1-Metodologia Da Pesquisa Científica

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Metodologia da Pesquisa Científica 1 1 METODOLOGIA DA PESQUISA 1.1 Introdução A metodologia científica é uma ciência que nos ensina um caminho para chegarmos a um fim científico. É a experiência do dia-a-dia, as constantes pesquisas feitas em todo o mundo, a nos dar segurança para a utilização das normas dessa ciência. Portanto, para nós, a metodologia se torna ciência porque á baseada numa experiência constante em que cada ação é testada inúmeras vezes até que se possa ter segurança em sua utilização. Objetivo Geral Apresentar um instrumental teórico-prático para que se possa estudar com método adequado, ler com precisão e entendimento e pesquisar de modo científico. Objetivos específicos Saber qual é a importância da pesquisa, quais os recursos disponíveis para o planejamento e execução da pesquisa e como divulgar o trabalho realizado. É uma disciplina acadêmica construída a partir do princípio aceito de que não há produção de conhecimento científico, ou melhor, da ciência, a não ser através da pesquisa. Mas como há ciência e ciência, assim, há pesquisa e pesquisa. Daí a necessidade de fornecermos teoria e instrumental metodológico voltado para a formação de um pesquisador. Métodos e Técnicas de Pesquisa estratégia e táticas indicadas para as diversas fases do processo: da problematização, da coleta de dados e informações, da mensuração, da formação do marco teórico de referência, da formulação de hipóteses, do levantamento de variáveis e seu relacionamento, da análise de dados, da prova ou da comprovação ou não da hipótese.

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    1 METODOLOGIA DA PESQUISA

    1.1 Introduo

    A metodologia cientfica uma cincia que nos ensina um caminho para chegarmos

    a um fim cientfico. a experincia do dia-a-dia, as constantes pesquisas feitas em todo

    o mundo, a nos dar segurana para a utilizao das normas dessa cincia. Portanto,

    para ns, a metodologia se torna cincia porque baseada numa experincia constante

    em que cada ao testada inmeras vezes at que se possa ter segurana em sua

    utilizao.

    Objetivo Geral

    Apresentar um instrumental terico-prtico para que se possa estudar com

    mtodo adequado, ler com preciso e entendimento e pesquisar de modo cientfico.

    Objetivos especficos

    Saber qual a importncia da pesquisa, quais os recursos disponveis para o

    planejamento e execuo da pesquisa e como divulgar o trabalho realizado.

    uma disciplina acadmica construda a partir do princpio aceito de que no h

    produo de conhecimento cientfico, ou melhor, da cincia, a no ser atravs da

    pesquisa.

    Mas como h cincia e cincia, assim, h pesquisa e pesquisa. Da a necessidade de

    fornecermos teoria e instrumental metodolgico voltado para a formao de um

    pesquisador.

    Mtodos e Tcnicas de Pesquisa estratgia e tticas indicadas para as

    diversas fases do processo: da problematizao, da coleta de dados e informaes, da

    mensurao, da formao do marco terico de referncia, da formulao de hipteses,

    do levantamento de variveis e seu relacionamento, da anlise de dados, da prova ou

    da comprovao ou no da hiptese.

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    Constitui um dos principais objetivos de nosso trabalho a produo da cincia em

    seus dois nveis: o da produo do conhecimento cientfico nvel da interioridade, da

    subjetividade do produtor do conhecimento e o da produo da cincia propriamente

    dita nvel de exterioridade, da objetividade, ou seja, cincia com instituio e prtica

    social do saber.

    Tenha voc a certeza de que nossa misso j no podia ser a de ensinar,

    guiando os alunos nos caminhos da cincia e do saber, mas a de fazer progredir a

    pesquisa, alm do adquirido. A instituio docente transforma-se em instituio-

    pesquisa. O ideal deixa de ser a sabedoria para ser a procura do saber, ou seja, a

    investigao, a pesquisa.

    1.2 Quais so os princpios da Cincia?

    O conhecimento cientfico nunca absoluto ou final, pode ser sempre modificado

    ou substitudo;

    A exatido sobre um conhecimento nunca obtida integralmente, mas sim,

    atravs de modelos sucessivamente mais prximos;

    Um conhecimento vlido at que novas observaes e experimentaes o

    substituam.

    1.3 Quais os objetivos da cincia?

    Melhoria da qualidade de vida material

    Melhoria da qualidade de vida intelectual

    1.4 Quais as funes da Cincia?

    Novas descobertas

    Novos produtos

    Melhoria da qualidade de vida

    1.5 O que conhecimento cientfico?

    o produto resultante da investigao cientfica.

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    Na cincia existe a necessidade de utilizar-se de uma ferramenta para aquisio

    e construo do conhecimento, que se denomina mtodo cientfico. Basicamente, o

    mtodo compe-se de etapas dispostas de forma sistemtica, obedecendo a uma

    forma seqencial. No importa a filosofia do mtodo, as etapas existem para que haja

    uma organizao do processo de elaborao mental das aes.

    Forma de pensar para se chegar natureza de um determinado problema,

    quer seja para estud-lo ou explic-lo.

    Consiste num conjunto de etapas ordenadamente dispostas a serem

    executadas que tenham por finalidade a investigao de fenmenos para a

    obteno de conhecimentos

    1.6 Quais so os mtodos cientficos?

    No existe uma receita mgica de mtodo cientfico, pois a humanidade vem

    aperfeioando a maneira de fazer cincia ao longo dos tempos.

    Exemplos de mtodos cientficos Clssicos:

    Mtodo Dedutivo (Descartes, Sc. XVII): O raciocnio dedutivo parte de enunciados

    gerais dispostos em ordem, como premissas de um raciocnio para chegar a uma

    concluso particular.

    (aplicao de princpios gerais a casos particulares):

    Todo homem mortal. (premissa geral)

    Pedro homem. (premissa particular)

    Logo, Pedro mortal. (concluso particular)

    Deduzir inferir.

    Lei fundamental do raciocnio dedutivo: a concluso no pode ter extenso maior

    que as premissas.

    Mtodo Indutivo (Galileu e Bacon, Sc. XVII): um raciocnio em que, de fatos

    particulares, se tira uma concluso genrica. Induo levar para dentro. um

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    processo inverso ao dedutivo. A induo caminha de fatos singulares para chegar a

    uma concluso ampla (descoberta de princpios gerais a partir de conhecimentos

    particulares):

    Arame conduz calor.

    Ouro conduz calor.

    Ferro conduz calor

    Logo, todo metal conduz calor.

    A induo cientfica parte do fenmeno para chegar lei geral. Observa,

    experimenta, descobre a relao causal entre dois fenmenos e generaliza esta relao

    em lei, para efeito de predies (RUIZ, 1995, p. 114).

    Mtodo Hipottico-Indutivo (Popper)

    A partir das hipteses formuladas deduz-se a soluo do problema

    1.7 O que pesquisa ?

    De acordo com o Prof. Aurlio Buarque de Holanda Ferreira, pesquisa a

    indagao ou busca minuciosa para averiguao da realidade; a investigao e o

    estudo, minudentes e sistemticos, com o fim de descobrir ou estabelecer fatos ou

    princpios relativos a um campo qualquer do conhecimento. Assim sendo, pesquisar

    inquirir, perquirir, investigar.

    Num sentido amplo, pesquisa um conjunto de atividades voltadas para a busca

    de um determinado conhecimento. Nesse sentido, qualquer trabalho escolar uma

    pesquisa.

