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6 1. APRESENTAÇÃO O Projeto Político Pedagógico das instituições de ensino, foi instituído pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n°.9.394, de 20 de dezembro de 1996 - (LDB), em seu art.12, inciso I, no qual é estabelecido: "os estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua Proposta Pedagógica". Como a própria palavra já designa, projeto significa lançar adiante, plano ou intento. É um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando, como será feito e por quem será executado. A participação efetiva de todos os envolvidos na vida escolar, não meramente para cumprir um preceito legal, mas sim, como processo participativo de tomada de decisões e construção do fazer pedagógico. Partindo desse pressuposto, temos que o Projeto Político Pedagógico da escola é também um projeto político, porque conta com a participação de todos, na busca de resolver os anseios da maioria, e melhor, faz com que no exercício dessa democracia, consigamos trabalhar juntos as duas questões que fazem parte do processo educativo: a questão política e a pedagógica. Sabemos que a educação é fator essencial para o desenvolvimento individual e social, bem como, para o ser humano vencer os desafios e caminhar em evolução constante e segura, portanto, é necessário que ela seja amplamente distribuída, constantemente repensada, em seus objetivos e em sua gestão. Vivemos em uma sociedade em que o nível socioeconômico e cultural nos diferencia. Assim, notamos que alguns, mais favorecidos que outros, têm oportunidade de usufruir benefícios como bom emprego, acesso a serviços de saúde, ensino de qualidade, direito de se alimentar bem, de desfrutar de horas de lazer, à segurança, à moradia; embora saibamos que esses são direitos de todos os cidadãos.

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1. APRESENTAÇÃO

O Projeto Político Pedagógico das instituições de ensino, foi instituído pela

Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n°.9.394, de 20 de dezembro de

1996 - (LDB), em seu art.12, inciso I, no qual é estabelecido: "os

estabelecimentos de ensino, respeitadas as normas comuns e as do seu sistema

de ensino, terão a incumbência de: I - elaborar e executar sua Proposta

Pedagógica".

Como a própria palavra já designa, projeto significa lançar adiante, plano ou

intento. É um instrumento de trabalho que mostra o que vai ser feito, quando,

como será feito e por quem será executado.

A participação efetiva de todos os envolvidos na vida escolar, não meramente

para cumprir um preceito legal, mas sim, como processo participativo de tomada de

decisões e construção do fazer pedagógico. Partindo desse pressuposto, temos

que o Projeto Político Pedagógico da escola é também um projeto político,

porque conta com a participação de todos, na busca de resolver os anseios da

maioria, e melhor, faz com que no exercício dessa democracia, consigamos

trabalhar juntos as duas questões que fazem parte do processo educativo: a

questão política e a pedagógica.

Sabemos que a educação é fator essencial para o desenvolvimento

individual e social, bem como, para o ser humano vencer os desafios e

caminhar em evolução constante e segura, portanto, é necessário que ela

seja amplamente distribuída, constantemente repensada, em seus objetivos e em

sua gestão.

Vivemos em uma sociedade em que o nível socioeconômico e cultural

nos diferencia. Assim, notamos que alguns, mais favorecidos que outros, têm

oportunidade de usufruir benefícios como bom emprego, acesso a serviços de

saúde, ensino de qualidade, direito de se alimentar bem, de desfrutar de horas de

lazer, à segurança, à moradia; embora saibamos que esses são direitos de todos

os cidadãos.

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Para que se consiga o desenvolvimento da sociedade como um todo, é

necessário o resgate e a manutenção de valores como solidariedade, respeito,

honestidade, dignidade e humanidade. Deve haver melhor distribuição de

renda, erradicação da corrupção, violência e miséria. É necessário, também,

resgatar os valores da família. Um grande desafio para a escola.

Nossa escola atende a uma comunidade formada por trabalhadores

da indústria, comércio, prestadores de serviço, trabalhadores campo: assalariados

rurais temporários, meeiros, arrendatários, pequenos proprietários e

assentados em sua maioria. Desta forma, nossos alunos necessitam receber o

melhor atendimento possível, com a oferta de apoio pedagógico, afetivo,

emocional e cultural, com profissionais da educação envolvidos no processo de

ensino e aprendizagem, comprometidos com uma educação de qualidade.

Segundo Demerval Saviani “... os homens são essencialmente diferentes;

não se repetem; cada indivíduo é único...”

Diante dessa afirmação, a educação de qualidade só acontece quando

todos os profissionais da educação são comprometidos e empenham-se em

educar para a vida, respeitando a individualidade de cada aluno.

O texto do Projeto Político Pedagógico do Colégio Estadual Dr. Júlio

Junqueira - Ensino Fundamental e Médio, foi constituído no ano de 2005, data

estabelecida como marco para a construção coletiva do Projeto Político

Pedagógico das Escolas da Rede Pública Estadual do Paraná e pela

necessidade de se construir um "plano" de trabalho conjunto, que venha

assegurasse uma formação de qualidade aos alunos matriculados neste

estabelecimento de ensino.

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1.1 FILOSOFIA DA ESCOLA

A filosofia da escola é a formação do cidadão, sendo direcionados

todos os esforços para este fim.

O trabalho escolar é constante, sério e, principalmente, de muito respeito

ao ser humano, seja criança, jovem ou adulto. A escola tem como objetivo preparar

o aluno para que se torne um cidadão crítico, consciente de seus direitos e

deveres, participativo, solidário, capaz de ajustar-se ao mundo do trabalho e ter

ações intencionais e planejadas.

Com base nos conhecimentos culturais, históricos e científicos, trazidos,

adquiridos e enriquecidos pelos educando, ferramentas indispensáveis, que devem

capacitá-los a olhar o mundo que os cerca com visão crítica e real, onde

contribuirão como agentes coletivos de transformação /mudança, em favor de uma

sociedade mais digna e justa.

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2. IDENTIFICAÇÃO

2.1. LOCALIZAÇÃO

Colégio Estadual do Campo Dr. Júlio Junqueira – Ensino Fundamental e Médio

Município: Arapongas

Distrito: Aricanduva

Rua: Incas, nº 675

CEP: 86.706 520

Telefone: (043) 3275 4502

Tele fax: (043) 3275 4502

Código INEP: 41026772

E-mail: [email protected] / [email protected]

2.2 ASPECTOS HISTÓRICOS

2.2.1 ATOS OFICIAIS

O Colégio Estadual do Campo Dr. Júlio Junqueira - Ensino Fundamental e

Médio situa-se em Aricanduva, no Município de Arapongas, à rua Incas, 675. O

terreno foi doado pela Companhia de Terras Norte do Paraná, onde a

comunidade construiu uma escola e, em 1947, na gestão do primeiro Prefeito

Municipal de Arapongas, Dr. Júlio Junqueira, foi autorizada a funcionar a

Casa Escolar de Aricanduva. Era uma construção de madeira, com duas salas de

aula e um gabinete para a diretoria, com a direção da Inspetora Municipal de

Arapongas, professoras Argenides Nalin Malgueiro.

Na gestão do Prefeito Municipal de Arapongas, João Cernicchiaro, em

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1955, foi construído um prédio de alvenaria, com duas salas de aula , um gabinete

para a diretoria e uma varanda, mais tarde transformada em cantina. A função de

dirigir a escola coube a professora Alice Sartorelli.

Pelo Decreto nº 13.880, de 13 de dezembro de 1957, publicado no Diário

Oficial de 10 de janeiro de 1958, a escola passou a denominar-se Grupo

Escolar “Dr. Júlio Junqueira”.

O Prefeito Dr. Sadão Yokomizo, em 1970, autorizou a ampliação do prédio.

Foram construídas mais quatro salas de aula e dependências administrativas.

Em 1973 a escola passou a denominar-se Unidade Integrada Dr. Júlio

Junqueira.

O Decreto nº 2.593, de 03 de dezembro de 1976, publicado no Diário Oficial

de 09 de dezembro de 1976, autorizou o funcionamento da Escola Dr Júlio

Junqueira – Ensino de 1º Grau, compondo o Complexo Escolar “Dr. Júlio Junqueira”.

A partir do ano letivo de 1996, pela Resolução n° 4.204/95, de 09 de

novembro de 1995, passou a oferecer também Ensino de 5ª a 8ª séries de 1° Grau,

a implantação foi gradativa. Com a reestruturação da Educação Básica, a partir de

1998, promovida através da LDBEN 9.394/96, passou a denominar-se Escola

Estadual “Dr. Júlio Junqueira” – Ensino Fundamental, oferecendo o Curso Ensino

Fundamental com Ciclo Básico de Alfabetização de 1ª à 4ª séries e turmas de 5ª a

8ª séries.

No ano de 2005, passou a oferece o Ensino Médio no período

noturno, com implantação gradativa.

A partir do ano letivo de 2012, pela resolução nº007, de 14 de dezembro de

2010, o Colégio passará a ofertar o ensino de 9 (nove) anos, nas séries finais do

Ensino Fundamental – 6º ao 9º ano.

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2.2.2 NOME DA ESCOLA

O nome “Dr. Júlio Junqueira” foi dado em homenagem ao primeiro

Prefeito Municipal de Arapongas, Dr. Júlio Junqueira, dentista, natural da cidade

de Ouro Fino, Minas Gerais, nascido em 19 de março de 1896. Júlio Junqueira

era filho de Firmino Flaviano Carvalho Junqueira e Ana Cândida Oliveira

Junqueira. Era casado com a Sra. Olívia Junqueira e dessa união tiveram quatro

filhos: Wilson, Aidée, Nadir e Willian.

Filiado ao PSD, Partido Social Democrático, foi eleito Prefeito na

Primeira Legislatura, compreendida entre 09 de dezembro de 1947 e 08 de

dezembro de 1951. Após cumprir seu mandato como Prefeito, exerceu a

vereança nas duas Legislaturas subsequentes, compreendidas nos períodos de

09 de dezembro de 1951 a 08 de dezembro de 1959.

Foi convocado, ao término de seu mandato de Vereador, pelo então

Governador Moysés Lupion, para a direção do Departamento Estadual do Café.

Em suas funções, e na qualidade de primeiro representante de Arapongas a

ocupar relevante cargo na administração do Estado, o Dr. Júlio Junqueira revelou-

se um atuante político no trato dos assuntos relacionados à cafeicultura,

sempre em defesa dos interesses regionais. Um de seus filhos, Dr. Wilson

Junqueira, também dentista, foi eleito vereador em Arapongas, atuando,

juntamente com o pai, na terceira legislatura, de 09 de dezembro de 1955 a 08

de dezembro de 1959.

2.3 ORGANIZAÇÕES DO ESPAÇO FÍSICO

O Colégio Estadual Dr. Júlio Junqueira – Ensino Fundamental e Médio conta

com as seguintes instalações:

−05 salas de aula

−01 sala de Recursos;

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−01 sala para laboratório de informática;

−01 sala para professores;

−01 secretaria;

−01 sala conjugada para a direção/ equipe pedagógica;

- 01 sala para equipe pedagógica;

−01 cozinha;

−01 depósito para os gêneros da merenda escolar;

−01 quadra poliesportiva, externa;

−01 espaço (casa do caseiro);

−01 porão que serve como depósito;

−01 banheiro para professores

−04 banheiros para alunos (2 femininos e 2 masculinos).

2.4 CURSOS, TURMAS E HORÁRIOS

O Colégio oferece Ensino Fundamental no período diurno e Ensino

Médio no período noturno. Oferece, também, Atividades Complementares, com

atividades de Língua Portuguesa e Jogos Matemáticos, Sala de Recursos e CELEM

– Espanhol Básico e Inglês.

−Matutino: 96 alunos, de 5ª a 8ª séries e 49 alunos.

−Vespertino: 105 alunos e 7 alunos da Sala de Recursos.

−Noturno: 83 alunos.

Total de Alunos do Ensino Regular: 284 alunos. Total de Alunos CELEM –

Espanhol: 48 alunos.

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Total de Alunos das Atividades Complementares no Contraturno: 79 alunos.

Total de Alunos Sala de Recursos : 7 alunos ( Os alunos atendidos na

Sala de Recursos são regularmente matriculados no Ensino Fundamental nas

séries finais, apresentam dificuldades acentuadas de aprendizagem com

atraso acadêmico significativo, decorrentes de Transtornos Funcionais Específicos).

2.4.1 QUADRO DE TURMAS E MATRÍCULAS ano de 2011

Modalidade de Ensino Período Séries Turmas Nº de matriculados

Ensino

Fundamental

5ª a 8ª séries

e

Ensino Médio

Matutino

7:30/12:00

5ª 1 26

6ª 1 20

7ª 1 25

8ª 1 25

1º 1 19

Ensino

Fundamental

5ª a 8ª séries e

Vespertino

13:00/17:20

5ª 1 20

6ª 1 27

7ª 1 16

8ª 1 16

Ensino Médio

Noturno

19:00/23:00

1ª 2 38

2ª 1 21

3ª 1 24

Espanhol Básico

Intermediário

Tarde 17:40/19:00

1ª série

2ª série

1

1

25

23

Sala de Recursos Tarde 13:00/17:20

1

7

Complementação

Curricular

Manhã/Tarde 1ª série 3 79

* Alunos oriundos do campo, Ensino Fundamental e Médio: 86 alunos.

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2.4.2 QUADRO DE FUNCIONÁRIOS/PROFESSORES

Nº Nome Vínculo C.H

. Disciplina/Função

01 Vanessa Teles Gouveia QPM/ SC02 40 Direção

02 Elisamar Mendes Granado Chacon SC02 40 Direção Auxiliar/ Sala de

Recursos

03 Eliane Diniz da Silva QFEB 40 Secretária

04 Carlos Augusto da Conceição QFEB 40 Téc. Adm./ Biblioteca e

laboratório de Informática

05 Carlos Alexandre da S. De Souza QFEB 40 Técnico Administrativo

06 Elaine Laverde Bueno de Melo QFEB 40 Técnico Administrativo

07 Cleusa Laverde Bueno de Melo CLT 40 Agente de Apoio

08 Marina Pereira de Souza QFEB 40 Agente de Apoio

09 Maria de Lourdes Isidoro Herrero QFEB 40 Agente de Apoio

10 Helena de Souza Silva CAbral REPR 40 Agente de Apoio

11 Rosangela de Souza REPR 40 Agente de Apoio

12 Vera Lucia Braga Ribeiro QFEB 40 Agente de Apoio

13 Adriana Cristina Niero Carraro REPR 4 Sociologia

14 Anamaria Gomes Gamero Osti QPM 6 L.E.M. - Inglês

15 Áurea Coelho Graça SC02 4 Química

16 Ayla Pricila Rodrigues Salla REPR 4 Sala de Apoio

17 Celestino Celso Medeiros Blaia QPM 32 Educação Física

18 Cristiano Regis Barbosa REPR 2 Arte

19 Diego Henrique Alexandrino REPR 2 Biologia

20 Douglas Ercolin Tavares REPR 14 Educação Física

21 Drieli Cássia da Silva Souza REPR 26 História

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22 Edilene Kolecha QPM 20 Matemática

23 Elaine C. De Souza Serpe Garcia REPR 4 Sala de Apoio

24 Elaine Segantine Gonçalves QPM 20 L.E.M.- Espanhol/ Língua

Portuguesa/ Sala de Apoio

25 Elen C. B. Dos Santos REPR 6 Biologia

26 Elen Michelli Pereira REPR 6 Filosofia

27 Encarnação Cestari Marim REPR 4 CELEM - Espanhol

28 Graziele Cristina de Souza REPR 2 L.E.M. - Inglês

29 Guilherme Benteu Tomaz REPR 12 Educação Física

30 Idalina Aparecida Trida Lussari REPR 12 Arte/Sala de Apoio

31 Irene Surek de Souza QPM 14 Matemática/Física/ Sala de

Apoio

32 Jeferson Marcos Ferreira QPM/SC02 28 Geografia

33 João Henrique Rossi REPR 2 Ensino Religioso

34 José de Almeida QPM 2 Física

35 Lídia Maria da Silva REPR 6 L.E.M. - Inglês

36 Louise Cristine S. G. De Araújo SC02 8 Arte

37 Lúcia Otília Surek REPR 8 Matemática/ Sala de Apoio

38 Marcus Vinicius Flanderson Rosa REPR 4 Ensino Religioso

39 Milene Pires Rodrigues Barbosa QPM 3 Língua Portuguesa

40 Marcela Rodrigues Calizotti REPR 20 Pedagoga

41 Maria Luiza Marte de Gouvea QPM/SCO2 40 Pedagoga

42 Rejane Felismino Barbosa REPR 8 Língua Portuguesa

43 Rodrigo de Abreu REPR 2 Sociologia

44 Rosângela Norvila Valério QPM 16 Matemática

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45 Rosimeire América Morelli REPR 4 Matemática

46 Sandra Mara Reinaldo QPM 12 Matemática/Salade Apoio

47 Sandra Márcia Ramos Duarte SC02 9 Língua Portuguesa

48 Sandra Regina Comar REPR 6 Educação Física

49 Sebastião Pereira dos Santos QPM 30 Ciências/Química

50 Toni Rodolgo Gimenes SC02 8 Geografia/ Sociologia

51 Valdir Candido QPM 18 Língua Portuguesa/ Inglês

52 Valéria Aparecida Ortiz Gimenez REPR 6 História

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3. OBJETIVOS GERAIS

Garantir ao educando o acesso e permanência à escola, com um ensino de

qualidade e oferecendo condições de aprendizagem;

Possibilitar ao educando, no processo de ensino e aprendizagem, acesso ao

conhecimento científico, com um olhar crítico diante dos fatos que permeiam sua vida na

sociedade;

Garantir a inclusão, socialização e permanência dos alunos com necessidades

educacionais especiais, com práticas educativas coerentes às suas necessidades, bem

como respeitar as diferenças religiosas, étnicas, raciais, sexuais, culturais e econômicas;

Reconhecer a especificidade do educando do campo, respeitando a diversidade

sociocultural, acolhendo as diferenças, sem transformá-las em desigualdades;

Fazer adaptações na sua forma de organização, planejamento dos conteúdos

disciplinares e atendimento ao educando do campo em relação ao tempo, ao espaço,

ao meio ambiente e quanto ao modo de viver, de organização familiar e de trabalho;

Promover a participação dos alunos em atividades que desenvolvam

conhecimentos e que os capacitem a enfrentar os desafios de uma sociedade em

constante transformação;

Proporcionar aos profissionais da educação oportunidades de formação

continuada através da reflexão crítica, da prática de cada um e do aperfeiçoamento dessa

prática.

Oferecer oportunidades de encontros entre os profissionais da educação, a

família e a comunidade, para tratar de assuntos referentes ao processo de ensino-

aprendizagem e ao bom andamento da escola, bem como eventuais decisões que devam

ser tomadas coletivamente;

Manter parcerias com forças atuantes da sociedade, como o poder público,

empresas comerciais, clubes de serviços e outras, angariando recursos (humanos, físicos,

econômicos) para melhoria qualitativa da escola.

Assegurar a todas as crianças um tempo mais longo do convívio escolar, maiores

oportunidades de aprender e, com isso, uma aprendizagem com qualidade.

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4. MARCO SITUACIONAL

4.1 SITUAÇÃO DA REALIDADE DO BRASIL, DO ESTADO, DO MUNICÍPIO E DA

ESCOLA

O Brasil, pela situação histórica de sua descoberta e colonização, foi um país

construído de cima para baixo e de fora para dentro. Os poderes coloniais, as elites

proprietárias de terras e bens e o próprio estado sempre trabalharam realimentando as

desigualdades sociais e impedindo a inclusão de todos os brasileiros em seu papel de

cidadão.

O Brasil necessita de uma Política Educacional capaz de recuperar o tempo

perdido, que impulsione o país e o leve a ocupar lugar de destaque no concerto das

nações.

A profunda estratificação social e a injusta distribuição de renda impedem que parte

considerável da população brasileira possa fazer valer os seus direitos e alcançar os

interesses fundamentais inerentes ao ser humano e ao cidadão.

A escola, nesse contexto, enfrenta novas incumbências, em resposta às mudanças

demográficas e às transformações da estrutura familiar. As famílias, há algumas décadas,

tinham estrutura diferente: pai provedor e mãe organizadora e orientadora da rotina da

vida familiar. A mãe permanecia em casa, dedicando-se ao lar e aos filhos. Hoje em dia,

são comuns as situações familiares de abandono do lar pela figura masculina provedora e a

ocupação desse lugar pela figura materna. Pai e mãe têm menos tempo de convívio com

os filhos, deixando sua educação aos cuidados de terceiros. Essas transformações na

estrutura familiar e a ausência de apoio da família ampliam a incumbência da escola e

exigem dela o estabelecimento de novos objetivos.

O ensino de qualidade de que a sociedade necessita atualmente demanda uma

prática educativa voltada às necessidades sociais, políticas, econômicas e culturais da

realidade brasileira, prática que considere os interesses e as motivações dos alunos e

possibilite a aprendizagem essencial para a formação de cidadãos autônomos, críticos,

participativos, capazes de atuar com criatividade, dignidade e responsabilidade na

sociedade em que vivem.

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Para atender a essa diversidade social, econômica e cultural da sociedade, a

escola deve lutar pela inclusão de todos os alunos, indistintamente. Para que isso se

efetive e ocorra a universalização do ensino, é imprescindível assegurar o acesso, a

permanência e a aprendizagem para todos. Isso implica questionar determinadas práticas

excludentes que ainda persistem no meio escolar e que devem ser superadas por

encaminhamentos pedagógicos que contemplem todos os alunos no processo de ensino e

aprendizagem, sob pena de a escola transformar-se em aparelho voltado à manutenção

das desigualdades sociais que marcam a história de vida de muitos alunos.

