1. INTRODUÇÃO 1.1 APRESENTAÇÃO - SCIA, Structural … · 2016-10-10 · uma capacidade...
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1. INTRODUO
1.1 APRESENTAO
O presente trabalho tem como objetivo, informar, educar e comprovar a
viabilidade de dois mtodos construtivos. Um deles ser baseado na
metodologia de trabalho da construo a seco, utilizando como principal
componente estrutural o ao. O outro,em mtodos convencionais, utilizando
concreto principal componente estrutural.
As reservasde calcrio (principal componente do cimento) abrangem
cerca de 20 000 Km de rea e as de minrio de ferro (principal componente do
ao) atingemuma rea que gira em torno de 8 000 Km, colocando o Brasil
entre as maiores potncias do mundo em extrao, consumo e exportao
desta indstria.
PRODUO DE MINRIO DE FERRO
Figura 1 Produo de minrio de ferro e de cimento no Brasil e no Mundo
Fonte: USGS 2012 e cimento.org
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Figura 2 Exportaes Brasileiras - Ferro
Fonte: MDIC 2012
O consumo de ao por habitante de 131 kg e o de cimento de 400
kg, enquanto os pases desenvolvidos consomem acima de 400 kg de ao por
habitante e buscam a utilizao mais estratgica do cimento, os Estados
Unidos, por exemplo, reduziu pela metade o consumo de cimento em 5 anos, j
o Brasilem 30 anos aumentou apenas um 1 kg por ano no consumo de ao,
segundo dados do Instituto Ao Brasil. Levando em considerao que o
perodo em que esses pases mais se desenvolveram, todos passaram por um
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grande momento de produo e consumo de ao, independente das razes e
necessidades que levaram a isso. O exemplo disto, hoje a China. O pas tem
uma capacidade instalada de 48,4 milhes de toneladas por ano de ao bruto,
j a capacidade de cimento atinge cerca de 74,9 milhes de toneladas por ano.
Figura 3 Parque produtor de Ao e de Cimento no Brasil
Fonte:Instituto Ao Brasil e SNIC
A indstria da construo civil uma das maiores consumidoras destes
produtos, a combinao do ao com o concreto da origem ao concreto armado
visto na Figura 4, sendo fundamental nos sistemas estruturais de qualquer
projeto. inegvel que a combinao ao/concreto funciona perfeitamente, um
com funo de resistir aos esforos de trao e o outro com a funo de resistir
aos esforos de compresso. Dentro deste contexto, pode-se descrever
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artesanal, algo que feito sem recurso ou meios sofisticadosou tcnicas
elaboradas ou industriais, sensato afirmar ento que este sistema construtivo
pode ser classificado como artesanal.
Figura 4 Exemplo Estrutura de Concreto Armado
Fonte:https://www.google.com.br/search?q=concreto+armado&es_sm=122
O objetivo deste trabalho desenvolver o mercado da construo civil,
utilizando tcnicas mais competitivas, tendo como pilares de fundamento, a
competitividade, a sustentabilidadee o meio ambiente. Utilizando materiais que
sejam menos agressivos e visando a agilidade na entrega dos produtos finais
com a maior qualidade possvel, sem elevar o custo final da obra,
simplesmente optando por outros materiais e comprovando de maneira racional
a viabilidade ou no deste mtodo.
Figura 5 Exemplo Estrutura de Ao
Fonte:https://www.google.com.br/search?q=sistema+estrutura+de+a%C3%A7
https://www.google.com.br/search?q=concreto+armado&es_sm=122https://www.google.com.br/search?q=sistema+estrutura+de+a%C3%A7 -
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1.2 PROBLEMTICA DA PESQUISA
Os pases mais desenvolvidosbuscam aprimorar suas tcnicas de
construo, buscando obras mais competitivas, limpas e sustentveis,
incentivando a pesquisa, uso e o desenvolvimento de mtodos cada vez mais
modernos e assim diminuir o uso de materiais originados da extrao de
recursos naturais, em nosso pas, para os interessados no assunto, encontram-
se vrios artigos que falam sobre e algumas empresas que esto inserindo
este novo jeito de fazer construo no mercado, porm, existem dificuldades,
seja por falta de incentivo, lobby ou paradigmas que ainda no foram
quebrados.
Figura 6 Edifcio de 30 Andares Executado em 15 dias (China)
Fonte:https://www.bsb.com
https://www.bsb.com/ -
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O Brasil ocupa o Hall da indstria cimenteira como o sexto maior
produtor e quarto maior consumidor do mundo, em 2013, foram produzidas 70
milhes de toneladas (KIHARA e VISEDO, 2014) e como projeo o SNIC
(Sindicado Nacional da Indstria do Cimento) espera uma produo de 110
milhes de toneladas at 2016 (SANTOS, 2011).
Figura 7 Organograma do Mercado do Cimento no Brasil 2012
Fonte: SNIC
A base da construo civilesta praticamente toda voltada para a indstria
do cimento, nica consumidora, impulsionada por obras de infraestrutura e
habitao, motivo o qual possuem um longo cronograma de execuo,
necessidade de um elevado nmero de empregados para a realizaode
servios, grande rotatividade, dificuldade em encontrar mo de obra
qualificada,alm do desperdcio de material,gerao de resduos, poluio do
meio, alto nvel de agressividade para os trabalhadores, elevado peso prprio
dos componentes, dificuldade de demolio, baixo grau de proteo acstica e
trmica e as impossibilidades arquitetnicas que este mtodo impe nos levam
a explorar alternativas mais inteligentes e que j esto a nossa disposio.
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Figura 8 Planilha de Avaliao do Sistema Estrutural mais Adequando
Fonte: CBCA
Figura 9 Planilha de Avaliao da Configurao do Sistema em Ao
Fonte: CBCA
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O mercado atual chegou ao seu limite, percebemos que estamos
necessitados em dar um passo em direo ao futuro, evoluir, construes mais
prticas e competitivas, visando qualidade de produto, integrao com o meio
ambiente, conforto para os clientes, incentivo a qualificao dos funcionrios e
a progresso lucrativa dos investidores.
1.3 OBJETIVO
O presente trabalho tem como objetivo principal propor diretrizes para
utilizao de novos mtodos construtivos mais competitivos e de acordo com
as novas exigncias do mercado. Estas diretrizes consideram os aspectos
tcnicos multidisciplinares do projeto (Arquitetura, Engenharia e outras
disciplinas), econmicos, mercadolgicos e oramentrios. Nos quais esto
relacionados os principais aspectos que influenciam na utilizao destes
mtodos.
O desenvolvimento desta pesquisa baseia-se na linha de pensamento
de que as premissas para o desenvolvimento de projetos com mtodos mais
modernos e mais competitivos, cujas decises tcnicas so
consideradaslevando em conta os requisitos de empresas, usurios e
administradores prediais (operao e manuteno), podem ser utilizadas para
aperfeioar e desenvolver as prticas de construo, torn-las mais eficientes e
assim beneficiar ambas as partes envolvidas.
O refinamento deste estudo investiga a possibilidade de se propor uma
linha de raciocnio especfica para o desenvolvimento de projetos de
empreendimentos, que alm das possibilidades j existentes e disseminadas
no mercado, tenham-se mais opes que proporcionem o desenvolvimento e a
evoluo na rea da construo, gerando competio e assim a melhoria na
qualidade dos produtos, sempre mantendo o foco no custo e no conforto do
cliente.
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Como meta, dispor de um empreendimento de altssimo padro, no
elevando o custo da obra, simplesmente optando pela gama de materiais que
j se encontram a disposio no mercado e utiliza-los da forma mais eficiente
possvel, mas que por alguma razo estas prticas ainda no foram
disseminadaas. Ao longo desta produo, cada etapa ser detalhada
minuciosamente com as qualidades e garantias que nos levaram a optar por
uma das linhas.
Ao concluirmos as etapas citadas anteriormente, iremos levar este novo
mtodo ao mercado (indivduo, empresas, meio acadmico, etc.), pois
estamos vendo uma tima oportunidade de desenvolvimento no ramo, no
somente para os idealizadores, mas para todos os envolvidos. Pretendemos
tambm, incentivar empresas que esto tentando de alguma forma entrar no
mercado e encontram vrias dificuldades, por preconceito dos potenciais
clientes, falta de conhecimento com relao eficincia e custo/benefcio.
1.4 OBJETIVO ESPECFICO
O Objetivo Especfico deste trabalho expandir o conhecimento sobre
vrios mtodos construtivos, entender, compreender, aplicar e incentivar a
utilizao e a disseminao destes.
O aperfeioamento na utilizao de softwares como AutoCad 2015,
Revit 2015, Scia Engineer 2015 e Office, para o desenvolvimento dos projetos
arquitnicos, estruturais e de instalaes, assim como para a criao das
planilhas oramentrias, necessrias para a comparao dos custos dos
mtodos construtivos que iro levar a concluso deste trabalho.
A pesquisa permite que tenhamos noo do panorama global da
construo civil no Mundo e no Brasil, nos direcionando a uma visualizao de
reas com grande potencial para empreender e inovar. A busca por
informaes coloca em contato o atutnomo, o empresrio, o aluno e o cliente,
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levando a uma ampla discusso sobre as melhores diretrizes para a rea,
analisando as opnies possvel fazer uma projeo das tendncias do
mercado.
2. REFERNCIAL TERICO
2.1 PROJETO ARQUITETNICO
Aps analisarmos o projeto inicial, verificamos que, desenvolvendo os
dois mtodos construtivos baseado em um mesmo arquitetnico iramos
agregar mais conhecimento. A partir deste pensamento criamos o projeto
arquitetnico, locado no lote 8, Rua 7, condomnio Marina Ilha Verde,
localizado em Pelotas-RS no bairro Laranjal, o terreno escolhido possui uma
rea total de 2464,89m e a rea construda de 1875,56m.
