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1 Alternativas para Novos Modelos de Gestão Pública em Saúde: enfrentando o desafio da melhoria da qualidade assistencial Pedro R. Barbosa Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca/FIOCRUZ

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Alternativas para Novos Modelos de Gestão Pública em Saúde:

enfrentando o desafio da melhoria da qualidade

assistencial

Pedro R. Barbosa

Escola Nacional de Saúde Pública Sergio Arouca/FIOCRUZ

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Alerta

A discussão sobre Modelos de Gestão Hospitalar e em Saúde não prescinde da obrigatoriedade de:

- Política pública de saúde – Projeto de Governo- Financiamento adequado;- Planejamento estratégico com formatação e

operacionalização de sistemas e redes sanitárias;- Modelos assistenciais com adequada aderência às

necessidades de saúde;- Valorização e compromisso profissional de

dirigentes e trabalhadores.

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Premissa I

Modelos públicos de gestão hospitalar devem não apenas considerar todos os princípios do SUS; deve contribuir para o aperfeiçoamento dos mesmos:

- universalidade, integralidade e equidade- regionalização e hierarquização da rede- autonomia dos gestores e coordenação entre

níveis de governo- transparência, participação e controle social;

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Premissa II

No âmbito do SUS uma proposta vencedora no campo da gestão hospitalar deve favorecer os arranjos sistêmicos, em particular o papel reitor dos gestores (Estado), a complementariedade e continuidade do cuidado na rede de serviços;

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Premissa III

Na formulação de novos Modelos de Gestão Hospitalar a personalidade jurídica organizacional deve ser compreendida como uma de suas dimensões; trata-se na verdade do arcabouço, da forma;

Esta dimensão deve condicionar positivamente a parte mais substantiva do modelo;

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Premissa IV

O SUS constitui-se numa das mais importantes reformas do Estado brasileiro, conferindo direitos sociais universais e demandando novas e importantes responsabilidades e ações de Estado

Reconhecimento de que várias outras reformas – outros setores, são ainda necessárias para materializar objetivos finais do SUS – MAIS VIDA E MAIS QUALIDADE DE VIDA

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Saúde, SUS e outros setores da sociedade e do Estado

O Conceito ampliado e constitucional da Saúde impõe uma visão e ações ampliadas para garantir efetividade no campo da Saúde

Há muito o que ser feito em vários outros setores que condicionam a Saúde

A Administração pública é apenas mais um terreno que necessita aprimorar-se para estar a altura dos desafios do SUS

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O Problema I

Limitação dos modelos de atenção: redes assistenciais, regulação, gestão da clínica, etc

Frágil integração dos hospitais aos sistemas regionais/SUS – ausência de contratos com funções definidas

Inadequação e rigidez nos modelos da administração pública direta e autárquica para a gestão hospitalar eficiente e com qualidade

Dificuldades gerenciais decorrentes da limitada autonomia de gestão e da baixa profissionalização

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Algumas constatações Importantes experiências de sucesso na

administração pública em saúde, hospitalares ou não, apresentam, via de regra, instrumentos/modelos questionáveis juridicamente – fundações de apoio, cooperativas, outras terceirizações;

Esses modelos possibilitam condições básicas para o sucesso da gestão: autonomia, flexibilidade e fortalecimento da gestão

No entanto, escapam tanto da legalidade jurídica, quanto de princípios do SUS (em particular, coordenação sistêmica e controle social)

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Propósitos Básicos nos Novos Modelos

Ampliar a capacidade do Estado para regular e prover serviços nas áreas sociais

Possibilitar autonomia de gestão Elevar a capacidade de coordenação sistêmica –

eliminar riscos de atomização Eliminar ilegalidades Desprivatizar parte das atividades públicas Aumentar a transparência e responsabilização Garantir institucionalidade e sustentabilidade

organizacional no âmbito do Estado

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Atuação do Estado M

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Administração Pública

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Iniciativa Privada

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Direito Público

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Dimensões dos Modelos

Jurídica e Institucional: Lei de constituição, estatutos, outros atos legais

Sistema de Gestão e Contrato de Gestão

Gestão das Pessoas

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Princípios

Público e Estatal

Autônomo e Flexível

SUS Exclusivo

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Nova personalidade jurídico-administrativa

Financiamento mediante contrato de gestão

Gestão de RH pela CLT *

Novos mecanismos de acompanhamento e prestação de contas – controle social e gestores

