1/ DE NOVEMBRO - mun-montijo.pt · uma vida de miséria, pois ... Quem é capaz ahi de lhe atirar a...

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I ANNO DOMINGO, 3 DE NOVEMBRO DE 1901 SEM ANA RIO NOTICIOSO, LITTERARIO E AGRÍCOLA Assignatura Anno, rSooo reis; semestre. 5 tió réis. Pagamento adeantado. Na cobrança pelo correio, accresce o premio to vale. Avulso, no dia da publicação, 20 réis. EDITOR — José Augusto Saloio fi RUA DE JOSE MARIA DOS SANTOS ALU KGALLKGA q Publicações H Annuncios— 1.“ publicação. 40 réis a linha, nas seguintes, 20 réis. Annuncros na 4.' pagina, contracto espacial. Os auto- ;; grapbos não se restituem quer sejam ou não publicad.os. PROPRIETÁRIO — José Augusto Saloio EXPEDIENTE Acceitam-se com grati dão quaesquer noticias «|iie sejam de interesse publico. Ainda bem que assim foi; ainda bem que em Portu gal a justiça e a lei puderam conciliar-se com os senti mentos do coração. A infeliz Joaquina Rosa da Silva, que, Como em tempos noticiámos, preten deu matar-se, querendo dar tambem aos filhos, umas pobres creanças, o eterno descanço, respon deu por esse supposto Cri me no tribunal da Boa Ho ra e foi absolvida. Bem haja o juiz, bem hajam os jura dos que deram assim uma! prova frisante-.de que ain da ha corações bellos e ge nerosos neste paiz. O crime de que accusa- vam essa mulher era de querer matar os filhos. Crime? Pois se ella vivia uma vida de miséria, pois se as creancas não tinham pão, pois se a mãe via mor rer lenta, fatalmente, os fi lhos do seu amor! Se hou ve crime, commetteu-o a sociedade, essa sociedade egoista e venal que cum primenta respeitosamente os que passam altivos e desdenhosos, envoltos no luxo e nas riquezas, e re- pelle sem dó as victimasda miséria que lhe pedem soc- corro e amparo, porque são creaturas humanas, porque vivem debaixo do mesmo sol, porque teem direito á sua parcella das regalias do mundo! Essa mãe foi uma heroina. Quem é capaz ahi de lhe atirar a primeira pedra? Quem insultasse aquella dòr, aquelle enorme infor túnio, seria o ultimo dos vis, o ultimo dos cobardes! A sentença absolutória foi o acto mais digno que um tribunal pode praticar. E o juiz, o sr. dr. Pina Cal- lado, iniciando uma quête em favor da infeliz mãè, merece os nossos elogios, merece os mais altos "lou vores pela bondade do seu coração, pela integridade do seu caracter. Lá estavam as creanças junto delia. Não lhes cau sava horror ; não era a mãe desnaturada que quer ser a assassina dos filhos; para elles era a mãe desvelada e carinhosa, que os tratava sempre com amor, que abrigava no seu seio as avesinhas implumes para as resguardar das tempes tades do mundo. A lei con- demnava-a no seu rigor e crueldade; elles absolviam- na no seu affecto filial. Ha quadro mais bello, mais edificante, mais commove- dor? Mas o auxilio que as al mas generosas proporcio naram a essa infeliz não deve ficar por aqui. Aju- de-a a caridade oíficial, ga ranta, por meio de trabalho honrado, os meios de sub sistência para ella e para os filhos, arranque do he diondo abysmo dã miséria esses desventurados para quem a sorte foi madrasta, e terá praticado uma boa accão. » Joaquim dos A njos 1/ DE NOVEMBRO Este dia ficou lugubre mente assignalado na his toria portugueza. Com effeito, foi no dia i.° de Novembro de ij 55 , que um terrivel tremor de terra arrazou quasi com pletamente a cidade de Lisboa, passando de cinco mil o numero das victimas que causou. Cabe aqui a descripção dessacátastrophé feitapór José Moreira de Mendonça: >•' * « Tinha a solemnidadé do dia (festa de' Todos os Santos) áquella hora con duzido para as egrejas mui ta gente que devotamente procurava cumprir com o preceito ecclesiastico, ou alcançar o jubileu dáquelle dia. Outras muitas pessoas transitavam pelas ruas, ou a buscar os templos para o mesmo effeito, ou a expe dir os seus negócios. A maior parte dos habi tantes desta grande,cidade estavam cm casa, e alguns inda nas camas. Sentindo o terramoto, tudo foi hor ror, tudo desordem, con fusão tudo! «Uns esmoreciam nas casas, sem se poderem sus ter nos pés, nem atinarem com as portas; outros fu gindo para as ruas acha vam nellas a mortè, nas ruinas das paredes. Das praças se retiraram alguns para as egrejas, ao tempo que muitos sahiam delias para evitar os perigos im- minentes que já começa vam. « Muitos, arruinados os ediíicios