O empreendimento possui no pavimento trreo, hall de entrada
(63,82m) com 2 escadas de acesso ao pavimento superior, uma cozinha
(92,79m) compartilhada com a sala de jantar, neste mesmo setor possui um
lavabo (3,36m). Possui um sala estar/bar (99,34m) para integrao dos dois
ambientes, uma circulao (10,25m) e um wc(14m), uma churrasqueira
(70,21m), piscina (180,22m), deck (463,89m) onde faz a ligao da casa com
o arroio. No pavimento superior o empreendimento possui uma circulao
(61,99m), 1 dormitrio (29,04m), 2 dormitrio (30,24m), wc para uso em
conjunto (4,40m), circulao (7,8m), sala individual(16,6m), escritrio
(22,23m), sacada (8,74m), na sute mster, 1 closet (11,22m), 2 closet
(13,73m), dormitrio (71,04m), wc sute ( 35,69m), rea verde (6,98m) e
uma sacada (22,61m).
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O projeto que iremos executar tem como caractersticas construtivas de
um dos mtodos o concreto armado, a superestrutura conta com pilares, vigas
e lajes revestidos com reboco, o fechamento feito em alvenaria de vedao
em bloco cermico 14x19x29cm, com chapisco, emboo e reboco totalizando 3
cm de espessura as 3 camadas de revestimento, a fachada ser revestida na
maior parte por pastilhas de vidro, vidro temperado e textura. As fundaes
sero definidas posteriormene, aps a obteno das reaes atravs do projeto
estrutural. O piso ser frio na parte molhada e no resto piso flutuante de
madeira.
O segundo mtodo, em construo seca, possui caracterstica
construtivas com vigas e pilares em ao com perfil I, aparafusados in loco, a
laje deste mtodo executivo ser executada com steel frame revestida
(superior) com placa OSB, EPS de alta densidade, cimentcia e revestimento
(piso frio ou flutuante com regularizao de contrapiso) a inferior com Painel
SIP (OSB/EPS/OSB) e pendural de gesso,o fechamento das paredes externas
ser feita com dry wall (OBS/EPS/placa cimentcea/revestimento), as paredes
internas em dry wall, revestidas com acabamento de pintura, a fundao ser
definida aps a obteno das reaes atravs do projeto estrutural.
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Figura 10 Projeto Arquitetnico Planta Baixa Trreo/Cobertura
Fonte: Autoral
2.2 ESTRUTURA
2.2.1 AO ESTRUTURAL
No Brasil a produo do ao em 2014 foi de 33,9 milhes de toneladas, queda
de 0,7% em relao a 2013, ocupando a 9 colocao no ranking de produo
mundial. A produo mundial de ao teve aumento de 1,2% no ano de 2014 em
relao a 2013, totalizando 1,66 bilhes de toneladas, segundo a worldsteel,
principal associao do setor.
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A China, maior produtor de ao do mundo, terminou 2014 com um
crescimento de 0,9% com a produo de 822,7 milhes de toneladas. A regio
que mais produziu foi o oriente mdio com um aumento de 7,7%em relao ao
ano passado, fechando o ano com uma produo de 28,5 milhes de
toneladas. Nos Estados Unidos a produo aumentou em 1,7% e somou 83,2
milhes de toneladas. A Figura 10 mostra o cenrio da produo mundial em
2010.
Figura 11 Principais produtores de Ao no Mundo em 2010
Fonte: IABR, 2010
Existem muitos paradigmas negativos com relao utilizao do ao
como componente estrutural nico que podem estar impedindo uma anlise
correta sobre sua aplicao e uso como sistema estrutural. Os mais citados
so: o custo, oxidao, dificuldades com interfaces e que necessidade de
tratamentos trmicos para proteo contra fogo.
Resumidamente, de maneira geral, podemos dizer que sim, em alguns
casos o ao mais caro, porm, nem sempre o mais caro o menos
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adequado, se empregado corretamente pode trazer uma srie de benefcios
que podem reverter facilmente o custo final, mesmo com um custo especfico
maior, relacionado oxidao, depender de qual ser a vida til do
empreendimento, mas certamente no ser isso que ir inviabilizar sua
utilizao, para as interfaces, existem muitos estudos a respeito, podem ser
utilizados os manuais do CBCA (Centro Brasileiro da Construo em Ao) nos
quais prope mtodos e materiais para que no ocorram essas possveis
patologias, com relao a sua resistncia ao fogo, este j um tema
amplamente estudado tanto pela ABNT (Associao Brasileira de Normas
Tcnicas)como pelo CBCA (Centro Brasileiro da Construo em Ao), a ABNT
disponibiliza normas e o CBCA dispe um manual (Resistncia ao Fogo das
Estruturas de Ao) de como se deve proceder com a proteo deste material.
Assim como qualquer elemento que se encontra exposto a intempries este
tambm precisa de algum revestimento de proteo. Ao concluir os estudos de
Oramento iremos analisar estas viabilidades.
Quanto s verdades que tornam este sistema extremamente
competitivo, podemos citar:
Sua rapidez, uma de suas caractersticas mais visveis, na fase de
montagem ela se torna extremamente eficiente se comparada com outros
sistemas, esta caracterstica tambm viabiliza um retorno mais rpido do
capital investido, pois reduz drasticamente o cronograma de execuo.
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Figura 12 Projeto com Estrutura Mista Instituto Moreira Salles, So Paulo
Fonte:http://arcoweb.com.br/projetodesign/tecnologia/andrade-morettin-
instituto-moreira-salles-sao-paulo
Grande Flexibilidade, facilidade em executar reforos ou fazer alguma
alterao de projeto, por exemplo, fazer uma abertura em algum local no
projetado, essa uma das razes de o ao ser muito utilizado pelas indstrias,
http://arcoweb.com.br/projetodesign/tecnologia/andrade-morettin-instituto-moreira-salles-sao-paulohttp://arcoweb.com.br/projetodesign/tecnologia/andrade-morettin-instituto-moreira-salles-sao-paulo -
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devido ao dinamismo do mercado, ocorrem muitas mudanas de layout quando
a necessidade de aquisio de novos equipamentos.
Figura 13 Layout Industrial, facilidade de alterao
Fonte:http://www.moinhopiramide.com.br/estruturas-metalicas.php
Grande Preciso, devido s tolerncias milimtricas de produo do ao,
as interfaces com outros equipamentos industrializados ligados a estrutura
ficam muito mais fceis, alm de tornar a preciso da obra muito mais
satisfatria.
Figura 14 Ponte Helix, Marina Bay, Cingapura
http://www.moinhopiramide.com.br/estruturas-metalicas.php -
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Fonte:http://wwwo.metalica.com.br/ponte-helix
Alta Resistncia, possibilidade de elementos estruturais com menores
dimenses e possibilidade de vencer grandes vos.
Figura 15 Guindaste Prtico Golias, Estaleiro Rio Grande
Fonte:http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1473405&page=203
100% Reciclvel, com relao a sustentabilidade e meio ambiente, a
conscincia ecolgica compreende a vantagem de se utilizar um material que
100% reciclvel, alm de reduzir a explorao de outros recursos naturais.
Figura 16 Processo de Produo/Reciclagem do Ao
Fonte:Instituto Ao Brasil
http://www.skyscrapercity.com/showthread.php?t=1473405&page=203 -
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Podemos concluir que a soluo estrutural deve ser escolhida com base
no conhecimento dos sistemas e suas caractersticas tcnicas e no deve ser
influenciada por paradigmas, preconceitos e desconhecimento dos demais
sistemas. Com uma anlise incompleta e distorcida podemos perder os
benefcios de uma boa soluo (CBCA). Pretendemos apresentar mais uma
soluo e que ela no seja escolhida por intuio, mas sim embasada em uma
deciso lgica, racional e estruturada, levando em conta todos os aspectos que
podem influenciar seu desempenho e assim optar pelo bom aproveitamento da
obra.
2.2.2 CONCRETO ESTRUTURAL
Descoberto no ano de 1849 por Joseph Louis Lambot, um agricultor
Francs, ele construiu um barco usando cimento reforado com ferros. At
cerca de 1920 o concreto armado era chamado de cimento armado, o
material possua a desconfiana de todas mas aos poucos foi sendo superado.
Em 1902 foi erguido o primeiro grande prdio comercial de grande altura, 64
metros, gerou polmica pois os comentrios seriam de que no agentaria as
aes do vento e a retrao do concreto. Hoje o concreto o segundo material
mais consumido no mundo, um material que apresenta alta resistncia a
tenso de compresso, porm, baixa resistncia a trao, cerca de 10% da
resistncia a trao. Por esse motivo, necessrio a juntar o concreto a um
material que tenha alta resistncia a trao, por exemplo o ao. Com este
material (concreto + ao) temos o concreto armado, onde a armadura absorve
as tenes de trao e o concreto as tenses de compresso, onde o ao
auxilia nas tenses de compresso (pilares, por exemplo).
No entanto, o conceito de concreto armado envolve a questo de
aderncia, que essencial no concreto armado, sem a aderncia da armadura
no concreto no se tem concreto armado.
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A armadura do concreto chamado de armadura passiva, o que significa
que as tenses e deformaes nela aplicadas devem-se exclusivamente aos
carregamentos aplicados nas peas onde ele est inserido. como armadura
tem-se que ter um material com altas resistncias mecnicas, principalmente
resistncia trao. A armadura no tem que ser necessariamente de ao,
pode ser de outro tipo de material, como fibra de carbono, bambu, etc. O
trabalho conjunto, solidrio entre o concreto e a armadura fica bem
caracterizado na anlise de uma viga de concreto simples (sem armadura), que
rompe bruscamente to logo surge a primeira fissura, aps a tenso de trao
atuante alcanar e superar a resistncia do concreto trao (Figura 12a).
Entretanto, colocando-se uma armadura convenientemente posicionada na
regio das tenses de trao, eleva-se significativamente a capacidade
resistente da viga.
