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Emprego no Brasil (Minicurso Gratuito) Aula 1 Prof. Fabrício Jacob

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Olá, seja bem-vindo(a) à aula 1 dos minicursos gratuitos de

Atualidades para concursos públicos. Pelo portal do aluno você poderá acessar e baixar o conteúdo

integral desse curso – livros digitais e videoaulas.

SUMÁRIO

INFORMAÇÕES INICIAIS ..................................................................................... 3

Apresentação do Professor .............................................................................. 4

Metodologia de Ensino .................................................................................... 5

Conteúdo do Curso ........................................................................................ 6

CONTEÚDO DA AULA 1 ....................................................................................... 8

1. PNAD ....................................................................................................... 9

2. Desempregados ....................................................................................... 12

3. Crise econômica ...................................................................................... 14

4. Agronegócio ............................................................................................ 20

5. Desindustrialização .................................................................................. 26

ESQUEMAS E RESUMOS DA AULA ...................................................................... 28

QUESTÕES COMENTADAS ................................................................................. 35

QUESTÕES – SEM COMENTÁRIOS ...................................................................... 41

GABARITO ...................................................................................................... 44

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INFORMAÇÕES INICIAIS

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@prof.fabricio.jacob

Prof.

Fabricio Jacob

Apresentação do Professor

Meu nome é Fabrício Jacob. Sou Engenheiro de Produção pela

Universidade Federal de Viçosa – UFV e mestre em Política Econômica pelo

instituto de Pesquisa Econômica Aplicada - IPEA. Atualmente sou Especialista

em Regulação da ANEEL, mas também já fui bancário, empresário e consultor

industrial por 7 anos. Ah sim, além disso sou escritor de ficção. Você pode

encontrar meu livro, “Homo tempus – O que sobrou do futuro?” no site da

Amazon. Uma distopia que aborda questões sociais, antropológicas e filosóficas,

tendo como pano de fundo sociedades antigas, ciência política e psicologia.

Como eu sempre tive facilidade para migrar de uma área de estudo para

outra e estudar sobre vários assuntos, me senti motivado a usar essa habilidade

para ajudar os outros e a melhor forma que existe é espalhando esse

conhecimento como professor. Assim, é um grande prazer estar aqui com vocês.

Forte abraço e bons estudos!

“A maior recompensa para o trabalho do homem não é o que ele ganha

com isto, mas o que ele se torna com isto.”

John Ruskin

Caso você deseje acompanhar as atualidades relacionadas ao estudo desta

disciplina, siga minhas mídias sociais:

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Metodologia de Ensino

Se você está lendo esse texto é porque está decidido a passar em um

bom concurso, e posso dizer lhe que o seu primeiro passo foi dado na direção

correta.

Aqui vamos estudar os assuntos mais recentes que têm sido cobrados

nas principais bancas de concursos como atualidades ou conhecimentos gerais.

Naturalmente também estudaremos assuntos que ainda não apareceram em

provas, mas podem vir a aparecer em breve dada a sua relevância, já que por

definição essa é uma área de conhecimento em que as mudanças são constantes

e esperar um assunto vir a ser tema de alguma prova para começar a estudá-lo

pode ser tarde demais.

Assim, passaremos por assuntos tão diversos quanto economia, política,

saúde, sociedade, meio ambiente, desenvolvimento sustentável, educação,

energia, ciência e tecnologia. A profundidade e a forma de abordagem de cada

área serão de acordo com o que considerarmos ideal para garantir mais questões

com menos tempo de estudo.

Como estamos de acordo que o tempo é curto e as matérias são muitas,

iremos direto aos assuntos e focando nos pontos principais, usando todos os

recursos que tivermos a mão para ajudar no aprendizado e na fixação.

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Conteúdo do Curso

Este é um curso de atualidades “genérico”, ou seja, um curso para

você se inteirar dos fatos mais importantes nos últimos tempos passíveis de

serem cobrados na sua prova. Além disso, servirá de preparação para os estudos

pós-edital, pois você já terá se acostumado a diversos conceitos e técnicas de

estudo. Além disso, periodicamente vamos liberar novas aulas com a atualização

dos fatos mais recentes com potencial de serem cobrados em prova. Os temas

abordados deverão atender um ou mais dos seguintes critérios:

Ter ocorrido nos últimos dois anos ou eventualmente um pouco

mais (dado que as bancas não costumam pedir fatos muito antigos,

esse ponto de corte de data certamente já é suficiente).

