1 DEMANDA POR MÃO-DE-OBRA PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO TEORIA MICROECONÔMICA II NOTAS DE AULA...

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1 DEMANDA POR MÃO-DE-OBRA PROF. GIÁCOMO BALBINOTTO NETO TEORIA MICROECONÔMICA II NOTAS DE AULA UFRGS

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  • 1 DEMANDA POR MO-DE-OBRA PROF. GICOMO BALBINOTTO NETO TEORIA MICROECONMICA II NOTAS DE AULA UFRGS
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  • 2 A CONTRATAO DO NMERO TIMO DE TRABALHADORES Bibliografia: Lazear (1998, cap. 2, p. 26-29) Borjas (1996, cap.4) E & S (2000, caps. 3 & 4) Cahuc & Zylberberg (2004, cap.4) Hamermesh (1993, cap. 2 & 3)
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  • 3 A contratao do nmero timo de trabalhadores Hiring is the primary role of many personnel departaments, bet few personnel specialists provide managers of other departaments with much guindance on how to set hiring standards. Nor are they often asked. Our first substantive capter is, therefore, a discussion of hiring. Edward Lazear (1998,p.9)
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  • 4 A Contratao Hiring policies are at the heart of firms overall HRM strategy. Robert J. LaLonde (2004)
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  • 5 Demanda por Mo-de-Obra Como as firmas decidem quantas pessoas empregar?
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  • 6 Demanda por mo-de-obra - questes Como as decises de empregar so afetadas por mudanas nos salrios e outros custos do emprego? Como o progresso tcnico afeta o nvel de emprego da firma e da economia como um todo? Como o governo afeta as decises de emprego, fixando, por exemplo, o salrio mnimo e os impostos sobre a folha de pagamento? Qual o efeito das elasticidades da demanda por mo-de-obra sobre o nvel de emprego e o poder de barganha dos sindicatos de trabalhadores?
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  • 7 A determinao do nmero de trabalhadores e serem contratados Questo chave: Quantos trabalhadores contratar a fim de que a firma maximize os lucros? [A curva de demanda de mo-de-obra da firma] Critrio: Contratar enquanto a contribuio do ltimo contratado for maior que seu custo (ou seja, o incremento no lucro for positivo).
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  • 8 Maximizao de Lucros Problema microeconmico: Maximizar os lucros escolhendo o nvel de produo timo. 2 fatores chaves de produo (mo-de-obra e capital). Regra de bolso (Rule of thumb): Se o lucro lquido gerado por uma unidade extra de insumo for positivo, ento adicione uma unidade; Se o lucro lquido gerado por uma unidade extra de insumo for negativo, ento reduza a unidade; Se o lucro lquido gerado por um insumo extra for zero, no necessria uma mudana adicional;
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  • 9 A determinao do nmero de trabalhadores e serem contratados o mercado de insumos Uma firma no pode obter lucros a menos que ela tenha uma demanda por seus produtos. As famlias devem estar dispostas a pagar pelo produto da firma. A quantidade de produto que uma firma produz, tanto no curto como no longo prazo depende, ento, do valor que o mercado atribui ao produto produzido pela firma. Visto que a demanda por insumos depende da demanda por produtos, a demanda por insumos , na realidade, uma demanda derivada.
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  • 10 A determinao do nmero de trabalhadores e serem contratados o mercado de insumos O valor de qualquer insumo terra, trabalho ou capital depende de como a sociedade avalia as coisas ou os produtos. Portanto, o preo de qualquer fator de produo em mercados competitivos depende do preo que seu produto vendido no mercado.
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  • 11 A determinao do nmero de trabalhadores e serem contratados o mercado de insumos As curvas de demanda por fatores de produo como a mo-de-obra so demandas derivadas, isto , elas dependem ou so derivadas do nvel de produo da empresa e do custo dos insumos.
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  • 12 A determinao do nmero de trabalhadores e serem contratados o mercado de insumos Os empregadores contratam a mo-de-obra no pela satisfao direta que tal medida lhes traz, mas pela contribuio que acreditam que a mo-de-obra pode dar para produzir algum produto para a venda.
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  • 13 A determinao do nmero de trabalhadores e serem contratados o mercado de insumos Assim, no surpreende que a demanda por mo-de- obra pelos empregadores seja uma funo das caractersticas da demanda no mercado de produtos. Ela funo tambm das caractersticas da demanda no mercado de produtos e do processo de produo mais especificamente, da facilidade pela qual o capital pode substituir a mo-de-obra e outros fatores de produo.
