1. INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO - SCIA, Structural … · 2016-10-10 · uma capacidade...

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9 1. INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO O presente trabalho tem como objetivo, informar, educar e comprovar a viabilidade de dois métodos construtivos. Um deles será baseado na metodologia de trabalho da construção a seco, utilizando como principal componente estrutural o aço. O outro,em métodos convencionais, utilizando concreto principal componente estrutural. As reservasde calcário (principal componente do cimento) abrangem cerca de 20 000 Km² de área e as de minério de ferro (principal componente do aço) atingemuma área que gira em torno de 8 000 Km², colocando o Brasil entre as maiores potências do mundo em extração, consumo e exportação desta indústria. PRODUÇÃO DE MINÉRIO DE FERRO Figura 1 Produção de minério de ferro e de cimento no Brasil e no Mundo Fonte: USGS 2012 e cimento.org

Transcript of 1. INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO - SCIA, Structural … · 2016-10-10 · uma capacidade...

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    1. INTRODUO

    1.1 APRESENTAO

    O presente trabalho tem como objetivo, informar, educar e comprovar a

    viabilidade de dois mtodos construtivos. Um deles ser baseado na

    metodologia de trabalho da construo a seco, utilizando como principal

    componente estrutural o ao. O outro,em mtodos convencionais, utilizando

    concreto principal componente estrutural.

    As reservasde calcrio (principal componente do cimento) abrangem

    cerca de 20 000 Km de rea e as de minrio de ferro (principal componente do

    ao) atingemuma rea que gira em torno de 8 000 Km, colocando o Brasil

    entre as maiores potncias do mundo em extrao, consumo e exportao

    desta indstria.

    PRODUO DE MINRIO DE FERRO

    Figura 1 Produo de minrio de ferro e de cimento no Brasil e no Mundo

    Fonte: USGS 2012 e cimento.org

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    Figura 2 Exportaes Brasileiras - Ferro

    Fonte: MDIC 2012

    O consumo de ao por habitante de 131 kg e o de cimento de 400

    kg, enquanto os pases desenvolvidos consomem acima de 400 kg de ao por

    habitante e buscam a utilizao mais estratgica do cimento, os Estados

    Unidos, por exemplo, reduziu pela metade o consumo de cimento em 5 anos, j

    o Brasilem 30 anos aumentou apenas um 1 kg por ano no consumo de ao,

    segundo dados do Instituto Ao Brasil. Levando em considerao que o

    perodo em que esses pases mais se desenvolveram, todos passaram por um

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    grande momento de produo e consumo de ao, independente das razes e

    necessidades que levaram a isso. O exemplo disto, hoje a China. O pas tem

    uma capacidade instalada de 48,4 milhes de toneladas por ano de ao bruto,

    j a capacidade de cimento atinge cerca de 74,9 milhes de toneladas por ano.

    Figura 3 Parque produtor de Ao e de Cimento no Brasil

    Fonte:Instituto Ao Brasil e SNIC

    A indstria da construo civil uma das maiores consumidoras destes

    produtos, a combinao do ao com o concreto da origem ao concreto armado

    visto na Figura 4, sendo fundamental nos sistemas estruturais de qualquer

    projeto. inegvel que a combinao ao/concreto funciona perfeitamente, um

    com funo de resistir aos esforos de trao e o outro com a funo de resistir

    aos esforos de compresso. Dentro deste contexto, pode-se descrever

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    artesanal, algo que feito sem recurso ou meios sofisticadosou tcnicas

    elaboradas ou industriais, sensato afirmar ento que este sistema construtivo

    pode ser classificado como artesanal.

    Figura 4 Exemplo Estrutura de Concreto Armado

    Fonte:https://www.google.com.br/search?q=concreto+armado&es_sm=122

    O objetivo deste trabalho desenvolver o mercado da construo civil,

    utilizando tcnicas mais competitivas, tendo como pilares de fundamento, a

    competitividade, a sustentabilidadee o meio ambiente. Utilizando materiais que

    sejam menos agressivos e visando a agilidade na entrega dos produtos finais

    com a maior qualidade possvel, sem elevar o custo final da obra,

    simplesmente optando por outros materiais e comprovando de maneira racional

    a viabilidade ou no deste mtodo.

    Figura 5 Exemplo Estrutura de Ao

    Fonte:https://www.google.com.br/search?q=sistema+estrutura+de+a%C3%A7

    https://www.google.com.br/search?q=concreto+armado&es_sm=122https://www.google.com.br/search?q=sistema+estrutura+de+a%C3%A7
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    1.2 PROBLEMTICA DA PESQUISA

    Os pases mais desenvolvidosbuscam aprimorar suas tcnicas de

    construo, buscando obras mais competitivas, limpas e sustentveis,

    incentivando a pesquisa, uso e o desenvolvimento de mtodos cada vez mais

    modernos e assim diminuir o uso de materiais originados da extrao de

    recursos naturais, em nosso pas, para os interessados no assunto, encontram-

    se vrios artigos que falam sobre e algumas empresas que esto inserindo

    este novo jeito de fazer construo no mercado, porm, existem dificuldades,

    seja por falta de incentivo, lobby ou paradigmas que ainda no foram

    quebrados.

    Figura 6 Edifcio de 30 Andares Executado em 15 dias (China)

    Fonte:https://www.bsb.com

    https://www.bsb.com/
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    O Brasil ocupa o Hall da indstria cimenteira como o sexto maior

    produtor e quarto maior consumidor do mundo, em 2013, foram produzidas 70

    milhes de toneladas (KIHARA e VISEDO, 2014) e como projeo o SNIC

    (Sindicado Nacional da Indstria do Cimento) espera uma produo de 110

    milhes de toneladas at 2016 (SANTOS, 2011).

    Figura 7 Organograma do Mercado do Cimento no Brasil 2012

    Fonte: SNIC

    A base da construo civilesta praticamente toda voltada para a indstria

    do cimento, nica consumidora, impulsionada por obras de infraestrutura e

    habitao, motivo o qual possuem um longo cronograma de execuo,

    necessidade de um elevado nmero de empregados para a realizaode

    servios, grande rotatividade, dificuldade em encontrar mo de obra

    qualificada,alm do desperdcio de material,gerao de resduos, poluio do

    meio, alto nvel de agressividade para os trabalhadores, elevado peso prprio

    dos componentes, dificuldade de demolio, baixo grau de proteo acstica e

    trmica e as impossibilidades arquitetnicas que este mtodo impe nos levam

    a explorar alternativas mais inteligentes e que j esto a nossa disposio.

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    Figura 8 Planilha de Avaliao do Sistema Estrutural mais Adequando

    Fonte: CBCA

    Figura 9 Planilha de Avaliao da Configurao do Sistema em Ao

    Fonte: CBCA

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    O mercado atual chegou ao seu limite, percebemos que estamos

    necessitados em dar um passo em direo ao futuro, evoluir, construes mais

    prticas e competitivas, visando qualidade de produto, integrao com o meio

    ambiente, conforto para os clientes, incentivo a qualificao dos funcionrios e

    a progresso lucrativa dos investidores.

    1.3 OBJETIVO

    O presente trabalho tem como objetivo principal propor diretrizes para

    utilizao de novos mtodos construtivos mais competitivos e de acordo com

    as novas exigncias do mercado. Estas diretrizes consideram os aspectos

    tcnicos multidisciplinares do projeto (Arquitetura, Engenharia e outras

    disciplinas), econmicos, mercadolgicos e oramentrios. Nos quais esto

    relacionados os principais aspectos que influenciam na utilizao destes

    mtodos.

    O desenvolvimento desta pesquisa baseia-se na linha de pensamento

    de que as premissas para o desenvolvimento de projetos com mtodos mais

    modernos e mais competitivos, cujas decises tcnicas so

    consideradaslevando em conta os requisitos de empresas, usurios e

    administradores prediais (operao e manuteno), podem ser utilizadas para

    aperfeioar e desenvolver as prticas de construo, torn-las mais eficientes e

    assim beneficiar ambas as partes envolvidas.

    O refinamento deste estudo investiga a possibilidade de se propor uma

    linha de raciocnio especfica para o desenvolvimento de projetos de

    empreendimentos, que alm das possibilidades j existentes e disseminadas

    no mercado, tenham-se mais opes que proporcionem o desenvolvimento e a

    evoluo na rea da construo, gerando competio e assim a melhoria na

    qualidade dos produtos, sempre mantendo o foco no custo e no conforto do

    cliente.

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    Como meta, dispor de um empreendimento de altssimo padro, no

    elevando o custo da obra, simplesmente optando pela gama de materiais que

    j se encontram a disposio no mercado e utiliza-los da forma mais eficiente

    possvel, mas que por alguma razo estas prticas ainda no foram

    disseminadaas. Ao longo desta produo, cada etapa ser detalhada

    minuciosamente com as qualidades e garantias que nos levaram a optar por

    uma das linhas.

    Ao concluirmos as etapas citadas anteriormente, iremos levar este novo

    mtodo ao mercado (indivduo, empresas, meio acadmico, etc.), pois

    estamos vendo uma tima oportunidade de desenvolvimento no ramo, no

    somente para os idealizadores, mas para todos os envolvidos. Pretendemos

    tambm, incentivar empresas que esto tentando de alguma forma entrar no

    mercado e encontram vrias dificuldades, por preconceito dos potenciais

    clientes, falta de conhecimento com relao eficincia e custo/benefcio.

    1.4 OBJETIVO ESPECFICO

    O Objetivo Especfico deste trabalho expandir o conhecimento sobre

    vrios mtodos construtivos, entender, compreender, aplicar e incentivar a

    utilizao e a disseminao destes.

    O aperfeioamento na utilizao de softwares como AutoCad 2015,

    Revit 2015, Scia Engineer 2015 e Office, para o desenvolvimento dos projetos

    arquitnicos, estruturais e de instalaes, assim como para a criao das

    planilhas oramentrias, necessrias para a comparao dos custos dos

    mtodos construtivos que iro levar a concluso deste trabalho.

    A pesquisa permite que tenhamos noo do panorama global da

    construo civil no Mundo e no Brasil, nos direcionando a uma visualizao de

    reas com grande potencial para empreender e inovar. A busca por

    informaes coloca em contato o atutnomo, o empresrio, o aluno e o cliente,

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    levando a uma ampla discusso sobre as melhores diretrizes para a rea,

    analisando as opnies possvel fazer uma projeo das tendncias do

    mercado.