No Brasil, há várias normas, como a Constituição Federal de 1988, a atual Lei de

Diretrizes e Bases da Educação – LDB de 1996 e o Estatuto da Criança e do Adolescente –

ECA de 1990, que garantem o direito à educação à criança e ao adolescente; direito que

precisa ser perseguido por todos os profissionais que atuam no contexto escolar.

Porém, ao se deparar com o atual contexto brasileiro, percebe-se que o ensino tem

se mostrado insuficiente – no que se refere à quantidade de vagas para o atendimento

aos alunos –, sendo grande o desafio de melhorar sua qualidade, que é perpassada por

várias questões, tais como baixos salários dos professores, escolas públicas sucateadas,

ensino formalista e autoritário; o que gera, consequentemente, desestímulo por parte dos

professores e alunos.

Nesse contexto, o Estado do Paraná tem o reflexo da crise econômica, social e

política nacional que vivenciamos na atualidade, apesar do Estado do Paraná fazer parte

da região sul, que se encontra em importante processo de desenvolvimento econômico.

Na educação, a região sul, segundo dados do INEP, se enquadra com nível

elevado de escolarização e maior oportunidade do jovem chegar ao ensino superior,

região Sul, aonde 17,1% dos alunos chegam à faculdade.

Atualmente, o Ensino Fundamental regular tem 9 (nove) anos de duração,

organizado em dois segmentos: 5 (cinco) anos iniciais e quatro anos finais, atendendo

crianças e jovens na faixa etária em torno de 6 a 14 anos. No Paraná, devido ao processo

de municipalização, iniciado nos anos de 1990, aproximadamente 98% da oferta dos anos

iniciais está sob a responsabilidade dos municípios e, quase a totalidade do ensino dos

anos finais, é ofertado pela rede pública estadual.

O resultado do Censo Escolar da Educação Básica 2007 mostra que, no Brasil,

estão matriculados 52.969.456 estudantes na Educação Básica, sendo que 46.610.710

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em escolas públicas e 6.358.746 em escolas privadas. As redes municipais abrigam a

maior parte dos alunos, com 24.516.221 matriculados. Sendo que os estudantes na

Educação Básica, compreende a Educação Infantil (creche e pré-escola), o Ensino

Fundamental (1º ao 9º ano ou 1ª a 8ª série), o Ensino Médio, a Educação Profissional, a

Educação Especial e a Educação de Jovens e Adultos (nas etapas Ensino Fundamental e

Ensino Médio). Os dados foram apurados pelo Censo Escolar da Educação Básica que,

anualmente, coleta dados de todas as escolas brasileiras e traça, com isso, um retrato fiel

da realidade educacional brasileira. Há um total de 197.468 escolas. No estado do

Paraná, as matrículas na Educação Básica totalizam 2.729.363.

No Município de Arapongas os resultados do IDEB 2009, seguem em tabela:

IDEB – Resultados e Metas

IDEB Observado Metas Projetadas

Colégio Estadual Dr.

Julio Junqueira

2005 2007 2009 2007 2009 2011 2013 2015 2017 2019 2021

4ª série / 5º ano

5.3

5.3

5.5

5.8

6.0

6.3

6.5

6.7

6.9

8 série / 9º ano

3.9

4.4

3.9

4.2

4.5

4.8

5.1

5.3

5.6

Arapongas destaca-se como o 2º Pólo Moveleiro do Sul do País e o 1º do Paraná,

razão para nosso campo de trabalho estar mais voltado para a indústria moveleira. A

grande concorrência no mercado de trabalho e a exigência das empresas quanto à

formação e qualificação de seus empregados, para os diferentes setores industriais,

contribuiu de forma significativa para que os jovens araponguenses se preocupem com a

busca de maiores conhecimentos e com a elevação dos níveis da sua formação escolar.

Algumas empresas oferecem, inclusive, o ensino dentro da própria entidade, na

modalidade de ensino supletivo, além de instutuições de ensino públicas e privadas que

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ofertam cursos profissionalizantes.

O Colégio Estadual do Campo Dr. Júlio Junqueira, Ensino Fundamental e Médio,

localiza-se no Distrito de Aricanduva, pertencente ao município de Arapongas.

Destaca-se como diferencial nossos educandos, oriundos da zona urbana e rural, do

Distrito de Aricanduva, chácaras, sítios, granjas e do Assentamento Dorcelina Folador.

Nesse contexto, os membros da comunidade obtém seus recursos como funcionários

assalariados de duas empresas locais: Nortox e Granja Marutani; ou funcionários de

fábricas ou comércio em Arapongas e Apucarana; e o restante agrega trabalhos no

campo, desenvolvendo atividades na agricultura, avicultura e outros. Desses, alguns

obtém seu sustento da agricultura familiar e trabalhos temporários locais e migratórios.

Observa-se que as famílias, na sua maioria, são de baixo poder aquisitivo. Muitos

educandos, devido ao contexto em que vivem, não têm grandes expectativas em

continuar seus estudos. Diante dessa realidade, a escola tem papel fundamental de

incentivar e proporcionar momentos de novas expectativas a fim de que o aluno não

abandone seus estudos, valorizando cada sujeito na sua individualidade, preservando sua

identidade, respeitando o que lhe é inerente.

Um dos problemas enfrentados pelos alunos oriundos do campo é a política do

transporte escolar: condição precária das estradas rurais e ônibus usado para o

transporte dos alunos. A situação climática também é um dos fatores que faz os alunos

perderem boa parte do ano letivo, prejudicando o processo de ensino-aprendizagem.

4.2 REALIDADE NA QUAL DESENVOLVEMOS NOSSA AÇÃO PEDAGÓGICA

As estatísticas de aprovação, reprovação e evasão escolar nos anos letivos

apresentam o seguinte resultado:

Ano:2005

ENSINO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO EVASÃO

Fundamental

93,40% 6,50% 0,00%

Ensino Médio 67,60% 32,30% 0,00%

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Ano:2006

ENSINO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO EVASÃO

Fundamental 86,90% 12,30% 0,70%

Ensino Médio 65,70% 14,40% 19,70%

Ano:2007

ENSINO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO EVASÃO

Fundamental 90,20% 9,30% 0,30%

Ensino Médio 74,00% 14,00% 12,00%

Ano:2008

ENSINO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO EVASÃO

Fundamental 91,30% 8,60% 0,00%

Ensino Médio 83,30% 9,00% 7,50%

Ano:2009

ENSINO APROVAÇÃO REPROVAÇÃO EVASÃO

Fundamental 91,80% 7,70% 0,40%

Ensino Médio 76,50% 17,10% 6,20%

Há necessidade de avançar e superar a reprovação e a evasão escolar, mas, para

isso, deve haver uma prática pedagógica que leve o aluno à socialização do

conhecimento, onde, através de suas ações, expresse suas necessidades como sujeito

epistêmico.

É preciso que a escola diagnostique suas necessidades, dificuldades, desafios e

se fundamente para planejar a ação pedagógica, levando em conta os vários fatores que

contribuem para um baixo desempenho. Entre eles, podemos citar:

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23

a) o fato da rotatividade de professores no Colégio, ocasionada no início do ano letivo,

devido ao vínculo empregatício dos professores (PSS), que são contratados sempre após

o início das aulas, a distância, os horários de transporte coletivo, percebe-se que tais

problemas causam a não terminalidade do trabalho pedagógico conforme planejado no

início do ano;

b) a maioria dos alunos provém de famílias de baixo nível sócioeconômico, muitos sem

nenhum estímulo para continuar seus estudos, ficando por conta da escola, todo e

qualquer tipo de estímulo e incentivo;

c) muitos alunos não têm acompanhamento familiar no aproveitamento escolar,

devido a falta de responsabilidade e compromisso da família;

d) os alunos que são filhos dos trabalhadores do campo, em especial do

assentamento, vivenciam uma realidade que muitas vezes os prejudicam devido a

rotatividade de trabalho dos pais;

e) falta de uma política pública voltada a formação inicial e continuada de educadores do e

para o campo, o dificulta a manutenção de um corpo docente próprio, identificado

com a proposta da educação do campo;

f) a dificuldade que os professores apresentam em diagnosticar alunos que de fato

possuem dificuldades especiais ou apenas problemas de aprendizagem.

4.2.1. PROJETOS / ATIVIDADES DESENVOLVIDAS EM CONTRATURNO

4.2.1.1. PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR CURRICULAR

EM CONTRATURNO

4.2.1.1.1. MODALIDADE DE ENSINO: Matemática – JOGOS

MACROCAMPO – Aprofundamento da Aprendizagem.

TURNO – Matutino – 07:30 às 11:30 ( 1 vez por semana).

Nº DE ALUNOS - 20 alunos. O Colégio Estadual do Campo Dr. Júlio Junqueira ( Escola do

Campo) além de atender os alunos de Aricanduva atende, também, os do Assentamento

Dorcelina Folador. Os mesmos necessitam de transporte escolar e suporte pedagógico de

qualidade e alimentação para sua permanência em contraturno para a oferta da modalidade

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24

pretendida. A nossa escola não possui os pré-requisitos para ser uma escola de tempo

integral, não agrega em sua especificidade as acomodações necessárias, como: refeitório e

salas de aula para atender com dignidade a frequência e permanência desses alunos.

Tendo em vista, a exposição da problemática que envolve a escola e os alunos, fazemos

desse relato os argumentos do número de alunos abaixo do esperado para a frequência do

curso.

CONTEÚDO – A prática de determinados jogos permite apropriar-se de muitos conceitos

que só serão aprendidos em séries finais do ensino básico, mesmo que não sistematizados.

Na solução dos problemas que os jogos apresentam os participantes aprendem a olhar e

entender a realidade que com eles se apresentam. Enfim desenvolver a percepção de

flexibilidade e reversibilidade do pensamento, a criatividade, a imaginação, o autocontrole

psicofísico, o pensamento abrangente e profundo, a capacidade para tomar decisões e a

fluidez de raciocínio.

Além disso, serão abrangidos os ensinamentos relacionados aos estudos dos números, que

os capacita para resolução de problemas e investigação de situações concretas

relacionadas ao conceito de quantidades. Essas atividades estão relacionadas aos

Conteúdos Estruturantes Números, Operações e Álgebra.

OBJETIVO GERAL

Proporcionar atividades onde o pensamento lógico, a capacidade de concentração e

o senso de responsabilidade sejam desenvolvidos de forma a aprimorarem a cultura e a sua

interação com os demais colegas de escola e da sociedade, ou seja, diminuir as

desigualdades, aumentar a justiça social e melhorar o desempenho dos alunos na resolução

de problemas, investigação de situações concretas, operações e demais conteúdos da

disciplina de matemática.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Desenvolver jogos de raciocínio e de memória, pois contribuem de forma significativa

para o desenvolvimento das capacidades intelectuais.

Proporcionar um ambiente prazeroso em busca de um desenvolviemntro do

raciocínio lógico matemático visando o progresso do aluno.

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ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Nesta atividade pedagógica observar-se-á o desenvolvimento de atividades

lúdicas, considerando a vivência, a experimentação, criatividade e o raciocínio lógico -

dedutivo de diversos jogos, (sejam eles, jogos cooperativos, intelectivos, dramáticos, de

oposição, matemáticos, entre outros), utilizando uma metodologia que priorize o

cumprimento de regras, a contextualização dos conceitos presentes em diversos jogos, a

criação e a adaptação de novas formas de se jogar, partindo das necessidades e

especificidades da escola e dos educandos. Nas atividades serão observados:

• O conteúdo estruturante números e algebra contempla os seguintes jogos: Xadrez, trilha,

dama, dominó dos números, resta um, boliche, jogos da tabuada entre outros.

• Produção de alguns jogos feitos pelos alunos, onde os mesmos os utilizarão na sua

aprendizagem.

• Elaboração de manual de instrução e regulamento de jogos (caso haja necessidade),

como forma de exercitar a escrita e redação.

• Trocas de experiências e exposição das ações do projeto será realizado um dia de jogos.

O professor deverá assumir uma postura de questionador e observador, sendo

assim, a postura do professor questionador e observador, logo o mediador do

conhecimento.

AVALIAÇÃO

A verificação da aprendizagem é o objetivo maior das diversas formas de avaliação

no processo ensino-aprendizagem. É uma ação que consolida e amplia os conhecimentos,

enriquece as experiências culturais e sociais dos estudantes e os ajuda a vencer obstáculos

em sua aprendizagem, favorecendo o sucesso pessoal e social. Sendo assim, nessa

proposta de projeto a avaliação será um processo contínuo e diagnóstico, ocorrendo

diariamente, durante o desenvolvimento das atividades, seguindo os critérios de observação

e análise. Ela proporcionará, ao professor, a orientação e o direcionamento de todas as

ações dos participantes, bem como suas dificuldades e os recursos utilizados na resolução

das atividades, na interação com seus colegas e na elaboração de situações problemas.

Ocorerrá de forma integral, pois considerando o estudante como um todo, ou seja, não

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26

apenas os aspectos cognitivos serão analisados, mas igualmente os comportamentais e

funcionais, pois verificará se os objetivos previstos foram atingidos. Será um processo

indicativo dos avanços e das necessidades diferenciadas do aprendizado de cada um,

contando, também, com o apoio da equipe pedagógica que fará o acompanhamento

bimestral.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO: Espera-se que os participantes possam desenvolver a abstração, a

lateralidade, o sentido, a direção, a capacidade de concentração, de entendimento de

enunciados de problemas, que desenvolvam um pensamento lógico, organizado e

consciente. Aprimorem a cultura e a interação com seus colegas da escola e da sociedade.

Que possam ser bons cidadãos, ajudar a construir uma sociedade melhor, com justiça

social. E, que obtenham formação de senso crítico. Desenvolva a criatividade para resolver

diversos tipos de problemas e melhore, assim, seu desempenho curricular.

PARA A ESCOLA: Promover a inserção social e despertar os sentimentos morais e a

consciência de grupo, pois participar de jogos é uma atividade que exercita a imaginação,

ensina a acatar limites, a ceder, discutir e compreender.

PARA A COMUNIDADE: Por ser um projeto de extrema necessidade educacional e

cultural, espera-se que a comunidade incentive a execução do mesmo, participando das

atividades propostas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BORIN, Júlia. Jogos e resolução de problemas. Uma estratégia para as aulas de

matemática. São Paulo: IME – USP, 1995.

GUELLI, Oscar. A invenção dos números. Coleção Contando a história da matemática. São

Paulo: Ática, Vol. 1. 1998.

IEZZI, Gelson e outros. Coleção Fundamentos da Matemática Elementar. São Paulo: Atual,

Vol. 1. 1985.

ANDRINI, Álvaro, Maria José C. De V. Zampirolo. Novo Praticando Matemática. São Paulo:

Editora Brasil, 2002.

DCE de Matemática.

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27

4.2.1.2. FORMATO DE PROPOSTA PEDAGÓGICA DA ATIVIDADE COMPLEMENTAR

CURRICULAR EM CONTRATURNO

4.2.1.2.1. MODALIDADE DE ENSINO: Língua Portuguesa.

MACROCAMPO – Aprofundamento da Aprendizagem.

TURNO – Vespertino 13:00 às 17:00 ( 1 vez por semana).

Nº DE ALUNOS – 15 alunos. O Colégio Estadual Dr. Julio Junqueira ( Escola do Campo)

além de atender os alunos de Aricanduva atende também os do Assentamento Dorcelina

Folador. Os mesmos necessitam de transporte escolar e suporte pedagógico de qualidade e

alimentação para sua permanência em contraturno para a oferta da modalidade pretendida.

A nossa escola não possui os pré-requisitos para ser uma escola de tempo integral, não

agrega em sua especificidade as acomodações necessárias, como: refeitório e salas de

aula para atender com dignidade a frequencia e permanencia desses alunos. Tendo em

vista, a exposição da problemática que envolve a escola e os alunos, fazemos desse relato

os argumentos do número de alunos abaixo do esperado para a frequência do curso.

CONTEÚDO – Os conteúdos a serem trabalhados no projeto são:

Literatura oral.

Histórias em quadrinhos em sua linguagem.

Gêneros do narrar ( romance, novela, conto, micro-conto, crônica, relato)

Noções de tempo, cronólógico e psicológico, espaço e personagem.

Foco narrativo.

Tipos de discurso: direto, indireto, indireto-livre.

Gênero didático: Fábula.

Cordel.

Literatura infanto-juvenil.

Linguagem alegórica.

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28

Gêneros literários ( épico, dramático e lírico);

OBJETIVO GERAL

Oportunizar ao aluno um contato mais significativo com a arte literária, buscando

enriquecer o seu universo cultural, por meio do estudo e produção textual de diversos

gêneros literários, segundo os recursos formais- estilísticos de cada gênero, desenvolvidos

pelas mais variadas culturas no curso da história da humanidade.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS

Discutir com os alunos as noções de ideologia e cultura.

Apresentar a literatura oral, investigando e analisando:

A tradição da narrativa oral no mundo e no Brasil;

Os contos de fadas como forma de narrativa oral, temas recorrentes nos contos de fadas,

linguagem dos contos de fadas;

Contadores de histórias no Brasil;

Apresentar o gênero história em quadrinhos, investigando:

A linguagem das HQs bem como sua lógica;

As temáticas exploradas em HQs americanas e nacionais;

Introduzir o gênero narrativo explorando:

a noção do que o narrar em oposição aos demais gêneros;

as modalidades narrativas em suas especificidades estéticas, buscando contrastá-las

a fim de aguçar a sensibilidade do alunado quanto à funcionalidade de cada modalidade

narrativa: (conto, crônica, romance, novela).

Visar que o alunado perceba a forma e função do romance em oposição ao conto, à

novela, à crônica e demais formas narrativas, operando de forma similar com as demais

formas narrativas citadas no corpo destes objetivos específicos.

Apresentar e analisar os conceitos de: narrador, personagem, tempo, espaço, foco

narrativo e formas do discurso, examinando suas variantes e avaliando suas múltiplas

correlações e como manifestam e constroem a dimensão estética de obras e escolas

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29

literárias, expressando dentre outras: uma visão preconcebida de mundo (mística, realista,

idealista, expressionista, barroca, materialista, positivista, subjetivista, pragmática e etc.); a

imagem do autor na obra; o engajamento estético-literário ( a possibilidade de identificar por

meio dos elementos da narrativa a escola literária e de pensamento em que determinada

obra se insere.

Apresentar o gênero didático, examinando:

Sua evolução histórica, suas recorrências temáticas;

Linguagem alegórica;

Função da alegoria na estrutura das fábulas;

Personagens das fábulas;

Distinção entre fábula, apólogo e parábola;

Apresentar e discutir a literatura de Cordel, investigando:

Sua natureza histórica, temáticas, desenvolvimento formal;

Introduzir o conceito de literatura infanto-juvenil, investigando:

Os temas explorados, tratamento temático, recursos expressivos, tipos de linguagem

trabalhados na literatura infanto juvenil.

Apresentar ao alunado as concepções de gêneros literários discutindo: as

motivações históricas, culturais e estéticas em que foram concedidos bem como os recursos

que lhes dão forma e funcionalidade literária (dessa forma a apresentaremos as noções de

gênero épico, lírico, dramático e didático).

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Como o objetivo do projeto é expandir o mundo cultural do alunado, por meio dos

estudos literários, a fim de que desenvolva aparato crítico suficiente para ler o mundo em

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30

sua complexa realidade, empregaremos metodologia diversificada em cada etapa do

projeto; construindo as condições necessárias para concretização de nosso objetivo.

Deste modo, procurando a máxima objetividade, todas as modalidades, níveis e

recursos literários, serão trabalhados por meio de amostra de corpus literário suficiente. Ao

aluno, serão disponibilizadas obras literárias para que conheça e reconheça os assuntos

trabalhados no projeto porque nada mais natural que trabalhar a literatura em seu suporte

clássico: o livro.

Contudo, recursos tecnológicos serão empregados como suportes diversificados,

auxiliando o processo de ensino-aprendizagem. Assim, recursos como TV´s Pen Drive;

computadores, rádios, DVD´s, serão empregados em diversas fases do projeto. No caso

específico da literatura oral, o rádio, o computador e a TV poderão ser empregados como

suportes de base para veiculação das narrativas orais.

Os alunos serão convidados a reconhecer nas obras literárias, segundo a forma e

escola estética a que pertençam, os elementos estruturais que as edificam, buscando não

apenas a identificação funcional como também seu papel simbólico na(s) obra(s) como um

todo.

Como atividades, os alunos serão convidados a produzir pequenas obras literárias

em que aplicarão os conceitos e conteúdos estudados no projeto.

Essas produções serão realizadas de acordo com cronograma estipulado para cada

etapa. Deste modo, no encerramento de uma fase, os alunos deverão apresentar os

trabalhos produzidos. Grupos de debate serão realizados para avaliar os resultados, que

poderão ser expostos a toda comunidade escolar. Caso os alunos estejam de acordo,

poderemos inscrever seus trabalhos (obras) em mostras literárias e concursos em nível

local, regional e nacional.

Durante o desenvolvimento de cada etapa os alunos participarão de atividades

diversas tais como: mesa-redonda, fóruns, teatro, chats de discussão literária, exposição de

livros, concursos literários, show de talentos.

Ao final do curso, os alunos irão produzir os Anais do projeto, em que constarão, as

obras produzidas, autores, eventos realizados, etc.

Iremos propor aos educandos, a produção de uma revista que será editada ao final

de cada etapa do projeto.

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31

AVALIAÇÃO

Os alunos serão avaliados diariamente: através da participação e empenho nas

atividades propostas.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO: Suscitar nos estudantes o gosto e o desejo pela leitura, ampliando assim

seus horizontes e diversificando seus conhecimentos, sensibilizando e estimulando-os para

as artes literária e dramática.