Figura 17 Viga com e sem armadura
Fonte:www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/armados.html
Uma pesquisa feita pela fundao Getlio Vargas(FGV), a pedido da
Abcic (Associao brasileira da construo industrializada de concreto) revelou
que 31,1% dos pr-fabricantes de concreto planejam investir mais em 2015, no
ano de 2014 44% das empresas do segmento de pr-fabricados de concreto
investiram mais do que em 2013.
file:///C:/Users/Leonardo%20R.%20Farias/Desktop/Faculdade/9%20Semestre/TCC%20I/TCC1/www.portaldoconcreto.com.br/cimento/concreto/armados.htmlhttp://www.segs.com.br/economia/33890-fgv-constata-que-31-1-dos-pre-fabricantes-de-concreto-planejam-investir-mais-em-2015.htmlhttp://www.segs.com.br/economia/33890-fgv-constata-que-31-1-dos-pre-fabricantes-de-concreto-planejam-investir-mais-em-2015.htmlhttp://www.segs.com.br/economia/33890-fgv-constata-que-31-1-dos-pre-fabricantes-de-concreto-planejam-investir-mais-em-2015.html -
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2.3 STEEL FRAMING
O sistema steel framing amplamente utilizado em pases como EUA,
Japo, Canad, Argentina, Chile e Europa, caracterizado por um esqueleto
estrutural leve composto por perfis de ao galvanizado que trabalham em
conjunto e servem como base de fixao para o revestimento, este, formado
por um conjunto de placas, externas e internas alm de materiais para
isolamento trmico e acstico. Pode ser utilizado como sistema estrutural de
qualquer edificao, desde que projetado adequadamente, paredes externas e
internas, tetos e pisos, conferindo tecnologia, resistncia e sustentabilidade.
Figura 18 Certificaes da LEED (rgo de certificao Mundial)
Fonte:http://www.usgbc.org/leed
A estrutura de steel framing possui um peso prprio relativamente
menor do que os de sistemas de vedaes ditos convencionais, sendo
fundamental na etapa de calculo considerar as cargas de vento, gerando
economia nas etapas de fundaes e menores dimenses no sistema
estrutural, seu processo de fabricao e extremamente rigoroso, onde so
exigidas precises milimtricas em suas dimenses, alm do processo de
http://www.usgbc.org/leed -
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cisalhamento eliminar totalmente o desperdcio de material o que aumenta a
eficincia e rapidez de montagem.
Figura 19 Estrutura de Steel Framing
Fonte:http://www.casaprefabricada.org/casas-industriais-steel-framing
O revestimento externo pode ser feito com placa cimentcia parafusadas
diretamente nos perfis da estrutura, sobre uma barreira de vapor que impede a
entrada de gua, porm estepermite que a parede respire, evitando a
condensao da gua em seu interior, as bordas so tratadas com fitas e
massas especficas, para dar um aspecto final sem frisos e criar uma superfcie
apta a receber qualquer tipo de acabamento. Outro revestimento externo
utilizado no sistema o EIFS (Exterior Insulation Finishing System) composto
por painel OSB, barreira de vapor, EPS, tela em fibra de vidro e argamassa
elastomrica. O revestimento interno pode ser variado, permite uma gama de
materiais que podem ser utilizados separadamente ou em conjunto (placas de
cimento, gesso acartonado, osb, etc.), possuem uma composio adequada
para cada aplicao, reas secas, midas, resistentes ao fogo e para
http://www.casaprefabricada.org/casas-industriais-steel-framing -
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ambientes agressivos. Este tipo revestimento da um aspecto extremamente liso
no acabamento final.
Figura 20 Casa mista, estrutura de ao/steel framing
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=paises+que+mais +steel+framing
As instalaes eltricas e hidrulicas so projetadas e executadas
seguindo os mesmos princpios e materiais utilizados na construo
convencional. A grande vantagem oferecida pelo sistema a facilidade de
execuo destas instalaes, pois devido ao vazio interno das paredes e a
presena de furos nos montantes (elementos verticais, guias so os elementos
horizontais) permite uma execuo rpida e sem demolio. Para um bom
desempenho trmico e acstico so utilizadas mantas de l de vidro ou de
polister no interior das paredes e no forro.
Figura 21 Instalaes Hidrossanitrias e Eltricas
Fonte: http://wwwo.metalica.com.br/steel-framing
http://wwwo.metalica.com.br/steel-framing -
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Ao final da obra no possvel diferenciar um sistema do outro, porm
este sistema oferece um desempenho superior aos modelos convencionais de
construo.
Figura 22 Acabamento Final
Fonte: https://framecad.com/en/
2.4 VEDAES
2.4.1 Paredes (DRYWALL)
So paredes constitudas por placas de gesso parafusadas em uma
estrutura de steel framing.
Esta estrutura constituda por guias (elementos horizontais) e
montantes (elementos verticais), podem ser de Wood Framing (estrutura de
madeira) ou Steel Framing (estrutura de ao), sobre as quais so fixadas as
placas de gesso, em uma ou mais camadas, gerando uma superfcie apta a
receber qualquer tipo de acabamento final.
https://framecad.com/en/ -
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Figura 23 Wood Framing e Steel Framing
Fonte: https://www.google.com.br/search?q=sistema+drywall&es_sm
Dentro das vantagens que este sistema dispe podemos nos ater a
vrias, porm o objetivo no este, iremos citar somente as principais
como:montagem rpida com obra limpa e seca, ganho de rea til em
decorrncia da menor espessura das paredes, permite varias opes de
acabamento, menor peso prprio (diminuindo custos com fundaes),
adaptabilidade a qualquer tipo de estrutura (madeira, concreto ou ao),
facilidade de instalao e manuteno dos sistemas eltricos e hidrulicos,
isolamento trmico e acstico, resistncia ao fogo, entre outras.
Figura 24 Equivalncia do Isolamento Acstico de cada tipo de parede
Fonte: http://www.gessosagitarios.com.br/parede-drywall.htm
https://www.google.com.br/search?q=sistema+drywall&es_smhttp://www.gessosagitarios.com.br/parede-drywall.htm -
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A forma de montagem e os materiais utilizados definem o nvel de
desempenho que pode variar com o nmero de placas, dimenso das
estruturas e incorporao de elementos isolantes trmicos e acsticos.
Figura 25 Quantidade de Camadas conforme a necessidade do Projeto
Fonte: http://aureimoveis.blogspot.com.br/2012/01/obra-seca-e-rapida.html
So utilizadas internamente como paredes de distribuio, separativas e
tcnicas. Este sistema tambm pode ser uma alternativa muito interessante
pelo fato de permitir a personalizao dos espaos e deix-los muito
maisagradveis, o gesso ainda pode ser reciclado indefinidamente, porm
ainda no existem usinas de reciclagem de gesso no Brasil.
Figura 26 Conforto x Personalizao do Ambiente
Fonte: http://www.gessoneto.com.br/
http://aureimoveis.blogspot.com.br/2012/01/obra-seca-e-rapida.htmlhttp://www.gessoneto.com.br/ -
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2.4.2 Alvenaria de vedao
A alvenaria de vedao pode ser definida como alvenaria que apenas
para suportar o seu prprio peso e no para resistir a aes diferentes. A
vedao responsvel pelo fechamento da edificao para proteo de
intempries e para compartimentao dos ambientes internos .
Alvenaria de Vedao Racionalizada
O principio bsico da alvenaria racionalizada tomar todas as decises
quanto aos passos de execuo na fase de projeto e document-los em forma
de desenho ou observaes descritivas. Assim, o projeto contempla todo o
detalhamento executivo, estrutural, alvenaria e instalaes, compatibilizando
tudo.Quando se pretende implantar conceitos de racionalizao da construo,
deve-se iniciar pela estrutura da edificao. Em seguida, priorizar a alvenaria
de vedao. Isso porque o subsistema de vedao vertical interfere nos demais
subsistemas da edificao: revestimento, impermeabilizao, esquadrias,
instalaes eltricas e de comunicao e instalaes hidrossanitrias. Todos
esses servios somados representam uma parcela considervel do custo de
uma obra.
Em contraponto alvenaria tradicional, a alvenaria racionalizada apresenta
as seguintes caractersticas:
Utilizao de blocos de melhor qualidade, com furos na vertical para a
passagem de instalaes.
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Planejamento prvio da paginao da alvenaria, cada bloco est
desenhado no seu devido lugar.
Projeto da produo, projeto compatibilizando estrutura, alvenarias e
demais subsistemas.
Treinamento da mo-de-obra.
Utilizao de famlia de blocos com blocos compensadores para evitar a
quebra de blocos na execuo.
Reduo drstica do desperdcio de materiais, sem quebras e sem
remendos.
Melhoria nas condies de limpeza e organizao do canteiro de obras.
A racionalizao construtiva pode ser entendida como a aplicao mais
eficiente dos recursos em todas as atividades desenvolvidas para a construo
do edifcio.
Figura 27 Alvenaria de vedao racionalizada, detalhe para instalaes embutidas
Fonte: http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-
%20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdf
http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-%20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdfhttp://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-%20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdf -
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Figura 28 Alvenaria de vedao racionalizada
Fonte: http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-
%20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdf
2.5 LAJES
2.5.1 Piso Estrutural
Podemos caracterizar este elemento como uma estrutura de ao leve,
steel framing, composta por duas guias com perfil C, laminado a frio, travadas
por um sistema de trelias fixadas entre elas.
Na parte superior das armaes fixada uma placa que pode ser de
Aglomerado, OSB ou compensado, esta espessura varia de 18 a 22mm, logo
acima uma placa de contra placado de 9 a 18mm, a partir da a superfcie est
pronta para receber qualquer tipo de revestimento,um material de isolamento
acstico pode ser adicionado entre os tabuleiros com espessura e densidade
variadas, tambm h outros materiais com possibilidade de serem adicionados
http://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-%20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdfhttp://www.labeee.ufsc.br/sites/default/files/disciplinas/Aula%202-%20Alvenarias_%20introducao+vedacao.pdf -
37
para reduo de impactoe isolamento trmico, sua aplicao ir variar
conforme a necessidade do projeto.
