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Rfigina 2 Sexta-feira, 29 de abril de 1949 O GLOBO SPORTIVO

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PANORAMA DE PACAEMBU

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»JP«igjPm|^ít_ — '^'"'jr^ ^_W_________\^^^______^^^^r^^^J ^^^Êk.mmmmtm^^ÊÊÊ^M *¦ J; ^^ 2^^K^^0 ' '

O match Uruguai x Colomlwa. vendo-Se Ojeda em açae

Cíutierrcz. da Bolívia, faz a defesa, acossado P«l«s avantes do equador

S. PAULO, abril _ (De P. Frank — Especial para O GLOBO SPORTIVO) — Andoumal & C.B.D. em desistir da realização dos Jo^os da sesia rodada do Sul-Americano, cmCampinas; andaram mal, também, os uruguaos, que foram a causa dessa decisão, na espe-rança de que, no Pacaembu. contariam com o apoio da torcida paulista, que vn haviarn m-centivado no prelio contra c« paraguaios. O resultado não poderia ser outro: o grande es-ladio vasdo, com retiuzida assistência a suportar os dois Jogos e, no ultimo 'match

^ a

aplaudir as colombianos, que Jogaram com incrível falta de sorte contra os uruguaios Kmsuma- a C B D. deioxu de apurar uma boa renda em Campinas e os rapazes da RepublicaOriental não contaram com a torcida bandeirante, que. desta ves, evidenciou suas simpa-

lias aos colombianos.100% POBRE

A "rodada-* íoi das mais desinteressantes: 100% pobre. A renda — a immur do certame_ atingiu apenas a Cr$ 40.509,00. E os dois.tcgos — Bolivia x Equador e Uruguai x Col«-m

bla — completamente destituídos de atrativos. O entusiasmo dos contendores —• que¦ se esperava paru compensar a ausência de melhores recursos técnicos —- náo chegou para disfarçar afalta de colorido dos dois jogos, que se caracterizaram por enervante monotonia, quebra o a

apenas no final do embate entre uruguaios e c oiombianos. quando a diminuta assistência

pasaõu a incentivar os segundos ante a possibilidade de uma inesperada derrota dos uru-i-uaiov

VITORIA DA BOB1VIAO "lanterna- do campeonato — o Equador — teve atuação surpreendente ante os bo-

liviaiie* oue ganharam por 2 a 0, mala pelo trabalho do seu arqueiro Arraya do que pe-aprodução elo conjunto. Os bolivianos apresentaram um padrão de jogo mais movimentado e

mais vistoso mas não suplantaram ern entusiasmo os equatorianos, que fizeram alarde cie

seu ardor Na primeira fase houve equilíbrio territorial, não obstante o placard assinalar a

tentar para O "onze" da Bolivia. Na fa.se íl nal o Equador Jopou melhor - w e que se pode• di«V aSm - exercendo ampla vantagem de campo sobre o adversário O arqueiro boliviano

a sorte meumbiram-se de garanto o placarei, vencendo, assim, a.Bolivia. por 2 a 0.

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CARTEIRASSOCIAES

apesarde U?rem as equatorianos perdido nada menos que 5 excelentes oportuiiidade-i para marcar.

Com jogadores rio outra classe seriam 5 tentos^.^O AZAR DA COLÔMBIA

Dentre- de seu padrão técnico, os uruguaios exerceram alguma vantagem sobre os colom-biii.ov nut também escaparam a um revés exi-Jusivamente devido ã falta de sorte dos adver-swiOÉ

' Um erro do juiz Malcher contribuiu.também, para salvar os uruguaios de um ou-

Uro anulando um tento legitimo de Garcia, que se destacou particularmente entre os 22 jo-gaik»res em campo, sauuio no agrado da torcida, tanto pelos erros que praticou quanto pe-Ia boa vontade que demonstrou. Os uruguaios pretende- <-ram impoi-se pela teemea — já que jogam um footballmais categorizado — mas por pouco náo foram suplan-tados pelo entusiasmo dos colombianos, que sempre es-Uveram em vantagem no marcador No primeiro tempo,Castelbondo abriu a contagem aos 25 minutos» c. aos 36minutos, surgiu nova oportunidade para os colombianos.Simon praticou toque dentro da área e o penalty foicobrada por Garcia, que bancou o "pixote". chutandofora. Na fase tmal, os uruguaios empataram aas 13 mi-mitos eMartinez). veriílcando-se. 7 minutos após» novotento da Colômbia mareado por Garcia que assim sepenitenciava do erro anterior — mas que Malcher anulou.K- te- fato — que provocou vaias da torcida ao juiz — deucerta animação ao jogo, que transcorreu mais movimen-tado nos últimas 20 minutos, quando a Colômbia de-«•mpatou aos 31 minute»? iRubio) e o Uruguai voltou aem|>atar. aos 37 minutos lAyaiai.

RESUMO

6.» RODADA — PACAEMBUURUGUAI (21 x COLX3MB1A (Z)

TENTOS DE: Castelbondo. Martinez, Gonzalez Rubioe Av;•.;..

PRIMEIRO TEMPO: Colômbia <1> x Uruguai (0).Tí^íTO DE: Castelbondo.

QUADROSURUGUAI: Ariaavalo: Gonzalez e Gadea; Vilareal,

Roberto Garcia e Simon Parcia; José Garcia, Moreno(MolU, Castanq «Ayala» Bitencourt e Soares (Martinez).

COLÔMBIA: OJedá: Pícalua eMejias) e Marriaga-tPiealua): Castelbondo, Guerra e Gutierrex: Garcia. Lan-caíster de Leon (Apressai. Peres coonzalez Rubio>, Ver-duro e Arturo.

JUIZ: Alberto Gama Malcher — péssimo.BOLTVIA (3> x EQUADOR (0)

TENTOS DE. Sancheí-. (contra) e Ugarte (penalty)-1.» TEMPO: Bolivsa »2i x Equador (01.

QUADROSBOUVL\: Arraya; Acha c Bustamante; Cabrera,

Valenxía e Ferrei; Algaranaz. Ugarte. Mena GutitT-rez eGodói eTapia).

EQUADOR. Toxrez. Andrade e Siuichez: Rivero, Vas-quês iCastro) e Vargas: Spencer cCanto). Canto (Gar-nica). Gimenez, Maldonado (Andrade) e Pozo.

JUIZ: Mario CiartíeM (fraco).RENDA: 40.509,00

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 29 de abril de 1949

"-; rva

Página 3

MARIO FILHO

lOS ATOS VARIADOS DO FOOTBALL/Se

eu soubesse não teria ido a Álvaro Chaves:teria Ido para a Estrada do Norte. Não 6 todo

dia que se vê uma coisa daquelas. Também eu não

podia adivinhar, nem eu nem ninguém. Por issoas arquibancadas do Bonsucesso não ficaram vesti-das de gente. O torcedor tinha o direito de dar um

pulo lá derttro e voltar sem ouvir a brincadeira dcmau gosto de "quem vai ao vento perde o assento".O lugar junto da grade continuava vazio. E haviaoutros lugares vazios, uma porção de lugares va-zios. Vejam como são as coisas. De vez em quandohá uma surpresazlnha lá no Estrada do Norte. Ocampo do Bonsucesso tem um ar assim de quintalde casa de família. Se as galinhas invadissem ogramado, todo mundo acharia natural. Uma vez,em meio de um match, um bode — era o bode doBaiano — entrou pela porta da frente, encontrou ocaminho do campo, foi comer capim. O bode nãotomou conhecimento do match. Quase sempre eleencontrava vinte e dois jogadores correndo atrásde uma bola, estava habituado a football. PereiraPeixoto parou o jogo, foi botar o bode para forade campo.

t% O bode não foi assim sem mais nem menos.£> Pereira Peixoto segurou-lhe o chifre, o bodebaixou a cabeça, ameaçou de Ir para cima de Pe-reira Peixoto, imaginem só. Pereira teve que cor-rer, o bode atrás dele. O torcedor dobrou-se detanto rir. Quá, quá, quá. E Pereira Peixoto escon-de-se atrás da cerca, o bode olhando para ele decavanhaque empinado. Velo a policia, o bode fln-cou as patas no chão. Durante alguns minutos todomundo se divertiu, até Pereira Peixoto. O campodo Bonsucesso transformara-se em recreio de co-legio. Infelizmente apareceu um garoto, não sei o

que do Baiano. O Vieira tinha mandado buscar ogaroto em casa. "Diga ao Chico que o bode estáaqui, que o bode não quer ir embora". O Chico cs-talou a língua, chamou o bode pelo nome, o bodenem conversou; acompanhou o garoto, muita gentefoi levá-lo até o portão. Como o bode tinha Idoembora, Pereira Peixoto podia apitar. E PereiraPeixoto tentou apitar, uma, duas vezes. O som doapito partia-se como uma gargalhada, a gargalhadada gaita do Ary Barroso quando o Flamengo mar-ca um goal.

O Pode-se dizer que o bode não tem nada que** ver com a historia da bola. Eu apenas quismostrar que tais coisas só podem suceder lá naEstrada do Norte. Em Bangú, agora eu me lembro,aconteoeu algo parecido. Foi em um jogo Bangúe Madureira. Antes de o match começar, Jucá re-parou que a bola era de criança. Guilherme Pastorpediu que Jucá esperasse um Instante, saiu corren-do, voltou pouco depois com um recibo. O reciboda Superball dava o número da bola: número cin*co. Juntou gente. "Olhe o recibo, seu Jucá" —disse Guilherme Pastor. "O recibo está certo" —respondeu Jucá. O recibo estava certo, a bola nãoestava. Aniceto Moscoso, então, sugeriu: "Eu man-do correndo buscar uma bola lá em Madureira. O"ohauffeur" pisa, dentro de quarenta minutos estáde volta". Quarenta minutos? A multidão começoua reclamar: "Está na hora, bota o bacalhau p'rafora". Jucá não hesitou mais. A bola era pequena,nâo fazia mal. Se fosse pequena para um só, vá lá.Mas a bola era pequena para os dois. E com umpouco o jogo começou.A A principio não aconteceu nada. Jucá até se* esqueceu do tamanho d« bola. Em um dado

momento, porem, o Madurelra fez um goal. Nãopodia haver dúvida. A bola passou à meia altura,bem no centro dos três paus. Jucá apontou parao centro do campo, os jogadores do Bangú protes-taram. A bola tinha atravessado as redes, Jucá fl-cara até espantado com a violência do chute, todomundo pensando que a bola tinha furado ns redes.Pois a bola não tinha furado rede nenhuma. "Ve-nha ver a rede, seu Jucá" — pediram os jogadoresdo Bangú. Jucá foi, procurou um buraco, uma ma-lha partida, de cima abaixo, e nada. Jucá cocou acabeça. Eu, pensou ele enquanto cocava a cabeça,marquei goal, tenho de agüentar firma. "Seu Jucá,o senhor não vai fazer uma injustiça, vai?" — per-guntavam os jogadores do Bangú. Jucá, então, atéhoje ele não sabe como teve a Idéia, foi um estalona cabeça, mandou buscar a bola. Se a bola tinhapassado uma vez pelas redes, passaria outra vez.E toca o Jucá a procurar o lugar por onde a bolapassara. Aqui não foi, nem aqui, tampouco aqui.Finalmente a bola atravessou uma malha mais lar-iJ.' Jucá suspirou de alivio e apontou de novo parao meio do campo.

C? É sempre assim: uns têm muito, outros têm*** pouco, que se vai fazer? Eu, uma vez, vi oFlamengo arrumar mais de dez bolas junto da mesado cronometrista, lá na Gávea. E não fui só euquem viu. Havia gente pendurada nos postes, noplacard, no telhado da garage do Flamengo, era oFla-Flu da Lagoa. O Fluminense fizera dois go.ils

IDA PRIMEIRA F I LA

de entrada, parecia que o Fluminense Já tinha le-vantado o campeonato. Ai o Flamengo marca umgoal, começa a fazer força, e quando faltavam seteminutos para o jogo acabar o Flamengo põe umdois no placard no lado do dois do Fluminense.Tudo mudou de repente. O Flamengo não queriasair mais do campo do Fluminense, Renganeschientão deu para atirar bolas na lagoa. Em um Ins-tante os remadores do Flamengo botaram mela du-zia de barcos na lagoa. Uma bola caia nagun, osremos faziam tchoc, tchoc. Com um pouco a bolavoltava, toda molhada.

S? Não bastava, porem, enfllclrar barcos Junto àO rampa. Flavio foi buscar bolas novas e velhas,

esvaziou o depósito de bolas. Uma bola caia nn

lagoa, era só mandar outra para dentro do campo.

Renganeschi não desanimou logo. Nem ele, nem

Afonsinho .nem Machado. A ordem era bola na

lagoa, e pronto. As vezes a bola ainda nem desa-

parecera por trás das gerais, lá vinha outra. Tanta

bola tinha dc atrapalhar um bocado. E de uma

feita Batatais foi perguntar a Jucá, antes do tiro

de meta, qual era a bola. Havia uma bola no chão,

outra nas mãos de Batatais e outra nas mãos de

Machado Jucá respondeu qualquer uma. Batatais,

porem, julgou-se no direito de escolher. Primeiro

ele apertou entre as mãos uma bola, com ar dc

quem não quer comprar laranjas amassadas, ba-

lançou a cabeça, atirou a bola atrás do goal. foi

ver se a outra servia. A terceira também não ser-

via Batatais voltou à primeira bola, passou de

novo a mão pela segunda, Jucá fez sinal ao crono-

metrista. Enquanto Batatais estivesse escolhendo

uma bola o cronometrista náo tomaria conheclmen-to do tempo.