que habitavam, jaziam mortos debaixo das pedras delles; alguns cha mavam soccorro meio se pultados nas ruinas. « Os maiores - templos, rotas as abobadas e desfei tas, as paredes, ,cah iam so bre grande numero de pes soas que dentro d-élles llú- ctuavam pedindo a Deus misericórdia.» Este tremor de terra, sentiu-se no mesmo dia nas Antilhas, no Canadá, nas Ilhas Brítannicas, nas cos tas da Suecia, nos Alpes, 11a Italia e na Africa. Como acima dissemos, Lisboa ficou quasi toda ar- razada. Foi então que o vulto gigante do Marquez de Pombal se evidenciou, con struindo sobre as ruinas fumegantes; da Lisboa an tiga,-a cidade moderna que hoje admiramos. QUERELtA ? O proprietário deste jòrnal, o nosso bom amigo o sr. José Augusto 'Saloio, recebeu uma carta assigna- da, (mas não escripta pelo proprio, porque infelizmen te só o seu nome sabe fa zer e ainda assim mal) do sr. Severo da Silva Firmi- no, regedor da freguezia de S. Jorge, de Sarilhos Grandes, na qual o ameaça de querellar d’0 Domingo por ter transcripto do nos so collega A Vanguarda, de 21 do mez passado, uma local, em que o mesmo sr. regedor é attingido. E mais nos diz tambem por termos dado .outra no ticia em seguida. Ora realmente é caricato que o sr. regedor de Sari lhos Grandes venha amea çar particularmente o nos so amigo e mandar por uns ■biltres quaesquer, que se di\e/n correspondentes dos jornaes A Vanguarda e a Folia da Tarde, ameaçal-o publicamente. Não teriamos o trabalho de responder a um e a outros, se não tivessemos o sagrado dever de de monstrar aos nossos ami gos a pura verdade. Acceitamos de braços abertos a deliciosa querella! Então por se transcrever e fazerem-se asseveragões » verdadeiras, é motivo para que este semanario seja quereiladot Se não fosse a impren sa, a sublime e nobre im prensa,: aquella que é a ver dadeira deffensora dos op- primidos,. viveríamos em uma completa anarchia, deixando-nos calcar por imbecis e repellentes indi víduos, que julgando-se po- tentosos e absolutos, jul gam metter medo com a ameaça da querella. Muito pode a ignoran- cia! Julgavam que o jornal 0 Domingo, se dobrava; pelo contrario, repelle alti vamente todas as ameaças e insinuações que lhe são dirigidas e no campo «ia legal idade saber-se-ha sem pre desatfrontar. FALSA AM1 SADE A maior parte. dosh©>- mens não teem outro o&je- cto nas suas amizades se não o interesse; ou,: só, mostram a appareacsa de amigos emquanta dfãhi não resulta algum prejuí zo aos seus interesses!' Por outra parte todos crêem que os amigos de vem fazer-lhes qmnto, elles lhes pedirem, sern se im portarem se é rasoaveJ ow não, conveniente ou: incon veniente, justo ©m injusto^ o que pedem. Daqui nasce a falsa ami zade 5 porque, o, egoiemo suffoca todas as considera ções. O toque da verdadeira amizade está errt respeitar a conveniencia, a razão, e a honra do amigo, e relati vamente, com mais cuida do que com a própria, pois que ainda assim a sabemos tambem manter e conser var. Ha bem poucos dias re cebemos uma correspon- dencià, d’uma freguezia que faz parte do nosso conce lho, em que o ludibrio e as diatribes que a mesma correspondencia encerrava eram de tal ordem, que apenas aproveitámos del- la um pequeno resumo. E diz-nos o tal correspon dente : « De que me serve in- commodar, em beneficio de vocês, colhendo boas noticias, se as não publi cam? Resposta nossa: E de que nos serve a nós a sua correspondencia, se nos pode comprometter ?» Se déssemos publicidade á enumera serie de corres pondências que estamos a receber constantemente, seria pôr milhares dê pes soas ffiuma guerra atroz; sem atrazar-lhes os nego- cio&;seria lançal-os á mise- iria^ â ignominia, á morte. HssO) não. Não é, nem se- raí aaanca o, nosso modo de pensar.. O fina a qjue. nos propo- zemos ê sempre fazer luz sobre a yesrvfedfev. e dfaqui não bos aífastamos,. dSrott,a. cjuena dber. El e para esse fim qpe in~ cetáinos a publicado.dféste .jjwiaaJv co® ©»fi», humani tário” de,, não se consen tir pcepotencias,. sejíim de. caiem fòr. * N.ês, felizmente,. m o te- jjaos represalias com, pes soa alguma,, motivo por óque- falíamos bem claro* O que nós desejamos,, e o que todas as pessoas de bem tambem desejam, é a moralidade e sobre tudo* jjtisttça recta e fim e. Karlflfcos Pequenos Começaram, hontem, 2> as grandes festas, n esta lo calidade,.em honisi de Nos.-