    Conceito de pesquisa cientfica: A pesquisa cientfica o produto de uma

    investigao, cujo objetivo resolver problemas e solucionar dvidas mediante a

    utilizao de procedimentos cientficos. A investigao a composio do ato de

    estudar, observar e experimentar os fenmenos.

    1.8 Por que fazer pesquisa?

    A pesquisa em si realizada com o objetivo de descobrir algo novo, ou para

    corroborar ou refutar algo j conhecido. A motivao bsica que leva o indivduo a

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    realizar uma pesquisa cientfica o aprendizado, seja do mtodo cientfico, seja das

    tcnicas empregadas ou ainda do assunto em foco na pesquisa. A pesquisa inicia-se a

    partir da curiosidade na observao ao mundo.

    1.9 A palavra pesquisa

    Pesquisa uma palavra de origem espanhola. Esta, herdada do latim. Havia em

    latim o verbo perquiro, que significava procurar; buscar com cuidado; procurar por toda

    parte; informar-se; inquirir; perguntar; indagar bem; aprofundar na busca. O particpio

    passado desse verbo latino era perquisitum. Por alguma lei da fontica histrica, o

    primeiro R se transformou em S na passagem do latim para o espanhol, originando o

    verbo pesquisar que conhecemos hoje. Da voc percebe que os significados desse

    verbo em latim insistem na idia de uma busca feita com cuidado e profundidade.

    (BAGNO, 2000).

    1.10 Natureza da pesquisa

    1.10.1 Emprica ou Exploratria

    a pesquisa que resulta de uma investigao e que tem como objetivo explorar

    contedos ou descobrir a causa de algum fenmeno. feita atravs de pesquisa

    bibliogrfica ou da pesquisa de laboratrio, pesquisa documental, estudo de caso,

    pesquisa-ao ou da pesquisa-participante.

    Emprico = Aquilo que baseado na experincia

    1.10.2 Terica ou Descritiva

    a pesquisa que visa obter, em geral, trabalhos cientficos inditos, novas

    descobertas, contribuies de carter terico. Os cientistas querem descobrir teorias

    que descrevam cada vez melhor um nmero maior de fenmenos. So os projetos dos

    cientistas, atravs de pesquisa de campo, levantamento de dados ou pesquisa de

    laboratrio. Exemplos: Com a Teoria da Relatividade, Einstein conseguiu descrever um

    nmero maior de eventos, que a teoria clssica de Newton no conseguia explicar. A

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    mecnica Quntica consegue explicar alguns eventos que a Mecnica Clssica no

    conseguia.

    1.10.3 Experimental ou Aplicada

    a pesquisa que pressupe planejamento criterioso e rigoroso, onde situaes

    so criadas e observadas atravs de formas tecnolgicas especficas = pesquisa de

    laboratrio.

    1.11 Tcnicas de Pesquisa

    1.11.1 Pesquisa Bibliogrfica

    O primeiro passo a ser dado, em qualquer pesquisa, a bibliogrfica. Significa o

    levantamento da bibliografia referente ao assunto que se deseja estudar. Nas

    monografias, dissertaes e teses se chama esta parte de reviso da literatura.

    Conceito: A pesquisa bibliogrfica consiste no exame do conjunto de livros escritos

    sobre determinado assunto ou de documentos deixados por autores conhecidos ou

    inditos.

    Objetivo: A pesquisa bibliogrfica tem como meta pesquisar as produes humanas

    conservadas atravs de livros, artigos, documentos, internet, etc.

    A pesquisa bibliogrfica constitui-se em fonte secundria. aquela que busca o

    levantamento de livros e revistas de relevante interesse para a pesquisa que ser

    realizada.

    A pesquisa bibliogrfica passo decisivo em qualquer pesquisa cientifica, uma

    vez que elimina a possibilidade de se trabalhar em vo, de se despender tempo com o

    que j foi solucionado.

    1.11.2 Pesquisa Documental

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    A pesquisa documental se parece muito com a pesquisa bibliogrfica. A

    diferena est na natureza das fontes.

    Conceito: A pesquisa documental compreende o levantamento de documentos que

    ainda no foram utilizados como base de uma pesquisa.

    A pesquisa documental vale-se de materiais que ainda no receberam um

    tratamento analtico ou que ainda podem ser reelaborados de acordo com os objetivos

    da pesquisa. So documentos conservados em arquivos de rgos pblicos ou

    instituies privadas, tais como associaes cientficas, igrejas, sindicatos e outros.

    Podem ainda ser: cartas, dirios, fotografias, vdeos, CDs, DVDs, processos judiciais,

    documentos de cartrio, esculturas, pinturas, construes arquitetnicas e outros.

    A documentao direta compreende ainda a observao direta intensiva, cuja

    modalidade mais utilizada a entrevista. Faz parte da observao direta extensiva o

    uso de formulrios, testes, questionrios, histria de vida (estudo de caso).

    1.11.3 Pesquisa de Laboratrio Aplicada ou Experimental

    A pesquisa de laboratrio necessita de mo-de-obra especializada para

    elaborao de grficos, tabelas, anlise e interpretao. realizada por etapas atravs

    do processo ordenado, com fases bem definidas. Vejamos a seguir, algumas dessas

    fases:

    Determinao do tema.

    Pesquisa bibliogrfica

    Formulao do problema

    Formulao da hiptese ou hipteses.

    Prever, conhecer e testar a preciso dos instrumentos que sero utilizados.

    Selecionar ferramentas convenientes para o caso.

    Provocar o fenmeno e controlar a relao entre as variveis independentes e os

    eventos, com o objetivo de testar a hiptese pr-estabelecida.

    Generalizar ou ampliar os resultados

    Fazer predies baseadas na hiptese confirmada.

    Repetir experimentos para confirmar predies.

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    1.11.4 Estudo de Caso

    Conceito: um conjunto de dados que descrevem uma fase ou a totalidade do

    processo social de uma unidade, em suas vrias relaes internas nas suas fixaes

    culturais, quer seja essa unidade uma pessoa, uma famlia, um profissional, uma

    instituio social, uma comunidade ou uma nao (YOUNG, P. Mtodos cientficos

    de investigacin social. Mxico: Universidad del Mxico, 1960. p.269).

    Esta forma tecnolgica visa ao estudo individualizado, minucioso e to profundo

    quanto possvel, a respeito de um educando que venha apresentando sintomas

    anormais de comportamento pessoal, familiar ou social (NRICI, I. G. Introduo

    orientao educacional. So Paulo: Atlas, 1978. p. 182).

    A prtica de estudo de caso est ligada psicoterapia, caracterizada pela

    reconstruo da histria do indivduo, bem como ao trabalho dos assistentes sociais

    junto a indivduos, grupos e comunidades. O estudo de caso pode ser visto como

    tcnica psicoterpica, como mtodo didtico ou como mtodo de pesquisa.

    1.11.5 Pesquisa-Ao

    Conceito: um modo de pesquisa com base emprica que concebida e

    realizada em estreita associao com uma ao ou com a resoluo de um problema

    coletivo e no qual os pesquisadores e participantes representativos da situao ou do

    problema esto envolvidos de modo cooperativo ou participativo (THIOLLENT, Michel.

    Metodologia da pesquisa-ao. So Paulo: Cortez, 1985. p. 14). A pesquisa-ao

    uma estratgia metodolgica da pesquisa social.