7 0 Bonsucesso náo pode, como um Flamengo,

um Fluminense, um Vasco ou um Botafogo,

fazer coleção de bolas. E verdade que o Bonsucesso

devia estar mais do que prevenido. De quando em

quando um vizinho resolve ficar com a bola. Há

tanta casa em volta que não se sabe direito se a

bola caiu no quintal do seu fulano ou do seu si-

crano. E depois sempre passa gente pela rua, gen-te de todo jeito e feltio. Esconder uma bola é facll,

sair correndo com ela, mais facll ainda. O Boubu-

cesso, ainda por cima, não dã uma arquibancada a

quem acha a bola. Só diz obrigado. Obrigado náo

basta, evidentemente não basta. O Botafogo, du-

rante bastante tempo, teve apenas um muro e uma

cerca dc arame alta, separando o campo da rua

General Severiano. Um chute mais forte através-

sava o muro, pulava a cerca de arame, fazia a bola

cair na rua. Pois havia garoto assim na calçada à

espera da bola. Quem a agarrasse primeiro tinha

o direito de assistir ao Jogo.

FONTE DE LUCROSE FATOR DE BEM-ESTAR DO POVODE FABRICANTES DE REFR1GE-RANTES À INDUSTRIA PESADA,

TODOS SÃO BENEFICIADOSPELO SPORT.

Q Tanto que náo se via a bola voltar pelo muro.O a bola voltava pelo portão da frente, o por-teiro deixava o garoto entrar, não perguntava pelobilhete da arquibancada. O Bonsucesso não quisfazer nada disso, achando que os garotos — quan-do garotos sonham com uma bola número clncp,

não precisa ser muito nova, baBta ser número cin-

co —- têm obrigação de dar a bola de volta. De

quem é a bola? pergunta o Bonsucesso. A bola

não é do garoto que a achou no quintal de casa,

que a viu pulando no melo da rua, é do Bonsucesso,

que teni o recibo dela, tudo em ordem. Por Isso as

bolas estão custando a voltar. Náo é de hoje queos garotos ficam com as bolas do Bonsucesso parafundar um clube. Eu me lembro — a recordaçãosurgiu agorlnha mesmo — que quase, quase vi um

match não acabar por falta de bola, lá na Estrada

do Norte. Foi em um Flamengo e Madureira. Logo

de entrada Isaias deu uma cortada, Domingos qua-se caiu. Goal do Madureira. Jogo dificil, o Fia-

mengo quase perdeu, o" Flamengo acabaria perden-do se não fosse a bola.

f\ O placard mostrava um dois ao lado do nome

*1 do Madureira, um um ao lado do nome do Fia-

mengo, Leònidas descompunha Jorge de cinco em

cinco minutos. E o match está acaba não acaba, o

Madureira atacando, parecia que o Madureira ti-

nha comido espinafre, e uma bola sobe, vai cair em

um quintal. Havia outra bola, velha, cansada de

pontapé. Domingos disse que ela não servia. Do-

mingos disse e acabou-se. O Bonsucesso foi de

casa em casa, perguntando se uma bola tinha cai-

do no quintal. Enquanto Isso o Madureira esfriou.

Quando o Bonsucesso encontrou a bola — um ga-roto ficara chorando, o pai batera no peito, pro-clamando que "era pobre, mas honesto" — o Ma-

dureira não era o mesmo. Começa o jogo de novo,

Jorge faz um goal, olha para Leònidas, fecha os

punhos, eu pensei que Jorge ia dar um soco emLeònidas, Jorge, porem, pensou melhor, abriu osbraços, deixou que Leònidas descansasse a cabeçano peito dele Tudo acabou bem. Flamengo dois,Madureira dois, ninguém tinha razão de queixa.

(Conclue na nae. 1''

us especialistas niais conceituados no assunto calculamque as despesas anuais que se fazem nos Estados Unidos cmtoda espécie de esportes, inclusive o que têm que pagaras pessoas que participam dc niotlo ativo nos jogos cas que |nfluem a presenciá-los, subiram para um total que fica en-tre tres o quatro milhões de dólares em 1946, o dizem que o Ibem possível que no ano recem-passado tenham subido paracinco milhões.

K* deveras respeitável a verba que é preciso gastar parufornecer ns elementos característicos de que desfrutam os quetomam parte nos atos esportivos e o público que atraem.Entre esses elementos figuram não só centenas tle estádios,cm que se joga o futebol o o beisebol;, milhares tle salões dejogo de qullhas, campos tle golfo e tle tênis, hipódromos, etc.,mas lambem coisas tais como alvos para a pontaria, docaspara iates c botes de regatas, e outros por estilo.

Mas sendo, como são tão grandes, as somas dc dinheiroque tudo isso representa, são ainda maiores as que os espor-listas Individualmente gastam na* aquisição tle roupas c pe-trechos de toda ordem. Está calculado, por exemplo, que o

tine gastam por ano na aquisição de botes dc regata, só porsi constitui um total tle seis milhões de dólares, e a Isto h

preciso acrescentar os milhares de milhões dc dólares querepresentam no conjunto as anuas de fogo, o equipamento de

pesca, o do golfe, as bolas com que se derrubam as quilhas,no jogo do mesmo nome, os esquis e seu complemento, oa

atavios tle beisebol, futebol e basquetebol, os patins, etc. K

é preciso acrescentar também o que custam os cavalos de

corridas, os iates de regatas, os automóveis, as motocicleta*,

etc, c que provavelmente se aproxima de verba de dez ml-

lhões de dólares.Mas vai ainda muito mais longe a Influencia dos espor-

tes na economia nacional visto cia se fazer sentir em bom nú-

mero de industrias c ramos tle comercio. Por exemplo, a maio-

ria tios caçadores c pescadores têm que percorrer distancias

consideráveis para ir ter aos lugares onde se dedicam ao eicer-

cicio dc suas respectivas artes, e é por esse motivo que tanto

as fábricas de armas dc fogo como as de munições, as tte

equipamento dc pesca c as da construção de botes, as em-

presas ferroviárias, as dc automóveis, as aeronáuticas e mui-

tas industrias intimamente relacionadas com o transporto,

obtêm, lucros muito consideráveis da atividade dos csportto-

tas. Em condições normais precisam-se anualmente nos Ks-

tados Unidos, para a fabricação de fusis, espingardas e pi»-tolas, para a caça e para o tiro ao alvo, umas 25.000 tonela-

das de aço, alem de grande quantidade de cobre c dc chumbo.Os jogadores de golfe, os de quilhas, os de tênis, os patl-

nadores e os que se consagram a tais ou quais outras ativl-datles esportivas, necessitam de roupas especiais, o que co«-

tribue dc modo notável ao movimento de vendas da insdus-tria de Ilação e tecelagem, bem como à tio calçado. Segundoo Departamento do Comercio, no ano ante-passado a vendade calçado de esporte para mulheres, neste pais atingiu •valor de 265.000.000 tle dólares, ou seja um aumento de 1*

por cento sobre 1945.Pelos dados que o departamento em questão publicou,

vê-se que somente os amadores da natação somam hoje nes-te país entre 50 e (50 milhões em vez dc 45 milhões que che-

(aram a somar, ao máximo antes da guerra. Nos anos an-teriores á guerra vendiam-se anualmente cerca de 15.000.000dc fatos de banho, mas no que diz respeito ao ano de 1947,calcula-se que devem ter-se vendido entre 17 e 1B milhõesdesses maios. O custo do vestiário especial para os patina-dores dc esquis, é dc cerca de 50 dólares. Ora o número detais esportistas neste país está calculado em nada menos de3.000.000, e há quem afirme que se aproxima muito mais dos10.000.000, figurando entre eles muitos principiantes.

A venda de alimentos, cervejas, gasosas e outras bebi-das refrescantes, amendoim, milho, pipoca e doces, recebe,naturalmente um impulso considerável com os espetáculosesportivos a que aflue grande número de espectadores. Atéos próprios cofres do governo saem lucrando com os espor-tes, em virtude dos impostos sobre os bilhetes tle entrada aosespetáculos públicos, e das licenças que é preciso obter paracaçar e pescar. A venda dc livros sobre os csp«»rtes, segundo

(Conclue na pac. 15)

. - -

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Página 4 $#xf oleiro, 29 de abril de 194* O CiOBO SPOKTIVO

I N E D I T €^^^S-MBR^^I» tf ^*g|^""**"*.'"* £2 '¦*» f J^^

DEPOIS D€ 6 JOGOS, A VTTORIA POR 4

PENALTIES CONTRA 3

lilST SPOKTIVOOlhos atentos e resolvam que

apetrécho «-sportlvo segura estesportman:

a) Protetor dc «s^rimali) Luva «lc baschallc) Luva dc boxd) Joelhelra.

(Solução na páfc. dupla.)

Na manhã de segunda-feira- decidiu-se íi-nalmentc o titulo de Campeão Catarinense deFutebol, entre o Paula Ramos e América, quepara isso. disputaram nada menos de 6 jogos.Esta flrialísslma então, marcou um íato talvezinédito na história do futebol catarinense na-cional. pois Iniciada no domingo, foi suspensapor falta de iluminação no campo, ficando com-binado para a manhã de segunda-feira a con-tinuação até a decisão íinal. Na parte disputadano domingo, registou-se o empate de 1 tento. Ena prorrogação de segunda-feira, continuava oempate. Foi então decidido, a exemplo dos tor-nclos, na capital da República, que cada quadroexecutaria 5 penalties. E então, o América con-seguiu transformar 4 em tcnto6. enquanto oPaula Ramos ficou cm 3. O campeão estadualé da cidade de Joinvile e a sua constituição ea seguinte:

AMERICA: Rui; Currahe e Henrique; Vlco— Piazero e Teió; Euclides — Zabot — Zequi-nha Badeco e René.

Mário Viana, apitou os 4 últimos jogos, sen-do em geral a sua atuação considerada boa. Avitória do clube joinvilense foi Justa, em faceda regularidade do seu desempenho em todo ocertame.

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SORRIA!

HA' 15 ANOSM*. SPORTS EM TODO 0 MUNDOiflorrAbril, 15: O Fluminense vriu-e o

Sfto Ciistováo por 3 a 1 nu Figueira«lc Melo, — Movimento tle apo-.t.isno .iwin-v Club, Cri :í'.:7.íiso.o(iu oo —Declara Itu.ssti, cita VaJtCOi "A ttUltpon-sáo .Ir um Jogador mi atinei- ao rltil»".— Solon tÜbeiro, árMtro da pelejaInxnca x Flamengo, c arusailu por(Ilretorea dos rubros de ter persegui-(Io os JoKtulorrs «rgentinciH. — MarieLenk, etn Sito Paulo, estabeleceu oo-vo reeord iiul-amerioano para os ~oometroH nado livre, rotn 3'21 .1 fi. —Em Madrld, mim match «le rugby,on espanholo ganham do* portuguê-s«*k do 14 a 0. — No campeonato sal-americano dr ba*ketb»ll, rtn titicnoaAires, uh brasileiros perderam para ouargentinos por .11x17. — 18: Solon Kl-beiro anuncia que irá «o Judiciário pa-ra •¦<¦ defender da» acusações do Ame-rica. — E' fundada a Federação lira-«U-ir* de Basketball.

1H7H^...ÇH* 10 AMOS N

BtJaJÜ—rll, 15: Diretores do Boca Júnior*

de Buenos Aires aconselham a Gan-dulu e Kmeal a fugirem do Rio. —E o Almugro nega o passe tle Orai noFlamengo, exigindo luvas, — Anun-cJa-se que as melhores nadadoras dl-namarquesa.s vtrfto ao Brasil. — 16 :O Flamengo vence u Botafogo portal. Goals de Leònidas, Jarbas,Oonaalet e Sn. Do Botafogo, Pates-It,). — o Vasco derrota o Bangú, comdificuldade, por 3 a 0. — E o Bonsu-cesso ganha do América por 2 a 0. —Monsieur Rimet, presidente da FIFA,assiste no Jogo Flamengo x Botafogo.— 18 : Jack Roger, favorito das es-trelns tio cinema", e posto a knock-out por Joo Louis no primeiro roundde uniu luta em Los Angeles. — Ha-Ins Peter, técnico de natação húngaro,chega no Rio disposto A prestar seuconcurso a um clube carioca. — 19 :Os brasileiros estréiam no sul-umerl-cano tle basket, vencendo os peruanospor 32 a 25. —- 20 : Arlza, voltando iiatividade, treina no Botafogo. Gala-teo, jogador argentino, ingressa no S.C. Buin. — 20 : Os basketballors bra-tetros vem cm o.s chilenos

O GAVIÃODepois de dois anos nas Forcas Aéreas.

Chnrlic Black regressou à Universidade deKansas. reeneetando sua brilhante carreiraesportiva, como astro do basquetebol. Km1912. jã era ele "scratchman" efetivo, noselecionado norte-americano. K muito ates-ta seu valor o fato de estar sempre pre-sente, onde se alinharam Ralph Miller,Fred Prallc, Howard Kngleman. Ray KbUnge outros eminentes basqueteballeres.

Black possui espantoso controle da pc-lota. Nos momentos mais difieeis. jogandocontra adversários perigosos, sua calmachega ao extremo de rebater c atirar comuma só mão. Raramente utiliza das duasmãos. quer seja para atirar, ou passar. l'mde seus truques favoritos resume-se em tirar a bola. atirando a para o campo adversário. quando esta procura a cesta de seulado. em posição que todos consideram ine-vitável o tento!

Seus passos largos c espantosa elaatt-cidades com que se movimenta dentro <iaquadra, deram-lhe o apelido dc "Gavião".Antes de retressar ao colégio, foram ceie-bres seus vôos de reconhecimento, comopiloto das Forcas Aéreas, cm numero de51.