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  • 14 Quantos trabalhadores contratar? Da microeconomia, ns sabemos que a firma ir contratar um trabalhador adicional se e somente RMg > CMg: - RMg = receita marginal (P) [ RT/ E]; - CMg = custo marginal (w) [ CT/ E].
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  • 15 Quantos trabalhadores contratar? Poltica de contratao: Contratar um novo trabalhador se o incremento das receitas (RMg) excederem os custos (CMg). Definio de receita incremental: valor do produto fsico marginal (VPFMg = P.PFMg). Definio dos custos incrementais (CMg): taxa de salrio de mercado (Wm).
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  • 16 Por que esta poltica funciona? Considere a seguinte funo de produo. EmpregadosVendasVPFMg a=PQ/E 0$0$0$0 1$100,000$100,000$100,000 2$150,000$50,000 $75,000 3$175,000$25,000 $58,333 4$187,000$12,500 $46,875 5$193,750$6,250$38,750 6$196,875$3,125$32,813
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  • 17 Por que esta poltica funciona? Pressuposto: Produto fsico marginal decrescente. Suponha que o salrio de mercado prevalecente seja Wm = $14,000.
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  • 18 Por que esta poltica funciona? Aplicando a anlise de custos benefcios a deciso de contratar, temos que: Os custos incrementais de contratao de um novo trabalhador so iguais a $14,000. Os beneficios marginais de se contratar um terceiro trabalhador $25,000. O benefcio do incremento do quarto trabalhador $12,500. O benefcio marginal de se contratar um quarto trabalhador : $9,000. O benefcio lquido de se contratar o quarto trabalhador -$1,500.
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  • 19 Por que esta poltica funciona? Dado o critrio de deciso acima, quanto trabalhadores a firma maximizadora de lucros devria contratar? A firma deve contratar somente 3 trabalhadores. Nota: a deciso de emprego tambm uma deciso de produo.
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  • 20 VPFMg a curva de demanda de mo-de-obra da firma # de trabalhadores Salrio/RMg 1234 $100,000 $50,000 $25,000 $12,500 W = $14,000 0
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  • 21 Demanda por Insumos: A Demanda Derivada A demanda derivada a demanda por recursos (insumos) que dependente da demanda por produto daqueles recursos que podem ser usados para produzi- lo; portanto, a demanda de mo-de-obra uma demanda derivada. Os insumos so demandados por uma firma se, e somente se, as famlias demandarem o que foi produzido pela firma.
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  • 22 Retornos Decrescentes Supondo que a capacidade de produo esteja restrigida no curto prazo, uma firma que decida aumentar o produto ir eventualemnte fazer face a rendimentos marginais decrecentes. A produtivade fsica marginal do trabalho o produto adicional produzida por uma unidade adiconal de trabalho.
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  • 23 O Valor do produto fsico marginal (VPFMg) (MRP) de um insumo varivel a renda adicional que uma firma ganha pelo emprego de uma unidade adicional do insumo, ceteris paribus. O VPFMg igual ao preo do produto fabricado pela firma, P X, vezes o produto fsico marginal, PFMgE. Ela a curva de demanda pelo insumo da firma. Valor do Produto Fsico Marginal [VPFMg]
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  • 24 A curva de demanda da firma A curva de demanda por mo-de-obra da firma simplesmente uma curva que mostra a quantidade de trabalho empregada pela firma quando esta est maximizando os lucros a varias taxas de salrio. Analiticamente, ela obtida variando-se a taxa de salrio que uma firma faz face para um dado tipo de trabalho e mostrando qual ser a quantidade de trabalho maximizadora de lucros empregada pela firma.
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  • 25 Por que a curva do VPFMgE negativamente inclinada? O produto fsico marginal da mo-de-obra cai a medida em que o nmero de horas de mo-de-obra vai aumentando em decorrncia da existncia de rendimentos decrescentes neste insumo. A curva da receita do produto marginal, portanto, tm inclinao descendente, mesmo que o preo do produto seja constante.