    1.11.6 Pesquisa Participante

    Conceito: um enfoque de investigao social por meio do qual se busca a

    plena participao da comunidade na anlise de sua prpria realidade com o objetivo

    de promover a participao social para o benefcio dos participantes da investigao.

    Esses participantes so os oprimidos, os marginalizados, os explorados, os excludos.

    Trata-se, portanto, de uma atividade educativa, de investigao e ao social.

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    Caracteriza-se pela interao entre pesquisadores e membros das situaes

    investigadas.

    1.11.7 Pesquisa de Campo

    Conceito: Consiste na observao dos fatos, tal como eles ocorrem

    espontaneamente.

    Caracteriza-se por usar ferramentas especficas, objetivando recolher e registrar

    dados pertinentes ao assunto em estudo. Entre as ferramentas esto o questionrio, o

    formulrio, a entrevista, etc.

    1.11.8 Pesquisa Ex-Post-Facto

    Conceito: Pesquisa a Ex-post-facto um experimento que se realiza depois dos

    fatos acontecidos espontaneamente, e por isso no se tem controle sobre as variveis.

    Neste modo de pesquisa so tomados como experimento situaes que se

    desenvolveram naturalmente, espontaneamente, e trabalha-se sobre elas como se

    estivessem submetidas a controles. Ex: uma greve, um terremoto, a organizao de

    uma invaso ou favela, a inflao do ms anterior, estudos de fatos histricos, etc. Esse

    tipo de pesquisa usada principalmente nas cincias sociais.

    1.12 A pesquisa no dia-a-dia

    A pesquisa faz parte do nosso quotidiano Observe o seguinte: quando voc est

    pensando em alugar uma casa, abre a pgina de classificados do jornal e sai marcando

    os anncios que lhe interessam est fazendo uma pesquisa.

    Um outro exemplo de que fazemos pesquisa quotidianamente: supondo-se que

    voc queira comprar um televisor e sai pelo comrcio anotando tamanho, modelo,

    marca, preo e condies de pagamento, para depois comparar e se decidir voc

    est fazendo pesquisa.

    Ento mesmo difcil imaginar qualquer ao humana que no seja precedida

    por algum tipo de investigao. A simples consulta ao relgio, para saber que horas

    so, ou a espiada para fora da janela para observar o tempo que est fazendo, ou a

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    batidinha na porta do banheiro para saber se tem gente dentro... Todos esses gestos

    so rudimentos de pesquisa.

    1.13 A pesquisa a srio

    Mas claro que no dessa pesquisa rudimentar que vamos nos ocupar aqui. A

    pesquisa que nos interessa a pesquisa cientfica, isto :

    Assim sendo, a pesquisa , simplesmente, o fundamento de toda e qualquer

    cincia digna deste nome. Quando algum vier lhe falar de alguma cincia, portanto,

    fique atento e procure saber quais foram os ltimos avanos conseguidos por essa

    cincia. Se no houve avanos porque no houve cincia e se no houve pesquisa

    porque no cincia.

    Podemos assim, conceituar pesquisa como sendo o processo formal e

    sistemtico de desenvolvimento do mtodo cientfico.

    2 IMPORTNCIA DA PESQUISA

    Sem pesquisa no h cincia, muito menos tecnologia. Todas as grandes

    empresas do mundo de hoje possuem departamentos chamados Pesquisa e

    Desenvolvimento.

    a investigao feita com o objetivo expresso de obter

    conhecimento especfico e estruturado sobre um assunto preciso

    A caracterstica maior da pesquisa cientfica o acrscimo

    ao conhecimento j existente sobre o assunto pesquisado.

    Mtodo cientfico o conjunto de procedimentos intelectuais e tcnicos

    adotados para se atingir o conhecimento

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    Os departamentos de Pesquisa e Desenvolvimento esto sempre tentando dar

    um passo frente para a obteno de novos produtos que respondam melhor s

    exigncias cada vez maior dos consumidores ou, simplesmente, que permitam vencer a

    concorrncia das outras empresas.

    As indstrias farmacuticas vivem procura de novos medicamentos mais

    eficazes contra velhas e novas doenas. As montadoras de automveis querem

    produzir carros mais econmicos, menos poluentes, mais seguros. A informtica no

    pra de nos assustar com seus computadores cada dia mais rpido, com maior

    capacidade de memria, com programas mais eficientes.

    Se no houvesse pesquisa, todas as grandes invenes e descobertas

    cientficas no teriam acontecido. E bastante lgico que nas Universidades a

    pesquisa muito importante. O Professor Universitrio que se limita a dar suas aulas

    sem estar engajado em algum projeto de pesquisa no visto com bons olhos pelos

    seus colegas. Afinal, a Universidade no pode ser um depsito do conhecimento

    acumulado ao longo dos sculos. Ela deve ser tambm uma fbrica de conhecimento

    novo. E esse conhecimento novo s se consegue... pesquisando. A importncia da

    pesquisa reconhecida tambm pelos rgos governamentais.

    No Brasil, por exemplo, em nvel nacional, existem entidades como a CAPES e o

    CNPq que financiam projetos de pesquisa. Existem tambm fundaes privadas que

    apiam pesquisadores, dando-lhes condies de levar adiante seus projetos.

    O objetivo fundamental da pesquisa descobrir respostas para problemas

    mediante o emprego de procedimentos cientficos. Assim sendo podemos entender

    pesquisa .como sendo um processo que, utilizando a metodologia cientfica, permite a

    obteno de novos conhecimentos no campo da realidade social.

    Realidade social entendida com um sentido bastante amplo, envolvendo todos

    os aspectos relativos ao homem em seus mltiplos relacionamentos com outros

    homens e instituies sociais. Assim, o conceito de pesquisa aqui adotado aplica-se s

    investigaes realizadas no mbito das mais diversas cincias, tais como, Sociologia,

    Antropologia, Cincia Poltica, Psicologia, Economia, Administrao, Pedagogia etc.

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    A pesquisa social pode decorrer de razes de ordem intelectual, quando

    baseada no desejo de conhecer pela simples satisfao para agir. Da porque se pode

    falar em pesquisa pura e em pesquisa aplicada.

    A pesquisa pura busca o progresso da cincia, procura desenvolver os

    conhecimentos cientficos, sem a preocupao direta com suas aplicaes e

    conseqncias prticas. Seu desenvolvimento tende a ser bastante formalizado e

    objetivo generalizao, com vistas construo de teorias e leis.

    A pesquisa aplicada, por sua vez, apresenta muitos pontos de contato com a

    pesquisa pura, pois depende de suas descobertas e se enriquece com o seu

    desenvolvimento; todavia, tem como caracterstica fundamental o interesse na

    aplicao, utilizao e conseqncias prticas dos conhecimentos. Sua preocupao

    est menos voltada para o desenvolvimento de teorias de valor universal do que para a

    aplicao imediata numa realidade circunstancial. De modo geral este o tipo de

    pesquisa a que mais se dedicam os psiclogos, socilogos, economistas, assistentes

    sociais e outros pesquisadores sociais.

    Em resumo, podemos dizer que a pesquisa est presente:

    NO PROGRESSO INTELECTUAL DE UM INDIVDUO

    NO DIA-A-DIA,

    NAS AES MAIS

    CORRIQUEIRAS

    NO

    AVANO

    TECNOL

    GICO

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    Como fcil perceber, a pesquisa , mesmo, uma coisa muito sria. No

    podemos trat-la com indiferena, menosprezo ou pouco caso.

