1 Borges, Comportamental Infantil

download 1 Borges, Comportamental Infantil

of 23

Transcript of 1 Borges, Comportamental Infantil

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    1/23

    A CLINICA ANALTICO-COMPORTAMENTAL INFANTIL

    24 Clnica analtico-comportamental infantil: a estrtra

    Com !em "e#em ser: as primeiras sess$es%Com !e fre!&ncia os familiares s'o aten"i"os%(ais s'o os re!isitos necess)rios para !e ma crian*a rece+a ,alta- "a terapia%

    O PRIMEIRO CONTATO

    Na a+or"a.em analtico-comportamental n'o /a ma separa*'o entre ma fase "e a#alia*'o eotra "e inter#en*'o e0 em l.ar "isso0 1 me"i"a !e ati#i"a"es0 +rinca"eiras0 o.os0 con#ersas eleitras s'o propostos0 o clinico a#alia os comportamentos 3no senti"o "e compreen"e -los emrela*'o 1s con"i*$es nas !ais ocorrem e procra inter#ir so+re os mesmos5Por e6emplo: a con"*'o "e m o.o "a mem7ria po"e fornecer "a"os so+re "etermina"as/a+ili"a"es0 poss#eis "ificl"a"es "a crian*a em per"er ma parti"a o0 ain"a0 em se.ir re.ras5 Aomesmo tempo0 o clnico se tili8a "e estrat9.ias para inter#en*'o so+re esses mesmos

    comportamentos0 tais como: proposi*$es "e re.ras0 refor*amento "iferencial0 refor*amento ar+itr)riocontin.ente 1s respostas espera"as0 etc5 A partir "essas inter#en*$es0 o profissional o+ser#a sesefeitos e compara com as con"i*$es anteriores5A primeira fase "o tra+al/o clnico com crian*a consiste em ma entre#ista com os pais e;o otrosfamiliares5

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    2/23

    orienta*'o familiar0 e6perimentan"o no#as formas"e a.ir com a crian*a a partir "as orienta*$es"oprofissional e0 ain"a0 fornecen"o "a"os !e a"em o clnico na con"*'o "o caso5 Tam+9m fa8parte "o primeiro contato o preparo "a primeira sess'o entre o clnico e a crian*a5 Para isso0"e#e-se in#esti.ar o !e a crian*a sa+e so+re a terapia e0 mitas #e8es0 orientar os pais so+re comoeles po"em e6plicar a ela so+re esse tipo "e tra+al/o0 "e forma simples e realista5

    PRIMEIRAS SESSES COM A CRIANA

    ma "as maiores preocpa*$es "o clinico0 nos encontros iniciais com acrian*a0 "e#e ser oesta+elecimento "o #inclo5 no tra+al/o clnico com a"ltos0 s'o eles os pr7prios interessa"os noser#i*o e0 portanto0 em .eral 9 a pessoa !e fa8 o primeiro contato com o profissional5 No caso "opB+lico infantil0 a solicita*'o pelo tra+al/o costma partir "e a"ltos !e se relacionam com acrian*a pais0 profissionais "e escola0 pe"iatras0 pe"a.o.os0 entre otros5criar m conte6to a.ra")#el para a crian*a0 !e a fa*a !erer retornar 1s sess$es= esta+eleceral.mas re.ras 3como0 por e6emplo0 impe"ir !e ela me6a em o+etos pessoais "o profissional e0ain"a0 o+ser#ar ses comportamentos ten"o em #ista a formla*'o "as primeiras /ip7tesesfncionais5 Na primeira sess'o com a crian*a0 s.ere-se !e o profissional Possi+ilite intera*$esle#es0 +scan"o informa*$es so+re os ses .ostos0 al.ns /)+itos e assntos "e se interesse

    3para isso0 9 fn"amental o pr9#io con/ecimento so+re estes a partir "a entre#ista com os pais5Ati#i"a"es en#ol#en"o "esen/o0 massin/a "e mo"elar e pintra s'o aceitas pela maioria "ascrian*as e po"em ser facilita"oras na apresenta*'o "e al.mas informa*$es so+re elas5 Pore6emplo: em m primeiro "esen/o "a famlia0 M50 ma menina "e D anos0 represento o pai "o la"o"e fora "a casa5 (an"o !estiona"a so+re o !e ele esta#a fa8en"o l)0 a crian*a respon"e:,

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    3/23

    > importante "estacar !e a crian*a "e#e estar ciente "esses contatos0 "e forma a se preser#ar arela*'o terap&tica5ao material tili8a"o nas sess$es5 Esses recrsos s'o compostos por "esen/os0 li#ros infantis0material escolar0 +onecos0 o.os0 ar.ila0 filmes0 "esen/os anima"os0 fantoc/es0 +ic/os "e pelBcia0scatas e mais ma infini"a"e "e materiais5Por e6emplo: para ma crian*a com "ificl"a"es "e se comnicar com a"ltos0 po"e ser maisinteressante a escol/a por +rinca"eiras !e e6iam al.m tipo "e fala "o !e a!elas ati#i"a"esmais silenciosas5Ain"a em rela*'o 1s +rinca"eiras0 9 fn"amental !e o profissional planee antes"asess'o !ais "elas ser'o tili8a"as e com !alo+eti#o5 ?essa maneira0 e#ita-se!e a ati#i"a"eten/a m #alor pramente recreati#o5 Mesmo na parte "a sess'o na !al a crian*a po"e escol/er a+rinca"eira09 importante !e o clnico n'o perca ofoco "os o+eti#os "o tra+al/o5Ain"a em rela*'o ao processo clnico0 9 importante "estacar !ais s'o os o+eti#os .erais !e0 ma#e8 alcan*a"os0 po"em con"8ir o profissional a encerrar o tra+al/o com a crian*a:O o+eti#o .eral nm tra+al/o clinica com crian*a s'o: i"entificar as principais #ari)#eis en#ol#i"asnos comportamentos-al#o "a crian*a= /a+ilitar os pais e0 se poss#el0 a pr7pria crian*a0 a reali8ar taisanalises= ensinar a crian*a repert7rios alternati#os a!eles consi"era"os pro+lem)ticos= e orientaros pais para !e possam lan*ar m'o "e con"tas mais sa")#eis e efeti#as5

    5 i"entificar as principais #ari)#eis en#ol#i"as nos comportamentos-al#o "a crian*a0 o !e si.nificacompreen"er !ais s'o as con"i*$es !e "esenca"eiam0 fortalecem e mant&m o ,pro+lema-=25 Ga+ilitar os pais e0 se poss#el0 a pr7pria crian*a0 a reali8ar tais an)lises0 "e forma !e "eten/ammaior con/ecimento so+re os comportamentos=J5 Ensinar 1 crian*a repert7rios alternati#os K!eles consi"era"os pro+lem)ticos0 ?e forma !e elaten/a maiores oportni"a"es "e refor*amento e !e0 ao mesmo tempo0 possa constitir-se comoma fonte "e refor*amento para as pessoas !e com ela se relacionam=45 Orientar os pais para !e possam lan*ar m'o "e con"tas mais sa")#eis e efeti#as5

    O ENCERRAMENTO ?O TRAALGO CLNICO INFANTIL

    Po"e-se afirmar !e0 i"ealmente0 o tra+al/o clnico "e#e ser encerra"o !an"o esse alcance foiconcreti8a"o5 como o+eti#o ma crian*a !e0 "iante "e ma s9rie "e con"i*$es "o am+iente0 possaapresentar comportamentos !e a le#em para ma #i"a mais sa")#el5ma "as ra8$es !e stificam o t9rmino "o tra+al/o "i8 respeito 1 constata*'o "e !e osrepert7rios "o profissional para a"ar a crian*a foram es.ota"os= o sea: mesmo com oacompan/amento "e m sper#isor0 "e est"o e "e"ica*'o0 n'o se o+ser#am a#an*ossi.nificati#os0 po"en"o in"icar a necessi"a"e "a con"*'o "o caso por otro profissional55 a in"ica*'o "e m tra+al/o "e orienta*'o parental;familiar0 "escola"o "o tra+al/o clnico infantil0o 25 o encamin/amento a otros ser#i*os !e possam preenc/er o+eti#os n'o contempla"os pelotra+al/o clnico0 tais como fonoa"i7lo.os0 pe"a.o.os0 m9"icos0 etc5o "esli.amento n'o "e#e0 "entro "o poss#el0 ser feito "e maneira a+rpta5 ?e#e-se consi"erar !e

    o encerramento "o tra+al/o en#ol#e ma separa*'o "a crian*a com ma pessoa !e pro#a#elmentetorno-se importante em sa #i"a5.ra"ati#amente0 #'o precisan"o menos "a a"a profissional5 oespa*amento entre as sess$es 9 +astante oportno5 A ca"a encontro0 9 interessante !e o clnicoa#alie a e6peri&ncia "esse "esli.amento .ra"al0 nto 1 crian*a e ses pais5pg 220> +astante comm !e a#7s0 tios0 pa"rastos0 a.re.a"os0 +a+)s e irm'os a"ltos assmam opapel !e tra"icionalmente 9 "esempen/a"o pelos pais5

    ENTREVISTA INICIAL COM O CASALO+eti#os "a entre#ista inicial com os pais:5 le#antamento "e "a"os com "escri*'o "os comportamentos-!ei6a=25 le#antamento "e /ip7teses0 "as mais pro#)#eis 1s menos pro#)#eis0 so+re as #ari)#eis !epo"em estar fa#orecen"o a ocorr&ncia "os comportamentos-al#o o le#antamento "e /ip7teses"iri.e o comportamento "o clnico na toma"a "e "ecis'o so+re as pr76imas !est$es a serem feitas=

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    4/23

    J5 le#antamento "as /ip7teses mais pro#)#eis so+re as #ari)#eis !e po"em estar "ificltan"o aocorr&ncia "os comportamentos-!ei6a as respostas "a"as pelos pais tornam al.mas /ip7tesesmais pro#)#eis e otras0 menos pro#)#eis=45 apresenta*'o "a proposta "e tra+al/o0 mostran"o0 atra#9s "a an)lise "o comportamento0 comoos comportamentos po"em ser apren"i"os e como ocorre a intera*'o "o or.anismo com oam+iente=H5 orienta*'o inicial "e sita*$es simples seleciona"as para a.ili8ar o processo "e m"an*a e "arincio a e6erccios "e o+ser#a*'o "o comportamento "o fil/o em casa orientar a aplica*'o "eproce"imentos simples para testar a /a+ili"a"e "os pais nessa tarefa e "ar incio ao processo "em"an*a=D5 fec/amento "o contrato terap&tico5 A entre#ista inicial com os pais po"e ser"i#i"i"a em oito fases0 n'o necessariamente nesta or"em:a Re.istro "os "a"os formais: nome completo "os pais e "a crian*a 3i"a"e e "ata "o nascimento0primeiro nome "os irm'os e i"a"e= nome "a escola= en"ere*o "a famlia= telefones= pero"o "aescola= nome "a coor"ena"ora5+ (ei6a li#re: nos primeiros 2 mintos0 ocorre m resmo "o /ist7rico "os pro+lemas "a crian*a5G) pais com necessi"a"e "e prolon.ar esse pero"o e pais !e resmem as informa*$es5

    c Relato "os pais0 "iri.i"o: com per.ntas "ireciona"as para o+ter "a"os rele#antes5" Esclarecimentos "a proposta "e tra+al/o: e6plicar aos pais so+re o tra+al/o "esen#ol#i"o peloaten"imento clnico analitico-comportamental0 e6plican"o como m comportamento po"e serapren"i"o !e 9 poss#el sar estrat9.ias e proce"imentos para !e a crian*a ,"esapren"a-3emita o comportamento em fre!&ncia mito +ai6a os comportamentos !e s'o pre"iciais ao se"esen#ol#imento e apren"a otros comportamentos fncionais !e "e#eriam ser emiti"os emconte6tos semel/antes5 e An)lise "os "a"os iniciais: atra#9s "as /ip7teses mais pro#)#eis 1smenos pro#)#eis0 "escre#er como al.ns "os comportamentos al#o po"em ter si"o apren"i"osatra#9s "a /ist7ria "e #i"a "a crian*a5 ?escre#er al.mas poss#eis sol*$es !e possam pro"8irm efeito tran!ili8a"or e fa#orecer a a"es'o ao tratamento5 f Orienta*'o inicial: po"e ter a fn*'o"e a.ili8ar o processo terap&tico e "e m teste para o comportamento "os pais em rela*'o ao se

    repert7rio "e entra"a para se.ir a orienta*'o proposta5 . I"entificar a e6pectati#a "os pais frenteao tra+al/o5 / Efetar o contrato terap&tico5 Ferreira 3 analisa as contin.&ncias especficasen#ol#i"as nessa rela*'o0 em !e o clnico "e#e "escre#er as re.ras nas !ais as rela*$esterap&ticas ser'o +asea"as5 ?e#e especificar o nBmero "e sess$es por semana 3em .eral0 masess'o semanal com a crian*a0 a "ra*'o "a sess'o "e H mintos0 a incls'o "e ma sess'omensal "e orienta*'o "e pais o sess'o familiar com to"os os mem+ros= especificar as re.ras so+refaltas e f9rias0 a possi+ili"a"e "e ocorrer ma sess'o fraterna o "e se fa8er sess'o compartil/a"am'e;crian*a o pai; crian*a e0 finalmente0 con#ersar so+re os #alores0 !al o csto mensal e a forma"e pa.amento5 A maneira como os pais se comportam frente 1s re.ras fornece amostras "e secomportamento em ca"a ma "as sita*$es5

