1 Ed. Revista Polo de Inovação Teófilo Otoni

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O Polo de Inovação de Teófilo Otoni está in- serido dentro das políticas públicas da Secre- taria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensi- no Superior – SECTES para o desenvolvimento socioeconômico do nordeste de Minas Gerais. Para tanto, contou, substancialmente, com o apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvi- mento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – SEDVAN, por meio do Instituto de Desenvol- vimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais – IDENE. É com grande satisfação que apresentamos a Revista Polo de Inovação como registro de algumas ações desenvolvidas até o final do ano de 2010. Dessa forma, vale lembrar aqui os principais objetivos desse grande desafio, e a Inovação se tornou, estrategicamente, a pa- lavra-chave desse processo. Assim, tudo que se articulou e se planejou durante os anos de 2009 e 2010 está atrelado à formação de recur- sos humanos; à articulação entre os setores público e privado e entre as empresas e as instituições de ensino e pesquisa; ao fomento a vocações e atividades locais; e à introdução das questões relativas ao empreendedorismo e uso de tecnologias da web 2.0, o TEIA-MG. O termo learning-by-doing, utilizado por im- portantes economistas como Kenneth Arrow para explicar os efeitos da inovação dentro de sua teoria de crescimento econômico, pode ser também aplicado ao nosso caso, tendo em vista que nosso grupo foi aprendendo e ama- durecendo os projetos à medida que trabalhá- vamos. Fomos aprendendo a articular e efeti- APRESENTAÇÃO / AO LEITOR var parcerias, descobrindo a importância que a integração entre o Ensino Superior – Empresas – Governo assume na lógica para inovação e desenvolvimento regional, principalmente em regiões menos desenvolvidas, como no nosso caso. Nesta Revista estão postas as ações intrín- secas aos setores como floricultura, cachaça, cerâmica e pedras preciosas, bem como aque- las ligadas à popularização da ciência e ao projeto TEIA. Além disso, as instituições locais de ensino superior contribuíram para essa pri- meira publicação, acrescentando informações referentes a algum projeto ou pesquisa que estejam desenvolvendo, cujo termo inovação esteja inerente aos trabalhos. O mais importante, afinal, é contribuir com a transformação do conhecimento em infor- mações úteis e que podem ser aplicadas à sociedade. Trabalhar com Ciência, Tecnologia e Inovação no nordeste mineiro tem sido um grande desafio e, dessa forma, acreditar na transformação desse espaço desigual é esti- mulante para nossa equipe. Hilton Manoel Dias Ribeiro – Coordenador do Polo de Inovação de Teófilo Otoni Vista panorâmica de Teófilo Otoni Pedra da Baleia - BR 116

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Matérias referentes aos projetos do Polo de Inovação para cidade de Teófilo Otoni e região.

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O Polo de Inovação de Teófilo Otoni está in-serido dentro das políticas públicas da Secre-taria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensi-no Superior – SECTES para o desenvolvimento socioeconômico do nordeste de Minas Gerais. Para tanto, contou, substancialmente, com o apoio da Secretaria de Estado de Desenvolvi-mento dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – SEDVAN, por meio do Instituto de Desenvol-vimento do Norte e Nordeste de Minas Gerais – IDENE.

É com grande satisfação que apresentamos a Revista Polo de Inovação como registro de algumas ações desenvolvidas até o final do ano de 2010. Dessa forma, vale lembrar aqui os principais objetivos desse grande desafio, e a Inovação se tornou, estrategicamente, a pa-lavra-chave desse processo. Assim, tudo que se articulou e se planejou durante os anos de

2009 e 2010 está atrelado à formação de recur-sos humanos; à articulação entre os setores público e privado e entre as empresas e as instituições de ensino e pesquisa; ao fomento a vocações e atividades locais; e à introdução das questões relativas ao empreendedorismo e uso de tecnologias da web 2.0, o TEIA-MG.

O termo learning-by-doing, utilizado por im-portantes economistas como Kenneth Arrow para explicar os efeitos da inovação dentro de sua teoria de crescimento econômico, pode ser também aplicado ao nosso caso, tendo em vista que nosso grupo foi aprendendo e ama-durecendo os projetos à medida que trabalhá-vamos. Fomos aprendendo a articular e efeti-

APRESENTAÇÃO / AO LEITOR

var parcerias, descobrindo a importância que a integração entre o Ensino Superior – Empresas – Governo assume na lógica para inovação e desenvolvimento regional, principalmente em regiões menos desenvolvidas, como no nosso caso.

Nesta Revista estão postas as ações intrín-secas aos setores como floricultura, cachaça, cerâmica e pedras preciosas, bem como aque-las ligadas à popularização da ciência e ao projeto TEIA. Além disso, as instituições locais de ensino superior contribuíram para essa pri-meira publicação, acrescentando informações referentes a algum projeto ou pesquisa que estejam desenvolvendo, cujo termo inovação esteja inerente aos trabalhos.

O mais importante, afinal, é contribuir com a transformação do conhecimento em infor-mações úteis e que podem ser aplicadas à

sociedade. Trabalhar com Ciência, Tecnologia e Inovação no nordeste mineiro tem sido um grande desafio e, dessa forma, acreditar na transformação desse espaço desigual é esti-mulante para nossa equipe.

Hilton Manoel Dias Ribeiro – Coordenador do Polo de Inovação de Teófilo Otoni

Vista panorâmica de Teófilo Otoni Pedra da Baleia - BR 116

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Sumário4. EspecialEntrevista com o Secretário de Estado Alberto Duque Portugal.

6. Políticas SECTES A Plataforma Polos de In-ovação.

8. UNITGemas e Jóias.

10.Tecnologia e CriatividadeInovação na Produção de Mudas e Plantas Ornamen-tais.

12. A Aguardente das Minas Gerais Inovação na Cadeia Produti-va da Cachaça Artesanal de Alambique de Cobre no Vale do Mucuri.

14. Saberes e Fazeres do MucuriNovas Tecnologias Para a Cerâmica do Mucuri.

16. Teia no Vale do MucuriA Capacitação de Mil Agen-tes Jovens Empreendedores

18. Popularização da CiênciaParque da Ciência Contribui Para a Popularização do Conhecimento Científico

REVISTA POLO DE INOVAÇÃO DE TEÓFILO OTONI

GESTÃO EDITORIAL: Oade AndradeHilton Manoel Dias Ribeiro

JORNALISTA / EDIÇÃO: Mariana Rocha

REVISÃO:Leila Maria Rodrigues

PROJETO GRáFIcO E DIAGRAmAÇÃO:Leandro Dias e Oade Andrade

ImPRESSÃO: Gráfica Modelo

TIRAGEm:1.000 exemplares

PERIODIcIDADE: semestral

AGRADEcImENTOSAgradecemos a todos os colaboradores desta publicação, aos parceiros do Polo de Inovação de Teófilo Otoni e à assessoria de comunica-ção e equipe central da SDCT / SECTES.