Figura 29 Opes de Laje (Piso/Teto)
Fonte: http://www.encon.co.uk/products/view/1161/jcw-acoustic-deck-28-32-52w
2.5.2 Teto
Para o revestimento do teto, utilizam-se duas placas de gesso
sobrepostas com espessuras e densidades conforme a necessidade do projeto.
Possui uma importante caracterstica, so resistentes ao som, tambm
podem ser utilizadas placas de fibra de gesso. A fixao das placas no teto
realizada na parte inferior dos tabuleiros.
2.5.3 Tratamento Termo acstico
So colocadas mantas de l mineral entre as vigas com densidades e
espessuras variveis de acordo com a necessidade do projeto. Hoje j existem
http://www.steelconstruction.info/File:F4_3.pnghttp://www.steelconstruction.info/File:F4_4.pnghttp://www.steelconstruction.info/File:F4_5.pnghttp://www.steelconstruction.info/File:F4_6.pnghttp://www.encon.co.uk/products/view/1161/jcw-acoustic-deck-28-32-52w -
38
outros materiais que substituem a l mineral, porm ainda no foram
incorporados ao mercado brasileiro, haveria necessidade de uma avaliao
mais completa para poder confirmar se vivel ou no produzi-lo ou import-lo.
Ento como o esta indstria ainda no nos permite outra gama de materiais
para que possamos optar, acabamos por recorrer a ela.
2.5.4 Lajes em concreto armado
As lajes podem ter vrios modelos sendo eles: Laje macia, laje
treliada, laje pr fabricada entre outras. Podem ter a sua disposio da
armadura sendo armada em uma s direo e armada nas duas direes.Lajes
so elementos estruturais bidimensionais planos com cargas
preponderantemente normais ao seu plano mdio, considerando uma estrutura
convencional, as lajes transmitem as cargas do piso s vigas, que as
transmitem, por sua vez, aos pilares, atravs dos quais so as cargas
transmitidas s fundaes, e da ao solo.
Figura 30 Laje em concreto armado
Fonte: http://usuarios.upf.br/~zacarias/Cap-2-%20Lajes-de-Concreto-Armado.pdf
O comportamento estrutural primrio das lajes o de placa, que por
definio, uma estrutura de superfcie caracterizada por uma superfcie mdia
(S) e uma espessura (h), com esforos externos aplicados perpendicularmente
a S. As lajes possuem um papel importante no esquema resistente para as
http://usuarios.upf.br/~zacarias/Cap-2-%20Lajes-de-Concreto-Armado.pdf -
39
aes horizontais, comportando-se como diafragmas rgidos ou chapas,
compatibilizando o deslocamento dos pilares em cada piso.As cargas verticais
que atuam sobre as lajes so consideradas geralmente uniformes, algumas o
so de fato, outras, como o caso de paredes apoiadas em lajes armadas em
cruz, so transformadas em cargas uniformes utilizando hipteses
simplificadoras. Referimo-nos sempre s lajes de edifcios residenciais ou
comerciais; no caso de lajes de pontes, por exemplo, o clculo deve ser mais
preciso. As principais cargas a se considerar so: Peso prprio da laje; Peso
de eventual enchimento; Revestimento; Paredes sobre lajes; Carregamento
acidental.
Admitem-se trs tipos de apoio para as lajes:
Bordo livre: quando no h suporte (Ex.: laje em balano)
Bordo apoiado: quando no h restrio dos deslocamentos verticais, sem
impedir a rotao das lajes no apoio (Ex.: laje isolada apoiada por vigas)
Bordo engastado: quando h impedimento do deslocamento vertical e rotao
da laje neste apoio (Ex.: lajes apoiadas por vigas de grande rigidez).
Figura 31 Laje armada em duas direes
Fonte: http://www.fec.unicamp.br/~almeida/au405/Lajes/Lajes_Macicas_EESC.pdf
http://www.fec.unicamp.br/~almeida/au405/Lajes/Lajes_Macicas_EESC.pdf -
40
2.6 SUSTENTABILIDADE
2.6.1 Ao
Temos o desafio de modernizar a construo, o objetivo da nova
gerao diminuir o impacto da construo civil no meio ambiente, utilizando
materiais menos agressivos e reciclveis, a sustentabilidade tem sido
amplamente discutida, incentivada e, na medida do possvel exigida pelos
rgos vigentes.
Dentro do cenrio em que estamos, obviamente temos que aliar isso a
competitividade das empresas e tornar estes sistemas menos agressivos
viveis para que elas atendam essa nova perspectiva do mercado.
Tendo isso como foco, entende-se que necessrio agir e explorar
estes novos conceitos de construo e buscar formas, maneiras e explicaes
concretas para disseminar isso dentro do meio construtivo, para que no seja
uma exceo e nem uma regra, mas para que seja uma situao de
normalidade e para que se insira dentro da nossa cultura empresarial.
H uma defasagem com relao aos pases desenvolvidos, no
podemos apontar um culpado pela falta de incentivo, o governo deveria
incentivar mais? Sim. Mas assim como o governo tem sua parcela de
responsabilidade, ns tambm temos.
A informao nunca esteve to acessvel como nos tempos de hoje,
ento tambm cabe a ns busc-la e transmiti-la. Devemos utilizar nossos
conhecimentos matemticos, tcnicos e cientficos na criao, aperfeioamento
-
41
e planejamento de utilidades, sejam elas de natureza material, estrutural,
econmica ou ecolgica.
Figura 32 Sustentabilidade
Fonte: http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-sustentabilidade-da-terra-
image22474840
2.6.2 Concreto
O Engenheiro e professor da Universidade de So Paulo, Javier
Mazariegos Pablos, desenvolveu o concreto ecologicamente correto, que
substitui areia, pedra e gua por materiais reaproveitados, uma das solues
para modificar esse cenrio de destruio o reaproveitamento. Levando ao
p da letra o significado da palavra reaproveitar, o Instituto de Arquitetura e
Urbanismo da USP idealizou um concreto, feito de materiais alternativos
reaproveitados, que economiza quase 100% de recursos naturais utilizados em
concretos normais.Segundo o engenheiro autor do estudo, Javier Mazariegos
http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-sustentabilidade-da-terra-image22474840http://pt.dreamstime.com/foto-de-stock-sustentabilidade-da-terra-image22474840 -
42
Pablos, a idia principal do projeto preservar os recursos naturais e evitar a
enorme contaminao dos aterros industriais. O concreto tradicional emprega
cimento, areia, pedra e gua, enquanto o sustentvel substitui 70% da areia
natural por areia de fundio utilizada na fabricao de moldes de peas
metlicas e 100% da pedra por escria de aciaria resduo que sobra da
produo do ao, alm de reduzir em grande quantidade o uso de gua,
explica.
Os moldes feitos para a fabricao de peas de metal so compostos
basicamente de areia de fundio e argila. O metal, derretido a quase 1400
graus, colocado no molde, depois de tomar a forma, o molde destrudo,
porm somente 10% do que restou dele pode ser reaproveitado para a
fabricao de novos moldes, os outros 90% so descartados, conta.O
pesquisador explica que a areia de fundio facilmente doada pelas fabricas,
que descartam cerca de 400 toneladas dessa areia por ms. No fim das
contas os dois lados ganham com o uso desse material. Para o descarte, os
aterros industriais cobram em mdia R$ 200 por tonelada, ou seja, doar acaba
sendo bastante vantajoso para as fbricas, ressalta.
O concreto sustentvel, alm de evitar o grande descarte de resduos,
colabora para que a areia no seja retirada do meio ambiente. O concreto
convencional , na maioria das vezes, feito com areia retirada dos leitos dos
rios, isso pode causar assoreao e mais uma srie de danos, comenta.
De acordo com Javier, por conta da facilidade em conseguir a matria
prima, o custo da produo do concreto sustentvel bem menor do que o do
concreto normal. O produto que ns desenvolvemos ainda no est venda,
mas duas industrias j esto interessadas em comprar a patente, e se
comercializado, certamente vai custar mais barato que os outros, conta.
Segundo ele, o projeto, desde o inicio, nunca teve pretenso em concorrer no
mercado com outros concretos.
-
43
O objetivo final no lucrar com vendas, mas sim melhorar as
condies do meio ambiente e preservar os recursos que ainda nos
restam, afirma.
O concreto sustentvel no pode ser usado para fins estruturais,
somente para pavimentao, caladas, contrapisos e outras reas que no
sofrem tanto esforo. Na verdade esse concreto to resistente quanto o
convencional, mas como ainda no foram feitos os estudos, que levam mais de
20 anos de observao do comportamento do material, no aconselhvel
usar, alerta.
Segundo ele, vrios testes foram feitos para comprovar a resistncia do
produto. Quando aplicado em caladas, por exemplo, agenta toneladas sem
sofrer danos. Isso acontece porque as caladas so apoiadas no cho,
diferente das paredes, que sustentam o peso da casa, esclarece.
3. METODOLOGIA
O mtodo proposto consiste em comparar duas metodologias
construtivas baseadas em um mesmo modelo arquitetnico. De maneira
sucinta este, as diferenas entre eles so nas partes de, estrutura principal,
fundaes, vedaes e instalaes.