    3 O ATO DE ESTUDAR

    Os cursos de ps-graduao tm como um dos seus objetivos desenvolver nos

    estudantes o esprito cientfico e a prtica de trabalhos tcnicos. Entretanto, nada se

    conseguir neste sentido se os iniciantes em trabalhos intelectuais no tiverem

    adquirido hbitos de estudo sistemtico e eficientes atravs da utilizao de mtodos e

    tcnicas adequadas.

    Salomon (1994, p.20), autoridade no assunto, declara:

    Imaginamos o iniciante no trabalho cientfico como aquele que, implicando num processo de auto-desenvolvimento, vai paulatinamente se transformando: ter que ser antes estudioso para, em seguida, tornar-se trabalhador intelectual, pesquisador e, finalmente, autor. Essas fases, claro, no se excluem nem cessam pela apario ulterior; antes, se completam e se superpem a partir de determinado momento de cada uma.

    Desse modo a primeira etapa que o aluno precisa vencer para se tornar um

    estudioso conhecer e utilizar procedimentos que facilitem os seus estudos. Pesquisas

    realizadas comprovam a validade de tal afirmativa.

    Completando tal observao, Severino (1994) adverte que o ensino superior exige

    dos universitrios:

    * Autonomia no processo de aprendizagem e postura de auto-atividade didtica

    rigorosa, crtica e criativa;

    * Projeto de trabalho intelectual individualizado, apoiado em material didtico e cientfico

    que se constitui, basicamente, na bibliografia especializada.

    * Isso nos leva questo da formao da biblioteca pessoal dos estudantes.

    Os livros so caros, tornam-se ultrapassados com alguma rapidez, e o hbito de

    utilizao de cpias dificulta a formao de acervos pessoais. Apesar do exposto, os

    estudantes devem se conscientizar de que existem livros fundamentais nas diferentes

    reas do conhecimento e que devem ser adquiridos. A assinatura de revistas

    especializadas um hbito a ser cultivado, uma vez que os relatrios de pesquisa e as

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    descobertas nas diferentes reas do conhecimento, antes de aparecerem em livros, so

    publicadas em revistas e jornais. As revistas tambm oferecem a oportunidade de se

    ampliar a bibliografia sobre determinado assunto com novas referncias.

    As universidades e outras instituies possuem bibliotecas, embora em algumas

    delas o acervo seja limitado e pouco renovado. De qualquer maneira, o estudante deve

    freqent-las, explor-las. L se encontram obras de referncia geral, peridicos, livros,

    dissertaes de mestrados, teses de doutorado etc.

    As bibliotecas so organizadas no sentido de auxiliar os leitores e

    pesquisadores. Assim, seu acervo se apresenta classificado por assunto, ttulo e autor,

    em fichas individuais reunidas em fichrios por ordem alfabtica. Nas fichas, alm de

    dados sobre a obra e o autor, est registrada a referncia da obra (cdigo da

    biblioteca), atravs da qual ela localizada nas prateleiras. Muitas bibliotecas esto

    hoje informatizadas oferecendo uma alternativa de organizao mais moderna.

    Alm do estudo, atravs de fontes bibliogrficas, outras modalidades de

    aprendizagem so os encontros, seminrios, congressos, palestras, mesas redondas

    etc, que devem acompanhar o estudo pela vida toda.

    A princpio como participante, em seguida fazendo pequenas comunicaes e,

    no decorrer da vida profissional, integrando mesas-redondas, fazendo palestras etc.

    Outro aspecto a considerar, principalmente por todos aqueles que estudam e

    trabalham, a programao das atividades de estudo e a diviso adequada do tempo.

    No se pode fazer um curso se no houver tempo disponvel para estudar e refletir.

    Observem as recomendaes de Galliano (1986, p.61) sobre a utilizao do

    tempo:

    O conhecimento forma-se por fases e a quantidade de informao transforma-se em qualidade do conhecimento. (GALLIANO, 1986, p.53). Galliano, 1986,p.53

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    Planeje seu tempo essa a forma correta de ganhar tempo para o estudo;

    Programe a utilizao de perodos vazios em sua atividade;

    Substitua o horrio de uma ou mais atividades no-essenciais para obter tempo de estudo;

    No estabelea perodos muito longos de estudo sem pausa para descanso (...)

    4 TCNICAS DE LEITURA

    Prosseguindo na temtica iniciada sobre leitura, onde, dentre outras coisas, voc

    aprendeu que existem procedimentos especficos para um estudo proveitoso, vamos

    agora abordar algumas tcnicas de leitura, pr-requisitos para um estudo aprofundado.

    Galliano (1986) nos lembra que toda leitura feita com um propsito que pode

    ser a investigao, a crtica, a comparao, a verificao, a ampliao ou integrao do

    conhecimento. Para atingir esses propsitos devemos identificar as idias principais do

    autor. Ocorre que poderemos estar lendo um artigo, um livro, um captulo de livro, ou

    mesmo um simples pargrafo.

    Mandam os especialistas que se proceda, inicialmente, a uma leitura integral do

    texto e se determine a unidade de leitura a ser estudada. Para se estabelecer a unidade

    de leitura, preciso entender que a unidade uma parte do texto que apresenta uma

    totalidade de sentido. O texto fica, assim, dividido em etapas que vo sendo

    sucessivamente estudadas. um estudo analtico, findo o qual o leitor refaz o sentido

    total do livro, sintetizando-o.

    Como procurar a idia principal na unidade de leitura?

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    Em algumas ocasies, a idia principal est explcita e facilmente identificada.

    Em outras, ela se confunde com as idias secundrias. Salomon (1994) lembra que os

    elementos essenciais de uma orao so o sujeito e o predicado; eles encerram a idia

    principal. Quando se procura a idia principal do autor em uma obra, usam-se outras

    tcnicas, facilitadoras: a leitura do ndice, dos ttulos e subttulos, prefcio, introduo

    etc.

    Salomon destaca, ainda, a necessidade de se identificar os detalhes importantes,

    bsicos para a idia principal. Eles se manifestam atravs de fatos e exemplos que

    constituem argumentos ou provas da idia principal.

    Como proceder ao encontrar as idias principais?

    Como destac-las no texto?

    Vejamos a seguir as principais tcnicas para tal: sublinhar, esquematizar e resumir.

    4.1 A tcnica de sublinhar

    Sublinhar sinnimo de pr em relevo, destacar ou salientar. um procedimento

    muito usado pelos leitores. No entanto, exige cuidados para que possa ser til. A

    primeira recomendao a ser feita no sublinhar durante a primeira leitura.

    necessrio que se tenha um primeiro contato com a unidade de leitura

    pargrafo, captulo etc fazendo-se alguns sinais margem. Quando for feita a

    segunda leitura, buscar a idia principal, os detalhes significativos, os conceitos,

    classificaes etc. que devero ser, ento, sublinhados.

    Em resumo, ao fazer a segunda leitura, sublinhe o que for relevante para os

    propsitos de seu estudo, fazendo-o de maneira que ao reler o que foi destacado a

    idia principal esteja correta.

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    17

    4.2 A tcnica de esquematizar

    O esquema uma representao sinttica do texto atravs de grficos, cdigos

    e palavras. Deve ser organizado segundo uma seqncia lgica onde aparecem as

    idias principais, aquelas a elas subordinadas e o inter-relacionamento de fatos e

    idias.

    A elaborao de esquema exige a participao ativa do leitor na assimilao do

    contedo, levando-o, tambm, a uma avaliao sobre a lgica do texto.