A Proposta do Governo Federal

Eficiência

Qualidade

Foco no Cliente

Princípios do SUS

Sustentabilidade

Inovação

FUNDAÇÃO ESTATAL

*considerando transição dos atuais RJU com direitos assegurados

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Nova personalidade jurídico-administrativa:

FUNDAÇÃO ESTATAL

Modelo Proposto

Autonomia de Gestão

Novo dispositivo na relaçãoGoverno/hospital:

Contrato de gestão

Novos mecanismos de Accountability

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Operacionalização do Modelo

Autonomia de Gestão

Contrato de gestão

Novos Mecanismos de Accountability

Profissionalização da Gestão

Nova Estrutura de Incentivos

Melhoria do Desempenho Organizacional

Gestão de RH

Inovadora

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FUNDAÇÃO ESTATAL: características em síntese Autonomia de Gestão Regime CLT – Acordo Coletivo do Trabalho Novo formato de orçamentação: financiamento via contrato de

gestão a partir do orçamento público Contabilidade típica de empresa estatal Sistema de compras e contratos por regulamento próprio (dentro

da 8666) Governança com Conselho Curador/Administração (majoritário

governamental + funcionários + sociedade) Gestão profissionalizada Contrato de Gestão com Dirigentes do SUS Transparência, participação e controle social

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Ganhos Esperados

• Profissionalização da Gestão Uso mais Eficiente dos Recursos Ganhos em Produtividade e Qualidade Sustentabilidade Política, Jurídica e Econômica Alavancagem Institucional: formulação de políticas,

ensino, P&D Maior integração ao SUS Maior Controle Social Diretriz para Gestão (hospitalar) no SUS e

aprimoramento do aparelho de Estado brasileiro

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Custos Econômicos Associados

“Recontratação” da força de trabalho com base em pesquisa salarial

Estrutura gerencial profissionalizada Introdução de novos sistemas e ferramentas de

gestão Ajustes no custeio associados aos novos padrões de

desempenho Investimentos associados ao desenvolvimento

institucional Custos de transação relacionados à

operacionalização dos contratos

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Algumas Considerações

Reconhece papel reitor do Estado, fortalecendo-o

Responde a um problema real dos hospitais federais e também de hospitais estaduais e municipais

Solução é ajustada com a literatura e com experiências internacionais no âmbito da reforma hospitalar

Plena implementação envolve mudanças para além do modelo jurídico - processo exige um tempo de aprendizado e de maturação

Possui efeito demonstrativo e de liderança do Governo Federal com efeito multiplicador no país (muitos estados e mesmo municípios já encontram-se com propostas análogas)

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Razão de ser da Autonomia de Gestão

No modelo tradicional de gestão, as decisões concentram-se no nível central, distantes daqueles que detêm informações relevantes associadas a tais decisões, sendo uma das principais causas do desempenho insatisfatório desses estabelecimentos.

Modelo centralizado torna os processos de tomada de decisão mais burocráticos e morosos.

Maior autonomia de gestão significa dotar os dirigentes hospitalares de maior poder de decisão e responsabilizá-los diretamente pelo desempenho dessas organizações.

Confere maior agilidade e flexibilidade à condução dos hospitais públicos, estabelecendo condições mais efetivas para que essas organizações respondam às políticas, diretrizes e incentivos governamentais.

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Um modelo fundado em uma maior autonomia de gestão deve ainda resultar na conquista de uma maior estabilidade política para os hospitais públicos

Envolve forçosamente a adoção de novos dispositivos de acompanhamento, prestação de contas e responsabilização - Conselhos de Administração, contratos de gestão e controles externos (Estado e sociedade).

A autonomia de gestão tem sido tomada como o elemento central das reformas dos modelos de gestão hospitalar pública em diversos países - Reino Unido, França, Portugal, Austrália, Nova Zelândia, India, Indonésia, Quênia.

