1 CAPÍTULO V – EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO PARTE II.

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CAPÍTULO V – EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO PARTE II

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O objetivo do capítulo é analisar a dor e o sofrimento, tanto na forma de expiação como de evolução, tendo em vista a infinita justiça de Deus que nos dá a oportunidade de apredermos através da dor. Todas as vicissitudes da vida tem uma causa.

CAUSA DAS AFLIÇÕES: As causas das aflições devem ser procuradas tanto no presente (atual encarnação) como numa existência passada.

Suicídio e loucura: Causas estão no descontentamento com relação à vida. Os maiores excitantes ao suicídio são a incredulidade, a simples dúvida sobre o futuro e as idéias materialistas.

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BEM E MAL SOFRER

As provas bem suportadas REINO DE DEUS;

Suportar as provas com FÉ e CORAGEM

o desencorajamento como uma falta;

Recompensa proporcional RESIGNAÇÃO/CORAGEM;

Ser forte é dominar os ímpetos da

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IMPACIÊNCIA

CÓLERA

DESESPERO

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Mas, ah! poucos sofrem bem; poucos compreendem que somente as provas bem suportadas podem conduzi-los ao reino de Deus. O desânimo é uma falta. Deus vos recusa consolações, desde que vos falte coragem. A prece é um apoio para a alma; contudo, não basta: é preciso tenha por base uma fé viva na bondade de Deus. Ele já muitas vezes vos disse que não coloca fardos pesados em ombros fracos. O fardo é proporcional às forças, como a recompensa o será à resignação e à coragem.”

(Lacordaire, Havre, 1863)

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A Terra não é o paraíso;

Soltar-se dos limites do túmulo;

A felicidade eterna para aqueles que tiverem suportado a prova com fé e resignação;

Todos escolhem as suas provas;

A ninguem é dado fardo maior do que a sua capacidade.

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FELICIDADE

FORTUNAPODER

JUVENTUDE

ILUSÃO

FELICIDADE PLENA UTOPIA

MUNDOS SUPERIORES – DESAPEGO À MATÉRIA

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Mortes prematuras

O desencarne de uma pessoa jovem, e não idosa, pode gerar uma certa revolta com os desígnios de Deus, chegando-se a dizer que Deus seria injusto.

Esquecemo-nos de que a morte é preferível aos desregramentos vergonhosos que desolam as família honradas, partem o coração da mãe, e fazem, antes do tempo, branquear os cabelos dos pais.

O apego a presença da pessoa como forma de egoísmo, pensamos muito mais em nós do que naquele que se liberta do julgo da matéria.

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PERDA DE PESSOAS AMADAS

Mesmo acreditando na vida após a morte, há uma perda temporária e é legítimo chorar e ficar triste.

O que não podemos é permitir que nossas vidas fiquem paralisadas a partir de uma grande perda, ou que esta perda gere um estado de revolta e abatimento.

LIMITES DO LUTO

Fé na vida eterna e nos desígnios de Deus

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O espírita deve evitar a prática de rituais como encomendações fúnebres, missa de sétimo dia e uso do luto.Para o desencarnado devemos orar em sua forma mais simples e fervorosa.Devemos lembrar do desencarnante com carinho e amor, conscientes de que a sua jornada na terra encerrou-se.

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BUSCA DO SOFRIMENTO

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CIÚME

INVEJA

NUNCA CONTENTAR-SE COM O QUE TEM

SOFRIMENTO

Aquele que está desprovido de inveja é sempre rico, porque somente olha para baixo e não cria necessidades quiméricas. Assim, está sempre em paz, sendo a paz uma forma de felicidade nas atribulações que nos cercam.

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ESTADOS DA ALMA

Melancolia — Por que uma vaga tristeza se apodera de nossos corações e achamos a vida tão amarga?

É que o nosso Espírito aspira à felicidade e à liberdade e que, preso ao corpo que lhe serve de prisão, se extenua em vãos esforços

para dele sair.Mas vendo que são inúteis, cai no desencorajamento e na languidez.

Infelicidade — Vemo-la na miséria, no fogão sem comida, no credor ameaçador...

Mas a infelicidade é a alegria, é o prazer, é a fama, é a agitação vã, o remorso, a apatia, é a louca satisfação da vaidade, que fazem

calar a consciência.

A Infelicidade está muito mais nas consequências de uma coisa e não na própria coisa

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O PROBLEMA DA DOR

Dor e Sofrimento — a simples reflexão sobre a dor e o sofrimento basta para evidenciar que eles têm uma razão de ser muito profunda.

A dor é um alerta da natureza, que anuncia algum mal que está nos atingindo e que precisamos enfrentar.

Se não fosse a dor sucumbiríamos a muitas doenças sem sequer nos dar conta do perigo.

O sofrimento, mais profundo do que a simples dor sensível e que afeta toda a existência, também tem a sua razão de ser. É através dele que o homem se insere na vida mística e religiosa. (Idígoras, 1983).

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O processo de crescimento espiritual está associado à dor e ao sofrimento.

De acordo com o Espírito André Luiz, a dor pode ser vista sob três aspectos:

1) Dor-expiação — que vem de dentro para fora, marcando a criatura no caminho dos séculos, para regenerá-la, perante a justiça. É conseqüência de nosso desequilíbrio mental, ou proceder desviado da rota ascensional do espírito.