REDAÇÃO:[email protected] Tel: (33)3529-1050R. Teodolino Pereira 347, Teófilo Otoni - MGCep: 39.800-151

www.polodeinovacaoto.ning.com

Copyright © 2010 Pólo de Inovação de Teófilo Otoni

20. UFVJM - Avanços do Instituto de Ciência e Tecnologia – ICT.

22. UNIPAC Pesquisa e Desenvolvimento em Robótica.

24. DOCTUMPesquisa e desenvolvimento de Aplicações Interativas para TV Digital.

26. Notícias SECTESConquista do Prêmio PMQ – 2010.

28. Equipe Polo de Inovação Teófilo Otoni.

Expediente

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Qual a visão do Governo de Minas para o desenvol-vimento da Ciência, Tecno-logia e Inovação para as regiões do norte e nordes-te do estado?

O Governo de Estado está preparando Minas para se tornar líder na economia do conhecimento e, dessa forma, os investimentos feitos na área de ciência, tecnologia, inovação e en-sino superior foram funda-mentais nesse processo.

ENTREVISTASECRETÁRIO ALBERTO DUQUE PORTUGAL

EM ENTREVISTA AO POLO DE INOVAÇÃO DE TEÓFILO OTONI , O SECRETáRIO DE ESTADO DE CIêNCIA, TECNOLOGIA E ENSINO SuPERIOR DE MINAS GERAIS – SEC-TES/MG, DR. ALbERTO DuQuE PORTuGAL APRESENTOu OS DESAFIOS E AS PRO-POSTAS GERAIS DA SECTES PARA AS REGIõES NORTE E NORDESTE DO ESTADO. O SECRETáRIO É ENGENHEIRO AGRôNOMO FORMADO PELA uNIVERSIDADE FEDERAL RuRAL DO RIO DE JANEIRO (uFRRJ) . É DOuTOR EM SISTEMAS AGRíCOLAS PELA uNIVERSITy OF READING ( INGLATERRA). ENTRE OS DIVERSOS CARGOS OCuPADOS, ALbERTO PORTuGAL FOI NOMEADO DIRETOR ExECuTIVO DA EMbRAPA; ATuOu TAMbÉM COMO SECRETáRIO ExECuTIVO E MINISTRO INTERINO DA AGRICuLTuRA, PECuáRIA, AbASTECIMENTO. EM 1995 ASSuMIu A PRESIDêNCIA DA EMbRAPA, F I -CANDO NO CARGO ATÉ JANEIRO DE 2003. ALbERTO PORTuGAL FOI TAMbÉM DIRE-TOR DA AGêNCIA DE INOVAÇÃO DA uNICAMP ( INOVA); FOI SECRETáRIO-ADJuNTO DE ESTADO DE AGRICuLTuRA, PECuáRIA E AbASTECIMENTO DE MINAS GERAIS E DIRETOR ExECuTIVO DO CONSELHO NACIONAL DO CAFÉ (CNC).

Nessas regiões que tem um desafio de acelerar o processo de desenvolvi-mento, o Governo entende que, além da infra-estru-tura física construída (es-tradas, telefonia, hospitais etc.) é o investimento em ciência, tecnologia e inova-ção, com recursos huma-nos qualificados, o grande instrumento para a inter-venção do Estado.

As barreiras para aplica-ção de políticas de C,T&I

são diferentes, quando se compara as regiões do centro-sul mineiro com as regiões do norte e nordes-te?

Os grandes contrastes socioeconômicos obser-vados entre as regiões de Minas, criando principal-mente uma clara divisão entre o norte e o sul do estado, exigem uma estra-tégia diferenciada para o norte e nordeste. Primeiro, é preciso adensar a massa

ESPECIAL“O Governo de Es-tado está prepa-rando Minas para se tornar líder na economia do co-nhecimento (...)”

“(...) é o investimento em ciência, tecnologia e inova-ção, com recursos huma-nos qualificados, o grande instrumento para a inter-venção do Estado.”

“(...)é preciso criar o ambiente de inovação, facilitando a interação en-tre as universidades, empresas e go-verno(...)”

critica de recursos huma-nos, inclusive em nível de doutorado, o que tem sido uma prioridade. Há tam-bém um esforço de fortale-cimento do ensino técnico. Recurso humano qualifica-do abundante é um pré-requisito fundamental. Se-gunda, é preciso agregar valor a economia da região e diversificá-las através de projetos de inovação apli-cados às atividades eco-nômicas locais. Terceiro, é preciso criar o ambiente de inovação, facilitando a interação entre as univer-sidades, empresas e go-verno e criando uma atitu-de que valorize a inovação na sociedade.

O que o Senhor tem a di-zer a respeito dos resulta-dos do Polo de Inovação de Teófilo Otoni?

A plataforma Polos de

Inovação é uma iniciati-va da Sectes que busca concentrar estruturas de ensino e pesquisa e mas-sa crítica de recursos hu-manos; fomentar projetos especiais de inovação; e capacitar mediadores de rede de internet, o chama-do projeto TEIA-MG. Dessa forma, o Polo de Inovação de Teófilo Otoni, nesse tempo de trabalho, pode efetivar essas propostas. O Polo construiu uma rede de parcerias entre institui-ções de ensino superior, órgãos do governo e mem-bros da sociedade civil; fo-mentou projetos especiais

de inovação em setores consoli-dados da região, como floricultu-ra, cachaça, ar-tesanato, gemas e jóias. Vale des-tacar também que foram arti-culados projetos para populariza-ção da ciência e

inclusão digital, além de alcançarem a meta para a formação dos 1000 Agentes TEIA, o que contribui para a criação de uma cultura de empreendedorismo, compreendendo negócios

com ênfase em inovação.

Quais são as perspecti-vas da SECTES para o futu-ro?

Com o fortalecimento da SECTES e da FAPEMIG nos últimos anos, o Governo de Minas pode aumentar suas estratégias ligadas à ciên-cia, tecnologia e inovação para o desenvolvimento do estado. As perspectivas futuras são boas no que se refere às ações da Sectes, principalmente por conta da consolidação da idéia de que se precisa investir na economia do conheci-

mento para alcançar o de-senvolvimento, atenuando até mesmo os desequilí-brios regionais existentes. O governo deverá conti-nuar inserindo Ciência e Tecnologia dentro de suas áreas prioritárias, contri-buindo para que a socie-dade perceba que C, T & I são fatores significativos para o desenvolvimento das regiões mineiras.

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A Plataforma dos Polos de Inovação do Norte e Nordeste de Minas Gerais é uma inicia-tiva do Governo do Estado, liderada pela SECTES, dedica-da a identificar e fortalecer a infra-estrutura de inovação e capacitação de recursos hu-manos concentrados territo-rialmente, como condição es-sencial para desenvolvimento sustentável.

Seus principais objetivos são:

• Possibilitar o salto ne-cessário à alteração das di-nâmicas de desenvolvimento através da formação e con-centração de massa crítica territorialmente localizada, que acelere o fluxo Informa-ção – conhecimento – tecnolo-gia – inovação – projeto – de-senvolvimento;

• Agregar valor á eco-nomia regional (emprego e renda) e às políticas públicas através de um grande esfor-ço de inovação, ancorado em sólidas estruturas de capaci-

tação de recursos humanos e de P&D.