Razão de ser da Autonomia de Gestão

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Esferas da Autonomia de Gestão

1. Autonomia de escopo

2. Autonomia orçamentária-financeira

3. Autonomia na gestão das pessoas

4. Autonomia na área de compras e contratos

5. Autonomia para associações

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Esferas da Autonomia de Gestão

1. Autonomia de escopo

2. Autonomia orçamentário-financeira

3. Autonomia na gestão das pessoas

4. Autonomia na área de compras e contratos

5. Autonomia para associações

• A missão, o elenco e o volume dos

serviços oferecidos pela Instituição são

objeto de pactuação junto às

autoridades do SUS e são fixadas no

contrato de gestão

• O Hospital dispõe de liberdade para

introduzir inovações no âmbito dos

procedimentos e das tecnologias

empregadas

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Profissionalização da Gestão

Ampliação e Capacitação do Quadro de Gerentes Hospitalares

Política de remuneração dos gerentes hospitalares compatível com as suas novas responsabilidades

Aprimoramento do Sistema de GestãoSistema de Gestão dos Institutos/Hospitais

Combinação de conhecimentos, dispositivos, métodos, técnicas e instrumentos de gestão adotados nas diferentes áreas de funcionamento da organização com vistas ao alcance de seus objetivos.

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Aprimoramento do Sistema de Gestão

o AssistênciaAssistênciao Ensino o Pesquisa e Desenvolvimento Tecnológico o Gestão das Pessoas o Orçamentário-Financeirao Administração – logística

Envolve o aperfeiçoamento e ou a implantação de dispositivos organizacionais, ferramentas de gestão e, em particular, sistemas de informação gerencial, de gestão de custos, de planejamento, acompanhamento e avaliação e instrumentos de melhoria contínua das distintas áreas de funcionamento institucional.

Áreas destacadas:

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“Accountability” ou responsabilidade

dever dos indivíduos ou organizações (agentes) de prestar informações a respeito e ou justificativa para suas ações perante outros (principal). Ser “accountable” significa ter a obrigação de responder sobre suas ações e ou decisões .

envolve envolve os procedimentos e processos por meio dos quais uma determinada parte (agente) apresenta justificativa e se responsabiliza por suas ações perante uma outra parte (principal)

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Tipos de “Accountability”Tipos de “Accountability” financeira: remete-se às decisões relativas ao emprego dos recursos financeiros disponíveis, compreendendo a análise da eficiência de alocação dos mesmos

performance: refere-se à prestação de contas relativa aos resultados organizacionais alcançados frente àqueles previamente estabelecidos

política/democrática: tem por objeto verificar em que medida o governo ou uma dada organização governamental atende às necessidades e expectativas de seus cidadãos/usuários, diz respeito à legitimidade dos órgãos do governo

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Novos Dispositivos de “Accountability”

Institutos e hospitais federais uma vez convertidos em fundações estatais, não se encontram mais sob o mando direto e hierárquico do MS, passando a gozar de maior autonomia gerencial. Esta situação exige a instauração de dispositivos novos, indiretos, de “accountability” como os contratos de gestão, Conselhos de Administração, controle social.

Os Conselhos de Administração têm uma função estratégica no Modelo de Gestão proposto, constituindo o locus profissional de prestação de contas, de acompanhamento e avaliação do desempenho institucional.

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Instrumento utilizado para pactuar ou contratar objetivos institucionais entre o ente executor das ações de saúde e o mantenedor institucional

O contrato de gestão implica na explicitação de compromissos e metas almejadas, favorecendo a instauração de uma “cultura de resultados” na organização

O processo de contratualização e de acompanhamento dos contratos resulta em custos adicionais de transação

Contrato de Gestão

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Contrato de gestão na administração pública não pode ser resumido apenas a uma compra de serviços

Contrato tampouco constitui um mero dispositivo para a incorporção de incentivos no financiamento dos Institutos

Contrato como instrumento nuclear de pactuaçãoContrato como instrumento nuclear de pactuação

e acompanhamento do funcionamento e do e acompanhamento do funcionamento e do processo de alavancagem institucionalprocesso de alavancagem institucional

A Natureza do Contrato de Gestão

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Dimensões: Assistencial Ensino Pesquisa e Desenvolvimento Sistema de Gestão Gestão das Pessoas Gestão Econômica e Financeira

Contrato de Gestão: Dimensões do Objeto

O objeto do contrato deve ser especificado de acordo com dimensões e eixos norteadores da ação institucional, que compreendem o conjunto das atividades ali realizadas e requerem financiamento e acompanhamento distintos

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Eixos Norteadores:

Qualidade

Eficiência

Inovação

Inserção no SUS

Contrato de Gestão: Eixos Norteadores do Objeto

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DIMENSÕES/ EIXOS NORTEADORES

Ensino

Gestão Econômico-finanaceira

Pesquisa e Desenvolvimentotecnológico

Assistência

Sistema de Gestão

Gestão dasPessoas

Qualidade Eficiência Inovação Inserção no SUS

Matriz Programática do Contrato

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Separação, no âmbito do Estado, entre financiamento e provisão de serviços.