O objeto da pesquisa analisar a viabilidade de cada mtodo. Alm
disto, aplicar as informaes tcnicas multidisciplinares mais relevantes que
devem ser consideradas na profisso, em nosso ponto de vista. Sendo assim,
a pesquisa foi organizada de forma a abordar os temas relacionados macro-
atuao, justamente para passar a idia do todo, at chegar dentro do contexto
regional. As linhas de pesquisa esto citadas a seguir:
1 - Onde o ao esta sendo bem explorado e as vantagens que isto traz;
2 - O panorama geral da construo civil no Brasil e no Mundo;
-
44
3 - A competitividade de nossos sistemas construtivos;
4 - A disponibilidade de materiais;
5 - As tendncias do Mercado;
6 - As vantagens e desvantagens do sistema seco;
7 - A descrio de cada componente;
8 - O mtodo construtivo em si;
9 - A comparao com o sistema convencional;
10 - O estudo de viabilidade;
11 - Relao Custo/Benefcio;
Deste modo, a metodologia da pesquisa foi estruturada de maneira a abordar e
caracterizar as vertentes acima citadas:
A primeira esta relacionada produo e consumo de ao em um
mbito global e o quo ele se tornou importante para o desenvolvimento dos
pases, desenvolvida atravs de buscas a sites de rgos e empresas que
esto envolvidos com estes mercados, alm de algumas revises
bibliogrficas, tendo a possibilidade de consultar dados e tabelas que
direcionam ao momento e situao real.
A segunda, intencionada a expor como esta o mercado da construo
civil, com relao aos mtodos construtivos empregados, se, encontram-se ou
no de acordo com o que acontece ou aconteceu em outros pases que fazem
jus a comparao com o Brasil, para estas concluses no bastando o
conhecimento prtico, houve a necessidade de um estudo de situao em cada
pas, a utilizao da internet como ferramenta de busca foi fundamental, alm
de algumas entrevistas com profissionais da construo civil.
A terceira tem como inteno chegar aos fins com uma anlise crtica
sobre as boas prticas de construo no Pas, para os objetivos, alm de uma
reflexo a respeito de obras as quais houve participao tanto na fase de
projeto como na fase de execuo por parte dos autores, foram realizadas
-
45
buscas na internet a respeito do assunto e tambm foram ouvidas as opinies
de profissionais do ramo.
A quarta, foi realizada uma pesquisa de mercado, se h disponibilidade
de todos os materiais necessrios, condies de fornecimento, prazos,
identificando os potenciais fornecedores, utilizando como ferramenta de busca
a internet e o conhecimento, por parte dos autores, dentro do mercado da
construo.
A quinta atende por esclarecer as novas tendncias mercadolgicas, o
que os construtores pretendem construir, quais produtos os corretores
venderiam com mais facilidade e o conceito fundamental do cliente final, qual
sua busca no mercado, se hoje o mercado atende as necessidades dos
consumidores, com relao a prazos, preos e qualidade. Para chegar ao
ponto de vista geral foram ouvidas todas as partes relacionadas dentro do
processo.
A sexta tende expor a origem do sistema, os paradigmas que esto
envolvidos, como e por que esta sendo incorporado por vrios empresrios,
vantagens e desvantagens que acompanham o sistema, por que optar por este
mtodo, seus benefcios, sua relao com o meio ambiente, onde a construo
seco est relacionada com a sustentabilidade e a sua viabilidade de acordo
com a necessidade do projeto. As concluses sobre este mtodo foram obtidas
atravs de uma profunda anlise do sistema, entrevistas com profissionais que
adotaram parcialmente este sistema e os que vo contra sua utilizao.
A stima tem como inteno apresentar, detalhar e descrever cada
componente envolvido na execuo do sistema construtivo a seco, revises
bibliogrficas foram feitas para obteno de todos os dados necessrios,
entrevistas com profissionais da rea, assim como o conhecimento prtico.
-
46
A oitava simplesmente descreve o mtodo construtivo, seria um roteiro
para execuo, como fonte, foram utilizados sites de empresas, revises
bibliogrficas e entrevistas com os prticos da rea.
A nona parte para a prtica do assunto, realizao dos projetos,
estrutural, gua, esgoto e eletricidade, painis para vedao e lajes, sequncia
de execuo, finalizando com oramento para obteno do custo final da obra.
A dcima e a dcima primeira esto vinculadas, pois os estudos de
viabilidade so baseados nas etapas de projetos e oramentos, com a
concluso dos mesmos, posteriormente, possvel desenvolver e chegar
racionalmente a uma relao de custo/benefcio, embasado no conhecimento
adquirido ao longo desta produo.
4. ETAPAS
As etapas consistem em toda a seqncia de itens que sero
desenvolvidos para organizar e simplificar a realizao do Trabalho de
Concluso de Curso. Descritas a seguir.
4.1 PESQUISA
A pesquisa baseia-se em revises bibliogrficas para anlise dos
processos que esto envolvidos, dos mtodos construtivos, do mercado da
construo civil no Brasil, do panorama global, da disponibilidade de materiais,
do grau de inovao do pas e na busca para a total compreenso e
entendimento dos assuntos que sero desenvolvidos ao longo desta produo.
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47
4.2 PROJETO ARQUITETNICO, ESTRUTURAL E INSTALAES
Por se tratar de um comparativo, torna-se necessrio um projeto
arquitetnico que servir de base para a aplicao dos mtodos construtivos.
O terreno foi escolhido aleatriamente, esta localizado no condomnio
Marina Ilha Verde em Pelotas, possui uma rea de aproximadamente 2475
metros quadrados e delimitado pelo Arroio Pelotas em sua lateral direita e
fundos.
Os projetos complementares e estruturais dos dois sistemas construtivos
so de nossa autoria, assim todos os quantitativos e oramentos sero
efetuados para podermos comparar os dois mtodos aplicados em nosso TCC.
4.3 ELABORAO DO PROJETO PELO MTODO CONVENCIONAL
E MTODO ALTERNATIVO
Tendo como base os projetos por ns desenvolvidos, utilizaremos o
mtodo convencional de concreto armado e o mtodo alternativo de estrutura
em ao. Utilizaremos a comparao entre esses dois mtodos para definio
dos tipos de materiais a serem utilizados, dimensionamento da estrutura de ao
e concreto, expor alguns materiais pouco vistos no mercado da construo
brasileira, alm de projeto de instalaes e seqncia de execuo.
-
48
4.4 ORAMENTAO
Aps a concluso das etapas de projeto, ser realizada a oramentao
de ambos os mtodos, com a inteno de comparar e concluir sobre a
viabilidade de ambos, de forma lgica, tcnica e racional.
4.5 ESTUDOS DE VIABILIDADE CONCLUSIVOS
De acordo com os resultados obtidos conforme o oramento executado
na etapa anterior, ser possvel distinguir, caracterizar, comparar e concluir
sobre a relao de custo benefcio que cada mtodo oferece, justificando-os
atravs dos valores finais de cada oramento.
-
49
5. DESCRIO DAS ETAPAS
Os sub itens deste captulo tem como objetivo descrever o raciocnio
utilizado no desenvolvimento da soluo de cada etapa e as metologias
aplicadas, de normas e de outras bibliografias especializadas em cada assunto.
5.1 PROJETO ARQUITETNICO
A concepo do projeto arquitetnico era criar uma edificao que exigisse
o mximo dos aspectos estruturais, ou seja, vos extensos, pouca quantidade
de elementos e peas com grandes reas de laje, respeitando os conceitos
arquitetnicos, como orientao solar e proporo volumtrica, as exigncias
normativas e o plano diretor da cidade.
O projeto foi concludo dentro do AutoCAD 2015, porm as pranchas sero
apresentadas de acordo com a compatibilizaodeste com os projetos
complementares dentro do Revit 2015.
Figura 33 Planta de Situao
Fonte: Autoral.
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50
Figura 34 Planta de Planta Baixa
Fonte: Autoral
Figura 35 Lanamento 3D do volume
Fonte: Autoral
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51
Figura 35A Render 3D
Fonte: Autoral
Figura 36 Pr Lanamento Steel Framing no Revit 2015
Fonte: Autoral
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52
Figura 37 Pr Lanamento Steel Framing no Revit 2015 Detalhe
Fonte: Autoral
5.2 PROJETOS ESTRUTURAIS
Partindo do projeto arquitetnico devidamente definido e lanado foi
possvel fazer o pr lanamento da estrutura, locao de vigas e pilares, este
lanamento serviu para os dois mtodos, atendendo a premissa de que as
estruturas devem ser identicas, posteriormente fizemos os pr
dimensionamentos (arbritar valores de dimenso para os componentes
estruturais) de ambas, liberando o lanamento e o dimensionamento dentro do
software.
O vento foi calculado de acordo com a ABNT NBR 6123 - Foras devido
aos Ventos, foram feitos os carregamentos a zero e a noventa graus para
ambos os casos.
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53
O software utilizado para o dimensionamento das estruturas foi o Scia
Engineer 15, a Nemetschek (empresa detentora do software) dispe de uma
licena estudantil mediante cadastro, o programa trabalha na plataforma BIM,
portanto, compatvel com o Revit 15. Uma das grandes vantagens do Scia
permitir que o usurio faa todo o projeto dentro de uma plataforma 3D, se
tornando assim, eficiente, interativo e competitivo.
5.2.1 Scia Engineer
Software de anlise e dimensionamento multimaterial para todos os tipos
de projetos, sua grande variedade de funcionalidades o torna til para todos os
tipos de projetos. Alm de uma ferramenta de modelagem especial, gerador de
malhas automtica e um solver de alta performance, suas funcionalidades
agilizam a checagem e otimizao da estrutura, alm de possuir diversas
normas internacional.