PARA A ESCOLA: Hoje a escola pode se dizer que está ao redor de diversas tecnologias,

em um momento que a informatização está por toda parte, percebemos que o hábito de ler

um livro está se perdendo. Por isso é importante mostrar para os alunos a importância da

leitura. Através deste projeto, espera-se resgatar o gosto e o prazer pela leitura para uma

melhor qualidade de vida.

PARA A COMUNIDADE: Por ser um projeto de extrema necessidade educacional e

cultural, espera-se que a comunidade incentive a execução do mesmo, participando das

atividades propostas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

FREIRE, Paulo. Pedagogia da Autonomia: saberes necessários à prática educativa. São

Paulo: Paz e Terra, 1997.

KLEIMAN, Angela. Oficina de Leitura: teoria e prática. 8 ed. Campinas, São Paulo: Pontes,

2001.

MORIN, Edgar. A cabeça bem-feita: repensar a reforma o pensamento. 2. ed. Rio de

Janeiro: Bertrand do Brasil, 2000. 128p.

SILVA, Ezequiel Teodoro da. O Ato de Ler: fundamentos psicológicos para uma nova

pedagogia da leitura. São Paulo: Cortez, 2002.

ZILBERMAN, Regina. Fim do Livro, fim dos leitores? São Paulo: SENAC, 2001.

DCE de Língua Portuguesa.

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32

4.2.1.3. HORA TREINAMENTO

4.2.1.3.1. MODALIDADE DE ENSINO: Futebol de Salão

MACROCAMPO: Esporte e Lazer.

TURNO: Matutino ( 2 vezes por semana ).

Nº DE ALUNOS: 25 alunos do Ensino Fundamental.

O Colégio Estadual do Campo Dr. Júlio Junqueira ( Escola do Campo ) além de

atender os alunos de Aricanduva atende também os do Assentamento Dorcelina Folador.

Os mesmos necessitam de transporte escolar e suporte pedagógico de qualidade e

alimentação para sua permanência em contraturno para a oferta da modalidade pretendida.

A nossa escola não possui os pré-requisitos para ser uma escola de tempo integral, não

agrega em sua especificidade as acomodações necessárias, como: refeitório e salas de

aula para atender com dignidade a frequência e permanência desses alunos. Tendo em

vista, a exposição da problemática que envolve a escola e os alunos, fazemos desse relato

os argumentos do número de alunos abaixo do esperado para a frequência do curso.

CONTEÚDO: O esporte como prática social historicamente construída e culturalmente

desenvolvida é um fenômeno bastante consolidado no mundo contemporâneo. Temos que

assegurar esta prática a todos, principalmente a jovens e adolescentes.

Daí a necessidade de implantar esta proposta da Hora treinamento, onde atenderá cerca

de 25 jovens e adolescentes da sede e também da zona rural, especificamente do

assentamento. Esses jovens e adolescentes necessitam urgentemente desta atividade

direcionada, pois a opção de outras atividades não existe, somente a escolar, o restante do

dia fica ocioso e em risco de vulnerabilidade social, nos preocupando enquanto pais e

educadores.

OBJETIVO GERAL:

Implantar a proposta da Hora treinamento, com o intuito de incentivar a prática esportiva,

contribuindo para a diminuição da exposição a situações de risco social.

OBJETIVOS ESPECÍFICOS:

Oferecer a prática esportiva de qualidade;

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33

Contribuir para o desenvolvimento humano, em busca de qualidade de vida;

Contribuir para o processo de inclusão educacional e social;

Promover hábitos saudáveis como: higiene, saúde e alimentação;

Despertar a consciência da prática esportiva como atividade necessária ao bem estar

individual e coletivo;

Contribuir para a redução do tempo de exposição do jovem e adolescente a

situações de risco social ( violência, trabalho infantil, drogas, fome etc.);

ENCAMINHAMENTO METODOLÓGICO

Contribuindo uma valorização da autoestima além de aprender habilidades

capacidades, as crianças esportistas podem construir valores e atitude na pratica do futebol

de salão.

O aprendizado deve se veicular o componente lúdico aprendendo com prazer os

movimentos básicos do futebol de salão.

Os alunos devem vivenciar a aprendizagem do:

Trabalho Técnico:

domínio;

controle;

condução;

chute;

cabeceio;

passe;

drible;

proteção.

Trabalho Técnico – Tático:

Marcação;

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34

Jogadas ensaiadas;

Ataque;

Jogos em campo reduzido.

No treinamento será incluído jogos amistosos e possíveis campeonatos, visando um

melhor rendimento nos jogos escolares.

O professor deverá assumir uma postura de questionador e observador, sendo assim, o

mediador do conhecimento, cuja a finalidade é intervir na reflexão do aluno, realizando uma

crítica aos modelos dominantes.

AVALIAÇÃO

A verificação da aprendizagem é o objetivo maior das diversas formas de avaliação no

processo ensino-aprendizagem. È uma ação que consolida e amplia os conhecimentos,

enriquece as experiências culturais e sociais dos estudantes e os ajuda a vencer obstáculos

em sua aprendizagem, favorecendo o sucesso pessoal e social. Sendo assim, nessa

proposta de projeto a avaliação será um processo contínuo e diagnóstico, ocorrendo

diariamente, durante o desenvolvimento das atividades, seguindo os critérios de observação

e análise. Ela proporcionará, ao professor, a orientação o direcionamento de todas as

ações dos participantes, bem como suas dificuldades e os recursos utilizados na resolução

das atividades, na interação com seus colegas e na elaboração de situações problemas.

Ocorrerá de forma integral, pois considerando o estudante como um todo, ou seja, não

apenas os aspectos cognitivos serão analisados, mas igualmente os comportamentais e

funcionais, pois verificará se os objetivos previstos foram atingidos. Será um processo

indicativo dos avanços e das necessidades diferenciadas do aprendizado de cada um.

RESULTADOS ESPERADOS

PARA O ALUNO: Espera-se que os participantes possam desenvolver a abstração, a

lateralidade, o sentido, a direção, a capacidade de concentração, de organização, de

entendimento de situações problemas, que desenvolvam um pensamento organizado e

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35

consciente. Aprimorem a cultura e a interação com seus colegas da escola e da sociedade.

Que possam ser bons cidadãos, ajudar a construir uma sociedade melhor, com justiça

social. E que obtenham formação de senso crítico. Desenvolva a criatividade para resolver

diversos tipos de problemas e melhore, assim, seu desempenho curricular.

PARA A ESCOLA: Promover a inserção social e despertar os sentimentos morais e a

consciência de grupo, pois dentro da pratica esportiva estão inseridas atividades que nos

ensina a acatar limites, a ceder, discutir e compreender.

PARA A COMUNIDADE: Por ser um projeto de extrema necessidade educacional e

cultural, espera-se que a comunidade incentive a execução do mesmo, participando das

atividades propostas.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

BRACHT,V. Educação Física e aprendizagem social. Porto Alegre: Magister, 1992.

COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do ensino da educação física. São Paulo:

Cortez, 1992.

LUCKESI, C.C. Avaliação da aprendizagem escolar. 2ed., São Paulo: Cortez,1995.

VAZ, A. F.; SAYÃO, D. T.; PINTO, F.M.(ORG.). Treinar o corpo, dominar a natureza:

notas para uma análise do esporte com base no treinamento corporal. In: Cadernos

CEDES, n. 48. 1999, p. 89-108.

DCE - Educação Física.

4.2.1.4. PROJETO EDUCAÇÃO DO CAMPO

4.2.1.4.1. ALÉM DOS MUROS ESCOLARES

JUSTIFICATIVA

O Colégio Estadual Dr. Júlio Junqueira ensino fundamental e médio, desenvolve o

projeto de Educação do Campo, por atender um número expressivo de alunos provenientes

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do campo, sendo, em sua maioria, pertencentes ao Assentamento Dorcelina Folador e

proximidades. O colégio propicia atividades diversificadas para os educando. Para que o

campo não perca sua indenidade cultural, o projeto visa a integração entre os membro da

comunidade escolar, é a real importância do trabalho que é realizado no campo.

Com o projeto busca-se a quebra de paradigma, cujo objetivo é respeitar as

especificidades dos indivíduos e comunidade, incluir e preservar as diferenças, realizando a

diversidade na igualdade como fundamento primeiro do ato educativo. Assim, haverá a

inclusão desse “Território de Cidadania” onde os arranjos educativos específicos

promoverão o desenvolvimento humano de todos e de cada um, mudando a forma do olhar

do educando para o campo e do campo.

O campo é um lugar de vida, onde as pessoas podem morar trabalhar, estudar com

dignidade de quem tem o seu lugar. O campo não é só um lugar de produção agropecuária

e agroindústrias, latifúndio e de grilagem de terra. O campo e o espaço e território dos

camponeses, por isso é lugar de vida, sobretudo de educação.

OBJETIVOS:

Possibilitar aos professores, alunos e comunidade escolar a melhor integração;

Reconhecer novas realidades;

Desenvolver ações integradas na educação do campo;

Tornar viável a socialização entre os alunos;

Ampliar os conhecimentos elencando teoria e pratica;

Garantir o direito a uma educação de qualidade;

Valorizar o trabalho e tradições camponesas;

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METODOLOGIA

Este projeto será desenvolvido durante o período letivo, culminando em um dia

programado no calendário escolar. O público alvo serão os alunos de 5ª às 8ª séries do

Ensino Fundamental e Ensino Médio do Colégio Estadual Doutor Júlio Junqueira.

Verificar a programação com representantes do Assentamento, para elaboração de

um calendário para a realização de oficinas pratica pedagógicas direcionadas ao campo.

A separação dos grupos de 15 alunos para a realização de atividades

especificas,para experenciar o cultivo hortaliças, o processo da pecuária leiteira, o cultivo

da cana de açúcar e a produção de melado e rapadura, como cultivar o bicho da seda.

Observando e realizando atividade praticas

Estudos teóricos de todas as atividades especificas para cada grupo direcionados,

com a interdisciplinaridade entre (ciências, biologia, sociologia, história e geografia entre

outras). Essas atividades teóricas serão desenvolvidas no Colégio as Atividades praticas

será realizadas no Assentamento Dorcelina Folador.

Determinar o prazo para a aquisição da pratica, das técnicas de manejo de cada

atividade proposta.

Elaboração do cronograma das praticas.

Cada grupo irá ao Assentamento aprender como trabalhar no campo.

Ao final do trabalho cada grupo fará um seminário das suas aprendizagens no

campo.

No fechamento do ano far-se-á uma confraternização entre todos os envolvidos no

projeto Educação do campo.

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AVALIAÇÃO

A avaliação dar-se-á ao longo do processo do desenvolvimento do projeto,

observando a participação dos sujeitos e valorização das diferenças e do conhecimento

individual. Ensinar exige pesquisa, paciência e respeito. A pesquisa é essencial para que se

desvelem as relações sociais de produção, os saberes que estão presentes no cotidiano do

trabalho. Valorizando esses saberes e partilhando-os, assim dará a verdadeira avaliação

desse processo no dia a dia e nas relações sociais afetivas e cognitivas.

4.1.2.5. SALA DE APOIO Á APRENDIZAGEM

O programa Salas de Apoio à Aprendizagem tem o objetivo de atender às

dificuldades de aprendizagem de crianças que frequentam a 5ª serie ou 6º ano e a 8ª série

ou 9º ano do Ensino Fundamental. Esses alunos participam de aulas de Lingua Portuguesa

e Matemática no Contraturno, que têm como finalidade trabalhar as dificuldades referentes

à aquisição dos conteúdos nessas disciplinas.

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5. MARCO CONCEITUAL

5.1 CONCEPÇÃO DE MUNDO

O mundo é um grande laboratório, capaz de proporcionar infinitas descobertas

que podem contribuir de maneira significativa para o desenvolvimento das nossas

potencialidades.

Quanto mais pudermos trazer este laboratório para a sala de aula, tanto mais

poderemos estar em sintonia com tudo o que nos cerca. Mais importante que por escolas

no mundo é saber por o mundo dentro das escolas. Portanto, é fundamental reconhecê-lo

como laboratório em que o principal é o descobri-lo e o descobrir-se nele.

5.2 CONCEPÇÃO DE SOCIEDADE

Quando se questiona o próprio sentido da escola, a sua função social e a natureza

do trabalho educativo, enquanto docentes, aparecemos sem iniciativa:

"Arredados ou deslocados pela força arroladora dos atos, pela vertiginosa

sucessão de acontecimentos que tornaram obsoletos os conteúdos e as

práticas educativas". (Peres Gomes, 1998).

E para que isso não aconteça é que precisamos entender em que tipo de sociedade

estará inserido.

Para Severino (1998), a sociedade é um agrupamento de tecido por uma série de

relações diferenciadas e diferenciadoras. É configurada pelas experiências individuais do

homem, havendo uma interdependência em todas as formas da atividade humana,

desenvolvendo relações, instaurando estruturas sociais, instituições sociais e produzindo

bens, garantindo a base econômica e é jeito especifico do homem realizar sua humildade.

"A sociedade configura todas as experiências individuais do homem, transmite-lhe

resumidamente todos os conhecimentos adquiridos no passado do grupo e recolhe as

contribuições que o poder de cada indivíduo engendra e que oferece a sua comunidade.

Nesse sentido a sociedade cria o homem para si". (Pinto, 1994).

A sociedade é mediadora do saber e da educação presente no trabalho concreto

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dos homens, que criam novas possibilidades de cultura e de agir social a partir das

contradições geridas pelo processo de transformação da base econômica.

Segundo Demerval Saviani, o entendimento do modo como funciona a sociedade

não pode se limitar às aparências. É necessário compreender as leis que regem o

desenvolvimento da sociedade. Obviamente que não se trata aqui de leis naturais, mas

sim de leis históricas, ou seja, de leis que se constituem historicamente.

Atílio Boron (1986) questiona que tipo de sociedade deixa como legado estes

quinze anos de hegemonia ideológica do neoliberalismo? Uma sociedade heterogênea e

fragmentada, marcada por profundas desigualdades de todo o tipo - classe, etnia, gênero,

religião, etc. - que foram exacerbadas com a aplicação das políticas neoliberais. Uma

sociedade dos "dois terços" ou uma sociedade "com duas velocidades” , como costuma

ser denominada na Europa, porque há um amplo setor social, um terço excluído e

fatalmente condenado à marginalidade e que não pode ser "reconvertido" em termos

laborais, nem inserir-se nos mercados de trabalhos formais dos capitais desenvolvidos.

Essa crescente fragmentação do social que potencializaram as políticas conservadoras,

foi por sua vez reforçada pelo excepcional avanço tecnológico e científico e seu impacto

sobre o paradigma produtivo e contemporâneo.

Inês B. de Oliveira diz que uma sociedade democrática não é, portanto, aquela na

qual os governantes são eleitos pelo voto. A democracia pressupõe uma possibilidade de

participação do conjunto dos membros da sociedade em todos os processos decisórios

que dizem respeito à sua vida (em casa, na escola, no bairro, etc).

Raul Pont no texto sobre democracia representativa e democracia participativa

conclui que nossa convicção funda-se no processo histórico que nos ensina que não há

verdades eternas e absolutas nas relações entre sociedade e o Estado e que estas se

fazem e se refazem pelo protagonismo dos seres sociais e que em busca de uma

democracia substantiva, participante, regida por princípios éticos de liberdade e igualdade

social, continua sendo um horizonte histórico, em suma, nossa utopia para a humanidade.

O entendimento da Educação como fator transformador configura-se como a

mediação de um projeto social. Contrapondo-se às tendências anteriores, a Educação

transformadora não redime nem reproduz a sociedade, “mas serve de meio, ao lado de

outros meios, para realizar um projeto de sociedade; projeto que pode ser conservador ou

transformador” (LUCKESI, 1994, p.48).

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5.3 CONCEPÇÃO DE CULTURA

A cultura é resultado de toda a produção humana segundo Saviani, "para

sobreviver o homem necessita extrair da natureza, ativa e intencionalmente, os meios de

sua subsistência. Ao fazer isso ele inicia o processo de transformação da

natureza,criando um mundo humano. (o mundo da cultura)" (1992, p. 19).

Podemos considerar que:

"De um ponto de vista antropológico, cultura é tudo o que elabora, e elaborou o

ser humano, desde a mais sublime música ou obra literária até as formas de destruir-

se a si mesmo e as técnicas de tortura, a arte, a ciência, a linguagem, os costumes, os

hábitos de vida, os sistemas morais, as instituições sociais, as crenças, as

religiões, as formas de trabalhar". (Sacristan, 2001, p, 105).

É necessário considerar, portanto a importância do texto de Silva, "tornou-se lugar

comum destacar a diversidade das formas culturais do mundo contemporâneo". É um fato

paradoxal, entretanto, que essa suposta diversidade conviva com fenômenos igualmente

surpreendentes de homogeneização cultural.

Ao mesmo tempo em que se tornam visíveis manifestações e expressões culturais e

de grupos dominados, observa-se o predomínio de formas culturais produzidas e

vinculadas pelos meios de comunicação de massa, nas quais aparecem de forma

destacada as produções culturais em sua dimensão material e não-material.

Toda a organização curricular, por sua natureza e especificidade precisa completar

várias dimensões da ação humana, entre elas a concepção de cultura. Na escola, em sua

prática há a necessidade da consciência de tais diversidades culturais, especialmente da

sua função de trabalhar as culturas populares de forma a levá-los a produção de uma

cultura erudita, como afirma Saviani:

"a mediação da escola, instituição especializada para operar a passagem do saber

espontâneo ao saber sistematizado, da cultura popular à cultura erudita; assume um papel

político fundamental" (Saviani, Apud, Frigotto, 1994 p, 189).

Respeitando a diversidade cultural e valorizando a cultura popular e erudita cabe a

escola aproveitar essa diversidade existente, para fazer dela um espaço motivador, aberto e

democrático.

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5.4 CONCEPÇÃO DE HOMEM

O homem é um ser natural e social, ele age na natureza transformando-a segundo

suas necessidades e para além delas. Nesse processo de transformação, ele envolve

múltiplas relações em determinado momento histórico, assim acumula experiências e em

decorrência destas, ele produz conhecimentos. Sua ação é intencional e planejada,

mediada pelo trabalho, produzindo bens materiais e não-materiais que são apropriados de

diferentes formas pelo homem, conforme Saviani (1992):

"O Homem necessita produzir continuamente sua própria existência. Para tanto, em

lugar de se adaptar a natureza, ele tem que adaptar a natureza a si, isto é, transformá-la

pelo trabalho".

Considerando o Homem um ser social, que atua e interfere na sociedade, através das

relações familiares comunitárias, produtivas e também na organização política,

garantindo assim sua participação ativa e criativa nas diversas esferas da sociedade. O

Homem, como sujeito de sua história, segundo Santoro, "... é aquele que na sua

convivência coletiva compreende suas condições existenciais transcendem-as e reorganiza-

as, superando a condição de objeto, caminhando na direção de sua emancipação

participante da história coletiva".

Partindo do pressuposto que o homem constitui-se como um ser histórico,

faz-se necessário compreendê-lo em suas relações inerentes a natureza humana. O

homem é antes de tudo, um ser de vontade, um ser que se pronuncia sobre a realidade.

6.5 CONCEPÇÃO DE CIDADANIA

Em sentido amplo, o termo quer significar a participação do cidadão em diversas

atividades ligadas ao exercício de direitos individuais.

A cidadania é composta por direitos civis, políticos e sociais.

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Os direitos civis, conquistados no século XVIII, correspondem aos direitos

individuais de liberdade (ex. ir e vir), igualdade, propriedade, direito à vida, segurança, etc.

São direitos que embasam a concepção liberal clássica.

Já os direitos políticos, alcançados no século XIX, dizem respeito à liberdade de

associação e reunião, de organização política e sindical, à participação política e eleitoral,

ao sufrágio universal, etc. São também chamados direitos individuais exercidos

coletivamente e acabaram se incorporando à tradição liberal.

Os direitos sociais, econômicos ou de crédito, foram conquistados no século XX a partir

das lutas do movimento operário e sindical. São os direitos ao trabalho, saúde,

educação, aposentadoria, seguro-desemprego, enfim, a garantia de acesso aos meios de

vida e bem estar social. A legislação é o direito formal.

De acordo com Severino (1994) que assim se posiciona:

“O indivíduo é efetivamente cidadão se pode efetivamente

usufruir dos bens materiais necessários para a sustentação de sua existência subjetiva

e dos bens políticos necessários para a sustentação de sua existência social”.

A escola cidadã, já proposta por GADOTTI (1982), é aquela que enfatiza a questão

da autonomia e da liberdade de ações. O que se pretende mostrar é como noção de

cidadania relaciona-se diretamente com o que se entende por Educação, e como ela se

desenvolve em uma organização chamada escola. Portanto, desenvolver e viver a

cidadania é uma tarefa que interessa a todos os educadores e orientadores educacionais.

O que se pretende não é um novo “fazer” para a Educação, mas sim procurar

entender e relacionar esse novo com a formação de um cidadão crítico e consciente.

O cotidiano escolar – o dia a dia – faz parte da formação cidadã, não só em termos

da subjetividade do indivíduo como também da construção coletiva do cidadão. Este não se

“forma” distante de sua própria realidade, de seu contexto e de seu cotidiano, mas atua,

interfere, participa e transforma essa realidade.

Sabe-se que, no Brasil, a ética não é alheia às condições históricas, políticas

econômicas e culturais, onde as regras de conduta têm o grande papel de obtenção de

uma submissão útil e, com elas, se reproduzem as grandes diferenças estruturais desta

sociedade. Entre o direito formal e o real, ainda existe uma grande diferença neste País.

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5.6 CONCEPÇÃO DE ÉTICA

A ética é a teoria comportamento moral dos homens em sociedade. Ou seja, é a

ciência de uma forma específica de comportamento humano.