    2. REFERNCIAL TERICO

    2.1 PROJETO ARQUITETNICO

    Aps analisarmos o projeto inicial, verificamos que, desenvolvendo os

    dois mtodos construtivos baseado em um mesmo arquitetnico iramos

    agregar mais conhecimento. A partir deste pensamento criamos o projeto

    arquitetnico, locado no lote 8, Rua 7, condomnio Marina Ilha Verde,

    localizado em Pelotas-RS no bairro Laranjal, o terreno escolhido possui uma

    rea total de 2464,89m e a rea construda de 1875,56m.

    O empreendimento possui no pavimento trreo, hall de entrada

    (63,82m) com 2 escadas de acesso ao pavimento superior, uma cozinha

    (92,79m) compartilhada com a sala de jantar, neste mesmo setor possui um

    lavabo (3,36m). Possui um sala estar/bar (99,34m) para integrao dos dois

    ambientes, uma circulao (10,25m) e um wc(14m), uma churrasqueira

    (70,21m), piscina (180,22m), deck (463,89m) onde faz a ligao da casa com

    o arroio. No pavimento superior o empreendimento possui uma circulao

    (61,99m), 1 dormitrio (29,04m), 2 dormitrio (30,24m), wc para uso em

    conjunto (4,40m), circulao (7,8m), sala individual(16,6m), escritrio

    (22,23m), sacada (8,74m), na sute mster, 1 closet (11,22m), 2 closet

    (13,73m), dormitrio (71,04m), wc sute ( 35,69m), rea verde (6,98m) e

    uma sacada (22,61m).

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    O projeto que iremos executar tem como caractersticas construtivas de

    um dos mtodos o concreto armado, a superestrutura conta com pilares, vigas

    e lajes revestidos com reboco, o fechamento feito em alvenaria de vedao

    em bloco cermico 14x19x29cm, com chapisco, emboo e reboco totalizando 3

    cm de espessura as 3 camadas de revestimento, a fachada ser revestida na

    maior parte por pastilhas de vidro, vidro temperado e textura. As fundaes

    sero definidas posteriormene, aps a obteno das reaes atravs do projeto

    estrutural. O piso ser frio na parte molhada e no resto piso flutuante de

    madeira.

    O segundo mtodo, em construo seca, possui caracterstica

    construtivas com vigas e pilares em ao com perfil I, aparafusados in loco, a

    laje deste mtodo executivo ser executada com steel frame revestida

    (superior) com placa OSB, EPS de alta densidade, cimentcia e revestimento

    (piso frio ou flutuante com regularizao de contrapiso) a inferior com Painel

    SIP (OSB/EPS/OSB) e pendural de gesso,o fechamento das paredes externas

    ser feita com dry wall (OBS/EPS/placa cimentcea/revestimento), as paredes

    internas em dry wall, revestidas com acabamento de pintura, a fundao ser

    definida aps a obteno das reaes atravs do projeto estrutural.

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    Figura 10 Projeto Arquitetnico Planta Baixa Trreo/Cobertura

    Fonte: Autoral

    2.2 ESTRUTURA

    2.2.1 AO ESTRUTURAL

    No Brasil a produo do ao em 2014 foi de 33,9 milhes de toneladas, queda

    de 0,7% em relao a 2013, ocupando a 9 colocao no ranking de produo

    mundial. A produo mundial de ao teve aumento de 1,2% no ano de 2014 em

    relao a 2013, totalizando 1,66 bilhes de toneladas, segundo a worldsteel,

    principal associao do setor.

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    A China, maior produtor de ao do mundo, terminou 2014 com um

    crescimento de 0,9% com a produo de 822,7 milhes de toneladas. A regio

    que mais produziu foi o oriente mdio com um aumento de 7,7%em relao ao

    ano passado, fechando o ano com uma produo de 28,5 milhes de

    toneladas. Nos Estados Unidos a produo aumentou em 1,7% e somou 83,2

    milhes de toneladas. A Figura 10 mostra o cenrio da produo mundial em

    2010.

    Figura 11 Principais produtores de Ao no Mundo em 2010

    Fonte: IABR, 2010

    Existem muitos paradigmas negativos com relao utilizao do ao

    como componente estrutural nico que podem estar impedindo uma anlise

    correta sobre sua aplicao e uso como sistema estrutural. Os mais citados

    so: o custo, oxidao, dificuldades com interfaces e que necessidade de

    tratamentos trmicos para proteo contra fogo.

    Resumidamente, de maneira geral, podemos dizer que sim, em alguns

    casos o ao mais caro, porm, nem sempre o mais caro o menos

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    adequado, se empregado corretamente pode trazer uma srie de benefcios

    que podem reverter facilmente o custo final, mesmo com um custo especfico

    maior, relacionado oxidao, depender de qual ser a vida til do

    empreendimento, mas certamente no ser isso que ir inviabilizar sua

    utilizao, para as interfaces, existem muitos estudos a respeito, podem ser

    utilizados os manuais do CBCA (Centro Brasileiro da Construo em Ao) nos

    quais prope mtodos e materiais para que no ocorram essas possveis

    patologias, com relao a sua resistncia ao fogo, este j um tema

    amplamente estudado tanto pela ABNT (Associao Brasileira de Normas

    Tcnicas)como pelo CBCA (Centro Brasileiro da Construo em Ao), a ABNT

    disponibiliza normas e o CBCA dispe um manual (Resistncia ao Fogo das

    Estruturas de Ao) de como se deve proceder com a proteo deste material.

    Assim como qualquer elemento que se encontra exposto a intempries este

    tambm precisa de algum revestimento de proteo. Ao concluir os estudos de

    Oramento iremos analisar estas viabilidades.

    Quanto s verdades que tornam este sistema extremamente

    competitivo, podemos citar:

    Sua rapidez, uma de suas caractersticas mais visveis, na fase de

    montagem ela se torna extremamente eficiente se comparada com outros

    sistemas, esta caracterstica tambm viabiliza um retorno mais rpido do

    capital investido, pois reduz drasticamente o cronograma de execuo.

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    Figura 12 Projeto com Estrutura Mista Instituto Moreira Salles, So Paulo

    Fonte:http://arcoweb.com.br/projetodesign/tecnologia/andrade-morettin-

    instituto-moreira-salles-sao-paulo

    Grande Flexibilidade, facilidade em executar reforos ou fazer alguma

    alterao de projeto, por exemplo, fazer uma abertura em algum local no

    projetado, essa uma das razes de o ao ser muito utilizado pelas indstrias,

    http://arcoweb.com.br/projetodesign/tecnologia/andrade-morettin-instituto-moreira-salles-sao-paulohttp://arcoweb.com.br/projetodesign/tecnologia/andrade-morettin-instituto-moreira-salles-sao-paulo
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    devido ao dinamismo do mercado, ocorrem muitas mudanas de layout quando

    a necessidade de aquisio de novos equipamentos.

    Figura 13 Layout Industrial, facilidade de alterao

    Fonte:http://www.moinhopiramide.com.br/estruturas-metalicas.php

    Grande Preciso, devido s tolerncias milimtricas de produo do ao,

    as interfaces com outros equipamentos industrializados ligados a estrutura

    ficam muito mais fceis, alm de tornar a preciso da obra muito mais

    satisfatria.

    Figura 14 Ponte Helix, Marina Bay, Cingapura

    http://www.moinhopiramide.com.br/estruturas-metalicas.php
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    Fonte:http://wwwo.metalica.com.br/ponte-helix

    Alta Resistncia, possibilidade de elementos estruturais com menores

    dimenses e possibilidade de vencer grandes vos.

    Figura 15 Guindaste Prtico Golias, Estaleiro Rio Grande

    Fonte:http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1473405&page=203

    100% Reciclvel, com relao a sustentabilidade e meio ambiente, a

    conscincia ecolgica compreende a vantagem de se utilizar um material que

    100% reciclvel, alm de reduzir a explorao de outros recursos naturais.

    Figura 16 Processo de Produo/Reciclagem do Ao

    Fonte:Instituto Ao Brasil

    http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1473405&page=203
  • 26

    Podemos concluir que a soluo estrutural deve ser escolhida com base

    no conhecimento dos sistemas e suas caractersticas tcnicas e no deve ser

    influenciada por paradigmas, preconceitos e desconhecimento dos demais

    sistemas. Com uma anlise incompleta e distorcida podemos perder os

    benefcios de uma boa soluo (CBCA). Pretendemos apresentar mais uma

    soluo e que ela no seja escolhida por intuio, mas sim embasada em uma

    deciso lgica, racional e estruturada, levando em conta todos os aspectos que

    podem influenciar seu desempenho e assim optar pelo bom aproveitamento da

    obra.

    2.2.2 CONCRETO ESTRUTURAL

    Descoberto no ano de 1849 por Joseph Louis Lambot, um agricultor

    Francs, ele construiu um barco usando cimento reforado com ferros. At

    cerca de 1920 o concreto armado era chamado de cimento armado, o

    material possua a desconfiana de todas mas aos poucos foi sendo superado.

    Em 1902 foi erguido o primeiro grande prdio comercial de grande altura, 64

    metros, gerou polmica pois os comentrios seriam de que no agentaria as

    aes do vento e a retrao do concreto. Hoje o concreto o segundo material

    mais consumido no mundo, um material que apresenta alta resistncia a

    tenso de compresso, porm, baixa resistncia a trao, cerca de 10% da

    resistncia a trao. Por esse motivo, necessrio a juntar o concreto a um

    material que tenha alta resistncia a trao, por exemplo o ao. Com este

    material (concreto + ao) temos o concreto armado, onde a armadura absorve

    as tenes de trao e o concreto as tenses de compresso, onde o ao

    auxilia nas tenses de compresso (pilares, por exemplo).

    No entanto, o conceito de concreto armado envolve a questo de

    aderncia, que essencial no concreto armado, sem a aderncia da armadura

    no concreto no se tem concreto armado.