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  • 26 Produto Total A: inclinao da tangente = PMg (20) B: inclinao de OB = PM (20) C: inclinao de OC=PMg & PM Trabalho por ms Produo por ms 60 112 023456789101 A B C D Produo com um insumo varivel (Trabalho)
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  • 27 Produto Mdio Produo com um insumo varivel (Trabalho) 8 10 20 Produo por ms 02345679101 Trabalho por ms 30 E Produto Marginal Observaes: esquerda de E: PMg > PM & PM crescente direita de E: PMg < PM & PM decrescente E: PMg = PM & PM mximo
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  • 28 Observaes: Quando PMg = 0, PT encontra-se no seu nvel mximo; Quando PMg > PMe, PMe crescente; Quando PMg < PMe, PMe decrescente; Quando PMg = PMe, encontra-se no seu nvel mximo. Produo com um insumo varivel (Trabalho)
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  • Trabalho por ms Produo por ms 60 112 023456789101 A B C D 8 20 E 0234567 9 10 1 30 Produo por ms Trabalho por ms PM = inclinao da linha que vai da origem a um ponto sobre a curva de PT, linhas b & c. PMg = inclinao da tangente em qualquer ponto da curva de TP, linhas a & c.
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  • 30 Por que a curva do VPFMgE negativamente inclinada? E0 w D = VPFMgE = P.PFMgE E* wmwm Quando o VPFMgE = w, a firma est maximizando seus lucros
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  • 31 Nvel de equilbrio de emprego no curto prazo para uma firma competitiva uma demonstrao matemtica - No curto prazo assumida que o trabalho um insumo varivel. - O problema da firma escolher o nvel de emprego que ir maximizar os lucros da firma. - Os lucro so dados por: - (1) = P.Q w.E - (2) = P. F(K, E) w E
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  • 32 Nvel de equilbrio de emprego no curto prazo para uma firma competitiva uma demonstrao matemtica O nvel de emprego que maximiza os lucros encontrado derivando-se parcialmente a equao (2) e obtendo-se a condio de primeira ordem para um mximo: / E = 0 [P.( f/ E)] w = 0 P. ( f/ E) = w VPFMgE = w
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  • 33 Nvel de emprego maximizador de lucros VPFMgE = w O nvel de emprego que iguala o VPFMg com a taxa de salrio o nvel de emprego que ir maximizar os lucros da firma no curto prazo.
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  • 34 Quando o preo do produto constante [como no caso da concorrncia perfeita], o comportamento do VPFMg depende somente do comportamento do PFMg. Sob retornos marginais decrescentes, tanto o produto mdio como o PFMgE eventualmente diminuem. VPFMg= P X PFMg Valor do produto marginal
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  • 35 A Firma Usando um Fator Varivel de Produo: Mo-de-Obra (E) Uma firma competitiva que utiliza apenas um fator de produo varivel ir utilizar aquele fator na medida em que o valor do seu produto fsico marginal exceda os custos unitrios. Por exemplo, como vimos acima, a firma somente ir utilizar mais mo-de-obra, se o VPFMg for maior do que a taxa de salrio prevalecente no mercado.
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  • 36 Demanda de mo-de-obra pela firma A firma hipottica ir demandar 210 unidade de mo-de-obra. W* =VPFMg = 10
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  • 37 Curva de demanda de curto prazo para um fator de produo. Quando uma firma usa somente um fator de produo varivel, o VPFMg do fator, no caso aqui a mo-de-obra, a curva de demanda do fator no curto prazo. Firma representativa Unidade de m.o
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  • 38 Muitos Mercados de Trabalho Se os mercados de trabalho so competitivos, os salrios naqueles mercados so determinados pela interao das curvas de oferta e demanda de mo-de-obra. As firmas iro contratar somente trabalhadores na medida em que o valor do seu produto exceder o salrio prevalecente no mercado de trabalho.
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  • 39 Deslocamentos da demanda de mo-de-obra da firma Se a demanda pelo produto aumenta o preo do produto ir aumentar e o VPFMg aumenta, provocando um deslocamento da curva para a direita. Mercado de trabalho Firma representativa
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  • 40 Deslocamento da curva da demanda de mo-de-obra da firma Se a produtividade da mo de obra aumenta, tanto o produto marginal do trabalho quanto o VPFMgE iro aumentar, levando a um deslocamento da curva de PFMgE.
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  • 41 Impacto da acumulao de capital sobre a demanda pelo fator de produo A produo e o uso do capital aumentam a produtividade da mo- de-obra e aumentam a demanda por trabalho, levando a um aumento dos salrios.