A função da ética é a mesma de toda teoria: explicar, esclarecer ou investigar uma

determinada realidade, elaborando os conceitos correspondentes.

A ética se ocupa de um objeto próprio: o setor da realidade humana que chamamos

de moral. A moral se refere ao comportamento adquirido ou modo de ser conquistado pelo

homem.

Seu objeto de estudo é constituído por vários tipos de atos humanos: os atos

conscientes e voluntários dos indivíduos que afetam outros indivíduos, determinados

grupos sociais ou a sociedade em seu conjunto.

A ética não cria a moral. A ética é a ciência da moral, isto é, de uma esfera do

comportamento humano. Não se deve confundir aqui a teoria com o seu objeto: o mundo

moral.O comportamento moral é próprio do homem como ser histórico, social e prático,

isto é, como um ser que transforma conscientemente o mundo que o rodeia.

A análise da realidade social é uma das mais complexas tarefas do professor, pois o

seu domínio possibilita ao aluno sair do senso comum, para uma leitura mais ampla.

Possibilita-lhe capacidade de reflexão sobre o mundo, a sociedade, os homens, as lutas

que são travadas ao longo de sua história.

A escola, como parte da totalidade social e como referencial do

saber sistematizado para o aluno, é responsável pela visão de mundo de seus alunos.

Essa leitura é especial porque ultrapassa a decodificação da escrita, porque fornece

subsídios aos alunos para a compreensão da realidade social, isto é, dos

acontecimentos sociais produzidos pelos homens, em um contexto social, histórico,

econômico e cultural. É nessa perspectiva que a instituição escolar pode marcar a sua

função social.

A prática pedagógica comprometida é aquela que busca reconhecer que cada aluno

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tem uma história, uma realidade, que precisa ser respeitada e ser objeto de estudo para o

professor. Partindo do pressuposto que, a prática docente inicia da construção de tramas

que articulem os conteúdos com o cotidiano dos alunos e com a realidade do processo

educativo em que professores e alunos estão inseridos.

O professor como mediador do processo ensino-aprendizagem deve possibilitar aos

alunos chegar ao conhecimento cientifico, porém, deve proporcionar também, que o aluno

veja com olhar crítico os acontecimentos que envolvem o indivíduo na sociedade atual. A

capacidade em fazer uma leitura crítica da realidade, do controle de pensamentos e ações,

que muitas vezes, estão implícitos em normas, leis, instituições políticas, pode ser

desvelada no decorrer do processo educativo, momento que por meio de um trabalho que

valorize o diálogo e a discussão, o indivíduo é levado a questionar e buscar uma

transformação social. "Preparar cidadãos críticos e transformadores da sociedade - não é

apenas contemplar a sociedade mas transformá-la" (MOSER, 2003, p. 73).

O professor tem o compromisso em exercitar os questionamentos e reflexões dos

alunos, e estes tem o compromisso de esmerar na busca de conhecimentos. Ao valorizar o

papel do professor e do aluno, está sendo valorizado também, o processo de

construção do conhecimento, onde o envolvimento do ser humano é indissociável do

processo de ensino e aprendizagem.

5.7 CONCEPÇÃO DE TRABALHO

O trabalho é uma atividade que está segundo Andery, "na base de todas as relações

humanas, condicionando e determinando vida. É (...) uma atividade humana intencional

que envolve forma de organização, objetivando a produção dos bens necessários à vida".

(Andery, 1998, p, 13).

Nesta perspectiva é preciso entender o trabalho como ação intencional, o homem

em suas relações sociais, dentro da sociedade capitalista produz bens,. p orém,

essa compreensão não acontece de forma tranqüila, estando sobrecarregada pelas

relações de poder.

Quando produz bens, estes são classificados em materiais ou não materiais. Os bens

materiais são produzidos para posterior consumo, gerando o comércio. Já nos bens não

materiais produção e consumo acontecem simultaneamente.

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No trabalho educativo o fazer e o pensar entrelaçam-se dialeticamente e é nesta

dimensão que esta posta à formação do homem.

Ao considerarmos o trabalho uma práxis humana, é importante o entendimento de

que o processo educativo é um trabalho não material, uma atividade intencional que

envolve formas de organização necessária para a formação do ser humano.

O conhecimento como construção histórica é matéria-prima (objeto de estudo) do

professor e do aluno, que indagando sobre o mesmo irá produzir novos conhecimentos,

dando-lhes condições de entender o viver, propondo modificações para a sociedade em

que vive permitindo: "ao cidadão-produtor chegar ao domínio intelectual do técnico e das

formas de organização social sendo portanto capaz de criar soluções originais para

problemas novos que exigem criatividade, a partir do domínio do conhecimento".

(Kuenzer, p, 33 e 35)

5.8 CONCEPÇÃO DE EDUCAÇÃO

A educação é uma prática social, uma atividade específica dos homens situando-

os dentro da história, ela não muda o mundo, mas o mundo pode ser mudado pela sua

ação na sociedade e nas suas relações de trabalho.

"Educação é um fenômeno próprio dos seres humanos, significa afirmar que ela é,

ao mesmo tempo, uma exigência do e para o processo de trabalho, bem como é ela

própria, um processo de trabalho" (Saviani, 1992, p. 19).

Segundo Pinto (1994) "a educação é processo histórico de criação do homem para a

sociedade e simultaneamente de modificação da sociedade para benefício do homem."

É o processo pela dimensão histórica por representar a própria história individual

do ser humano e da sociedade em sua evolução.

É um fato existencial porque o homem se faz ser homem-processo constitutivo do

ser humano.

É um fato social pelas relações de interesses e valores que movem a sociedade,

num movimento contraditório de reprodução do presente e da expectativa de

transformação futura.

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É intencional ao pretender formar um homem com um conceito prévio de homem. É

libertadora porque segundo Boff (2000, p.77) se faz necessário desenvolver uma

educação que nos abra para uma democracia integral, capaz de produzir um tipo de

desenvolvimento socialmente justo e ecologicamente sustentado.

Nesse sentido, a educação visa atingir três objetivos que formam o ser humano para

gestar uma verdadeira democracia. São eles:

− "A apropriação pelo cidadão e pela comunidade dos instrumentos adequados para

pensar a sua prática individual e social e para ganhar uma visão globalizante da

realidade que possa orientar em sua vida";

− "A apropriação pelo cidadão e pela comunidade do conhecimento cientifico,

político, cultural acumulado pela humanidade ao longo da história para garantir-lhe a

satisfação de suas necessidades e realização de suas aspirações";

− "A apropriação por parte dos cidadãos e da comunidade, dos instrumentos de

avaliação crítica do conhecimento acumulado, reciclá-lo e acrescentar-lhe novos

conhecimentos através de todas as faculdades cognitivas humanas".

Vista como processo de desenvolvimento da natureza humana, a educação tem

sua finalidade voltada para o aperfeiçoamento do Homem, que dela necessita para a

(re)construção e transformação da realidade.

5.9 EDUCAÇÃO DO CAMPO

Historicamente, a Educação esteve presente em todas as Constituições brasileiras.

Entretanto, mesmo o país sendo essencialmente agrário, desde sua origem a educação

rural não foi mencionada nos textos constitucionais de 1824 e 1891. Como afirma Leite

(1999, p. 280).

… a sociedade brasileira somente despertou para a educação rural por ocasião do

forte movimento migratório interno dos anos 1910-1920, quando um grande número de

rurículas deixou o campo em busca das áreas, onde se iniciava um processo de

industrializção mais amplo.

Dessa forma, nasce o ruralismo pedagógico, com duração até a década de 1930,

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que objetivava fixar o homem ao campo. Em 1937, foi criada a Sociedade Brasileira da

Educação Rural, com o intuito de expandir o ensino e preservar a cultura do homem do

campo.

A grande preocupação do período foi com o movimento migratório campo-cidade e

com a elevação da produtividade do campo, numa conjuntura em que a industrialização

deram seus primeiros e concretos passos. A cidade se consolidava como referência da

modernização e do progresso, enquanto o campo representava o antigo e o rústico.

Nos anos 40 e 50 as ações governamentais eram marcadas pelo entendimento do

camponês como carente, subnutrido, pobre e ignorante, a educação se desenvolvia com o

objetivo de proteção e assistência ao camponês.

Na década de 1960, a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB nº 4024/61)

deixou a educação rural a cargo dos municípios. Na mesma época, Paulo freire ofereceu

contribuições significativas à educação popular, com os movimentos de alfabetização de

adultos e com o desenvolvimento de uma concepção de educação dialógica, crítica e

emancipatória.

Com a Lei nº 5692/71, não houve avanços para a educação rural, uma vez que

nem se discutia o ensino de 2º grau (atual Ensino Médio) para as escolas rurais.

Com a aprovação da Constituição de 1988, a educação se destacou como um direito de

todos e um dever do estado. E, com a Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional nº

9394/96, há o reconhecimento da diversidade do campo, uma vez que vários artigos

estabelecem orientações para atender a essa realidade, adaptando as

peculiaridades, como o artigo 23,26 e 28, que tratam tanto das questões de organização

escolar como de questões pedagógicas. Contudo, mesmo com esses avanços na

legislação educacional, a realidade das escolas para a população rural continuava

precária. No artigo 28, a LDB estabelece as seguintes normas para a educação do campo:

Na oferta da educação básica para a população rural, os sistemas de ensino proverão as

adaptações necessárias à sua adequação, às peculiaridades da vida rural e de cada

região, especialmente:

I-conteúdos curriculares e metodologias apropriadas às reais necessidades e interesses

dos alunos da zona rural;

II - organização escolar própria, incluindo a adequação do calendário escolar às fases do

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ciclo agrícola e às condições climáticas;

Inadequação à natureza do trabalho na zona rural. (BRASIL, 1996).

Ao reconhecer a especificidade do campo, com respeito à

diversidade sociocultural, o artigo 28 traz uma inovação ao acolher as diferenças sem

transformá-las em desigualdades, o que implica que os sistemas de ensino deverão fazer

adaptações na sua forma de organização, funcionamento e atendimento para se

adequar ao que é peculiar à realidade do campo, sem perder de vista a

dimensão universal do conhecimento e da educação.

No final dos anos de 1990, espaços públicos de debate sobre a educação do

campo foram efetivados, a exemplo do I Encontro de Educadores e Educadoras da

Reforma Agrária (I Enera), em 1997, organizado pelo Movimento dos Trabalhadores

Rurais Sem Terra (MST), com apoio da Universidade de Brasília (UnB) e do Fundo das

Nações Unidas para a Infância (Unicef), especialmente, dentre outras entidades.

Naquele evento, foi lançado um desafio: pensar a educação pública a partir do

mundo do campo, levando em conta o seu contexto, em termos de sua cultura específica,

quanto à maneira de conceber o tempo, o espaço, o meio ambiente e quanto ao modo de

viver, de organizar família e trabalho. Assim, foi lançada uma nova agenda educacional

que contemplava a educação do campo. Ainda em 1998 foi realizada a I Conferência

Nacional por uma Educação Básica do Campo, uma parceria entre o MST, a UnB, Unicef,

Organização das Nações Unidas para o Desenvolvimento da Educação, Ciência e Cultura

(Unesco) e Confederação Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB).

Esses espaços públicos marcaram a construção do paradigma da educação do

campo, em oposição às frágeis políticas para a educação rural predominantes no país.

A partir de então, o poder público passou a reconhecer a necessidade de pensar

uma legislação específica de educação aos povos do campo, levando o Conselho

Nacional de Educação, por meio da Câmara de Educação Básica, a aprovar, em 2002, as

Diretrizes Operacionais para a Educação Básica nas Escolas do Campo (Resolução

CNE/CEB nº1, de 3 de abril de 2002).

Nessa breve retrospectiva, fica explícito que a educação rural teve um lugar

marginal na política educacional brasileira e que somente após o final da década de 1980 e

decorrer da década de 1990 houve sinais de mudanças, mediante a ação dos

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movimentos e organizações sociais voltados à educação do campo.

No Estado do Paraná, a trajetória da educação do campo não é diferente, pois

também esteve marginalizada. Durante muitos anos, a educação dos povos do campo foi

precarizada, repetindo todos os problemas encontrados no restante do país. No Estado,

no início dos anos de 1990, ocorreram importantes iniciativas de alfabetização de jovens e

adultos nos assentamentos da reforma agrária, mediante a ação do MST. O acúmulo

teórico-metodológico (práticas, matérias didáticos, debates, seminários) realizado pelo

referido movimento fez avançar o debate sobre educação do campo.

No plano governamental, com a constatação da situação de analfabetismo nos

assentamentos, foi criado pelo governo estadual, gestão 1992-1994, Programa Especial

Escola Gente da Terra, que tinha como propósito “dar um atendimento específico e

diferenciado” aos povos do campo, das áreas indígenas, dos assentamentos e aos

assalariados rurais, no nível do Ensino Fundamental e da alfabetização de jovens e

adultos.

Em 1992, foram publicados pelo governo estadual os cadernos de subsídios ao

processo de educação de jovens e adultos do campo. O MST e a Comissão Pastoral da

Terra eram os interlocutores com a instância governamental. (As contribuições da

Associação de Estudos, Orientação e Assistência Rural Assesoar), com as

experiências do projeto Vida na Roça, que discute o desenvolvimento nas múltiplas

dimensões a partir dos sujeitos locais, e as produções escritas sobre a Escola da Roça,

foram importantes para enriquecer o debate a respeito da escola que tem sentido

sociocultural para os povos do campo.

Além das 36 Casas Familiares Rurais existentes no Estado do Paraná, mediante a

experiência com a pedagogia da alternância, A Associação Projeta de Educação do

Assalariado Rural Temporário (Apeart), Programa Terra Solidária e a experiência das

atuais 11 escolas itinerantes no Paraná, são experiências educativas que oferecem

contribuições ao debate e à formação educacional para o desenvolvimento local e a

emancipação sociocultural dos povos do campo.

No Paraná, em 2000, após vários encontros e reuniões, criou-se a Articulação

Paranaense por uma Educação do Campo, concomitante à realização da II Conferência

Paranaense: Por uma Educação Básica do Campo.

Em maio de 2001, a Articulação Paranaense definiu uma pauta de reivindicações

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para participar da semana de lutas pela agricultura, promovida por diversos movimentos e

entidades.

Em 2002, foi criada na SEED a Coodernação da Educação do Campo,

desde então, a educação do campo passou a ter um espaço de articulação entre o

poder público e sociedade civil organizada. Em 2006 é publicado um documento

pedagógico: As Diretrizes Curriculares da Educação do Campo.

Em 2010 é aprovado as Diretrizes Complementares para uma Educação Básica

nas Escolas do Campo do Paraná.

No Estado do Paraná, das 2.113 Escolas Públicas Estaduais, 423 Escolas

Públicas – 20% das Escolas Públicas Estaduais - se declaram como sendo de Zona

Rural (Fonte: Censo Escolar, 2008), por isso, são Escolas do Campo (Ver Gráfico 01). Em

pesquisa realizada pela Coordenação da Educação do Campo junto dos Núcleos

Regionais de Educação, considerando como critérios os distritos municipais e os aspectos

econômicos e culturais típicos de comunidades rurais, este número aumenta para 584

Escolas Públicas Estaduais do Campo.

Censo Escolar de 2008 registrou um total de 1.194.232 matrículas em todas as

Escolas Públicas da rede estadual de ensino, destes, 131.108 matrículas foram realizada

sem 423 Escolas Públicas Estaduais do Campo.

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Analisando os dados de 2007 do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas

Educacionais referentes ao uso do Transporte Escolar no Estado do Paraná, pode-se

evidenciar 72,57% dos estudantes que residem em áreas rurais estudam em escolas

localizadas nos perímetros urbanos dos municípios – 152.695 alunos - e apenas

27,43% estudam em Escolas do Campo – 42.181 alunos.

Se considerarmos a soma do número de matrículas realizadas nas Escolas

Públicas Estaduais do Campo com o número de alunos que se deslocam para estudar

nas Escolas Públicas Estaduais localizadas nos perímetros urbanos dos municípios,

pode-se afirmar que o número de alunos oriundos do campo é de pelo menos 283.803

alunos.

O Colégio Estadual do Campo Dr. Júlio Junqueira, Ensino Fundamental e Médio,

localiza-se no Distrito de Aricanduva, pertencente ao município de Arapongas.

Destaca-se como diferencial nossos educandos, oriundos da zona urbana e rural, do

Distrito de Aricanduva, chácaras, sítios, granjas e do Assentamento Dorcelina Folador.

Nesse contexto, os membros da comunidade obtém seus recursos como funcionários

assalariados de duas empresas locais: Nortox e Granja Marutani; ou funcionários de

fábricas ou comércio em Arapongas e Apucarana; e os demais agrega trabalhos no

campo, desenvolvendo atividades na agricultura, avicultura e outros. Desses, alguns

obtém seu sustento da agricultura familiar e trabalhos temporários locais e migratórios.

Diante dessa realidade, a escola tem papel fundamental de incentivar e

proporcionar momentos de novas expectativas a fim de que o aluno não abandone seus

estudos, valorizando cada sujeito na sua individualidade, preservando sua identidade,

respeitando o que lhe é inerente.

Sendo assim, o colégio desenvolve um projeto voltado a Educação do Campo, por

atender um número expressivo de alunos provenientes do campo, sendo, em sua maioria,

pertencentes ao Assentamento Dorcelina Folador e proximidades. O colégio propicia

atividades diversificadas para os educandos. Para que o campo não perca sua identidade

cultural, re a l i za mo s a integração entre os membros da comunidade escolar, mostrando

a real importância do trabalho que é realizado no campo. Com o projeto busca a quebra

de paradigma, cujo objetivo é respeitar as especificidades dos indivíduos e comunidade,

incluir e preservar as diferenças, promovendo a diversidade na igualdade como

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fundamento primeiro do ato educativo. Assim, haverá a inclusão desse “Território de

Cidadania” onde os arranjos educativos específicos promoverão o desenvolvimento

humano de todos e de cada um, mudando a forma do olhar do educador e educando para

o campo e do campo. O campo é um lugar de vida, onde as pessoas podem morar

trabalhar, estudar com dignidade de quem tem o seu lugar. O campo não é só um

lugar de produção agropecuária e agroindústrias, latifúndio e de grilagem de terra. O

campo é o espaço e território dos camponeses, por isso é lugar de vida, sobretudo de

educação.

5.10 EDUCAÇÃO ESPECIAL

“As escolas inclusivas são escolas para todos, implicando num sistema educacional

que reconheça e atenda as diferenças individuais; respeitando as necessidades de

qualquer dos alunos” (Edler Carvalho, 2004, p.26).

É evidente que, em nível mundia,l os séculos XX e XXI representam marcos

históricos na vida das pessoas que apresentam deficiência, transtornos globais do

desenvolvimento, altas habilidades/superdotação, sendo fundamentais as conquistas

realizadas no campo da legislação (educação, saúde, acessibilidade, entre outras) na

garantia de direitos essenciais, apesar de muitas vezes sua implementação ser morosa.

Mas, também, há em nosso país uma crescente conscientização da sociedade no

enfrentamento da desigualdade de oportunidade por uma determinada parcela da

população, não fazendo referência apenas ao público-alvo da educação especial.

Vale destacar que a educação especial, como integrante dos

sistemas educacionais, é modalidade de educação que compartilha os mesmos

pressupostos teóricos e metodológicos presentes nas diferentes disciplinas dos

demais níveis e modalidades de ensino.

A Sala de Recursos possibilita, no entanto, o desafio da participação e

aprendizagem, com qualidade, dos alunos com necessidades educacionais especiais,

exige da escola a prática da flexibilidade curricular que se concretiza na analise da

adequação de objetivos propostos, na adoção de metodologias alternativas de ensino, no

uso de recursos humanos, técnicos e materiais específicos, no redimensionamento do

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tempo e espaço escolar, entre outros aspectos, para que esses alunos exerçam o direito

de aprender em igualdade de oportunidades e condições.

Pessoas com necessidades educacionais especiais são aquelas que apresentam

algum tipo de comprometimento orgânico e/ou psíquico, que faz com que necessitem

de atenção educacional diferenciada em alguns aspectos de seu desenvolvimento,

mas não necessariamente em todos, principalmente, no que se refere as questões de

aprendizagem.

Considera-se então, aquelas com dificuldades e/ou distúrbios de aprendizagem

(disgrafia, dislexia, discalculia), deficientes visuais, deficientes mentais, deficientes físicos,

surdos, pessoas com múltiplas deficiências, que apresentam condutas típicas ou altas

habilidades/superdotação.

Para FERNANDES (2007), alunos com necessidades educacionais são aqueles

que apresentam algum problema de aprendizagem ao longo de sua escolarização, o que

exige uma atenção mais específica e maiores recursos educacionais que os necessários.

Esse é um período histórico de democratização do saber, do fortalecimento e da

aproximação das pessoas, no sentido de pertencimento e de participação em ações que

contribuam para o enriquecimento de valores e na qualidade das relações humanas.

5.11 CONCEPÇÃO DE ESCOLA

A escola é condicionada pelos aspectos sociais, políticos e culturais, mas

contraditoriamente existe nela um espaço que aponta para a possibilidade de

transformação social. A educação possibilita a compreensão da realidade histórico-social

e explicita o papel do sujeito construtor/transformador dessa mesma realidade.

A escola como espaço social é responsável pela apropriação do saber universal e

socialização do saber elaborado às camadas populares, entendendo a apropriação crítica e

histórica do conhecimento enquanto instrumento de compreensão da realidade social,l ,

crítica e democrática para a transformação desta realidade.

É no universo da escola, portanto, que o aluno tem oportunidade de viver situações

diversas que irão favorecer o aprendizado científico, social, cultural e político construído

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pela humanidade.