EM DRKSC1A. Itália, na corrida automobilística dc "Mil milhas", Biondcttinuma "Ferrari" dc 2000 cc. percorreu os 1.600 quilômetros do circuito em 12horas. 7 minutos e 5 segundos, alcançando o primeiro lugar; o segundo lugarcoube a Roll-Righicno numa "Alfa Romeo" de 2-500 cc.

NO CAIRO, foi a seguinte a classificação final da prova individual de sa-bre do Campeonato Mundial de Esgrima: l.°> Dare. Italiano; 2.°) Pallerini, ita-linito: 3.°) Stagnl. italiano; 4.°) Pinton. italiano: 5.°) Parent e Levasseur, fran-ceses (empatados»; 6.°) Abou Chadi, egípcio e 7,ü) Nostini. italiana

EM DUBLIN, a Bélgica derrotou a Irlanda por 2 a 0. numa partida delutebol realizada nesta capital. Esse é o primeiro "match" disputado entre a»

duas nações, desde 1934L

j9 A B £ m— Bm que país se originou o Do-

mino?— E o arremesso do martelo?— Qual é a idade de Dempsey?

50 anos. 53. 58. 61?— Quantos cavalos é permitido ao

jogador usar, numa partida depolo?

— Quantos goals marcou Caxambújogando contra o Independten-te. em Buenos Aires?

(Respostas na pág. dupla)

EM PARIS, o Grande Prêmio Atttomo-bilistico de Paris, disputado em Monthsrey,foi conquistado pelo francês Phllipps Eta-celin. com a média horária de 150 quilo-metros.

EM DAYTON BEACII, Brenda Helservenceu a corrida de 220 jardas, nado U"vre. no Campeonato Feminino de Natação,que lá se realiza. Na prova de 100 jardas.bracada. uma nova campeã foi coroada:Marge Hulton, de 19 anos, que pertenc*ao mesmo clube. Atlantic City, do que J«>*Verdeur.

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O COACH. — Aproveitarambem as férias, hem?

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M CABELOS BRANCOS

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|U5A-5ECDf1D LOCÀC¦; _. ¦ ^^ysMwgwspwjgjBjy' - *~"''-"fusas.

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j GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 29 de abril de 1949 Página 5

€ JUIZ C* JLLG4DC.•

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MR. BARRICK - BRASIL (7) X PERU' (1) JMr. Barrick pode ser apontado como um

dos causadores dos incidentes. Se tivesse <*X"cluido Jair e Calunga na troca de pontapésaos 21 minutos evitaria que as brigas tomas-sem o caráter grave do final do tempo, —(O GLOBO).

Mr. Barrick foi o juiz. Não viu a "sujei-rlnha" de Jair. mas. puniu multo bem as ou-trás. No goal de Orlando, quo o.s peruanos,naturalmente enervados pelo placard rocia-niaram ele foi. a nosso ver, preciso. — CANOITE).

—o—Mr. Barrick, que nunca viu um sul-ame-

rlcano. e está acostumado a coisas tranqui-Ias, deve ter ficado pasmado. Aquela arremetida de Jair, talvez merecesse maior energiade sua senhoria, pois foi visível a todos, cmresposta a um foul violento. Vã lá. Mas sua

senhoria contemporizou... — (FOLHA CA-KIOCA).

—o—Desapontou-nos o juiz Barrick ao tolerar

o jÔgo violento nos primeiras minutos de jogoA sua fleugma foi uni estímulo à violência.Depois, entretanto, compreendeu quo ora pre-ciso pulso forte no jogo. Já era uni tanto tar-de. porém, porque as peruanos haviam toma-do gosto pela violência e encontraram corres-pondêncla em seu reprovável desempenho,— (DIAKIO DE NOTICIAS).

—o—"Mister" Barrick. que baixou gravemente

no nosso conceito, nlvelando-sc aos Maciase aos Valcntinis, a ponto de poder ser apon-tado como o verdadeiro responsável por tô-das as Irregularidades que vieram dar ao jo-go aquele tenebroso colorido "sul-americano"que era ainda desconhecido, até ontem, «tuSão Januário... — (DIÁRIO DA NOITE).

I »o o °° Xr^"^

CONVERSA DE RECORTES

A MARCHA DO TEMPOE' pouco o tempo decorri-

do, nada mais de vinte anos,mas fica-se sem acreditarque em algum tempo as jo-vens elegantes cariocas quejogavam tênis se cobrissemde tanto pano, até mesmode chapéu, para a prática doesporte que exige leveza eagilidade. Não foi em 1849.somente em 1919. Não serádemais classificar estas fotosna coleção do "Ainda que pa-reça incrível" do esporte.

VARGAS NETO — Assisti, desolado, o Jo-go entre as seleções do Brasil e do Peru. Omatch não começou mal. Os peruanos com-binavam bem. jogavam rápido, coro bons dri-blings. deslocamentos hábeis, bom controlede bola e velocidade nos avanços». A equipedo Brasil observava apenas o adversário. Saiujogando um tanto morosamente, como quemnão está com pressa de chegar ao fim Po-de-se até dizer que estava uma partida bonita!

GERALDO ROMUALDO — Pode-se asse-gurar que os primeiros oito minutos foramdos peruanas, noventa por cento deles. Real-mente, o público aplaudiu. Impressionadocom aqueles lances exatos. Aliás, estava expll-cado: enquanto as "lncas" mandavam no jogo e manobravam com segurança dentro deum arremedo de diagonal a equipo nacional"no Ia via" — não encontrava forma cie Io-cal tear a pelota.

MARIO FILHO — Os Incidentes surgiramdepois que a vitória ampla do Brasil se ***anunciar. Mão t"e esqueço que o primeirogolpe foi vibrado !>or Jair, mas também naome esqueço que vários jogadores peruanos fi-/.eram tudo para serem expulsos. Principal-mente o center-half Gonxalex que passouquase todo o jogo a deseompor Mr. Barrick.E* ligar uma coisa á outra. Aliás, o proceH-so é bastante conhecido. Muitos times quan-do se vêem perdidos recorrem a êle.

ARI BARROSO — E' doutrina do enfra-quecimento desleal de nosso selecionado,quando o honesto, o limpo, o digno seria •adversário procurar o requinte no Jogo, des-dobrar-se em entusiasmos, fazer a marcaçãorigidamente, mas nunca descer á agressãopremeditada e covarde.

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^V- -_ Ât—-_^^^^ ^^ss**1^ J^m 'I f .wsssJI ¦ ¦ ^ Ml——SSW—'"*¦*— •

CUIDADO, GLUTÕES!Ao que parece, é muito pouca a atenção que as pes-

soas prestam, em matéria de alimentação, ás calorias. •a investigação científica revela-no* que a gordura exce*-siva constitui um dos mais grave* problemas da saúde, se-gundo afirmou o Dr. A. May

1 \ oo Q oo tr~t*&>^'%.

DESISTI. ESTOU COM MEDO!

nard, diretor da Escola deNutrição da Universidade deCornell, na reunião que ee-lebrou aqui ultimamente aAssociação de Médicos e En-fermriras do Bepto. de Saú-de Pública do Estado de No-va Iorque.

Disse ele que as experiên-rias realizadas com animaisrevelaram que entre as ralaique se desenvolvem normal-mente e chegam à Idade ma-dura, aquelas em cuja ali-mentação se restringe o nu-mero de calorias vivem mui-to mais do que as que comemtudo quanto Ibes ape tece. Eque entre os animais sujei-tos á alimentação restrita nodecurso da experiência, nãose revelou nenhum tumor,até depois de se lhes ter per-mitido comer tudo quantoqueriam, enquanto que. en-tre os animais que desde ocomeço foram permitidos ali-mentar-se á vontade, revela-ram-se tumores numa idademuito mais temporã.

Acrescentou o Dr. May-nurd que. excetuando certoscasos especiais, como o dapobreza extrema, a causaprincipal do encurtamentoda vida é, na maioria doscasos, a alimentação exces-siva.

C A R T m ZEis a idade dos jogadores)

Vrasüelros que cm UYiZ v©u-leram a "Copa lUo Branco**tu Montevidéu: Vítor. 19inos; Domingos, 20; Itália.

£5 (o mais velho); Agrícola.19; Martim. ?A; Ivan. 1»;Valter. 1K (o mais novO>SGradim. U; Leônidas, 1» •Jarbas, 19.

—o—Centenas de anos antes d*

Jesus Cristo, os egípcios jájogavam bilhar- E há evl-dênclas de que as gregos400 anos A- C, praticavamesse jogo. Mas data de 18f>9

o impulso de popularidade que o bilhar tomou no mundo ln-telro. Disputou-se nesse ano. o primeiro torneio dos EB.LadosUnidos. Prêmio ao vencedor, resultante das apostas, 30 milcruzeiros.

Foi o Inglês James Gibb que inventou o "table-tennis".

1880. Mas só em 1890 foi posto o jogo á venda nas casas deartigos esportivos e de brinquedos.

—o—O afã dos russos de negar tudo quo não se enquadro na

mentalidade soviética é aqui exemplificado pelos ridículos co-mentários do conhecido jogador Internacional de xadrez mos-eovita Mihail Botvlnüc. que passamos a resumir: A escoiaburguesa de xadrez se esforça por reduzir esse jogo a umasimples perda de tempo e em transformar os jogadores omartesões- E' preciso por fim ao " formalismo" dos torneios e dara este jogo novo sentido- Proponho que se modiriquc as pe-ças que, no meu entender, apresentam um aspecto reaciona-rio. sobretudo as figuras dos reis e rainhas, e as torres, querecordam a odiosa época feudal".

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¦.Xir!

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DOMINGOS

Sexta-feira, 29 de abril de 1949

BILHETES DO LEITORCarlos Arêas,

orack eternoDA GUIAnum desenho

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leitor Mauro fíricío, de Vitoria —Espirito Santo.

AFONSO CELSO CARVALHO_ SETE LAGOAS — MINAS —D — Nos jogos oficiais de campe-onato, o Flamehg» tem 30 vitó-rias. o Fluminense 27 e já se re"misturam 30 empates entre: am-b0Sé 2) — O maior estádio d» niun-do é o que está sendo construídoaqui, no Rio de Janeiro. o E«-tádio Municipal, 3) Jair. 1) —

Rejeitados Os seus desenhos deAugusto e Riifaiu-lll.

A. ALFREDO SILVA — JUIZDE FORA — MINAS — 1) — OBotafogo foi vlco campeão nos se-pulules anos: 1908. junto com oAmérica; 1000 — 1013. junto como Flamengo; 1914. junto com oAmérica; HN8, Junto com o Ban-gu; 1039 -- 1942 - 1044, juntocom o Vasco; 1045; 1046 é 1047. 2)

o Botafogo foi campeão deamadores nos anos de 1910. 1030e 1932 (quando oa amadores la-ziuni d campeonato principal dacidade); em ií>33 e 1934 (já nacisuo provocada pela Implantaçãodo profissionalismo) e por últimotrl campeão em 1942 — 1943 —1944 com aquele Ume famoso emque figuraram Paulinho lovar —Otãvlo Afonslnho — Reno —Augusto — Cld — Mato Grosso

Boliviano — Hélio e outrosmais. 3) Rejeitado o seu de-senho coletivo da defesa vascaina:Barbosa - Augusto — Rafaueli

Eli Danilo e Jorge__o—

RUBRO -NEGRO — BELO HO-RIZONTE — MINAS — D Alemdo Brasil disputarão o turno fi-nul «ia Copa do Mundo, aqui. emnosso pais, mais quinta- times es-trangeiros. F.ntre estes contar-se-(o a Itália, obrigatoriamente elas-sificada pelo seu titulo de cam-peã de 1938. a Inglaterra — Franea — Espanha — Portugal — Ar-gentina Uruguai — México —Estados Unidos etc. 2) — Vamostransmitir aqui o seu apelo ao se-nhor Getúllo Pimenta, dr (;over-nador Valadares, para que esere-va para o senhor. Majj será quepara éle também o senhor deu opseudõhlmo de nibro-negro?

soro e os tentos foram marcadospor Heleno, Jaime e Vaisechl. noprimeiro tempo e Valter, Heleno.Jarbas e Genlnho no segundo. Es-te goal de Genlnho foi o que deucausa ã interrupção do jogo. poisos rubro-negros reclamaram quea bola tinha batido na trave, sementrar no goal. e não no ferrode dentro das redes como alega-va o juiz. 3> —¦ Rejeitado o seudesenho cie Heleno.

—o—ALBERTO PINHEIRO I E R-

NANDÈS — RIO DE JANEIRO —Os três jogadores que o senhornão reconheceu naquela fotogra-

fia do scratch brasileiro de 1945são o zagueiro BegHomlnJ (de pe)c o half Alfredo II e o extremaesquerda Jorginho (sentados).Quanto aos "paisanos" que o se-

ALBERTO ALVES — COPACA-BANA - Rio — 1) — No ano de1942 o Botafogo foi vice-campeáoda cidade. 2) — No rumoroso jô^go do returno de 1944 em que oFlamengo sentou em campo osdois quadros formaram assim: Botafogo: Ari — Laranjeiras e Laid-law — Ivan Papeti e Negrl-nhfio — Lula — Genlnho - Hele-no Vaisechl e Valter. Flamen-go: Jurandlr — Nilton e Quirl-no __ Biguá — Bria e Jaime —Nilo — Zizinho — Pirilo — Sanac Jarbas. O juiz foi o famoso Mos-

f/C ^f

ADEMIR — o grande atacantenacional — num desenho do leitorJosé Alfredo Calil, de Vitoria —Espirito Santo.nhor também n&o reconheceu sãoo juiz Mário Viana numa pontae o auxiliar Hcrmógenes na outra,de pé. E sentados estão ao centroo Sr. Lira Filho, chefe da delega-cão. Lula Vinhais, auxiliar tecni-co. e na ponta o Sr. Leite de Cas-tro. médico.