  • 27

    A armadura do concreto chamado de armadura passiva, o que significa

    que as tenses e deformaes nela aplicadas devem-se exclusivamente aos

    carregamentos aplicados nas peas onde ele est inserido. como armadura

    tem-se que ter um material com altas resistncias mecnicas, principalmente

    resistncia trao. A armadura no tem que ser necessariamente de ao,

    pode ser de outro tipo de material, como fibra de carbono, bambu, etc. O

    trabalho conjunto, solidrio entre o concreto e a armadura fica bem

    caracterizado na anlise de uma viga de concreto simples (sem armadura), que

    rompe bruscamente to logo surge a primeira fissura, aps a tenso de trao

    atuante alcanar e superar a resistncia do concreto trao (Figura 12a).

    Entretanto, colocando-se uma armadura convenientemente posicionada na

    regio das tenses de trao, eleva-se significativamente a capacidade

    resistente da viga.

    Figura 17 Viga com e sem armadura

    Fonte:www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/armados.html

    Uma pesquisa feita pela fundao Getlio Vargas(FGV), a pedido da

    Abcic (Associao brasileira da construo industrializada de concreto) revelou

    que 31,1% dos pr-fabricantes de concreto planejam investir mais em 2015, no

    ano de 2014 44% das empresas do segmento de pr-fabricados de concreto

    investiram mais do que em 2013.

    file:///C:/Users/Leonardo%20R.%20Farias/Desktop/Faculdade/9%20Semestre/TCC%20I/TCC1/www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/armados.htmlhttp://www.segs.com.br/economia/33890-fgv-constata-que-31-1-dos-pre-fabricantes-de-concreto-planejam-investir-mais-em-2015.htmlhttp://www.segs.com.br/economia/33890-fgv-constata-que-31-1-dos-pre-fabricantes-de-concreto-planejam-investir-mais-em-2015.htmlhttp://www.segs.com.br/economia/33890-fgv-constata-que-31-1-dos-pre-fabricantes-de-concreto-planejam-investir-mais-em-2015.html
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    2.3 STEEL FRAMING

    O sistema steel framing amplamente utilizado em pases como EUA,

    Japo, Canad, Argentina, Chile e Europa, caracterizado por um esqueleto

    estrutural leve composto por perfis de ao galvanizado que trabalham em

    conjunto e servem como base de fixao para o revestimento, este, formado

    por um conjunto de placas, externas e internas alm de materiais para

    isolamento trmico e acstico. Pode ser utilizado como sistema estrutural de

    qualquer edificao, desde que projetado adequadamente, paredes externas e

    internas, tetos e pisos, conferindo tecnologia, resistncia e sustentabilidade.

    Figura 18 Certificaes da LEED (rgo de certificao Mundial)

    Fonte:http://www.usgbc.org/leed

    A estrutura de steel framing possui um peso prprio relativamente

    menor do que os de sistemas de vedaes ditos convencionais, sendo

    fundamental na etapa de calculo considerar as cargas de vento, gerando

    economia nas etapas de fundaes e menores dimenses no sistema

    estrutural, seu processo de fabricao e extremamente rigoroso, onde so

    exigidas precises milimtricas em suas dimenses, alm do processo de

    http://www.usgbc.org/leed
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    cisalhamento eliminar totalmente o desperdcio de material o que aumenta a

    eficincia e rapidez de montagem.

    Figura 19 Estrutura de Steel Framing

    Fonte:http://www.casaprefabricada.org/casas-industriais-steel-framing

    O revestimento externo pode ser feito com placa cimentcia parafusadas

    diretamente nos perfis da estrutura, sobre uma barreira de vapor que impede a

    entrada de gua, porm estepermite que a parede respire, evitando a

    condensao da gua em seu interior, as bordas so tratadas com fitas e

    massas especficas, para dar um aspecto final sem frisos e criar uma superfcie

    apta a receber qualquer tipo de acabamento. Outro revestimento externo

    utilizado no sistema o EIFS (Exterior Insulation Finishing System) composto

    por painel OSB, barreira de vapor, EPS, tela em fibra de vidro e argamassa

    elastomrica. O revestimento interno pode ser variado, permite uma gama de

    materiais que podem ser utilizados separadamente ou em conjunto (placas de

    cimento, gesso acartonado, osb, etc.), possuem uma composio adequada

    para cada aplicao, reas secas, midas, resistentes ao fogo e para

    http://www.casaprefabricada.org/casas-industriais-steel-framing
  • 30

    ambientes agressivos. Este tipo revestimento da um aspecto extremamente liso

    no acabamento final.

    Figura 20 Casa mista, estrutura de ao/steel framing

    Fonte: https://www.google.com.br/search?q=paises+que+mais +steel+framing

    As instalaes eltricas e hidrulicas so projetadas e executadas

    seguindo os mesmos princpios e materiais utilizados na construo

    convencional. A grande vantagem oferecida pelo sistema a facilidade de

    execuo destas instalaes, pois devido ao vazio interno das paredes e a

    presena de furos nos montantes (elementos verticais, guias so os elementos

    horizontais) permite uma execuo rpida e sem demolio. Para um bom

    desempenho trmico e acstico so utilizadas mantas de l de vidro ou de

    polister no interior das paredes e no forro.

    Figura 21 Instalaes Hidrossanitrias e Eltricas

    Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/steel-framing

    http://wwwo.metalica.com.br/steel-framing
  • 31

    Ao final da obra no possvel diferenciar um sistema do outro, porm

    este sistema oferece um desempenho superior aos modelos convencionais de

    construo.

    Figura 22 Acabamento Final

    Fonte: https://framecad.com/en/

    2.4 VEDAES

    2.4.1 Paredes (DRYWALL)

    So paredes constitudas por placas de gesso parafusadas em uma

    estrutura de steel framing.

    Esta estrutura constituda por guias (elementos horizontais) e

    montantes (elementos verticais), podem ser de Wood Framing (estrutura de

    madeira) ou Steel Framing (estrutura de ao), sobre as quais so fixadas as

    placas de gesso, em uma ou mais camadas, gerando uma superfcie apta a

    receber qualquer tipo de acabamento final.

    https://framecad.com/en/
  • 32

    Figura 23 Wood Framing e Steel Framing

    Fonte: https://www.google.com.br/search?q=sistema+drywall&es_sm

    Dentro das vantagens que este sistema dispe podemos nos ater a

    vrias, porm o objetivo no este, iremos citar somente as principais

    como:montagem rpida com obra limpa e seca, ganho de rea til em

    decorrncia da menor espessura das paredes, permite varias opes de

    acabamento, menor peso prprio (diminuindo custos com fundaes),

    adaptabilidade a qualquer tipo de estrutura (madeira, concreto ou ao),

    facilidade de instalao e manuteno dos sistemas eltricos e hidrulicos,

    isolamento trmico e acstico, resistncia ao fogo, entre outras.

    Figura 24 Equivalncia do Isolamento Acstico de cada tipo de parede

    Fonte: http://www.gessosagitarios.com.br/parede-drywall.htm

    https://www.google.com.br/search?q=sistema+drywall&es_smhttp://www.gessosagitarios.com.br/parede-drywall.htm
  • 33

    A forma de montagem e os materiais utilizados definem o nvel de

    desempenho que pode variar com o nmero de placas, dimenso das

    estruturas e incorporao de elementos isolantes trmicos e acsticos.

    Figura 25 Quantidade de Camadas conforme a necessidade do Projeto

    Fonte: http://aureimoveis.blogspot.com.br/2012/01/obra-seca-e-rapida.html

    So utilizadas internamente como paredes de distribuio, separativas e

    tcnicas. Este sistema tambm pode ser uma alternativa muito interessante

    pelo fato de permitir a personalizao dos espaos e deix-los muito

    maisagradveis, o gesso ainda pode ser reciclado indefinidamente, porm

    ainda no existem usinas de reciclagem de gesso no Brasil.

    Figura 26 Conforto x Personalizao do Ambiente

    Fonte: http://www.gessoneto.com.br/

    http://aureimoveis.blogspot.com.br/2012/01/obra-seca-e-rapida.htmlhttp://www.gessoneto.com.br/
  • 34

    2.4.2 Alvenaria de vedao

    A alvenaria de vedao pode ser definida como alvenaria que apenas

    para suportar o seu prprio peso e no para resistir a aes diferentes. A

    vedao responsvel pelo fechamento da edificao para proteo de

    intempries e para compartimentao dos ambientes internos .

    Alvenaria de Vedao Racionalizada

    O principio bsico da alvenaria racionalizada tomar todas as decises

    quanto aos passos de execuo na fase de projeto e document-los em forma

    de desenho ou observaes descritivas. Assim, o projeto contempla todo o

    detalhamento executivo, estrutural, alvenaria e instalaes, compatibilizando

    tudo.Quando se pretende implantar conceitos de racionalizao da construo,

    deve-se iniciar pela estrutura da edificao. Em seguida, priorizar a alvenaria

    de vedao. Isso porque o subsistema de vedao vertical interfere nos demais

    subsistemas da edificao: revestimento, impermeabilizao, esquadrias,

    instalaes eltricas e de comunicao e instalaes hidrossanitrias. Todos

    esses servios somados representam uma parcela considervel do custo de

    uma obra.

    Em contraponto alvenaria tradicional, a alvenaria racionalizada apresenta

    as seguintes caractersticas:

    Utilizao de blocos de melhor qualidade, com furos na vertical para a

    passagem de instalaes.

  • 35

    Planejamento prvio da paginao da alvenaria, cada bloco est

    desenhado no seu devido lugar.

    Projeto da produo, projeto compatibilizando estrutura, alvenarias e

    demais subsistemas.

    Treinamento da mo-de-obra.

    Utilizao de famlia de blocos com blocos compensadores para evitar a

    quebra de blocos na execuo.

    Reduo drstica do desperdcio de materiais, sem quebras e sem

    remendos.

    Melhoria nas condies de limpeza e organizao do canteiro de obras.

    A racionalizao construtiva pode ser entendida como a aplicao mais

    eficiente dos recursos em todas as atividades desenvolvidas para a construo

    do edifcio.

    Figura 27 Alvenaria de vedao racionalizada, detalhe para instalaes embutidas

    Fonte: http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-

    %20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdf

    http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-%20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdfhttp://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-%20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdf
  • 36

    Figura 28 Alvenaria de vedao racionalizada

    Fonte: http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-

    %20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdf

    2.5 LAJES

    2.5.1 Piso Estrutural

    Podemos caracterizar este elemento como uma estrutura de ao leve,

    steel framing, composta por duas guias com perfil C, laminado a frio, travadas

    por um sistema de trelias fixadas entre elas.