A Escola não se limita somente ao espaço físico, porém, age em conjunto com a

família e as instituições sociais que colaboram na construção do saber do educando.

O papel da Escola como agente de transformação é o de ampliar a liberdade e a

compreensão do mundo de cada cidadão. Para isto, deve ser um local em que a opressão

não exista, favorecendo a cooperação e o respeito mútuo.

Cabe à escola proporcionar o questionamento de seu papel conscientizador,

libertador de suas ações, em oferecer condições para que haja a utilização na totalidade

do ambiente pedagógico. Proporcionar o descobrimento, o direcionamento do ser humano

às finalidades de caráter social e renovador.

É no espaço da escola que se decide coletivamente, é importante que os alunos

aprendam respeitando as diferenças, as tradições e a cultura acumulada de cada um.

Assim, é o lugar institucional de um projeto educacional. Sendo responsável pela

promoção e desenvolvimento do cidadão, cabe a ela definir-se pelo tipo de cidadão que

deseja formar, de acordo com a sua visão de sociedade. Cabe-lhe, também, a

incumbência de definir as mudanças que julga necessárias na sociedade, através das

mãos do cidadão que irá formar.

A escola é vista, então, como um espaço político onde se deve ministrar um

conjunto de disciplinas de maneira que o aluno adquira o saber necessário para não se

deixar enganar. O conhecimento intelectual aparece como o suporte para a formação da

cidadania, o instrumento básico para o salto qualitativo entre a consciência e a

consciência crítica.

5.12 CONCEPÇÃO DE ENSINO E APRENDIZAGEM

Partimos da premissa pós-construtivista de que a inteligência é desenvolvida no

transcorrer de nossas vidas. Segundo Esther Pillar Grossi: “Não se nasce inteligente.

Fica-se inteligente, aprendendo, e todos aprendem inclusive sindrômicos de Down,

autistas, lesionados cerebrais [...]. Por outro lado, sabe-se também que a inteligência e

o desejo são duas instâncias complementares para qualquer aprendizagem, não valendo

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adjetivar-se qualquer uma delas, isto é, se considerado a inteligência emocional ou a

emoção inteligente. Ambos, inteligência e desejo, são substantivos que somente atuando

em simultaneidade produzem o tecido do conhecimento que é o pensamento”.

O sujeito da aprendizagem é um organismo biológico, psíquico e social, é corpo e

mente, está inserido em um momento histórico que o leva a construir relações únicas

com o ambiente que o cerca. De acordo com sua história e suas vivências, cada

indivíduo tem sua maneira própria de apropriar-se do conhecimento.

Na perspectiva de Vygotsky, o conhecimento é construído numa ação partilhada. É

na interação social que as relações entre sujeito e o objeto do conhecimento são

estabelecidas.

Quando o aluno vem para a escola, já traz uma bagagem de conhecimentos

adquiridos através das interações desenvolvidas por ele entre o ambiente e as pessoas

com as quais convive. Para a sistematização daqueles conhecimentos trazidos, entra em

cena o professor, como mediador, conforme a teoria adotada pela escola, levando seu

aluno a novas descobertas. É através dele que seus alunos se tornarão capazes de

comparar conhecimentos antigos com novos e poderão crescer.

A aprendizagem é um processo de construção que se dá pela interação entre os

sujeitos envolvidos e a relação humana, se evidencia em todo o processo ensino e

aprendizagem, que ocorre pela articulação de fatores internos e externos. Assim, a

subjetividade é primordial no processo ensino e aprendizagem e, a afetividade, um dos

principais elementos do desenvolvimento humano.

O processo de ensino - aprendizagem engloba fatos relacionados ao termos ensinar

e aprender, considerando todos os elementos de quem ensina e de quem aprende, além

das características específicas do aluno em tempo, idade, escolaridade e etc. No processo

de ensino aprendizagem, lida-se com os componentes da Psicologia, da Pedagogia e da

Didática, enquanto são utilizados recursos que possibilitam e favorecem a aprendizagem.

Este processo não diz respeito somente a seus atores principais, mas também às

formas e procedimentos para se alcançar os objetivos pretendidos pelos professores e

escola. Não basta escolher o método e utilizá-lo: inicialmente deve-se aprender e ter

domínio sobre o mesmo.

Segundo Paulo Freire (1983, p.100) levar a escola a pensar a própria prática, exige

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pensar diariamente sua função, exige a descoberta constante dos limites da própria prática,

que significa perceber e demarcar a existência do que chama-se de espaços livres a serem

preenchidos. O sonho possível tem a ver com os limites destes espaços e estes espaços

são históricos.

5.13. CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO

Conhecimento é uma atividade humana que busca explicitar as relações entre os

homens e a natureza. Desta forma, o conhecimento é produzido nas relações sociais

mediadas pelo trabalho.

Na sociedade, o homem não se apropria da produção material de seu trabalho e

nem dos conhecimentos produzidos nestas relações porque o trabalhador não domina as

formas de produção e sistematização do conhecimento.

Segundo Marx e Engels, "A classe que tem à disposição os modos de produção

material controla concomitante as ideias, aqueles que carecem desses meios ficam

subordinadas a ela" (Frigotto, 1993, p.67).

Ainda neste sentido, Andery (1988, p. 15) confirma que, "Nesse processo do

desenvolvimento humano multideterminado e que envolve inter-relações e interferências

recíprocas entre ideias e condições materiais, a base econômica será o determinante

fundamental".

Assim sendo, o conhecimento humano adquire diferentes formas: senso comum

científico, teológico e estético, pressupondo diferentes concepções, muitas vezes

antagônicas que o homem tem sobre si, sobre o mundo, sobre o conhecimento.

O conhecimento pressupõe as concepções de homem, de mundo e das condições

sociais que o geram configurando as dinâmicas históricas que representam as necessidades

do homem a cada momento, implicando necessariamente nova forma de ver a realidade,

novo modo de atuação para a obtenção do conhecimento, mudando, portanto a forma

de interferir na realidade. Essa interferência traz consequências para a escola, cabendo a

ela a socialização do conhecimento que foi expropriado do trabalho nas suas relações.

Conforme Veiga (Veiga, Ilma Passos, Projeto Político da Escola: uma construção

coletiva – 1995,p.27), "O conhecimento escolar é dinâmico e não uma mera simplificação

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do conhecimento científico que se adequaria à faixa etária e aos interesses dos alunos".

Dessa forma, o conhecimento escolar é resultado de fatos, conceitos e

generalizações, sendo, portanto, o objeto de trabalho do professor.

"Conhecer implica, pois, fazer uma experiência e a partir dela ganhar consciência e

capacidade de conceptualização. O ato de conhecer, portanto, representa um caminho

privilegiado para a compreensão da realidade, o conhecimento sozinho não transforma a

realidade; transforma a realidade somente a conversão do conhecimento em ação". (Boff-

200,p.82).

O conhecimento não ocorre individualmente. Ele acontece no social gerando

mudanças interna e externa no cidadão e nas relações sociais, tendo sempre uma

intencionalidade.

Conforme Freire, "O conhecimento é sempre conhecimento de alguma coisa, é

sempre intencional, isto é, está sempre dirigido para alguma coisa" (2003, p.59).

Portando, há de se ter clareza com relação ao conhecimento escolar, pois como

destaca Severino, "Educar contra - ideologicamente é utilizar, com a devida competência e

criatividade, as ferramentas do conhecimento, as únicas de que efetivamente o homem

dispõe para dar sentido às práticas mediadoras de sua existência real". (1988, p, 88).

5.14. CONCEPÇÃO DE CIÊNCIA

A ciência nasce da necessidade de explicar os fatos observados de forma

sistematizada utilizando métodos. Para Andery (1980), "A ciência é uma das formas do

conhecimento produzido pelo homem no decorrer de sua história. Portanto, a ciência

também é determinada pelas necessidades materiais do homem em cada momento

histórico, ao mesmo tempo em que nela interfere".

Dependendo de como se concebe o mundo, o homem e o conhecimento será a

concepção da ciência. No decorrer da história, a ciência está sempre presente para

reproduzir ou transformar.

Nenhuma ciência pode ser autenticamente verdadeira enquanto for produto de um

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homem em que em sua consciência não reflete a identidade do homem verdadeiro. O

homem verdadeiro é aquele que sabe usar-se por inteiro, é aquele que em sua consciência

é espelho do seu ser.

Na sociedade capitalista, o conhecimento científico é produzido de forma desigual,

estando a serviço de interesses políticos, econômicos e sociais do processo histórico, não

atingindo a totalidade da população.

A escola tem função social de possibilitar o acesso ao saber científico produzido

pela humanidade.

Nereide Saviani afirma que: "a ciência merece lugar destacado no ensino como

meio de cognição e enquanto objeto de conhecimento", ou seja, ao mesmo tempo em que

eleva o nível de pensamento dos estudantes, permite-lhes o conhecimento da realidade, o

que é indispensável para que não apenas conheçam e saibam interpretar o mundo em

que vivem, mas com isto saibam nele atuar e transformá-lo.

5.15 CONCEPÇÃO DE TECNOLOGIA

Sobre a tecnologia Noble assinala que se criou uma redoma falaciosa em torno do

verdadeiro propósito e natureza da tecnologia. Segundo o autor, "esta é vista na

sociedade como um processo autônomo; algo constituído e visto à margem de tudo como

se tivesse vida própria, independente das intenções sociais, poder e privilégio.

Examinamos a tecnologia como se fosse algo que se mudasse constantemente,

provocasse alterações profundas na vida das escolas. Decerto que isto é parcialmente

verdade. No entanto, se nos debruçarmos sobre o que tem vindo a mudar podemos

incorrer no erro de não questionar quais as relações que permanecem inalteradas.

Dentre estas, as mais importantes são as desigualdades econômicas e culturais que

dominam a nossa sociedade". (Noble, 1984).

Segundo Cristina Gomes Machado (2002), o processo educativo há de se revelar

capaz de sistematizar a tendência à inovação solicitando o papel criador do homem. É

preciso implementar no Sistema Educacional, uma pedagogia mediante a qual não

apenas se reforme o ensinamento, mas que também se facilite a aprendizagem.

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A tecnologia tem sido um impacto significativo não só na produção de bens e

serviços, mas também no conjunto das relações sociais e nos padrões culturais vigentes.

A LDB - Lei de Diretrizes e Bases da Educação 9394/96 ao propor a formação

tecnológica como eixo do currículo assume, segundo Kuerger (2000), “a concepção que a

aponta como a síntese, entre o conhecimento geral e específico, determinando novas

formas de selecionar, organizar e tratar metodologicamente os conteúdos”.

A tecnologia deve ser entendida como uma ferramenta sofisticada e alternativa no

contexto educacional, pois a mesma pode contribuir para o aumento das desigualdades

ou para a inserção social, se vista como uma forma de estabelecer mediações entre o

aluno e o conhecimento em todas as áreas.

"Urge pois continuar a luta pela escolarização como um bem público contra a

domesticação política que tem inflamado o debate educativo contribuindo para que a

educação em geral e o currículo, em particular, se constitua numa efetiva base para que

os mais desfavorecidos tenham, tomem e transformem a própria concepção de poder".

(Paraskeva, 2001).

Assim, fica claro, que ter no currículo, uma concepção de educação tecnológica

não será suficiente para o acesso de todos da Escola Pública, sem que haja uma vontade e

ação política que possibilite investimento para que esses recursos tecnológicos

(elementares e sofisticados) existam e possam ser ferramenta que contribua para o

desenvolvimento do pensar, sendo um meio de estabelecer relações entre o

conhecimento científico, tecnológico e sócio-histórico, possibilitando articular ação, teoria e

prática.

5.16 – CONCEPÇÃO DE CURRÍCULO ESCOLAR

O currículo da escola é a seleção intencional de uma porção de cultura. Cultura por

sua vez, refere-se a toda a produção humana que se constrói a partir das inter-relações do

ser humano com a natureza, com o outro e consigo mesmo. Esta ação essencialmente

humana e intencional é realizada a partir do trabalho, através do qual o homem se

humaniza e humaniza a própria a natureza. Por cultura entende-se, então, tudo o que os

grupos sociais produzem para representar o seu jeito de viver, de entender e de “sonhar” o

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mundo. O currículo é portanto histórico, resultado de um conjunto de forças sociais,

políticas e pedagógicas que expressam e organizam os saberes que circunstanciam as

práticas escolares na formação dos sujeitos que, por sua vez, são também históricos e

sociais. Nesta perspectiva, o currículo deve oferecer, não somente vias para compreender

tanto os saberes nele inseridos como também, os movimentos contraditórios pelos quais a

sociedade vem enfrentando e de que forma os sujeitos se inserem neles. Neste sentido, à

escola cabe erigir seu papel fundamental na transmissão apropriação e socialização dos

saberes culturais, numa base teleológica (intencional) que pressuponha uma práxis

transformadora: caminho (pista de corrida) este a ser percorrido por todos na escola.

A função do currículo não vai ser apenas no campo das narrativas no que diz

respeito sobre o que se deve ser, mas de certa forma, ele o executa. O currículo

consegue, por assim dizer, formar condutas disciplinares, falar sobre alguém, também

estará demonstrando a sua posição sobre o objeto específico, vai também nomear,

enquadrar, regular e coordenar.

A busca de possibilidades de transformações no currículo e na política cultural vem

dá ascendência dos "movimentos sociais", e, o currículo escolar, deve ser um espaço

para análise crítica, contestação de formas de poder que direcionem a formação do

indivíduo para atender as necessidades do sistema capitalista que a sociedade atual

vivencia.

O currículo deve ser compreendido como documento de identidade no âmbito

escolar. A história, política, poder e cultura são questões que devem fazer parte do

currículo, na tentativa de auxiliar a compreensão de mundo dos indivíduos e ser

fundamental na construção de uma sociedade menos excludente.

Para explicitar melhor o que fundamenta a proposta de Currículo desta escola,

faremos breve retrospecto dos conceitos de currículo ao longo do tempo.

Para Goodson (1996) o currículo é um percurso a ser seguido, como conteúdo

apresentado para estudo. Já, os primeiros estudos a respeito do currículo nos Estados

Unidos, foram nos molde tecnicista, como forma, de controle e eficiência social. Aqui,

pode-se destacar Ralph Tyler (1949) que valorizou os objetivos da educação e da

avaliação, bem como, o currículo como instrumento neutro, que padroniza as atividades

educacionais e controla o planejamento. É dentro desses preceitos, que no Brasil nos

anos 70 foi instituído os estudos e a organização curricular.

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Em uma análise sociológica do currículo, as críticas partem dos autores Young (1989),

Apple (1989) e Silva (1988). Porém, outros autores têm importantes

apontamentos, como, Kemis (1996) que acredita na reformulação da teoria do currículo,

articulando teoria-prática. Os autores, Stenhouse (1991) e Schwab (1983), vêem o

currículo de uma forma processual e prática. Sacristán (1987 e 1998) defende que o

currículo é construído através das diferentes influências e experiências, permitindo

analisar o seu objetivo e concretização ao decorrer de cada etapa das suas

transformações.

Segundo Silva (2002), o movimento de reconceptualização do currículo pretende

superar o caráter de ordem, de racionalidade e de eficiência do currículo burocratizante.

Nessa vertente, o currículo passa a ser entendido a partir do olhar da Sociologia da

Educação. O movimento de reconceptualização segundo os autores passa pelos

elementos de questionamento e problematização das relações de poder; um movimento

que questiona e descentra o sujeito soberano, autônomo, racional e unitário. A linguagem, o

discurso e o texto ganham uma importância central na problematização das relações de

poder. Este exercício de questionamento pressupõe, para Silva (2002), a superação das

grandes meta-narrativas e acena para o que ele chama de “contestação pós moderna.”

Currículo, por esta via, passa a ser entendido como forma de contestação de poder. Para

efeitos de análise, ganham espaço privilegiado as categorias: cultura poder, educação e

ideologia.

A cultura é vista menos como uma coisa e mais como um campo e terreno de luta

[...] a cultura é o terreno em que se enfrentam diferentes e conflitantes concepções de vida

social, é aquilo pelo qual se luta e não aquilo que recebemos. [..] O currículo não é o

veículo de algo a ser transmitido e passivamente absorvido mas o terreno em que

ativamente se criará e produzirá cultura [ ...] é um terreno de produção e de política

cultural (Silva, 2002, p.27 e 28)

Portanto, o que os estudos críticos dos currículos vem demonstrar, é que ele passa

por um processo histórico, é culturalmente determinado e está intimamente ligado com as

relações sociais. Desta maneira, fala-se em currículo oculto e o autor Silva, acrescenta

que o currículo oculto é aquilo que se quer objetivar, como por exemplo, os

comportamentos, atitudes e valores, que não estão claros no currículo, porém, consegue-

se ler as entrelinhas, através das relações sociais que permeiam o contexto em que a

escola está inserida.

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63

E ainda, há também, a perspectiva, teórico-prática, que busca ser uma teoria que

valorize a prática do currículo. Ou seja, a ação do currículo, desde a sua consolidação,

utilização e efeitos na realidade da sala de aula.

Podemos perceber que a seleção e organização dos conteúdos, vão se

transformando de acordo com as necessidades que determinada sociedade vive naquele

momento. Portanto, a escolha dos conteúdos não é um ato neutro, é um ato político.

O currículo também é uma prática social, desta forma, ele se torna produto e

produtor de identidade. No contexto escolar não existe uma só realidade, por isso, a

identidade deve ser um elemento do currículo que esteja sempre se modificando, se

encaixando nas diversas realidades curriculares que fazem parte da escola. A partir do

momento que o currículo se consolida como documento de identidade, está sendo um

agente que estabelece as relações de poder.

Por fim, analisando que a escola recebe influências políticas, sociais, econômicas e

culturais da sociedade da qual ela faz parte, sendo que, essa análise não é feita pelas

teorias tradicionais, o currículo é elemento seletivo no que diz respeito à cultura e

identidade dos grupos sociais. Na sociedade atual, há o reconhecimento das diferenças

culturais, políticas, religiosas, étnicas, raciais, econômicas, por meio de movimentos de

grupos minoritários, marginalizados do poder, que ganham força. Entretanto, esses

movimentos desencadeiam uma série de conflitos que geram manifestações contrárias à

existência da diversidade cultural.

Na educação, no que diz respeito ao currículo escolar, é necessário trabalhar a

pluralidade cultural, com o intuito de formar cidadãos críticos, na busca da e construição de

uma sociedade mais justa e democrática.

Há necessidade de considerarmos a atuação multicultural do professor e a

diversidade cultural no currículo escolar. Pois, é importante tomarmos consciência "do que o

currículo pode e faz com as pessoas, e deveria nos inspirar na tentativa de inventar, nele,

um espaço onde seja possível a crítica e a contestação das formas de poder que

transformam iguais em "outros" deficitários, anômalos, exóticos e incapazes"

(COSTA,1999, p.65).

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5.17 CONCEPÇÃO DE PROFESSOR

O professor é o elemento do processo a quem cabe o papel de mediador da ação

pedagógica que visa à produção do conhecimento, entendida com o estabelecimento da

relação entre o sujeito que conhece e o objeto a ser conhecido.

Professor é autoridade competente, direciona o processo pedagógico, interfere e cria

condições necessárias à apropriação do conhecimento, enquanto especificidade da

relação pedagógica.

Deve haver uma relação interativa entre professor e aluno, em que ambos são

sujeitos ativos. Professor e aluno são seres concretos (sócio-históricos), situados numa

classe social - síntese de múltiplas determinações.

Nesse sentido, é em defesa da instrução voltada para a socialização da ciência,

das artes e de toda forma de objetivação do conhecimento humano é que reiteramos a

necessidade de se compreender a mediação docente para além de relação interpessoal.

Ao se reconhecer que a mediação não se restringe à presença corpórea do professor

junto ao estudante, que não se trata de ajuda aleatória ou de relações democráticas em

sala de aula, e que o fundamental dessa relação entre pessoas é a ação sobre e com

objetos específicos – os elementos mediadores, o foco da atenção volta-se para o

conteúdo a ser ensinado e o modo de torná-lo próprio ao aluno. Isso implica reconhecer

que a mediação docente começa muito antes da aula propriamente dita. Seu início ocorre

já na organização da atividade de ensino, quando se planejam situações de comunicação

prática e verbal entre professor e estudantes, entre estudantes e estudantes em torno das

ações com o objeto da aprendizagem.

A tarefa do professor deve centrar-se em ensinar o aluno a estabelecer uma

relação consciente com o conhecimento científico. Segundo Saviani passasse do senso

comum a consciência filosófica e cabe ao professor partir da prática social, buscando

alterar qualitativamente a prática de seus alunos, para que possam ser agentes de

transformação social.

Podemos, ainda, reconhecer que a afirmação do papel mediador do professor no

processo de ensino e aprendizagem do estudante não é uma afirmação política de

valorização do professor, mas basicamente de valorização do conhecimento sistematizado.

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A valorização do conhecimento sistematizado estendesse, por decorrência, à

valorização do professor como aquele que domina o saber e os meios de torná-lo

acessível ao estudante. Ao evidenciar o domínio dos conhecimentos na atividade de

ensino, ou seja, o efetivo exercício desse tipo de mediação é que se justifica a valorização

profissional do professor.

5.18 CONCEPÇÃO DE ALUNO

O aluno não é um mero receptor de conhecimentos transmitidos por alguém, mas o

construtor de uma nova interpretação do conhecimento proposto e, assim, um novo

agente transformador da sociedade.

É o sujeito ativo no processo de ensino e aprendizagem. Sujeito que inova, que

transforma e adquire conhecimento, por meio da educação, para refazer o que já está feito,

de forma mais ampla e útil.

O aluno precisa ser orientado a ser um questionador do mundo, do homem, da

sociedade e de si mesmo, com o objetivo de compreender, trabalhar e valorizar a cultura

na qual está inserido.