O Scia Engineer esta integrado com vrios tipos de plataformas: IFC,
SDNF, MS Excel, XML, VRML, DWG, DXF. O Software trabalha em cima de
uma plataforma CAD 3D, portanto, possvel fazer todos os lanamentos e
verificaes em trs dimenses, sendo um dos seus diferenciais, outro que
podemos citar a velocidade de processamento da estrutura, neste caso
especfico, nenhuma verificao levou mais de 30 segundos, dando uma
grande velocidade durante a produo. O Scia Engineer permite integrar todas
as fazes do projeto em um nico projeto: modelagem, anlise,
dimensionamento, verificaes, desenhos, memria de clculo e tambm um
relatrio final dentro de uma plataforma word do prprio programa, a utilizao
desta plataforma funciona da seguinte maneira: conforme a necessidade do
usurio, ele seleciona os itens que deseja documentar, como quantidade de
material utilizado por exemplo. O programa superou as espectativas, a rpida e
intuitiva visualizao da estrutura em 3D, a possibilidadedo usurio fazer todo o
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54
trabalho em trs dimenses, torna o processo interativo e autosugestivo com
melhor visualizao desde sua criao at a finalizao do projeto.
Exemplo de aplicao dentro do Scia Engineer:
Figura 38 Funcionalidade do programa, escolha do material e suas
caractersticas
Fonte: Autoral
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55
Figura 39 Escolha da seo transversal de pilar
Fonte: Autoral
Figura 40 Lanamento e carregamento da estrutura
Fonte: Autoral
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56
Figura 41 Esforos internos na estrutura
Fonte: Autoral
Figura 42 Visualizao detalhada dos esforos internos na viga selecionada
Fonte: Autoral
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Figura 43 Janela Design forms, onde consegue-se visualizar o dimetro da
armadura longitudinal e estribos
Fonte: Autoral
O dimensionamento da Estrutura de Ao foi feito de acordo com as
exigncias da Norma Americana (IBC), lembrando que a Norma Brasileira para
Estruturas de Ao (ABNT NBR 8800) embasada na Norte Americana,
portanto as normativas so muito semelhantes.
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58
As Bibliotecas do Programa trabalham em simultaneidade, ento, todos
os perfis esto de acordo com o mercado brasileiro. O clculo feito pelo
Mtodo dos Elementos Finitos e a verificao estrutural pode ser feita tanto
pelo Mtodo das Tenses Admissveis, quanto pelo Mtodo dos Estados
Limites ltimos, optamos pelo segundo em ambos os casos. As ligaes
metlicas foram consideradas rgidas, em razo de o projeto arquitetnico no
permitir contraventamentos verticais, logo, a estrutura trabalha como um prtico
rgido, este tipo de ligao padro do programa, lanada automaticamente e
caso o usurio queira dar graus de liberdade possivel atravs de ferramenta
especfica. Neste caso ser adicionado um custo de material e mo de obra
somente para as ligaes, considerando-as.
Figura 44 Estrutura de Ao - Lanamento Estrutural
Fonte: Autoral
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59
Figura 45 Estrutura de Ao Anlise dos Esforos por Elemento
Fonte: Autoral
Figura 46 Estrutura de Ao Pr Dimensionamento
Fonte: Autoral
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60
Figura 47 Estrutura de Ao Estrutura com ligaes finalizadas
Fonte: Autoral
Figura 48 Estrutura de Ao Estrutura finalizada vista frontal
Fonte: Autoral
Figura 49 Estrutura de Ao Estrutura Finalizada vista lateral
Fonte: Autoral
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Figura 50 Estrutura de Ao Detalhes das ligaes
Fonte: Autoral
Figura 51 Estrutura de Ao Estrutura Final
Fonte: Autoral
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62
A estrutura de concreto seguiu as exigncias da Norma Brasileira, os
clculos e as verificaes so feitos atravs dos mtodos citados
anteriormente, a estrutura trabalha como prtico rgido, portanto todas as
ligaes so engastadas, tambm geradas automaticamente pelo programa.
Figura 52 Estrutura de Concreto Ao da Laje
Fonte: Autoral
Figura 53 Estrutura de Concreto Ao do Vento 0
Fonte: Autoral
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Figura 54 Estrutura de Concreto Estrutura Final
Fonte: Autoral
O software nos permitiu modelar os tipos de carregamentos que a
nossa estrutura necessitou, alm de utilizar o calculo de elementos finitos (
uma importante ferramenta computacional para executar clculos que na
prtica seriam muito difceis ou at mesmo impossveis). O software tambm
utiliza anlises de segunda e terceira ordem.A renderizao uma ferramenta
muito til do programa para melhor visualizao da estrutura, com o uso do
software podemos visualizar a estrutura em 3D, podemos analisar a estrutura
em 360.
Figura 55 Estrutura de concreto Estrutura Final
Fonte: Autoral
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64
Figura 56 Estrutura de concreto Estrutura finalizada
Fonte: Autoral
Figura 57 Estrutura de concreto Detalhe dimenso das vigas e pilares
Fonte: Autoral
Figura 58 Estrutura de concreto Vista de dentro da edificao
Fonte: Autoral
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Detalhe da armadura em 3D : neste formato, fica clara a visualizao da
disposio da armadura em toda a sua estrutura
Figura 59 Estrutura de concreto Detalhe da armadura 3D
Fonte: Autoral
Figura 60 Estrutura de concreto Armadura 3D
Fonte: Autoral
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Verificao da armadura para possveis edies da mesma.
Figura 61 Estrutura de concreto Software, gerao da armadura para
possveis edies
Fonte: Autoral
Verificao individual da estrutura selecionada:
Disposio das armaduras, verificaes gerais de momento e esforos de
corte.
Figura 62 Estrutura de concreto verificaes de momento e esforo de corte
Fonte: Autoral
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Visualizao geral da estrutura com a armadura
Figura 63 Estrutura de concreto Armadura total da estrutura
Fonte: Autoral
Comparativo das normas :
OBSERVAO: Devido algumas limitaes de verificaoe anlise ainda no
estarem adaptadas para a Norma Brasileira, utilizou-se para o
dimensionamento da estrutura de concreto a Eurocode.
A NBR 6118 (2003) e o EUROCODE 2 (2003) utilizam como princpio, a
trelia generalizada de Mrsch. Estas normas permitem que o ngulo de
inclinao das bielas de trao (armadura transversal) varie de 45 a 90 e
prescrevem 45 como o valor mximo para o ngulo da biela comprimida de
concreto. O EUROCODE 2 permite a utilizao de com um valor mnimo de
21,8 enquanto a NBR 6118 limita este valor mnimo em 30. A definio do
valor deste ngulo , em ambas as normas, de livre escolha do projetista. Na
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68
verificao da ruptura por trao diagonal, observa-se que o EUROCODE 2
no leva em considerao a contribuio dos mecanismos complementares
trelia, isto , a armadura transversal absorve integralmente todo o esforo
cortante de clculo. Quanto verificao da ruptura por esmagamento do
concreto, ambas as normas apresentam ndice de fragilidade do concreto,
sendo o valor do EUROCODE mais conservativo. Portanto, com a utilizao do
EUROCODE, so esperados resultados mais conservativos que os alcanados
com a NBR 6118.
Figura 64 Norma Comparativo entre normas
Fonte: www.bibliotecadigital.ufmg.br
5.3 PROJETO DE INSTALAES HIDROSSANITRIAS
O projeto de Instalaes hidrossanitrias seguiu as premissas da ABNT-
NBR 5626-1998 Instalao Predial de gua Fria, ABNT-NBR 8160-1999
Sistemas Prediais de Esgoto Sanitrio, ABNT-NBR 7198-1993 Projeto e
execuo de Instalaes Prediais de gua Quente, alm de outras bibliografias
complementares.Vale ressaltar que estes projetos so bsicos, somente para
http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/ -
69
possibilitar o diemensionamento e levantamento de quantidades, feitos atravs
do AutoCAD.
5.3.1 Projeto de Distribuio de gua
A rede de distribuio de gua foi projetada diferentemente para cada
um dos mtodos construtivos, logo, o sistema de construo a seco tem sua
distribuio de gua realizada atravs do sistema PEX e o sistema
convencional atravs do sistema convencional ou PVC rgido.
Figura 65 Rede de distribuio de gua Projeto finalizado
Fonte: Autoral
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Figura 66 Rede de distribuio de gua Projeto finalizado
Fonte: Autoral
Figura 67 Rede de esgoto Projeto finalizado
Fonte: Autoral
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Figura 68 Hidrossanitrio Valores dos pesos dos aparelhos
Fonte: ABNT-NBR 8160-1999
Figura 69 Hidrossanitrio bacos para dimetros, vazes e perdas de carga
Fonte: ABNT-NBR 8160-1992
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Figura 70 Hidrossanitrio Valores de perda de carga por conexo
Fonte: ABNT-NBR 8160-1999
O PEX um sistema de tubulao plstico que pode ser utilizado para
gua quente e fria, suporta at 95 Celsius, no sofre corroso, sua
caracterstica mais importante a flexibilidade. A capacidade de fazer curvas
diminui consideravelmente a necessidade de conexes, diminuindo a perda de
carga e aumentando a presso disponvel em cada ponto, outras vantagens,
como a facilidade de manuteno, execuo, transporte, estocagem, grandes
trechos sem conexes, porcentagem de perda e baixa condutividade trmica
tambm devem ser consideradas na escolha.
O PVC rgido ainda a melhor opo para instalaes de esgoto,
porm, para instalaoes de distribuio de gua, deve ser feita uma anlise
criteriosa, com anlise de custos, composies e vantagens de cada sistema,
h tambm alguns estudos que comprovam uma larga vantagem do PEX,
inclusive no custo final de material e mo de obra.
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Figura 71 Hidrossanitrio Valores definidos de presso para os respectivos
equipamentos sanitrios distribuio PVC
Fonte: Autoral
Figura 72 Hidrossanitrio Valores definidos de presso para os respectivos
equipamentos sanitrios distribuio PEX
Fonte: Autoral
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Alguns valores de presso requerida no ponto foram negativos, ou seja,
a gua no teria fora suficiente para chegar at determinado aparelho, em
funo da quantidade de perda de carga ao longo do percurso, a soluo foi
colocar uma bomba de presso na sada de cada caixa, aumentando a presso
disponvel em 18 kpa, com isso, todos os valores de presso ficaram a cima
das margens mnimas, cuja mxima mnima de 15 kpa, conforme norma.