A implantação da Platafor-ma atende aos objetivos de-finidos na área de Resultados Inovação, Tecnologia e Quali-dade e Desenvolvimento do Norte de Minas, Jequitinho-nha, Mucuri e Rio Doce, sob responsabilidade da SECTES e da SEDVAN, respectivamente, e em consonância com o Plano Mineiro de Desenvolvimento Integrado – PMDI- incorporam as seis estratégias setoriais, que formam o núcleo propul-sor do processo de desenvol-vimento proposto para o es-tado, tais como: Perspectiva Integrada do Capital Humano; Investimento e Negócios; Inte-gração Territorial Competitiva; Sustentabilidade Ambiental; Rede de Cidades; e Eqüidade e bem-estar.

O Governo do Estado está consolidando a infra-estrutu-ra de estradas, energia, te-lecomunicações, educação e saúde, propiciando os meios e os instrumentos para ace-

derado por ser o centro onde se concentram a uNIMONTES, Centros avançados da uFMG, uFV, faculdades particulares e centros de pesquisa. O foco principal será concentrar mas-sa critica de pesquisadores e estruturas de pesquisa, cons-truindo bases de excelência em mestrados e doutorados, especialmente organizados para atender as especificida-des regionais;

• O Segundo, o Polo deDiamantina, com característi-cas similares, tem hoje insta-lado a sede da universidade Federal dos Vales do Jequi-tinhonha e Mucuri - uFVJM, além de um centro avançado da uFMG. Estas duas univer-sidades, com maior poten-cial para a uFVJM, têm como acelerar a atuação em nível de pós-graduação, mantendo foco idêntico ao do Polo de Montes Claros.

Nível 2- cidades polo como Polos de

Inovação

• Fortalecer a capacida-de de formação de recursos humanos e de inovação em Cidades polo, tais como: Te-ófilo Otoni, Corinto, Araçuaí, Salinas, Almenara, Pirapora, Janaúba e Januária, incluindo as duas cidades identificadas no Nível 1.

• Em cada cidade poloidentificar as instituições pú-blicas e privadas já existen-tes, atuando nas áreas de in-teresse: laboratórios, cursos de graduação, cursos técni-cos e profissionalizantes - atendendo às especificidades locais;

• Elaborar um Plano Di-retor visando definir em que áreas e quais investimentos seriam necessários para que as Cidades polo se consoli-dem como Polos de Inova-ção;

• Atender às demandasde inovação identificadas nos planos diretores dos Polos de Inovação, através de projetos especiais financiados pela FA-PEMIG e outras fontes, como parte do projeto estruturador de Arranjos Produtivos Locais - APL.

Nível 3- cidades nas áreas de influência das cidades polo.

utilizar a estrutura de CVTs e telecentros, universida-de Aberta do brasil e outras redes de ensino à distância visando à capacitação técni-ca de recursos humanos nos temas identificados como fundamentais para atender ao desenvolvimento local e regional. Essa lógica dará maior abrangência às redes de difusão de conhecimento, com ênfase na ampliação do Projeto TEIA - Tecnologia, Em-preendedorismo e Inovação Aplicados, o qual fornece as ferramentas para ampliar o uso de internet 2.0 e das re-des sociais para gerar novos negócios.

Estratégia de Implantação

Em 2008, foram definidas as cidades de Salinas, Teófi-lo Otoni e Araçuaí e, poste-riormente Diamantina, para

a implantação do projeto Polos de Inovação, seguindo as três orientações estratégi-cas definidas na nota técnica aprovada pelo governador e incorporadas pela Secretaria de Estado de Planejamento e Gestão de Minas Gerais - SEPLAG - a partir do planeja-mento de 2008. Em 2010, teve inicio a consolidação da Plata-forma Polos de Inovação, in-corporando mais seis cidades polo: Montes Claros, Corinto, Janaúba, Januária, Almenara e Pirapora.

É no contexto dessa política que se destaca o Polo de Ino-vação de Teófilo Otoni, com-posto por uma equipe dedi-cada e competente, que vem desenvolvendo um elenco significativo de ações, que se-rão apresentadas nesta publi-cação. Dessa forma, agradeço a toda equipe deste Polo e também dos demais Polos de Inovação, além de toda equi-pe da Superintendência de Desenvolvimento Científico e Tecnológico – SDCT/SECTES – pelas colaborações e dedica-ção a essas ações focadas no desenvolvimento das regiões Norte e Nordeste de Minas Gerais.

P L ATA F O R M A P O LO S D E I N O VAÇ ÃO

Déa Maria Fonseca

lerar o desenvolvimento so-cioeconômico da região. No entanto, partindo da premis-sa de que só a infra-estrutura não será suficiente, foi pro-posta esta estratégia de ino-vação destinada ao Norte e ao Nordeste de Minas Gerais como condição essencial para o necessário salto qualitativo na melhoria das condições de vida, trabalho e renda destas regiões.

Esses objetivos estão sendo cumpridos, considerando três níveis, a saber:

Nível 1- Polos: montes claros e

Diamantina

Concentrar massa crítica de pesquisadores e estrutu-ras de ensino e pesquisa nos dois polos, considerados irra-diadores de conhecimento e tecnologia em áreas de inte-resse para as regiões.

• O primeiro, o PoloMontes Claros, é assim consi-

Déa maria FonsecaSuperintendente

Superintendência de Desenvolvimento científico e

Tecnológico – SDcT

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8 | POLO DE INOVAÇÃO DE TEÓFILO OTONI POLO DE INOVAÇÃO DE TEÓFILO OTONI | 9

Inaugurada em novembro de 2009, a uni-dade de Inovação Tecnológica – uNIT, é um projeto especial da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior – SECTES/ MG, executado de forma integrada com seus programas como o Polo de Inovação do Norte e Nordeste de Minas Gerais, Polo de Excelência Mineral e Metalúrgico e com o projeto estruturador “Arranjos Produtivos Locais”. O projeto busca a cooperação e a integração de esforços, visando à transfe-rência de conhecimentos que promovam a inovação tecnológica nas empresas do Arranjo Produtivo Local (APL) de Gemas e Artefatos de Pedra, formado por 21 mu-nicípios das microrregiões de Araçuaí e Teófilo Otoni.

As ações do projeto uNIT foram execu-tadas pela Fundação Centro Tecnológico de Minas Gerais - CETEC, contando com a parceria da Escola de Design/uEMG; do Centro de Desenvolvimento da Tecnologia Nuclear – CDTN; da universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e do Mucuri – uFVJM, do Organismo de Certificação de Produtos de Minas Gerais – CERTIPEM e da Associação dos Exportadores de Gemas – GEA, integrados em uma Rede de Apoio Tecnológico à Inovação – REDATI Gemas e Joias. Como estrutura física, o projeto dispõe de um Núcleo de Produção-Escola com duas modernas plantas produtivas, sendo uma de Lapidação e outra de Joa-lheria, de um Laboratório Gemológico e de um Núcleo de Capacitação e Informa-ção Tecnológica, implantados com recur-sos financeiros da Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais - FAPEMIG, e apoio da Secretaria de Estado da Educa-ção - SEE.

Em contrapartida, a SECTES assumiu o compromisso de implantar o Curso Téc-nico de Joalheria, iniciando com a oferta de cursos de extensão pós-técnico, por intermédio da Escola de Design da uEMG. A Escola, a partir de 2011, assume a co-ordenação da unidade, agregando a ela PR

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cezarina sousa

a função de formação de mão de obra, am-parada na estrutura e conhecimentos espe-cializados decorrentes da atuação integrada da uNIT com o setor produtivo e a rede de instituições de pesquisa, desenvolvimento e inovação.