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I A N N O DOMINGO, 3 DE NOVEMBRO DE 1901

SEM AN A R IO N O T IC IO S O , L IT T E R A R IO E A G R ÍC O L A

A ssign atu raAnno, rSooo reis; semestre. 5tió réis. Pagamento adeantado. Na cobrança pelo correio, accresce o premio to vale.Avulso, no dia da publicação, 20 réis.

EDITOR— José Augusto Saloiofi RUA DE JOSE MARIA DOS SANTOS

A L U K G A L L K G A

q P u b lica çõ esH Annuncios— 1.“ publicação. 40 réis a linha, nas seguintes,

20 réis. Annuncros na 4.' pagina, contracto espacial. Os auto- ;; grapbos não se restituem quer sejam ou não publicad.os.

PROPRIETÁRIO— José Augusto Saloio

EXPEDIENTE

A cceitam -se com g r a ti­dão q u aesq u er n o tic ia s «|iie sejam de in te r e sse p u b lico .

Ainda bem que assim foi; ainda bem que em Portu­gal a justiça e a lei puderam conciliar-se com os senti­mentos do coração.

A infeliz Joaquina Rosa da Silva, que, Como em tempos noticiámos, preten­deu matar-se, querendo dar tambem aos filhos, umas pobres creanças, o eterno descanço, respon­deu por esse supposto Cri­me no tribunal da Boa Ho­ra e foi absolvida. Bem haja o juiz, bem hajam os jura­dos que deram assim uma! prova frisante-.de que ain­da ha corações bellos e ge­nerosos neste paiz.

O crime de que accusa- vam essa mulher era de querer matar os filhos. Crime? Pois se ella vivia uma vida de miséria, pois se as creancas não tinham pão, pois se a mãe via mor­rer lenta, fatalmente, os fi­lhos do seu amor! Se hou­ve crime, commetteu-o a sociedade, essa sociedade egoista e venal que cum­primenta respeitosamente os que passam altivos e desdenhosos, envoltos no luxo e nas riquezas, e re- pelle sem dó as victimasda miséria que lhe pedem soc- corro e amparo, porque são creaturas humanas, porque vivem debaixo do mesmo sol, porque teem direito á sua parcella das regalias do mundo!

Essa mãe foi uma heroina. Quem é capaz ahi de lhe atirar a primeira pedra? Quem insultasse aquella dòr, aquelle enorme infor­túnio, seria o ultimo dos vis, o ultimo dos cobardes!

A sentença absolutória foi o acto mais digno que um tribunal pode praticar. E o juiz, o sr. dr. Pina Cal- lado, iniciando uma quête em favor da infeliz mãè, merece os nossos elogios, merece os mais altos "lou­

vores pela bondade do seu coração, pela integridade do seu caracter.

Lá estavam as creanças junto delia. Não lhes cau­sava horror ; não era a mãe desnaturada que quer ser a assassina dos filhos; para elles era a mãe desvelada e carinhosa, que os tratava sempre com amor, que abrigava no seu seio as avesinhas implumes para as resguardar das tempes­tades do mundo. A lei con- demnava-a no seu rigor e crueldade; elles absolviam- na no seu affecto filial. Ha quadro mais bello, mais edificante, mais commove- dor?

Mas o auxilio que as al­mas generosas proporcio­naram a essa infeliz não deve ficar por aqui. Aju- de-a a caridade oíficial, ga­ranta, por meio de trabalho honrado, os meios de sub­sistência para ella e para os filhos, arranque do he­diondo abysmo dã miséria esses desventurados para quem a sorte foi madrasta, e terá praticado uma boa accão.»

Joaquim dos A njos

1/ DE NOVEMBRO

Este dia ficou lugubre­mente assignalado na his­toria portugueza.

Com effeito, foi no diai.° de Novembro de i j 55, que um terrivel tremor de terra arrazou quasi com­pletamente a cidade de Lisboa, passando de cinco mil o numero das victimas que causou.

Cabe aqui a descripção dessacátastrophé feitapór José Moreira de Mendonça:>• ' *

« Tinha a solemnidadé do dia (festa de' Todos os Santos) áquella hora con­duzido para as egrejas mui­ta gente que devotamente procurava cumprir com o preceito ecclesiastico, ou alcançar o jubileu dáquelle dia.

Outras muitas pessoas transitavam pelas ruas, ou a buscar os templos para o mesmo effeito, ou a expe­dir os seus negócios.

A maior parte dos habi­

tantes desta grande,cidade estavam cm casa, e alguns inda nas camas. Sentindo o terramoto, tudo foi hor­ror, tudo desordem, con­fusão tudo!

«Uns esmoreciam nas casas, sem se poderem sus­ter nos pés, nem atinarem com as portas; outros fu­gindo para as ruas acha­vam nellas a mortè, nas ruinas das paredes. Das praças se retiraram alguns para as egrejas, ao tempo que muitos sahiam delias para evitar os perigos im- minentes que já começa­vam.

« Muitos, arruinados os ediíicios que habitavam, jaziam mortos debaixo das pedras delles; alguns cha­mavam soccorro meio se­pultados nas ruinas.