WEBER GOMES — JUIZ DEPORÁ — MINAS - - 1) — Os cam-peonatos mundiais de futebol fo-ram realizados em Montevidéu —1930; na Itália — 1934 e na Fran-ça 1938. 2) — O maior estádiodo mundo é o que está sendo cons-truído aqui no Rio de Janeiro, nosterrenos do antigo Derbi Clube.

JORGE SALIM FADEL — SAN-TOS DUMONT — MINAS — 1)

Alfredo o basquetballer que jo-gava pelo Vasco já se transferiupara o Flamengo. 2) — Martanosaiu do Bonsucesso para o Ban-gu. bem como o zagueiro Miguel-Quanto ao ponteiro T a m p inhacontinua no clube rubro-anil. 3)

Zizinho, no momento, é o nó-mero um da meia direita. 4) —Rejeitado o seu desenho de Lula-

URIEL RIBEIRO — S. LUIZdo maranhão - Rejeitados osdesenhos de Heleno, Lero. Canho-tinho e Tuta. A parte inferiordos rostos dos jogadores conti-miam deformadas: quadradas eel>ela.s como as dos boxeadores

—o—1VO P. BELCHIOR — VITORIA

— ESP. SANTO _ 1) — O chamado "Sitio da Ferradura" ficano quilômetro 22 da estrada Rio-São Paulo. 2) — E' grande o nu-mero de técnicos que passarampelo Fluminense e não temos a lis-ta completa. Mas entre os últimoscontam se Ondino Viera — (irni-tll Cardoso — Velasquet — Cario-magno — Cabelli etc. 3) -- l>c1930 até o campeonato passado de1948. foram disputados 50 Fia-

Flus. O Flamengo venceu 18 ve-zes. o Fluminense 15 e empata-ram 17 vezes. 4) — O Fluminen-se é o clube que tem maior nú-mero de campeonatos, num totalde 14. 5) — Rejeitados os seusdesenhos de Ademir e Rodrigues.

ROBERTO ZAIDAN — TEIXEI-RAS — MINAS — 1» — O Flumi-nense é o clube que tem maiornúmero de campeonatos: 14. Foicampeão nos anos de 1906 — 1908— 1909 — 1911 — 1917 — 1918 —1919 — 1924 — 1936 — 1937 —1938 — 1940 — 1941 e 1946. 2) —Machado reside em São Paulo eRusso e Bioró aqui no Rio. Russoé agora técnico cio América. 3)

Nos jogos entre Fluminense eVasco, os tricolores têm 25 vitó-rias. os cruzmaltinos 17 e empa-taram 9 vezes. 4) — O Fluminen-se foi campeão de 1941 com estaequipe: Batatais — Norival e Ren-ganeschi —- Bioró — Spinellt eAfonso — Pedro Amorim Ro-

Si?, f ...w\ ¦ *;••?

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mm.', ~KLUIZ — o atual arqüeiro do

Bahgú — num desenho-do leitorHeitor Bricio, de Vitoria, EspiritoSanto.meu — Rongo — Tim e Hércules.Também jogaram: Capuano —Moisés e Machado — Og — JuanCarlos — Russo — Pedro Nunes eCarreiro

ALFREDO OTTO — NITERÓI— E. DO RIO — 1) — O ponteiroHélio foi arrebanhado pelo Can-to do Rio no interior do Estado.2) — Atualmente o estádio do Fia-mengo tem maior capacidade doque o do Fluminense. E a provadisso é feita pelas rendas ultima-mente alcançadas num e noutrocampo. 3) — Adãozinho continuano Internacional e foi indicadopela Federação Gaúcha para ostreinos do scrateh nacional. Masnão foi convocado. 4) — Rejeita-dos os seus desenhos de Chico eGenlnho,

RALPH MARCUS — BELO HO-RIZONTE — MINAS — 1) _ Osenhor não está sendo justo. E'fato que esta revista tem maiormaterial sobre futebol. Mas os ou-tros desportos também aqui íígu-ram e com o necessário destaquequando há competições que issojustifiquem. 2) — Sobre as fotografias dirija-se diretamente aoJaime de Carvalho.

EDUARDO DELLA NINA —RIO BE JANEIRO — 1) — Foramdisputados até agora dezenovecampeonatos brasileiros o f letaisde futebol. Os cariocas venceramdose, os paulistas seis c os baia-nos um (em 1934). 2) O maiorse ore dos cariocas sobre os pau-

O GLOBO SPORTIVO

listas foi de 6 a 1 em 1943 e osdos pauüstas sobre os cariocasfoi o de 4 a 0 em 1983. 3) — Nssjogos entre Botafogo e Fluminen-se. que datam de 1906, os tricolo-res têm 36 vitorias, os alvi-negros24 e registaram-se 23 empates.

FAUSTO PORTO — MURIAE'_ MINAS — Na fila para publica-ção o seu desenho de Domingosmas o de Ademir foi rejeitado.

SILVERIO BRANDÃO DA ROCHA _ BELO HORIZONTE —MINAS — O senhor acabou naoperguntando nada em seu bilhete.Desfilou apenas uma série de In-formações, aliás certas. Mas se osenhor já sabia de tudo aquilopara- que foi que nos escreveu?

JOSÉ' GILBERTO RAMOS -UBERABA — MINAS — 1) —- SÔ-bre as Idades dos jogadores doFluminense veja por favor a res-posta dada acima ao Sr. NacimFelix. 2) — O Fluminense foi cam-peão 14 vezes e o Vasco 7. 3) —O quadro do Fluminense que le-vantou o primeiro campeonato dacidade, em 1906. formou assim: —A. Watterman — W. Salmond eVitor Etchegaray — A. Buchan —Horácio C. Santos e Edwin Cox —Osvaldo Gomes — E. Etchegaray— Clito Portela — E. Gueden eFelix Frias.

NACIM FELIX — PATROCI-NIO — MINAS — 1) — Os nomespedidos são: Antônio Machado deOliveira (Pé de Valsa) — AloísioSoares Braga (índio), Valter Gou-lart da Silveira (Santo Cristo) eCarlos Simões. 2) — As idadespedidas são: Castilho 21 anos.Hélvio 26, Pé de Valsa 24. índio 28(quase 29), "109" 21 anos, SantoCristo 26. Maneeo 23. Simões 24(quase 25), Rodrigues 23 e Orlan-do 25 anos.

FRIAÇA u -center" que oVasco cedeu ao São Paulo -- numacaricatura do leitor Norberto Vai-le, de Recife,

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 29 de abril ée 1

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Poema 7

OS GIGANTES ni" TAMANHO NAO É DOCUMENTO" TAMBÉM SE APLICA AO PUGILISMO. - FRACASSOS RETUMBANTES DE

GOUAS QUE TUDO PROMETIAM. - OS EXEMPLOS DOS IRMÃOS CAMPOLO E DE JOSÉ SANTA ——

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doJosé Santa e Vittorio Campolo. Nada conseguiram, apesardc estatura excepcional

PERDEU II LIDERANÇAForam os, seguintes o_ resultados dos jogos

realizados domingo em disputa, do Campeonato daInglaterra:

PRIMEIRA "DIVISÃO:CheLsea x Arsenal — 2x1

Aston Villa x Stoke — 2x1Blaskpool x Middlesbrough — lxlPortxmouth x Bolton — 2x1Derby County x Blrmlnírham — 1x0Huddersfield x Everton — lxlManchester United x Preston — 2x2Sheífield United x Burnlcy — 0x0

Sunderland Charlton — 1x0Wolrerhampton x Manchester City — lxlLiverpool x Newcastle — lxlCom os resultados verificados ontem é a se-

guinte a classificação dos concorrentes: 1.°) —Porunmouth; 2.°) — Newcastle: 3.° — DerbyCounty; 4.°) — Manchester United; 5.°> — Man-chester City; 9.°9 — Wolverhampton; 7.°> — Ar-senal; 8.°) — Charlton; 9.°> — Sunderland; 10.°)— Liverpool, Stok e Aston Vllla; 13.° — Burnleye Blackpool; 15.°) — CheLsea; 16.°i — Birmin-Kham; 17.°) — Bolton; 18.° > — Averton: 19.°) —Sheífield United: 20.°> — Mlddle.sbrough e 21.°»—¦ Preston r Huddersfield.

SEGUNDA DIVISÃO:Bamsley x Bury — 3x2Blaekburn x Le©ds — OxOBradíord x Chesteríield — lxlCardííf x Coventry — 3x0Pulham x Brentford — 2x1Grimsby x Westham — 3x0Luton x Lincoln — 6x0Nottingham x Tottenham — 2x2Piymouüi x Leicester — lxlSheífield Wednesday x Quesns Park — 3x1Southarapton x West Bormwich — lxl.

Sempre foi crença muito generalizada que osatletas de estatura excepcional têm grandes pos-sibilidades no pugilismo, quer quanto por seu"reach". ou alcance, quer como por seu peso. Nin-guem ignora, contudo, que na realidade do com-bate todas as teorias perdem não pouco das su-posições que cheerram. seja porque o pugilistade menor estatura sabe como anular a desvan-tagem em que a esse respeito se encontra, ou por-que a Naturesa. fiel à lei das compensações, negageralmente grande rudexa e incocrcivel combati-vidade. entre outras coisas, ao homem a quemdá. em troca, altura de poste de telégrafo. Tudoo que não impede que de ve* em quando surjaum gigante a quem a ambição, quando não «entusiasmo dc seus amigos, íêx subir ao ringue, c

que ao cabo de "«ma experiência mais ou menosbreve se convence dc que "a cigana o enganou".

O caso mais recente se verificou não há mui-to cm Nova Iorque. Trata-se de um irlandês. JimGullcy. que mede dois metros e vinte centímetrose pesa um pouco mais de 120 quilos. Apresentou-se na "Jamaica Arena" e no primeiro round ven-ceu por K. O. a Wally Badcn. de Pcnnsitvania.um visitante habitual da lona. As esperanças queGulley suscitou cresceram com essa vitória, maso treinador do "fenômeno", Whitey Bimbsteim,dissera: "Seu pulso atinge como a pata de umamula". Mas a ilusão que èsse primeiro combatefêx brotar durou pouco, tanto na mente do pu-gilista como na doa que viam nele uma "mina

a explorar. Para a segunda luta, arranjaram-lheum adversário tão pouco perigoso como o pri-meiro. mas. para surpresa geral, Gulley agüentou-se bem no começo para no terceiro round desa-bar num nocaute. O médico que o examinou ain-da no estádio, logo após a luta. declarou que seo gigante prosseguisse na profissão de boxeurs.não tardaria a ter a saúde arruinada. Diantedo que a Comissão Atlética do Estado suspendeuGulley e ordenou um exame de saúde rigoroso,de cujos resultados dependerá se o irlandês con-tinuará calçando luvas. Mas já se pode preverque de nenhum modo irá longe como pugilista.

O primeiro dos pugilistas excepcionalmentealtos de que se tem memória foi Charles Free-man. apelidado "O Gigante Americano, que cm1842 cruzou o Atlântico para lutar eom BentCount, campeão inglês pèso-pesado. A historiapugilística não regista as suas vitórias ou derro-tas. Outro dos antigos. Kd. Dunkhorst. que pesn-va 136 quilos c tinha a alcunha de "O vagão decarga humana", tornou muito conheeido 0 *«'uapelo, não pelas vitórias que obteve, c sim poruma derrota dc enorme repercussão: a que m>2.° round lhe infligiu Bob Fitzsimmons. em lf)00.Naquela ocasião Fitzsimmons pesava apenas f>8quilos, com um metro c oitenta c dois centímetros

dc iH ura I.ssc encontro assinalou, ao que se sabe. um record cm desproporção

„„ 'pêst,

dos adversários. Kntre os atletas de estatura elevada. Primo C&rnera

(>m97) é o mais freqüentemente citado, sem dúvida porque e hoje o lutador

niais popular do mundo no setor do "catch". Foi. como se sabe. campeão mim-

dial mas por muito pouco tempo, e alcançou o L*ulo du f.ianeira toda especial,

em circunstancias menos pugilísticas do que noveleseas. Seu físico era de apa

réncia magnífica, mas apenas medíocre a sua capacidade de boxeur.Por ua estatura destacaram se também Vitorio Campolo c seu irmao Va-

lentin. O primeiro foi aos Estados Unidos em busca de uma fortuna que se

lhe mostrou esquiva- O mesmo ocorreu com o segundo. José Santa, que tanta

curiosidade despertava nas ruas cariocas ao passear 08 seus dois metros e cin-

co centímetros de altura de um bom português, também nada conseguiu eomrestatura excepcional. O mesmo aconteceu com o italiano Roberto Roherti

(lm88) e ao australiano Pat Redmond. a quem Carnera pos a nocaute sem

ir ¦ :S^^lPíI í w Sf^l ¦ •/3tm_í_k^í8!Íi

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WmL^y _JLr -'tfcil^à^j^j^'''^»-:"1??™^*^ B.t^:-. ...-¦ . -,.l--'l

físico

muito esforço. (Conclue na pag. 10)