É o agente construtor do conhecimento, buscando harmonia com seus emelhantes,

criatividade e autonomia para agir na sociedade diante dos problemas existenciais.

O aluno toma conhecimento do resultado de sua aprendizagem e organizasse para

possíveis mudanças de atitudes.

5.19 CONCEPÇÃO DE INFÂNCIA

A infância, nessa perspectiva, deve ser compreendida como um modo particular de

se pensar a criança, e não um estado universal, vivida por todos do mesmo modo. Mais

uma vez, nos deparamos com a multiplicidade e a urgência de, uma ver por todas,

desvincularmos a concepção de criança e de infância de uma ideia pré-concebida, seja ela

qual for.

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Infância tem um significado genérico e, como qualquer outra fase da vida, esse significado é

função das transformações sociais: toda sociedade tem seus sistemas de classes de idade

e a cada uma delas é associado um sistema de status e de papel.

A partir do século XVIII, a família sofre grandes transformações e criam-se novas

necessidades sociais nas quais a criança será valorizada enormemente, passando a ocupar

um lugar central na dinâmica familiar. A partir de então, o conceito de infância se evidencia

pelo valor do amor familiar: as crianças passam dos cuidados das amas para o controle dos

pais e, posteriormente, da escola, passando pelo acompanhamento dos diversos

especialistas e das diferentes ciências (Psicologia, Antropologia, Sociologia, Medicina,

Fonoaudiologia, Pedagogia, dentre outras tantas).

A infância e a criança tornam-se objetos de estudos e saberes de diferentes áreas,

constituindo-se num campo temático de natureza interdisciplinar. Independente da forma

como era olhada, do posicionamento teórico que se tivesse sobre ela, a infância tornou-se

visível como um estatuto teórico.

A infância, enquanto produção cultural da pós-modernidade, não pode ser pensada

como cristalizada ou acabada. Constitui-se mesmo num devir, que incorpora a noção de

transformação e dinamismo. Para Jardim (2003), “a ideia do devir criança nos leva a pensar

a subjetividade em territórios para além da visibilidade superficial que nos leva ao tempo

cronológico, uniforme e linear” (p. 28). Coloca-se, então, a necessária compreensão dos

diversos sentidos e significados de infância.

A história da criança no Brasil é brilhantemente apresentada por Priore (2000), seja

quando se discutem condições de vida das crianças europeias trazidas para cá no século

XVI (RAMOS,2000), seja quando aborda o cotidiano das crianças livres ou escravas no

Brasil Colônia e Império (PRIORE, 2000). A entrada na Modernidade não trouxe muita

diferença para todos os pequenos brasileiros. O sonho de infância feliz não parece ter sido

vivido pelas crianças operárias da cidade de São Paulo recém-industrializada (MOURA,

2000) ou das crianças trabalhadoras do nosso país (RIZZINI, 2000; ABREU, 2000).

No Brasil moderno surgiu um termo que conceitua bem a criança desvalida: menor.

Este termo foi inicialmente utilizado para designar uma faixa etária associada, pelo Código

de Menores de 1927, às crianças pobres, passando a ter, posteriormente, uma conotação

valorativa negativa.

Metaforicamente, menores passaram a ser todos aqueles ao quais a sociedade atribuía um

Significado social negativo. Menores eram aquelas crianças e adolescentes pobres,

pertencentes às famílias com uma estrutura diferente da convencional (patriarcal, com pai e

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mãe presentes, com pais trabalhadores, com uma boa estrutura financeira e emocional,

dentre outros).

Aquelas crianças caracterizaram-se como "menores" em situação de risco social,

passíveis de tornarem-se marginais e, como marginais, colocarem em risco a si mesmas e à

sociedade. Deste modo, tornou-se uma norma social atender à infância abandonada, pobre

e desvalida, mas a partir de um olhar de superioridade, na tentativa de salvamento ou de

"adestramento". O "menor" foi entregue à alçada do Estado, que tratou de cuidar dele,

institucionalizando-o, submetendo-o a tratamentos e cuidados massificastes, cruéis, e

preconceituosos.

Por entender o "menor" como uma situação de perigo social e individual, o primeiro

código de menores, datado de 1927, acabou por construir uma categoria de crianças menos

humanas, menos crianças do que as outras crianças, quase uma ameaça à sociedade.

Com a aprovação do Estatuto da Criança e do Adolescente, em 1990, o termo

"menor" foi abolido, passando a definir todas as crianças como sujeitas de direitos, com

necessidades específicas, decorrentes de seu desenvolvimento peculiar, e que, por conta

disso, deveriam receber uma política de atenção integral a seus direitos construídos social e

historicamente.

A mudança é radical, vai à raiz: o menor deixa de ser visto como menor e retoma seu

lugar de criança. O menor passa a ser visto como cidadão de direitos e não como um

expectador das tentativas de sabê-lo vítima ou responsável pelos descalabros sociais. A

criança volta a ocupar o seu lugar de um ser humano, de um sujeito construído

historicamente, com direitos e deveres que devem ser exercidos hoje, com uma vida

concreta que pode ser muito dura e distante do sonho dourado da infância mítica da classe

média.

5.20 CONCEPÇÃO DE ADOLESCÊNCIA

A adolescência corresponde ao período em que o ser humano sofre mudanças

orgânicas, cognitivas, sociais e afetivas. As mudanças sofridas pelo adolescente têm

consequências ao nível do seu relacionamento interpessoal, familiar, escolar e social. A

este propósito, Fátima Maria Simas relembramo-nos na sua obra Educação, Cognição e

Desenvolvimento (2001) a concepção de adolescência apresentada por Seligman (1994):

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A adolescência surge como um período de grandes mudanças físicas que alteram a

sua imagem corporal e intelectual começando a possibilitar a formação do conhecimento de

si próprio e a prepará-lo para tomar decisões. Porém, este período de desenvolvimento é

bastante complexo porque passa por um confronto de forças interiores e exteriores que

afetam o auto conhecimento, tais como o contexto socioeconômico e cultural e a

importância da família e dos seus pares que influenciam as expectativas dos jovens em

relação ao futuro.

É, também, durante este período que o adolescente realiza um percurso, muitas

vezes difícil, em que procura a sua identidade. Durante esse percurso o jovem encontra-se

em busca de uma uniformidade capaz de lhe proporcionar segurança e autoestima. Razão

pela qual a companhia dos pais é, nesta fase, preterida relativamente à companhia dos

amigos assim como é, igualmente, durante este período que parece ocorrer a identificação

com o espírito de grupo. A confirmá-lo, apresentamos as citações que se seguem:

Termos como transformação, conflito e separação são centrais à compreensão dos

processos desenvolvimentos da adolescência. As transformações referem-se a um conjunto

de processos que vão da maturação biológica à adoção de novos papéis sociais, no curso

dos quais o adolescente refaz a si, ao outro e à realidade. A separação envolve um

processo de paulatino distanciamento entre os adolescentes e as antigas figuras de

referência, como a família e a escola, quando eles tendem a privilegiar o compartilhamento

de experiências com os grupos de companheiros. Cole e Cole, 2003; Dias e Tróccoli, 1999;

Santrock, 2003).

Especialmente quando o adolescente busca uma maior autonomia em relação aos

pais na adolescência, os grupos de pares emergem como fontes importantes de

identificação e referência comportamental dos adolescentes. Porém, uma particularidade

das tribos é o carácter volátil de seus vínculos internos, o que tanto torna sua dinâmica

social muito rica, como enfraquece as ligações entre os membros, comprometendo o

engajamento em projetos cooperativos de maior duração (Maffesoli, 1992/2000).

Etimologicamente a palavra adolescente vem do latim ad, que significa, segundo

Becker (1994) para e olescere que significa "crescer para". A adolescência implica que o

jovem adquire autonomia e consequentemente uma visão própria do mundo.

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Ao nos debruçarmos sobre a questão da adolescência há uma questão que não

podemos contornar, será que o período da adolescência é vivido de igual forma pelos

jovens qualquer que seja a sua nacionalidade? Ou será que este período ganha contornos

diferentes consoante o contexto social em que o jovem se encontra inserido?

O conceito de adolescência não é pacífico e, por isso, tem vindo a ser objeto de

estudo de várias correntes da psicologia. As duas grandes tendências identificadas na

investigação oscilam entre aqueles que defendem que a adolescência é um processo de

natureza individual (baseiam a sua teoria colocando em evidência os aspectos biológicos e

psicológicos) e os que defendem que se trata de um período identificado e reconhecido

culturalmente (colocam a ênfase nos aspectos sociológicos, antropológicos e ideológicos).

Nunes de Souza (1997) considera que o período da adolescência se caracteriza por ser um

período difícil para os adolescentes não apenas pelas transformações físicas a que estão

sujeitos nesta fase da vida, como também considera que este período constitui um período

de crise para toda a família. Durante este processo o adolescente sente necessidade de

contestar os valores que lhe foram incutidos pela família numa tentativa de se afirmar

enquanto indivíduo com existência e características próprias.

Esta fase caracteriza-se, igualmente, por o autoritarismo dos pais ter muitas vezes de

ser substituído por uma atitude de negociação com os filhos relativamente às tomadas de

decisão. Quanto maior for o grau de afetividade existente entre a criança e a figura de

autoridade maior será o nível de aceitação das regras impostas, no entanto, no período da

adolescência o jovem tende a rejeitar o que lhe foi anteriormente incutido.

O jovem que teve a oportunidade de ter uma referência de autoridade positiva na

infância tem mais facilidade em integrar-se socialmente, ou seja, em acatar as regras

necessárias para viver em sociedade. Esta é a concepção de adolescência que

corroboramos uma vez que consideramos ser um processo que extrapola o indivíduo e que

envolve a família, a escola, as instituições e os grupos de pares. No que respeita à

educação há, assim, uma estreita ligação entre o individual e o coletivo e a este respeito

diz-nos Morin (1991) que sempre há um imprinting cultural a determinar as nossas

percepções do mundo.

Um outro processo que tende a desenvolver-se na adolescência é o desenvolvimento

moral acompanhado pela aquisição de valores e ideais de justiça, liberdade ou equidade.

Kolhberg (1981) diz-nos que o período da adolescência corresponde a uma etapa de

construção de valores sociais e de manifestações de interesse, por parte do adolescente,

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por problemas de cariz ético e ideológico. O jovem adolescente aspira à existência de um

mundo perfeito relativamente aos valores morais é altruísta, o que não raras vezes originam

revoltas por descobrir que a sociedade não se pauta pelos valores que defende.

5.21 CONCEPÇÃO DE LETRAMENTO

Letramento é o resultado da ação de ensinar ou de aprender a ler e escrever, bem

como o resultado da ação de usar essas habilidades em práticas sociais, é o estado ou

condição que adquire um grupo social ou um indivíduo como conseqüência de ter-se

apropriado da língua escrita e de ter-se inserido num mundo organizado diferentemente: a

cultura escrita.

Como são muito variados os usos sociais da escrita e as competências a eles

associadas, é frequente levar em consideração níveis de letramento.

Tendo em vista as diferentes funções e as formas pelas quais as pessoas têm

acesso à língua escrita, a literatura a respeito assume ainda a existência de tipos de

letramento ou de letramentos, no plural.

5.22 CONCEPÇÃO DE AVALIAÇÃO

A avaliação deve ser um ato amoroso, uma prática emancipatória, que consiste

num processo que diagnostifique as dificuldades dos alunos e os inclua na construção da

aprendizagem, integrando o educando na sociedade, por meio de um trabalho educativo

de qualidade. Assim desenvolvendo conhecimentos e atitudes que garantam bons

resultados ao longo do processo.

Segundo Luckesi o conceito de avaliação é: "Formulado a partir das determinações

da conduta de "atribuir um valor ou qualidade a alguma coisa, ato ou curso de ação...",

que, por si, implica um posicionamento positivo ou negativo em relação ao objeto, ato ou

curso de ação avaliado. Isso quer dizer que o ato de avaliar não se encerra na

configuração do valor ou quantidade atribuídos ao objeto em questão, exigindo uma

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tomada de posição favorável ou desfavorável ao objeto de avaliação, com uma

consequente decisão de ação”. (2003,p.92 e 93)

As práticas avaliativas não devem ser usadas de maneira punitiva, excludente e

seletiva. Avaliar é coletar, analisar e sintetizar os dados, não como resultado estático, um

julgamento, mas sim, uma ação que age por meio de outras ações, em busca de

transformação.

Diante dos conceitos de sociedade, de mundo, de homem, de educação/escola, de

conhecimento, de ensino, de aprendizagem, de avaliação, é necessário explicitar os

princípios que fundamentam a Gestão Democrática da Educação para que as concepções

se concretizem na prática escolar.

A Avaliação do aproveitamento escolar deverá incidir sobre o desempenho do

aluno em diferentes experiências de aprendizagem, prevalecendo os aspectos qualitativos

sobre os quantitativos e dos resultados ao longo do período.

A avaliação orienta o currículo e a prática pedagógica na escola. A avaliação que

garante a participação e o diálogo crítico fundamenta a reorientação curricular e a

reconstrução de práticas pedagógicas numa perspectiva emancipadoa. As vozes, tanto dos

professores como dos alunos, devem ser ouvidas no processo de organização do currículo

e do trabalho pedagógico escolar, dos quais a avaliação é parte. A avaliação crítica tece

toda a prática pedagógica escolar, contribuindo com os processos emancipatórios e a

democracia na escola. A autoavaliação criteriosa é um passo na conqusita da autonomia.

A avaliação é querer bem, pleno de respeito e generosidade. É um ato de amor de

humildade e de coragem. É, portanto, indispensável que a avaliação produza vida,

libertação, condenando todo tipo de violência, que humilha, destrata e exclui. A avaliação na

(e da) prática pedagógica, nessa perspectiva, conduz a seu aperfeiçomento contínuo, ao

ensino de melhor qualidade. Ela estimula educadores e alunos, todos os que fazem a

escola, e desejá-la como algo que produz o bem comum. Ela é produtora de alegria, de

participação na aula, de vontade de aprender e de estarna escola. Ela coparticipa da escola

democrática.

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5.22.1 SISTEMA DE AVALIAÇÃO

A Avaliação deve ser:

− Um processo que dê condições ao professor tomar decisões quanto

ao aperfeiçoamento das situações de aprendizagem;

− Proporcionadora de dados que permitam ao estabelecimento de ensino

a reformulação do currículo com adequação dos conteúdos e métodos de ensino;

− Possibilitadora de novas alternativas para o planejamento do estabelecimento

e do sistema de ensino como um todo;

− Diagnóstica, contínua e cumulativa e realizada cooperativamente

visando determinar até que nível os objetivos ou programação curricular, previamente

estabelecidos foram ou deixaram de ser alcançados pelos alunos.

A Avaliação Diagnóstica ocorrerá antes do processo ensino e aprendizagem e servirá

para identificar os pré-requisitos, determinar o nível de conhecimento inicial do aluno e

poderá também ocorrer durante o processo ensino e aprendizagem,

determinando as causas das dificuldades da aprendizagem dos alunos.

A Avaliação Contínua será realizada para verificar o nível de aprendizagem dos

alunos e para identificar os conteúdos que não foram assimilados e que, portanto,

precisam ser revistos ou recuperados (recuperação paralela), corrigindo-se, assim, as

falhas.

A Avaliação Cumulativa se fará no decorrer do ano letivo, avaliando as atividades

desenvolvidas pelos alunos, com prevalência dos aspectos qualitativos sobre os

quantitativos.

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5.22.1.1. CONFORME O REGIMENTO ESCOLAR

Da Avaliação da Aprendizagem, da Recuperação de Estudos e da Promoção

A avaliação é uma prática pedagógica intrínseca ao processo ensino e

aprendizagem, com a função de diagnosticar o nível de apropriação do conhecimento

pelo aluno.

A avaliação é contínua, cumulativa e processual, devendo refletir o

desenvolvimento global do aluno e considerar as características individuais deste no

conjunto dos componentes curriculares cursados, com preponderância dos aspectos

qualitativos sobre os quantitativos. Dar-se-á relevância à atividade crítica, à capacidade

de síntese e à elaboração pessoal, sobre a memorização.

O sistema de avaliação adotado pelo Estabelecimento de Ensino T r imestral e

será composto pela somatória da nota 5,0 (cinco vírgula zero) referente a atividades

diversificadas, conforme especificado, mais a nota 5,0 (cinco vírgula zero) proveniente a

prova escrita, totalizando nota final 10,0 (dez vírgula zero). O peso atribuído à prova

escrita não deve ser maior que a somatória dos pesos de outros instrumentos de

avaliação.

A avaliação é realizada em função dos conteúdos, utilizando métodos e

instrumentos diversificados, coerentes com as concepções e finalidades educativas

expressas no Projeto Político Pedagógico da Escola. É vedado submeter o aluno a uma

única oportunidade e a um único instrumento de avaliação.

Os instrumentos utilizados pelo professor serão definidos de acordo com os

critérios preestabelecidos no Plano de Trabalho Docente, podendo ser, entre outros:

a) seminários;

b) atividades escritas (provas, relatórios, dissertações, sínteses);

c) atividades orais (provas, debates, palestras);

d) pesquisas (de campo, bibliográficas);

e) trabalho em grupo e/ou individual;

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74

Os critérios de avaliação do aproveitamento escolar serão elaborados em

consonância com a organização curricular e descritos no Projeto Político Pedagógico.

A avaliação do ensino da Educação Física e de Arte, deverá adotar procedimentos

próprios, visando ao desenvolvimento formativo e cultural do aluno, conforme art. 8º da

Deliberação nº 07/99-CEE.

A avaliação deverá utilizar procedimentos que assegurem o acompanhamento do

pleno desenvolvimento do aluno, evitando-se a comparação dos alunos entre si.

O resultado da avaliação deve proporcionar dados que permitam a reflexão sobre a

ação pedagógica, contribuindo para que a escola possa reorganizar conteúdos

/instrumentos /métodos de ensino.

Na avaliação do aluno devem ser considerados os resultados obtidos durante todo o

período letivo, num processo contínuo, expressando o seu desenvolvimento escolar,

tomado na sua melhor forma.

Os resultados das atividades avaliativas serão analisados durante o período letivo,

pelo aluno e pelo professor, observando os avanços e as necessidades detectadas, para o

estabelecimento de novas ações pedagógicas. A recuperação de estudos é direito dos

alunos, independentemente do nível de apropriação dos conhecimentos básicos.

A recuperação de estudos em nosso Estabelecimento ocorrerá de

duas formas:

a) com a retomada do conteúdo a partir do diagnóstico oferecido pelos

instrumentos de avaliação;

b) com a reavaliação do conteúdo já “reexplicado” em sala de aula.

A recuperação de estudos dar-se-á de forma permanente e concomitante ao

processo ensino e aprendizagem.

A recuperação será organizada com atividades significativas, por meio de

procedimentos didático-metodológicos diversificados, não devendo incidir sobre cada

instrumento e sim sobre os conteúdos não apropriados. A proposta de recuperação de

estudos deverá indicar a área de estudos e os conteúdos da disciplina.

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75

O peso da recuperação de estudos deverá ser proporcional as avaliações como

um todo, ou seja, equivalerá de 0 a 100% de apreensão e retomada dos conteúdos. Os

estudos de Recuperação não poderão ser considerados como um adendo a nota.

Os resultados da recuperação serão incorporados às avaliações efetuadas durante o

período letivo, constituindo-se em mais um componente do aproveitamento escolar,

sendo obrigatória sua anotação no Livro Registro de Classe.

Os resultados trimestrais, anuais e finais serão transcritos pela secretaria nos

documentos escolares e comunicados aos alunos e/ou responsáveis através de

instrumentos próprios.

A revisão dos resultados das avaliações poderá ser requerida no prazo de 72 horas

(setenta e duas) horas, de dias úteis, a partir da comunicação dos mesmos.

A promoção é o resultado da avaliação do aproveitamento escolar do aluno, aliada à

apuração da sua frequência.

Na promoção ou certificação de conclusão, para os anos finais do Ensino

Fundamental e Ensino Médio, a média final mínima exigida é de 6,0 (seis vírgula zero),

observando a freqüência mínima exigida por lei.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio, que

apresentarem frequência mínima de 75% do total de horas letivas e média anual igual ou

superior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada disciplina, serão considerados aprovados ao

final do ano letivo.

Os alunos dos anos finais do Ensino Fundamental e do Ensino Médio serão

considerados retidos ao final do ano letivo quando apresentarem:frequência inferior a 75%

do total de horas letivas, independentemente do aproveitamento escolar; frequência

superior a 75% do total de horas letivas e média inferior a 6,0 (seis vírgula zero) em cada

disciplina.

As disciplinas de Artes, Arte e Educação Física serão objetos de reprovação e

terão registro de nota e frequência na documentação escolar.

Os resultados obtidos pelo aluno no decorrer do ano letivo serão devidamente

inseridos no sistema informatizado, para fins de registro e expedição de documentação

escolar.

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Recuperação de Estudos:

Para os alunos de baixo rendimento escolar será proporcionada Recuperação de

Estudos, de forma paralela, ao longo da série ou período letivo.

A recuperação de Estudos será planejada, constituindo-se num conjunto integrado ao

processo de ensino, além de se adequar às dificuldades dos alunos.

Na Recuperação de Estudos o professor considera a aprendizagem do aluno no

decorrer do processo e, para aferição do trimestre, entre a nota da avaliação e da

recuperação, prevalecerá sempre a maior.

A Recuperação paralela de 5ª a 8ª série/ 6º ao 9º Ano, será feita empregando-se os

seguintes instrumentos:

-pesquisas;

-estudo dirigido;

-atividades orais;

-confecção de murais;

-cartazes;

-maquetes;

-elaboração pessoal de textos;

-testes individuais e em grupo.