« Os maiores - templos, rotas as abobadas e desfei­tas, as paredes, , cah iam so­bre grande numero de pes­soas que dentro d-élles llú- ctuavam pedindo a Deus misericórdia.» ■

Este tremor de terra, sentiu-se no mesmo dia nas Antilhas, no Canadá, nas Ilhas Brítannicas, nas cos­tas da Suecia, nos Alpes, 11a Italia e na Africa.

Como acima dissemos, Lisboa ficou quasi toda ar- razada.

Foi então que o vulto gigante do Marquez de Pombal se evidenciou, con­struindo sobre as ruinas fumegantes; da Lisboa an­tiga,-a cidade moderna que hoje admiramos.

QUERELtA ?

O proprietário deste jòrnal, o nosso bom amigo o sr. José Augusto 'Saloio, recebeu uma carta assigna- da, (mas não escripta pelo proprio, porque infelizmen­te só o seu nome sabe fa­zer e ainda assim mal) do sr. Severo da Silva Firmi- no, regedor da freguezia de S. Jorge, de Sarilhos Grandes, na qual o ameaça de querellar d’0 Domingo por ter transcripto do nos­so collega A Vanguarda, de 21 do mez passado, uma local, em que o mesmo sr. regedor é attingido.

E mais nos diz tambem por termos dado .outra no­ticia em seguida.

Ora realmente é caricato que o sr. regedor de Sari­lhos Grandes venha amea­çar particularmente o nos­so amigo e mandar por uns ■biltres quaesquer, que se di\e/n correspondentes dos jornaes A Vanguarda e a F o lia da Tarde, ameaçal-o publicamente.

Não teriamos o trabalho de responder a um e a outros, se não tivessemos o sagrado dever de de­monstrar aos nossos ami­gos a pura verdade.

Acceitamos de braços abertos a deliciosa quer ella!

Então por se transcrever e fazerem-se asseveragões»verdadeiras, é motivo para que este semanario seja querei ladot

Se não fosse a impren­sa, a sublime e nobre im­prensa,: aquella que é a ver­dadeira deffensora dos op- primidos,. viveríamos em uma completa anarchia, deixando-nos calcar por imbecis e repellentes indi­víduos, que julgando-se po- tentosos e absolutos, jul­gam metter medo com a ameaça da quer ella.

Muito pode a ignoran- cia!

Julgavam que o jornal 0 Domingo, se dobrava; pelo contrario, repelle alti­vamente todas as ameaças e insinuações que lhe são dirigidas e no campo «ia legal idade saber-se-ha sem­pre desatfrontar.

FALSA AM1SADE

A maior parte. dosh©>- mens não teem outro o&je- cto nas suas amizades se­não o interesse; ou,: só, mostram a appareacsa de amigos emquanta dfãhi não resulta algum prejuí­zo aos seus interesses!'

Por outra parte todos crêem que os amigos de­vem fazer-lhes qmnto, elles lhes pedirem, sern se im­portarem se é rasoaveJ ow não, conveniente ou: incon­veniente, justo ©m injusto o que pedem.

Daqui nasce a falsa ami­zade 5 porque, o, egoiemo

suffoca todas as considera­ções.

O toque da verdadeira amizade está errt respeitar a conveniencia, a razão, e a honra do amigo, e relati­vamente, com mais cuida­do que com a própria, pois que ainda assim a sabemos tambem manter e conser­var.

Ha bem poucos dias re­cebemos uma correspon- dencià, d’uma freguezia que faz parte do nosso conce­lho, em que o ludibrio e as diatribes que a mesma correspondencia encerrava eram de tal ordem, que apenas aproveitámos del- la um pequeno resumo. E diz-nos o tal correspon­dente :

« De que me serve in- commodar, em beneficio de vocês, colhendo boas noticias, se as não publi­cam?

Resposta nossa:E de que nos serve a nós

a sua correspondencia, se nos pode comprometter ?»

Se déssemos publicidade á enumera serie de corres­pondências que estamos a receber constantemente, seria pôr milhares dê pes­soas ffiuma guerra atroz; sem atrazar-lhes os nego- cio&;seria lançal-os á mise- iria â ignominia, á morte.

HssO) não. Não é, nem se- raí aaanca o, nosso modo de pensar..

O fina a qjue. nos propo- zemos ê sempre fazer luz sobre a yesrvfedfev. e dfaqui não bos aífastamos,. dSrott, a. cjuena dber.

El e para esse fim qpe in~ cetáinos a publicado.dféste .jjwiaaJv co® ©» fi», humani­tário” de,, não se consen­tir pcepotencias,. sejíim de. caiem fòr.* N.ês, felizmente,. m o te-

jjaos represalias com, pes­soa alguma,, motivo por óque- falíamos bem claro*

O que nós desejamos,, e o que todas as pessoas de bem tambem desejam, é a moralidade e sobre tudo* jjtisttça recta e fim e.

Karlflfcos P e q u en o sComeçaram, hontem, 2>

as grandes festas, n esta lo­calidade,.em honisi de Nos.-

O DOMINGO

sa Senhora da Graca, pro-llo que o felicitamos easuamovida pela clásse dos pes­cadores.