    Na parte superior das armaes fixada uma placa que pode ser de

    Aglomerado, OSB ou compensado, esta espessura varia de 18 a 22mm, logo

    acima uma placa de contra placado de 9 a 18mm, a partir da a superfcie est

    pronta para receber qualquer tipo de revestimento,um material de isolamento

    acstico pode ser adicionado entre os tabuleiros com espessura e densidade

    variadas, tambm h outros materiais com possibilidade de serem adicionados

    http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-%20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdfhttp://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-%20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdf
  • 37

    para reduo de impactoe isolamento trmico, sua aplicao ir variar

    conforme a necessidade do projeto.

    Figura 29 Opes de Laje (Piso/Teto)

    Fonte: http://www.encon.co.uk/products/view/1161/jcw-acoustic-deck-28-32-52w

    2.5.2 Teto

    Para o revestimento do teto, utilizam-se duas placas de gesso

    sobrepostas com espessuras e densidades conforme a necessidade do projeto.

    Possui uma importante caracterstica, so resistentes ao som, tambm

    podem ser utilizadas placas de fibra de gesso. A fixao das placas no teto

    realizada na parte inferior dos tabuleiros.

    2.5.3 Tratamento Termo acstico

    So colocadas mantas de l mineral entre as vigas com densidades e

    espessuras variveis de acordo com a necessidade do projeto. Hoje j existem

    http://www.steelconstruction.info/File:F4_3.pnghttp://www.steelconstruction.info/File:F4_4.pnghttp://www.steelconstruction.info/File:F4_5.pnghttp://www.steelconstruction.info/File:F4_6.pnghttp://www.encon.co.uk/products/view/1161/jcw-acoustic-deck-28-32-52w
  • 38

    outros materiais que substituem a l mineral, porm ainda no foram

    incorporados ao mercado brasileiro, haveria necessidade de uma avaliao

    mais completa para poder confirmar se vivel ou no produzi-lo ou import-lo.

    Ento como o esta indstria ainda no nos permite outra gama de materiais

    para que possamos optar, acabamos por recorrer a ela.

    2.5.4 Lajes em concreto armado

    As lajes podem ter vrios modelos sendo eles: Laje macia, laje

    treliada, laje pr fabricada entre outras. Podem ter a sua disposio da

    armadura sendo armada em uma s direo e armada nas duas direes.Lajes

    so elementos estruturais bidimensionais planos com cargas

    preponderantemente normais ao seu plano mdio, considerando uma estrutura

    convencional, as lajes transmitem as cargas do piso s vigas, que as

    transmitem, por sua vez, aos pilares, atravs dos quais so as cargas

    transmitidas s fundaes, e da ao solo.

    Figura 30 Laje em concreto armado

    Fonte: http://usuarios.upf.br/~zacarias/Cap-2-%20Lajes-de-Concreto-Armado.pdf

    O comportamento estrutural primrio das lajes o de placa, que por

    definio, uma estrutura de superfcie caracterizada por uma superfcie mdia

    (S) e uma espessura (h), com esforos externos aplicados perpendicularmente

    a S. As lajes possuem um papel importante no esquema resistente para as

    http://usuarios.upf.br/~zacarias/Cap-2-%20Lajes-de-Concreto-Armado.pdf
  • 39

    aes horizontais, comportando-se como diafragmas rgidos ou chapas,

    compatibilizando o deslocamento dos pilares em cada piso.As cargas verticais

    que atuam sobre as lajes so consideradas geralmente uniformes, algumas o

    so de fato, outras, como o caso de paredes apoiadas em lajes armadas em

    cruz, so transformadas em cargas uniformes utilizando hipteses

    simplificadoras. Referimo-nos sempre s lajes de edifcios residenciais ou

    comerciais; no caso de lajes de pontes, por exemplo, o clculo deve ser mais

    preciso. As principais cargas a se considerar so: Peso prprio da laje; Peso

    de eventual enchimento; Revestimento; Paredes sobre lajes; Carregamento

    acidental.

    Admitem-se trs tipos de apoio para as lajes:

    Bordo livre: quando no h suporte (Ex.: laje em balano)

    Bordo apoiado: quando no h restrio dos deslocamentos verticais, sem

    impedir a rotao das lajes no apoio (Ex.: laje isolada apoiada por vigas)

    Bordo engastado: quando h impedimento do deslocamento vertical e rotao

    da laje neste apoio (Ex.: lajes apoiadas por vigas de grande rigidez).

    Figura 31 Laje armada em duas direes

    Fonte: http://www.fec.unicamp.br/~almeida/au405/Lajes/Lajes_Macicas_EESC.pdf

    http://www.fec.unicamp.br/~almeida/au405/Lajes/Lajes_Macicas_EESC.pdf
  • 40

    2.6 SUSTENTABILIDADE

    2.6.1 Ao

    Temos o desafio de modernizar a construo, o objetivo da nova

    gerao diminuir o impacto da construo civil no meio ambiente, utilizando

    materiais menos agressivos e reciclveis, a sustentabilidade tem sido

    amplamente discutida, incentivada e, na medida do possvel exigida pelos

    rgos vigentes.

    Dentro do cenrio em que estamos, obviamente temos que aliar isso a

    competitividade das empresas e tornar estes sistemas menos agressivos

    viveis para que elas atendam essa nova perspectiva do mercado.

    Tendo isso como foco, entende-se que necessrio agir e explorar

    estes novos conceitos de construo e buscar formas, maneiras e explicaes

    concretas para disseminar isso dentro do meio construtivo, para que no seja

    uma exceo e nem uma regra, mas para que seja uma situao de

    normalidade e para que se insira dentro da nossa cultura empresarial.

    H uma defasagem com relao aos pases desenvolvidos, no

    podemos apontar um culpado pela falta de incentivo, o governo deveria

    incentivar mais? Sim. Mas assim como o governo tem sua parcela de

    responsabilidade, ns tambm temos.

    A informao nunca esteve to acessvel como nos tempos de hoje,

    ento tambm cabe a ns busc-la e transmiti-la. Devemos utilizar nossos

    conhecimentos matemticos, tcnicos e cientficos na criao, aperfeioamento

  • 41

    e planejamento de utilidades, sejam elas de natureza material, estrutural,

    econmica ou ecolgica.

    Figura 32 Sustentabilidade

    Fonte: http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-sustentabilidade-da-terra-

    image22474840

    2.6.2 Concreto

    O Engenheiro e professor da Universidade de So Paulo, Javier

    Mazariegos Pablos, desenvolveu o concreto ecologicamente correto, que

    substitui areia, pedra e gua por materiais reaproveitados, uma das solues

    para modificar esse cenrio de destruio o reaproveitamento. Levando ao

    p da letra o significado da palavra reaproveitar, o Instituto de Arquitetura e

    Urbanismo da USP idealizou um concreto, feito de materiais alternativos

    reaproveitados, que economiza quase 100% de recursos naturais utilizados em

    concretos normais.Segundo o engenheiro autor do estudo, Javier Mazariegos

    http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-sustentabilidade-da-terra-image22474840http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-sustentabilidade-da-terra-image22474840
  • 42

    Pablos, a idia principal do projeto preservar os recursos naturais e evitar a

    enorme contaminao dos aterros industriais. O concreto tradicional emprega

    cimento, areia, pedra e gua, enquanto o sustentvel substitui 70% da areia

    natural por areia de fundio utilizada na fabricao de moldes de peas

    metlicas e 100% da pedra por escria de aciaria resduo que sobra da

    produo do ao, alm de reduzir em grande quantidade o uso de gua,

    explica.

    Os moldes feitos para a fabricao de peas de metal so compostos

    basicamente de areia de fundio e argila. O metal, derretido a quase 1400

    graus, colocado no molde, depois de tomar a forma, o molde destrudo,

    porm somente 10% do que restou dele pode ser reaproveitado para a

    fabricao de novos moldes, os outros 90% so descartados, conta.O

    pesquisador explica que a areia de fundio facilmente doada pelas fabricas,

    que descartam cerca de 400 toneladas dessa areia por ms. No fim das

    contas os dois lados ganham com o uso desse material. Para o descarte, os

    aterros industriais cobram em mdia R$ 200 por tonelada, ou seja, doar acaba

    sendo bastante vantajoso para as fbricas, ressalta.

    O concreto sustentvel, alm de evitar o grande descarte de resduos,

    colabora para que a areia no seja retirada do meio ambiente. O concreto

    convencional , na maioria das vezes, feito com areia retirada dos leitos dos

    rios, isso pode causar assoreao e mais uma srie de danos, comenta.

    De acordo com Javier, por conta da facilidade em conseguir a matria

    prima, o custo da produo do concreto sustentvel bem menor do que o do

    concreto normal. O produto que ns desenvolvemos ainda no est venda,

    mas duas industrias j esto interessadas em comprar a patente, e se

    comercializado, certamente vai custar mais barato que os outros, conta.

    Segundo ele, o projeto, desde o inicio, nunca teve pretenso em concorrer no

    mercado com outros concretos.

  • 43

    O objetivo final no lucrar com vendas, mas sim melhorar as

    condies do meio ambiente e preservar os recursos que ainda nos

    restam, afirma.

    O concreto sustentvel no pode ser usado para fins estruturais,

    somente para pavimentao, caladas, contrapisos e outras reas que no

    sofrem tanto esforo. Na verdade esse concreto to resistente quanto o

    convencional, mas como ainda no foram feitos os estudos, que levam mais de

    20 anos de observao do comportamento do material, no aconselhvel

    usar, alerta.

    Segundo ele, vrios testes foram feitos para comprovar a resistncia do

    produto. Quando aplicado em caladas, por exemplo, agenta toneladas sem

    sofrer danos. Isso acontece porque as caladas so apoiadas no cho,

    diferente das paredes, que sustentam o peso da casa, esclarece.

    3. METODOLOGIA

    O mtodo proposto consiste em comparar duas metodologias

    construtivas baseadas em um mesmo modelo arquitetnico. De maneira

    sucinta este, as diferenas entre eles so nas partes de, estrutura principal,

    fundaes, vedaes e instalaes.