    Salomon destaca as seguintes caractersticas de um bom esquema:

    fidelidade ao texto

    estrutura lgica

    adequao ao assunto estudado

    utilidade

    cunho pessoal

    4.3 A tcnica de resumir

    O resumo uma condensao do texto. Apresenta as idias essenciais e pode

    tambm trazer a interpretao do leitor, desde que este o faa separadamente. Para

    elaborar o resumo devem ser usados os mesmos procedimentos indicados para

    sublinhar e para elaborar esquemas.

    O objetivo do resumo o de abreviar as idias do autor, sem contudo, a

    conciso de um esquema. Quando voc considerar relevante, faa transcries de

    palavras do prprio autor, colocando-as entre aspas e o nmero da pgina entre

    parnteses.

    As observaes e interpretaes pessoais, bem como as referncias

    bibliogrficas, acompanham o resumo, sem prejudicar a fidelidade ao texto.

    4.4 O resumo esquemtico

    Como o nome est dizendo, uma tcnica intermediria entre o resumo e o

    esquema. Estabelecendo a unidade de leitura, destacando as idias principais e

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    18

    utilizando as tcnicas de sublinhar, esquematizar e resumir, voc estar preparado

    para fazer a leitura analtica, objeto do prximo texto.

    4.5 A Leitura Analtica

    Pois , nas pginas anteriores nos familiarizamos com a maneira de delimitar a

    unidade de leitura e com as tcnicas de sublinhar, esquematizar e resumir. Vamos

    agora, que j temos a posse desses conhecimentos, fazer uma leitura analtica, isto ,

    um estudo de texto em profundidade, de modo a compreend-lo, apreender a

    mensagem do autor e fazer um julgamento sobre o mesmo.

    Vejamos, a seguir, como fazer a leitura analtica, aplicando as tcnicas de leitura.

    Inicialmente gostaramos de esclarecer que existem diferentes nomenclaturas

    para designar as etapas da leitura analtica e que optamos pela classificao de

    Severino (1994).

    Ele divide a leitura analtica em trs etapas:

    * A anlise textual,

    * A anlise temtica,

    * A anlise interpretativa.

    4.5.1 Anlise textual

    A primeira leitura, j foi vista por voc no texto anterior (lembra-se ?), o contato

    inicial com a unidade de leitura. Nela se adquire uma viso de conjunto do pensamento

    e do estilo do autor. Nessa leitura nada se sublinha, mas deve-se assinalar, nas

    margens, os pontos que exigem esclarecimentos para compreenso do texto:

    informaes sobre o autor, sentido das palavras desconhecidas, fatos histricos, outros

    autores citados etc. a anlise textual.

    Concluda a leitura, faz-se uma investigao para buscar as informaes,

    consultando-se obras de referncia, tais como dicionrios, enciclopdias etc.

    A anlise textual oferece, dentre outras, as seguintes vantagens:

    Pode-se encerrar esta primeira etapa com uma verso simplificada de resumo

    esquemtico que oferece uma viso de conjunto do texto

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    19

    4.5.2 Anlise temtica

    feita com o objetivo de levar o leitor a uma compreenso da mensagem

    veiculada pelo autor na unidade de leitura. Nessa etapa procura-se apreender o

    pensamento do autor sem nele intervir. Este procedimento facilitado fazendo-se uma

    srie de perguntas:

    De que trata o texto?

    * Como est problematizado ?

    * Qual a dificuldade a ser resolvida ?

    * Qual a posio do autor sobre o problema ?

    * Que idia defende ? (a idia a esta questo revela a idia principal, a tese do autor).

    * Qual a argumentao, o raciocnio do autor para demonstrar a tese ?

    *Existem subtemas ou temas paralelos na unidade de leitura ?

    A anlise temtica, alm de permitir a elaborao de um esquema mais coerente

    e rigoroso, a base para a obteno de resumos que sintetizam as idias do autor, ao

    invs de serem apenas redues de pargrafos.

    4.5.3 Anlise interpretativa

    Interpretar, explica Severino, (1994, p.52), :

    A anlise interpretativa tem papel primordial na construo do leitor sujeito, do

    leitor crtico.

    Severino subdivide-a nas seguintes etapas:

    * Situar o pensamento desenvolvido na unidade, na esfera mais ampla do pensamento

    geral do autor;

    * Situar o autor no contexto mais amplo da cultura filosfica;

    Tomar uma posio prpria a respeito das idias enunciadas, superar a estrita mensagem do texto, ler nas entrelinhas, forar o autor a um dilogo, explorar toda a fecundidade das idias expostas, e cotej-las com outras, enfim dialogar com o autor.

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    20

    * Explicar os pressupostos que o texto implica;

    * Formular um juzo crtico, uma avaliao do texto em funo de sua coerncia interna

    e da originalidade e contribuio discusso do problema;

    * Fazer crtica pessoal s posies defendidas no texto, fase mais delicada da

    interpretao e que exige maturidade intelectual do leitor, cuja vivncia pessoal do

    problema dever ter alcanado nvel que possibilite o debate da questo.

    Concludas todas as etapas da leitura analtica, o leitor encontra-se em

    condies de se tornar um leitor-autor, um produtor de conhecimento, poder ampliar

    os aspectos que a anlise do texto suscitou e fazer novas proposies.

    Estar apto a elaborar uma sntese pessoal que se apia na retomada de pontos

    levantados nas etapas anteriores e culmina com a contribuio pessoal do leitor para o

    tema.

    5 COMO MONTAR UMA ENTREVISTA

    Os jornais dirios e as pesquisas de inteno vivem economicamente do seu

    grande produto, a informao, que obtido pelos reprteres ou por outras fontes, como

    tambm por pesquisadores. Precisa se aprofundar os fatos, colher informaes,

    ouvindo pessoas importantes ou annimas, pois todas elas, conforme a natureza do

    fato, tm elementos valiosssimos para fornecer.

    Nem sempre os nomes dos entrevistados divulgado na reportagem ou

    pesquisa como o fito de preservar sua identidade. O pesquisador no consegue estar

    nos locais de todas as ocorrncias nem prximo delas e por isso precisa ouvir quem

    presenciou algo que merea ser divulgado ou pesquisado cientificamente.

    O pesquisador no deve se acomodar nos domnios dos contedos dos livros,

    ele deve sair s ruas, fazer amizades e aproximar-se de pessoas, que hoje ou amanh,

    venha a saber de alguma coisa que possa ser aproveitada como informao de

    interesse cientfico.

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    21

    Cuidado:

    Convm lembrar que muitas vezes o roteiro da entrevista pode ter vrias

    seqncias diferentes em funo de um entrevistado que responde duas ou mais

    perguntas juntas ou prefere comear por um ponto em particular. No se deve ser rgido

    com ar ordem, desde que todas as perguntas sejam respondidas pelo entrevistado.

    5.1 CONCEITO

    A entrevista um dos instrumentos mais eficazes para coleta de dados sendo

    utilizada por diferentes profissionais (jornalistas, pesquisadores, psiclogos e outros).

    Diante de uma pessoa capaz de inform-Io sobre elementos fundamentais para o

    desenvolvimento da pesquisa, o pesquisador perder o seu tempo e nada oferecer de

    bom para a concluso da informao se no possuir habilidade em sua conduo, e por

    conseqncia, escrever uma informao truncada e de difcil compreenso para o

    pblico leitor. Ou seja, quesito n 1, ter domnio do assunto.