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liris"I m HHM

¦ JS. J»s-PELA PRIM!O CAMPEOlkJ

A primeira providencia que nos ( . emace dos resultados do Sul-Atneris Fe-ninino e Masculino de Atletismd a d»xveditação. Com efeito, estes n-suh ^ nosobrigam a uma revisão dc nossaa x içôeíde vida atlética. Durante vários anflrioQ-

ul-Paa-

se, para nós, o hábito de triunfaramericanos. Vencemos em 37. ens |Io; em 39, em Lima; em 41, em Bsj s Ai-res, em 45, Montevidéu. Perdem.\ a 41,no Rio, e agora, em 49, em Lima rportanto, uma supremacia, mtid;tavel. Ora é muito mais dificil «uma posição do que conserva-ladizer que "conserva" implica qunuma pura c simples questão dc rno entanto, fizemos lamentávelmais dificil. Abandonamos ama Y *°uma posição duramente conquist]mo explicar o fenômeno? E' simplexplica a nossa queda, na hieraatletismo sul-americano é a segai rircunstancia — o nosso atletismo rlhe-ceu. O nosso atletismo nâo soubpôde renovar-se. Ou por outra, iNão se criaram, entre nós, os estucessarios para que surgissem nmlralo-res. O que eqüivale a dizer: houvt \. po-

tsos,rríu-r>t*r\t-*<<

q«tíi K,u- o

BCo-

S quex do

nauoubei ne-

litica errada. Muitos atletas, coã sa.se-quencia do seu tempo de alividadtnim-se. Surgiram outros para preiclaros? Não. Parte dos novos nãoclasse necessária. Outros possaeffdade, a maior categoria, mas náoainda uma quantidade decisiva Qseqüência, só logramos um nsodesjro lugar, largamente distanciado cdo. Só conquistamos uni único ti;vidual. E a outra vitoria foi no r«vdc 4 x 400. E nada mais. Os restsul tados são — porque negá-lo'.' —nantes. Enquanto descemos. i|ti(-gentina? Procura criar todas asnecessárias para o pleno deseniodo seu atletismo. Há, nos seus quaiticos, um processo intensivo d<- re ícaoOs valores novos parecem surgir o. odias. O homem argentino ser.i n ttletico do que o nosso? Não, eviden niU-Apenas se dá é que a política espotif tn-lmenos no setor do atletismo, se ide maneira eficiente, possibilitaiexpansão incessante.

Felizmente, náo falhamos ddemos uma supremacia, a dc hotntfe ganhauios outra, a de mulheres 0 m itlctis mo feminino deu uma alta (ir^utntção de sua classe, de sua técnica

gota-rr o;

sue* sver

manton-rcei«unIndiiristis repci:>

a ArIçôeíenfcUlé

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Nos 2tK) metros o triissifo c oubc ao uruguaio Favos

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GANHAMOS OUTRA.___________________ -v x

[llRA VEZ O BRASIL CONQUISTATO FEMININO CONTINENTAL

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Pan-armBi s Ai-

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entusiasmo. Apresentamos uma equipe fe-minina realmente harmoniosa, em impeça-veis condições de preparo e com a melhor,a mais exemplar, disposição psicológica.Gloria, pois, às atletas que honraram, co»tanta fibra, o nome do Brasil !

PELA PRIMEIRA VEZ

ô feito de nossas atletas é tanto maisaigno de registo quando se sabe que, pelaprimeira ves, levantamos um titulo fcnii-nino. A figura suprema de nosso plantei foiWanda dos Santos, que venceu as provasde 80 metros, com barreiras e salto em dis-tanciã. Em seguida vem Clara Mueller,campeã do salto em altura e do relay 4 x 100e vice-campeã do arremesso do peso.

OS CAMPEÕES DE 1919

Os novos campeões sul-americanos deatletismo são os seguintes:

iub: n»tunoiv«on-di

iãoten11.106tlcsjIn

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ueas•mo

luaÉ

naooube.i ne-ralo-t po-io.se-gota-er osue aver-

muncon-rrei-Kim-Indi-irntoS re-peio-

n Ar-fçõesperito.ttlé-

CAMPEÕES MASCULINOS

Geraldo Salazar —

— Mario Fanos —

100 metros rasos -Pcrú — 10"7.

200 metros rasosUruguai — 21"7.

400 metro» rasos •Chile — 49"5.

800 metros rasos -gentina — 1*56"6.

1.500 metros rasos -Chile — 4T*2.

3.000 metros raSosChile — 8'48"2.5-000 metros rasos —

Argentina — 16*2"9.10.000 metros rasosArgentina — 31'3".

Gustavo Ehlers —

Hugo Pulco — Ar-

Hugo Mutini —

— llanl Inostroza

Ricardo Bralo —

Ricardo Bralo

Adan Zaratc Perurtft.cao.

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titÈutra-llca . seu

Cross Country— 3_'.

4 x 100 metros rasos — Peru — 42"3.4 x 400 metros rasos — Brasil — 3'1!)"7.

110 metros com barreiras — AlbertoTrlulzi — Argentina — 14"5.

400 metros com barreiras — Alberti —Argentina — 54"8.

Salto em altura — Hercules Axcune —Uruguai — lm90.

Salto em distancia — Enrique Kistu-macher — Argentina — 7m3ü.

Salto com vara — Montes de Oca —Argentina — 3m90.

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V ' .X'i>x.j.;,. ,_. ¦ ., ;.; f

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R_^W^ <y~**^';-». w ' irftí"Ti i.. % ' '*" m^t^m^"'^*m

-f_ÍE___l ___?_B^_JW_- *_- h_ ^ã***"niiiti«Tlniriii_^i^^ 4)m*&,. *. "'^ x*,1|1^!h3£3^^B__________W

Salto triplo — Hélio Coutinho — Bra-•U — 15m26.

Arrcmeso de disco — Emilio MalchiodiArgentina — 45m66.Arremesso de peso — Julian Lorente —

Argentina — 14m e 435.Arremesso do dardo — Ricardo Heber

Argentina — 65m(57.Arremesso do martelo — Edmundo lu-

niga — Chile — 50m6G5.Decatlon — Enrique Kistenmacher —

Argentina — 7.023 pontos.

CAMPEÃS SUL-AMERICANAS

100 metros rasos — Julia Sanchez —Peru — 12'7.

200 metros rasos — Adriana Millard —Chile — 25"8.

4 x 100 metros rasos — Brasil — 49"2.80 metros com barreiras — Vanda dos

Santos — Brasil — 11'7.Salto em altura — Clara Muller —

Brasil — lm55.Salto em distancia — Vanda dos San-

tos — Brasil — 5m53.Arremesso de dardo — Esteia Puente

Uruguai — 37m74.Arremesso de peso — Ingcrborg Preiss

Argentina — llm57.Arremesso de dardo — Ingcrborg Preiss

Argentina — 37 metros c 335.Os resultados das provas de dartlo para

homens e de 4 x 100 para moças, constituemnovos "recorda*' sul-americanos.

•Mb.**Ilelio Coutinho, o vencedor do sal!o tríplice

O XVI Campeonato Sul-Americano deAtletismo, apresentou finalmente o seiruin-te resultado:

CAMPEONATO MASCULINO

Io. lugar — Argentina — eom 254.5pontos.

2." — Chile — com 151,5 pontos.3." — Brasil — com 123 pontos.4.° — Peru — com 82 pontos.

CAMPEONATO FEMININO

Io. lugar — Brasil — com 89 pontos.2.° lugar — Chile — com 69 pontos.3." lugar — Argentina — com 57 pon-

tos4.C lugar — Peru — com 29 pontos.5." lugar — Uruguai — com 10 pontos.

>. *r >fc _____3___Rfl__Htlm_^ ^h_D__p ___l_niffi3_Qi_i%hln» t_k««w. iiV'cv » .^11 ^

Clara Muller beija o novo recordista de lançamento de dardo

DOVITORIANo Campeonato Sul-americanoNO MATCH DE ESTRÉIA OS PERUANOS FORAM BATIDOS POR 32 A 30 - E NO LANCE LIVRE

A EQUIPE NACIONAL SAGROU-SE CAMPEÃ

de Basket

herói do lançamento do peso

i O Brasil começou bem, não há dúvida, o atual

campeonato sul-americano de basket que se disputa

em Assunção. Estreando na noite de domingo frente

aos peruanos os brasileiros venceram por 32 a 30, num

match dramático que 80 foi decidido nos últimos ins-

tantes. Os peruanos haviam marcado as vantagens de

8 a 5 no primeiro quarto de tempo e 17 a 15 no final

do meio tempo. Mas no terceiro quarto o placard ter-

minou empatado em 24 a 24 e no quarto final então

os brasileiros passaram a frente em 29 a 28, Cioacan.

para trás em 30 a 29, mas retomaram a dianteira com

uma cesta de campo e um lance livre de Alfredo, paravencerem ao final por 32x30.

E na noite de terça-feira, intervindo no campeo-

nato de lancc-livre, a representação brasileira sagrou-

se campeã por equipes, com um total de 133 pontos,

seguida dos argentinos, com 127, dos chilenas, com

116, dos peruanos com 107, dos paraguaios com 100 e

dos uruguaios som 98. O campeão individual foi o ar-

gentino RlcanS Gonzalez com 18 pontos em 20 lan-

ces, seguido do peruano Artemio Ferreyros, com 17

poutos.

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Página 10 Sexta-feira, 29 de abril de 1949 O GLOBO SPO..WVO

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ü vida de /oe XouísCAPITULO IH

AS PRIMEIRAS LUTASJOE LUIS

Copyright de The New York Times

Company e de Tmic, me.)

Certo dia. Thurston McKinney viu-me derrubar um rapazinho co muni"hook" esquerdo do gimusio da escola. Di-sse-me que eu tinha jeito, que deviatomar lie.õe.s de box e tratar de tomar-me pugilista, lnsintia, dizendo-me: "Vo-

cê precisará estudar multo para ser um bom violinista. Terá que "ler notas".V. apresentava-me outro bom argumento: logo que eu começasse a lutar pode-rui receber cheques em mercadorias de 7 a 25 dólares, mesmo como amador,mas seriam necessários anos para que eu integrasse uma orquestra e ganhassedinheiro com o violino. Era uni argumento sensato. Mesmo 7 a £5 dólares sãomuito dinheiro, quando não se tem nenhum.

Verifiquei (.ue Thurston não se limitava a conversar. Ele andava rece-bendo cheques cm mercadorias como pugilista amador. Antes que eu rcalmcn-te- começasse a minha carreira Thurston era campeão amador dos pesos le-ves de Michigan. Atualmente, trabalha no Sunnie Wilson*s, uni bar de pro-priedade de negros, em Detroit. Thurston era um bom lutador. Apenas náotive as oportunidades que tive.

i\Va.s ioi cie quem me iniciou. Abandonei as lições de violino c com o di-nlte-iro destinado ao professor pagava as minhas mensalidades de amador. Saiade- casa c«m o violino, mas logo u escondia no armário do Brewster RecreationCenter e calçava as luvas com os outros garotos. Atlcr KHis foi lá o meu pri-meiro treinador. Ensinou-me muito, mas atrapalhava-me a falta de tempo nc-ces.-ario para os treinos. EmprCguel-me na fábrica Briggs com o salário de 25dólarc« por semana. Minha tarefa era empurrar carrosserias de caminhões pa-rn o pulverizador, na linha de montagem. Trabalho árduo. Por volta das cincohoras e-u deixava a fábrica, in para casa jantar e então rumava para o gina-nío Certo sábado, ao chegar em casa, vindo do ginásio, encontrei o meu professorde musica Dissera á minha mãe que eu não comparecia as aulas. Mamãe quisver o meu cartão de freqüência, mas eu já o tinha rasgado e jogado fora, e as-sim, a informei l>issr-lhe que queria ser "boxeur" r não violinista, o pro-»fessor ajudou-me, afirmando que e-u jamais conseguem qualquer coisa com oViolino Minha mãe cOnfOrmÒu-se, dizia «empre que se qualquer dos Barrows seeli••pusesse a fazer alguma coisa neste mundo, ela trabalharia para ajudá-lo, co-iwo dn vez cm e|iie- enviou n minha irmã Eulalia para uma escola superior em Rir-mingham. embora esse esforço nada produzisse.

Solicitei a fórmula de inscrição para as "Gulden Gioves" mas não a pre-enchi Uma tarde, quando voltava do trabalho, minha mãe retirou-a de sob oquie-lua-liir. da sala de jantar, onde eu a deixara. Disse ela: — "Joe, não vaiusar isto? Preenchi-a e remeti-a para (>s dirigentes do tor"eio. e foi assim queme Iniciei

Minha m.le não fe-/. objeção aos meus treinamentos, e em meados de no-veniliro de 193JJ ou em inicio de 1033 travei n minha primeira luta de amador.Foi num salão, n0 Edison Athletlc Club Eu pesava cerra de (15 cullos, então,e puseram me diante de Johnny Miller. um rapaz branco, "boveur" já há algunsanos, ao passo que- eu ern principiante; Miller tinha alguns títulos de campeãoamador o lutara nas Olimpíadas dr Ixis Angeles Era hnlill com os pulsos e pésr.m nenhuma ocasião, consegui colocar-lhe um soco firme no rosto ou »>o corpo.Dçrrul)OU-mc peto vezes e-m dois "dounds", coisa que nenhum outro adversárioconseguiu, depois des .a luta Mocü-me o COrPo com pancadas Ao voltar paracasa, nessa imite, sentia-me todo dolorido, e desanimado Recebi um cheque demtsrcadenias no valor de 7 dólares, que entreguei á minha mãe.