    ASPECTOS FORMAIS DA ENTREVISTAa Operacionali8an"o os termos s'o feitas per.ntas para se o+ter "escri*$es comportamentais "erelatos o+scros5 E6emplo: Mae: Me fil/o 9 mito ner#oso5 Terapeuta: Como 9 esse ner#oso% O!e a sen/ora o+ser#a se fil/o fa8en"o !an"o ac/a !e ele est) ner#oso% ?& m e6emplo "ema sita*'o em !e ele fica ner#oso5+ Tornan"o mais claros os termos am+.os: ,?& m e6emplo !e "escre#a a sita*'o e ocomportamento-5c Eliminan"o per.ntas !e s.iram respostas "e escol/a: E6emplo: ,e fil/o costma"eso+e"ecer o ele 9 o+e"iente%- Otro mo"o "e per.ntar: ,O !e se fil/o fa8 !an"o #oc&s l/e"i8em !e n'o po"e fa8er al.o%-5" Eliminar per.ntas !e possam in"8ir as respostas: ,A sen/ora se sente clpa"a !an"oacontece isso%-5 Otro mo"o "e per.ntar: ,Como a sen/ora se sente nessa sita*'o%-5e ?rante a !ei6a li#re0 os pais s'o solicita"os a informar so+re os moti#os !e os tro6eram 1conslta5 Costmam fa8er m relato li#re5 ?rante este relato0 anotam-se pontos a seremesclareci"os "epois5

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    5/23

    f (estionamento para esclarecer e completar pontos !e foram menciona"os no relato li#re5

    ASPECTOS RELACIONADOS AO CONTEDO: LEVANTAMENTO DE DADOSa importante le#antar mitas /ip7teses0 "as mais pro#)#eis 1s menos pro#)#eis5 'o essas

    /ip7teses formla"as !e norteiam o le#antamento "e "a"os5c Conte6to atal: o+ter a "escri*'o "a rotina "a famlia: o /or)rio em !e a crian*a se le#anta0 como9 acor"a"a e por !em= como s'o os /)+itos "e /i.iene ap7s le#antar-se= se necessita "e a"apara isso o 9 capa8 "e fa8e-lo so8in/a= como 9 ocaf9 "a man/'0 !em est) presente0 como a crian*a come e o !e come= os comportamentos !ese se.em ao caf9 "a man/'= "escri*'o "o almo*o= i"a para a escola0 #olta "a escola0 com !emfa8 a li*'o e "e !e forma0 se 9 lenta o r)pi"a0 se tem pra8er pela apren"i8a.em o se apresentarecsas para fa8er as tarefas aca"&micas= como 9 o antar0 o !e ocorre ap7s o antar= !an"o o paie a m'e c/e.am0 o !e fa8em ntos e como 9 o preparo para ir "ormir= /or)rio em !e "eita e"orme5 Em to"as as sita*$es0 9 importante o+ter a informa*'o so+re a intera*'o entre os mem+ros"a famlia5 olicitar e6emplos "e sita*$es "e intera*'o entre os irm'os5 Como 9 na escola0 o !e a

    professora fala so+re a crian*a= /a+ili"a"es sociais na escola e em casa5 Tipos "e "ificl"a"es e "e/a+ili"a"es5" E6emplos "e comportamentos-al#o com "escri*'o "o antece"ente 3o !e acontece antes "ocomportamento0 a "escri*'o "o comportamento e o conse!ente 3o !e ocorre "epois "ocomportamento0 o !e as pessoas fa8em e falam !an"o a crian*a se comporta "esse mo"o5 eLe#antamento "os refor*a"ores5f E6pectati#a !e os pais t&m "a terapia e "os comportamentos "e ses fil/os5 (e tipo "e cren*aseles apren"eram so+re ser ma ,+oa m'e- e so+re ser ,m +om pai-5. Compartil/ar com os pais as /ip7teses le#anta"as pelo clnico a partir "os "a"os coleta"os0i"entifican"o a!elas !e s'o mais pro#)#eis e as menos pro#)#eis5 Mostrar !e as primeiras/ip7teses norteiam a in#esti.a*'o atra#9s "e no#os le#antamentos "e "a"os0 os !ais po"er'o

    con"8ir a informa*$es !e ir'o "escartar al.mas /ip7teses e fortalecer otras5/ Contrato terap&tico: "iscti"o ao final "a entre#ista5

    EXEMPLOS DE ENTREVISTAS INICIAIS EM UM CONTEXTO CLNICO CASO 1: ENTREVISTACOM OS PAIS DE UMA MENINA DE 4 ANOS POSSVEL DIAGNSTICO DE TRANSTORNOALIMENTAR(ei6a li#re: Os pais relatam !e a crian*a sempre foi man"ona0 com .&nio mito forte e tin/am !efa8er t"o "o eito !e ela !eria0 sen'o era mito estressante e ocorriam mitas +ri.as5 Mesmofa8en"o t"o como a crian*a !eria0 ain"a assim ela ac/a#a formas "e confrontar5 Apresenta#a"ificl"a"es "e relacionamento com otras crian*as5 Com a"ltos0 relaciona#a-se mel/or5 Procra#amitas #e8es fa8er o contr)rio "o !e l/e era solicita"o0 !eren"o sempre "ar a Bltima pala#ra5Atalmente0 na /ora "a refei*'o0 "i8 !e n'o !er comer e fec/a a +oca5 ,O+ri.amos !e ela coma"e #)rias formas: ora +ri.an"o0 ora con#ersan"o e fa8en"o +rinca"eiras0 ora "ei6an"o sem comer-3sic5 Ao pe"ir leite0 costma-se "a-lo0 para !e ela n'o fi!e com fome5 (an"o come0 seleciona osalimentos e n'o .osta "e !ase na"a5 Atalmente0 s7 come salsic/a com arro8 e +atatas fritas5 Para

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    6/23

    ampliar a #arie"a"e "e alimentos0 os pais l/e per.ntam se !er e6perimentar al.o no#o0 e acrian*a "i8 !e n'o !er= ent'o0 ser#em-l/e salsic/a com arro8 e +atatas por!e0 pelo menos isso0ela come5 > importante le#antar "a"os so+re a e#ol*'o "os sintomas -!ei6a= "a e#ol*'o "ospa"r$es "e comportamento !e fa8em parte "a classe ,formas "e alimentar-se-5Ap7s o le#antamento "os "a"os referentes aos itens anteriores menciona"os0 9 feita0 nto aos pais0a an)lise "as poss#eis #ari)#eis !e po"em estar controlan"o os comportamentos "a crian*a0 osea0 !ais os poss#eis efeitos "a intera*'o mae-crian*a0 pai-crian*a e ci"a"ores-crian*a5Per.ntas !e o clnico "e#e fa8er a si mesmo: "e on"e #em esta classe "e comportamentos%(ais /ip7teses procram e6plicar como esses comportamentos sr.iram e como eles se mant&m%Poss#eis controles ime"iatos: aten*'o "a"a contin.ente 1 recsa em comer0 amento "apreocpa*'o "os pais !an"o a crian*a n'o come5Primeiras /ip7teses: a A crian*a po"e rece+er aten*'o mnima !an"o come e apresenta otroscomportamentos ,a"e!a"os-5 (an"o se recsa a comer0 to"os "'o aten*'o para ocomportamento "e recsa5 Esse comportamento amentar) "e fre!&ncia5 + A crian*a rece+iaaten*'o mito fre!ente tanto para os comportamentos ,a"e!a"os- como para os comportamentos,ina"e!a"os-5 Apren"e !e os pais0 +a+) e a#7s ce"em !an"o ela tem ma +irra e0 "essa forma0conse.e as pocas coisas !e n'o l/e esta#am "ispon#eis5 Nesse conte6to0 nasce o irm'o e parte

    "as aten*$es rece+i"as pela crian*a se #olta para ele5 (an"o a crian*a se recsa a comer0 impe"e!e a rotina "a casa ocorra sem estresse0 rece+e mito mais aten*'o e se no#o e +on8in/o irm'opo"e ser "ei6a"o m poco "e la"o5Ao se solicitar m re.istro simples "os comportamentos ocorri"os "rante a refei*'o e orientar ospais a "ar aten*'o "iferencial aos comportamentos0 o sea0 i.norar as recsas para o comer eampliar as aten*$es !an"o a crian*a coloca a comi"a na +oca0 masti.a e en.ole0 ter-se-) m incio"o processo "e m"an*a no comportamento "os pais !e pro"8ir) efeitos so+re o comportamento"a crian*a5

    CASO 2: ENTREVISTA COM OS PAIS DE UM MENINO DE ! ANOS POSSVEL DIAGNSTICODE TRANSTORNO OPOSITOR DESAFIADOR

    (ei6a li#re: Apresenta pro+lemas "e comportamento na escola= 9 a.ressi#o e +ate nas crian*as5(er t"o na /ora0 9 ime"iatista0 imp$e atori"a"e e tem rea*'o e6plosi#a5 Antes0 ocorriam +ri.as"i)rias com ata!es "e fBria5 ) m"o tr&s #e8es "e escola0 sempre com as !ei6as "ea.ressi#i"a"e0 "e n'o fa8er as tarefas e "e apresentar "ificl"a"e em ficar senta"o5 Ao entrar naescola atal0 pe.o m ami.o pelo pesco*o5 Tem acessos "e rai#a 3ma a "as #e8es ao "ia0 e naescola as a.ress$es s'o "i)rias5 O psi!iatra sp$e !e tem Transtorno Opositor ?esafia"or comcomportamentos e6plosi#os intermitentes0 mas prefere a.ar"ar 4 meses "e terapiaanalitico-comportamental para re#er a crian*a e analisar os "a"os5 A crian*a tem "ificl"a"es parali"ar com sita*$es "e per"as5 N'o se sociali8a com otras crian*as e apresenta +omrelacionamento com a"ltos0 "es"e !e concor"em com ela5 Fica irrita"a !an"o se altera mase!&ncia "e comportamentos a !al esta#a /a+ita"a5

    Mostra-se infle6#el5 (er ser a primeira "a fila e se atraca com a crian*a !e esti#er na frente0 paraarranca-la "a!ela posi*'o5 Per"e coisas e mostra-se "esor.ani8a"a5 E6emplo "e !est$esrele#antes: a Pe"e-se aos pais !e "escre#am os comportamentos "o fil/o0 nomea"os como,a.ressi#os-5 ?escri*'o "os pais: ,Ele +ate nas crian*as0 c/ta0 pe.a pelo pesco*o0 senta so+re am'o "a crian*a e "emora para sair "e cima e "i8 !e foi sem !erer0 pisa na m'o "e ma crian*a!e est) +rincan"o no c/'o0 o.a pe"rin/as em crian*a pe!ena noplayground, tenta atropelar ascrian*as com sa +icicleta0 etc5-+ O !e a crian*a est) fa8en"o antes "e "ar incio aos comportamentos -al#o e o !e acontece"epois "e se iniciarem os comportamentos "escritos anteriormente% > importante compartil/ar comos pais as /ip7teses le#anta"as e a an)lise "e comportamento efeta"a inicialmente5

    "#$%&' 2!(1 D)*+&,-.' %'* +'/p'&$/)'*-$3' %$ +&,$-$ ) %'* )3)'* #) '*$)+)%)/ ) '* *#+)%)/( C')5' C'/p'&$/)'* C'*)#)) 6' '+'&&) $)*7 %$+&,$-$ 6' #) '+'&&) %)p',*75 A professora ") ma tarefa !e 3C n'o conse.e fa8er5 25 A professora man"a 3C se sentar5