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  • 42 Impacto da Mudana Tecnolgica Mudana tecnolgica refere-se a introduo de novos mtodos de produo ou de novos produtos com a inteno de aumentar a produtividade dos insumos existentes ou de aumentar a produtividade marginal dos mesmos. Deste modo, a mudana tecnolgica pode ter e tem uma poderosa e significativa influncia sobre a demanda por fatores de produo.
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  • 43 Efeito da Inovao Tecnolgica Trabalho por perodo de tempo Produo por perodo de tempo 50 100 023456789101 A O1O1 C O3O3 O2O2 B A produtividade do trabalho pode aumentar medida que ocorram melhoramentos tecnolgicos, mesmo que cada processo produtivo seja caracterizado por rendimentos decrescentes do trabalho.
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  • 44 Produtividade da mo-de-obra Produtividade mdia (q/E): montante total de produto produzido dividido pelo nmero total de horas trabalhadas Produtividade marginal [ q/ E]: montante adicionado de produto por uma hora adicional de trabalho.
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  • produto Horas de trabalho 1234 100 200 174 144 Funo de Produo 0
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  • produto Horas de trabalho 1234 100 200 174 144 O produto marginal da primeira hora de trabalho igual a 100 unidades de produto. Funo de Produo
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  • produto Horas de trabalho 1234 100 200 174 144 O produto marginal do segundo trabalhador de 44 unidades de produto. 0 Funo de Produo
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  • 48 Curva de demanda de mo-de-obra As firmas iro contratar mo-de-obra at o ponto onde o salrio real se igualar ao valor do produto fsico marginal. Isto determina a posio da curva de demanda.
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  • 49 Real Wage Labor Hours 12345 25 100 44 30 26 * * * * *
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  • 50 Salrio real Horas de trabalho 12345 25 100 44 30 26 * * * * * Demanda por mo-de-obra 0
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  • 51 Salrio real Horas de trabalho W0P0W0P0 N0N0 Demanda por mo-de-obra 0
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  • 52 Salrio real Horas de trabalho E1E1 Demanda W1P1W1P1 As elevadas taxas salariais, as firmas somente empregam poucas horas de trabalho. 0
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  • 53 Salrio real Horas de trabalho E2 demanda W2P2W2P2 A medida em que o salrio real cai, mais horas de trabalho so contratadas. 0
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  • 54 Suponha que o montante de capital da firma aumente...
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  • produto Horas de trabalho 12345 100 120 174 144 Mais insumo capital (K) 0 Q1 Q2
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  • 56 As inovaes tecnolgicas e os investimentos em capital... permitem que o produto marginal da mo-de-obra e o salrio real cresam..
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  • 57 Salario real Horas de trabalho E0 Demanda Oferta E1 w0w0 w1w1 0 DoDo D1D1
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  • 58 Por que a curva de demanda de mo-de-obra se desloca ? Tecnologia; Educao e treinamento Aumento no estoque de capital
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  • 59 Trs Determinantes da Produtividade Capital fsico Quando os trabalhadores trabalham com uma grande quantidade de equipamento e estruturas, eles produzem mais. Capital Humano Quando so trabalhadores so mais instrudos, eles produzem mais. Conhecimento tecnolgico Quando os trabalhadores tem acesso a tecnologias mais sofisticadas, eles produzem mais.
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  • 60 Produtividade e Crescimento Salarial nos Estados Unidos Perodo Taxa de crescimento da produtividade Taxa de crescimento dos salrios
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  • 61 Produtividade e Crescimento Salarial em Vrios Pases
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  • 62 A curva de demanda do mercado por mo-de-obra A curva de demanda de mercado de qualquer insumo obtida observando-se as curvas de demanda de insumos de todas as firmas individuais. Contudo, ns no podemos simplesmente somar as curvas de demanda das firmas no curto prazo. A razo disto que se o preo da mo-de- obra diminuir, mais mo-de-obra ser empregada e mais a produo ir aumentar. Mas, conforme aumenta a produo de toda a indstria, o preo do produto produzido dever cair para que a produo adicional seja vendida. Isto resulta numa mudana da curva do VPFMg para a esquerda. Portanto, devemos tomar em considerao este efeito de reduo do preo do produto quando calculamos a curva de demanda no mercado de insumo.