O atendimento ao maior número possível de empresas fará da uNIT um dos principais mecanismos de geração de emprego e renda para este segmento na região. Além disso, a continuidade das ações da unidade pode torná-la referência e reconhecida como Cen-tro de Excelência no desenvolvimento de Ca-pacidade Tecnológica Própria em aglomera-ções produtivas do referido setor.

cezarina sousa é mestre em bi-blioteconomia pela universidade de brasília e bacharel na mesma área pela uFMg, atua na área de informação para a indústria junto ao setor de informação tecnológica da Fundação centro tecnológico de Minas gerais – cetec. e-mail: [email protected]

Jó ias eMpresa K. newMan

Jóias eMpresa cristal Jó ias

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A floricultura em Teófilo Otoni é um dos destaques da economia local. A comunidade, composta por aproximadamente oitenta pro-dutores rurais, tem a produção de mudas e plantas ornamentais como a principal atividade econô-mica. Anualmente, 350 mil mudas são produzidas, sendo vendidas para estados do Nordeste e parte do Sudeste, segundo uma das li-deranças dessa comunidade.

Neste sentido, a ação para a produção tem como objetivo prin-cipal a inserção efetiva desse se-tor na economia regional, gerando novos empregos e mais renda. As articulações estratégicas com as instituições de ensino e pesquisa foram fundamentais para o desen-volvimento desse projeto. Numa primeira etapa, foi realizado o diagnóstico local por uma equipe de profissionais da universida-de Federal de Viçosa – uFV, além da participação, como agentes de campo, dos alunos do curso de agronomia da uNIPAC – Teófilo Oto-ni. Além desses, outros parceiros se inseriram no processo, como a prefeitura municipal, que colabo-rou com as primeiras ações para envolvimento dos produtores, e o

Beleza que exige tecnologia e criatividadeA PRODuÇÃO DE MuDAS E PLANTAS ORNAMENTAIS MOVIMENTA uM

SETOR TRADICIONAL EM TEÓFILO OTONI E COM bOAS CHANCES DE

DESPONTAR NO CENáRIO NACIONAL.

Hilton Manoel Dias ribeiro

Instituto Mineiro de Agropecuária – IMA, que enviou informações so-bre as exigências e legislação es-pecíficas para essa produção.

Os resultados desse diagnósti-co transformaram-se num amplo programa de fomento à ativida-de. Foi sugerido um conjunto de cursos rápidos de capacitação e transferência de tecnologia que vão desde as noções básicas de paisagismo até a comercialização de plantas ornamentais e as ques-tões de associativismo. A iniciativa também possibilitou a parceria da Secretaria de Estado de Agricultu-ra, Pecuária e Abastecimento – SE-APA na realização do I Seminário de Plantas Ornamentais que acon-tecerá em Teófilo Otoni no próximo ano. Além disso, conta com a in-clusão do grupo de produtores na Câmara Técnica de Floricultura de Minas Gerais.

Na atual fase, o projeto já teve

como ação a realização do curso de Introdução ao Paisagismo para um grupo de quarenta produtores rurais da região, que incluiu uma visita técnica ao Inhotim (apoio SEbRAE-MG e equipe do local). No espaço, o paisagismo teve a influ-ência inicial de Roberto burle Marx (1909-1994). Lá são encontradas espécies vegetais raras, dispostas de forma estética. A visitação pos-sibilitou a troca de experiências entre os integrantes do grupo e o técnico do Inhotim, despertando o desejo de novas cooperações, en-tre elas a de desenvolver estufas botânicas para o cultivo de plantas mais vulneráveis às variações cli-máticas. A expectativa é a de que o grupo possa desenvolver novas habilidades e tecnologias, agre-gando valor aos produtos e ofer-tando novos serviços.

o autor é Mestre em eco-

nomia pela universidade Federal de viçosa - uFv e está se especiali-zando em gestão pública pela uni-versidade Federal de santa Maria - uFsM. atualmente é coordenador do polo de inovação de teófilo oto-ni - sectes.

e-mail: [email protected]

vis ita à inHotiM

Alguns dados do Diag-nóstico UFV/UNIPAC/Polo de

Inovação

Foram entrevistados 66 produ-tores rurais, do setor de mudas e

plantas ornamentais

• 82% DEcLARAm SER A PRODuÇÃO DE PLANTAS ORNAmENTAIS A PRINcIPAL

ATIVIDADE DA FAmíLIA;• 38% dos entrevistados pensam Em ExPANDIR A áREA NOS PRÓxImOS

5 ANOS;• 53% estão nessa atividade há

mAIS DE 10 ANOS;• 95,5% dos entrevistados

PRODuzEm muDAS DE FRuTEIRAS;

GArGAloS obSErVADoS:

• escassez de conhecimento DE TEcNOLOGIAS NEcESSáRIAS A

PRODuÇÃO EFIcIENTE DE muDAS com melhor qualidade;

• desconhecimento de TEcNOLOGIAS E PRáTIcAS culturais que levam a

AGREGAÇÃO DE VALOR AO PRODuTO cOmERcIALIzADO.laJ inHa l iberDaDe

Palmeira Azul Suculenta

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12 | POLO DE INOVAÇÃO DE TEÓFILO OTONI POLO DE INOVAÇÃO DE TEÓFILO OTONI | 13

o autor é cientista social formado pela universidade Federal de Minas gerais – uFMg e membro do polo de inovação de teófilo otoni/sectese-mail: [email protected]

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Aguardente de cana, de mel, de melaço, ou só aguardente, cana, caninha foram as varia-ções do nome até, oficialmente, em 2001, ser chamada de Ca-chaça. A produção de Cachaça Artesanal de Alambique de Co-bre no Vale do Mucuri remon-ta à sua origem, à fundação da Companhia do Mucury, que, por sua vez, inaugura a ocupação não índia na região em meados do Século xIx. Já existem re-gistros oficiais de presença da produção de Cachaça desde a década de 1870, durante toda a existência da Estrada de Ferro bahia e Minas (1880-1966), per-manecendo como atividade eco-nômica bastante representativa na geração de trabalho e renda de diversas comunidades, em grande parte utilizando-se de mão de obra familiar.

Atualmente, apesar de ainda figurar como atividade impor-

Bruno Dias Bento

secular da produção artesanal, programas públicos como o PRÓ-CACHAÇA, Programa Minei-ro de Incentivo à Produção de Cachaça da Secretaria de Estado de Agricultura, sem contar que novos mercados também po-dem ser abertos, principalmen-te com a realização da Copa do Mundo de 2014 e as Olimpíadas de 2016 no brasil. Tudo isso são ingredientes que nos fazem vislumbrar um bom cenário ao setor, trazendo como resultado a ampliação do mercado consu-midor e a redução do precon-ceito em relação ao produto.