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6. MARCO OPERACIONAL

6.1 ORGANIZAÇÃO E FINALIDADE DA GESTÃO DEMOCRÁTICA

6.1.1 LINHA DE AÇÃO DA ESCOLA:

Após a análise dos pontos citados no Marco Situacional, propõem-se linhas de

ação em termos de uma Gestão Democrática. É possível instituir a gestão democrática da

escola pública se a mesma está pautada nos fundamentos da autonomia e participação

efetiva de todos da comunidade escolar.

No exercício do poder está a essência da democracia. E a qualidade do exercício

do poder está referida ao espaço de autonomia que fundamenta o ser cidadão e a

finalidade da instituição educacional. O poder é exercido por todos os atores sociais, em

todas as ramificações da estrutura organizacional. Na dialética do funcionamento da

sociedade e das organizações todos exercemos estrategicamente nosso poder.

No trabalho pedagógico desenvolvido em uma concepção democrática,

a participação deixa de ser mera “colaboração”, para tornar-se exercício de poder sobre

aquilo que nos pertence, que pertence à cidadania, ao “público”, que diz respeito aos

objetivos coletivos. A designação de um cargo, na democracia, é uma delegação de

serviço aos interesses coletivos, de responsabilidade social. O ocupante do cargo não é

“dono do poder”, mas servidor da cidadania. O mesmo raciocínio vale para todos os

representantes dos colegiados da instituição educacional.

O sentimento de pertença da escola a todos os cidadãos a quem ela diz respeito

requer a identificação ao seu projeto educacional. Se a participação requer compromisso

com o projeto educacional coletivo, o compromisso advém dessa identificação, desse

sentimento de pertença. As pessoas somente se comprometem com aquilo em que

acreditam, com aquilo que lhes dizem respeito, que faz sentido pra suas vidas. Se for

assim, então passam a querer exercer seu poder, participar das decisões, porque

adquiriram a consciência de que estas afetam suas vidas. Só há efetiva participação e

compromisso quando se estabelece a cultura do querer fazer – no lugar do deve fazer –

para exercer o poder sobre o que nos pertence, o que diz respeito às nossas vidas, ao

nosso futuro, que está vinculado ao futuro do coletivo social.

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O processo de gestão democrática escolar deve ser dinâmico, abrangente e

participativo, "Nesse sentido, a gestão democrática da educação é, ao mesmo tempo,

transparência e impessoalidade, autonomia e participação, liderança e trabalho coletivo,

representatividade e competência" (FERREIRA, 2003, p.58).

Partindo desse princípio o Colégio Estadual Dr. Júlio Junqueira tem o compromisso

com toda a comunidade escolar de fazer uma gestão democrática com a participação de

todas as instâncias colegiadas, existentes atualmente: Conselho Escolar, Conselho de

Classe, APMF e Representantes de Turma.

A participação das instâncias colegiadas se dará nas discussões, planejamentos,

ações, execuções e avaliação do PPP, com o objetivo de fortalecer a base dessa gestão,

dando sustentação ao trabalho administrativo e pedagógico, compartilhando

responsabilidades e ajudando a construir novas identidades É o verdadeiro trabalho

coletivo na escola, no qual os profissionais da educação e comunidade escolar elaboram o

seu próprio Projeto Político Pedagógico, visando romper com a separação entre a

concepção e a execução, entre o pensar e o fazer, entre teoria e prática, ou seja,

repensar a estrutura de poder na Escola, tendo em vista sua socialização.

É importante observar o princípio de laicidade, na gestão democrática. É preciso

que todos compreendam e respeitem as diferentes formações étnicas, morais e religiosas

que o alunado possa trazer consigo.

6.2. FORMA DE PARTICIPAÇÃO DAS INSTÂNCIAS COLEGIADAS

• Conselho Escolar: situa-se no espaço da defesa dos interesses coletivos,

do Projeto Político Pedagógico da Escola, numa visão do todo, ou seja, interesses

pedagógicos ou administrativos.

• Conselho de Classe: participação direta e integrada Proposta Pedagógica,

organização interdisciplinar, avaliação das práticas pedagógicas e atenção na

avaliação do ensino-aprendizagem do educando.

• APMF (Associação de Pais, Mestres e Funcionários) : acompanha

o desenvolvimento do Projeto Político Pedagógico da Escola com vista para a

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realidade em que está inserida, efetivando ações para melhorá-la, tanto no âmbito

pedagógico, administrativo e financeiro.

• Representantes de Turma: nesse segmento há o representante dos alunos

da turma que serve como elo entre alunos, professores, equipe pedagógica e direção,

participando aos mesmos as situações da sala, bem como interesses comuns,

problemas que ocorram em sala ou mesmo ajuda na organização. O representante

dos professores que procura estar atento ao dia a dia da turma, em relação as

questões do aprendizado, disciplina, para eventuais ações e soluções juntamente

com outros professores equipe pedagógica, direção e pais possam ser tomadas.

• Grêmio Estudantil: implementação para o ano de 2012.

6.3 PROCESSO DE CLASSIFICAÇÃO E RECLASSIFICAÇÃO

Do Processo de Classificação

A classificação no Ensino Fundamental e Médio é o procedimento que o

estabelecimento de ensino adota para posicionar o aluno na etapa de estudos compatíveis

com a idade, experiência e desenvolvimento adquiridos por maios formais ou informais,

podendo ser realizada:

I. por promoção, para alunos que cursaram, com aproveitamento, a série ou fase anterior,

na própria escola;

II. por transferência, para os alunos procedentes de outras escoals, do país pou do exterior,

considerando a classificação da escola de origem;

III. independentemente da escolarização anterior, mediante avaliação para posicionar o

aluno na série, ciclo, disciplina ou etapa compatível ao seu grau de desenvolvimento e

experiência, adquiridos por meios formais ou informais.

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Do Processo de Reclassificação

A reclassificação é o processo pelo qual o estabelecimento de ensino avalia o grau

de experiência do aluno matriculado, preferencialmente no início do ano, levando em conta

as normas curriculares gerais, a fim de encaminhá-lo à etapa de estudos compatível com

sua experiência e desenvolvimento, independentemente do que registre o seu Histórico

Escolar.

Cabe aos professores, ao verificarem as possibilidades de avanço na aprendizagem

do aluno, devidamente matriculado e com frequência na série/disciplina, dar conhecimento à

equipe pedagógica para que a mesma possa iniciar o processo de reclassificação.

O aluno reclassificado deve ser acompanhado pela equipe pedagógica, durante dois

anos, quanto aos seus resultados de aprendizagem. O resultado do processo de

reclassificação será resgistrado em ata e integrará a pasta individual do aluno.

6.4 ESTÁGIOS

O estágio é um ato educativo escolar supervisionado desenvolvido no ambiente de

trabalho que visa à preparação para o trabalho produtivo de educandos que estejam

frequentando o ensino regular em instituições de educação superior, de educação

profissional, de ensino médio, da educação especial e dos anos finais do ensino

fundamental, na modalidade profissional da educação de jovens.

Cabe a escola o compromisso de acolhimento e suporte pedagógico por parte da direção,

equipe pedagógica e professores.

6.4.1 PLANO DE ESTÁGIO

6.4.1.1 IDENTIFICAÇÃO DA INSTITUIÇÃO DE ENSINO

ESTABELECIMENTO: xxxxxxxxxxxxxxx

ENDEREÇO: XXXXXXXXXXX

ENTIDADE MANTENEDORA: SEED – Governo do Estado do Paraná

MUNICÍPIO: XXXXXXXXXXXXX- Paraná

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NRE: Apucarana

6.4.1.2 IDENTIFICAÇÃO DO CURSO

Habilitação: ENSINO MÉDIO

Nome do Professor Orientador: XXXXXXXXXXXXXXX

Ano Letivo: XXXXXXXXXXXX

6.4.1.3 JUSTIFICATIVA

O Estágio Profissional não obrigatório é uma atividade curricular, um ato educativo

assumido intencionalmente pela instituição de ensino que propicia a integração dos

estudantes com a realidade do mundo do trabalho. Sendo um recurso pedagógico que

permite ao aluno o confronto entre os desafios profissionais e a formação teórico-prática

adquiridas nos estabelecimentos de ensino, oportunizando a formação de profissionais com

percepção crítica da realidade e capacidade de análise das relações técnicas do trabalho.

O Estágio é desenvolvido no ambiente de trabalho, cujas atividades a serem

executadas devem estar devidamente adequadas às exigências pedagógicas relativas ao

desenvolvimento pessoal, profissional e social do educando, prevalecendo sobre o aspecto

produtivo.

O Estágio se distingue das demais disciplinas em que a aula prática está presente por

ser o momento de inserção do aluno na realidade, para o entendimento do mundo do

trabalho, com o objetivo de prepará-lo para a vida profissional, conhecer formas de gestão e

organização, bem como articular conteúdo e método de modo que propicie um

desenvolvimento ominilateral. Sendo também, uma importante estratégia para que o aluno

trabalhador tenha acesso às conquistas científicas e tecnológicas da sociedade.

O Estágio Profissional, de caráter não obrigatório, atende as necessidades da escola

conforme previsto na legislação vigente:

Lei nº 9.394/1996, que trata das Diretrizes e Bases da Educação Nacional;

Lei N° 11.788/2008, que dispõe sobre o estágio de estudantes;

Lei Nº 8.069/1990, que dispõe sobre o Estatuto da Criança e do Adolescente, em

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especial os artigos, 63, 67e 69 entre outros, que estabelece os princípios de proteção ao

educando;

o Art. 405 do Decreto Lei que aprova a Consolidação das Leis do Trabalho- CLT, que

estabelece que as partes envolvida devem tomar os cuidados necessários para a promoção

da saúde e prevenção de doenças e acidentes, considerando principalmente, os riscos

decorrentes de fatos relacionados aos ambientes, condições e formas de organização do

trabalho;

Deliberação N° 02/2009 – do Conselho Estadual de Educação.

Instrução Nº 006/2009 – SUED/SEED.

O Plano de Estágio é o instrumento que norteia e normatiza os Estágios dos Alunos

do Ensino Médio.

6.4.1.4 OBJETIVO GERAL DO ESTÁGIO

Conhecer formas de gestão e organização na realidade do mundo do trabalho,

propiciando o desenvolvimento pessoal, profissional, a partir da prática social,

contemplando as diversas áreas que contribuem para a formação integral do aluno, bem

como reconhecer as dimensões pedagógicas que se desenvolvem em todos os aspectos

da vida social e produtiva.

6.4.1.5 OBJETIVOS ESPECÍFICOS DO ESTÁGIO

Proporcionar ao aluno o contato com as atividades relacionadas ao currículo do

Ensino Médio;

Oportunizar experiência profissional diversificada de acordo com proposta Curricular;

Relacionar teoria e prática profissional a partir das experiências realizadas no campo

de estágio;

Possibilitar a iserção do educando no mundo do trabalho.

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6.4.1.6 LOCAIS DE REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO

O estágio poderá ser realizado em instituições públicas ou privadas desde que esteja

relacionado com o Projeto Político Pedagógico e com a Proposta Curricular do curso.

6.4.1.7 ATIVIDADES DO ESTÁGIO

O Estágio Supervisionado, como ato educativo, representa o momento de inserção

do aluno na realidade do mundo do trabalho, permitindo que coloque os conhecimentos

construídos ao longo das séries em reflexão e compreenda as relações existentes entre a

teoria e a prática.

Por ser uma experiência pré-mundo do trabalho, servirá como instante de seleção,

organização e integração dos conhecimentos construídos, porque possibilita ao estudante

contextualizar o saber, não apenas como educando, mas como cidadão crítico e ético,

dentro de uma organização concreta do mundo trabalho, no qual tem um papel a

desempenhar.

6.4.1.8 ATRIBUIÇÕES DA MANTENEDORA/ESTABELECIMENTO DE ENSINO

O Estágio Profissional não obrigatório, concebido como procedimento didático-

pedagógico e como ato educativo intencional é atividade pedagógica de competência da

instituição de ensino, sendo planejado e avaliado em conformidade com os objetivos

propostos para a formação profissional dos estudantes, previsto no Projeto Político-

Pedagógico e no Plano de Estágio. A instituição de ensino é responsável pelo

desenvolvimento do estágio nas condições estabelecidas no Plano de Estágio, observado:

Elaborar Termo de Compromisso para ser firmado com o educando ou com seu

representante ou assistente legal e com a parte concedente, indicando as condições

adequadas do estágio à proposta pedagógica do curso;

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Etapa e modalidade da formação escolar do estudante e ao horário e calendário

escolar;

Respeitar legislação vigente para estágio não obrigatório;

Celebrar Termo de Compromisso com o educando, se for ele maior de 18 anos; com

seu assistente legal, se idade superior a 16 e inferior a 18 (idade contada na data de

assinatura do Termo) ou com seu representante legal, se idade inferior a 16 anos e com o

ente concedente, seja ele privado ou público;

Celebrar Termo de Cooperação Técnica para estágio com o ente público ou privado

concedente do estágio;

Contar com o professor orientador de estágio, o qual será responsável pelo

acompanhamento e avaliação das atividades;

Exigir do aluno o planejamento/plano e o relatório de seu estágio;

Realizar avaliações que certifiquem as condições para a realização do estágio

previstas no Plano de Estágio e firmadas no Termo de Cooperação Técnica e Convênios

que deverão ser aferidas mediante relatório elaborado pelo professor orientador de estágio

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao

estudante, vedadas atividades:

a) incompatíveis com o desenvolvimento do adolescente;

b) noturnas, compreendidas as realizadas no período entre vinte e duas horas de um dia

às cinco horas do outro dia;

c) realizadas em locais que atentem contra sua formação física, psíquica e moral;

d) perigosas, insalubres ou penosas.

6.4.1.9 PROFESSOR ORIENTADOR DE ESTÁGIO

O estágio deverá ser desenvolvido com a mediação do professor orientador de estágio,

especificamente designado para essa função, o qual será responsável pelo

acompanhamento e avaliação das atividades.

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6.4.1.10 COMPETE AO PROFESSOR ORIENTADOR

Solicitar juntamente da parte concedente relatório, que integrará o Termo de

Compromisso, sobre a avaliação dos riscos, levando em conta: local de estágio; agentes

físicos, biológicos e químicos; o equipamento de trabalho e sua utilização; os processos de

trabalho; as operações e a organização do trabalho; a formação e a instrução para o

desenvolvimento das atividades de estágio;

Exigir do estudante a apresentação periódica, de relatório das atividades, em prazo

não superior a 6 (seis) meses;

Esclarecer juntamente com a parte concedente do estágio, o Plano de Estágio e o

Calendário Escolar;

Planejar com a parte concedente os instrumentos de avaliação e o cronograma de

atividades a serem realizadas pelo estagiário;

Proceder as avaliações que indiquem se as condições para a realização do estágio estão

de acordo com as firmadas no Plano de Estágio e no Termo de Compromisso, mediante

relatório;

Zelar pelo cumprimento do Termo de Compromisso;

Conhecer o campo de atuação do estágio;

Esclarecer aos estagiários as determinações do Termo de Compromisso;

Orientar os estagiários quanto à importância de articulação dos conteúdos aprendidos à

prática pedagógica;

Orientar os estagiários quanto às condições de realização do estágio, ao local,

procedimentos, ética, responsabilidades, comprometimento, dentre outros;

Atuar como um elemento facilitador da integração das atividades previstas no estágio;

Promover encontros periódicos para a avaliação e controle das atividades dos

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86

estagiários;

Manter o registro de classe com frequência e avaliações em dia.

6.4.1.11 ATRIBUIÇÕES DO ÓRGÃO/INSTITUIÇÃO QUE CONCEDE O ESTÁGIO

A instituição de ensino e a parte concedente de estágio poderão contar com serviços

auxiliares de agentes de integração, públicos ou privados, mediante condições acordadas

em instrumento jurídico apropriado.

Considerar-se-ão parte concedente de estágio, os dotados de personalidade jurídica

pública ou privada e profissionais liberais, desde que estejam devidamente registrados em

seus respectivos conselhos de fiscalização profissional.

Uma vez formalizado o Termo de Compromisso de Estágio, cumpridos os requisitos

citados anteriormente, e estará criada a condição legal e necessária para a realização do

estágio supervisionado na organização concedente de estágio.

A organização escolhida como concedente do estágio deverá possuir condições

mínimas de estrutura, que permitam ao aluno observar, ser assistido e participar das

atividades, durante a execução do estágio supervisionado. Ofertando instalações que

tenham condições de proporcionar ao aluno, atividades de aprendizagem social,

profissional e cultural.

O desenvolvimento do estágio deverá obedecer aos princípios de proteção ao

estagiário contidos no Estatuto da Criança e do Adolescente, sendo vedadas algumas

atividades, (ver Arts. 63, 67 e 69, entre outras do ECA e também 405 e 406 da CLT).

Fica a critério da instituição concedente a concessão de benefícios relacionados a

transporte, alimentação e saúde entre outros, por si só, não caracterizando vínculo

empregatício.

A empresa concedente ou Instituição de ensino deverão viabilizar acompanhamento

de profissionais especializados aos estagiários com necessidades educativas especiais.

A documentação referente ao estágio, deverá ser mantida a disposição para eventual

fiscalização. A oferta de estágio pela parte concedente será efetivada mediante:

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Celebração do Termo de Compromisso com a instituição de ensino e o estudante;

A oferta de instalações que tenham condições de proporcionar ao estudante atividades

de aprendizagem social, profissional e cultural;

Indicação de funcionário do seu quadro de pessoal, com formação ou experiência

profissional na área de conhecimento desenvolvida no curso do estagiário, para orientar e

supervisionar o desenvolvimento das atividades de estágio;

Entrega do termo de realização do estágio à instituição de ensino por ocasião do

desligamento do estagiário, com indicação resumida das atividades desenvolvidas, dos

períodos e da avaliação de desempenho;

Relatório de atividades, enviado à instituição de ensino, elaborado pelo funcionário

responsável pela orientação e supervisão de estágio;

Zelar pelo cumprimento do Termo de compromisso.

Conhecer o plano de atividades do estágio proposto pelo estabelecimento de ensino;

Orientar as atividades do estagiário em consonância com o plano de estágio;

Orientar e acompanhar a execução das atividades do estagiário na empresa;

Manter contatos com o Orientador de estágio da escola;

Oportunizar ao estagiário vivenciar outras situações de aprendizagem que permitam uma

visão real da profissão;

Indicar um responsável para supervisionar para acompanhar as atividades de estágio.

6.4.1.12 ATRIBUIÇÕES DO ESTAGIÁRIO

A jornada de estágio deve ser compatível com as atividades escolares e constar no

Termo de Compromisso, considerando:

A anuência do estagiário, se maior, ou concordância do representante ou assistente

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legal, se menor;

A concordância da instituição de ensino;

A concordância da parte concedente;

O estágio não pode comprometer a frequência às aulas e o cumprimento dos demais

compromissos escolares;

A eventual concessão de benefícios relacionados ao auxílio-transporte, alimentação e

saúde, entre outros, não caracteriza vínculo empregatício;

Fica assegurado ao estagiário que recebe bolsa ou outra forma de contraprestação,

sempre que o estágio tenha duração igual ou superior a 1 (um) ano, um período de recesso

de 30 (trinta) dias, a ser gozado preferencialmente durante suas férias escolares.

Ao estagiário aplica-se a legislação relacionada à saúde e segurança no trabalho, sendo

sua implementação de responsabilidade da parte concedente do estágio.

6.4.1.13 ANTES DA REALIZAÇÃO DO ESTÁGIO, O ESTAGIÁRIO DEVE:

Estabelecer contatos com Unidades Concedentes para fins de estágios;

Participar de atividades de orientação sobre o estágio;

Observar sempre o regulamento de Estágios da Escola;

Zelar pela documentação do estágio entregue pelo Professor Orientador de

Estágio.

6.4.1.14 DURANTE A REALIZAÇÃO:

Conhecer a organização da Unidade Concedente;

Respeitar o Cronograma de Estágio para garantir o cumprimento da carga horária no

período estabelecido pelo o professor orientador de Estágio;

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Acatar as normas estabelecidas pela Unidade Concedente;

Zelar pelo nome da Instituição e da Escola;

Manter um clima harmonioso com a equipe de trabalho;

Cumprir o Termo de Compromisso firmado com a Instituição de Ensino e a Unidade

Concedente.

Manter contatos periódicos com o Professor Orientador de Estágio para discussão do

andamento do estágio;

Zelar pelos equipamentos, aparelhos e bens em geral da Empresa e responder pelos

danos pessoais e materiais causados;

Depois da realização:

Elaborar o relatório final de atividades, de acordo com as normas exigidas;

Apresentar sugestões que contribuam para o aprimoramento do Estágio não

obrigatório.

6.4.1.15 FORMA DE ACOMPANHAMENTO DO ESTÁGIO

O aluno deverá ser acompanhado durante seu Estágio em Instituições Públicas e/ou

Privadas, por um responsável que deverá ter conhecimento na área.

Três profissionais da área estarão envolvidos no processo de encaminhamento:

2 - Professor Orientador de Estágio, que dará o direcionamento durante a realização

do Estágio;

2 - Supervisor da empresa será responsável pela condução e concretização do

Estágio na Instituição ou propriedade concedente, procurando seguir o plano estabelecido

pelo Aluno e pelo Professor Orientador.

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90

As formas de acompanhamento serão de acordo com a realidade da situação do

estágio. Podendo ser através de visitas, relatórios, contatos telefônicos, documentação de

estágio exigida pela escola, de maneira a propiciar formas de integração e parceria entre as

partes envolvidas. Oportunizando o aperfeiçoamento das relações técnicas-educativas a

serem aplicadas no âmbito do trabalho e no desenvolvimento sustentável.