Hoje ha missa a grande instrumental, sermão e de tarde procissão, arraial, kermesse, músicas, etc.

Amanhã continuação do arraial, musicas, etc.

Estas festas costumam ser concorridissimas pelos diversos povos circumvisi- nhos, pois álém do gôso das festas, ha muitas bar­racas Com comidas e espe­cialmente o restaurant da bem conhecida Sophia Es­belta Preta, da Trafaria, eximia cosinheira, e onde se reune a melhor socie­dade.

SARILHOS GRANDES

No dia 23 do mez pas­sado, morreu um boi, com febres, pertencente ao nos so amigo e assignante, o sr. João de Paiva Carro- meu Sobrinho, de Sarilhos Grandes, que o mandou es- follar e em seguida enter­rar na sua quinta.

Ora dá-se o caso que constóu na Moita, que elle tinha vendido para o talho Uma perna, do referido boi, dando isto occasião a um certo alarme na popu­lação.

Podemos asseverar ao honrado povo da villa da Moita, que é completamen­te destituido tal facto, pois o boi existe todo inteiro na quinta do nosso amigo.

92stt«danic d is t in c to

i.° e 2?Fez exame de allemão,

anno, no Lyceu de Lisboa, e de chimica orga- nica e analyse chimica na Escola Polytechnica o sr. Guilhermino Emygdio Pi­res, filho do nosso amigo e assignante, o sr. Emygdio Pires e sobrinho do digno director da Escola Munici­pal Secundaria, d esta vil­la, o exm.° sr. Manuel Ne­ves Nunes d'Almeida.

O distincto estudante ainda este anno se matri­cula na Escola Medica, pe-

familia.

C on sorc io

Teve occasião no domin­go passado, de manhã, a união conjugal do nosso estimável amigo José Fran­cisco Marques com a ex.n,a sr." D. Sophia Ferreira Pin­to Bastos.

Foram testemunhas dos nubentes os sr.‘ Alberto Ferreira Pinto Bastos, ir­mão da noiva e Joaquim José Marques Contrames­tre, pae do noivo.

A noiva, filha do sr. Pin­to Bastos, ex-recebedor das decimas, é uma exccllente menina, dotada de todas as qualidades que podem fa­zer a felicidade do lar do­mestico, e possuidora de uma esmerada educação; o noivo, digno e intelligente professor de desenho da escola Industrial de Faro, é realmente merecedor da consorte que escolheu.

Aos noivos enviamos as nossas sinceras felicitações.

R O S I N D A

P r o c is sã o

Effectuou-se no dia i com a costumada solemnidade dos annos anteriores, a pro­cissão ao Senhor da Mise­ricórdia. Foi em grande quantidade o povo que dos logares limitrophes affluiu a esta procissão. O Senhor sahiu á uma hora da tarde da egreja da Misericórdia, em procissão, até ao con­vento, sahindo deste para a Misericórdia.

Fechava o cortejo a phy- Iharmonica i.° de Dezem­bro, que durante o percur­so executou duas excelleri- tes marchas.

O F ortu n a

A pedido de alguns so- cios do «Novo Cíub» dá aqui, neste club, hoje a ul­tima sessão de prestidigita­ção.

O eminente artista es­pera uma casa á cunha de que realmente é digno.

Vêr para admirar!

Quem passeava de tarde na Avenida Via-a sempre — um prodigio de belle\a\Muito elegante, airosa, bem vestida,A graça e distincção duma princesa.

As senhoras da alia sociedade Tinham desprego immenso da Rosinda.Uma mulher sem pejo... com vaidade...Uma mundana emfim... mas era linda.

Os homens cortejavam-ría com medo;Tinha na rua um porte senhoril.Diriam uns aos outros, em segredo:« E ’ pena ser assim... E ' tão gentil/»

A Rosinda. porém, não queria amores,Queria as bellas victorias deslumbrantes; Banqueiros e da Bolsa jogadores Eram sempre escolhidos seus amantes.

Mas um dia, a final. . querem saber? Peneira-lhe tio peito o deus Cupido.O coração começa-lhe a bater P o r um palhaço alegre e divertido.

Elle lambem... viu-a e amowa.Como tinha a escriptura concluida,Já estão os dois bem longe de Lisboa, Ninguém a vê de tarde na Avenida.

J o a q u im d o s A n jo s

do da estação telegrapho- postal.

Aos nossos bons amigos desejamos um prompto res­tabelecimento.

PENSAMENTOSA mulher que se riu uma ve% do marido não póde

mais amal-o.— Balzac.— Ha duas especies de pudor: o que nasce da igno-

rancia e o que nasce da dignidade: o pudor da menina e o pudor da mulher.— Guerra Junqueiro.

R o u b o e arrom bam en to

No dia i do corrente, pe­las duas horas da madru­gada no sitio da Hortinha proximo de Sarilhos Gran­des, propriedade de João Soares Véspeira, deu-se um roubo em que os ladrões por meio de arrombamen­to se introduziram na casa do referido Vespeira, le­vando nesta occasião uma mala grande em forma de bahu para um pinhal que alli ha proximo. Nesta ma­la estavam um cordão de ouro, um par de brincos de ouro, um annel de ouro, a quantia de i:20o$ooo réis e algum dinheiro em cobre.