    O objeto da pesquisa analisar a viabilidade de cada mtodo. Alm

    disto, aplicar as informaes tcnicas multidisciplinares mais relevantes que

    devem ser consideradas na profisso, em nosso ponto de vista. Sendo assim,

    a pesquisa foi organizada de forma a abordar os temas relacionados macro-

    atuao, justamente para passar a idia do todo, at chegar dentro do contexto

    regional. As linhas de pesquisa esto citadas a seguir:

    1 - Onde o ao esta sendo bem explorado e as vantagens que isto traz;

    2 - O panorama geral da construo civil no Brasil e no Mundo;

  • 44

    3 - A competitividade de nossos sistemas construtivos;

    4 - A disponibilidade de materiais;

    5 - As tendncias do Mercado;

    6 - As vantagens e desvantagens do sistema seco;

    7 - A descrio de cada componente;

    8 - O mtodo construtivo em si;

    9 - A comparao com o sistema convencional;

    10 - O estudo de viabilidade;

    11 - Relao Custo/Benefcio;

    Deste modo, a metodologia da pesquisa foi estruturada de maneira a abordar e

    caracterizar as vertentes acima citadas:

    A primeira esta relacionada produo e consumo de ao em um

    mbito global e o quo ele se tornou importante para o desenvolvimento dos

    pases, desenvolvida atravs de buscas a sites de rgos e empresas que

    esto envolvidos com estes mercados, alm de algumas revises

    bibliogrficas, tendo a possibilidade de consultar dados e tabelas que

    direcionam ao momento e situao real.

    A segunda, intencionada a expor como esta o mercado da construo

    civil, com relao aos mtodos construtivos empregados, se, encontram-se ou

    no de acordo com o que acontece ou aconteceu em outros pases que fazem

    jus a comparao com o Brasil, para estas concluses no bastando o

    conhecimento prtico, houve a necessidade de um estudo de situao em cada

    pas, a utilizao da internet como ferramenta de busca foi fundamental, alm

    de algumas entrevistas com profissionais da construo civil.

    A terceira tem como inteno chegar aos fins com uma anlise crtica

    sobre as boas prticas de construo no Pas, para os objetivos, alm de uma

    reflexo a respeito de obras as quais houve participao tanto na fase de

    projeto como na fase de execuo por parte dos autores, foram realizadas

  • 45

    buscas na internet a respeito do assunto e tambm foram ouvidas as opinies

    de profissionais do ramo.

    A quarta, foi realizada uma pesquisa de mercado, se h disponibilidade

    de todos os materiais necessrios, condies de fornecimento, prazos,

    identificando os potenciais fornecedores, utilizando como ferramenta de busca

    a internet e o conhecimento, por parte dos autores, dentro do mercado da

    construo.

    A quinta atende por esclarecer as novas tendncias mercadolgicas, o

    que os construtores pretendem construir, quais produtos os corretores

    venderiam com mais facilidade e o conceito fundamental do cliente final, qual

    sua busca no mercado, se hoje o mercado atende as necessidades dos

    consumidores, com relao a prazos, preos e qualidade. Para chegar ao

    ponto de vista geral foram ouvidas todas as partes relacionadas dentro do

    processo.

    A sexta tende expor a origem do sistema, os paradigmas que esto

    envolvidos, como e por que esta sendo incorporado por vrios empresrios,

    vantagens e desvantagens que acompanham o sistema, por que optar por este

    mtodo, seus benefcios, sua relao com o meio ambiente, onde a construo

    seco est relacionada com a sustentabilidade e a sua viabilidade de acordo

    com a necessidade do projeto. As concluses sobre este mtodo foram obtidas

    atravs de uma profunda anlise do sistema, entrevistas com profissionais que

    adotaram parcialmente este sistema e os que vo contra sua utilizao.

    A stima tem como inteno apresentar, detalhar e descrever cada

    componente envolvido na execuo do sistema construtivo a seco, revises

    bibliogrficas foram feitas para obteno de todos os dados necessrios,

    entrevistas com profissionais da rea, assim como o conhecimento prtico.

  • 46

    A oitava simplesmente descreve o mtodo construtivo, seria um roteiro

    para execuo, como fonte, foram utilizados sites de empresas, revises

    bibliogrficas e entrevistas com os prticos da rea.

    A nona parte para a prtica do assunto, realizao dos projetos,

    estrutural, gua, esgoto e eletricidade, painis para vedao e lajes, sequncia

    de execuo, finalizando com oramento para obteno do custo final da obra.

    A dcima e a dcima primeira esto vinculadas, pois os estudos de

    viabilidade so baseados nas etapas de projetos e oramentos, com a

    concluso dos mesmos, posteriormente, possvel desenvolver e chegar

    racionalmente a uma relao de custo/benefcio, embasado no conhecimento

    adquirido ao longo desta produo.

    4. ETAPAS

    As etapas consistem em toda a seqncia de itens que sero

    desenvolvidos para organizar e simplificar a realizao do Trabalho de

    Concluso de Curso. Descritas a seguir.

    4.1 PESQUISA

    A pesquisa baseia-se em revises bibliogrficas para anlise dos

    processos que esto envolvidos, dos mtodos construtivos, do mercado da

    construo civil no Brasil, do panorama global, da disponibilidade de materiais,

    do grau de inovao do pas e na busca para a total compreenso e

    entendimento dos assuntos que sero desenvolvidos ao longo desta produo.

  • 47

    4.2 PROJETO ARQUITETNICO, ESTRUTURAL E INSTALAES

    Por se tratar de um comparativo, torna-se necessrio um projeto

    arquitetnico que servir de base para a aplicao dos mtodos construtivos.

    O terreno foi escolhido aleatriamente, esta localizado no condomnio

    Marina Ilha Verde em Pelotas, possui uma rea de aproximadamente 2475

    metros quadrados e delimitado pelo Arroio Pelotas em sua lateral direita e

    fundos.

    Os projetos complementares e estruturais dos dois sistemas construtivos

    so de nossa autoria, assim todos os quantitativos e oramentos sero

    efetuados para podermos comparar os dois mtodos aplicados em nosso TCC.

    4.3 ELABORAO DO PROJETO PELO MTODO CONVENCIONAL

    E MTODO ALTERNATIVO

    Tendo como base os projetos por ns desenvolvidos, utilizaremos o

    mtodo convencional de concreto armado e o mtodo alternativo de estrutura

    em ao. Utilizaremos a comparao entre esses dois mtodos para definio

    dos tipos de materiais a serem utilizados, dimensionamento da estrutura de ao

    e concreto, expor alguns materiais pouco vistos no mercado da construo

    brasileira, alm de projeto de instalaes e seqncia de execuo.

  • 48

    4.4 ORAMENTAO

    Aps a concluso das etapas de projeto, ser realizada a oramentao

    de ambos os mtodos, com a inteno de comparar e concluir sobre a

    viabilidade de ambos, de forma lgica, tcnica e racional.

    4.5 ESTUDOS DE VIABILIDADE CONCLUSIVOS

    De acordo com os resultados obtidos conforme o oramento executado

    na etapa anterior, ser possvel distinguir, caracterizar, comparar e concluir

    sobre a relao de custo benefcio que cada mtodo oferece, justificando-os

    atravs dos valores finais de cada oramento.

  • 49

    5. DESCRIO DAS ETAPAS

    Os sub itens deste captulo tem como objetivo descrever o raciocnio

    utilizado no desenvolvimento da soluo de cada etapa e as metologias

    aplicadas, de normas e de outras bibliografias especializadas em cada assunto.

    5.1 PROJETO ARQUITETNICO

    A concepo do projeto arquitetnico era criar uma edificao que exigisse

    o mximo dos aspectos estruturais, ou seja, vos extensos, pouca quantidade

    de elementos e peas com grandes reas de laje, respeitando os conceitos

    arquitetnicos, como orientao solar e proporo volumtrica, as exigncias

    normativas e o plano diretor da cidade.

    O projeto foi concludo dentro do AutoCAD 2015, porm as pranchas sero

    apresentadas de acordo com a compatibilizaodeste com os projetos

    complementares dentro do Revit 2015.

    Figura 33 Planta de Situao

    Fonte: Autoral.

  • 50

    Figura 34 Planta de Planta Baixa

    Fonte: Autoral

    Figura 35 Lanamento 3D do volume

    Fonte: Autoral

  • 51

    Figura 35A Render 3D

    Fonte: Autoral

    Figura 36 Pr Lanamento Steel Framing no Revit 2015

    Fonte: Autoral

  • 52

    Figura 37 Pr Lanamento Steel Framing no Revit 2015 Detalhe

    Fonte: Autoral

    5.2 PROJETOS ESTRUTURAIS

    Partindo do projeto arquitetnico devidamente definido e lanado foi

    possvel fazer o pr lanamento da estrutura, locao de vigas e pilares, este

    lanamento serviu para os dois mtodos, atendendo a premissa de que as

    estruturas devem ser identicas, posteriormente fizemos os pr

    dimensionamentos (arbritar valores de dimenso para os componentes

    estruturais) de ambas, liberando o lanamento e o dimensionamento dentro do

    software.

    O vento foi calculado de acordo com a ABNT NBR 6123 - Foras devido

    aos Ventos, foram feitos os carregamentos a zero e a noventa graus para

    ambos os casos.

  • 53

    O software utilizado para o dimensionamento das estruturas foi o Scia

    Engineer 15, a Nemetschek (empresa detentora do software) dispe de uma

    licena estudantil mediante cadastro, o programa trabalha na plataforma BIM,

    portanto, compatvel com o Revit 15. Uma das grandes vantagens do Scia

    permitir que o usurio faa todo o projeto dentro de uma plataforma 3D, se

    tornando assim, eficiente, interativo e competitivo.

    5.2.1 Scia Engineer

    Software de anlise e dimensionamento multimaterial para todos os tipos

    de projetos, sua grande variedade de funcionalidades o torna til para todos os

    tipos de projetos. Alm de uma ferramenta de modelagem especial, gerador de

    malhas automtica e um solver de alta performance, suas funcionalidades

    agilizam a checagem e otimizao da estrutura, alm de possuir diversas

    normas internacional.