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    7/23

    J5 A professora coloca 3C senta"o545 No recreio0 +rincan"o na areia5H5 Otro cole.a 3M pe.o m +rin!e"o5D5 3M se solta "e 3C55 No par!e0 #en"o ma crian*a pe!ena sen"o acaricia"a pela +a+)55 3C n'o pe"e "esclpas e an"a "e +icicleta55 O irm'o se sento no sof)5 3C an"a pela sala sem fa8er a tarefa5 3C contina an"an"o5 3C ficaem+rra"o e n'o fa8 a tarefa5 3C pisa na m'o "e 30 !e esta#a senta"o no c/'o0 3 .rita e 3C"emora para tirar o p9 e "i8 !e foi sem !erer5 3C a.arra o +rin!e"o5 3C a.arra 3M pelo pesco*oe arranca o +rin!e"o5 o.a pe"rin/as na criancin/a5 Tenta atropelar a mesma criancin/a 3na !al/a#ia o.a"o pe"rin/as5 3C arranca o irm'o "o l.ar0 .ritan"o !e esse 9 o l.ar "ele0 e +ate noirm'o5 Cole.a 3 "i8 para a professora !e 3C n'o est) fa8en"o a li*'o5 A professora fica +ra#acom 3C5 3C conse.e se es!i#ar "e enfrentar ma tarefa "ifcil5 A professora fa8 3C pe"ir"esclpas para 35 3M se.ra o +rin!e"o e n'o solta5 A professora separa 3C e o le#a paracon#ersar com a Orienta"ora5 A +a+) prote.e a criancin/a e a m'e "e 3C con#ersa com ele0"i8en"o !e n'o po"e fa8er isso e !e tem !e pe"ir "esclpas5 A m'e con#ersa com ele0 "i8en"o!e n'o po"e fa8er isso por!e mac/ca0 e a crian*a 9 t'o +oa8in/a e n'o est) fa8en"o na"a "e

    mal5 A m'e +ate em 3C0 !e .rita mito e a#an*a na m'e com crise "e fBria5

    An)lise "e ma se!&ncia /ipot9tica "e comportamentos emiti"os pela crian*a0 fn"amenta"a pela"escri*'o "e comportamentos "os pais: ita*'o : A professora ") ma tarefa para a classe !e acrian*a 3C n'o conse.e fa8er 1 3C se sente "esconfort)#el0 com me"o "e errar e "e se e6por 1an"a pela sala sem fa8er tarefa 1 cole.a 3 conta para a professora !e 3C n'o est) fa8en"o ali*'o 1 3C sente rai#a "e 3 1 a professora man"a 3C se sentar 1 3C sente rai#a "a professora0!e se ni a 30 e contina an"an"o pela sala e fa8en"o ao contr)rio "o !e a professora l/e pe"e1 a professora fica +ra#a com 3C e sente irrita*'o por n'o ser o+e"eci"a e ser "esafia"a em saatori"a"e e coloca 3C senta"o 1 3C fica em+rra"o e n'o fa8 a tarefa 1 3C conse.e se es!i#ar

    "e enfrentar ma tarefa "ifcil e contina "esafian"o a professora e fa8en"o o contr)rio "o !e l/e foisolicita"o5 Neste conte6to0 o primeiro comportamento "e ,an"ar pela sala- tin/a a fn*'o "e e#itar oenfrentamento "e ma tarefa "ifcil5 (an"o 3 conta para a professora so+re 3C0 3C sente rai#a "e3 e "a professora0 !e n'o compreen"e sa "ificl"a"e= comporta-se "e forma opositora 39 "ifcilo+e"ecer a pessoa pela !al se est) sentin"o rai#a e a professora o o+ri.a a se sentar5 Mesmosenta"o0 3C mant9m se comportamento opositor0 recsan"o-se a fa8er a tarefa= essecomportamento po"e estar sen"o manti"o pela re"*'o "o "esconforto !e ocorre !an"o enfrentaal.o !e n'o conse.e fa8er5Orienta*$es iniciais: ?esen#ol#er /a+ili"a"es aca"&micas para !e 3C possa alcan*ar apro.rama*'o "a classe e consi.a fa8er as tarefas "e classe em casa5 Paralelamente0 "esen#ol#er/a+ili"a"es para li"ar com as emo*$es "e rai#a= a professora n'o "e#eria "ar aten*'o 1!eles !e

    contam coisas erra"as "os cole.as= po"eria fa8er +rinca"eiras em !e os alnos rece+em incenti#os!an"o permanecem senta"os fa8en"o as tarefas= "ar tarefas "iferencia"as para 3C0 somentea!elas !e sea capa8 "e fa8er0 com amentos .ra"ais "e "ificl"a"es5 ita*'o 2: rincan"o naareia 1 3C o+ser#a 3 +rincan"o e apoian"o a m'o no c/'o 1 3C pisa na m'o "e 3 1 3 .rita 1 3C"emora para tirar o p9 e "i8 !e foi sem !erer 1 a professora e6i.e !e 3C pe*a "esclpas5pon"o !e 3C te#e "ificl"a"es em li"ar com a emo*'o "e rai#a com 3 na sala "e ala0 eleespera no recreio ma sita*'o fa#or)#el para pisar na m'o "e 30 "i8en"o !e foi sem !erer5 Aprofessora e6i.e !e 3C pe*a "esclpas5 ?i8er !e foi sem !erer 9 m pa"r'o "e comportamentoapren"i"o !e tem como fn*'o se li#rar "e ma +ronca o !al!er tipo "e pni*'o0 !an"o acrian*a ain"a n'o apren"e a fa8er escol/as e pre#er as conse!&ncias5 Ao fa8er a crian*a pe"ir"esclpas0 tanto a professora como os pais po"em pro"8ir #)rios efeitos inespera"os so+re oscomportamentos "ela: o !e realmente se est) ensinan"o nessa sita*'o%mA crian*a classificases comportamentos ina"e!a"os como ,mas-5 3C est) "esen#ol#en"o m atoconceito ne.ati#oem rela*'o a ser ma por!e mitos "e ses comportamentos s'o classifica"os como mas ese.i"os "e +roncas e pni*$es5 (em pe"e "esclpas 9 +on8in/o= !em pe"e "esclpas sen"o

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    8/23

    o+ri.a"o a fa8e-lo contina sen"o mae sentin"o mita rai#a "e ter !e pe"ir "esclpas contra sa#onta"e5 A professora est) emparel/an"o ma emo*'o mito "esconfort)#el com o comportamento"e "esclpar-se5 Isso po"er) re"8ir a pro+a+ili"a"e ftra "e 3C #ir a se "esclpar,espontaneamente- e "e re"8ir a fre!&ncia "o comportamento a.ressi#o5 (an"o 3C a.re"ir ocole.a0 "e#e ter sa ati#i"a"e recreati#a sspensa e permanecer em sita*'o netra0 sem aten*'o5Ap7s acalmar-se0 con#ersar com 3C so+re otra maneira "e li"ar com a rai#a sem mac/car ocole.in/a po"er) a"a-lo a "escre#er comportamentos alternati#os para o mesmo conte6to5Ensina-lo a encontrar ma sol*'o para li"ar com a sita*'o: 3C po"e "i8er a 3 !e n'o .osta !econte coisas sas para a professora0 e a professora po"e intro"8ir ma re.ra na classe: ,ca"a m"e#e tomar conta "e si mesmo-5 (an"o apren"er a li"ar com a rai#a sem mac/car o otro0 3Cpo"e ser ensina"o a pe"ir "esclpas ,espontaneamente-0 sem ser for*a"o para isso5

    ita*'o J: No par!e0 #en"o ma crian*a pe!ena sen"o acarin/a"a e ci"a"a pela +a+)= o.ape"rin/as na crian*a e "i8 !e n'o .osta "ela5 Parece !e #er o otro rece+en"o aten*'o elicia em3C al.m "esconforto emocional: sente ciBmes 3sentimento !e po"e ocorrer ao #er al.9mrece+en"o aten*'o e ele sem nen/ma aten*'o5 ?i8er !e n'o .osta "a crian*a 9 ma forma "e"escre#er se "esconforto0 mesmo !e n'o compreen"a por!e n'o .osta "ela5 (an"o sa +a+)

    afirma !e 9 feio fa8er isso0 e !e n'o po"e se comportar "essa maneira0 est) reafirman"o !e sescomportamentos s'o feios e mas e os comportamentos "a otra crian*a s'o +ons5 3C po"eesta+elecer no#as rela*$es:se e so ma0 ent'o n'o so ama"o0 e se ela 9 +oa0 ent'o ela 9 ama"a5 Isto po"e amentar o"esconforto e ampliar o ,ciBme-5 ?Qmon" e arnes 34 efetaram ma an)lise "e comportamentomostran"o como a crian*a po"e esta+elecer rela*$es comple6as !e le#am a "istor*$es so+re ascontin.&ncias em #i.or5(an"o a crian*a come*o a o.ar pe"rin/as na otra crian*a0 po"eria ser retira"a ime"iatamente"o par!e e le#a"a para casa5 (an"o esti#er mais tran!ila0 po"e -se con#ersar com ela so+realternati#as "e comportamento para encontrar sol*$es5 Na pr76ima #e8 !e forem ao par!e0 fa8ercom+ina"os antecipa"os0 "escre#en"o os comportamentos com as re.ras e ensinan"o

    comportamentos "e fa8er escol/as pela conse!&ncia: se +rincar "e mo"o a"e!a"o 3"escre#er!al0 fica +rincan"o o tempo !e !iser0 e0 !an"o s+ir0 ir'o o.ar o fa8er ma +rinca"eiraa.ra")#el= se a.re"ir al.9m0 fsica o #er+almente0 "e#er) #oltar ime"iatamente para casa e per"e0na!ela man/'0 o "ireito "e #er T< e sar o compta"or5 Atra#9s "os comportamentos relata"ospelos pais0 foram "escritas formas "e an)lise "e comportamento e proce"imentos !e po"em seraplica"os em casa0 pelos pais e ci"a"ores5 Ao "escre#er formas alternati#as "e li"ar com oscomportamentos "a crian*a0 os pais po"em i"entificar sol*$es para os pro+lemas0 o !e po"e serre"tor "o estresse familiar5

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    9/23

    > importante a crian*a ser informa"a pelos pais so+re os o+eti#os "a terapia0 pois isso po"efa#orecer m maior en#ol#imento com o processo terap&tico e a a"es'o ao tra+al/o5 e macrian*a apresenta comportamentos a.ressi#os e +ate no irm'o0 po"e ter ma e6pectati#a "e !e ospais a le#aram para a terapia para ficar +oa8in/a para se irm'o0 mo"o !al sente rai#a e ciBmes5Po"e acre"itar !e est) fa8en"o terapia para mel/orar a #i"a "o irm'o e "os pais5 Nessa con"i*'o0n'o /a#er) en#ol#imento no processo psicoter)pico5Fases "a entre#ista inicial com a crian*a:a Nos primeiros H mintos0 falar com a crian*a so+re os o+eti#os "a terapia5 ?escre#er a forma "etra+al/o0 mostran"o !e a famlia "e#e participar por!e ca"a m po"e m"ar m poco os sescomportamentos5 > importante mostrar para a crian*a !e ela ter) espa*o para se colocar emrela*'o aos comportamentos "os irm'os !e a "esa.ra"am e tam+9m "os pais5 Isso "ili sa!ei6a e tam+9m fa#orece o en#ol#imento com o tra+al/o5 + Escol/er ma ati#i"a"e lB"ica com acrian*a0 como "esen/o li#re o em !a"rin/os5 Promo#er ma intera*'o mito a.ra")#el en!antoa crian*a "esen/a5 O+ser#ar os comportamentos "a crian*a "rante as ati#i"a"es5 A forma*'o "e#nclo com o terapeta 9 fn"amental5 c Con#ersar so+re o "esen/o e ses persona.ens5 " Nos mintos finais0 fa8er m o.o para o+ser#ar ,o .an/ar e o per"er- e otros comportamentos "acrian*a "rante a ati#i"a"e5 O o+eti#o 9 criar sita*$es mito a.ra")#eis na rela*'o terap&tica5

    C'*,%)&$-8)* 9,$,*A entre#ista inicial com os pais tem a fn*'o "e le#antar "a"os so+re os comportamentos-!ei6a "acrian*a0 o+ter informa*$es so+re o fncionamento "a famlia e so+re a intera*'o !e ocorre entre osci"a"ores e a crian*a5 A entre#ista familiar0 em+ora ofere*a informa*$es rele#antes0 po"e sera"apta"a a sita*$es em !e se "isp$e "e apenas m clnico5 No primeiro contato com os pais0 9importante "escre#er as formas "e tra+al/o com a crian*a e com a famlia para possi+ilitar a toma"a"e "ecis'o "os pais em rela*'o 1 contini"a"e "o tra+al/o clnico5 Essa a"es'o po"e ser fa#oreci"apela compreens'o "os proce"imentos !e po"er'o ser Bteis para a m"an*a "oscomportamentos-!ei6a e pela i"entifica*'o "a e6ist&ncia "e formas alternati#as !e po"er'ore"8ir o estresse familiar5

    A entre#ista inicial com a crian*a tem como o+eti#os a forma*'o "e #nclo0 "ar esclarecimentos 1crian*a so+re o !e 9 terapia0 le#a-la a i"entificar !e a terapia "e#e fa#orecer o se +em -estar e o"e sa famlia e mostrar-l/e as formas lB"icas atra#9s "as !ais po"er) intera.ir com o clnico5

    2 O USO DOS RECURSOS LDICOS NA AVALIA;O FUNCIONAL EM CLNICA ANALTICO fn"amental "entro "e m processo "e inter#en*'o comportamental !e o clnico0 a famlia0 aescola e otros familiares o profissionais !e con#i#em com a crian*a esteam capacita"os a:5 conse!enciar por refor*o positi#o "etermina"os comportamentos ca fre!&ncia se "eseaamentar e 25 n'o fa8e-lo em rela*'o aos comportamentos !e se preten"e eliminar o ter safre!&ncia re"8i"a5Para tal finali"a"e0 n'o se "e#e spor !e "etermina"o elo.io0 +rinca"eira0 passeio0 ati#i"a"e0 etc50sea m refor*a"or= 9 necess)rio !e in#esti.emos o #alor fncional "e "iferentes conse!&ncias5Mitas #e8es0 o pr7prio cliente ser) capa8 "e "escre#er o impacto moti#acional "e tal e#ento= otras#e8es0 ser) preciso a#aliar o #alor refor*a"or "e "etermina"o estmlo o ati#i"a"e5 2