Em um cenário complexo e repleto de potencial, o Polo de Inovação de Teófilo Otoni, a Fa-culdade de Farmácia da univer-sidade Federal de Minas Gerais – FAFAR-MG e Prefeituras Munici-pais de Teófilo Otoni e Ladainha apresentaram uma proposta de Pesquisa, Desenvolvimento e Inovação na Cadeia Produtiva da Cachaça Artesanal de Alam-bique de Cobre, contemplando desde o cultivo da matéria-prima até a comercialização do produto. Serão desenvolvidas ações como a sensibilização e a organização comunitárias, o fortalecimento do associativis-mo e cooperativismo, a elabo-ração de plano de negócios, a apresentação e formação de conceitos ligados ao design e responsabilidade ambiental.

O projeto tem como objetivo conhecer, caracterizar e me-lhorar a Cachaça Artesanal de Alambique de Cobre dos pro-dutores do Vale do Mucuri, por meio da pesquisa científica, do desenvolvimento tecnológico e da inovação, visando à identifi-cação, à valorização, à certifica-ção da qualidade e à divulgação nos mercados nacional e inter-nacional. Conta com os seguin-tes parceiros: INDI, SuCOOP, AM-PAQ, SEAPA, IMA, EMATER-MG, EPAMIG, ICT-uFVJM, APROCAMIL, SEDVAN, IDENE, bb, bNb e uEMG. Esse projeto representa uma das primeiras iniciativas con-cretas de ações para o desen-volvimento setorial na região.

tante em alguns municípios do Vale do Mucuri, sendo a ocupa-ção principal de muitas famí-lias, a cachaça produzida não ultrapassa em muito as frontei-ras regionais. Os dados do IbGE relatam, hoje, 179 produtores, com maior concentração na ci-dade de Ladainha, seguida por Setubinha e Itaipé. Esse número retrata a situação grave de des-valorização dos produtores, do produto e, consequentemente, a falta de investimentos estru-turais no setor e financiamen-tos para produção na região .

Entretanto, têm ocorrido mu-danças significativas no cenário da Cachaça em Minas, como a busca, por parte dos produto-res, pela melhoria da qualida-de, atendendo às exigências do mercado, a adoção de novas tecnologias, a certificação pe-los principais órgãos certifica-dores, sem desprezo à tradição

Segundo especialis-tas, a Cachaça já é o 3º destilado mais pro-duzido e consumido no mundo com grande potencial para chegar ao primeiro lugar. A EM-bRAPA apresenta dados em que a produção é em torno de 1,3 bilhão de litros por ano; 75% desse total refere-se à Cachaça de Coluna ou Industrial e os 25% res-tantes da forma artesa-nal. O brasil consome quase toda a produção, apenas de 1% a 2 % é exportado (2,5 milhões de litros) e os principais importadores são: Ale-manha, Paraguai, Itá-lia, uruguai e Portugal. Segundo informações do Censo Agropecuário 2006 do IbGE , o qual leva em consideração a atividade econômica que o produtor declara, Minas Gerais possuía, em 2006, quase 5 mil produtores. O Estado seria responsável por quase 70% da produção de Cachaça Artesanal de Alambique de Cobre, com um volume giran-do em torno de 260 mi-lhões de litros.

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recebe nenhum tratamento, e a utilização de matéria-prima mineral local.

Com essas ações, o projeto Cerâmica do Mu-curi potencializará o segmento cerâmico, es-truturando os grupos existentes de artesãos da região e cidades próximas de forma sus-tentável, com meta no mercado consumidor e na autogestão, agregando valor ao artesa-nato, valorizando e respeitando a identidade cultural, o saber e o meio ambiente, gerando emprego e renda.

Michelle Freitas é cientista social e especialista em ensino de artes visuais pela ufmg e membro do polo de inovação de teófilo otoni/sectes.

e-mail:[email protected]

cristiana de souza é especialis-ta em Historia da arte, técnica em cerâmica e formada em artes pela universidade estadual de Minas gerais e membro do polo de excelên-cia Mineral Metalúrgico/sectes.

e-mail: [email protected]

O projeto Cerâmica do Mucuri tem o objetivo de oferecer a toda região a oportunidade de va-lorizar, fortalecer e divulgar as memórias, histó-rias, costumes e modos daqueles que constru-íram e constroem o Vale do Mucuri. Mediante capacitações, oficinas e cursos relacionados à valorização da cultura, a proposta visa a am-pliar os horizontes dos mestres e artesãos com o fim de que estes ampliem o seu potencial multiplicador e perpetuador de suas artes e ofí-cios às gerações futuras.

Esse tipo de projeto exigiu a criação de com-petências no Polo de Inovação da Cidade de Teófilo Otoni, com vistas a popularizar a meto-dologia e tecnologia do artesanato em cerâmica por meio de oficinas na região. Foram capacita-dos trinta artesãos em técnicas de artesanato, proporcionando o desenvolvimento, a valoriza-ção e a preservação do patrimônio material e imaterial do Vale do Mucuri, além da criação do site Saberes e Fazeres do Mucuri – Cerâmica, a publicação e lançamento do livro Experiência: Saberes e Fazeres do Mucuri – Cerâmica e a constituição da associação de artesãos em cerâ-mica. Para isso, elementos importantes foram trabalhados como a mudança de paradigma na

concepção do ser artesão, o desenvolvimento das vocações regionais, o acesso dos artesãos a inovações e novas tecnologias e o incentivo às práticas cooperativistas e empreendedoras.

Para 2011, o projeto contará com o apoio do Polo Mineral Metalúrgico, programa da Secre-taria Estadual de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior - SECTES, o Curso Artes Aplicadas da

pareDe casa nasser gazel / ataléia-Mg

SABERES E FAzERES DO MUCURI

PORTADOR DE CARACTERíST ICAS TÃO PRÓPRIAS QuANTO DESCONHECIDAS, COMO SEuS ARTESÃOS E LAPIDáRIOS DE TRAÇO PECuLIAR E FORTE, O MuCuRI REVELA A DIVERSA INFLuêNCIA DOS POVOS QuE AQuI SE ESTAbELECERAM: EuROPEuS, AFRICANOS E ASIáT ICOS.

Michelle FreitasCristiana Souza

universidade de São João Del-Rey e a univer-sidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri para o desenvolvimento de um progra-ma artesanal e industrial cerâmico. Serão re-alizados diversos módulos para a capacitação dos artesãos regionais em cerâmica artesanal e industrial.

Entre esses módulos, vale destacar a pro-posta em produção artesanal a partir do rea-proveitamento do resíduo gerado pelo pó das gemas após a lapidação, que atualmente não

conversa De boteco / nasser gazel / ataléia-Mg

prato renDa borDaDa - Maria eva - pena carlos cHagas-Mg

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16 | POLO DE INOVAÇÃO DE TEÓFILO OTONI POLO DE INOVAÇÃO DE TEÓFILO OTONI | 17

Inclusão digital significa me-lhorar as condições de vida de uma determinada região ou comunidade com a ajuda da tecnologia. A expressão nas-ceu do termo “digital divide”, que em inglês significa algo como “divisória digital”. Hoje, é comum ler expressões simi-lares como democratização da informação, universalização da tecnologia e outras varian-tes parecidas e politicamente corretas.