    O Scia Engineer esta integrado com vrios tipos de plataformas: IFC,

    SDNF, MS Excel, XML, VRML, DWG, DXF. O Software trabalha em cima de

    uma plataforma CAD 3D, portanto, possvel fazer todos os lanamentos e

    verificaes em trs dimenses, sendo um dos seus diferenciais, outro que

    podemos citar a velocidade de processamento da estrutura, neste caso

    especfico, nenhuma verificao levou mais de 30 segundos, dando uma

    grande velocidade durante a produo. O Scia Engineer permite integrar todas

    as fazes do projeto em um nico projeto: modelagem, anlise,

    dimensionamento, verificaes, desenhos, memria de clculo e tambm um

    relatrio final dentro de uma plataforma word do prprio programa, a utilizao

    desta plataforma funciona da seguinte maneira: conforme a necessidade do

    usurio, ele seleciona os itens que deseja documentar, como quantidade de

    material utilizado por exemplo. O programa superou as espectativas, a rpida e

    intuitiva visualizao da estrutura em 3D, a possibilidadedo usurio fazer todo o

  • 54

    trabalho em trs dimenses, torna o processo interativo e autosugestivo com

    melhor visualizao desde sua criao at a finalizao do projeto.

    Exemplo de aplicao dentro do Scia Engineer:

    Figura 38 Funcionalidade do programa, escolha do material e suas

    caractersticas

    Fonte: Autoral

  • 55

    Figura 39 Escolha da seo transversal de pilar

    Fonte: Autoral

    Figura 40 Lanamento e carregamento da estrutura

    Fonte: Autoral

  • 56

    Figura 41 Esforos internos na estrutura

    Fonte: Autoral

    Figura 42 Visualizao detalhada dos esforos internos na viga selecionada

    Fonte: Autoral

  • 57

    Figura 43 Janela Design forms, onde consegue-se visualizar o dimetro da

    armadura longitudinal e estribos

    Fonte: Autoral

    O dimensionamento da Estrutura de Ao foi feito de acordo com as

    exigncias da Norma Americana (IBC), lembrando que a Norma Brasileira para

    Estruturas de Ao (ABNT NBR 8800) embasada na Norte Americana,

    portanto as normativas so muito semelhantes.

  • 58

    As Bibliotecas do Programa trabalham em simultaneidade, ento, todos

    os perfis esto de acordo com o mercado brasileiro. O clculo feito pelo

    Mtodo dos Elementos Finitos e a verificao estrutural pode ser feita tanto

    pelo Mtodo das Tenses Admissveis, quanto pelo Mtodo dos Estados

    Limites ltimos, optamos pelo segundo em ambos os casos. As ligaes

    metlicas foram consideradas rgidas, em razo de o projeto arquitetnico no

    permitir contraventamentos verticais, logo, a estrutura trabalha como um prtico

    rgido, este tipo de ligao padro do programa, lanada automaticamente e

    caso o usurio queira dar graus de liberdade possivel atravs de ferramenta

    especfica. Neste caso ser adicionado um custo de material e mo de obra

    somente para as ligaes, considerando-as.

    Figura 44 Estrutura de Ao - Lanamento Estrutural

    Fonte: Autoral

  • 59

    Figura 45 Estrutura de Ao Anlise dos Esforos por Elemento

    Fonte: Autoral

    Figura 46 Estrutura de Ao Pr Dimensionamento

    Fonte: Autoral

  • 60

    Figura 47 Estrutura de Ao Estrutura com ligaes finalizadas

    Fonte: Autoral

    Figura 48 Estrutura de Ao Estrutura finalizada vista frontal

    Fonte: Autoral

    Figura 49 Estrutura de Ao Estrutura Finalizada vista lateral

    Fonte: Autoral

  • 61

    Figura 50 Estrutura de Ao Detalhes das ligaes

    Fonte: Autoral

    Figura 51 Estrutura de Ao Estrutura Final

    Fonte: Autoral

  • 62

    A estrutura de concreto seguiu as exigncias da Norma Brasileira, os

    clculos e as verificaes so feitos atravs dos mtodos citados

    anteriormente, a estrutura trabalha como prtico rgido, portanto todas as

    ligaes so engastadas, tambm geradas automaticamente pelo programa.

    Figura 52 Estrutura de Concreto Ao da Laje

    Fonte: Autoral

    Figura 53 Estrutura de Concreto Ao do Vento 0

    Fonte: Autoral

  • 63

    Figura 54 Estrutura de Concreto Estrutura Final

    Fonte: Autoral

    O software nos permitiu modelar os tipos de carregamentos que a

    nossa estrutura necessitou, alm de utilizar o calculo de elementos finitos (

    uma importante ferramenta computacional para executar clculos que na

    prtica seriam muito difceis ou at mesmo impossveis). O software tambm

    utiliza anlises de segunda e terceira ordem.A renderizao uma ferramenta

    muito til do programa para melhor visualizao da estrutura, com o uso do

    software podemos visualizar a estrutura em 3D, podemos analisar a estrutura

    em 360.

    Figura 55 Estrutura de concreto Estrutura Final

    Fonte: Autoral

  • 64

    Figura 56 Estrutura de concreto Estrutura finalizada

    Fonte: Autoral

    Figura 57 Estrutura de concreto Detalhe dimenso das vigas e pilares

    Fonte: Autoral

    Figura 58 Estrutura de concreto Vista de dentro da edificao

    Fonte: Autoral

  • 65

    Detalhe da armadura em 3D : neste formato, fica clara a visualizao da

    disposio da armadura em toda a sua estrutura

    Figura 59 Estrutura de concreto Detalhe da armadura 3D

    Fonte: Autoral

    Figura 60 Estrutura de concreto Armadura 3D

    Fonte: Autoral

  • 66

    Verificao da armadura para possveis edies da mesma.

    Figura 61 Estrutura de concreto Software, gerao da armadura para

    possveis edies

    Fonte: Autoral

    Verificao individual da estrutura selecionada:

    Disposio das armaduras, verificaes gerais de momento e esforos de

    corte.

    Figura 62 Estrutura de concreto verificaes de momento e esforo de corte

    Fonte: Autoral

  • 67

    Visualizao geral da estrutura com a armadura

    Figura 63 Estrutura de concreto Armadura total da estrutura

    Fonte: Autoral

    Comparativo das normas :

    OBSERVAO: Devido algumas limitaes de verificaoe anlise ainda no

    estarem adaptadas para a Norma Brasileira, utilizou-se para o

    dimensionamento da estrutura de concreto a Eurocode.

    A NBR 6118 (2003) e o EUROCODE 2 (2003) utilizam como princpio, a

    trelia generalizada de Mrsch. Estas normas permitem que o ngulo de

    inclinao das bielas de trao (armadura transversal) varie de 45 a 90 e

    prescrevem 45 como o valor mximo para o ngulo da biela comprimida de

    concreto. O EUROCODE 2 permite a utilizao de com um valor mnimo de

    21,8 enquanto a NBR 6118 limita este valor mnimo em 30. A definio do

    valor deste ngulo , em ambas as normas, de livre escolha do projetista. Na

  • 68

    verificao da ruptura por trao diagonal, observa-se que o EUROCODE 2

    no leva em considerao a contribuio dos mecanismos complementares

    trelia, isto , a armadura transversal absorve integralmente todo o esforo

    cortante de clculo. Quanto verificao da ruptura por esmagamento do

    concreto, ambas as normas apresentam ndice de fragilidade do concreto,

    sendo o valor do EUROCODE mais conservativo. Portanto, com a utilizao do

    EUROCODE, so esperados resultados mais conservativos que os alcanados

    com a NBR 6118.

    Figura 64 Norma Comparativo entre normas

    Fonte: www.bibliotecadigital.ufmg.br

    5.3 PROJETO DE INSTALAES HIDROSSANITRIAS

    O projeto de Instalaes hidrossanitrias seguiu as premissas da ABNT-

    NBR 5626-1998 Instalao Predial de gua Fria, ABNT-NBR 8160-1999

    Sistemas Prediais de Esgoto Sanitrio, ABNT-NBR 7198-1993 Projeto e

    execuo de Instalaes Prediais de gua Quente, alm de outras bibliografias

    complementares.Vale ressaltar que estes projetos so bsicos, somente para

    http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/
  • 69

    possibilitar o diemensionamento e levantamento de quantidades, feitos atravs

    do AutoCAD.

    5.3.1 Projeto de Distribuio de gua

    A rede de distribuio de gua foi projetada diferentemente para cada

    um dos mtodos construtivos, logo, o sistema de construo a seco tem sua

    distribuio de gua realizada atravs do sistema PEX e o sistema

    convencional atravs do sistema convencional ou PVC rgido.

    Figura 65 Rede de distribuio de gua Projeto finalizado

    Fonte: Autoral

  • 70

    Figura 66 Rede de distribuio de gua Projeto finalizado

    Fonte: Autoral

    Figura 67 Rede de esgoto Projeto finalizado

    Fonte: Autoral

  • 71

    Figura 68 Hidrossanitrio Valores dos pesos dos aparelhos

    Fonte: ABNT-NBR 8160-1999

    Figura 69 Hidrossanitrio bacos para dimetros, vazes e perdas de carga

    Fonte: ABNT-NBR 8160-1992

  • 72

    Figura 70 Hidrossanitrio Valores de perda de carga por conexo

    Fonte: ABNT-NBR 8160-1999

    O PEX um sistema de tubulao plstico que pode ser utilizado para

    gua quente e fria, suporta at 95 Celsius, no sofre corroso, sua

    caracterstica mais importante a flexibilidade. A capacidade de fazer curvas

    diminui consideravelmente a necessidade de conexes, diminuindo a perda de

    carga e aumentando a presso disponvel em cada ponto, outras vantagens,

    como a facilidade de manuteno, execuo, transporte, estocagem, grandes

    trechos sem conexes, porcentagem de perda e baixa condutividade trmica

    tambm devem ser consideradas na escolha.

    O PVC rgido ainda a melhor opo para instalaes de esgoto,

    porm, para instalaoes de distribuio de gua, deve ser feita uma anlise

    criteriosa, com anlise de custos, composies e vantagens de cada sistema,

    h tambm alguns estudos que comprovam uma larga vantagem do PEX,

    inclusive no custo final de material e mo de obra.