    Em .eral0 o clnico infantil tem m #asto ,arsenal- "e +rin!e"os0 o.os0 materiais para ati#i"a"espl)sticas o .r)ficas 3"esen/o0 pintra0 mo"ela.em0 recortes0 "o+ra"ras0 etc50 propostas "efantasias0 /ist7rias0 "ramati8a*$es0 +onecos0 animais e persona.ens especialmente seleciona"ospara amentar a responsi#i"a"e "o cliente a ati#i"a"es mais mon7tonas0 formais o a#ersi#as0 o0ain"a0 para e#ocar respostas importantes !e n'o #in/am aparecen"o "e otra forma5A escol/a o solicita*'o #er+al "o cliente por "etermina"o item0 na maioria "as #e8es0 ) sinali8a !eessa seria ma +oa conse!&ncia para refor*ar respostas-al#o5Em otras sita*$es0 especialmente com crian*as com "esen#ol#imento atpico o repert7rio #er+almito limita"o0 teremos !e o+ser#ar a fre!&ncia "e respostas emiti"as a fim "e inferir !aisconse!&ncias ti#eram #alor refor*a"or5 O sea0 se a apresenta*'o sistem)tica "e "etermina"oestmlo amento sa fre!&ncia ap7s a emiss'o "e ma resposta escol/i"a0 po"e -se spor !e

    este te#e m efeito refor*a"or so+re a mesma5> importante0 tam+9m0 relem+rar !e o #alor refor*a"or "e "etermina"os estmlos 9 afeta"o"iretamente por opera*$es moti#a"oras0 !e alteram o #alor refor*a"or "e estmlos conse!entes5m e6emplo "isso 9 a pri#a*'o "e "etermina"o item 3o.o0 +rin!e"o0 li#ro infantil0 etc5: se talati#i"a"e for restrita ao am+iente "a terapia e for "isponi+ili8a"a apenas em sita*$es especficas3por e6emplo0 ap7s ma resposta "e alto csto0 pro#a#elmente0 a moti#a*'o para con!ista-la ser)maior52 Tais opera*$es s'o mais facilmente manipla"as em sita*$es !e en#ol#em refor*amentoprim)rio0 por e6emplo0 !an"o se tra+al/a com crian*as com "esen"esen#ol#imento atpico0 casotais crian*as ain"a n'o se mostrem sens#eis a refor*a"ores con"iciona"os5

    LEVANTAMENTO DE ASPECTOS RELEVANTES DA ISTRIA DE VIDA E DE CONDIES

    ATUAISMitas #e8es0 o conte6to "e intera*'o #er+al 3con#ersar 9 a#ersi#o para a crian*a0 principalmentese o relato espera"o en#ol#er ma sita*'o mito "esa.ra")#el o se o relatar for pass#el "epni*'o5 Nessas sita*$es0 o clnico po"e sar estrat9.ias0 tais como fantasia0 son/os0 /ist7rias efantoc/es0 para e#ocar sita*$es re#ela"oras so+re a /ist7ria passa"a o so+re o momento atal "acrian*a5 'o ocasi$es em !e respostas rele#antes po"em ser e#oca"as e elicia"as0 sem !e ocliente se es!i#e "e respon"e-las5Pro#a#elmente0 se tal le#antamento fosse reali8a"o atra#9s "e !estionamento0 a crian*a n'orespon"eria o po"eria #ir a "istorcer os fatos em fn*'o "a a#ersi#i"a"e o amea*a en#ol#i"a5 Pore6emplo0 se a crian*a foi pni"a por "etermina"o comportamento na escola o em casa0 "ificilmenteela traria essa informa*'o espontaneamente na sess'o0 principalmente se o contato com o clnicofor recente o se este /o#er pni"o al.ma otra resposta sa em otra ocasi'o5

    IDENTIFICA;O E CARACTERIA;O DO CONTROLE POR REGRAS PRE-ESTA@ELECIDO

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    12/23

    Sran"e parte "as !ei6as !e acompan/am as crian*as "i8 respeito ao n'o se.imento "einstr*$es5 Tal pro+lema po"e ter ori.ens "istintas:a as re.ras passa"as 1s crian*as n'o con"i8iam com as conse!&ncias apresenta"as em sa #i"a0isto 90 a rela*'o entre a "escri*'o "e e#entos para a crian*a n'o correspon"e ao !e sa /ist7ria"e #i"a mostra#a na pr)tica=+ as re.ras espera"as socialmente n'o foram ensina"as0 a crian*a n'o te#e essa parte "aapren"i8a.em por falta "e +ons instrtores= oc ocorre "ificl"a"e "e "iscrimina*'o em fn*'o "e am+iente ca7tico0 !e n'o apresenta#aconsist&ncia entre o se.imento "e instr*$es e as conse!&ncias !e se se.iam5Em to"os os casos anteriormente lista"os0 po"emos a#aliar o repert7rio "e se.ir instr*$es "estascrian*as "e "as formas "istintas5 A primeira seria criar sita*$es "e intera*'o com re.rasespecficas +em "efini"as e o+ser#ar como a crian*a se comporta0 como0 por e6emplo0 em sita*'o"e o.os o ati#i"a"es !e e6iam com+ina*'o pr9#ia em rela*'o 1 sa "in@mica5 Otra a+or"a.emseria a partir "a e6posi*'o a "iferentes /ist7rias infantis0 "ramati8a*$es o "esen/os0 !estionar acrian*a so+re partes especficas "essas ati#i"a"es0 escol/i"as especialmente por apresentarem mconteB"o pol&mico 3p5 e650 crian*a "eso+e"ecen"o 1 professora5

    IDENTIFICA;O DE ESTMULOS AVERSIVOS CONDICIONADOSAo lon.o "e sa #i"a0 as crian*as0 assim como to"o in"i#"o0 s'o e6postas a sita*$es a#ersi#as0"e intensi"a"e #ari)#el5 Em al.ns casos0 esses ,tramas- aca+am se esten"en"o para al9m "asita*'o especfica em !e ocorreram0 e estmlos particlares aca+am a a"!irin"o #alor a#ersi#ocon"icional5 Tal processo acontece por ma rela*'o "e con"icionamento respon"ente0 em !e me#ento inicialmente netro passa a eliciar respostas refle6as por ter si"o parea"o com m estmloelicia"or a#ersi#o5J Al9m "esse processo respon"ente0 9 mito comm !e respostas operantes "ees!i#a e f.a tam+9m se esta+ele*am0 com a fn*'o "e eliminar a estimla*'o a#ersi#a5Em .eral0 a es!i#a "esses estmlos 9 t'o e#i"ente o topo.raficamente atpica !e a famliarecorre ao clnico para tentar elimina-la5?rante a a#alia*'o fncional0 9 poss#el le#antarem-se al.mas informa*$es importantes:

    a !ais s'o esses estmlos=+ se eles formam ma classe "e estmlos e!i#alentes entre si= ec !al seria a /ierar!ia "e a#ersi#i"a"e entre eles5Filmes0 li#ros0 fotos0 mBsicas0 etc50 po"em ser estmlos sa"os nessa in#esti.a*'o5

    C'*,%)&$-8)* 9,$,*O intito "este captlo foi "estacar a import@ncia "e al.ns t7picos recorrentes "entro "a clnicaanaltico-comportamental infantil0 apontan"o para possi+ili"a"es "o so "e recrsos lB"icos naa#alia*'o fncional5 N'o foi o+eti#o es.otar as possi+ili"a"es t9cnicas0 nem "efinir re.ras para aata*'o profissional5 To"o caso merece ser analisa"o in"i#i"almente0 ca+en"o ao +om profissionalsar os recrsos apropria"os5 Os recrsos lB"icos t&m otras fn*$es importantes !e n'o foram

    a+or"a"as neste Captlo5

    Al9m "a a#alia*'o lB"ica0 9 fn"amental !e otros recrsos seam tili8a"os para a i"entifica*'o "e#ari)#eis rele#antes0 tais como: aentre#ista e o+ser#a*'o "a rela*'o entre os pais com a crian*a=+ contato com a escola= c instrmentos "estina"os 1 a#alia*'o "e repert7rios especficos 3pore6emplo0 repert7rio aca"&mico="contato com otros profissionais !e acompan/am a crian*a 3pore6emplo: psi!iatra0 nerolo.ista0 fonoa"i7lo.o0 fisioterapeta0 psicope"a.o.o e terapetaocpacional e otros recrsos necess)rios ao caso em !est'o5'$*5 Estamos tili8an"o o termo ,lB"ico- "e forma +astante a+ran.ente0 en.lo+an"o ati#i"a"espl)sticas e .r)ficas0 o.os0 +rinca"eiras0 "ramati8a*$es0 etc.

    2 O RINCAR COMO FERRAMENTA ?E A

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    13/23

    Formas "e intera*'o analista-crianca5 O +rincar na contr*'o "e ma rela*'o terap&tica fa#or)#el5 O +rincar como estrat9.ia "e a#alia*'o5 O +rincar como estrat9.ia "e inter#en*'o5 T9cnicas comportamentais aplica"as a partir "o +rincar: mo"ela*'o0 fading0 mo"ela.em0 +lo!eio"e es!i#a5

    A "efini*'o "e ,comportamento "e +rincar- 9 al#o "e mita "iscor"@ncia entre os te7ricos !ein#esti.am essa tem)tica5 Conforme ?e Rose e Sil 32J0 a maioria "as "efini*$es enfati8a aespontanei"a"e e o pra8er "este ato5rincar0 por meio "e o.os o +rinca"eiras0 estrtra"os o n'o0 9 a ati#i"a"e mais comm "acrian*a e 9 crcial para o se "esen#ol#imento0 al9m "e ser ma forma "e comnica*'o5?el Prette e ?el Prette 32H0 p5 ressaltam !e o o.o 9 tili8a"o em to"as as tra"i*$es cltrais,com o+eti#os e"cacionais "istintos como sociali8a*'o0 transmiss'o "e #alores e "esen#ol#imento"e atonomia-5A import@ncia "os o.os #em sen"o enfati8a"a por pes!isa"ores e te7ricos como ma maneirapela !al a crian*a apren"e a controlar o am+iente e fortalecer sas /a+ili"a"es sociais e "e

    raciocnio 3Sol"stein e Sol"stein0 25 O o.o0 nesse senti"o0 intensifica os contatos "a crian*acom o mn"o0 fornece a oportni"a"e "e fa8er e manter ami8a"es e a"a a crian*a a "esen#ol#erma atoima.em a"e!a"a5 Para os atores0 o fa8-"e-conta "a crian*a pe!ena a a"a a"esen#ol#er fn"amentos +)sicos "e sociali8a*'o5As a*$es "a crian*a0 em conte6to "e +rinca"eira0 mitas #e8es e6pressam sentimentos0 "eseos e#alores !e ela n'o conse.e0 ain"a0 e6pressar por meio "e relatos #er+ais0 "e#i"o 1s limita*$espr7prias "e se est).io "e "esen#ol#imento em lin.a.em5 Possi#elmente por sas "iferentesfn*$es e import@ncia0 o +rincar passo a fa8er parte "as pr)ticas "e psicoterapia infantil3inicialmente em a+or"a.ens como a psican)lise0 a psicolo.ia /manista0 a Gestalt-terapia e0 maisrecentemente0 na a+or"a.em analtico-comportamental5 Con#9m salientar !e essa aten*'o "a"aao +rincar n'o constiti propriamente ma no#i"a"e na a+or"a.em analtico -comportamental5 ) na

    "9ca"a "e D0 Ferster 3DD "escre#e e analiso fncionalmente o aten"imento "e ma meninaatista "e 4 anos "e i"a"e e ressalto o papel "o so "o +rin!e"o como m facilita"or "a intera*'ocrian*a-analista5

    D)9,,-.' O +rincar 9 m comportamento !e0 se.n"o ?e Rose e Sil 32J0 p5 JD0 ,implicaestmlos "iscriminati#os0 mo"elos0 instr*$es e conse!&ncias0 "e tal mo"o !e a crian*a po"e0 apartir "e se repert7rio inicial0 refinar ses comportamentos e apren"er no#os-5inner 3 "istin.e0 na +rinca"eira0 o jogo "o brincar livre0 "efinin"o o o.ar como maati#i"a"e !e en#ol#e contin.&ncias "e refor*amento planea"as0 isto 90 re.ras pre -esta+eleci"as5Por otro la"o0 o +rincar li#re0 por n'o ter re.ras esta+eleci"as na cltra0 po"e ser consi"era"omenos controla"o pelo am+iente social ime"iato5 A +rinca"eira 9 ,m meio efeti#o "e constrir orapport e re"8ir "eman"as #er+ais feitas para a crian*a e X555Y m meio para amostra.em "oconteB"o "as co.ni*$es "a crian*a- 3Zanfer0 EQ+er. e Zra/n0 20 p5 H5 O +rincar em terapiapo"e ser compreen"i"o como m connto "e proce"imentos !e tili8am ati#i"a"es lB"icas 3o.o o+rin!e"o como me"ia"oras "a intera*'o clinico-cliente5