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  • 63 A curva de demanda do mercado por mo-de-obra 0 0 E E w w DE w1 W2 a b b A B
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  • 64 Isoquantas Premissas Um produtor de alimentos utiliza dois insumos Trabalho (E) & Capital (K)
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  • 65 Isoquantas So curvas que representam todas as possveis combinaes de insumos que geram a mesma quantidade de produto
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  • 66 Produo com dois insumos variveis (E,K) Trabalho por ano 1 2 3 4 12345 5 Q 1 = 55 A D B Q 2 = 75 Q 3 = 90 C E Capital por ano Mapa de Isoquantas
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  • 67 Isoquantas e a flexibilidade no uso dos insumos As isoquantas mostram de que forma diferentes combinaes de insumos podem ser usadas para produzir a mesma quantidade de produto. Essa informao permite ao produtor reagir eficientemente s mudanas nos mercados de insumos.
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  • 68 Isoquantas Curto prazo: Perodo de tempo no qual as quantidades de um ou mais insumos no podem ser modificadas. Tais insumos so denominados insumos fixos. Longo prazo Perodo de tempo necessrio para tornar variveis todos os insumos.
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  • 69 A curva de demanda por um insumo no longo prazo Numa situao em que h mais de um fator varivel de produo a curva de VPFMg no representa a curva de demanda do insumo em questo. A razo disto que uma alterao no preo de qualquer outro insumo resultar tambm numa alterao do emprego de outros insumos variveis conforme a firma substituir insumos mais caros por insumos relativamente mais baratos. Contudo, estas alteraes afetaro as quantidades demandadas do insumo original cujo preo foi alterado.
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  • 70 A curva de demanda por um insumo no longo prazo Quando o preo da mo-de-obra cai, a quantidade demandada aumentara, porque a nova reta salarial interceptar a curva do VPFMg a uma quantidade maior de emprego. Contudo, conforme aumenta a quantidade utilizada de mo-de-obra, o PFMg do estoque de capital ir aumentar porque cada unidade de capital estar sendo operada por mais trabalhadores.
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  • 71 A curva de demanda por um insumo no longo prazo E 0 K E1E1 E3E3 K1K1 K2K2 E2E2 III II I C BA W 1 /r W 2 /r S Trajetria de expanso w 1 > w 2
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  • 72 A curva de demanda por um insumo no longo prazo O ponto B, contudo, no est sobre a nova trajetria de expanso da firma. Ela est utilizando mais capital. Isto far com que a curva de VPFMg1 se mova para VPFMg2. O novo ponto de timo da firma estar no ponto C. Unindo os ponto A e C obtemos a curva de demanda da firma por mo-de-obra quando o capital tambm varia.
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  • 73 A curva de demanda por um insumo no longo prazo A C B E 0 w Demanda por mo- de-obra. w1 w2
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  • 74 A curva de demanda por um insumo no longo prazo - K e E so insumos complementares; - a taxa salarial inicial w 1 e a quantidade demandada de mo-de-obra E 1 ; - a taxa salarial w 2
  • 121 O Imposto sobre a Folha de Pagamento Suponha que um imposto seja fixado num montante X por hora; Sem o imposto, o salrio que o empregador paga o memos que o trabalhador recebe Contudo, depois que o imposto entra em vigor, temos que os custos salariais > salrio recebido pelo trabalhador. A diferena o imposto recolhido pelo governo. Com isto temos que a demanda por mo-de-obra desloca- se para a esquerda, sendo este deslocamento igual a X.
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  • 122 Os efeitos de um imposto sobre a folha de pagamento das empresas
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  • 123 A carga fiscal do imposto sobre a folha de pagamento No novo equilibrio [ponto G] temos um nvel de emprego mais baixo e um salrio lquido mais baixo. Os trabalhadores fazem face a nova carga na forma de salrios mais baixos e menor nvel de emprego. Contudo, o salrio lquido no cai no mesmo montantde do imposto, X, parte da carga fiscal paga pelas firmas [a menos que a oferta de mo-de-obra seja perfeitamente vertical].
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  • 126 Tomada de deciso quando os dados no so facilmente obtenveis At aqui ns supomos os dados necessrios para as tomadas de decises estivessem disponveis aos administradores. Contudo, o que deve ser feito na prtica quando os principais dados no estiverem disponveis ou forem muito caros de se obter no curto prazo?