Podemos associá-la às encarnações passadas. Muitas vezes é o resgate devido ao mau uso de nosso livre-arbítrio.

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2) Dor-evolução — que atua de fora para dentro, aprimorando o ser, sem a qual não existiria progresso.

Na dor-expiação estão associados o remorso, o arrependimento, o sentimento de culpa etc.

Na dor-evolução estão associados o esforço e a resistência ao meio hostil.

Enquanto a primeira é conseqüência de um ato mau, a segunda é um fortalecimento para o futuro.

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3) Dor-Auxílio — são as prolongadas e dolorosas enfermidades no envoltório físico, seja para evitar-nos a queda no abismo da criminalidade, seja, mais freqüentemente, para o serviço preparatório da desencarnação, a fim de que não sejamos colhidos por surpresas arrasadoras, na transição para a morte.

O enfarte, a trombose, a hemiplegia, o câncer penosamente suportado, a senilidade prematura e outras calamidades da vida orgânica constituem, por vezes, dores-auxílio, para que a alma se recupere de certos enganos em que haja incorrido na existência do corpo denso, habilitando-se, através de longas reflexões e benéficas disciplinas, para o ingresso respeitável na vida espiritual.

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BEM-AVENTURANÇA NA DOR

A dor não é castigo: é contingência inerente à vida, cuja atuação visa a restauração e o progresso. A dor-expiação é cármica, de restauração, é libertação de carga que nos entrava a caminhada; é reajuste perante a vida, reposição da alma no roteiro certo. Passageira, nunca perene. A dor-evolução, tem existência permanente, embora variável segundo as experiências vividas pelo espírito. Ela acompanha o desenvolvimento, é sua indicação, é sinal de dinamização, inevitável manifestação de crescimento. Jesus, quando falava de dor, sede e fome, referia-se à dor-evolução, a dor que eleva o crescimento do Espírito impulsionado pela fome de aprender e pela sede de saber.

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“A dor é o grande e abençoado remédio. Reeduca-nos a atividade mental, reestruturando as peças de nossa instrumentação e polindo os fulcros anímicos de que se vale a nossa inteligência para desenvolver-se na jornada para a vida eterna. Depois do poder de Deus, é a única força capaz de alterar o rumo de nossos pensamentos, compelindo-nos a indispensáveis modificações, com vistas ao Plano Divino, a nosso respeito, e de cuja execução não poderemos fugir sem graves prejuízos para nós mesmos.”

Entre o Céu e a Terra André Luiz relatando fala do Ministro Clarêncio.

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Compreendi que meu desejo de me formar em Engenharia deve

ficar para uma próxima encarnação. Cheguei a fazer um

período, mas precisei trancar matrícula após a morte de meu

pai. Anos depois, já trabalhando, regressei aos estudos, fiz mais dois períodos, depois tranquei

matrícula novamente, pois fiquei três meses desempregado e,

quando consegui outro, o salário era menor e não dava para custear a faculdade. Resolvi me resignar.

Casos da Vida

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Agora que entendi que a dor, o sofrimento, a aflição,

são bênçãos, pois nos ajudam a crescer e vencer espiritualmente, não mais

me amedronto: se fico desempregado, me resigno

a permanecer em casa, procuro ter paciência e não me incomodo nem com a

fome, pois o corpo é apenas uma roupa. A fome não afeta o espírito. E se bem-aventurados são os

aflitos, eu, por ser um desgraçado, posso dizer

que sou feliz.

Casos da Vida

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Às vezes sinto falta de um tempo que não vivi; de pessoas que não conheci; de lugares por onde não andei; de cenas que não participei; de alguém amado a quem nunca vi. Nessas horas vejo que a vida que vivo não é nada do que eu queria. Então, passo dias definhando em torpor, aconselhando-me com minha maior companheira, a melancolia, boa companheira de quem se encontra diante do impossível

Casos da Vida

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REFLEXÕES FINAIS

O capítulo V, do ESE, juntou três bem-aventuranças:

• A Bem-aventurança dos que choram

• A Bem-aventurança dos que sentem fome e sede de justiça

• A Bem-aventurança dos que são injuriados e perseguidos por causa da justiça.

RESIGNAÇÃO

INQUIETAÇÃO

INQUIETAÇÃO

• Inicialmente, é preciso ter um coração que renuncia e se resigna.• Há que se tomar cuidado, pois a recusa à ação, o horror ao esforço, o

receio do compromisso e do fracasso pode nos tornar pessoas apáticas e mornas.

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REFLEXÕES FINAIS

- NÃO-ACEITAÇÃO - REVOLTA

- BEM SOFRER - APRENDER A TIRAR PROVEITO DA DOR - USAR DA SUA FUNÇÃO

- CONHECER A VERDADE - - ACEITAÇÃO - CAUSA E EFEITO - RESPONSABILIDADE

- NÃO TER NECESSIDADE DA DOR - PERDA DE FUNÇÃO - - SAÚDE TOTAL - PODE SER OPÇÃO DO MISSIONÁRIO

JESUS

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CONCLUSÃO

"Saibamos sofrer e sofreremos menos".

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