    COMO CLASSIFICAR O BRINCAR EM TERAPIA ANALITICO-COMPORTAMENTAL INFANTILAl.mas possi+ili"a"es "e so clnico "o +rincar s'o apresenta"as a se.ir:$7 @&,+$& 6@RC7: Epis7"ios #er+ais "e intera*'o lB"ica0 com conteB"o restrito 1s falas pr7prias "o+rin!e"o0 +rinca"eira o o.o5 As falas incl"as nessa cate.oria po"em se referir 1 leitra "o o.o01 e6ec*'o "a ati#i"a"e "efini"a pelo o.o0 aos coment)rios so+re o an"amento "a +rinca"eira0 1prepara*'o "os o+etos e 1s pe*as "a +rinca"eira5C&,&,'* %) ,+#*.': a a intera*'o "e#e ser lB"ica5C&,&,'* %) )5+#*.': a a a*'o o #er+ali8a*'o n'o apresenta conteB"o "e fantasia= + a a*'o o#er+ali8a*'o n'o se refere ao coti"iano "a crian*a5 B7 F$$*,$& 6FNT7: Epis7"ios #er+ais "eintera*'o lB"ica0 com conteB"o "e fantasia5 Enten"e-se por fantasia as a*$es o #er+ali8a*$es !e

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    14/23

    e6trapolam os limites fsicos "o +rin!e"o0 +rinca"eira o o.o por meio "e representa*'o "e pap9is0ima.ina*'o0 simla*'o0 fa8-"e-conta0 etc5 As falas incl"as nessa cate.oria po"em se referir a:animismo a o+etos0 ela+ora*'o "e /ist7rias0 incorpora*'o "e persona.ens0 "esempen/o "e pap9is0etc5C&,)&,'* %) ,+#*$': a a intera*'o "e#e ser lB"ica= + a a*'o o #er+ali8a*'o "e#e apresentarconteB"o "e fantasia= c se o fantasiar fi8er parte "e ma ati#i"a"e em sess'o0 cate.ori8a -seFantasiar 3FNT0 e n'o Fa8er Ati#i"a"es 3AT

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    15/23

    Crit9rios "e e6cls'o: se o tema "a con#ersa for "ecorrente "e ma +rinca"eira o ati#i"a"e !e a"a"e esta#a reali8an"o na sess'o0 cate.ori8a-se Con#ersar ?ecorrente 3C?E5A or.ani8a*'o "os "iferentes sos "o +rincar0 nas cate.orias apresenta"as0 "emonstra ao clnico apossi+ili"a"e "e reali8ar "i#ersas escol/as +asea"as n'o apenas em !ais +rin!e"osencontram-se "ispon#eis na sala0 mas no !e ele po"e fa8er com ca"a m5 Al.ns +rin!e"os0com re.ras menos estrtra"as 3como +onecos0 massin/a e "esen/os fa#orecem o so "aima.ina*'o0 em intera*$es"o tipo Fantasia.Otros s'o mais estrtra"os 3como o.os "e ta+leiroe "e cartas0 em !e #)rios comportamentos po"em ser o+ser#a"os e manea"os0 e fa#orecemintera*$es "o tipoBrincar5 Tanto em o.os estrtra"os !antoem ati#i"a"es mais li#res0 o clnicopo"e esta+elecer rela*$es entre o +rincar e o coti"iano"a crian*a 3o ensinar a crian*a a fa8e-lo0emintera*$es "o tipo Conversar Decorrente5 Al9m "isso0 po"e con#ersar so+re o coti"iano en!anto+rinca 3Conversar Paralelo o con#ersarcom a crian*a sem +rincar 3Conversar sobreBrincar, oConversar Outros5Por9m0 os tipos "e intera*'o n'o se restrin.em ao o.o escol/i"o: o clnico /)+ilpo"e apro#eitar oportni"a"es para transitar pelas "i#ersas cate.orias em praticamente !al!erati#i"a"e !e reali8e com a crian*a5as escol/as ocorrem em fn*'o "e ma com+ina*'o "e fatores: a a constr*'o "e ma rela*'oterap&tica fa#or)#el= + os o+eti#os .erais e especficos "e ca"a sess'o "e aten"imento 1 crian*a=

    e c as estrat9.ias "e inter#en*'o !e o clnico preten"e tili8ar5 O +rincar 9 ma ati#i"a"eimportante em ca"a m "esses itens0 conforme ser) "iscti"o a se.ir5

    O B&,+$& $ +'*-.' %) #/$ &)$-.' )&$p#,+$ 9$3'&H3)A sita*'o lB"ica tam+9m po"e ser enten"i"a como promotora "e alian*a terap&tica efeti#a por!ese constiti em ma ati#i"a"e altamente refor*a"ora para a crian*a 3Serrel/as0 eno e il#ares025 rincar po"e contri+ir0 por essa #ia0 para o en.aamento "a crian*a no processo e0 portanto0para a efeti#i"a"e "a terapia5?e ma forma o "e otra0 +rincar 9 m comportamento o+ser#a"o em crian*as nos mais "i#ersosconte6tos0 como o escolar0 o familiar e na intera*'o com ses pares5 Em sess$es "e terapiaanalitico-comportamental infantil0 o +rincar po"e cola+orar na promo*'o "e ma rela*'o

    clinico-crian*a altamente refor*a"ora5 Em otras pala#ras0 a crian*a se mant9m en.aa"a nesse tipo"e ati#i"a"e e0 por essa #ia0 en.aa-se na intera*'o com o clnico5 (an"o tal en.aamento ocorre0po"e-se o+ser#a-lo por meio "e ses comportamentos "rante o +rincar0 especialmente pelas falas"e e6clama*'o e /mor 3"enotati#as "e pra8er0 e tam+9m pelas solicita*$es0 +astante comns0para !e continem a +rincar o para !e #oltem a escol/er os +rin!e"os ) tili8a"os5 Esse "a"os.ere maior pro+a+ili"a"e "e a"es'o e "e +oa !ali"a"e "o relacionamento0 !e s'o pre -re!isitose pre"itores "e +ons reslta"os5Ks #e8es0 o clnico po"e at9 mesmo "e"icar parte "o tempo "a sess'o para +rincar com a crian*acom o.os o ati#i"a"es !e n'o s'o necessariamente Bteis para fa8er inter#en*$es so+re osprincipais pro+lemas !e a le#aram 1 terapia5 Cont"o0 s'o Bteis para promo#er ma +oa rela*'oterap&tica no senti"o a!i apresenta"o5 Seralmente0 correspon"em 1s +rinca"eiras !e a crian*a

    mais escol/e 3sas preferi"as e em !e mais se "i#erte0 com poco risco "e inci"entesin"ese)#eis5O clnico po"e "e"icar a parte inicial "a sess'o 3o at9 mesmo al.mas sess$es inteiras a estas+rinca"eiras para ,!e+rar o .elo- !an"o a crian*a aparenta resist&ncia 1 terapia5 O sea0 tais+rinca"eiras facilitariam ma intera*'o !e pro"8 sentimentos e sensa*$es a.ra")#eis 3ale.ria0pra8er0 entsiasmo0 interesse0 incompat#eis com os "e "esconfian*a0 me"o0 irrita*'o0 "entreotros5Otra op*'o0 !e n'o e6cli a anterior0 9 tili8ar as +rinca"eiras ,mais "i#erti"as- no final "a sess'o5pon"o !e o +rincar sea refor*a"or0 a crian*a procrar) repeti -lo0 mas s7 po"er) fa8e-lo nasemana se.inte0 o !e se tra"8 em maior moti#a*'o para retornar a ca"a semana5

    Ressaltamos0 cont"o0 !e as +rinca"eiras n'o "e#em se restrin.ir somente ao o+eti#o "e pro"8irma rela*'o +oa com a crian*a5 Mitas #e8es0 os esta.i)rios o clnicos poco e6perientes t&m"ificl"a"e para perce+er os otros sos "o +rincar0 e0 n'o raro0 relatam a sensa*'o "e !e+rincaram somente para ,entreter- a crian*a5 A apren"i8a.em "o so "o +rincar para a a#alia*'o

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    16/23

    fncional e a inter#en*'o0 "e fato0 po"e ser "ifcil0 pois en#ol#e a o+ser#a*'o e o maneo "e mitas#ari)#eis 3al.mas stis0 al9m "e /a+ili"a"es terap&ticas mais especficas ao relacionamento coma crian*a5O +rincar po"e ser tili8a"o como estrat9.ia clinica #isan"o esta+elecer e;o fortalecer a relacaoterap&tica o o en.aamento no processo clinico5

    O @RINCAR COMO ESTRAT=GIA DE AVALIA;OPrimeiramente0 "estacamos a!i !e a a#alia*'o fncional0 na clnica analitico -comportamental0 9reali8a"a "rante to"o o processo terap&tico5 Essa a#alia*'o po"e se "ar por meio "a intera*'ocom a crian*a0 com os pais 3em sess$es "e orienta*'o0 com #)rios mem+ros "a famlia 3a crian*aacompan/a"a "os pais e;o irm'os o mesmo com otros si.nificantes 3professores0 "iretor "aescola0 m9"ico5 ?e certa maneira0 po"emos "i8er !e0 nas primeiras sess$es "e aten"imento0 oclnico o+ser#a e manipla #ari)#eis com o o+eti#o principal "e avaliar a crian*a em #)rios aspectos3al9m "o o+eti#o ) referi"o "e promo#er ma +oa rela*'o terap&tica5 Aos pocos0 !anto maiss7li"as forem sas /ip7teses0 essa manipla*'o "e #ari)#eis passa .ra"ati#amente a o+eti#artam+9m inter#en*$es para odificar comportamentos0 sem a+an"onar a a#alia*'o 3inclsi#e so+reos efeitos "a inter#en*'o5

    Atra#es "e manipla*$es Nas ati#i"a"es o clinico e capa8 "e i"entificar Comportamentossocialmente "esea"os o nao0 inclsi#e tili8an"o-se ?o mesmo recrso para mo"ificar taiscomportamentos5m aspecto +)sico a#alia"o pelo clnico no incio "e m aten"imento 9 o n#el "e "esen#ol#imento"a crian*a0 inclin"o a sa alfa+eti8a*'o5 Isso 9 importante para comparar os comportamentoso+ser#a"os com o !e seria espera"o para a fai6a et)ria "a crian*a e0 tam+9m0 para astar aescol/a "os +rin!e"os nas sess$es se.intes5 Otro aspecto a#alia"o 9 o repert7rio inicial "ecomportamentos "a crian*a0 inclin"o o repert7rio para +rinca"eiras e tam+9m para intera*$es maissemel/antes 1!elas !e ocorrem entre o clnico e o cliente a"lto5 Ao +rincar com a crian*a0 oclnico po"e maniplar #ari)#eis 3"e mo"o assistem)tico0 "iferentemente "o pes!isa"or e a#aliarcomo a crian*a rea.e5 Ele po"e0 por e6emplo0 .an/ar propositalmente em m o.o e ent'o o+ser#ar

    se a crian*a "esiste0 se rea.e "e maneira a.ressi#a0 se solicita a"a o se tenta o.ar mel/or5 ?eto"o mo"o0 al.mas rea*$es0 mais asserti#as o mais criati#as0 po"em ser toma"as comoin"ica"ores "os recrsos comportamentais "a crian*a0 ao passo !e otras rea*$es0 passi#as oa.ressi#as0 in"icariam necessi"a"e "e inter#en*'o so+re esses comportamentos5A escol/a "e !an"o e como o clnico "e#e procrar tili8ar o +rincar em sess$es com a crian*a#aria principalmente em fn*'o "e: a o+eti#os "o clnico com ca"a cliente= + n#el "e"esen#ol#imento "a crian*a= c #aria*$es "a prefer&ncia "os clientes por ma o otra +rinca"eira5asicamente0 po"emos afirmar !e o clnico +rinca com a crian*a por!e0 em .eral0 ela n'o 9 t'ocapa8 "e relatar e#entos "o coti"iano tal !al o fa8 o a"lto0 e0 ao +rincar0 po"er-se-a o+ser#ar einter#ir so+re certos pa"r$es "e comportamento5 O +rincar 9 m proce"imento !e facilita ao+ser#a*'o "ireta so+re o mo"o como a crian*a intera.e com o +rin!e"o e com o parceiro "a

    +rinca"eira 3no caso0 o analista5 Inclem-se a!i as e#i"&ncias !anto ao mo"o como as crian*asrea.em 1s sita*$es propostas pelo clnico0 1 necessi"a"e "e se a"e!ar 1s re.ras "o o.o e 1ssolicita*$es para !e e6presse ses sentimentos5 Al.ns "os pa"r$es "e comportamentoso+ser#a"os po"em ser an)lo.os aos pro+lemas respons)#eis por ela necessitar "e aten"imento5ma crian*a encamin/a"a 1 terapia "e#i"o a sa ,timi"e8-0 por e6emplo0 po"e es!i#ar-se "eescol/er a +rinca"eira0 mesmo !an"o solicita"a5 Otra0 com pro+lemas "e ,a.ressi#i"a"e- e,comportamento opositor-0 po"e tentar +rlar as re.ras "o o.o o representar intera*$es a.ressi#ascom +onecos5O +rincar po"e ser tili8a"o com o+eti#os "e a#alia*'o "o repertorio "a crian*a0 permitin"o o acessoin"ireto a ses pensamentos e sentimentos e o acesso mais "ireto as sas respostas a+ertas0 emrela*'o com #ari)#eis "e controle am+ientais5Na sita*'o lB"ica0 a crian*a re#ela e "esco+re ses sentimentos0 pensamentos0 inti*$es efantasias0 possi+ilitan"o ao clnico o+ter "a"os importantes para o con/ecimento "e sa /ist7ria "e#i"a 3\in"/ol8 e MeQer0 45 ?esse mo"o0 o +rincar po"e ser tili8a"o com o o+eti#o "e a#alia*'o