A mala foi encontrada arrombada no dito pinhal, não tendo dentro coisa al­guma.

A auctoridade procede a

diligencias afim de vêr se se descobre o auctorouau- ctores do roubo.

E n fe r m o s

Continua incommodado de saude o sr. Francisco da Silva.

Acha-se um pouco me­lhor dos seus soffrimentos o nosso estimável amigo Manuel Ferreira Giraldes.

Este nosso bom amigo parte hoje ou ámanhã para Bellas, a vêr se em mais curto periodo, e devido á mudança dares se se res* tabelece.

Está semi-restabelecido o sr. José Viegas Ventura, habil e honrado emprega-

Parte para o Porto, no proximo domingo, o nosso bom amigo Antonio San­tos Fernandes, habil e intel­ligente 2.0 tenente da ar­mada.

Boa viagem.

Recolheu ao regimento a que pertence (infanteria 11, Setúbal) o nosso esti­mável amigo José dos San­tos Oliveira, intelligente alferes deste regimento.

Que seja muito feliz

.tn n iv e r sa r io s

Completou hontem mais um anniversario natalicio o sr. Antonio Victorino Ro­drigues.

Tambem completou an- te-hontem o 3 i.° anniver­sario natalicio a sr.a D. Ma­ria Luiza d’ Oliveira, estre­mecida esposa do nosso amigo José Sampaio ^ O li­veira.

Os nossos parabéns.

R E C E IT A S l l T E I SL eite de ro sa s

Potassa fina . . . . ioo g.Agua de rosas . . ioo »Aguardente pura 5o »Summo de limão 5o »

Deita-se tudo em um li­tro de agua e guarda-se.

Na agua em que as nos­sas leitoras se lavam dei­tem uma ou duas colheres desta composição que mui­to embranquece e amacia a pelle.

T in ta in d e s tr u c t iv e l pa­ra m arcar roupa.

Façam uma dissolução de quatro grammas de ni­trato de prata cristallisado (pedra infernal), em io grammas de agua quente, accrescentem-se dois grs.

16 FOLHETIM

Traducção de J. DOS ANJOS

A ULTIMA CRUZADAXV

E ria bruscamente, com um riso acre de bruxa que lhe mostrava a bôca desdentada, ao pensar nas care­tas, na colera, no desapontamento dos dois quando o tábellião lesse o testamento da defunta princeza de Champaubert.

XVI

• As predições phantasticas de Ar-

thur Krúbsteift começavam a reali- sar-se.

O Credito Continental, sustentado pela imprensa, fora como um grande navio de relas cheias ao vento. E do minados pelo contagio geral, os pro- prios que combatiam o clericalismo e as idéas monarchicas aventuravam- se, indo a reboque do navio trium- phante. Era a febre do ouro.

O relatorio que o director do C re­dito Continental !eu, no mez de ju­lho. ao conselho de admin;straçáo, accusava um lucro de 9 milhões e 155,6oo francos.

X VII

No «boulevard» dos italianos, cn- costado ao palacio construído outr’ò- ra por Phi lippot para ahi estabelecer o Banco dos Dois Mundos, eiernva-se

um edificio enorme. Nas pare les, entre os annuncios de jornaes novos ou de machinas de costuras, o gran de- carta' amaretlo do Credito Conti­nental impunha-se a todos os olhares.

O edificio mudara já de proprietá­rio por duas vezes. O audacioso Phi­lippot. embriagado com o rápido suc- cesso das suas emprezas, em breve se desgostou do palacio e achou-o muito pequeno para um financeiro da sua envergadura. Queria deital-o a baixo a pouco e pouco c construir um palacio do tamanho da Bolsa. Comprou então um bocado de terre­no a oito centos francos o metro e mandou deitar a baixo os prédios. Os trabalhos começaram, mas a quebra

o Banco dos Dois Mundos náo lhe deu tempo .1 acabar a sua obra e rea- lisar os seus projectos. De pppareccu de repente, como se o tivessem en­

terrado nos alicerces do seu palacio, A< cubado pelas pessoas a quem arrui­nara, temendo que o perseguissem, muito cobarde para se suicidar, retu- giára-se no convento da Cartuxa, co­mo n'um asylo impenetrável, e toma­ra o habito.

Os irmãos Stephènson, que davam impulso novo e triplicavam o capital do Banco das Communas, aproveita­ram a liquidação de Phillippot para ficarem com o pal.xio. Os trabalhos con inuaram. Depois, como as acções do Banco das Communas não ren­diam nada. Kriibsteln, tomou conta da casa, apesar da fama de azar que tinha àquelle edificio nefasto, edifi­cado sempre sobre planos novos e que náo conseguia nunca ser acaba­do. A taboleta dourada do Credito Continen ; 1 substituiu na frontaria da porta a do Banco das Conímun as. E

os trabalhos contnuaram febrilmen­te, impellidos por KrObstein, que ti­nha uma impaciência enorme por inaugurar, com uma festa deslum­brante, o pal cio luxuoso do Credito Continental.