Objetivos:• Transparência nas obrigações e objetivos

definidos para o ente (hospital) público.• Promover a autonomia e descentralização da

gestão.• Promover/ estimular a eficiência da gestão• Favorecer cultura de resultados• Elevar accountability/responsabilização

CONTRATO DE GESTÃO

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Ganhos com os Contratos Melhor definição de papéis: adminstração central e hospital Responsabilização: resultados sanitários e econômicos Enriquecimento da gestão: sistemas de informações e demais

sistemas gerenciais. Maior participação e compromisso dos profissionais: contratos

internos por centros de resultados/unidades de produção Realismo na dimensão orçamentária-financeira Foco em prioridades assistenciais definidas sistemicamente:

gestores do sus Desempenho organizacional e no sistema Aumento da transparência e da capacidade de controles

externos sobre resultados

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DESAFIOS

- - Profissionalizar a gestão dos hospitais públicos- - Elevar a capacidade de gestão dos órgãos

supervisores: aprimorar a capacidade de contratante- - Aprimorar sistemas de informações: monitoramento

e avaliação dos contratos- - Adaptar os processos relativos aos controles

(internos do Estado e externos)- - Período de transição no modelo de gestão:

adaptação de vários sistemas e instrumentos

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Elementos da nova Estrutura de Incentivos

Financiamento da instituição condicionado ao desempenho

Política de investimentos conforme resultados alcançados

Manutenção e renovação do mandato do dirigente hospitalar sujeitas à avaliação dos cumprimento de compromissos e metas fixadas no contrato

Introdução de uma parte variável no sistema de remuneração dos funcionários

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Principais componentes :

Qualidade

Foco no Cliente

Eficiência

Inovação

Inserção no SUS

Desempenho Organizacional

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Atributos do Modelo

AUTONOMIA GOVERNANÇA PROFISSIONALIZAÇÃO DA GESTÃO FINANCIAMENTO GESTÃO DAS PESSOAS TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO ADEQUAÇÃO TECNOLÓGICA ORGANIZAÇÃO DO CUIDADO

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Atributos voltados às Finalidades (Missão e Desempenho)

QUALIDADE EFICIÊNCIA P & D e ENSINO ASSISTÊNCIA FOCADA NO CLIENTE PAPEL NO SUS

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Questões gerais e encaminhamentos ordenadores dos processos de gestão e das relações de trabalho.

• Estabelecer processo de negociação com os trabalhadores, via mesa de negociação específica ou permanente.

Os trabalhadores podem instituir um Fórum inter-sindical e destacar deste os representantes para a mesa de negociação

Considerar a possibilidade de na fase de finalização do Acordo, envolver o Ministério Público.

• Definir data base unificada para o acordo coletivo de trabalho.

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Questões gerais e dos processos de gestão e das relações de trabalho.

Formas de remuneração/ salários de ingresso.

Jornada de trabalho/ período de descanso.

Escala de trabalho e compensação horária.

Horas extras/ Banco de horas.

Sobreaviso (plantão a distância)

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Trabalho e adicional noturno.

Férias anuais /parcelamento /cancelamento ou adiamento.

Faltas/ atrasos/ ausências justificadas e licenças.

Estabilidade/ insuficiência de desempenho/ desídia no desempenho das respectivas funções.

A questão das gratificações/ complementação por exercício de função de gestão (cargo de confiança) – parcela atribuível.

Questões gerais e ordenadores dos processos de gestão e das relações de trabalho.

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Questões gerais e ordenadores dos processos de gestão e das relações de trabalho.

Auxílio alimentação / vale transporte.

Exames de admissão e demissão.

Atividades insalubres ou perigosas / insalubridade e periculosidade.

Segurança e medicina do trabalho/ saúde ocupacional/ fornecimento e uso de EPI.

Garantias aos membros da CIPA.

Contribuições: Assistencial e Confederativa profissional.

Outros tópicos...

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Condição para os atuais servidores

Direitos garantidos- Manutenção nos atuais planos de cargos- Evolução nos atuais planos com todos os

benefícios, até a aposentadoria- Cessão com ônus para as fundações- Alinhamento com novo Plano

(complementações possíveis)- Nova pactuação no trabalho