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    17/23

    "o repert7rio "a crian*a0 permitin"o o acesso in"ireto a ses pensamentos e sentimentos e o acessomais "ireto 1s sas respostas a+ertas0 em rela*'o a #ari)#eis "e controle am+ientais5Al9m "e o+ter informa*$es o+ser#an"o pa"r$es "e comportamento "a crian*a ao +rincar0 o clnicotam+9m po"e coletar "a"os so+re o coti"iano "ela por meio "e per.ntas durante as +rinca"eiras3cate.orias Conversar Decorrente e Conversar Paralelo5 Al.mas "essas informa*$es tal#e8fossem o+ti"as com mais "ificl"a"e0 caso n'o /o#esse a +rinca"eira concomitante5 Ks #e8es0 osclnicos se "eparam com crian*as e6cessi#amente cala"as0 !e emitem apenas respostasmonossil)+icas !an"o al.o l/es 9 per.nta"o "iretamente5Em .eral0 isso ocorre por!e a crian*a n'o possi sficiente repert7rio #er+al para esse tipo "eintera*'o o tam+9m por!e0 em sa /ist7ria "e #i"a0 "i)lo.os com a"ltos po"em ter se torna"oma intera*'o a#ersi#a 3como !an"o pais con#ersam para fa8er co+ran*as o repreens$es5Assim0 a a#ersi#i"a"e po"e se .enerali8ar0 fa8en"o a crian*a se es!i#ar "esse tipo "e intera*'omesmo com otros a"ltos5 > preciso consi"erar0 tam+9m0 se a recsa em relatar e#entos se "e#e 1a#ersi#i"a"e "o conteudo relata"o0 como0 por e6emplo0 !an"o o clnico per.nta so+re a escola0on"e ela 9 8om+a"a pelos ses cole.as0 e ent'o ela n'o ") as informa*$es solicita"as5A alternati#a "e se fa8er per.ntas 1 crian*a "rante a +rinca"eira constiti ma maneira "e facilitara o+ten*'o "o relato5 Isso po"e acontecer "e#i"o a ma com+ina*'o "e fatores0 !e #'o "es"e a

    re"*'o "o contato ol/o a ol/o 3!an"o o clnico e a crian*a est'o ol/an"o e mansean"o+rin!e"os 1 re"*'o "a semel/an*a entre essa intera*'o e as con#ersas mais ,s9rias- !esalmente a crian*a tem com a"ltos0 o mesmo o fato "o +rincar pro"8ir sensa*$es "e pra8er0incompat#eis com as sensa*$es "esa.ra")#eis !e po"em estar associa"as a certos relatos mais"ifceis so+re o coti"iano5 Al9m "esses moti#os0 relatos "a crian*a !e comparem sita*$es "ocoti"iano com o +rincar po"em ser mais f)ceis por se tornarem tatos2 parcialmente so+ controle "eestmlos presentes0 como0 por e6emplo0 em: ,E n'o o.o "amas com me irm'o "o eito !e eo.o a!i0 por!e0 com ele0 a .ente aca+a +ri.an"o-5Conforme a classifica*'o apresenta"a0 o Fantasiar 9 ma "as possi+ili"a"es "o +rincar e se so naa#alia*'o 9 Btil para i"entificar comportamentos enco+ertos e manifestos "a crian*a 3por e6emplo0Re.ra0 = Pentea"o0 25 A incls'o "e estrat9.ias lB"icas e "e fantasia na a#alia*'o 3e

    tam+9m na inter#en*'o "ireta com a crian*a propicia a amplia*'o "as rela*$es0 !e passam a se"ar n'o apenas entre a crian*a e o clnico como tam+9m entre eles e os persona.ens "as+rinca"eiras 3Conte e Re.ra0 225A alternati#a "e fa8er per.ntas 1 crian*a "rante a +rinca"eira constiti ma maneira "e facilitar ao+ten*'o "o relato5 Isso po"e acontecer "e#i"o a ma com+ina*'o "e fatores5Na fantasia0 a crian*a atri+i fn*$es e caractersticas a o+etos e persona.ens para al9m "a!elas!e po"eriam ser o+ser#a"as na reali"a"e5 Por e6emplo0 m pino "e ma"eira se torna o,irm'o8in/o-= m +oneco "e massin/a po"e ,falar e an"ar-= o "esen/o "e m patin/o e#oca malon.a /ist7ria so+re esse persona.em5 Nesse senti"o0 a fantasia e!i#ale 1 no*'o "e inner arespeito "e forma*'o "e ima.ens5 e.n"o inner 3;0 HJ;40 ,formar ima.ens-0 isto90 #er na as&ncia "a coisa #ista0 9 ma #is'o con"iciona"a !e e6plica a ten"&ncia !e se tem "e

    #er o mn"o "e acor"o com a /ist7ria pr9#ia5No processo clnico0 o fantasiar po"eria ser consi"era"o ma estrat9.ia "e a#alia*'o e inter#en*'o3Re.ra0 20 na !al 9 poss#el i"entificar comportamentos e contin.&ncias "e #i"a "o cliente3Re.ra0 5 A fantasia enri!ece o am+iente terap&tico0 pois0 ao ,#er na as&ncia "a coisa #ista-0a crian*a a"iciona elementos !e n'o est'o presentes= ela in#enta e recria persona.ens0mltiplican"o "i)lo.os e0 ao ima.inar0 9 como se inserisse otras pessoas na sala "e aten"imento5?esse mo"o0 o clnico0 em #e8 "e o+ser#ar somente o comportamento "a crian*a0 tam+9m o+ser#acomo a crian*a #& sa intera*'o com otros si.nificantes "e sa #i"a5 E0 assim0 ele tam+9m po"einter#ir "e mo"o a mo"ificar pa"r$es "a crian*a e tam+9m "os persona.ens ima.ina"os5No#amente0 a!i0 a crian*a !e fantasia po"e ter mais facili"a"e em "emonstrar as intera*$es "ese "ia a "ia "o !e relata-las5

    A @RINCADEIRA COMO ESTRAT=GIA DE INTERVEN;OAl9m "e proce"imento para facilitar a coleta "e "a"os so+re a crian*a0 o +rincar 9 tam+9m eestrat!gia "e inter#en*'o "o clnico para a mel/ora"os comportamentos "a crian*a5 > relati#amente

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    18/23

    comm o+ser#armos esta.i)rioso alnos recem-forma"os 3!e est'o inician"osa pr)tica comoclnicos comportamentaisinfantis tentan"o0 "e to"as as formas0fa8er com !e a crian*a relate t"oo!e ele ,precisaria sa+er- para ter ma a#alia*'o completa "o caso e0 s7 ent'o0 come*ar masposta inter#en*'o5 Trata-se "e ma tentati#a "e encai6ar o aten"imento 1 crian*a no mo"elotra"icional "e aten"imento ao a"lto5 Entretanto0 a maior ri!e8a "o so"o +rincar em sess'o 9!e0 em+ora mitas #e8es o clnico n'o consi.a fa8er com !e a crian*a relate0 isso naonecessariaente seria u pre- re"uisito para a terapia acontecer5 Em otraspala#ras0 ao mesmotempo em !e o clnico o+ser#a e a#alia os comportamentos "a crian*a na +rinca"eira0 ele )inter#9m "iretamenteso+re eles5Na a+or"a.em analitico-comportamental0 o +rincar tem si"o consi"era"o m proce"imento fa#or)#elao maneo "e comportamentos clinicamente rele#antes na terapia com crian*as 3Conte e ran"'o05 O +rincar0 no ensino "e no#os comportamentos0 conforme ?e Rose e Sil 32J0 p5 JH0 9 m,meio para ensinar otros comportamentos o como ma con"i*'o na !al no#os comportamentosXpo"emY ser a"!iri"os-5 O +rincar 9 m conte6to particlarmente rico "e oportni"a"es para ensinarcomportamentos alternati#os 1 crian*a por meio "e proce"imentos caractersticos "a an)lise "ocomportamento5O +rincar po"e ser m proce"imento clinico para ensinar no#os comportamentos o mo"ificar

    comportamentos ) e6istentes no repertorio "a crianca5A se.ir0 #amos apresentar !atro proce"imentos "e inter#en*'o: mo"ela*'o0 es#anecimento3fading0 mo"ela.em e +lo!eio "e es!i#a5 Esses proce"imentos foram seleciona"os pelae6peri&ncia "as atoras 3como clnicas e sper#isoras= a com+ina*'o "eles se constiti em ma"as principais +ases "e inter#en*'o com crian*as5C'*,%)&$-8)* 9,$,*Conforme e6posto0 os principais o+eti#os "o +rincar em terapia po"eriam ser resmi"os em: apromo#er ma +oa rela*'o terap&tica= + reali8ar a a#alia*'o fncional "os comportamentos "acrian*a0 ao i"entificar #ari)#eis rele#antes no aparecimento e manten*'o "a !ei6a= c esta+elecerproce"imentos "e inter#en*'o !e fortale*am certos comportamentos e enfra!e*am otros5 N'o /)ma re.ra o pa"r'o fi6o a respeito "o tempo !e o clnico "e#a .astar em intera*$es lB"icas5 Com

    al.mas crian*as0 o clnico po"e optar por tili8ar mais o.os estrtra"os 3cas falas0 com maiorpro+a+ili"a"e0 correspon"eriam a Brincadeira-#udico5Com otras0 po"e en.aar-se em ati#i"a"es "e fantasia com +onecos 3Fantasia-#udico5 Comotras0 ain"a0 po"e in#estir em intera*$es #er+ais sem recrso "o +rincar 3 $ao #udico0 po"en"oinclsi#e n'o +rincar em nen/m momento em+ora tal#e8 isso sea mais raro5 e ma crian*a,+rinca mito- o ,+rinca poco-0 nen/m "os pa"r$es 9 certo erra"o em si0 mas a "epen"er "aan)lise fncional reali8a"a5Ao +rincar0 s'o esta+eleci"as oportni"a"es para a crian*a emitir comportamentos clinicamenterele#antes0 no senti"o "efini"o por Zo/len+er. e Tsai 325Esta+elecer a rela*'o entre o +rincar e os comportamentos clinicamente rele#antes "a crian*a 9 Btilpara a compreens'o "e particlari"a"es "as sess$es "e aten"imento 3Conte e ran"'o0 5

    Assim0 a ocorr&ncia "e ,comportamentos-!ei6a- e ,comportamentos "e mel/ora- parece ser maisfre!ente "rante momentos "e +rinca"eira0 na terapia5 A +rinca"eira 90 possi#elmente0 masita*'o mais pr76ima ao conte6to natral "e #i"a fora "a sess'o e tam+9m "e emiss'o "oscomportamentos-al#o0 o !e permite ao clnico a.ir "iretamente e "e forma contin.ente so+re estasrela*$es5Por fim0 !eremos "estacar !e o clnico infantil n'o "e#e minimi8ar a import@ncia "e intera*$essem +rincar com a crian*a5 Assim como ensinar a +rincar 3em .eral0 9 importante para a crian*aintera.ir "essa forma com cole.as e ami.os0 ensinar a con#ersar tam+9m 9 importante0 por seconstitir em m repert7rio in"ispens)#el para a interloc*'o especialmente com a"ltos 3pais0professores e otros0 !e t&m .ran"e po"er "e refor*ar o pnir sas respostas5 > pro#)#el !emitas crian*as apresentem "i#ersos pro+lemas "e comportamento0 em parte por!e n'o est'osen"o capa8es "e "ialo.ar sea por!e n'o apren"eram esse repert7rio0 sea por!e esserepert7rio n'o 9 sficientemente refor*a"o no conte6to em !e elas #i#em5 en"o assim0 ensinar acrian*a a +rincar e tam+9m a ,simplesmente con#ersar- po"em ser o+eti#os +)sicos e .erais "e!al!er aten"imento em clnica infantil5

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    19/23

    N'$* 5 %apport0 "o franc&s0 si.nifica ,/armonia-0 ,confian*a-0 ,se.ran*a-0 ,compreens'o-5Constrir o rapport0 portanto0 si.nifica !e o clnico "e#e se comportar "e mo"o !e sa rela*'ocom o cliente0 "es"e o incio "e m processo "e terapia0 alcance essas caractersticas5