    A entrevista deve ser produzida com calma e ordenadamente a ponto de se

    tornar um bate papo, uma comunicao pessoal.

    O sistema pingue-pongue: Surgiu em 1959, quando Horace Greeley

    entrevistava, em Salt Lake City, o fundador da Igreja Mrmon, Brigham Young,

    adotando perguntas e respostas. A entrevista no foi bem aceita pelos jornalistas da

    poca a ponto de um importante jornal londrino, Pall Mall Gazette , afirmou que ela era

    degradante para o jornalista que a fazia, odiosa do ponto de vista do entrevistado e

    cansativa para o pblico. o sistema de pergunta e resposta que voc l nos jornais e

    revistas.

    Afirmava-se que o bom reprter detinha o dever de reproduzir o fato, narrando-o

    em sua integra e gozando de total iseno. "A testemunha ocular do fato histrico"

    5.2 O primeiro requisito

    Antes de mais nada preciso se ter claro o objetivo da entrevista, ou seja, o que

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    22

    pretendemos com ela. Esse ponto fundamental se quisermos que a mesma possa

    atingir seus objetivos. Depois importante elaborar um roteiro de entrevista com

    perguntas que atendam a esse objetivo. Como j foi dito esse roteiro no uma regra a

    ser seguida, mas um caminho possvel de responder aos objetivos traados.

    Obs: Muitos trabalham o roteiro de entrevista a partir de um teste inicial onde o

    primeiro roteiro elaborado aperfeioado at que se tenha o modelo de roteiro padro..

    Ex: Realizando a primeira entrevista percebeu-se a necessidade de se incluir uma nova

    pergunta que no tinha sido pensada e retirar duas que ficaram confusas substituindo-

    as por outras mais claras.

    Essa primeira entrevista, portanto, serviu para aperfeioara roteiro j existente

    tomando-o mais eficiente em relao aos objetivos da entrevista.

    No que se refere a suas caractersticas, a autenticidade uma das principais

    caractersticas da entrevista, ou seja, que as declaraes atribudas ao entrevistado

    possam ser comprovadas facilmente. O interesse tambm um importante requisito

    para a boa entrevista, e aqui a tcnica depende mais do entrevistador. Por fim outra

    exigncia a considerar a identificao do entrevistado na entrevista. O texto final deve

    ser fluente, equilibrado e acessvel.

    5.3 Classificao das entrevistas

    As entrevistas podem ser classificadas sob trs aspectos importantes:

    1. Quanto ao entrevistado:

    * individual;

    * de grupos> subdivididas em enquete e de pesquisa.

    2. Quanto aos entrevistadores:

    * pessoal ou exclusiva;

    2. Quanto ao contedo:

    * informativas;

    * opinativas;

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    23

    * ilustrativas ou biogrficas.

    Ateno:

    A classificao ao lado apenas uma dentre outras que tentam agrupar

    diferentes tipos de entrevista. Na bibliografia citada voc ir se deparar com outras

    classificaes.

    Sugesto:

    Procure analisar os diferentes tipos de entrevistas apresentadas buscando

    identificar qual aquela que melhor responderia aos anseias do trabalho monogrfico

    que pretende realizar, caso opte pelo trabalho de campo com este tipo de jnstrumento

    de pesquisa.

    5.4 Entrevistas geradoras de matria jornalstica ou pesquisa

    a entrevista de rotina que fornecem ao reprter elementos sobre a informao

    desejada ou fatos do dia-a-dia. Ex: assaltos a banco, batida de veculos, reclamaes

    junto a rgos pblicos, tarifas...

    5.4.1 Entrevista caracterizada

    So as apresentadas em forma de dilogo ou reproduo textual de palavras ou

    idias de um ou de vrios personagens, nomeados no texto. EX: o comunicado de

    representantes governamentais, esclarecimentos, lanamento de campanhas.

    5.4.2 Entrevista individual

    Marcada com antecedncia com determinada pessoa e ser estabelecido um

    dilogo capaz de fornecer dados bsicos para a matria a ser publicada. A entrevista

    geralmente exclusiva, mais pode acontecer o que horas depois ela seja procurada por

    outro reprter concorrente.

    5.4.3 Entrevista de grupo

    Ocorre quando vrias pessoas falam a um ou a vrios entrevistadores. Outra

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    24

    forma o questionrio, que pode ser passado em uma sala de aula, na empresa ou

    para um grupo de moradores. Assim, possvel aferir as informaes de forma rpida e

    coletiva.

    Dica:

    Procure no formular muitas perguntas em sua entrevista. comum que as

    pessoas inventem desculpas para no responder a entrevista devido ao volume ou

    complexidade das perguntas. Da mesma forma perguntas pessoais podem ser mal

    interpretadas e dependendo do tipo de pesquisa em andamento devem ser evitadas.

    5.4.4 Entrevistas informativas (ligada ao informante ou fonte)

    So aquelas que permitem obter o relato de um fato atravs da conversao com

    algum que responsvel por uma nova idia, testemunhou um evento ou participa de

    uma determinada situao. Nem sempre o nome do entrevistado figura na notcia.

    Neste caso se oculta a fonte, sem prejuzo a veracidade do fato. Em alguns casos

    impe-se at o sigilo do entrevistado, que teme represlias ou a abertura de inqurito,

    no caso de violar segredos da repartio ou firma em que trabalha.

    5.4.5 Entrevistas opinativas:

    So obtidas de pessoas que tm autoridade para falar sobre assuntos nos quais

    se especializaram. Ex: juristas, desembargadores, cirurgies, tcnicos de futebol,

    analistas de sistemas.

    Esclarecendo:

    As entrevistas so mais comuns no meio jornalistico. De qualquer forma vale a

    pena conhec-las melhor, valendo-se de resultados que elas podem proporcionar a

    realiza pesquisas cientficas. Procure na internet outras informaes sobre as

    mensagens e voc encontra uma vasta bibliografia a respeito.

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    25

    5.4.6 Entrevistas de Personalidades:

    Procura-se mostrar quais so os hbitos de uma pessoa e suas ambies.

    diferente da biografia, feita mediante consulta a livros, a recortes e a pastas do arquivo.

    Neste caso, o leitor s se interessa se a pessoa se destacou por qualquer motivo. Se

    caracteriza por perguntas que fazem meno ao nascimento humilde, escolas que

    freqentou, onde trabalhou antes, quais eram os sonhos na poca. Vamos entender

    melhor.

    . Mesmo sem ter concludo cursos escolares possui alguma cultura?

    . Voc no passou por uma universidade, logo, como chegou at aqui?

    . Tem religio? Qual?

    . Como o se eu temperamento? Por que?

    . Como foi sua infncia e juventude?

    . J viveu um grande amor?

    .Possui cacoetes? Quais? (neste caso, se o entrevistado no responder

    satisfatoriamente ou afirmar mas, no divulgar).

    . Pratica esportes? Quais?

    . Do que mais gosta ou que mais odeia?

    Note como as perguntas iniciais so sempre relativas a identificao geral do

    entrevistado. Esse um dado importante, em alguns casos a perda desse tipo de

    registro no apenas dificulta a interpretao dos dados, pois pode at invalid-Ios.

    As entrevistas podem ser registra das de diferentes maneiras: anotaes,

    gravaes em vdeo ou fita cassete, e outros. Sobre os instrumentos utilizados para o

    registro das entrevistas e sua correta utilizao conversaremos mais frente.

    OBS:

    Lembre-se sempre que a dedicao em seus -estudos a chave do sucesso.