6.4.1.16 AVALIAÇÃO DO ESTÁGIO:

A avaliação do Estágio Profissional não obrigatório é concebida como um processo

contínuo e como parte integrante do trabalho, devendo, portanto, estar presente em todas

as fases do planejamento e da construção do currículo, como elemento essencial para

análise do desempenho do aluno e da escola em relação à proposta.

a) Avaliação do Supervisor do Estágio da Unidade Concedente;

b) Relatório apresentando pelo educando.

6.5 CELEM (ESPANHOL - INGLÊS)

A partir do ano letivo de 2009, o colégio passou a ofertar o CELEM (Centro de

Línguas Estrangeiras Modernas) de língua espanhola e inglesa, como um ensino

extracurricular; plurilinguista e gratuito para alunos da Rede Estadual Básica, matriculados

no Ensino Fundamental (anos finais), no Ensino Médio, Educação Profissional e Educação

de Jovens e Adultos. Sendo também extensivo à comunicado, professores e agentes

educacionais.

O CELEM é regulamentado pela Resolução Nº 3904/2008 e pela Instrução

Normativa Nº 019/2008, além de ser subordinado às determinações do Projeto Político

Pedagógico e do Regimento Escolar.

Anexo a este PPP segue a Proposta Pedagógica do CELEM.

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91

6.6 ATENDIMENTO AOS ALUNOS E PAIS

Nessa visão democrática onde todos desenvolvem seu trabalho em função do bom

andamento da escola, podemos citar o trabalho integrado entre os Profissionais da

Educação; Direção, Equipe Pedagógica, Professores e Agente Educacionais I e II, deste

estabelecimento de ensino, realizam um trabalho integrado que visa o acompanhamento

dos educando com dificuldade e defasagem na aprendizagem, que apresentam indisciplina

escolar, desinteresse no processo de ensino e aprendizagem ou mesmo qualquer outra

ajuda necessária ao educando:

• Conversas individualizadas e informais;

• Advertência verbal e escrita;

• Convocação aos pais ou responsáveis para comparecerem à escola, para

ficarem cientes e acompanharem o desempenho escolar do filho;

• Comunicado aos pais ou responsáveis que o aluno não entregou trabalho ou deixou

de fazer tarefa, atividades em sala de aula ou extraclasse;

• Convocação aos pais ou responsáveis para conversar diretamente com os

professores:

• Reuniões com pais ou responsáveis para informá-los das ações, calendários,

eventos, que a escola desenvolve a cada bimestre, mesmo o sistema avaliativo da escola e

que os pais tomem ciência de como está o desenvolvimento escolar do filho,

bimestralmente;

• Pasta individual do aluno, organizada pela equipe pedagógica, arquivo de todos os

documentos pedagógicos referentes a cada aluno, avaliação de conselho de classe, ficha

da pasta de registro de sala de aula, registro de advertência, comunicados,

convocações, autorizações, atestados médicos, relatórios de acompanhamento e

outros;

• Orientação e acompanhamento aos alunos pelos funcionários no pátio da escola,

durante o tempo que estão fora de sala de aula, por motivo de entrada, recreio ou saída;

bem como acompanhar alunos quando necessário ao Posto de Saúde.

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92

6.7. HORA - ATIVIDADE

Entre os aspectos pedagógicos podemos destacar a Organização da Hora

Atividade dos professores que será organizada (na medida do possível):

• Por área, de maneira a atender as necessidades dos professores entre as

respectivas disciplinas, troca de experiências vivenciadas em sala de aula, análise do

desenvolvimento da aprendizagem dos educandos;

• Esclarecimento, orientações com a equipe pedagógica com o objetivo de planejar, discutir

(metodologias, conteúdos), análise do desenvolvimento da aprendizagem dos educandos e

medidas a serem tomadas;

• Estudo e pesquisa com materiais disponíveis na escola, para enriquecimento das aulas;

• Planejamento das aulas, elaboração de atividades diárias e avaliativas;

• Correção das avaliações e atividades aplicadas;

• Atendimento aos educandos em casos especiais (alunos que faltaram por doenças

ou mesmo por problemas familiares);

• Atendimento aos pais para tomadas de decisões a respeito de aproveitamento escolar ou

problemas disciplinares do educando.

6.8. SALA MULTIFUNCIONAL TIPO I

A Sala Multifuncional Tipo I é um serviço de apoio especializado e transitório de

natureza pedagógica que apóia e complementa o atendimento educacional realizado em

classes comuns de ensino fundamental do 6º ao 9º ano. Portanto, exige a obrigatoriedade

de matrícula da classe comum do ensino regular.

Os alunos que apresentam necessidades educacionais especiais, alunos egressos da

educação especial ou de sala multifuncional tipo I de 1º ao 5º ano, e ainda aqueles que

apresentam problemas de aprendizagem com atraso acadêmico significativo, distúrbios de

aprendizagem e/ou deficiência intelectual e que necessita de apoio especializado

complementar para obter sucesso no processo de aprendizagem no ensino regular.

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93

O trabalho realizado na Sala Multifuncional Tipo I deve ser o de suplementar,

aprofundar, enriquecer o currículo (superdotados) e complementar (para demais). O

professor da Sala Multifuncional Tipo I dever utilizar uma grande diversidade de estratégias

na estruturação das intenções educacionais para que seus alunos se apropriem dos

conhecimentos.

A avaliação pedagógica do ingresso deverá ser realizada no contexto de ensino

regular pelo professor regente, professor especializado e equipe técnico pedagógica da

escola, com assessoramento de uma equipe multiprofissional (externa) e equipe do Núcleo

Regional de Educação e /ou Secretaria de Educação.

O aluno deverá receber atendimento de duas a quatro vezes pro semana, não

ultrapassando duas horas diárias, em horário diferente daquele em frequenta a classe

comum.

No cronograma de atendimento aos alunos, deverá se garantido um período para o

encontro entre professores de sala multifuncional tipo I e o do ensino regular, a equipe

pedagógica da escola, bem como o contato com a família e com os professores da

educação especial do Núcleo Regional de Educação.

Este programa é um dos exemplos de oferta da Educação Especial em forma de

serviços e recursos especializados, que possibilitam um atendimento direcionado, um

trabalho objetivo e intencional que respeita as necessidades pedagógicas diferenciadas dos

alunos.

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94

7. AÇÕES A SEREM DESENVOLVIDAS:

São por meio dos planejamentos, discussões, leituras, reflexões e grupos de estudos

que as ações são planejadas e organizadas para serem práticas, consistentes,

democráticas e reais dentro do ambiente escolar. Nessa perspectiva as ações

desenvolvidas serão para soluções de problemas, melhoria da qualidade de ensino e melhor

desempenho dos Educando e Profissionais da Educação:

Necessidades detectadas Tomada de decisões Responsáveis Cronograma

Evasão

- Metodologias diferenciadas para estimular o

interesse dos alunos;

- Conhecimento da falta do aluno pelo

professor, repasse para a equipe pedagógica;

- Comunicado aos pais sobre as faltas;

- Ficha FICA

- Trabalho integrado com o Conselho Tutelar.

- Professores

- Equipe Pedagógica

- Direção

Durante o ano

Repetência

Metodologias diferenciadas para atender as

necessidades dos educandos;

- Recuperação de estudos com atividades

diferenciadas;

- Recuperação paralela das avaliações

realizadas;

−Cooperação da família, no sentido de

acompanhamento, para maior resultado.

- Professores

Equipe Pedagógica

- Durante o ano

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95

Formação

continuada

(professores,

pedagogos,

diretor,

funcionários,

conselheiros,

alunos

representantes de

turmas)

- Promover leitura e discussões que levem o

professor e funcionário a ter conhecimento de

legislação, resoluções, instruções, que levem a

compreensão de direitos e deveres, bem como,

demais normas legais;

- Proporcionar a todos esses segmentos a

participação efetiva nos cursos oferecidos pela

SEED e NRE

- Direção

- Equipe Pedagógica

- Durante o ano

Avaliação reflexiva

do trabalho

escolar: (processo

ensino e

aprendizagem,

práticas docente,

direção, equipe

pedagógica,

funcionários)

- Identificação, ao longo do ano letivo, dos

resultados (estudo e análise de gráficos

estatísticos) e das dificuldades

de aprendizagem dos alunos e

desenvolvimento de práticas pedagógicas que

visem o bom rendimento escolar;

- Adoção de práticas avaliativas

do desempenho de

direção, professores, funcionários e

equipe pedagógica, ao longo do ano letivo, para

promover a melhoria contínua dos desempenhos,

no cumprimento de objetivos e metas educacionais;

-Direção

-Equipe Pedagógica

-Semestral

ou sempre que

necessário

Atendimento ao

Professor

- Acompanhar e assessorar o professor na

seleção de procedimentos avaliativos, do

rendimento da aprendizagem, adequando-os aos

objetivos gerais desse Projeto Político

Pedagógico;

- Assessorar os professores no planejamento,

quanto à seleção de conteúdo e transposição

didática em consonância com os objetivos

expressos neste;

- Os problemas levantados em Conselho de Classe,

serão de intervenção depois de discutidos e

planejados as ações com a coletividade.

-Equipe Pedagógica

Hora-atividade

-Reunião

Pedagógica

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96

Profissionais da

Educação

-

Promover na escola projetos que trabalhem a

motivação do profissional da educação, que visa à

melhoria das necessidades pessoais e a qualidade

de vida, refletindo o bem estar no trabalho escolar;

-Direção

-Equipe Pedagógica

-Durante o ano

Educação das

Relações Étnico-

Raciais e Ensino

da Cultura Afro-

Brasileira e

Africana e

História (Lei nº

10.639/2003);

História e Cultura

dos Povos

Indígenas

(Lei 11645/08);

Política Nacional

de Educação

Ambiental;

Cidadania e

Direitos Humanos,

Educação Fiscal,

Enfrentamento à

Violência na

Escola, e

Prevenção ao

uso indevido de

Drogas

Será desenvolvido um trabalho

interdisciplinar, informando e esclarecendo aos

educandos sobre as leis;

- Proporcionar aos educandos abordagens

positivas, na perspectiva de contribuir para que o

aluno afrodescendente mire-se positivamente,

pela valorização de seu povo e possa ser visto

como membro de uma sociedade democrática.

- Desenvolver ações com atividades variadas,

envolvendo todos os segmentos da escola;

- Culminância das atividades desenvolvidas

durante o ano no dia 20 de novembro, como Dia

Nacional da Consciência Negra.

- Todas as atividades que serão desenvolvidas

estão ingeridas nas PPCs e PTD de cada

disciplina, assim como no Plano de Ação da Equipe

Multidisciplinar.

-Professores

-Equipe Pedagógica

-Direção

-Durante o ano

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97

Espaço físico

Buscar junto ao Poder Público (Estado)

recursos para ampliação do espaço físico e

outros, de forma a atender as necessidades da

escola para realização efetiva deste Projeto

Político Pedagógico;

- Reformulações para atender alunos com

necessidades especiais,banheiros adequados,

rampas e outros;

- Planejamento, acompanhamento e articulação

da execução dos recursos financeiros da escola

(Fundo Rotativo, PDDE, APMF) de forma

democrática e compartilhada;

- Viabilizar condições adequadas ao trabalho,

materiais necessários, desenvolvimento

profissional e pessoal do professor, como

sempre informando e incentivando a formação

continuada docente;

- Promoção de ações que favoreçam a

conservação de higiene, limpeza, manutenção e

preservação do patrimônio escolar.

- Direção

- APMF

Durante o ano

A escola para a

comunidade é

uma das únicas

fontes de uma

aproximação

relativa de

cultura, lazer,

informação e

perspectiva de

vida.

- Promover palestras e orientações, que

abordem temas, como: resgate da autoestima,

relacionamento familiar, saúde, sexualidade,

drogas, cidadania, direitos e deveres da criança

e do adolescente, com profissionais da área.

(Médicos, Psicólogas, Promotores, Juízes.)

- Proporcionar atividades culturais e de lazer, como

teatros organizados pelos alunos, para a

comunidade participar, bem como, apresentações

musicais, textuais, gincana esportivo-cultural e

outros.

- Oportunizar atividades extraclasses para

enriquecimento curricular (passeio visita a

universidades e faculdades);

- Aproveitar habilidades

dentre os profissionais da própria

escola para estimular e motivar os educando.

- Professores

- Equipe Pedagógica

- Direção

- APMF

- Mensal

- Bimestra

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98

8. CONSIDERAÇÕES FINAIS

A Comunidade Escolar espera que a construção do Projeto Político Pedagógico deste

estabelecimento de ensino, seja uma realidade na prática escolar, saindo dos textos, dos

livros e dos arquivos, para uma ação que gera transformação.

No Marco Operacional são colocadas ações de extrema importância para que o

Colégio possa contribuir para a formação de cidadãos capazes de enfrentar os desafios de

uma sociedade em constante mudança. É necessário que todos os envolvidos no processo

educativo unam-se para colocar em prática as ações propostas. Só assim se efetivará a

interferência na realidade de forma responsável e efetiva, no sentido de contrapor-se à

crescente exclusão e ao aprofundamento das desigualdades sociais.

Assim, pretende-se conhecer a realidade. Os resultados alcançados devem-se

constituir em subsídios para tomadas de decisão sobre ações capazes de melhorar a Escola

Pública. Através da discussão e reflexão coletivas pode-se criar uma cultura de avaliação

institucional como forma de auto-conhecimento e de comprometimento com a principal

função da Escola, que é a efetivação do processo ensino/aprendizagem, com potencial

redirecionador de ações no sentido da construção da cidadania. Para isso far- se-ão,

durante o ano letivo, avaliação institucional do PPP ocorerá sempre que necessário e

reuniões de todos os envolvidos no processo educativo, pesquisas através de questionários,

e debates. São ações que visam assegurar o êxito do plano de trabalho em ação.

“Tudo o que a gente puder fazer no sentido de convocar os que vivem em

torno da escola, e dentro da escola, no sentido de participarem, de tomarem um pouco o

destino da escola na mão, também. Tudo o que a gente puder fazer nesse sentido é

pouco ainda, considerando o trabalho imenso que se põe diante de nós que é o de

assumir esse país democraticamente.” (Paulo Freire)

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99

9. REFERÊNCIA BIBLIOGRÁFICAS

BRASIL, Ministério da Educação. Secretaria de Educação Básica. Programa Nacional de

Fortalecimento dos Conselhos Escolares: Conselhos Escolares: uma

estratégia de gestão democrática da educação pública / elaboração Genuíno

Bordignon – Brasília: MEC, SEB, 2004.

COSTA, Marisa Vorraber. Currículo e Política Cultural. In: O Currículo nos Limiares do

Contemporâneo / Marisa Vorraber Costa (org.) – 2. ed. Rio de Janeiro: DP&A,

1999.

FEIGES, Maria Madselva F. Tendências da educação e suas manifestações na

prática pedagógica escolar.

FERREIRA, Naura Syria Carapeto. Projeto Político Pedagógico / Naura Syria

Carapeto Ferreira – Curitiba: IBPEX, 2003.

FREIRE, P. Pedagogia da Autonomia. 14.ed.Rio de Janeiro: Paz e Terra, 2000.

IOSCHPE, Gustavo. A Educação no Brasil aumenta a desigualdade. Isto É, São

Paulo, nº 1877, p.7 – 11, 5 out. 2005. entrevista concedida a Fernando F. Kadaoka.

JUNIOR SILVA, Celestino A. da Supervisão, Currículo e Avaliação. In: Supervisão

educacional para uma escola de qualidade: da formação à ação / Naura S. C. Ferreira (org.

e revisão técnica). Tradução espanhol Sandra Valenzuela. São Paulo, Cortez, 1999, p. 205-

221.

MOSER, Alvino. Tendências pedagógicas no mundo contemporâneo Alvino Moser, Marcio

Mugnol, Cleto de Assis. Curitiba: FACINTER, 2003.

ROSSA, L. Armadilhas do Projeto Político-Pedagógico. In Revista da Educação da

AEC, Brasília, nº 117, p. 75-84, out./dez. 2000.

ROSSA, L. Projeto Político – Pedagógico : Uma Construção Coletiva, Inclusiva e

Solidária. In Revista da Educação da AEC, Brasília, nº 11, p.63-72, abril/junho 99.

Page 95: 1. APRESENTAÇÃO · 2012-07-04 · Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n°.9.394, de 20 de dezembro de 1996 - (LDB), em seu art.12, inciso I, no qual é estabelecido:

100

SAVIANI, Dermeval. Sentido da pedagogia e o papel do pedagogo. In: Revista da

ANDE, São Paulo, nº 9, p. 27-28; 1985.

SAVIANI, Demerval - Escola e Democracia. São Paulo : Cortez : Autores Associados,

1991.

SAVIANI, Demerval. Natureza e Especificidade da Educação. Pedagogia Histórico- Crítica :

Primeiras Aproximações. São Paulo : Editora Cortez : Autores Associados,

1992.

SEVERINO, A. J. O Projeto Político-Pedagógico: a Saída para a Escola. In Revista da

Educação da AEC, Brasília, nº 107, p. 81-91, abril/junho 98.

SFORNI, Marta Sueli de Faria - Aprendizagem e desenvolvimento : O papel da

Mediação .

Instrução nº 017/2006 – SUED. 20/12/2006.

Regimento Escolar. Colégio Estadual do Campo Dr. Júlio Junqueira – Arapongas/PR. 2006.

Textos produzidos pelas Equipes dos NRES / CADEP – Curitiba, 2004.

As necessidades da escola a partir de seus limites e avanços (texto 1- Semana

Pedagógica 2010.

LDB - Lei de Diretrizes e bases da Educação Nacional nº 9394/96

Resolução CNE/CEB Nº1, de Abril de 2002 que Institui as Diretrizes Operacionais para a

Educação Básica nas Escolas do Campo

Resolução CNE/CEB Nº2, de 28 de Abril de 2008 que Institui Diretrizes

Complementares para a Educação Básica nas Escolas do Campo

Diretrizes Curriculares da Rede Pública Estadual do Paraná – Educação do

Campo. Secretaria de Estado da Educação (SEED).

ww.diaadia.pr.gov.br/dedi: Material de apoio pedagógico: grupo de estudos.2008.

Textos Educação do Campo - Acesso em 20 de novembro de 2010: hora: 8h

Page 96: 1. APRESENTAÇÃO · 2012-07-04 · Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n°.9.394, de 20 de dezembro de 1996 - (LDB), em seu art.12, inciso I, no qual é estabelecido:

101

.http://www.contee.org.br. Acesso em 20 de novembro de 2010: hora: 09h e 48 min.

http://www.inep.gov.br. Acesso em 20 de novembro de 2010: hora: 10h e 11min.

http://www.inep.gov.br/basica/censo/Escolar/Matricula/censoescolar_2009.Acesso em

22/11/2010 as 10h e 54 min.

Page 97: 1. APRESENTAÇÃO · 2012-07-04 · Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, n°.9.394, de 20 de dezembro de 1996 - (LDB), em seu art.12, inciso I, no qual é estabelecido:

102

10. ANEXOS

10.1. Matriz Curricular

10.1.1 Matriz Curricular Diurno

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 01 – APUCARANA MUNICÍPIO: 0150 - ARAPONGAS

ESTABELECIMENTO: 00295 – JÚLIO JUNQUEIRA, C.E. DR – ENS. FUND. E MÉDIO

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO FUNDAMENTAL TURNO: MANHÃ/TARDE ANO DE IMPLANTAÇÃO:

2011- SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS/SÉRIE 6º 7º 8º 9º

BASE NACIONAL

COMUM

ARTE 2 2 2 2

CIÊNCIAS 3 3 3 4

EDUCAÇÃO FÍSICA 3 3 3 3

ENSINO RELIGIOSO 1 1

GEOGRAFIA 3 3 4 3

HISTÓRIA 3 3 3 3

LINGUA PORTUGUESA 4 4 4 4

MATEMÁTICA

SUB TOTAL

4

22

4

22

4

22

4

22

PD L.E.M – INGLÊS 2 2 2 2

SUB -TOTAL 2 2 2 2

TOTAL GERAL 24 24 25 25

Arapongas, 02 de agosto de 2011.

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103

10.1.2. Matriz Curricular Noturno

ESTADO DO PARANÁ

SECRETARIA DE ESTADO DA EDUCAÇÃO

NRE: 01 – APUCARANA MUNICÍPIO: 0150 –

ARAPONGAS

ESTABELECIMENTO: 00295 – JÚLIO JUNQUEIRA, C.E. DR – ENS. FIND. E MÉDIO

ENT. MANTENEDORA: GOVERNO DO ESTADO DO PARANÁ

CURSO: 0009 – ENSINO MÉDIO TURNO: NOITE

ANO DE IMPLANTAÇÃO: 2010 - SIMULTÂNEA MÓDULO: 40 SEMANAS

DISCIPLINAS /SÉRIE 1º 2º 3ª

BASE

NACIONAL

COMUM

ARTE - - 2

BIOLOGIA 2 2 2

EDUCAÇÃO FÍSICA 2 2 2

FILOSOFIA 2 2 2

FÍSICA 2 2 2

GEOGRAFIA 2 2 2

HISTÓRIA 2 2 2

LINGUA PORTUGUESA 3 4 2

MATEMÁTICA 4 3 3

QUÍMICA 2 2 2

SOCIOLOGIA 2 2 2

SUB TOTAL 23 23 23

PD L.E.M – ESPANHOL

2

2

2

SUB -TOTAL 2 2 2

TOTAL GERAL 25 25 25

Arapongas, 02 de agosto de 2011.

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104

10.2. CALENDÁRIO ESCOLAR

10.2.1. CALENDÁRIO DIURNO

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10.2.2. CALENDÁRIO NOTURNO