  • 73

    Figura 71 Hidrossanitrio Valores definidos de presso para os respectivos

    equipamentos sanitrios distribuio PVC

    Fonte: Autoral

    Figura 72 Hidrossanitrio Valores definidos de presso para os respectivos

    equipamentos sanitrios distribuio PEX

    Fonte: Autoral

  • 74

    Alguns valores de presso requerida no ponto foram negativos, ou seja,

    a gua no teria fora suficiente para chegar at determinado aparelho, em

    funo da quantidade de perda de carga ao longo do percurso, a soluo foi

    colocar uma bomba de presso na sada de cada caixa, aumentando a presso

    disponvel em 18 kpa, com isso, todos os valores de presso ficaram a cima

    das margens mnimas, cuja mxima mnima de 15 kpa, conforme norma.

    5.3.2 Projeto de Esgoto com cisterna de reaproveitamento

    Visando o meio ambiente e as prximas geraes, as concepes deste

    projeto est baseada no reaproveitamento das guas e na separao de cada

    tipo de esgoto para um melhor tratamento dos resduos, por essa razo, os

    sistemas de esgoto foram divididos em trs linhas de projeto: distribuio de

    gua, esgoto com cisterna de reaproveitamento de guas provenientes de

    chuveiros, pias e precipitaes, esgoto com gordura e esgoto cloacal, toda

    tubulao constituda por PVC rgido e o clculo da mesma foi realizado

    atravs do mtodo das Unidades Hunter, conforme norma.

    Figura 73 Hidrossanitrio

    Valores de unidades

    Hunter

    Fonte: ABNT-NBR 7198-

    1993

  • 75

    Figura 74 Hidrossanitrio Definio do dimensionamento de ramais de esgoto

    Fonte: ABNT-NBR 7198-1993

    Figura 75 Hidrossanitrio Dimensionamento de tubos de queda

    Fonte: ABNT-NBR 7198-1993

  • 76

    Figura 76 Hidrossanitrio Dimensionamento de tubos de ventilao

    Fonte: ABNT-NBR 7198-1993

    As calhas foram dimensionadas conforme a soluo proposta por uma

    empresa especializada na rea, funciona da seguinte maneira: calcula-se a

    vazo de projeto em litros por minuto que igual a rea de projeo do telhado

    multiplicada pela intensidade pluviomtrica (maior volume ocorrido no tempo

    em horas) divididos por 60 minutos, em posse destes valores feitra consulta

    em tabela.

    Figura 77 Dimensionamento de Calhas

    Fonte: Engeplas

    Figura 78 Condutores Verticais

    Fonte: Engeplas

  • 77

    Figura 79 Condutores Horizontais

    Fonte: Engeplas

    5.4 PROJETO DE INSTALAES ELTRICAS

    A elaborao do projeto eltrico foi baseada nas normas: NBR

    5410:2004, NBR 5419 aterramento, NBR 5413 iluminncia desejada e normas

    da concessionria local CEEE(RIC). Em funo de a casa possuir uma grande

    rea total, o modelo de entrada de energia o tipo C modelo trifsico

    fornecimento de 4 fios (3 fases e neutro) cuja potncia instalada se restringe a

    25kW e 75kW, a tenso utilizada padro 220V.

    Foi realizada a quantificao do sistema, com o levantamento da

    previso de cargas da nossa edificao, determinando a quantidade, potncia

    nominal e localizao dos pontos de utilizao (tomadas, iluminao, ar

    condicionado e etc.), posteriormente foi elaborado o quadro de previso de

    cargas que nada mais que, a tabela que contem todas as informaes de

    distribuio das cargas de uma instalao. A localizao dos pontos eltricos

    foi estrategicamente posicionada para melhor utilizao dos moradores, assim

    como, o percurso percorrido pelos eletrodutos onde verificamos o menor trajeto

    possvel. A diviso dos circuitos foi realizada para um melhor conforto dos

    moradores, foi dividido em 21 circuitos, caso necessite algum ponto de reparo

    ou para possveis curto circuitos, poder identificar mais rapidamente e com

    segurana o problema.

  • 78

    Figura 80 projeto eltrico planta baixa pavimento trreo

    Fonte: Autoral

    Figura 81 projeto eltrico planta baixa deck piscina

    Fonte: Autoral

  • 79

    Figura 82 projeto eltrico planta baixa segundo pavimento

    Fonte: Autoral

    Figura 83 Quadro de previso de cargas

    Fonte: Autoral

  • 80

    Figura 84 Diviso de Circuitos

    Fonte: Autoral

    5.5 FUNDAES

    As fundaes foram personalizadas de acordo com cada mtodo

    construtivo e calculadas com base em bibliografias especializadas, para o

    radier a obra de Braja Das principles of foundation engineering 7th -, todas

    citadas na Bibliografia. O intuto oferecer a soluo mais barata e

    tecnicamente vivel para cada situao, logo, para o mtodo de construo a

    seco optamos por superficiais do tipo radier (em virtude do baixo peso deste

    tipo de estrutura), e para o mtodo convencional, profundas por estaca

    cravada, o perfil SPT do local foi baseado nos resultados reais obtidos por

    alunos da UCPel em funo de seu trabalho de concluso, em 2014, portanto

  • 81

    so confiveis, porm, justamente o perfil local do terreno escolhido apresentou

    resultados duvidosos, com valor mdio de Nspt na faixa de 3 ao longo dos 24

    metros ensaiados, extremamente baixos, visto que o terreno esta situado em

    um loteamento, portanto, estes valores deveriam ser maiores.

    Figura 85 Perfil Nspt do solo onde se localiza o terreno

    Fonte: TCC - Investigao geotcnica dos solos de Pelotas usando o SPT como

    ferramenta de anlise

    O dimensionamento final do radier apresentou dimenses finais de 15,7

    metros de largura por 30,7 metros de comprimento e 45 centmetros de

    espessura. A tenso mxima no solo devido ao carregamento externo foi de

    22,8 kN/m. As verificaes apresentaram 38,7 kN/m para tenso admissvel

    do solo (resultado satisfatrio), recalque imediato igual a 9,03 milmetros

    (resultado satisfatrio) e para recalque por adensamento igual a 19,1

    centmetros (resultado no satisfatrio), o recalque total igual a soma do

    imediato mais o de o por adensamento igual a 20,13 centmetros, visto que o

    mximo permitito por norma de 25 milmetros, a soluo apresentada no

    satisfez a necessidade do projeto. Neste caso especfico a soluo seria

  • 82

    encontrar uma camada com valor de Nspt aceitvel e aplicar uma fundao

    profunda, fazer um melhoramento deste solo e reduzir o peso da construo.

    A proposta para o mtodo convencional a utilizao de estacas pr-

    moldada cravadas com dimenses de 35x35cm, para viabilizar o

    dimensionamento desta fundao, foi arbitrada um melhoramento do perfil do

    solo a partir da cota 13 metros, com valores de Nspt na faixa de 15. Optamos

    pela estaca pr-moldada em virtude dela poder ser usada abaixo do nvel

    dgua, por no sofrer com ataques de organismos aerbios e organismos

    inferiores. Os clculos para a determinao das fundaes foi pela NBR-

    6122:2010, o clculo da capacidade de carga foi realizado pelos mtodos que

    esto sendo muito utilizados na atualidade, sendo eles, Mtodo Aoki Velloso

    1975 e Decourt Quaresma 1985, que so baseadas nas correlaes de

    valores. Os blocos de fundao foram dimensionado seguindo a norma NBR-

    6118:2003, em funo das cargas de reao dos pilares serem valores

    consideravelmente altos, o empreendimento possui blocos de fundao com

    estacas que variam de 2 7 unidades por bloco, sendo o bloco com sete

    estacas a mais carregada. Atravs dos clculos realizados podemos observar

    que a estaca pr-moldada possui uma capacidade de carga maior que a estaca

    hlice contnua, com basicamente as mesmas dimenses, em funo desta

    observao e pelo custo final optamos pelo mtodo da estaca pr-moldada

    cravada.

    5.6 COMPATIBILIZAO NO REVIT

    A compatibilizao dos projetos complementares foi uma das propostas

    deste trabalho, assim como a validao da tecnologia BIM na transferncia

    dinmica de arquivos gerados por softwares diferentes e integrados dentro do

    REVIT, todos os testes foram aprovados. Neste caso, o teste da interface do

    arquivo gerado pelo Scia Engineer com o REVIT, no houve nenhuma falha na

    vinculao e os programas funcionaram perfeitamente, porm, para fazer

  • 83

    qualquer alterao na estrutura dimensionada, somente no arquivo de origem

    dentro do programa de origem, aps esta alterao a estrutura

    automaticamente se atualiza dentro do REVIT. Os demais projetos

    complementares no foram possveis compatibilizar devido a ausncia de

    licenas estudantis destes programas e de arquivos tamplates para o REVIT

    gratuitos.

    Sequncia de Compatibilizao:

    O fluxo de projeto funciona da seguinte maneira: no software de

    dimensionamento, aps finalizar a estrutura, salvar o arquivo no formato IFC

    (formato universal) dentro de uma nova pasta, abre-se um novo arquivo dentro

    do REVIT, salvar este novo arquivo na mesma pasta que o IFC, dentro do revit,

    inserir arquivo com vnculo IFC, este arquivo vir em forma de bloco, ou seja,

    s possvel altera-lo dentro do programa de dimensionamento.

    Figura 86 Vinculao da estrutura entre o Scia e o Revit

    Fonte: Autoral

  • 84

    Aps o lanamento da estrutura no Revit, inicia-se o dos outros

    componentes atravs do programa, fundaes, lages, paredes, telhado,

    escadas, etc, feito de forma bem simples, tanto em 2 como em 3 dimenses,

    conforme escolha do usurio, as dificuldades ficam por conta das

    configuraesespecficas de cada projeto. A aba de navegao de projeto

    permite selecionar cada pavimento ou cada corte da vista, onde possvel

    alinhar os elementos e alterar qualquer configurao geomtrica, outra aba

    importante a de propriedades, onde so feitas alteraes de caracterstica do

    material.