Em termos concretos, incluir digitalmente não é apenas co-locar computadores na frente das pessoas e ensiná–las a usar Windows, pacotes de es-critório e navegação na inter-net, mas, é também melhorar os quadros sociais a partir do manuseio dos computado-res. A analogia errônea tende a propagar cenários surreais

PROJETO TEIA NO VALE DO MUCURI

A CAPACITAÇÃO DE MIL AGENTES JOVENS EMPREENDEDORES.

oaDe anDraDe

INSTITuIÇõES PARcEIRAS AO

PROJETO TEIA Em TEÓFILO OTONI:

CVT - CENTRO DE VOCAÇÃO TECNOLÓGICA,

uNIVERSIDADE uNIPAC

FACuLDADE DOCTuM

CETEC TOP LINE

da chamada inclusão digital, como é o caso de comunida-des ou escolas que possuem computadores que nunca são utilizados.

Com a criação da Rede Teia e seu propósito de formação de empreendedores na web 2.0, iniciamos um trabalho

curso te ia telecentro bibl ioteca pública - MalacacHetacapacitação integraMinas. rosalves suDario - aMM

pioneiro na região do Vale do Mucuri. Primeiramente, foram promovidos dois encontros com representantes das pre-feituras das cidades da região, para adequação ao decreto estadual 45.095, de 2009, que trata da utilização do correio eletrônico oficial na comuni-

cação com órgãos e entidades municipais visando melhoraria da comunicação e gestão dos municípios com o uso das fer-ramentas gratuitas da internet. Os representantes das prefei-turas participaram do curso da rede Integraminas, com o representante da AMM - Asso-ciação Mineira de Municípios. A rede Integraminas foi criada para orientar e dar suporte a todas as cidades mineiras no processo de adoção de novas

tecnologias e ferramentas da internet e auxiliar na adequa-ção ao decreto estadual.

Consecutivamente a essa ação, iniciamos a partir do mês de agosto de 2009 as viagens para as escolas públicas destes municípios do Vale. As escolas estaduais ou municipais que possuíam espaços de acesso a internet como telecentros ou laboratórios de informática, fo-ram visitadas para a formação de novos agentes Teia em todo

Vale do Mucuri.O curso de capacitação Teia

tem a duração de quatro ho-ras. O conteúdo é dividido em 1h30 de palestra que aborda o uso da internet nos meios de comunicação e produção da sociedade, o empreende-dorismo através da internet e os primeiros passos para par-ticipação no universo da web 2.0. Os jovens são convidados a refletir estes temas por meio da demonstração de casos de

sucesso em slides e vídeos. Nas outras 2h30, são efetuados os cadastros dos novos agentes na rede Teia e ensinadas ferramentas gratuitas da web 2.0, como por exemplo, redes sociais, twitter, blogspot, u-stream, recursos do Google, entre outras.

No mês de novembro de 2010 alcançamos a meta de mil agentes Teia capacitados e ligados à rede. Estes agentes em constante formação já atendem as necessidades dos pequenos em-preendedores de sua localidade e na rede Teia, resolvendo e captando demandas da maneira mais viável economicamente para realidade de cada empreendedor. Hoje estes agentes viabi-lizam a busca e alcance de mercados e pos-sibilidades antes inexistentes para suas vidas e para vida e os negócios de outros pequenos empreendedores.

a autora é especia-lista em Marketing, comunica-ção e recursos Humanos pela Doctum Faculdades unificadas t.o., e em docência superior pela Fundação Francisco de assis e.s, bacharel em comu-nicação social com habilitação em publicidade e propaganda com ênfase em Marketing pela universidade de ribeirão preto – unaerp. atua como agente teia na equipe do polo de ino-vação teófilo otoni/sectes.

e-mail:[email protected]

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Ao falarmos de museu, a pri-meira imagem que nos vem à memória é a de um lugar cheio de quadros históricos e animais empalhados. Também imagina-mos um visitante com braços cruzados para trás que se põe a observar o acervo, enquanto um guia lhe orienta sobre cada

da ciência. A partir de abril des-te ano, o Parque recebeu, apro-ximadamente, 1500 alunos de escolas públicas da região, um número animador, se levarmos em consideração que 31 insti-tuições foram beneficiadas di-retamente com o projeto. Isto dá uma média de 48 alunos por escola que certamente irão re-latar suas experiências, fazendo com que mais pessoas visitem e apreciem o Parque da Ciência. O Parque da Ciência junto com o Programa de Populari-zação da Ciência também tem consolidado uma agenda de eventos de natureza científico-cultural, visando maior aproxi-mação dos estudantes carentes de ensino básico com a univer-sidade pública. A Semana Nacio-nal de Ciência e Tecnologia 2010 é um exemplo disso. Ela inovou

em relação à primeira versão de 2009 e contou com a I Feira de Ciência da Educação básica do Mucuri que teve participa-ção direta das escolas de Teó-filo Otoni. Durante os três dias da Semana Nacional, estima-se que 3500 alunos tenham parti-cipado das atividades organiza-das, tais como palestras, cursos e oficinas. Toda esta movimentação tem gerado um clima favorável ao desenvolvimento da ciência que se reflete diretamente na qua-lidade da educação das crian-ças, jovens e adultos da região. A prova disso é que os profes-sores que visitam ou que par-ticipam de eventos promovidos pelo parque da ciência acabam sendo estimulados a inovar sua prática pedagógica. Por outro lado, a segurança de que todo

o investimento está valendo a pena é sentida quando se ouve dos próprios alunos e visitan-tes: “eu vou fazer uma expe-riência dessa na minha escola”. Afinal, o que justifica todo o esforço da equipe envolvida no projeto é exatamente este ide-al de se promover o acesso ao conhecimento e o prazer pelas descobertas que ele propicia.

Msc. Magno barbosa Dias, coordenador do parque da ciência pelo pólo de inovação de teófilo otoni. Dr. Mauro lúcio Franco, professor do Depto. de ciências exatas da uFvJM e coordenador geral do parque da ciência

PARQUE DA CIêNCIA CONTRIBUI PARA A POPULARIzAÇÃO DO

i Fe ira De ciência Do Mucuri ocorriDa Durante a seMana nacional De ciência e tecnologia

LOCALIzADO EM TEÓFILO OTONI , O LOCAL TEM RECEbIDO ESTuDANTES DE VáRIOS MuNICíP IOS E EST IMuLADO EVENTOS EM PARCERIA COM A EDuCAÇÃO.

exibição. Pois bem, esta ima-gem de museu como lugar onde só se vê coisa do passado, hoje, também é coisa do passado. Os museus da ciência têm repre-sentado grandes inovações nes-ta área, tornando-se agradáveis lugares para exercitar o racio-cínio lógico, para compreender os fenômenos da natureza e ver como as coisas funcionam. Tudo isso leva a uma nova con-cepção de museu como espaços mais interativos onde o público,

ao invés de passivos visitantes, tem a possibilidade de partici-par das apresentações propos-tas. A argumentação de que a ci-ência, pela sua natureza rigoro-sa, deva ser exclusiva das men-tes brilhantes, não encontra correspondência com a procura crescente do público por espa-ços como os museus científicos. Com essa percepção, o Pólo de Inovação de Teófilo Otoni, com o apoio do Programa de Popula-rização da Ciência da Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior de Minas Gerais – SEC-TES, atuou no resgate do museu hoje conhecido como Parque da Ciência da uFVJM. Dessa manei-ra, em 2009, o acervo disposto em local até então provisório foi ampliado por meio dos recursos disponibilizados pela Fundação de Amparo à Pesquisa de Minas Gerais – FAPEMIG. Desde então, o Parque da Ciência foi encam-pado pela universidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri. O Parque tem possibilitado uma boa interlocução com edu-cação formal, através de visitas escolares e eventos de difusão

parque Da ciência recebenDo alunos Mirins no priMeiro Dia De vis itação

Msc. Magno barbosa Dias

Dr.Mauro lúcio Franco

CONhECIMENTO CIENTíFICO

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N ú C L E O I N T E R D I S C I P L I N A R D E P E S Q U I S A