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  • 127 Tomada de deciso quando os dados no so facilmente obtenveis A produtividade e os salrios de diferentes tipos de trabalhadores est baseada principalmente na educao e experincia! Mas se os dados no esto disponveis? (i) Escolher uma soluo sem anlise; (ii) Estimar os nmeros relevantes; (iii) Experimentar (tentativa e erro).
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  • 128 Tomada de deciso quando os dados no so facilmente obtenveis (i) Escolher uma soluo que independa da anlise Desistir de incluir o dado na anlise Exemplo: no incluir experincia com videogame Equivale a formular um outro modelo em que esta varivel no influi no desempenho
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  • 129 Tomada de deciso quando os dados no so facilmente obtenveis (ii) Estimar os nmeros relevantes Para incluir a experincia com videogames, atribuir: 2% a mais no salrio e 5% a mais na produtividade. Isto implica que: (1,02 w/ 1,05Q) < (w/ Q) (vale para quaisquer w e Q) Concluso: incluir experincia com videogames nos requisitos para contratao.
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  • 130 Tomada de deciso quando os dados no so facilmente obtenveis (iii) realizar um experimento - o que voc est tentando aprender e o que voc deseja conhecer com o mesmo? - qual o efeito da obteno da resposta sobre os lucros esperados pela firma com a realizao do experimento? - que tipos de dados sero necessrios para responder a questo? - - quo dispendioso a obteno dos dados no curto prazo? - - os dados coletados iro prover uma resposta confivel a questo formulada?
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  • 131 Dados Geralmente Disponveis Estimativas dos custos da mo-de-obra Salrios mdios de trabalhadores em cargos de suporte administrativo - So Paulo e Rio de Janeiro Ocupao Nvel SPRJ Secretrias5$17.46$16.57 Datilografas3$17.01$14.06 Arquivistas4$15.99$14.10 Recepcionistas3$11.89$10.89
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  • 132 O que fazer quando no houve empregos comparveis? Mtodos de classificao de empregos [Job Rating Methods] De um modo geral, o emprego na firma envolve um conjunto de vrias habilidades disponveis; O uso de vrios mtodos para estimar os custos da mo-de-obra.
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  • 133 O que fazer quando no houve empregos comparveis? O emprego definido por um conjunto de caractersticas: As habilidades do trabalhador Tarefas executadas pelos trabalhadores. As firmas privadas desenvolvem mtodos de classificar empregos.
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  • 134 Mtodo Usando Caractersticas - Conhecimento; - Superviso recebida; - Complexidade das tarefas; - Contatos pessoais; - Propsito dos contatos; - Demandas fsicas; - Ambiente; - Tarefas de superviso
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  • 135 Salrios por Rating Points Ocupaes selecionadas, Porto Alegre, 2006 PontosAdministrativoProduo 5$13.89 $16.87 6$18.00 $19.79 7$18.05 $22.86 8$20.56 $25.25 9$24.57 $26.73 l4$56.77 NA
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  • 136 Faa o Melhor que Voc Puder Estimativa do numerador Dados disponveis dos custos sobre a qualidade do trabalho. Estimativa do denominador Voc pode pensar sobre qual o valor do parametro. Condidere a seguinte relao de produo na sua firma: Q = a o + a 1 *Pontos-Nivel + u Voc pode estimar a 1 ? Dos dados histricos? Dos salrios pagos pelos competidores?
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  • 137 Principais concluses do captulo (i) as decises referentes a economia dos recursos humanos e da estruturao de polticas de recursos humanos envolvem dilemas (trade offs), no qual temos que ponderar os custos e benefcios especficos de cada ao. A intuio por traz deste captulo que ns devemos pensar em termos de trade-offs.
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  • 138 Principais concluses do captulo (ii) a ERH enfatiza o uso de modelos, ou simplificaes da complexa realidade que envolve o mercado de trabalho. Os modelos so necessrios a fim de simplificar, dar sentido e obter generalizaes de situaes que aparentemente so complicadas. Todas as disciplinas cientficas usam modelos em suas anlises. Os modelos tambm proporcionam uma disciplina para as nossas anlises: elas nos foram a focar nas questes essenciais do problema.
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  • 139 Principais concluses do captulo (iii) As decises das firmas com relao a deciso e polticas de contratao tendem a ter melhores resultados quando o administrador de recursos humanos ou a firma utilizar estimativas quantitativas de nmeros relevantes ou experimentos ao invs de simplesmente usar a intuio.