    A IMPORT]NCIA ?A PARTICIPAUVO ?A FAMLIA NA CLNICA ANALTICOWCOMPORTAMENTALINFANTIL O+eti#os "a incls'o "a famlia no processo clnico "a crian*a5 A coleta "e "a"os nto 1 famlia5 A participa*'o "os pais na ela+ora*'o "a a#alia*'o fncional5 As sess$es com a famlia #isan"o me"iar conflitos5 ?esafios e limites "o tra+al/o com a famlia5

    m "os postla"os +)sicos "a an)lise "o comportamento assme !e o comportamento "osin"i#"os 9 pro"to "a intera*'o or.anismo-am+iente0 sen"o am+os constantemente mt)#eis eseitos a infl&ncias recprocas5 Assim sen"o0 !al!er !e sea o conte6to em !e o analista "ocomportamento ate0 ele sempre +scar) i"entificar e alterar essas rela*$es a fim "e atin.ir oso+eti#os a !e se prop$e: formati#os 3e"ca*'o= reme"iati#os e;o pre#enti#os 3saB"e0 atra#9s "o

    esta+elecimento e;o altera*'o "as contin.&ncias "e refor*amento5?ecorrente "esse pressposto0 o aten"imento clnico a crian*as sempre incli inter#en*'o "iretanto 1 famlia e;o nto a otros ci"a"ores li.a"os 1 crian*a0 ma #e8 !e parte fn"amental "oam+iente em !e esta se encontra inseri"a 9 a pr7pria famlia5 Entretanto0 o mo"o "e inser*'o "afamlia no processo clnico "a crian*a tem #aria"o consi"era#elmente5#eis rele#antes para a mo"ifica*'o "os comportamentos-al#o "a inter#en*'o5 Nesse mo"elo0 erafre!ente o profissional n'o ter contato "ireto com a crian*a e ter acesso aos "a"os atra#9s "erelatos e re.istros feitos pelos ,me"ia"ores-52 Entretanto0 esse mo"elo mostro -se limita"o em#)rios casos e passo-se a inter#ir "iretamente nto 1 crian*a 3em conslt7rio e;o am+ientenatral0 sem0 entretanto0 a+rir m'o "o contato fre!ente e sistem)tico com os pais e "emaispessoas rele#antes para a e#ol*'o "o caso5

    Ga #arias ra8oes pelas !ais o contato "ireto "o profissional com a crianca se mostra fn"amental0"e#i"o a capacita*'o tecnica "esse profissional para:5 i"entificar sentimentos0 repert7rios e #aria#eis rele#antes para o caso0 "a"os esses fn"amentais0inclsi#e0 para a orientacao aos pais=25 esta+elecer m am+iente "iferencia"o e n'o pniti#o !e facilitara a re"cao; eliminacao "ecomportamentos ,ina"e!a"os- e a instalacao "e no#os repertorios0 so+ con"i*$es3pre"ominantemente positi#as=J5 planear0 implementar e a#aliar se!encias "e ensino para repertorios especificos0como0 por e6emplo0 repertorios co.niti#os0 #er+ais0 motores o aca"emicos5?e m mo"o .eral0 po"emos "i8er !e a natre8a e intensi"a"e "o en#ol#imento "a famlia t&m#aria"o 1 me"i"a !e a )rea se "esen#ol#e e "epen"em "as pecliari"a"es "o caso em !est'o5

    Os o+eti#os0 estrat9.ias0 "esafios e ci"a"os mais comns en#ol#i"os no contato com os pais s'o"escritos a se.ir5 N'o seria poss#el tratar "o assnto "e forma e6asti#a0 o mesmo aprofn"a"a0no espa*o "este captlo5 Assim sen"o0 limitar-nos-emos a "estacar a!eles aspectos mais comnse .enerali8)#eis "o aten"imento 1 famlia5 Mitas sita*$es particlares0 tanto relati#as 1 crian*a!anto 1 constiti*'o e "in@mica familiares0 e6i.em a+or"a a +or"a.ens especficas !e n'opo"er'o ser contempla"as neste tra+al/o5OB),3'*O papel "a famlia no processo terap&tico "a crian*a ser) "efini"o a partir "e o+eti#os comns a!al!er processo terap&tico0 +em como "as pecliari"a"es "o caso em !est'o5 Ao a+or"ar oprocesso terap&tico0 inner 34;H afirma: ,A terapia +em-sce"i"a constr7icomportamentos fortes0 remo#en"o refor*a"ores "esnecessariamente ne.ati#os e mltiplican"o ospositi#os- 3p54WH5Para c/e.ar a esse reslta"o0 necessitamos0 "entre otras coisas:

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    20/23

    a i"entificar e minimi8ar contin.&ncias a#ersi#as= + promo#er #aria+ili"a"e comportamental= c"esen#ol#er m repert7rio "e comportamentos alternati#os "ese)#eis so+ controle "e contin.&ncias+asicamente positi#as5Assim sen"o0 a orienta*'o 1 famlia "e#er)0 "e al.ma forma0 a6iliar-nos nesta tarefa5E importante lem+rar !e a !ei6a apresenta"a pela familia mitas #e8es nao coinci"e com o,pro+lema- propriamente "ito5 O sea0 a a#alia*'o feita pelo clinico fre!entemente re#ela aspectosn'o i"entifica"os pela familia0 aspectos estes !e po"em complementar a !ei6a inicial0 o mesmoin"icar !e as !estoes +)sicas "iferem si.nificati#amente "o !e a familia conce+e como,pro+lema-5C')$ %) %$%'*O contato com a famlia nos fornece inBmeros "a"os rele#antes ao lon.o "e to"o o processo5Inicialmente0 le#antamos nto 1 famlia a !ei6a e o /ist7rico "o ,pro+lema-: ori.em= atri+i*$esfeitas pelos mem+ros "a famlia e pela crian*a 3por e6emplo: !e /ip7teWses;concep*$es os"iferentes mem+ros "a famlia t&m acerca "a ori.em e manten*'o "o ,pro+lema-= se os paisapresentam o pro+lema como locali8a"o na crian*a e t&m ma e6pectati#a "e !e o processoen#ol#er) apenas a ela o se se consi"eram inseri"os na sita*'o= tentati#as "e sol*'o )implementa"as0 etc5 scamos0 ent'o0 "escri*$es mais "etal/a"as "as sita*$es em !e os

    comportamentos-

    !ei6a ocorrem:5 !ais as conse!&ncias para a crian*a e "emais pessoas en#ol#i"as025 +em como i"entifica*'o "e sita*$es +em !e esses comportamentos n'o ocorrem e;o nas!ais comportamentos alternati#os a"e!a"os s'o o+ser#a"os5 Com isso0 ) po"emos ter maprimeira i"eia "e !'o sens#eis os pais est'o ao comportamento "a crian*a: eles i"entificam econse!&ncias inst@ncias ,positi#as- o apenas rea.em a comportamentos-pro+lema% Le#antamos0ain"a0 as e6pectati#as !e os pais apresentam em rela*'o 1 terapia: am+os concor"am !e e6istem pro+lema e recon/ecem a terapia como m recrso le.timo para tentar solciona -lo% )participaram o acompan/aram processos terap&ticos "e otras pessoas% Como ima.inam !etranscorra tal processo% A partir "esse connto "e informa*$es0 po"eremos estimar a"isponi+ili"a"e "os pais para se en.aarem no processo e li+erarem conse!&ncias ,positi#as-

    contin.entesa comportamentos"ese)#eis "a crian*a0 como rea*$es "e aceita*'o0 apro#a*'o0 etc5Tam+9m "e#emos tili8ar as primeiras sess$es com os pais para pes!isar "a"os "e .esta*'o eparto= "esen#ol#imento "a crian*a0 consi"eran"o "iferentes repert7rios: motor0 co.niti#o0 #er+al0s7cio emocional0 aca"&mico0 etc5 olicitamos0 ain"a0 informa*$es acerca "e fatos ,marcantes- !epossam ter ocorri"o com a famlia e;o com a crian*a0 como nascimento "e irm'os= m"an*as:separa*'o "os pais0 m"an*as "e escola o ci"a"e= "oen*as e;o mortes na famlia= altera*$esfinanceiras +rscas= acesso o per"a a+rpta o acenta"a "e refor*a"ores5No caso "e crian*as !e ) fre!entam a escola0 9 importante pes!isar o /ist7rico escolar: com !ei"a"e a crian*a foi pela primeira #e8 para a escola= !ais ra8$es le#aram os pais a optar por"etermina"a escola e pelo momento "e in.resso na mesma= como foi a a"apta*'o "a crian*a 3tantosocial !anto pe"a.o.icamente= m"an*as "e escola: moti#os0 participa*'o "a crian*a na "ecis'o0

    rea*'o "a crian*a 13s no#a3s escola3s= con"i*'o "a crian*a na escola atal0 etc5G)+itos0 rotina0 #alores e pr)ticas familiares tam+9m s'o aspectos !e "e#em ser pes!isa"os: !ala rotina "a crian*a= crit9rios e pr)ticas "isciplinares: o !e l/e 9 permiti"o0 o !e 9 consi"era"oina"e!a"o o ina"miss#el= pr)ticas "isciplinares: como os pais rea.em a comportamentos !el.am a"e!a"os o ina"e!a"os= pr)ticas pniti#as tili8a"as= concor"@ncias e "iscor"@nciasentre os pais relati#as ao !e "e#e ser permiti"o0 estimla"o o coi+i"o= concor"@ncias e"iscor"@ncias em rela*'o a pr)ticas pniti#as o "e conse!encia*'o positi#amente refor*a"oras=como s'o a"ministra"as as "iscor"@ncias entre os pais0 em especial no !e se refere 1 e"ca*'o"os fil/os0 etc5Por otro la"o0 a manten*'o "o contato com a famlia "rante to"o o processo pro#& informa*$escomplementares acerca "os aspectos at9 a!i "iscti"os o acerca "e otros ain"a n'o a+or"a"os0ao mesmo tempo em !e nos informa so+re a inter#en*'o e ses poss#eis reslta"os: aplica*'o "eproce"imentos s.eri"os= altera*$es o+ser#a"as= necessi"a"e "e altera*'o nos proce"imentos oincls'o "e no#as #ari)#eis0 etc5A3$,$-.' 9#+,'$

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    21/23

    A inter#en*'o propriamente "ita ser) +asea"a na a#alia*'o fncional "o caso em !est'o5 Essaa#alia*'o ocorrer) "rante to"o o processo terap&tico0 ori.inan"o /ip7teses !e ser'o testa"as0+em como proce"imentos a serem implementa"os0 a#alia"os0 reformla"os e;o s+stit"os0 a"epen"er "os reslta"os o+ti"os5A participa*'o "os pais nesse processo 9 fn"amental: pro.ressos terap&ticos0 +em como samanten*'o e .enerali8a*'o0 "epen"er'o0 em .ran"e parte0 "e mo"ifica*$es na intera*'o "ireta "ospais com a crian*a0 +em como "e altera*$es !e estes promo#am em sa rotina0 con"i*$es "eestimla*'o e es!emas "e refor*amento5Para tanto0 9 importante !e o clnico n'o se limite ainstrir os pais so+re como "e#em proce"er5 A orienta*'o "e pais !e se restrin.e a fornecerinstr*$es a serem se.i"as por eles apresenta #)rias limita*$es0 "entre elas: a "escon/ecen"o afn"amenta*'o s+acente 1 inter#en*'o proposta0 os pais ter'o maior "ificl"a"e em se.ir asinstr*$es "o clnico= +mesmo !e consi.am se.ir as instr*$es0 eles pro#a#elmente n'o estar'oso+ controle "a funcao "e ses comportamentos e "os comportamentos "a crian*a 3mas sim "e satopo.rafia0 o !e impe"e ma ata*'o eficiente "e sa parte= e c os pais ten"em a ficar mito"epen"entes "o clnico para li"ar com sita*$es no#as e impre#istas0 o !e retar"a o a#an*o "ocaso0 "ificlta a .enerali8a*'o "os .an/os e a pre#en*'o "e no#os pro+lemas5Os pais sao con#i"a"os a participarem ati#amente "a a#aliacao fncional e "as "ecis$es clinicas0

    pois ,a orientacao "e pais !e se restrin.e a fornecer instr*$es a serem se.i"as por elesapresenta #arias limitacoes5Pelos moti#os lista"os anteriormente0 consi"eramos fn"amental !e os pais participem ati#amente"a a#alia*'o fncional0 ntamente com o clnico5 N'o 9 nossa pretens'o torna -los especialistas eman)lise "o comportamento0 por9m0 9 necess)rio !e compreen"am os princpios com os !aistra+al/amos e a rela*'o "estes com os proce"imentos propostos5 Al9m "isso0 9 importante !eparticipem0 com o clnico0 "as "ecis$es toma"as "rante o processo0 ma6imi8an"o0 "esta forma0 apro+a+ili"a"e "e encontrarmos alternati#as "e inter#en*'o com as !ais os pais concor"em e nas!ais se en.aem5Ao tra+al/ar com os pais0 preten"emos mais "o !e le#a-los a se.ir instr*$es mecanicamente=nossa pretens'o incli torna-los mel/ores o+ser#a"ores0 coloca-los so+ controle "iscriminati#o mais

    eficiente e "esen#ol#er /a+ili"a"es "e sol*'o "e pro+lemas e "e toma"a "e "ecis'o !e facilitem omaneo "e sita*$es relati#as a e"ca*'o "e ses fil/os5Parte "o !e fa8emos em nosso contato com os pais0 e ,tra"8ir- para eles sentimentos0necessi"a"es0 "ificl"a"es o a#an*os "a crianca0 "e forma !e possam compreen"er a analisereali8a"a o a inter#en*'o s.eri"a; implementa"a5Para tanto0 as sess$es com os pais ten"em a a+or"ar aspectos +astante "i#ersos0 tais como:refinamento "e /a+ili"a"es "e o+ser#a*'o= aprimoramento "a "escri*'o "e sita*$es coti"ianas0priori8an"o o "iscrso e6ternalista 3i"entifica*'o "as rela*$es in"i#i"o -am+iente so+re o mentalista3atri+i*'o "o comportamento a e#entos internos: #onta"e0 sentimentos0 tra*os "e personali"a"e0etc5= i"entifica*'o "e contin.&ncias controla"oras "o comportamento "a crian*a0 +em como "ocomportamento "os pr7prios pais0 irm'os0 professores e "emais pessoas rele#antes= proposi*'o "e

    inter#en*$es a serem implementa"as e monitora*'o "as mesmas= aprimoramento "e /a+ili"a"es "ecomnica*'o 3pais-clinico= pais-crianca= mae-pai= aprimoramento "o controle "iscriminati#o 3#i"e oe6emplo "escrito no pr76imo par).rafo= mo"ela.em e mo"ela*'o "e comportamentos a"e!a"osaos o+eti#os e e#ol*'o "o caso0 etc5