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    26

    EXERCITANDO!

    1- Fazer matriz analtica, exerccio avaliativo e projeto de pesquisa.

    Cada trabalho ter um peso diferente:

    - Matriz Analtica: 6,0

    - Exerccio Avaliativo: 4,0

    - Projeto de Pesquisa 10,0

    2 Fazer resumo sobre os tpicos:

    - Metodologia da Pesquisa

    - Importncia da Pesquisa

    - O ato de estudar

    - Tcnicas de leitura

    - Como montar uma entrevista

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    27

    PROJETO Projeto: Plano, intento, redao provisria de lei, plano geral de edificao. Pesquisa: Busca, indagao, investigao. Exame de laboratrio. Projeto de Pesquisa: O que ?

    Apresentao de proposta de pesquisa (Plano de trabalho).

    Delimitao (fixar metas) do objeto. Geralmente, nos cursos de graduao, o tema dos trabalhos sugerido pelo professor, contudo, sempre bom lembrar que essa escolha deve ser feita segundo alguns critrios.

    Antes de mais nada, deve se pesquisar a acessibilidade uma bibliografia sobre o assunto, pois todo o trabalho universitrio baseia-se, principalmente, na pesquisa bibliogrfica

    Delimitao dos meios (restrio) demarcar. Escolhido o tema, faz-se necessrio delimit-lo, ou seja,

    definir sua extenso e profundidade, ver o tipo de abordagem. Por exemplo: se for escolhido o tema- Evaso Escolar- torna-se necessrio especificar.

    a) Onde? (No estado? Na capital? b) Em que nvel? (Na pr-escola? No ensino fundamental ou ensino

    mdio?). Da mesma forma, se for escolhido o tema leitura,

    indispensvel especificar o tipo de leitura e de leitores, se a leitura vai ser estudada como atividade curricular ou extracurricular; enfim, a modalidade do enfoque pelo qual o tema ser abordado.

    De posse do tema, deve-se procurar bibliografias sobre o assunto, que fornecer os dados essenciais para a elaborao do trabalho.

    Selecionadas as obras, que podero ser teis para o desenvolvimento do assunto, procede-se, em seguida, localizao das informaes necessrias.

    Observao: O planejamento da pesquisa resulta num projeto em

    que antes de ser aceito e executado denominado Anteprojeto de pesquisa.

    O projeto de pesquisa deve responder s questes: a) Feito por quem? (pesquisador)

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    28

    b) O que fazer? (justificar a sua escolha) c) Para que fazer? (so os objetivos) d) Quando fazer? (cronograma de execuo) e) Onde fazer? (local)

    Sumrio

    SUMRIO INTRODUO..x 1. .....................x 2. .....................x

    Observao: caso sejam s dois captulos d um espaamento entre

    ambos. * Resumo: (ltimo a ser escrito, opcional). Observao: Numerao da parte pr-textual em romano, mas

    sempre embaixo e centralizado. (opcional).

    Parte pr-textual Capa-cabealho Ttulo (letras grandes) Autor e data (BRASLIA-DF). 2007 Cabealho Ttulo ____________ CA Autor_____________CA (centralizado) Cidade - estado ano

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    29

    Pgina de rosto

    Autores _____________CA

    Ttulo _____________CA Ex:: Projeto de Pesquisa apresentado __________ Cb Faculdade DARWIN para obteno de nota em

    Metodologia Cientfica. Orientadora: Noemi Maria da C. Oliveira.

    Cidade - estado _____________CA ano

    Dedicatria Agradecimento opcional

    Agradecimento A pgina de agradecimento no deve conter a palavra

    agradecimento. Dedicatria Deve ser... A minha famlia (no dedique a muitas pessoas)

    Parte textual

    Objetivos (o qu, para que fazer?).

    Objetivo geral (alcanar no final do projeto) Objetivos especficos (durante a realizao do projeto).

    Justificativa (Para qu, a razo) Relevncia A quem se destina Indicar o lugar da sua pesquisa na rea (caracterizar as

    partes). f) Como fazer? (recursos) Estas perguntas levam a elaborao de um projeto de pesquisa.

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    30

    1)Tema: Planejamento Participativo: A Administrao escolar e Orientao Educacional, uma parceria em busca da qualidade dos servios escolares.

    Titulo: Planejamento participativo.

    Problema (Por qu a questo) Exemplo: Como o administrador Escolar e o Orientador Educacional

    podero atuar com qualidade na instituio?

    2)Tema: Projeto interdisciplinar Centrado em Cincias: criando mostras e oficinas os alunos aprendem e gostam.

    Titulo: Interdisciplinaridade Problema: Pode-se formular por meio de texto. Ex: Existem professores que tm dificuldades de trabalhar com a

    interdisciplina por que requer uma mudana no currculo escolar, mais comunicao, ficar a par do contedo dado pelos colegas para que haja uma interao entre ambos.

    Hiptese (opcional) levantar questes, teoria provvel, suposio. uma soluo provisria que se prope para o problema formulado.

    Trata-se de uma soluo provisria porque o desenvolvimento da pesquisa determinar sua validade: pode ser confirmada ou rejeitada.

    1.- Exemplo:

    Os profissionais devero inovar e ousar, para melhor atender s necessidades de seus clientes, encantando-os com novos e melhores servios.

    Criando um ambiente de aprendizagem, deve-se enfatizar e praticar a educao continuada de todos e em todos os nveis, fazendo com que descubram a necessidade do aprender como fonte de instrumento de realizao pessoal e profissional. 2.- Exemplo: VI [A interdisciplinaridade em cincia] VD [Enriquece o campo de

    outras disciplinas] VI [A escola que no trabalha com interdisciplina] VD [Pode

    acarretar o ndice de reproduo e evaso escolar]

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    31

    Introduo Do que se trata a pesquisa Objeto (delimitao) Narrar a histria do projeto (o que se levou a pesquisar isto).

    Desenvolvimento / Metodologia (como) Histrico (opcional) Construo do referencial terico (pesquisa bibliogrfica) Construo do referencial prtico (trabalho de campo). Procedimento metodolgico (como? Onde? Com quem?

    Quando?), quais os mtodos e tcnicas que sero utilizados nas pesquisa.

    Cronograma: (Quando fazer). Ativid

    ade Ms

    Levantamento bibliogrfico

    Leitura Fichamen

    to

    Entrevista aplicada Questionrio

    Anlise Pesquisa final

    Maio

    Junho

    Julho

    x

    X

    x

    x

    x

    Resultados:

    Concluso (sem citaes) Bibliografia (ordem alfabtica) Anexos (opcional) tabelas, grficos, transcries, modelos de questionrios. Bibliografia Livro inteiro de acordo com a ABNT (Associao Brasileira de

    Normas Tcnicas), a referencia bibliogrfica dever comear com o sobrenome (caixa alta), nome, ttulo, cidade (da editora), editora, ano (da publicao do livro) nmero (ou p).

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    32

    Observao: opcional o nmero de pginas. Exemplo: ALVES, Rubem. A alegria de Ensinar. So Paulo:

    PETAH, 1994. Captulos de livros: Sobrenome, nome. Ttulo do captulo. Ttulo do livro. Exemplo: ALVES, Rubem. Sobre Vacas e Moedores. A

    alegria de Ensinar. So Paulo: PETAH, 1994, pp. 37-42.