E M C I ê N C I A E T E C N O LO G I A N O VA L E D O M U C U R I

INOVAÇÃO NA FABRICAÇÃO

DE PRODUTOS

O Núcleo Interdisciplinar de Pesquisa em Ciência e Tecno-logia - NPCTec, formado em 2010, no Instituto de Ciência e Tecnologia do Mucuri, em Teófilo Otoni, pertence à uni-versidade Federal dos Vales do Jequitinhonha e Mucuri – uFVJM. Suas atividades estão voltadas ao projeto, análise e otimização de processos de inovação tecnológica cujo foco é a investigação de soluções dos aspectos matemáticos e computacionais de problemas relacionados às diversas áreas das engenharias, assim como das ciências básicas – Física, Química, Matemática e biolo-gia.

Desenvolvimento e Caracte-rização de Novos Materiais Po-liméricos, Cerâmicos e Metáli-cos é uma das principais linhas de pesquisa do núcleo, pois privilegia a questão socioam-biental na região, ainda pouco explorada no local. A pesquisa engloba o desenvolvimento, a caracterização e a produção

de novos materiais poliméricos, cerâmi-cos e metálicos que possam ser obtidos a partir da utilização de matérias-primas pro-duzidas na região do Vale do Mucuri. um dos projetos em an-damento visa a apro-veitar o resíduo do processo de pedras preciosas na produ-ção de revestimentos, reduzindo, assim, o grande impacto am-biental causado pela disposição incorreta dos resíduos produzi-dos. Os materiais re-sultantes serão úteis na construção civil e no artesanato regio-nal.

Outra linha de pes-quisa que merece destaque é a Mode-lagem Computacional em Ciência e Tecnolo-gia, por visar ao de-

senvolvimento das pesquisas com foco no incremento tec-nológico e no valor agregado dos produtos agrícolas, pecuá-rios e indústrias da região, que atualmente possui baixíssimo grau tecnológico. O objetivo dos estudos é possibilitar a formação de profissionais, ge-rar conhecimento e produtos que contribuam para inovação tecnológica no Vale do Mucuri, por meio da efetiva coopera-ção entre docentes das áreas de engenharia, química, física, matemática e biologia. Atual-mente está em curso o desen-volvimento de um software que visa a determinar a quan-tidade de energia necessária para uma determinada opera-ção dentro do contexto da Lei de Eficiência Energética (Lei 10.295/2001). O lançamento do produto está previsto para o ano de 2014.

Espera-se que o avanço des-sas pesquisas contribua de for-ma significativa para melhorar a renda e conseqüentemente as condições de vida na região do Vale do Mucuri.

a professora Flaviana ta-vares vieira é Doutora em quí-mica pela uFMg e atualmente exerce o cargo de Diretora do instituto de ciência e tecnolo-gia do Mucuri / uFvJM

e-mail: [email protected]

o professor carlos Hen-rique alexandrino é Doutor em geofísica pelo observatório nacional e atualmente exerce o cargo de vice-Diretor do ins-tituto de ciência e tecnologia do Mucuri / uFvJM

e-mail:[email protected]

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Construir um robô, além de ser divertido, pode contribuir para o ensino, integrando vá-rias disciplinas como a mate-mática, a física, a química entre outras. Levar a ciência e a tec-nologia para sala de aula faci-lita a compreensão dos alunos e ajuda a desmitificar o assun-to. Dessa maneira, foi montado um grupo de pesquisa formado por estudantes de uma equipe multidisciplinar da uNIPAC – Te-ófilo Otoni. De acordo com a ta-refa específica elaborada pelo coordenador, os alunos produ-zem as montagens com o LEGO (brinquedo pedagógico em que há diversos tipos de possibili-dades de encaixes). São feitos testes dos modelos desenvol-vidos até atingir os objetivos propostos.

A robótica envolve um pro-cesso de motivação, colabora-ção, construção, desconstrução

e reconstrução. um processo que ultrapassa os limites da educação tradicional em que é possível utilizar brinquedos na elaboração de estratégias e desenvolvimento de progra-mas para o microprocessador Mindstorm. O processador Min-dstorm NxT é uma espécie de cérebro do Robô. As informa-ções são transmitidas para o “cérebro” por meio dos senso-res de toque, áudio, luz e ul-trassônico, que processa essas informações e envia o coman-do para os motores. Assim, são executadas as pequenas tare-fas como pegar um objeto, des-locar, entre outras.

Outra atividade do grupo de pesquisa é divulgar e treinar novos integrantes para o pro-jeto por meio de aulas de in-trodução nas quais o LEGO é apresentado como ferramenta para explicar o funcionamen-to dos motores, sensores e do microprocessador NTx. São mostrados o funcionamento da transmissão de dados do computador para o NTx e a ne-cessidade de instalar o Firmwa-re antes de fazer o download

do programa. O Firmware é o programa utilizado para fazer a transferência dos dados no NTx.

Em uma próxima etapa, o grupo pretende desenvolver um material didático para a introdução à robótica e folder para divulgar melhor os traba-lhos desenvolvidos.

A expectativa com esse pro-jeto, além de ajudar na apren-dizagem de disciplinas esco-lares, é permitir o domínio do conhecimento em automação por meio da robótica. Com isso, poderão constituir uma equipe

para participar de competições regionais e nacionais e, futura-mente, trabalhar com aeromo-delos.

bacharel em ciência da computação pela uMass – usa e Mestrado em ciência da computação pela uFMg, o pro-fessor ciro Meneses santos é coordenador dos cursos de sis-temas de informação e ciência da computação na unipac.

e-mail:[email protected]

ROBôS INVADEM A SALA DE AULA

P E S Q U I S A E N V O LV E A P O P U L A R I z AÇ ÃO DA C I ê N C I A E DA T E C N O LO G I A PA R A M E L h O R A R O E N S I N O

GRuPO DE ESTuDO E DESENVOLVIMENTO DE RObÓTICA

Ciro Meneses Santos

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A transmissão digital traz de imediato várias vantagens ao telespectador como uma ima-gem e som de alta qualidade, sem chuviscos e sombras e ainda recursos de zoom.

Fazendo uma comparação com aplicações que são exe-cutadas em computadores, o teclado e mouse são substitu-ídos pelo controle remoto do conversor digital, e, no lugar do monitor, a tela do televi-sor.

A interatividade permite que o telespectador, em sua casa, interfira diretamente na programação. Como na in-ternet, ele pode, em tempo real, participar de uma vo-tação, comprar um item que está sendo oferecido ou, até mesmo, opinar sobre algum assunto que está sendo abor-dado no programa a que está assistindo, por exemplo.