F.la me alentou. — "Joe, se você pretende continuar buxeaudo. nada de de-Sã nimo, Se^ é essa n profissão que você quer abraçar, eu trabalharei para ajuda-lo". mas nâo era esse o pensar (|(- meu padrasto, que me aconselhou a nfio maispensar em bov. Achava que eu devia empregar-me numa fábrica Falava mecomo um pai. e minha mãe achou por bem não discordar. Fui trabalhar na fã-hrica Ford, no edifício "B". em River Houge. Permaneci afastado do "ring" porseis ou sete meses. Então, comecei a preparar-me para a "Ooldcn r.lovcs", nadivisão dos novíssimos, Minha mãe aprovou a minha resolução Continuo ain-da de licença no edifício "IV. Fstlve há algumas semanas com Henry Ford II elembrei lhe- que eu nunca, na verdade, pedi demissão a Ford Meu cartão deponto continua lá.

Hfllman Williams treinou-me no ginásio de Brewster. Era um meio pesadonegro, um bom pugilista Revezava-se no treinamento de rapazol.is com AtlerEllis, q de vez em quando lidava com 7 a 8 ao mesmo lempo. Williams não con-BCguiu dinheiro com o pugilismo até a guerra, mas a partir de entãn nrncn*rou;Vive atualmente em Chicago,

SURRADO POR 1 M PESO MOSCAQuando ele estava ocupado com o treinamento de outros alunos en me

encarregava de mim mesmo, estudando a minha forma nos espelhos do ginásioenquanto me exercitava no saco de areia — uma recomendação que Williamsme fizera. Lembro-me do dia em que cruzei luvas com um rapar chamado KenOfflin. um peso mosca Kle pesava apenas 53 quilos e eu cerca de 6G. mas nãotardei a pensar, sob as suas luvas, que ele era o campeão do mundo Era de-ntasiado rápido imra mim. Eu mal podia tocá-lo. Esmurrou-me bem.

Conclue na página seguinte)

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Joe na sua única derrota por K. O., frente a Schmelling

OS GIGANTES DO BOX(Conclusão da pag. 7)

Ray Impellitieri. a quem chamavam simplesmente de "Imp", foi outro pu-gilista de ascendência italiana que se distinguiu por sua estatura. Fêz-se notarcomo jogador de basquetebol enquanto aluno da 1'niversidade de Peeksklll. NovaIorque, e pouco depois Vet Lenny. excelente instrutor, o tomou a seu cargo «o converteu num pugilista que. com os seus 113 quilos de peso. chamou a aten-ção. Náo tardou a se notar, entretanto, que carecia de instinto agressivo, quecaracteriza o verdadeiro boxeur.

O melhor combate de Inip foi contra Tommy Loughran. em 1933. Tom-niv abriu-lhe um ferimento na sombrancelha e foi tal a hemorragia que o ár-bltro resolveu suspender o encontro, ordenando a Imp que fosse para o seu•"c-orner". Mas Tommy aproximou-se do árbitro, falou-lhe ao ouvido alguns ins-tnntes e a luta foi renhida- Tommy triunfou apenas aos pontos. Imp aban-d o nem o ringue depois de ser vencido em dezembro de 1936 por Bob Pastor, pu-gilista bastante menos alto do que ele. e que mais tarde defrontou Joe Louis

Ab Simon (lm93) e Buddy Baer (lni99) que pesavam mais ou menos 133quilos realizaram algumas performances excelentes. O segundo, irmão de MaxBaer, (campeão mundial de 14 de junho de 1934, ao derrotar Carnera. até13 de junho de 1935. em que foi vencido por Braddock) resultou, sem embargo,num boxeur enigmático:''movia-se bem no ringue, era forte e tinha as vanta-gens de uni físico excepcional, entre elas um soco demolidor com ambas mãos.Náo lhe ral tava espírito combativo. Entretanto, a meúdo foi derrotado por lu-tadores fisicamente muito inferiores. Pensou-se que podia ser campeão mun-dial e pelo titulo combateu duas vezes com Joe Louis. Foi desclassificado naprimeira oportunidade, quando lutava no 7-° round, e na segunda foi a nocauteDO primeiro round.

Abe Simon. que havia sido popular e cotado jogador de futebol" norte-americano c muito bom no lançamento do peso, começou a sua carreira pugi-listica com uma impressionante série de nocautes que Lou Nova interrompeuem 193C. vencendo-o aos pontos em 6 rounds. Reabilitou-se. e apesar de Buddyltoer o ler posto a nocaute no 3-° round de uma luta cm 8, conseguiu defron-tar Joe Louis em disputa do titulo mundial em 1941. agüentando 13 rounds-mas tombando ao fim. Como Buddy Baer. obteve revanche com Joe Louis. q«cdesta vez o pôs o nocaute ao G.° round. Simon afirma que o golpe mais forteque recebeu em toda a sua carreira foi um que lhe desferiu Joe Walcott <onegro que se mediu pela segunda vez com Joe Louis em 1948) durante um com-bate realizado em fevereiro de 1940. Simon venceu esSa luta por K. O. ao sextoround.

O penúltimo boxeur com uma estatura muito próxima de sete pés (2m33)— 0 último foi Gullcy — chama-se Big Moroz (2mU), de Filadélfia, que possuía,sem dúvida, muito boas aptidões, mas também os defeitos próprios dos "coura-çados" do ringue: era atingido facilmente, empurrava mais que esmurrava, eera de uni caráter demasiado, fleumático para que pudesse sair das lutas pre-liminares. E nelas ficou, definitivamente. Sem ser tão alto. Jack Torrance. ex-celente jogador de futebol e recordman mundial de lançamento do peso. dedi-cou se também ao ringue. Seu caso é diferente: possuía uma natureza excessi-vãmente bondosa para que pudesse mostrar nas cordas a fúria necessária. Pe-sava 118 quilos e nele o pugilista esteve longe de duplicar as proesas do atletaque durante alguns anos foi o primeiro do mundo no citado lançamento. Comas luvas se distinguiu, sim. mas pela comicidade que em muitos momentos deuaspectos singulares a seus combates. Tudo o que justirica o ceticismo dos quesustem que "quanto mais altos são. mais pesados caem . ou que "tamanho naoe documento".

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 29 de abril de 1949 Página 11

A VIDA DE JOE LOUIS

1 Grande Ajuda De RoxboronghNão foi com facilidade, mas

fui melhorando com o correr ciotempo. Recebia ainda chequesde mercadorias e, como os ou-tros amadores, obtluhn apenasparte em mercadorias, o restoem dinheiro, que eu levava pu-ra minh>. mãe. Holamn Wil-liams. Atlcr. Ellls e outros ho-mens que freqüentavam o Bre-wster Center repetiam-me queeu seria um bom "boxeur". maspara me animar. Treinava comardor, e arranjaram-me umaluta com um rapaz chamadoThomaz. no Forest A. C, emDetroit. Derrotel-o com dois sô-eos. Foi esse o meu primeiro no-cante. Computando todas, obti-ve 43 vitórias por nocaute nosdois anos em que fui amador.Ganhei 7 por decisão e perdi 4.

Tudo isto enquanto lutavacom material cie segunda cias-se. Eu usava as minhas banda-gens várias vèv.cs. em diferen-tes "matches", porque não dls-punha de dinheiro para com-prá-las novas Eu não tinha sa-patos próprios de pugilista, usa-va sapatos de tênis. Outra coi-sa. minha alimentação não erasuficiente Eu desconhecia ome convlnha nessa questão, cmesmo que o soubesse, os Bar-rows não podiam ter na mesabifes e assados. E' disto que umpêso-p e s a d o necessita, mascusta muito- Salsichas era omeu prato principal — era domeu agrado. Gostava tambémde sorvete, mas era inconvenl-ente a um "boxeur". Assim viviaté que o Sr. Roxborough pas-

«ou a interessar-se por mim. Mas só mais tarde. nhiraan derro-Em 1933. Clinton Brldges, um meio-pesado amador de Oh cago, derro-

tou-me em três rounds aos pontos. Era um pugilista melhor do que eu. e nãoSnseíui Toloclr um bom soco nele. Mantlve-me treinando e recebendo peque-nas cne^ues em mercadorias e medalhas até que enfrentei de; novo Max Ma-rek Era um jogador de "rugby" de Notre Dame. Foi essa a minha mais dumíut. nlquSeJaS?Pol na disputa do campeonato de

^o-^sado da .A A U-

Venci todas as outras lutas com facilidade e entoo ^jrentei-o^ara^a decisão

do título Penso que me conduzi bem com êle, até o terceiro round . Mas aLvímu?tmPaa?adqo Venceu êle por decisão- Nesse ano, venci o campeonatodos meio-pesados na disputa do título da classe dos novíssimos, na GoldenOloves".

Pus a nocaute todos os adversários que escalaram para enfrentar-me:

Artis Soldade. de Chicago; Hugh Rogers. um rapaz da Flórida e Bud Schlld-

knecht, de Kansas City.

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p^-^SIBBBfemB i \m wÊÊÈMmlB_BHBBBBBr ^ J B m ^sBBbH Roxborongh atende Joe Louls, no intervalode uma luta

MORANDO COM ROXBOROUGH

George Moody. que administrava o Detroit Amateur Club, era enrao omeu treinador. Ele me colocou diante de um rapaz, Stanley Evans, que erademais para mim. Sabia que eu ignorava. Venceu-me por decisão, mas foi oúltimo, amador ou profissional, a derrotar-me. até que Max Schmeling mepós a nocaute na nossa primeira luta. em 1936.

Lutei de novo com Stanley Evans na "Oolden CHoves" do Detroit FreePress" em princípios de 1934. Não o pus a nocaute, mas acerteUhe muitomais "punches" firmes que êle em mim em todos os "rounds , e ganhei o U-tulo (Recebi uma grande taça de prata adornada com uma estatueta de bo-xeur" também de prata). George Moody e o 3r. Roxborough foram ao meu en-contro depois dessa luta e o Sr- Roxborough me disse que se ou treinasse comafinco e levasse uma vida sadia, êle estaria disposto a ajudar-me. Estava in-teressado em jovens pugilistas negros. Era um dos membros da Associação peloProgresso dos Jovens Negros e da Liga Urbana.

O Sr. Roxborough soube que no dia em que eu pendera a luto.c<™ **"*tinha comido um cachorro quente e uma fatia de torta de maça. Dlsse-mcque se era meu propósito encarar o box a sério me levaria para residir^em«ua própria casa. Não me faltaria alimentação adequada e êle comprariamesmo as minhas roupas, mas eu teria de abandonar o hábito de ftcar atétarde da noite com os rapazes de Catherine Street e de Ir cedo para a cama,como deve fazer um "boxeur". Nós. os Barrows, recebíamos então Pfnsao deajuda do Governo, e estávamos em crise, pois náo havia onde trabalhar MJ-nha mãe e meu padrasto consentiram que eu fosse morar com o Br. kox-borough-

Ele me tratava realmente bem- Passei a usar algumas de suas roupas,reformadas, e fazia as refeições em sua companhia. Fornecia-me dinheiro —5 a 6 dólares por semana. Comprou-me novas bandagens (para minhas; lutasde amador), e deu-me bons sapatos e calções de "boxeur . Wilhelmina Morri.s,que mais tarde se casou com o Sr. Roxborough -. presenteou-me com um rou- |Pão para usar no "ring". que eu ainda tenho. Esta velho e quase desfeito, masconservo-o como mascote. E' o meu roupão de treino. Sentia-me muito »«£feito e continuei vencendo a maioria das lutas por nocaute. O Sr. RoxboroughJamaLs tocou nas bolsas que eu recebia, e nunca tocou no dinheiro que apureicomo profissional até que as cifras se tornaram realmente erandes.

DA PRIMEIRA FILA

(Conclusão da pag. 3)

1 í\ Naturalmente nada disso se eu.......... com¦* v/ 0 quo aconteceu outro dia. Uma boln cal nomelo da rua, demora * voltar, o seu Vieira vai atéo portfio ver o que havia. Viu 0<=ntc passando, umdesfile de roupas engomadas dos domlngoii, um«orvetelro gritando "6 de abacaxi", e nada da bola.A bola tinha desaparecido. Sem dúvida, Imaginouo seu vieira, um garoto botou a bola debaixo dobraço e fugiu com ela. Bola nao faltava, porem,graças a Deus. Era «6 pegar a bola da preliminar,atirá-la no campo. E foi o que se fêx. A bola dn

preliminar agüentou chutes de todo Jeito, seria atécapai ds Ir até o fim se nio fosse o bico de Monclr.O Moaclr — 6 assim que se chama o novo Anltodo Bangú — meteu o bico na bola da preliminarcom toda *orça. A bola entrou, chegou no fundodas redes, murchou lá dentro. Drolhe pediu outrabola. "Outra?" — o seu Vieira achou que náo ti-nha escutado bem. "Seu Drolhe — o seu Vieiragaguejou — eu acho que vai ser difícil. O senhorcompreende: o seu Deusdedlt está em Madurelra,levou a chave..." E náo era só o Deusdedlt queestava «m Madurelra. Era o Caruso, era todomundo.