    Figura 87 planta baixa como interface de trabalho

    Fonte: Autoral

  • 85

    Figura 88 corte como interface de trabalho

    Fonte: Autoral

    Figura 89 laamento de radier e escadas

    Fonte: Autoral

  • 86

    Figura 90 lanamento estrutura interna das paredes em steel framing

    Fonte: Autoral

    Figura 91 Lanamento das placas de fechamento

    Fonte: Autoral

  • 87

    Figura 92 Finalizao do lanamento

    Fonte: Autoral

    Figura 93 Projeto finalizado

    Fonte: Autoral

  • 88

    5.7 ORAMENTAO

    Os oramentos foram estruturados conforme o PLEO, os valores para

    cada item, alguns, foram obtidos atravs das composies do mesmo e outros

    em consultas com empresas locais especializadas.

    O incio de cada oramento se deu em funo das atividades envolvidas

    em cada mtodo construtivo, seguindo a sequncia lgica de execuo.

    A segunda etapa iniciou com os levantamentos de quantidades e

    posteriormente os valores de cada servio.

    Aps a obteno do custo direto de construo foi feita a composio do

    BDI, conforme o TCPO 2013, porm, com valores atualizados.

    A composio do tempo se deu atravs da produo mdia de cada

    atividade, conforme acompanhamento em canteiro e na base de dados do

    TCPO.

    OSERVAO: O trabalho tem como proposta a comparao entre dois

    mtodos construtivos, convencional (concreto/alvenaria) e construo a seco

    (hard steel framing), porm, devido a proximidade do hard steel framing com o

    steel framing, diferenciando-se somente na estrutura principal e nas fundaes,

    estimamos o custo aproximado desta obra em steel framing. A ttulo de

    curiosidade.

  • 89

    Os resultados sero apresentados atravs do Oramento Sinttico

    obtido aps a concluso do Estimativo, alm do Cronograma Fsico Financeiro.

    Os valores de produo por hora ou dia, foram obtidos atravs de

    anlise em campo, com situaes reais, semelhantes as aplicadas nesta obra.

    Como definio, o Oramento Estimativo pode ser caracterizado pela obteno

    do valor global da obra obtido atravs de projetos bsicos e fundamentado em

    planilhas que expressem a composio dos custos unitrios, mais o BDI. O

    Sinttico ou Reduzido corresponde a apresentao dos principais itens da

    descriminao e seus respectivos preos totais.

    Sero feitos trs comparativos:

    - hard steel framing (sistema A) x steel framing (sistema B)

    - hard steel framing (sistema A) x convencional (sistema C)

    - convencional (sistema C) x steel framing (sistema B)

  • 90

    O comparativo se dar em funo da porcentagem de reduo do custo

    direto para cada item, do cronograma fsico financeiro, do preo de venda e de

    parmetros imensurveis, como, segurana, probabilidade de acidente, visitas

    a obra, quantidade de pessoas no canteiro, equipamentos, tempo de retorno do

    investimento e etc.

    Figura 94 Oramento sinttico e cronograma fisico financeiro estrutura de ao

    Fonte: Autoral

    Figura 95 - Oramento sinttico e cronograma fisico financeiro steel framing

    Fonte: Autoral

  • 91

    Figura 96 Oramento sinttico e cronograma fisico financeiro sistema convencional

    Fonte: Autoral

    5.8 ESTUDOS DE VIABILIDADE CONCLUSIVOS

    O estudo de viabilidade foi baseado nos resultados obtidos aps a

    concluso dos oramentos, vale enfatizar que no existem valores estimados,

    possuem embasamentos tcnicos e tericos, em planilhas oficiais e em

    pesquisas de mercado regional, portanto so valores prximos da realidade,

    levando em conta os projetos envolvidos no empreendimento e tambm

    aborados neste trabalho, foram todos conferidos e aprovados pelos

    professores reponsveis por cada uma das disciplinas.

  • 92

    A viabilidade de um projeto passa por aspectos como: tipo de

    empreendimento, local, tempo de obra, custo, recursos, adequao normativa.

    O caso estudado trata de uma residncia locada no Marina Ilha Verde,

    Pelotas, Rio Grande do Sul, dentro do oramento, no foi considerado o valor

    de aquisio do terreno.

    O tempo de obra foi estimado atravs da hora homem envolvida em

    cada etapa da construo, atravs do pleo, do conhecimento prtico e de

    levantamentos com empresas especializadas. Neste aspecto, os sistemas

    industrializados de construo a seco apresentaram uma grande vantagem

    comparadas ao sistema convencional, com um cronograma 25% menor tanto

    para o mtodo com estrutura de ao, quanto para o steel framing.

    Os recursos envolvidos em cada um dos mtodos so disponibilizados

    em toda regio, com prazos de entrega relativamente rpidos, assim como a

    mo de obra, neste aspecto os mtodos a seco levam vantagem no que se diz

    a disponibilidade de material, por se tratarem de componentes industrializados,

    so produzidos em larga escala, logo so estocados e ficam prontos para

    entrega. O fato da construo a seco utilizar menor variedade de material

    acarreta diretamente nos custos de transporte e no transito de veculos dentro

    da obra, pois nestes mtodos em poucas cargas possvel alimentar toda

    obra. Por sua vez o sistema convencional em concreto armado leva vantagem

    no que se refere a disponibilidade de mo de obra, porm, uma mo de obra

    menos especializada e mais propicia a confrontos judiciais.

    Os aspectos normativos esto resolvidos, pois os materiais utilizados

    nos mtodos convencionais j esto consagrados dentro das normas.

    Relacionado aos sistemas a seco, todos os materiais para serem produzidos

    devem possuir selo de qualidade e atender a altos nveis de exigncia

  • 93

    cobrados pelos orgos fiscalizadores atravs de testes especficos para cada

    propriedade fsica, logo, so confiveis e possuem tima qualidade e

    tecnologia.

    O custo direto de cada um dos mtodos apresentou diferenas

    considerveis.

    O comparativo AB, entre estrutura de ao e steel framing, o steel framing

    apresentou um custo direto 39% menor que o sistema estruturado com ao,

    influenciados pela reduo no peso da estrutura, consequentemente a reduo

    no custo de fundaes, alm dos valores relacionados aos perfis estruturais

    que no steel framing so eliminados.

    O comparativo AC, entre estrutura de ao e concreto armado, o sistema

    a seco com estrutura de ao, levou vantagem em praticamente todos os

    aspectos, o sistema convencional apresentou um custo mais baixo com relao

    as paredes, porm elas no apresentam nenhuma vantagem acstica e

    trmica, o que no ocorre com o sistema de vedao em placas, que possuem

    vrias camadas de isolamento trmico e acstico. Finalizando com uma

    reduo de 18% no custo direto da construo com o sistema a seco.

    O comparativo BC, entre o steel framing e o sistema convencional, o

    steel framing apresentou menores custos em praticamente todos os itens,

    apresentando maiores valores para paredes, em razo das camadas de

    isolamentos. Neste comparativo o steel framing apresentou um custo direto

    64% menor que o mtodo convencional.

    O preo de venda cosidera o BDI, para cada um dos mtodos estes

    valores foram calculados, todos considerando 10% de lucro, houveram

    alteraes em variveis que levam em considerao o tempo de obra, e o

  • 94

    custo direto de cada uma, o sistema estruturado em ao apresenta um BDI de

    43,58%, o steel framing apresenta um BDI de 46,52% e o sistema convencional

    apresenta um BDI de 63,87%.

    Analisando as variveis envolvidas, conclumos que para este caso,

    seria mais vivel uma construo utilizando o sistema de construo a seco em

    steel framing.

    Os itens onde existiram diferena de valores so apresentados na tabela

    comparativa, mostrada a seguir:

    Figura 97 Resultados Comparativo Final

    Fonte: Autoral

    6. CONCLUSO

    A concluso deste trabalho passa diretamente pelo estudo dos nmeros

    envolvidos em cada mtodo construtivo, com os resultados podemos afirmar

    que a metodologia mais arriscada e com maior custo, para o construtor e para

    o comprador a convencional com utilizao de concreto armado para

    estrutura e vedaes com bloco cermico, ainda podemos citar, o alto nvel de

    risco destas obras, a grande quantidade de etapas, tempo de execuo,

    atrasos, alterao nos valores de oramento, retrabalho, demolio,

  • 95

    disperdcio, rotatividade da mo de obra (pouco qualificada), porm estes

    aspectos so imensurveis neste estudo de caso.

    O mtodo estruturado em ao apresenta grandes vantagens quanto ao

    tempo de execuo e qualidade em conforto trmico e acstico alm da

    facilidade para montagem das componentes estrturais, e instalaes eltricas e

    hidrossanitrias, apresenta um custo mdio comparado aos outros dois.

    O steel framing se posicionou como opo mais tcnica e

    economicamente vivel, neste caso, alm de ter o menor custo direto, 39% e

    64% menor se comparado ao mtodo estruturado em ao e o em concreto

    armado, alm de apresentar um cronograma reduzido, concluido com poucas

    etapas, baixo ndice de transporte, baixo custo de venda e alta qualidade de

    isolamento trmico e acstico, alm de ser uma tecnica consolidada nos EUA e

    na Europa.

    As vantagens das construes a seco tambm podem contar com o

    baixo ndice de desperdcio, variando de 2% a 4%, e dos materiais

    caractersticas de de sustentabilidade, ou seja, so reciclveis, enquanto o

    ndice de desperdcio dos mtodos convencionais vo de 10% a 20%, alm

    destes mtodos no possuirem uma poltica de reciclagem bem definida.

    O Brasil tem muito a evoluir com relao a mtodos construtivos e novas

    tecnologias, mas sim, existem empresas que esto procurando entrar no

    mercado e inovar, seja com novos mtodos ou materiais mais modernos. H

    uma grande disponibilidade de produtos inovadores em nosso pas, porm,

    eles tem encontrado certa dificuldade, assim como as novas propostas

    construtivas, em quebrar os paradigmas e pr-conceitos do mercado, sendo

    que apresentam caractersticas iguais ou melhores se comparadas com as de

    materiais j consagrados.

  • 96

    ANEXO A

    Oramentos Estimativos e Planilha

    Comparativa

  • 97

    ANEXO B

    Oramentos Sintticos com

    cronograma fsico/financeiro

  • 98

    ANEXO C

    Relatrio Scia Engineer

    Estrutura de Ao

  • 99

    ANEXO D

    Relatrio Scia Engineer Estrutura de

    Concreto Armado

  • 100

    ANEXO E

    Pranchas

  • 101

    7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS

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