X V III

Foi uma solemnidade perfeitamen­te approvada pelos jornaes catholi- cos. o baptismo de Arthur Krúbs- te:n.

A cerimonia realisou-se, por um favor especial, na capella do arcebis­pado. O padrinho era 0 conde de Saint-Jacques.

Ao meio dia menos um quarto 0 neophyto e a s-’a com tiva chegaram pela rua d? Bellechasse. Formou-se logo um grupo de curiosos.

(Continua).

O DOMINGO 3

de gomma arabica em pó e marque-se a roupa com es,ta. tinta. A marca é ape­nas visivel, mas torna-se de um preto carregado dei­tando-lhe por cima algu­mas gôttas da seguinte dis­solução.

Carbonato de soda ioo g. Agua...................... io »

SECCÍO LIIIf.lt.Ulli

A VIDA N’ALDEIAII

R e a lism o e p o es ia

íContinuaçiío)

— Antão, cá vai á saude do nosso doitor, dos pre­sentes e ausentes e da bella sociedade, para que vivam por muitos annos e bons e eu que veja... Oh tio Ma­thias! Você tem cá uma pinga destalo... D’isto nan se encontra por ahi ao Deus dará...

Já o leitor percebeu que esta excentrica saude, ti­nha sido levantada pelo re­gedor que naquelle ban­quete intimo dava a nota official e comica, como/y*/- mêra oturidade da terra, segundo elle modestamente confessava.

O bom do prior tambem quer mostrar os seus dotes oratorios e enthusiasmado pelo bello torreano que apreciava deveras, excla­ma, empunhando um copo do dito:

— Minhas senhoras e meus senhores! Na minha já longa carreira, poucos dias hei contado em que o meu coração se encontre repleto de alegria como no de hoje! Ao ver aquelle joven que triumphante- mente venceu os escolhos que geralmente se erguem nas arduas carreiras idên­ticas á que o novel doutor escolheu, não posso deixar de patentear publicamente qual a minha admiração e sympathia por quem tão honrosamente as soube conquistar! Por isso em nome do Padre, do Filho e do Espirito Santo, bebo ás prosperidades do doutor Augusto e ás venturas da familia Rebollão!

— Este nosso priôr, dizia baixinho a D. Estephania para o sr Joãosinho, é um orador distincto! Como el- te sabe dirigir-se ao cora- çao de quem o ouve, fas­cinando ao mesmo tempo, com a palavra persuasiva e suave, como um limpido arroio atra vez um prado!

Escusado será dizer que estas phrases, tinha-as D. Estephania de cór, ha uns bons trinta annos, de uma

comedia, em que ella en­trou como ingénua.

O doutor Augusto num bello improviso agradeceu penhorado, as amaveis pa­lavras que lhe dirigiam, proclamando ao mesmo tempo que se não esquecia de que aquillo que hoje era, devia-o principalmente aos cuidados de seus tios, terminando por brindar por elles e pela prima Esther.

Acabado o jantar, foram para a sala onde a D. Es­tephania pediu á filha que tocasse qualquer cousa a fim de entreter tão selecta sociedade.

D. Mariquinhas assim fez, cantando o Noivado do Sepulchro, numero primei­ro e ultimo do seu vasto reportorio.

Entretanto o sr. Joãosi­nho esforçava-se por con­vencer o regedor de que era a terra que girava em volta do sol e não este em torno d’aquella.

— Isso são idéas do dia­bo, dizia o regedor muito indignado, isso nan pode ser! Oh seu João, você es­tá a mangar commigo! Se esta mánica se movesse, a gente havera de sentir me- cher!

( Continua )

AGRICULTURA

A s estru m a çõ cs

As vinhas, hoje, pára se colherem bastos productos, devem ser bem estruma­das, em quantidade e em qualidade.

Para se fazer uma estru- mação conveniente, isto é boa e economica, deve-se conhecer a riqueza do solo. Mas quem não tiver a ana- lyse das suas terras, deve lembrar-se que a quantida­de das uvas acompanha a riqueza do solo em azote, em acido phosphorico e em potassa: 5o a 90 kilogram- mas de azote por anno e por hectare, 20 a 5o kilo- grammas de acido phos­phorico e 5o a 100 kilo- grammas de potassa, dão sempre uma producção abundante.

Estes números podem guiar os proprietários nas suas adubações. Além dis­so os adubos de curral, on­de os houver, e a cal, são exellentes adjuvantes para o augmento da producção.

As vinhas das encosas precisam de humos; é, pois, preciso adubos orgânicos e estrumes verdes, para que os adubos chimicos encon­trem meios convenientes para desenvolver os seus beneficos eíTeitos.

Por se não attender a esta circumstancia temos visto plantações em encos­

tas que não compensam a despeza que se fez com o adubo chimico; e as expe- riencias mostram que estes adubos puxam mais a pro­ducção do que os estru­mes.