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  • 140 Principais concluses do captulo (iv) as firmas no devem contratar os melhores trabalhadores. A contratao envolve um dilema (trade off) de custos e benefcios; a abordagem correta a de contratar aqueles trabalhadores com a menor razo [salrio/produto]. (v) Empiricamente, a educao e a experincia so os dois preditores mais importantes da qualidade dos trabalhadores;
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  • 141 Principais concluses do captulo (vi) A firma deve continuar a contratar trabalhadores at que o incremento nos lucros seja positivo, ou em outras palavras, at que o valor do produto fsico marginal seja positivo [VPFMgE = w]. (viii) quais os trabalhadores que uma firma deve contratar dependem dos custos e benefcios dos trabalhadores e no das condies financeiras da firma.
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  • 142 Principais concluses do captulo (viii ) A interdependncia na produo tambm afeta as decises de contratao: (a) quando os trabalhadores interagem no trabalho, a contribuio de um trabalhador sobre produto inclui os efeitos do produto do seu colega de trabalho. Vale a pena contratar mais e melhores trabalhadores quando produto interrelacionado; (b) a medida em que a firma aumenta o montante ou a qualidade do seu estoque de capital, ela deveria melhorar a qualidade dos trabalhadores que emprega.
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  • 143 Principais concluses do captulo (ix) De um modo geral vale a pena contratar trabalhadores mais arriscados porque a firma tem um valor de opo (option value). Se o trabalhador no for uma estrela (star), ele pode ser despedido, reduzindo os custos potenciais. Se ele for uma estrela (ou um sucesso), os benefcios de sua permanncia na empresa podem ser desfrutados pela firma durante toda a sua carreira.
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  • 144 Principais concluses do captulo Alm disso, quanto mais jovem for o trabalhador ou quanto mais curto for o perodo requerido para aprendermos sobre a produtividade do trabalhador, maior ser o valor de um trabalhador arriscado.
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  • 145 O que uma contratao tima? Aqui discutimos as regras pelas quais as firmas deveriam tomar decises de contratao de mo-de-obra. O foco da anlise centrou-se sobre as implicaes dos atributos do trabalhador, do emprego do trabalhador no que se refere a contratao tima.
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  • 146 O que uma contratao tima? A contratao tima foi discutida ao longo de vrias dimenses: (i) atributos (qualidade da mo-de-obra em termos de educao); (ii) do nmero de trabalhadores que uma firma deveria contratar (de cada tipo) e; (iii) de como isto est relacionado com a situao da firma, do emprego e do nvel salarial.
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  • 147 Resumo A abordagem econmica padro pode servir de um guia eficiente no que serefere as polticas de contratao das firmas no que se refere: (i) ao nmero de trabalhadores; (ii) a qualidade dos trabalhadores.
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  • 148 Resumo A comparao dos custos unitrios do trabalho um guia til ou uma ferramenta indispensvel para se decidir entre diferentes tipos de habilidade e qualificaes. Nem sempre a melhor poltica de ARH sempre contratar Best of the Best. Mesmo com dados de m qualidade esta abordagem pode fornecer boas respostas Ns podemos fazer melhor do que simplesmente chutar ou utilizar o achismo.
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  • 149 A utilidade da ERH Personnel is now a science that provides detailed and unambiguous answers to the issues that trouble managers today. Edward Lazear (1998) Human resources are key to organizational success or failure. Baron & Kreps (1999)
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  • 150 A utilidade da ERH Lio fundamental (i) Os padres de contratao so importantes ! (ii) A anlise econmica importa!
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  • 151 A demanda por mo-de-obra (modelo esttico): um apndice matemtico [Hamermersh (1993)] (i) ns assumimos aqui que a demanda por mo-de-obra homognea em termos de horas trabalhadas e esforo por hora; o objetivo aqui e simplesmente mostrar que a teoria da demanda por mo-de-obra.
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  • 152 A demanda por mo-de-obra (modelo esttico): um apndice matemtico [Hamermersh (1993)] (ii) a inclinao negativa da curva de demanda por mo- de-obra. Seja E o insumo homogneo de mo-de-obra, w o salrio nominal e P o preo do produto; Ns assumimos que o produto produzido por uma funo de produo que transforma os servios de mo-de-obra em produto: y= (E); > 0 ;
  • 153 A demanda por mo-de-obra (modelo esttico): um apndice matemtico [Hamermersh (1993)] - > 0 ;