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1 Geopolítica do Petróleo Alexandre Szklo 2007

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Geopolítica do Petróleo

Alexandre Szklo

2007

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Projeções da Matriz Energética Primária no Mundo: World

Energy Outlook 2006 (IEA, 2007)

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Projeções da Matriz Energética Primária no Mundo: World

Energy Outlook 2006 (IEA, 2007)

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Projeções da Matriz Energética Primária no Mundo: World

Energy Outlook 2006 (IEA, 2007)

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Fonte: IEA – Energy Technology Perspectives 2006

Nem todas as opções que contribuem para o aumento da segurança energética têm baixos níveis de emissões de CO2...

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“Por que os preços do petróleo estão subindo?”

Explicações Usuais:

1. O Espectro da Penúria no Lado da Oferta: “A Produção de Petróleo Está Perto do Pico”

2. O Retorno à Geopolítica Dura

3. Gargalo do refino – capacidade e/ou conversão

4. Demanda Especulativa por Petróleo: “O Ouro Negro como Reserva de Valor”

5. O Novo Patamar de Demanda por Petróleo: “A Sede dos Beberrões de Petróleo”

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“O Espectro da Penúria no Lado da Oferta”

Mas, se o atual patamar de preço reflete uma perspectiva de escassez de longo prazo, por que a alta de preços de petróleo não está levando ao maior aproveitamento dos óleos não-convencionais e ao maior esforço em E&P?Por que a oferta não reage à alta de preços?

Na verdade, há uma defasagem entre esforço em E&P e Produção.

E os custos de E&P são crescentes!

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“O Espectro da Penúria no Lado da Oferta”

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Desafios e Incertezas que Podem Afetar a Expansão de Produção Canadense -

GN

“a future barrel of in situ produced high-quality SCO may require more than 1700 standard cubic feet of natural gas; 1700 cubic feet of natural gas is energy equivalent to 0.3 barrels of oil” => aproximadamente 50 m3/b

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“O Espectro da Penúria no Lado da Oferta”

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“Geopolítica Dura”

A capacidade ociosa de produção da OPEP passou de cerca de 7 Mbpd (jan 2002) para 1,5 Mbpd (jan 2005).

É verdade que eventos e tensões geopolíticas no Oriente Médio, Nigéria e Venezuela têm contribuído para ampliar o prêmio de risco nos preços. Mas, a OPEP, ainda que possa se beneficiar destes efeitos de curto prazo, não controla os eventos e tensões.

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0,0%

5,0%

10,0%

15,0%

20,0%

25,0%

30,0%

35,0%

40,0%

45,0%

50,0%

Ásia e Pacífico

América do Norte

Europa Ocidental

Japão

Estados Unidos

Exportações de Petróleo por Destino da OPEP (%) – 1982-2004

99,10%

84,64%

92,26%

68,35%

44,26%

15,46%

77,06%

92,57%

94,58%

92,25%

69,88%73,36%

0,00%

10,00%

20,00%

30,00%

40,00%

50,00%

60,00%

70,00%

80,00%

90,00%

100,00%

Arábia Saudita

Argélia

EAU

Indonésia

Irã

Iraque

Kuwait

Líbia

Nigéria

Qatar

Venezuela

OPEP

Receitas de Exportação de Petróleo sobre as Receitas Totais de Exportação da OPEP e de seus países-membro (%) – 2003

É a OPEP vulnerável às oscilações de preço e tamanho de mercado do petróleo?

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Preço do cru sobe

Preço dos derivados leves sobe

(inelasticidade de

substituição)

Preço dos derivados pesados

relativamente estável

(competição com outras

fontes)

Através do net-back, o diferencial óleo leve-

pesado sobe

“Gargalo do refino”

Efeito sobre preço do Cru

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Quais serão as margens para

garantir rentabilidade?

Uller, 2007

R2 = 0,4468

R2 = 0,0617

-4,00

-2,00

0,00

2,00

4,00

6,00

8,00

10,00

12,00

0 10 20 30 40 50 60 70 80

Brent (US$/bbl)

Marg

en

s L

íqu

idas (

US

$/b

bl)

Brent (Hydroskimming) NWE Brent (Cracking) NWEUller, 2007

R2 = 0,6762

R2 = 0,7327

R2 = 0,4319

-5,00

0,00

5,00

10,00

15,00

20,00

25,00

30,00

35,00

15 25 35 45 55 65 75 85

Brent (US$/bbl)

Mar

gen

s L

íqu

idas

(U

S$/

bb

l)

Maya (Coking) USGC Mars (Coking) USGC LLS (Cracking) USGC

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A OPEP, por exemplo, estimou em US$ 15/b o prêmio nos preços associado aos movimentos especulativos.

Embora possa adicionar um prêmio de risco aos preços do petróleo e de seus derivados, o impacto da “especulação” é um efeito de segunda ordem; sobretudo no longo prazo, quando a expansão da capacidade de oferta poderia deixar o mercado “mais folgado” (o mercado de futuros ficaria em “backwardation” – preço futuro menor que o presente –, como antes da Guerra do Iraque).

Demanda Especulativa por Petróleo

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O Novo Patamar de Demanda por Petróleo

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O Novo Patamar de Demanda por Petróleo

O truísmo de que o crescimento da demanda é tão grande que a expansão da oferta não o consegue acompanhar ignora o fato de que o ritmo de crescimento da demanda não é um problema mas uma solução para os negócios, se as condições de investimentos forem boas (custo de capital e nível de risco do empreendimento).

As empresas de petróleo têm batido recordes históricos de lucratividade devido à alta dos preços, ampliando suas respectivas capacidades de auto-financiamento e/ou de alavancagem financeira.

Mas, e o acesso às reservas?

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INCERTEZAS E CAOS

1. Demanda: CHINA e crescimento econômico mundial

2. Oferta:

E&P, Iraque, Oriente Médio, óleo não convencional, gás natural, Mudanças Climáticas Globais (favorece leves? Favorece ou não OPEP?)

Refino: especificação de qualidade de produtos, boutique fuels

Keynes: preferência pela liquidez: “em momentos de incerteza, os investidores preferem se manter com ativos de maior liquidez, adotando estratégias conservadoras de investimento, até que o cenário se torne mais claro “.

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(bi US$) 2004 2005 % (2005/2004)

Recompra de ações (R) 25 45 +84

Dividendos 35 47 +33

Investimentos (I) 90 99 +10

Lucro Líquido (LL) 103 141 +37

%

R/I 28 45

R/LL 24 32

(*) ExxonMobil, BP, Shell, Total, ChevronTexaco, ConocoPhillips, RespsolYPF, Eni.

(**) Investimento: aumento quase todo explicado por elevação de custos (70% em E&P)

(***) Exxon (2005): LL=36, Dividendos=19, Recompra=17.

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Obrigado

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