• • •

1 f a noticia se espalhou. Um torcedor saiuI I correndo, disse ao porteiro que voltava logo,que Ia buscar uma bola. Com um pouco o torcedorapareceu de novo — ele morava ali pertinho —com uma bola de borracha. O porteiro náo s«zangou, achou graça, quem náo acharia graçaT Abola de borracha caiu no melo do campo, garga-lhadas espoucaram como rolhas de "champagne"

em banquetes das classes conservadoras. Papetibrincou com ela. O *«u Vieira, sntáo, com uma dorno coraçéo, disse que Ia dar um Jeito. "Tudo, seuDrolhe, menos deboche". E tá se foi o seu Vieirapara a sede de Bonsucesso, subiu ao escadas, abriua porta da sala de troféus. Uma bolo estava sobreum pedestal, com um cartão de prata pregado nocouro. O seu Vieira suspirou, tirou a bola do ar-mario, carregou-a com todo cuidado. Quando oseu Vieira chegou perto de Drolhe, pediu apenaauma coisa: que os Jogadores tivessem cuidado coma bola. "Esta bola, seu Drolhe, é um monumentohistórico do Bonsucesso. Uma relíquia". O dedodo seu Vieira apontou a Inscrição do cart5o deprata. Estavam cocrltou uma data c um escore:"Bonsucesso três, Fluminense zero". Caxambú oe-gurou a bola, uma bola pesada, preta — o Bonsu-cesso, para nSo diminuir o valor histórico da bola,deixara-a como saíra ela de campo, cheia de lama— balançou a cabeça. Não, nfio e nfio. "Jogar comuma bola dessas, seu Drolhe, e até falta de res-peito". O seu Vieira concordou, Drolhe concordou,e o match não acabou

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Arêas ¦I GOAL DE JAIR. DE QUASE MEIO CAMPO. Cobrando uma penalidade, o meia nacional marcou o tento mais espetacular da tarde

As exibições anteriores do Pervl no atual cam-peonato sul-americano do footbail e a própria tra-diçáo da peleja —- já que nos dois únicos encon-troa passados os brasileiros haviam vencido comdificuldade por .'I a 2 em 1037 o 2 a 1 em 19,42 —haviam cercado o match Brasil x Peru, númerocinco da representação nacional, de uma expec-tativa maior que a de todas as partidas nté então

verificadas em São Januário. Isso porque se ad-mitia com alguma razão que o quadro peruanofosse capaz de oferecer uma resistência mais sóli-da e mais dentro da técnica, ao "rolo compressor"que tem sido o esquadrão brasileiro. As perior-mancos dos "incas" nos tios jogos que haviam rea-lixado frente aos colombianos (3 a 0), aos para-jiuaios (1 a 3í o aos equatorianos (4 a 0) eontrl-

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buiam para essa impressão otimista, já que atéentão haviam eles se apresentado como o loamde padrão de jogo mais próximo do brasileiro, in-clusive na marcação em diagonal à moda do Fia-mengo, ou seja o half direito recuado, o back di-reito marcando o center forward e o back esquer-do marcando o ponta direita. E o ataque por ^uavoz, muito leve, muito rápido e muito drlblador,lembrava até o América nos bons tempos do "ti-co-tico no fubá" de Maneco e Lima.

DEZ MINUTOS DE UM FOOTBALLEQUfLIBRADO

E não há dúvida que de saida o match cor-respondeu à expectativa. Durante dez minutos pe-lo menos os peruanos conseguiram oferecer uniapartida equilibrada em ações, inclusive propor-cionando a primeira jogada de sensação da pele-ja que foi a extraordinária oportunidade perdidapor Felix Castillo de abrir o escore. Mais ou rne-nos aos três minutos de jogo o meia direita pe-ruano viu-se livre em frente à meta de Barbo-sa. Todo o estádio temeu pela sorte do arqueirobrasileiro, mas Felix Castillo surpreendentementeatirou para fora. Essa oportunidade perdida foibem uma mostra do que poderia representar o jo-go para o invicto team nacional e forçou a aten-ção da torcida.

{Continua na página seguinte)

Confusão em campo. Zizinho e Calderon "fecharam o tempo** enquanto os outros jogadorase agitam de um lado para outro.

0 CJOBO SPORTIVO

avulso-]

Diretores : Roberto MarinhoMario Rodrigues Filho. Ge-ente : Henrique Tavares. Se-

:retário : Ricardo SerranRedação, administração coficinas : Rua Bethencou\f daSilva, 21, 1.° andar. Rio de

Janeiro, i-re^o do número avulso para todo oBrasil : Cr$ 0,80. Assinaturas : anual, Cr$ 40,00;

semestral, Cr$ 25,00.

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0 GéLQBO SrG&TIVO Sexta-feira, 79 de abril de 1949

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Calderon entra firme sobre Tesourinha que já despachou a pelota em plena corrida.

Mas eis que aos onze minutos e meio os perua nos foram surpreendidos com um goal dos brasileiros,que os abalou um pouco. O caso é que Jair correu pelo setor esquerdo c centrou rasteiro. Otávio entrouimpetuosamente, mas "furou" e a bola passou cruzando a boca da meta, para a direita. Ai vinha correndo ozagueiro Arce para tentar uma salvação qualquer. Mas foi tão infeliz que em plena corrida atropelou a boae cortou a sua trajetória, desviando para o fundo das re des. Tudo isso ocorrendo, e claro, com mais rapidez doque se leva para escrever ou ler. Pouco depois novo go ai imprevisto tonteou mais os peruanos. Assim o queaos 1(3 minutos Augusto.recolheu uma bola atrasada po r Zizinho, shootou alto sobre o goal. O keeper Orme-nio saltou para a defesa, mas Otávio também saltou pa ra cabeceiar e Ormenio perturbado nao pulou a con a.Conclusão: a bola shootada por Augusto, cobriu o kee per e foi cair dentro das redes peruanas, convertendo-se no segundo goal do Brasil. Mais abalados ficaram os visitantes quando dois minutos após, ou seja aos ns,Jair investindo pela direita passou por dois ou três e v enceu Ormenio pela terceira vez com um tiro rasteiro« forte '

Nessa altura os "incas" começaram a perder a cabeça e entrar no emprego dos fouls. Saiu Arce cm-tundido ao salvar um lance de Tesourinha e entrou Da Silva. E aos vinte minutas surgiu o pnmeiro incidentegrave. Após um corner dos brasileiros, a bola veio a Ja ir que a amorteceu na cabeça, lançou-a ao chão e cor-reu com ela rente aos pés. Veio correndo então Colun Ra sobro o meia nacional e o atingiu com um ponl.i peno braço. Observem bem o detalhe: Jair com a bola no s pés, no chão. e Colunga levantando o pe ;.t«- «» Ma.;.» «i«.ii

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A entrega dos "Oscar" de 1948. Antes do pr«"Uo Brasil x Peru, a direção de "Jornal «toshiports" procedeu à cerimônia da entrega dos"Oscar" de "1948.

Jair. perseguido por Gonzale». salta paranão contudir o arqueiro Ormenio

leia brasileiro. Isso quer dizer, em última analise, que o alvo visado nao seria a bola mas o homem. Jau d es s -

rou-se com o ponta-pé maldoso e largando a pelota foi aosponta-pes sobre o medio visitante, que iet .Mm o'.ratamento. Mr. Barrick, longe do local, não viu bem o in cidente e consultou o bandeirinha, Este nao teve cou -

gem para explicar os fatos como se haviam realmente p assado e assim o ju.z inglôs^ promoveu apenas uma cena

O goal de Augusto. Ormenio estálado, enquanto a bola toca

caído dcs<>-às redes

de reconciliação entre Colunga e Jair, com abnu.os e a peitos de mau,deixando os dois em campo

MAIS UM GOAL E O INCIDENTE MAIOR

Aos vinte e nove minutos e meio, surgiu o quarto goal brnsilei-ro. Registada uma penalidade contra os peruanos, entre a linha mediae o meio do campo, a torcida clamou por Jair para que fosse bater afalta. O meia canhoto tomou posição e soltou a "bomba". Um tirosensacional que foi direto às redes de Ormenio que saltou em vao. Eap*'S isso aos trinta e cinco minutos registou-se o incidente maior. Zi-zinho deslocando-se com a bola foi parar na extrema esquerda, iado alado com Simão, perto do alambrado. Em sua perseguição estava Cal-deron (marcador tenaz dentro da diagonal: o half esquerdo com o meiadireita) que conseguiu arrebatar a bola à "valentona", quase atingin-do Simão, com o pé na barriga. Calderon saiu do "bolo" dos tres, coma pelota, quando Zizinho cutucou-o por trás com o joelho. Virou-se en-tio rapidamente o medio peruano e agrediu o meia direita naconal.Reagiu Zizinho à altura e os dois trocaram socos enquanto se «*tabe-lecia a confusão com a entrada de outros jogadores no sururu. Al mal,restabelecida a ordem, Mr. Barrick expulsou de campo a /.-.zinho eCalderon. , • ..

(Conclue na pagina seguinte)

los we vencem

ie'a IMlllMBWOiniBi

recordista mundial \y\ |j|j||j|. ^^»-y^——>. -frTmiiPfjLS, e professora de na- mfrjwM>#%&^WNtmlm

<z^pJ&tÜW^^^^ tação da Universi- Z5^7\^ ll\ ll\ dade do Braiil' Kj$\ ^\\\ w&w rb:zz::z. m\ U_t**--:V ..»•*—• Maria Lenk e seu fi- / Ifjf

ado P-10* -**d,c01 W" lho Gilberto tomam, //li\ tf'«"n,n',aC ___^-=^ às refeições, o Vi- ///

^^^5^ nNo Reconstituinte /Sil/a Araújo. /

MtlJm,

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í Página 14 Sexta-feira, 29 de abr* de 1949 o otoeo spoctivo

A VITORIA N. 5fi.

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n»-s>i;<*gn»i £•$<#

A seleção nacional com a sua formação dufafda. De pé: EU — Wilson — Barbosa — Au.guslo — Danilo e Noronha. Abaixados: Tc-KOiirinha — Zizinho — Otávio — Jair e Simau

E o interesse pelo jogo caiu muito. Tanto que«jn peruanos conseguiram tirar o zero do placard.Já na prorrogação do tempo (aos 46 minutos) semclespertar emoção na torcida, o tento de honrados peruanos surgiu após Ura comer de Barbosa,executando difícil defesa, alias. Pedrazza cobrou naiéquerda e Salinas aproveltou-se da confusão cria-ria na área para marcar o goal único. E o primei-(ro tempo encerrou-se com a peleja já lntelramen-

E A GO-te decidida no placard de 4 a 1.UM SEGUNDO TEMPO SEM BRILHO

LEADA FINAL EM 7 A 1Paia o segundo tempo os brasileiros surgiram

eoin Ademir em lugar de Otávio, que se contundi-fa no choque com Ormenlo. A etapa final foi mar-pada logo aos quatro minutos por um novo lncl-dente: a expulsão de Gonzalez. O pivô peruanodesrespeitou Mr. Barrlck, que o mandou sair deJogo. Alguns dirigentes dos visitantes, colocadosivtrás do goal. quiseram então forçar a retirada deiodo o time de campo, mas atinai foram acalma-dos o .sossegaram uni pouco deixando o jogo con-tlniiar. E os brasileiros recomeçaram a goleada aospifo minutos, com um tento de Simão. O ponta es-Querdfti recebendo passo de Jair. correu com a bola.fechou BÔbro 0 goal de Ormenlo e atirou na cor-rida para mandar a pelota ás redes. Depois dessetento acencleram.se as luzes de São Januário e en-trou em jogo a bola branca, mas o jogo continuoufrio o sem Interesse. Mosquero entrou no lugar deSalinas, Manoel Drago substituiu Mendòza e o Jokonão melhorou, Aos trinta e quatro minutos Jairfoi retirado tle jogo, entrando Orlando para a melaesqUorda E aos trinta e oito .surgiu o sexto goaldo Brasil Ademir escapou pela direita e atirouforte da extrema, para marcar um bonito goalMal;, uni pouco e nos -14 minutos. Orlando assinalouo tento número sete do Brasil, fecho da goleadaMunia carga cerrada dos brasileiros a bola andoul>or vários pés até que Orlando atirou para mar-sar. Os jogadores peruanos reclamaram e o zaguel-•o Da Silva excedeu-se, sendo expulso de campoReduzidos a Oito jogadores, e 08 brasileiros comh;z. o.s peruanos fizeram nova onda de abandonoiri Jogo, deinorando-se em dar nova saida na bola.|i,tó que atinai decidiram se a completar os poucosInstantes que faltavam para o término da luta.

E o match chegou ao fim com o placard de/ala favor do Brasil. Uma vitoria bonita e la-lUscutlvol apesar de tudo. de todos os esforços fel-\qh pelos adversários para empanar o brilho cio trl-linfo, tumultuando o andamento do jogo com pro-vocações 0 reclamações em propósito, depois dekc convencerem de que o match estava perdido.A exibição do quadro brasileiro no primeiro perio-ilo. em que se fe~ necessária uma exibição de for-ijh, convenceu inteiramente. A defesa firme, comWilson. Noronha e Augusto em plano mais desta-oado, 0 o ataque rápido e lnflltrador. com Jair eZizinho mais uma vez em primeiro plano. ApenasOtávio não rendeu no domingo o que dele se es-perava, No time peruano os zagueiros estiverambem Na linha média Colunga foi o melhor, jáque Oonzalc"/. não repetiu as sólidas performancesanteriores E no ataque Felix OastiUò foi o melhor.seguido do Salinas e Gomes Sanchez,

A ARBITRAGEM, OS TEAMS E O MISTÉRIODA RENDA

Na arbitragem funcionou Mr. Barrlck. o In-cldente Jair x Colunga. sem punição prejudicouo panorama geral da sua atuação, embora Mr.Barrlck afirme em sua defesa que não viu bem ofato e lOVOU-se assim nas informações do bancleirinha. Mas no resto andou mais ou menos bem. Ostimes contaram com estes valores:

BRASIL: Barbosa; Augusto e Wilson; EU —Danilo e Noronha; Tesourlnha Zizinho O ta-vio VAdemlr no 2,° tempo) — Jair (Orlando nofinal > e Simão.

PERU: Ormenlo; Fuentes e Arce (depois Da su?a); Colunga. Gonzalez t depois Castlllo) e Caldo-ron; Mendo/.a (M. Drago na fase final) __lo — Salinas (Mosquera na fase final)Sanchez e Pedrazza-

A arrecadação anunciada oficialmentede Cr$ 469.536.00.