    Artigo de revista: Sobrenome, nome, artigo. Revista n x, ms e ano, pp. x-y. Observao: o ideal citar artigo por artigo. Exemplo: TOLEDO, Roberto Pompeu de. Roberto Campos, Celso

    Furtado e a esperana. Veja, n. 1298, 28 jul. 1993, pp. 40-50.

    Importante!!!

    Algumas revistas trazem o nome da cidade, entre o nmero da revista.

    Use as informaes que conseguir, no sendo necessrio

    preocupar com ano e nmero. Exemplo: BUNSE, Heinrich A.W. algumas notas sobre a

    pesca e o pescador num trecho do litoral sul brasileiro. Revista brasileira de fitologia. Rio de Janeiro: academia, vol. e IV, n. 12, pp. 38-73, 1958.

    Observaes:

    a) sobrenome do autor em maisculas, vrgula, nomes em minsculas, exceto a primeira letra, ponto;

    b) nome do artigo ou comunicao, sem grife, ponto; c) nome da revista, tal qual aparece publicado, negrito, vrgula; d) local da publicao e editora, quando houver, precedida de dois

    pontos;

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    33

    e) nmero do volume, seguido do nmero do fascculo, indicao das pginas;

    f) nmero das pginas, separado por hfen, vrgula; g) ms (ou meses) abreviado ano, ponto.

    Artigo de jornal. Deve-se colocar o caderno dele. A data mais importante que o nmero, enquanto na

    revista o nmero e a pgina. Para indicar artigos publicados em jornais, os

    procedimentos diferem quando se trata de artigo assinado ou no.

    1- Artigo assinado: DIMENSTEIN, Gilberto. Qual o limite? Folha de So Paulo. 1.

    caderno. p. 2, 28 jul. 1993. Observaes:

    a) sobrenome do autor em maisculas, vrgula, nomes em minsculas, exceto a primeira letra, ponto;

    b) nome do artigo, sem grifo, ponto; c) nome do jornal, negrito, tal como aparece publicao, ponto; d) nome do caderno onde foi publicado o artigo, ponto; e) nmero da pgina onde foi publicado o artigo, vrgula; f) data da publicao, inclusive o ms, abreviado, ponto. Ano, ponto.

    2- Artigo no assinado: TARIFAO Camuflado. Folha de So Paulo, 14 de ag. 1993. 1.

    caderno, p. 2. Observaes:

    a) primeira palavra do artigo em maiscula, ponto; b) nome do jornal negrito,como aparece na publicao, ponto; c) local, vrgula; d) data da publicao, com o nome do ms abreviado, ponto; e) nmero do caderno onde foi publicado o artigo, vrgula; f) nmero da pgina onde foi publicado o artigo, ponto;

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

    34

    Organizao de um projeto Capa Folha de rosto Dedicatria Agradecimento Sumrio Introduo Justificativa Objetivos

    - Geral - Especficos

    Problema Hiptese (s) Fundamentao terica Metodologia Cronograma Consideraes Finais Referncias Bibliogrficas Anexos.

    Obs: Citao at trs linhas: dever ser inserida no pargrafo

    entre aspas duplas. Exemplo:

    Conforme Andrade (1999, p. 15), Aprender a ler no uma tarefa to simples, pois exige uma postura crtica, sistemtica, uma disciplina intelectual por parte do leitor, que s podem ser adquiridos atravs da prtica.

    Citaes com mais de trs linhas: deve aparecer em pargrafo

    distinto, em bloco, com recuo de 1,25 cm (mesmo do espao da primeira linha do pargrafo), apenas da margem esquerda. Fonte 10 e sem aspas, com espao simples entrelinhas.

    Ex:

    As escolas ligadas igreja eram consideradas ensino de excelncia. Em 1962 educadores pressionavam o governo para melhoria do ensino foi onde destaca Paulo Freire ensinou trezentos trabalhadores a ler e escrever em quarenta e cinco dias, causando assim grande impacto na educao. Paulo Freire comeou a ensinar debaixo de rvores sem nem um recurso e no Nordeste (AGOSTINHO, 1996, p. 103).

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

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    FACULDADE DE TECNOLOGIA EQUIPE DARWIN DISCIPLINA:________________________________________________________ PROF: ____________________________________________________________ ALUNO (a)__________________________________________________________ QUESTIONRIO SOBRE PROJETO DE PESQUISA

    1- Como proceder quando nos for pedido para fazer um trabalho cientfico? 2- O que planejamento ou projeto de pesquisa? 3- Principais passos lgicos de um projeto de pesquisa. 4- Tema:

    4.1 Como se escolhe? 4.2 Como se delimita? 4.3 Como se justifica? 5- Problema: 5.1 Conceito. 5.2 Por que formular um problema? 5.3 Quais os critrios de valores mais comuns na escolha de um problema? 5.4 Como formular e identificar um problema?

    6- Hiptese: 6.1 Conceito 6.2 Significado 6.3 Funo 6.4 Caractersticas. 7- Objetivos: 7.1 Por que elaborar objetivos? 7.2 Diviso e conceito dos objetivos. 8- Metodologia: 8.1 Especificar a metodologia a ser adotada 8.2 O que referencial terico? 9- Desenvolvimento do trabalho: o que deve ser anunciado? 9.1 Na Introduo 9.2 No Desenvolvimento 9.3 Na Concluso 10- Cronograma: como planejar?

    11- Como e por que se anuncia a bibliografia bsica em um projeto?

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

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    BIBLIOGRAFIA

    LAKATOS, EVA & MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de Metodologia Cientfica. So Paulo: Atlas, 2006.

    NEGRA, Carlos Alberto Serra. Manual de Trabalhos Monogrficos de Graduao, Especializao, Mestrado e Doutorado. So Paulo: Atlas, 2006.

    PEDRON,Ademar Joo. Metodologia Cientfica. 4. Edio, Braslia: Scala grfica e Editora, 2003.

    ANDRADE, Maria Margarida de. Introduo a Metodologia do trabalho Cientfico.4. Ed, So Paulo: Atlas S. A, 2003.

    MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia Cientfica. So Paulo: Atlas, 2006.

  • Metodologia da Pesquisa Cientfica

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    INSTITUTO EDUCATIVO

    PS-GRADUAO LATO SENSU

    METODOLOGIA DA PESQUISA CIENTFICA

    1. EMENTA:

    Quais so os mtodos cientficos. O que Pesquisa. Importncia da pesquisa. O ato de Estudar.

    Tcnicas de Leituras. Entrevista. Projeto.

    2. OBJETIVO:

    Apresentar um instrumental terico-prtico para que se possa estudar com mtodo adequado, ler

    com preciso e entendimento e pesquisar de modo cientfico.

    3. BIBLIOGRAFIA

    LAKATOS, EVA & MARCONI, Maria de Andrade. Fundamentos de Metodologia Cientfica.

    So Paulo: Atlas, 2006.

    NEGRA, Carlos Alberto Serra. Manual de Trabalhos Monogrficos de Graduao,

    Especializao, Mestrado e Doutorado. So Paulo: Atlas, 2006.

    PEDRON,Ademar Joo. Metodologia Cientfica. 4. Edio, Braslia: Scala grfica e Editora,

    2003.

    ANDRADE, Maria Margarida de. Introduo a Metodologia do trabalho Cientfico.4. Ed,

    So Paulo: Atlas S. A, 2003.

    MARCONI, Marina de Andrade & LAKATOS, Eva Maria. Fundamentos de Metodologia

    Cientfica. So Paulo: Atlas, 2006.