O middleware adotado pelo brasil para a utilização de aplicações para TV Digital foi o Ginga. Desenvolvido em parceria com a Pontifícia uni-versidade Católica do Rio de Janeiro (PuC - Rio) e a uni-versidade Federal da Paraíba (uFPb), o Ginga é capaz de executar aplicativos desenvol-vidos nas linguagens JAVA e NCL (Nested Context Model).

O desenvolvimento de apli-cações para a TV Digital é algo novo em nosso País ainda, havendo muitas dúvidas e temores quanto ao que essa tecnologia poderá agregar a nossa cultura. O desenvolvi-mento de aplicativos para a TV Digital brasileira é ainda incipiente, e os que existem suprem cada vez menos as necessidades dos usuários.

ESTUDO E DESENVOLVIMENTO DE APLICAÇÕES INTERATIVAS PARA A TV DIGITAL

Salim AouarSelem Afonso

Com base nesse cenário, o problema motivador desta pesquisa foi: Qual linguagem de programação poderá ser melhor utilizada para desen-volver aplicativos para a TV Digital que funcionarão no Ginga?

A pesquisa teve como obje-tivo principal estudar e imple-mentar uma aplicação para TV Digital utilizando a linguagem de programação que melhor funcionará no middleware Ginga e analisar em qual si-tuação de desenvolvimento a linguagem de programação é melhor indicada.

Empresas inovadoras po-dem se aproveitar desta nova tecnologia para alavancar, de uma vez por todas, a sua marca e, consequentemente, suas vendas e seus lucros. Dessa maneira, um estudo sobre essa tecnologia com o objetivo de gerar conhecimen-to tanto para os especialistas no assunto quanto para os usuários, mostrando-se como

APRESENTAÇÃO DA PESQuISA DE DESENVOLVIMENTO DE APL ICAÇõES INTERATIVAS PARA TV DIGITAL

uma grande oportunidade para a geração de bens e ser-viços no setor de TI.

salim aouar é gradu-ado em sistemas de informa-ção pela universidade vale do rio Doce e especialista em administração de redes linux pela universidade Federal de lavras – uFl. atualmente é

coordenador adjunto do cur-so de sistemas de informa-ção na Faculdades unificadas Doctum de teófilo otoni/Mg.

e –mail:[email protected]

selem afonso é alu-no do 8º período do curso de sistemas de informação na Faculdades unificadas Doc-tum de teófilo otoni/Mg .

e-mail:[email protected]

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Page 14: 1 Ed. Revista Polo de Inovação Teófilo Otoni

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Inovar e buscar a excelência nas práticas de gestão e nos serviços que presta à sociedade. Com esse objetivo, a Secretaria de Estado de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Sectes) se tornou pioneira na conquista do Prê-mio Mineiro da Qualidade — PMQ 2010, promovido pelo Instituto Qualidade Minas (IQM), que segue o Modelo de Excelência da Gestão (MEG) e as diretrizes da Fundação Nacional da Qualidade (FNQ). A premiação ocorreu no dia 9/11, no Teatro Sesiminas, em belo Horizonte.

A Sectes concorreu pela primeira vez e foi reconhecida como faixa prata ao lado de outras quatro organizações. Ao todo foram 13 empresas e instituições contempladas com o PMQ 2010, incluindo as da faixa ouro e bronze. Além de da categoria ouro, a u & M Mineração e Constru-ções S/A e o 4º Grupo de Artilharia Antiaérea receberam o troféu destaque pelas mãos da secretária de Estado de Planejamento e Gestão, Renata Vilhena, que representou o governador Antonio Anastasia, e pelo presidente do Conselho Superior do IQM, Petrônio Machado zica.

O prêmio da Sectes foi entregue pelo diretor da Sa-marco, Paulo José barros Rabelo ao secretário Alberto Portugal e ao secretário-adjunto Evaldo Vilela; ao chefe de gabinete Adaiton Vieira Pereira; à coordenadora da equipe de apoio à Gestão Estratégica, Christiane Correia e às superintendentes Déa Fonseca e Helga Andrade. O IQM ressaltou o ineditismo do prêmio de qualidade na gestão contemplando uma secretaria de Estado no brasil.

“CIêNCIA E TECNOLOGIA”

DE MINAS RECEBE RECONhECIMENTO

INÉDITO PELA QUALIDADE

Ao mesmo tempo reconhe-ceu os avanços da gestão pú-blica no governo de Minas, especialmente na Sectes que vem conquistando o respeito de diversos países com o seu modelo de desenvolvimento integrado por meio do Siste-ma Mineiro de Inovação.

O secretário Alberto Por-tugal manifestou gratidão a toda sua equipe pelo compro-metimento no trabalho para o desenvolvimento de Minas Gerais e pela disposição de inovar nas práticas de ges-tão a ponto de ser reconhe-cida. Para Portugal, o prêmio trouxe patamares superiores de desempenho nos indica-dores de ciência, tecnologia, inovação e ensino superior; melhoria do mapeamento dos processos principais e de apoio adotados pela Sectes; modelo de gestão alinhado às ferramentas de gestão e

secretário alberto Duque portugal e MeMbros Da sectes recebeM prêMio pMq / Foto: anDré souza

às estratégias descritas nos instrumen-tos de planejamento de médio e longo prazo do governo de Minas Gerais, en-tre outros avanços.

A secretária Renata Vilhena disse da importância da celebração ao mérito e que ele deve ser o meio para se atingir os objetivos de qualquer organização. Ela lembrou a verdadeira revolução na administração pública feita pelos gover-nos de Aécio Neves e Antonio Anastasia com ganhos muitos significativos para a sociedade mineira, obtendo reconhe-cimento internacional pelas medidas li-deradas pelo Choque de Gestão. Vilhena observou que o governo mineiro estará com o diálogo estreito com os poderes constituídos, com os municípios e com

a sociedade civil organizada a fim de continuar contribuindo para manter a chama acesa da cultura da eficiência e da qualidade. Finalizou dizendo da sa-tisfação do governo mineiro ao assistir à Secretaria de Estado de Ciência, Tec-nologia e Ensino Superior conquistan-do o reconhecimento pelos esforços de uma gestão eficiente e voltada para o desenvolvimento.

Fonte: Matéria fornecida pela sectes - publicação Mensal - ano iii - no 19 - novembro/2010

NA GESTÃO

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SECrETArIA DE ESTADo DE CIÊNCIA, TECNoloGIA E ENSINo SUPErIor DE MINAS GErAIS - SECTES

Alberto Duque Portugalsecretário - secretaria de estado de ciência, tecnologia e ensino superior - sectes

Déa Maria Fonseca

superintendente - superintendência de Desenvolvimento científico e tecnológico – sDct

Hilton Manoel Dias ribeiro

coordenador do polo de inovação de teófilo otoni

oade Andrade

agente teia membro da equipe do polo de inovação de teófilo otoni

bruno Dias bento

Membro da equipe do polo de inovação de teófilo otoni

Michelle Freitas

Membro da equipe do polo de inovação de teófilo otoni

Selma Metzker

Membro da equipe do polo de inovação de teófilo otoni