Castll-Gomes

foi a

BRAHMA CHOPPé ama dádiva da Natureza

Desde a escolha • a transformação dacevada om malte... desde a rigorosa seleçãodas flores do lúpuk» n&o fecundadas... ataio cuidadoso cultivo do fermento — tudose processa sob as leis da Natureza nopreparo do Brahma Choppl E ao saboreá-lo,o Sr. pode sentir realmente o sabor doseu rico malte... o aroma e o principiotônico-amargo e aperitivo do seu lúpulo,que auxilia as funções digestivas. Essesingredientes naturais, associados ao maispuro fermento, tornam o Brahma Choppuma dádiva da Natureza — pródiga emsabor... aroma... e pureza. Beba-osempre. £ delicioso... e só faz bem.

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Record 301Í

MOOllTO OA CIA CaWVEiAaUA BRAHMA i. A. • - RIO Ot JANEIRO - SÀO fAUtO - CURilIBA -PORiO ALfeGRE - PASSO FUNDO

A MARCHA DO PLACARD1.» TEMPO

1.° GOi4í. — BRASIL — 11 1/2 minutos — Arce (contra) — Jaircorrendo pela esquerda, centrou rasteiro. Otávio "furou" em frente aogoal e a bola foi bater nas pernas de Arce que vtnha correndo para salvara situação, indo direta ás redes.

2." GOAL — BRASIL — 16 mtnutos — Augusto — Recolhendo umaiMla que fora atrasada por Zizinho, Augusto shootou alto sobre o goal. Or-tnenio saltou juntamente com Otávio, mas a bola cobriu a ambos e foiratr dentro do arco.

3.^ GO AI. — BRASIL — 18 minutos — Jair — Investindo rapidamentepela direita, Jair esquiwu-se de dois ou três adversários até chegar a bo-ca da meta para vencer Ormenio com um tiro cruzado.

4.° GOAL — BRASIL — 29 1 2 minutos -- Jair — Cobrando umapenalidade quase no meio do camjx), Jair desferiu um dos seus famosos"morleiros" que foi direto às redes.

1.° GOAL — PERU — 44 mtnutos — Salinas — num corneT de Bar-Ixisa. cobrado por Pedrazza, Salinas aprovettou-se da confusão para mar-car o goal :imco do seu bando.

2." TEMPO5.° OÜ.4Z. — BRASIL — 8 minutos — Simáo — Recebendo passe de

Jair, o ponteiro esquerdo correu livre, fechou sobre o goal e atirou em pie-na carreira, mandando a bola às redes.

6.° GOAL - - BRASIL — 38 minutos — Ademir — Escapando pelaextrema direita. Ademir shootou de lá mesmo forte e enviezado para mar-car o tento número seis.

7° GO.tí. — GOAL - ¦ BRASIL -- 43 minutos — Orlando — Numacarga cerrada diante do goal peruano a bola andou por vários pés. até queOrlando atirou firme pdta marcar o último goal da peleja.

FOOTBALL EM PORTUGALTerminado o Campeonato Nacional

de Football. iniciou-se no domingo...m Lisboa, o torneio pela "Taça doPortugal", última prova oficial d*época, disputada pelo sistema de eli-minação ao primeiro Jogo.

Na primeira eliminatória toma-ram parte 28 clubes, sendo 14 da pri-meira divisão, 11 da segunda e 3 d»terceira, sendo os encontros reallz»-dos entre os clubes por melo de sor-telo.

A grande surpresa desta primei-ra eliminatória foi oferecida peladerrota do Sporting Club de Portugal,campeão nacional de football pels ter*cetra vez consecutiva.

S CABEL05BRANCOS

glEVITA-OlSEriTINGIfj

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O GLOBO SPORTIVO Sexta-feira, 29 de abril de 1949 Página 15

Frases celebres do football brasileiroPara sua conveniência...Receba O GLOBO SPORTIVO

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Sr. Gerente de O GLOBO SPORTIVORua Bethencourt da Silva, 21 — 1" — Rio

Queira anotar uma asssinatura de O GLOBO SPOR-TIVO, POR UM ANO, a começar com o próximo numero.

1 "E' muito íacll explicar a grande vitoriabrasileira: o único mistério está na renda" (MarioFilho) .

2 "Pelo menos em dois pontos Otávio exer-ceu ação cataliticu mus jogadas*. (Vargas Nettol.

3 "No atual Sul-Americano de Football a C.B. D., para* satisfazer aos merecidos anseios dosbrasileiros de São * Paulo. organizou sua tabela,atendendo ao mérito desta grande província" (LuteMenezes).

— "Numa peleja internacional vale tudo afavor do Brasil". (Jeep).

5 "Sou ardoroso torcedor do Flamengo hamais de 30 anos". (General Angola Mendes de Mo-raey) .

ü _ "Eu descobri isto..." (Pedro Nunes i._ "O profissionalismo tem problemas difíceis

muito difíceis mesmo". (A. Curvelo) .— "Ora senhores os peruanos se transforma-

ram num autêntico "bluff" para a torcida carioca".(Paulo Medeiros).

Porte simples, Cr$ 40,00 Sob registro, Cr$ fiti.tlO

NOME

RUA

CIDADE ESTADO

Incluso, remeto a importância de Cr$.

RECIPROCA — Viram? Porque c Vasco tinha absoluta certeza

que o Conselho Nacional de Desportos daria, mais cedo ou mais tar-

de permissão a Heleno para voití.r a desfrutar da liberdade úe atuar

no Brasil, embora extra-oíu-ialmente o Vasco cuidou de contratar

o famoso atacante. Quer dizer, assim, que foi tudo resolvido na

mais santa das intenções. Melhor para todos, inclusive para o pro-

Iissionalismo, que marchará desembaraçado de tanta formalidade.

CUIDADO COM O TORCEDOR — Depois se queixam das ren-

das. Depois se queixam da falta de interesse do público. Repara-

rum nas preliminares de5te Sul-Americano? Verdadeira calamidade

de ordem pública. Verdadeiro acinte. E' preciso alguém que orien-

te melhor os dirigentes. E que lhèi fale da realidade dos anseios

do torcedor. O torcedor que paga \inte e três cruzeiros por um iu-

gar extposto ao sol f; á chuva, tem direito a um espetáculo melhor.

Mas, acontece, que quando se projeta uma preliminar menos sono-

lenta, vem logo um paredro, amigo de um diretor de Banco, e mu-

da tudo. Ai o que se verifica o isso que estamos vendo todas o.s do-

mlngos: verdadeiros pern&s-dc-pau tomando o tempo do publico

numa desrespeitosa farsa de football - Jogando verdadeiras "pc-

ladas".Um conselho, amigos administradores: cuidado com o público.

Trato-o melhor, paia continuar contando com sua colaboração.

ANALISE DOS ADVERSÁRIOS IX) BRASILEram dois íanãtico:;. desses tipos que não faltamnunca aos estádios, C que sonham com as nuiravl-lhas do que será o Estádio Municipal, quando esteestiver pronto. Conversavam sobre Sul Americanoe traçavam paralelos sobre os concorrentes- Disse 0primeiro:

E' 0 mesmo que o Vasco estar disputandoum torneio com o Bonsucesso, com o Olaria, com

o São Cristóvão, com o Maclureira, e com o Cantodo Rio e o América. ..

— Como assim/ indagou o outro O Vasco é o Brasil. . .

_ Aliás, pouco falta para ser..._ Mas prossiga. . .

Bem. o Vasco é o Brasil... Ou o Brasil t o Vasco? Que í-eja o Vasco, já que você gosta dos de-

talhes. . .Então pode continuar,..

O Chile é o América, o Bonsucesso e a Ca>-lombin, o Madureir.x é o Paraguai, o Olaria é oPeru...

E Gentil Cardoso?Fica sendo Atturo Fernandes!...Prossiga...

O Uruguai é como o Canto do Rio: a gentenunca sabe se è de Niterói Ou não <\ o a Bolivia 6o íão Cristóvão. . .

Num torneio assim, você acredita apie o Vas-co perderia ponto?

Bom, m;is falta o Equador, .Promova se o Ròslta Sol Ia, c ai estará tudo

arrumado. . .

QUE VENHA O ARSENALCertamente que afora o aspecto fraterno

que as competições esportivas possam ote-recer, ha raiâo de st»bra para se pensar cmalgo mais e lograr outros proveitos emboranáo de Imediato, em face ala complexidadedo próprio esporte.

Ora, antes deste Sul-Americano ipie polai vai aos arrastões não se fada mata doque torcer por sua realização com argentl-nos e uruguaios devidamente inscritos — osuruguaios não sao simbolicamente como seapresentaram.

E* que crescia a esperança de que, quandomiais não fosse, seria esta lambem a grandeoportunidade do Brasil por em confronto oque de melhor existe, atualmente, na» foot-bali continental, pois com a aproximaçãodo Campeonato do Mundo, pelo menos fl-cariamos inteirados do nosso progresso «mrelação ao que se verifica no Trata.

Infeltamente, porem. 0 certame que naiscoube promover nâo passou de um "festl-

vai" O desnível técnico se patenteou logoi\ primeira rodada, mostrando que essessimpáticos rapa/es do Pcrú. ato Chile, naColômbia, da» F.quador e da Bolívia nao pro-ri-fdiram muito ao contrario, ate regredi-ram. como sucede com o Chile- c com o

De sorte que, todo aquele sonho de pa-ralcltsmo para um proveito melhor da opor-tunldadc. caiu por terra A maneira apie «>s

goleadas provavam que nftai lift termo a ecomparação entre o nosso fa»a»tl»atl e o denosso;» Irmãos do Continente.

Mas senhoras, ai vem o Arsenal. L cam-venhamos que O Arsenal nos Irá alar a-han-ce" para a realização do primeiro test aletécnica e tática em relação aa» melhor foot-bali que ora se pratica no Velho Munalo.

A propósito do Arsenal, por enquanto*?se sabe ala> adversários — clubes para en-frenta-la». Nãa» se cogitam, por exemplo, atéagora, de uma prova entre esta- scratch na-elonal que disputa o Sul-Amaihano « ooiuripeRo ala Inglaterra ale 47-48.

IN»r «ue não se tentar o espetáculo, va-lenalo-se da oportunidade de um scratchem atividade? E* apenas uma sugestão.Apenas vontade de cadaborar.

(De Bobina)

Fonte de lucros(Conclusão da pag. 3)

dados fornecidos pelas casas que os pu-blicam tem aumentado mais de 100 P»>rcento nos últimos dasz anos, c pode subir a vum milhão de dólares por ano.

Km vista do fato de que o publico «>n

geral nos li. ü. A., tem mais dinheiro quenunca, c mais tempo disponível para o

gastar, nos últimos 10 anos tem aumenta-ala» aqui. ale modo formidável, o número dosamadores dos esportes, para o que con-trlbuiu também, sem dúvida, <» naturalsentimento de desafogo, depois das priva-a;a"te.s da guerra.

Mas a parte o efeito sauduvel que pro-duxem na economia nacional, os esportes

exereem influência important»; no bem-es-

tar do povo. seja qual for a classe social

de que se trate. A maioria dos espetáculos-

esportivos são conduzidos em bases hones-tas e sérias. O Interesse que despertam 6estimulante e edificante, e a»s espairtcs

constituem, finalmente, um decidido fatorrlcmncrntico da vida nacional.

Aconteceu antes ala» match Brasil 1'crú. Os Jo-gadatres brasileiros passeavam pelas imediações dovestiário da» lado externa», bem entendida», quandoprincjpiaram a surgir a»s palpiteiros. Alguns entra-vam logo em intimidade com os cracks, outros nemtanto.

Heleno também caiu na raida. numa roda apre-elavel onde pontificavam o Ademir, o Orlando c oAugusto.

Foi chegando e foi atando seu prognóstico (o ler-ma» palpita- fieou marcado lá atrás), sobre a» rcsul-tado da peleja.

Nessa- Ínterim, enquanto Helena» doutrinava,apareceu Otávio.

Como conversa esse doutor...Helena» percebeu a(ne Otávio iiua-rla divertir-se Ah

suas custas, a- saiu de "sola". OU,,, aaiuí, velhinho, Eu acho bom va»cè >r

sc despedindo alo Bcratch... já sei. . , Já sei que terei de dar o lugar para

o "doutor". . .E já não dá sem tempo...

não Ia res-Ensaiou hA.

Trégua. S«»rrisos. Iiistigaçãtes.Alguém perguntou a Otávio se a-Ic

ponder. Otávio ensaiou uma respostaporque Helena» recomeçou:

— E tem mais uma coisa, Otávio: »\s-te ano voce.snao vão ter mais aquela sopa de alois pontinhoslá e dois patntinhais aqui, nãa» !...

O doutor nãa» deixa ? — indagou Otávio comcara de dc.batchc.

Você está brincanala», mas imi nâo. E hftmais o .seguinte: quem não vai atdxar sou eu mes-mo — será o I)r. Heleno !

Silencio breve, silencio qua- foi cortado por cs-tridente gargalhada.

Va»eé está rindo, hain ? !...Otávio, que sai pensava, resolveu acabar com o

"baile". E então disse vlrando-sc para Augusto eAdemir: ,

Tenho pana do Vasco... Tenho pena de vo-cês . Imaginem que de uma feita o doutor acaboucom o football argentino - a» a,ue nao ira sucederao "Almirante" com ele metido a "marujo

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Á TOí3C»OA GOSlDü DA PERSEGUIÇÃO©S Mi?- RAQQiCK AO MASSAGISTA PEG?LlA-

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