O nitrato de sodio tem sido ultimamente usado nas vinhas com exellente resultado.

Attendam os proprietá­rios a este elemento, por­que, empregando-o, ob- teem bons resultados.

A ccn sa in os as seg u in ­tes a sslg n a tu ra s receb i­das

Dos exm.os srs.:Francisco Jusiiniano Mar­

ques, um semestre, 5oo réis.

(Continua).

A sslgn atu ras de foraJosé Pereira de Moura,

um anno, 1000 réis.Augusto da Silva, um

anno, 1000 réis.Fernando Cardeira, um

semestre, 5oo réis.Martinho Ferreira, um

anno, 1000 réis.João Pereira, um semes­

tre, 5oo réis.Manuel Maria Mendes,

um anno, 1000 réis.José Eduardo Graça,

um semestre, 5oo réis.Affonso da Costa, um

anno, 1000 réis.José d’Azevedo, um se­

mestre, 5oo réis.Henrique Augusto da

Silva, um anno, 1000 réis.D. Georgina Marques,

um anno, 1000 réis.José Antonio Ribeiro,

um anno, 1000 réis.D. Julia P. da Silva, um

anno, 1000 réis.

Elisa Fernandes, Nuno Fernandes e seus irmãos, veem por este meio mani­festar o seu profundo re­conhecimento para com todas as pessoas que lhes enviaram os seus pezames pela occasião do falleci- mento de seu querido e muito chorado irmão Da­niel Augusto Fernandes, e aos que o acompanharam á sua ultima morada.

Egualmente não podem deixar de se julgarem pe- nhoradissimos para com os exm.°* srs. drs. Manuel Fer­nandes da Costa Moura, Maniul da Cruz Junior e Cesar Fernandes Ventura, que foram incansaveis em­pregando todos os esfor­ços possiveis alim de lhe recup.rar a saude.

A todos se confessam eternamente reconhecidos.

A N N U N C I O S

A N N U N C I O(* .a P u b licação)

Comarca d'Aldegallega doRibatejo.

Pelo Juizo de Direito de esta comarca, no inventa­rio por obito de Manuel Fernandes Baleira, em que é cabeça de casal Antonio Fernandes Baleira, ha de ser posta em praça á porta do Tribunal deste juizo no dia 3 de Novembro proxi­mo, pelo meio dia, e arre­matado a quem maior lan­ço offerecer sobre a ava­liação, uma fazenda sita no Pinhal do Gancho, limites da freguezia de S. Jorge de Sarilhos Grandes, compos­ta de terra de semeadura, vinha e pinhal, foreira a D. Germana Elisa Carvalho da Silva, de Lisboa, em 815270 réis com laudemio de vintena, avaliada em i:362$8oo réis. Pelo pre­sente são citados quaes- quer credores incertos pa­ra assistirem á referida praça.

Aldegallega do Ribatejo, 10 de Outubro de 1901.

Verifiquei a exactidSô.

O JUIZ DE D IR EIT O

N. Souto.

O ESCRIVÃO

José Maria de Mendonça

Ha para vender collec- ções de jornaes, taes como: Seculo, Pimpão, Parodia, Supplemento ao Seculo, e outros; assim como livros antigos de diversos idio­mas.

N esta redacção se trata

CÃOVende-se um, de iom e-

zes, raça pudengo-galgo, ainda não ensinado.

Nesta redaccão se diz.

R A P A R IG A

Precisa-se duma rapari­ga de 1 o ou 12 annos, pa­ra trabalhar aos dias.

Nesta redacção se tra­ta.

M A P P A S D E P O R T U ­G A L

Ha para vender mappas de Portugal, não coloridos, ao preço de 60 réis cada um.

Nesta redacção se diz quem os vende.

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Especialidade em chá. caie, tissucnr. manteigasnacionaes e estrangeiras, massas; dòces, semeas, arroz, legumes, azeite, ] etroleo. sabão de tod;>s. as qualidades; artigos oe fanqueiro e retrozeiro, louças, carne de porco, taba cos, etc., etc.

O proprietário d’csta casa vende tudo por preços convidativos, e além d'isso todo o freguez tem direito a uma senha quando compre a importan- cia de 200 réis para cima, e quando juntar 5o senhas terá direito a um brinde bonito e valioso.

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José Antonio Nunes

A N T I G A M E R C E A R I A 1) 0 P O V Od i-;

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í1 s \ t? v o s . c ibis v a r l a á o s o r t í s i s e r f © , ale g e i t e r o s p r o p r i o s d o s e c ! r a m o d e «*om- i n e r e i o . o f f e r e e c u d o p o i* i s s o a s m a i o r e s ' g a r a n t i a s a o s s e u s e s t i m á v e i s f r e - g c i e z e s e a o r e s p e i t á v e l p s t M i e a :

R U A * D O C A B S — ALDEGALLEGA DO RIBATEJO

ÂO POVOA L D E G A L L E G A D O RIBATEJO.

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Visite pois o publico esta casa.

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