44. E

45. Item errado

46. B