5.3.2 Projeto de Esgoto com cisterna de reaproveitamento
Visando o meio ambiente e as prximas geraes, as concepes deste
projeto est baseada no reaproveitamento das guas e na separao de cada
tipo de esgoto para um melhor tratamento dos resduos, por essa razo, os
sistemas de esgoto foram divididos em trs linhas de projeto: distribuio de
gua, esgoto com cisterna de reaproveitamento de guas provenientes de
chuveiros, pias e precipitaes, esgoto com gordura e esgoto cloacal, toda
tubulao constituda por PVC rgido e o clculo da mesma foi realizado
atravs do mtodo das Unidades Hunter, conforme norma.
Figura 73 Hidrossanitrio
Valores de unidades
Hunter
Fonte: ABNT-NBR 7198-
1993
-
75
Figura 74 Hidrossanitrio Definio do dimensionamento de ramais de esgoto
Fonte: ABNT-NBR 7198-1993
Figura 75 Hidrossanitrio Dimensionamento de tubos de queda
Fonte: ABNT-NBR 7198-1993
-
76
Figura 76 Hidrossanitrio Dimensionamento de tubos de ventilao
Fonte: ABNT-NBR 7198-1993
As calhas foram dimensionadas conforme a soluo proposta por uma
empresa especializada na rea, funciona da seguinte maneira: calcula-se a
vazo de projeto em litros por minuto que igual a rea de projeo do telhado
multiplicada pela intensidade pluviomtrica (maior volume ocorrido no tempo
em horas) divididos por 60 minutos, em posse destes valores feitra consulta
em tabela.
Figura 77 Dimensionamento de Calhas
Fonte: Engeplas
Figura 78 Condutores Verticais
Fonte: Engeplas
-
77
Figura 79 Condutores Horizontais
Fonte: Engeplas
5.4 PROJETO DE INSTALAES ELTRICAS
A elaborao do projeto eltrico foi baseada nas normas: NBR
5410:2004, NBR 5419 aterramento, NBR 5413 iluminncia desejada e normas
da concessionria local CEEE(RIC). Em funo de a casa possuir uma grande
rea total, o modelo de entrada de energia o tipo C modelo trifsico
fornecimento de 4 fios (3 fases e neutro) cuja potncia instalada se restringe a
25kW e 75kW, a tenso utilizada padro 220V.
Foi realizada a quantificao do sistema, com o levantamento da
previso de cargas da nossa edificao, determinando a quantidade, potncia
nominal e localizao dos pontos de utilizao (tomadas, iluminao, ar
condicionado e etc.), posteriormente foi elaborado o quadro de previso de
cargas que nada mais que, a tabela que contem todas as informaes de
distribuio das cargas de uma instalao. A localizao dos pontos eltricos
foi estrategicamente posicionada para melhor utilizao dos moradores, assim
como, o percurso percorrido pelos eletrodutos onde verificamos o menor trajeto
possvel. A diviso dos circuitos foi realizada para um melhor conforto dos
moradores, foi dividido em 21 circuitos, caso necessite algum ponto de reparo
ou para possveis curto circuitos, poder identificar mais rapidamente e com
segurana o problema.
-
78
Figura 80 projeto eltrico planta baixa pavimento trreo
Fonte: Autoral
Figura 81 projeto eltrico planta baixa deck piscina
Fonte: Autoral
-
79
Figura 82 projeto eltrico planta baixa segundo pavimento
Fonte: Autoral
Figura 83 Quadro de previso de cargas
Fonte: Autoral
-
80
Figura 84 Diviso de Circuitos
Fonte: Autoral
5.5 FUNDAES
As fundaes foram personalizadas de acordo com cada mtodo
construtivo e calculadas com base em bibliografias especializadas, para o
radier a obra de Braja Das principles of foundation engineering 7th -, todas
citadas na Bibliografia. O intuto oferecer a soluo mais barata e
tecnicamente vivel para cada situao, logo, para o mtodo de construo a
seco optamos por superficiais do tipo radier (em virtude do baixo peso deste
tipo de estrutura), e para o mtodo convencional, profundas por estaca
cravada, o perfil SPT do local foi baseado nos resultados reais obtidos por
alunos da UCPel em funo de seu trabalho de concluso, em 2014, portanto
-
81
so confiveis, porm, justamente o perfil local do terreno escolhido apresentou
resultados duvidosos, com valor mdio de Nspt na faixa de 3 ao longo dos 24
metros ensaiados, extremamente baixos, visto que o terreno esta situado em
um loteamento, portanto, estes valores deveriam ser maiores.
Figura 85 Perfil Nspt do solo onde se localiza o terreno
Fonte: TCC - Investigao geotcnica dos solos de Pelotas usando o SPT como
ferramenta de anlise
O dimensionamento final do radier apresentou dimenses finais de 15,7
metros de largura por 30,7 metros de comprimento e 45 centmetros de
espessura. A tenso mxima no solo devido ao carregamento externo foi de
22,8 kN/m. As verificaes apresentaram 38,7 kN/m para tenso admissvel
do solo (resultado satisfatrio), recalque imediato igual a 9,03 milmetros
(resultado satisfatrio) e para recalque por adensamento igual a 19,1
centmetros (resultado no satisfatrio), o recalque total igual a soma do
imediato mais o de o por adensamento igual a 20,13 centmetros, visto que o
mximo permitito por norma de 25 milmetros, a soluo apresentada no
satisfez a necessidade do projeto. Neste caso especfico a soluo seria
-
82
encontrar uma camada com valor de Nspt aceitvel e aplicar uma fundao
profunda, fazer um melhoramento deste solo e reduzir o peso da construo.
A proposta para o mtodo convencional a utilizao de estacas pr-
moldada cravadas com dimenses de 35x35cm, para viabilizar o
dimensionamento desta fundao, foi arbitrada um melhoramento do perfil do
solo a partir da cota 13 metros, com valores de Nspt na faixa de 15. Optamos
pela estaca pr-moldada em virtude dela poder ser usada abaixo do nvel
dgua, por no sofrer com ataques de organismos aerbios e organismos
inferiores. Os clculos para a determinao das fundaes foi pela NBR-
6122:2010, o clculo da capacidade de carga foi realizado pelos mtodos que
esto sendo muito utilizados na atualidade, sendo eles, Mtodo Aoki Velloso
1975 e Decourt Quaresma 1985, que so baseadas nas correlaes de
valores. Os blocos de fundao foram dimensionado seguindo a norma NBR-
6118:2003, em funo das cargas de reao dos pilares serem valores
consideravelmente altos, o empreendimento possui blocos de fundao com
estacas que variam de 2 7 unidades por bloco, sendo o bloco com sete
estacas a mais carregada. Atravs dos clculos realizados podemos observar
que a estaca pr-moldada possui uma capacidade de carga maior que a estaca
hlice contnua, com basicamente as mesmas dimenses, em funo desta
observao e pelo custo final optamos pelo mtodo da estaca pr-moldada
cravada.
5.6 COMPATIBILIZAO NO REVIT
A compatibilizao dos projetos complementares foi uma das propostas
deste trabalho, assim como a validao da tecnologia BIM na transferncia
dinmica de arquivos gerados por softwares diferentes e integrados dentro do
REVIT, todos os testes foram aprovados. Neste caso, o teste da interface do
arquivo gerado pelo Scia Engineer com o REVIT, no houve nenhuma falha na
vinculao e os programas funcionaram perfeitamente, porm, para fazer
-
83
qualquer alterao na estrutura dimensionada, somente no arquivo de origem
dentro do programa de origem, aps esta alterao a estrutura
automaticamente se atualiza dentro do REVIT. Os demais projetos
complementares no foram possveis compatibilizar devido a ausncia de
licenas estudantis destes programas e de arquivos tamplates para o REVIT
gratuitos.
Sequncia de Compatibilizao:
O fluxo de projeto funciona da seguinte maneira: no software de
dimensionamento, aps finalizar a estrutura, salvar o arquivo no formato IFC
(formato universal) dentro de uma nova pasta, abre-se um novo arquivo dentro
do REVIT, salvar este novo arquivo na mesma pasta que o IFC, dentro do revit,
inserir arquivo com vnculo IFC, este arquivo vir em forma de bloco, ou seja,
s possvel altera-lo dentro do programa de dimensionamento.
Figura 86 Vinculao da estrutura entre o Scia e o Revit
Fonte: Autoral
-
84
Aps o lanamento da estrutura no Revit, inicia-se o dos outros
componentes atravs do programa, fundaes, lages, paredes, telhado,
escadas, etc, feito de forma bem simples, tanto em 2 como em 3 dimenses,
conforme escolha do usurio, as dificuldades ficam por conta das
configuraesespecficas de cada projeto. A aba de navegao de projeto
permite selecionar cada pavimento ou cada corte da vista, onde possvel
alinhar os elementos e alterar qualquer configurao geomtrica, outra aba
importante a de propriedades, onde so feitas alteraes de caracterstica do
material.
Figura 87 planta baixa como interface de trabalho
Fonte: Autoral
-
85
Figura 88 corte como interface de trabalho
Fonte: Autoral
Figura 89 laamento de radier e escadas
Fonte: Autoral
-
86
Figura 90 lanamento estrutura interna das paredes em steel framing
Fonte: Autoral
Figura 91 Lanamento das placas de fechamento
Fonte: Autoral
-
87
Figura 92 Finalizao do lanamento
Fonte: Autoral
Figura 93 Projeto finalizado
Fonte: Autoral
-
88
5.7 ORAMENTAO
Os oramentos foram estruturados conforme o PLEO, os valores para
cada item, alguns, foram obtidos atravs das composies do mesmo e outros
em consultas com empresas locais especializadas.
O incio de cada oramento se deu em funo das atividades envolvidas
em cada mtodo construtivo, seguindo a sequncia lgica de execuo.