    A forma*'o "o clnico0 ntamente com o tipo "e rela*'o propicia"o pelo conte6to terap&tico 3si.ilo=am+iente n'o pniti#o= o fato "e o clnico n'o fa8er parte "as rela*$es coti"ianas "a crian*a0 etc50fa#orece a i"entifica*'o "e #ari)#eis stis relaciona"as ao comportamento "o cliente0 #ari)#eisessas "e "ifcil "etec*'o por parte "os pais5 Assim0 parte "o !e fa8emos em nosso contato com ospais 9 ,tra"8ir- para eles sentimentos0 necessi"a"es0 "ificl"a"es o a#an*os "a crian*a0 "e forma!e possam compreen"er a an)lise reali8a"a o a inter#en*'o s.eri"a; implementa"a5 Parailstrar: 9 comm !e as crian*as e6i+am pro.ressos na "ire*'o "esea"a pela inter#en*'o sem !epais o professores se "eem conta "isso0 pelo fato "e os a#an*os serem ain"a "iscretos em rela*'oao !e 9 espera"o5 Por e6emplo0 ma crian*a !e se encontra em aten"imento "e#i"o a"ificl"a"es escolares po"e apresentar a#an*os relati#os a se repert7rio aca"&mico sem !e estes0

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    22/23

    ain"a0 reflitam-se em sas notas5 O0 para ma crian*a /iperati#a0 o fato "e conse.ir terminar asati#i"a"es0 apesar "e a !ali"a"e ain"a "ei6ar mito a "esear0 ) constiti m a#an*o !e mereceser nota"o e conse!encia"o5 > importante !e o clnico estea atento e possa mostrar aos pais ospro.ressos ocorri"os0 e6plicitan"o !e0 em+ora mito a!9m "o "esea"o0 esses ) constitempassos na "ire*'o esta+eleci"a e "e#em ser #alori8a"os5Analo.amente0 9 fre!ente o clnico ter acesso a necessi"a"es "a crian*a !e os pais i.noram5(an"o o clnico l.ar rele#ante "isctir este assnto com os pais0 po"er) fa8e -lo0 "es"e !eo+ser#an"o ci"a"os 9ticos relati#os ao si.ilo e prote*'o "a crian*a5E fre!ente o clinico ter acesso a necessi"a"es "a crian*a !e os pais i.noram5 (an"o o clinicol.ar rele#ante "isctir este assnto com os pais0 po"er) fa8e-lo0 "es"e !e o+ser#an"o ci"a"oseticos relati#os ao si.ilo e a prote*'o "a crianca5

    MEDIA;O DE CONFLITOS E TOMADA DE DECIS;OAs sess$es com a famlia ten"em a #ariar +astante0 a "epen"er "as caractersticas "a crian*a e "afamlia= o momento "o processo terap&tico= o+eti#os especficos "a!ela sess'o0 etc5 Assim0po"em ser reali8a"as sess$es com am+os os pais o somente com o pai o com a m'e= "a mesmaforma0 otros mem+ros "a famlia 3irm'os0 a#7s po"em ser con#oca"os0 com a an&ncia "a crian*a

    e "os pais= al9m "isso0 a crian*a tam+9m po"er) estar presente em al.ma "estas sess$es0 se/o#er in"ica*'o para tanto5A ocorrencia "e sessoes conntas entre a crianca e al.m3ns mem+ro3s "o con#i#io "a crian*apo"era sr.ir a partir "e solicita*'o "a propria crianca0 "os pais o por s.estao "o clinico5A reali8a*'o "e ma sess'o connta crian*a e al.m3ns mem+ro3s "e sa famlia po"eaten"er a prop7sitos tais como: a crian*a contar o "i8er al.ma ,coisa "ifcil- para esta otrapessoa0 com o a6lio "o clnico= facilitar m acor"o entre a crian*a e al.9m "e sa famlia emsita*$es "e impasse o mito "esfa#or)#eis para a crian*a0 etc5A ocorr&ncia "estas sess$es po"er) sr.ir a partir "e solicita*'o "a pr7pria crian*a0 "os pais o pors.est'o "o clnico5 Para !e tais encontros ten/am alta pro+a+ili"a"e "e serem +em -sce"i"os0 9fn"amental !e: a esteam claros0 para to"os os participantes0 os o+eti#os "o encontro= + to"os

    os participantes concor"em com o mesmo= c o clnico consi"ere !e o encontro tem altapro+a+ili"a"e "e ser +em-sce"i"o= " o clnico ten/a se.ran*a "e !e a crian*a n'o corre!al!er risco ao se e6por a este encontro= e o clnico prepare a crian*a informan"o0antecipa"amente0 !al o conteB"o a ser "iscti"o0 !al a mel/or postra a ser a"ota"a pela crian*ae o tipo "e inter#en*'o !e o clnico se prop$e a fa8er o n'o5?e m mo"o .eral0 o papel "o clnico nesse tipo "e sess'o 9 o "e me"ia"or0 +scan"o facilitar acomnica*'o entre a crian*a e o se interloctor0 e#itan"o !e a "iscss'o "eri#e para +ri.as oofensas e "irecionan"o a"iscss'o a fim "e se c/e.ar a m acor"o ao final "a sess'o5ess$es conntas com a crian*a0 mem+ros "e sa famlia e clnico po"em si.nificar m .an/oimportante para o processo0 pois mo"elam repert7rios "e intera*'o mais a"e!a"os e "ireciona"os1 resol*'o "e conflitos !e po"em ser .enerali8a"os para o coti"iano "a famlia5

    D)*$9,'* ) ,/,)* %' &$B$J' +'/ $ 9$/K,$e0 por m la"o0 o acesso !e o clnico infantil tem a componentes fn"amentais "o am+iente "acrian*a 3como a famlia e a escola constiti ma #anta.em "a inter#en*'o terap&tica com crian*asem rela*'o ao tra+al/o clnico com a"ltos0 por otro la"o0 tal fato nos coloca "iante "e !est$es e"esafios consi"er)#eis5 m primeiro "esafio 9 o clinico .an/ar a confian*a "a crian*a e "e ca"a m"e ses pais0 ao se iniciar o processo5 e.n"o inner: O po"er inicial "o terapeta como a.entecontrola"or se ori.ina "o fato "e !e a con"i*'o "o paciente 9 a#ersi#a e "e !e0 portanto0 !al!erpromessa "e al#io 9 ne.ati#amente refor*a"ora X555Y As promessas "e a6lio0 #)rios in"cios !etornam essas promessas efica8es0 o prest.io "o terapeta0 relatos "e mel/ora em otros pacientes0li.eiros sinais "e mel/ora no pr7prio paciente0 t"o entra no processo X555Y T"o consi"era"o0entretanto0 o po"er inicial "o terapeta n'o 9 mito .ran"e5 Como o efeito !e ele "e#e conse.irre!er tempo0 sa primeira tarefa 9 asse.rar-se "e !e /a#er) tempo "ispon#el 3inner0HJ;40 p5 J45

  • 7/24/2019 1 Borges, Comportamental Infantil

    23/23

    nossa primeira tarefa 9 fa8er com !e os clientes se manten/am no aten"imento5 No caso "a clnicainfantil0 isso si.nifica !e o clnico "e#er) se tornar refor*a"or0 simltaneamente0 para a crian*a epara ses pais5 Consi"eran"o-se !e0 #ia "e re.ra0 n'o 9 a crian*a !em +sca o aten"imento0 massim ses pais 3e#entalmente ,pressiona"os- pela escola e; o por otros profissionais0 comom9"icos0 fonoa"i7lo.os o professores particlares0 nem sempre essa 9 ma tarefa f)cil poren#ol#er in"i#"os !e ten"em a estar so+ controle "e aspectos "iferentes0 !an"o n'oanta.nicos0 "a sita*'o5> comm e6istirem "i#er.&ncias !anto 1 e6ist&ncia e;o natre8a "o pro+lema e !anto aosrecrsos !e ca"a m consi"era #)li"os como tentati#as "e sol*'o para o mesmo5 Assim0 pore6emplo0 os pais po"em concor"ar com a necessi"a"e "e m aten"imento psicol7.ico a macrian*a e6cessi#amente tmi"a por!e temem conse!&ncias "e m9"io e lon.o pra8os0 se a crian*acontinar a e6i+ir "ificl"a"es "e intera*'o social= entretanto0 a pr7pria crian*a po"e se posicionarcontra o aten"imento0 por!e o csto ime"iato "e fa8er frente 1s sas "ificl"a"es se so+rep$e 1se#entais "ificl"a"es !e ) estea encontran"o o #en/a a encontrar5 O a m'e po"e concor"arcom o aten"imento e o pai consi"erar !e o pro+lema to"o seria resol#i"o ,se a m'e fosse menosmole com a crian*a-0 sem necessi"a"e "e inter#en*'o profissional5 InBmeras otras sita*$espo"eriam ser cita"as= o !e elas t&m em comm 9 a "eman"a "e !e o clnico ci"e "estas

    "i#er.&ncias em se tra+al/o com a crian*a e sa famlia5?o ponto "e #ista estrat9.ico0 o tra+al/o clnico com crian*as tam+9m e6i.e repert7rio "i#ersifica"o"o profissional5 Estrat9.ias #er+ais !e po"er'o ser efica8es 3o sficientes em se contato com ospais0 com fre!&ncia0 mostrar-se-ao inapropria"as o insficientes no tra+al/o com a crian*a5Para pro.ramar inter#en*$es eficientes nto 1 crian*a0 9 importante !e o clnico consi"ere sen#el "e "esen#ol#imento 3#er+al0 motor0 co.niti#o0 aca"&mico0 +em como #ari)#eis moti#acionais5Ati#i"a"es pl)sticas0 .r)ficas0 lB"icas0 "ramati8a*$es0 leitra e ela+ora*'o "e /ist7rias0 "iscss'o "e"esen/os e filmes0 so "e fantasia0 etc5J0 po"em mostrar-se alia"os Bteis no tra+al/o com a crian*a0"es"e !e o clnico as tili8e ten"o clare8a "o o+eti#o a !e se prestam e !e estea familiari8a"o e1 #onta"e com o se so5Conforme ) aponta"o0 o contato simlt@neo com a crian*a e com ses pais imp$e ao clnico

    ci"a"os 9ticos a"icionais0 !e s'o importantes "emais para n'o serem menciona"os a!i0 por9m0imposs#eis "e se a+or"ar em espa*o t'o restrito5 Assim sen"o0 limitar-nos-emos a "estacar oci"a"o !e o clnico "e#e ter em rela*'o ao si.ilo "as informa*$es o+ti"as nto 1s "iferentesfontes0 +em como ao esfor*o contno para e#itar e6posi*'o "a crian*a !e a colo!e em sita*'oem+ara*osa o "e risco5 Finalmente0 9 importante assinalar !e0 em+ora o tra+al/o com os paisconstita parte inte.rante "o processo clnico "a crian*a0 nem sempre a orienta*'o aos pais 9sficiente para o+termos as m"an*as "esea"as5 ?epen"en"o "as caractersticas e "ificl"a"esapresenta"as pelo casal e;o pela famlia0 tra+al/os alternati#os o complementares po"em serin"ica"os5 Por e6emplo0 m casal !e estea passan"o por ma crise "e#i"o 1 infi"eli"a"e "e m"os mem+ros po"er) sermel/or aten"i"o no conte6to "e processo clnico "e casal= a "epen"er "ascaractersticas "o caso0 o processo clnico "a crian*a po"e ser manti"o o sspenso5

    Caso sea manti"o0 a orienta*'o "e pais continar) a ocorrer e ter) sa efic)cia potenciali8a"a se os"ois profissionais 3respons)#eis pelo aten"imento "a crian*a e "o casal conse.irem inte.rar setra+al/o5 ?a mesma forma0 se m "os mem+ros "o casal apresentar comprometimentos tais !e oimpe*am "e se en.aar no processo "a crian*a0 ma alternati#a interessante ser) aliar o tra+al/oclnico in"i#i"al "o pai o "a m'e ao aten"imento infantil5 G) casos0 ain"a0 em !e o clnico po"el.ar !e o tra+al/o mais in"ica"o en#ol#eria o en.aamento "e to"a a famlia0 propon"o0 assim0 mtra+al/o clnico familiar como alternati#a ao tra+al/o apenas com a crian*a5