A segunda etapa iniciou com os levantamentos de quantidades e
posteriormente os valores de cada servio.
Aps a obteno do custo direto de construo foi feita a composio do
BDI, conforme o TCPO 2013, porm, com valores atualizados.
A composio do tempo se deu atravs da produo mdia de cada
atividade, conforme acompanhamento em canteiro e na base de dados do
TCPO.
OSERVAO: O trabalho tem como proposta a comparao entre dois
mtodos construtivos, convencional (concreto/alvenaria) e construo a seco
(hard steel framing), porm, devido a proximidade do hard steel framing com o
steel framing, diferenciando-se somente na estrutura principal e nas fundaes,
estimamos o custo aproximado desta obra em steel framing. A ttulo de
curiosidade.
-
89
Os resultados sero apresentados atravs do Oramento Sinttico
obtido aps a concluso do Estimativo, alm do Cronograma Fsico Financeiro.
Os valores de produo por hora ou dia, foram obtidos atravs de
anlise em campo, com situaes reais, semelhantes as aplicadas nesta obra.
Como definio, o Oramento Estimativo pode ser caracterizado pela obteno
do valor global da obra obtido atravs de projetos bsicos e fundamentado em
planilhas que expressem a composio dos custos unitrios, mais o BDI. O
Sinttico ou Reduzido corresponde a apresentao dos principais itens da
descriminao e seus respectivos preos totais.
Sero feitos trs comparativos:
- hard steel framing (sistema A) x steel framing (sistema B)
- hard steel framing (sistema A) x convencional (sistema C)
- convencional (sistema C) x steel framing (sistema B)
-
90
O comparativo se dar em funo da porcentagem de reduo do custo
direto para cada item, do cronograma fsico financeiro, do preo de venda e de
parmetros imensurveis, como, segurana, probabilidade de acidente, visitas
a obra, quantidade de pessoas no canteiro, equipamentos, tempo de retorno do
investimento e etc.
Figura 94 Oramento sinttico e cronograma fisico financeiro estrutura de ao
Fonte: Autoral
Figura 95 - Oramento sinttico e cronograma fisico financeiro steel framing
Fonte: Autoral
-
91
Figura 96 Oramento sinttico e cronograma fisico financeiro sistema convencional
Fonte: Autoral
5.8 ESTUDOS DE VIABILIDADE CONCLUSIVOS
O estudo de viabilidade foi baseado nos resultados obtidos aps a
concluso dos oramentos, vale enfatizar que no existem valores estimados,
possuem embasamentos tcnicos e tericos, em planilhas oficiais e em
pesquisas de mercado regional, portanto so valores prximos da realidade,
levando em conta os projetos envolvidos no empreendimento e tambm
aborados neste trabalho, foram todos conferidos e aprovados pelos
professores reponsveis por cada uma das disciplinas.
-
92
A viabilidade de um projeto passa por aspectos como: tipo de
empreendimento, local, tempo de obra, custo, recursos, adequao normativa.
O caso estudado trata de uma residncia locada no Marina Ilha Verde,
Pelotas, Rio Grande do Sul, dentro do oramento, no foi considerado o valor
de aquisio do terreno.
O tempo de obra foi estimado atravs da hora homem envolvida em
cada etapa da construo, atravs do pleo, do conhecimento prtico e de
levantamentos com empresas especializadas. Neste aspecto, os sistemas
industrializados de construo a seco apresentaram uma grande vantagem
comparadas ao sistema convencional, com um cronograma 25% menor tanto
para o mtodo com estrutura de ao, quanto para o steel framing.
Os recursos envolvidos em cada um dos mtodos so disponibilizados
em toda regio, com prazos de entrega relativamente rpidos, assim como a
mo de obra, neste aspecto os mtodos a seco levam vantagem no que se diz
a disponibilidade de material, por se tratarem de componentes industrializados,
so produzidos em larga escala, logo so estocados e ficam prontos para
entrega. O fato da construo a seco utilizar menor variedade de material
acarreta diretamente nos custos de transporte e no transito de veculos dentro
da obra, pois nestes mtodos em poucas cargas possvel alimentar toda
obra. Por sua vez o sistema convencional em concreto armado leva vantagem
no que se refere a disponibilidade de mo de obra, porm, uma mo de obra
menos especializada e mais propicia a confrontos judiciais.
Os aspectos normativos esto resolvidos, pois os materiais utilizados
nos mtodos convencionais j esto consagrados dentro das normas.
Relacionado aos sistemas a seco, todos os materiais para serem produzidos
devem possuir selo de qualidade e atender a altos nveis de exigncia
-
93
cobrados pelos orgos fiscalizadores atravs de testes especficos para cada
propriedade fsica, logo, so confiveis e possuem tima qualidade e
tecnologia.
O custo direto de cada um dos mtodos apresentou diferenas
considerveis.
O comparativo AB, entre estrutura de ao e steel framing, o steel framing
apresentou um custo direto 39% menor que o sistema estruturado com ao,
influenciados pela reduo no peso da estrutura, consequentemente a reduo
no custo de fundaes, alm dos valores relacionados aos perfis estruturais
que no steel framing so eliminados.
O comparativo AC, entre estrutura de ao e concreto armado, o sistema
a seco com estrutura de ao, levou vantagem em praticamente todos os
aspectos, o sistema convencional apresentou um custo mais baixo com relao
as paredes, porm elas no apresentam nenhuma vantagem acstica e
trmica, o que no ocorre com o sistema de vedao em placas, que possuem
vrias camadas de isolamento trmico e acstico. Finalizando com uma
reduo de 18% no custo direto da construo com o sistema a seco.
O comparativo BC, entre o steel framing e o sistema convencional, o
steel framing apresentou menores custos em praticamente todos os itens,
apresentando maiores valores para paredes, em razo das camadas de
isolamentos. Neste comparativo o steel framing apresentou um custo direto
64% menor que o mtodo convencional.
O preo de venda cosidera o BDI, para cada um dos mtodos estes
valores foram calculados, todos considerando 10% de lucro, houveram
alteraes em variveis que levam em considerao o tempo de obra, e o
-
94
custo direto de cada uma, o sistema estruturado em ao apresenta um BDI de
43,58%, o steel framing apresenta um BDI de 46,52% e o sistema convencional
apresenta um BDI de 63,87%.
Analisando as variveis envolvidas, conclumos que para este caso,
seria mais vivel uma construo utilizando o sistema de construo a seco em
steel framing.
Os itens onde existiram diferena de valores so apresentados na tabela
comparativa, mostrada a seguir:
Figura 97 Resultados Comparativo Final
Fonte: Autoral
6. CONCLUSO
A concluso deste trabalho passa diretamente pelo estudo dos nmeros
envolvidos em cada mtodo construtivo, com os resultados podemos afirmar
que a metodologia mais arriscada e com maior custo, para o construtor e para
o comprador a convencional com utilizao de concreto armado para
estrutura e vedaes com bloco cermico, ainda podemos citar, o alto nvel de
risco destas obras, a grande quantidade de etapas, tempo de execuo,
atrasos, alterao nos valores de oramento, retrabalho, demolio,
-
95
disperdcio, rotatividade da mo de obra (pouco qualificada), porm estes
aspectos so imensurveis neste estudo de caso.
O mtodo estruturado em ao apresenta grandes vantagens quanto ao
tempo de execuo e qualidade em conforto trmico e acstico alm da
facilidade para montagem das componentes estrturais, e instalaes eltricas e
hidrossanitrias, apresenta um custo mdio comparado aos outros dois.
O steel framing se posicionou como opo mais tcnica e
economicamente vivel, neste caso, alm de ter o menor custo direto, 39% e
64% menor se comparado ao mtodo estruturado em ao e o em concreto
armado, alm de apresentar um cronograma reduzido, concluido com poucas
etapas, baixo ndice de transporte, baixo custo de venda e alta qualidade de
isolamento trmico e acstico, alm de ser uma tecnica consolidada nos EUA e
na Europa.
As vantagens das construes a seco tambm podem contar com o
baixo ndice de desperdcio, variando de 2% a 4%, e dos materiais
caractersticas de de sustentabilidade, ou seja, so reciclveis, enquanto o
ndice de desperdcio dos mtodos convencionais vo de 10% a 20%, alm
destes mtodos no possuirem uma poltica de reciclagem bem definida.
O Brasil tem muito a evoluir com relao a mtodos construtivos e novas
tecnologias, mas sim, existem empresas que esto procurando entrar no
mercado e inovar, seja com novos mtodos ou materiais mais modernos. H
uma grande disponibilidade de produtos inovadores em nosso pas, porm,
eles tem encontrado certa dificuldade, assim como as novas propostas
construtivas, em quebrar os paradigmas e pr-conceitos do mercado, sendo
que apresentam caractersticas iguais ou melhores se comparadas com as de
materiais j consagrados.
-
96
ANEXO A
Oramentos Estimativos e Planilha
Comparativa
-
97
ANEXO B
Oramentos Sintticos com
cronograma fsico/financeiro
-
98
ANEXO C
Relatrio Scia Engineer
Estrutura de Ao
-
99
ANEXO D
Relatrio Scia Engineer Estrutura de
Concreto Armado
-
100
ANEXO E
Pranchas
-
101
7. REFERNCIAS BIBLIOGRFICAS
BIBLIOGRAFIAS
(NORMAS, LIVROS, TESES, DISSERTAES E MANUAIS)
AMERICAN INSTITUTE OF STEEL CONSTRUCTION. ANSI/AISC 360:
Specification for Structural Steel Buildings. Chicago,2010.
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Prediais de Esgoto Sanitrio Projeto e Execuo. Rio de Janeiro, 1999.
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http://asboasnovas.com/mundo/10-materiais-de-construcao-inovadores-e-
sustentaveis
http://casa.abril.com.br/materia/obra-seca-e-rapida-conheca-sistemas-
construtivos-muito-eficientes#6
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