Ter tido relevância nos principais veículos de mídia.

Estar relacionado a algum tópico de atualidades do edital de

concursos importantes recentes (economia, política, sociedade,

meio ambiente, educação, segurança, tecnologia, etc).

Essa abordagem não impede que sejam usadas questões de diversas

bancas e eventualmente questões mais antigas (em caso de assuntos

recorrentes), pois, por definição, esta é uma disciplina que o conteúdo se

desatualiza frequentemente e a única forma de termos questões o suficiente

para um bom estudo é essa. Eventualmente também poderá ser feito uso de

alguma questão criada para o curso, para reforçar algum assunto ainda muito

novo.

Se você se deparar com questões de bancas que não são a que você vai

fazer prova em breve, não leve a mal. Mas como o principal filtro na escolha das

questões é sobre fatos recentes que podem cair em prova, se esperar a sua

banca pedir aquele assunto, possivelmente vai ser tarde demais, ela não vai

perguntar de novo. Lembre-se que cada alternativa em uma questão de marcar

a resposta correta é como se fosse uma questão “Certo ou errado” e vice-versa.

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Vamos precisar priorizar o conteúdo sobre a forma, mas não se preocupe, vai

dar certo.

Lembrando que esta é a versão gratuita, o conteúdo completo, que inclui

mais assuntos e muito mais questões, podendo ser adquirido em nosso site.

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CONTEÚDO DA AULA 1

O assunto desse minicurso é o (des)emprego no Brasil. Suas causas,

momento atual, transformações e expectativas. Como qualquer assunto, o

estudo deve começar por sua definição e como é medido, assim também vamos

estudar sobre o IBGE e a PNAD. Sigamos em frente.

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1. PNAD

A Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio -PNAD é uma pesquisa feita

pelo IBGE1 em uma amostra de domicílios brasileiros que investiga diversas

características socioeconômicas da sociedade, como população, educação,

trabalho, rendimento, habitação, previdência social, migração, fecundidade,

nupcialidade, saúde, nutrição etc., entre outros temas que são incluídos na

pesquisa de acordo com as necessidades de informação para o Brasil. A pesquisa

é feita em todas as regiões do Brasil, incluindo as áreas rurais de Rondônia,

Acre, Amazonas, Roraima, Pará e Amapá.

Ou seja, periodicamente o IBGE escolher algumas casas (muitas na

verdade) Brasil afora, inclusive nos lugares mais distantes dos centros, e faz um

levantamento de diversos aspectos demográficos e econômicos dessas pessoas.

A escolha é por critérios estatísticos sofisticados, de forma que essa amostra

represente diversos extratos da população brasileira.

Origens do PNAD

Até a década de 60 existiam apenas os censos2 decenais (a cada dez

anos), que aliás ainda existem. Mas eles eram caros, insuficientes e os dados

ficavam muito defasados. Então o caminho natural foi iniciar as pesquisas por

amostra de domicílios, porque, além de serem mais baratas e mais rápidas,

permitem a ampliação e o aprofundamento dos temas captados pelos

levantamentos que investigam toda a população. Traduzindo, já que estamos

trabalhando com uma amostra para representar o todo, o entrevistador do IBGE

não fica só na porta da casa, ele tem tempo de entrar, tomar um café e fazer

muito mais perguntas e assim o governo passa a ter muito mais informações

sobre a população. Sem contar que a frequência da coleta também pode ser

aumentada, sendo possível detectar mais rapidamente mudanças de tendências.

1 Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 2 A diferença é que o censo pesquisa 100% da população, ou o mais próximo disso que conseguir.

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Os indicadores apresentados são disponibilizados em publicações, bem como no

site do IBGE e em CD-ROMs que acompanham tais publicações.

Objetivos da Pnad

Assim, oficialmente a PNAD tem dois objetivos:

Suprir a falta de informações sobre a população brasileira durante

o período intercensitário;

Estudar temas insuficientemente investigados ou não

contemplados nos censos demográficos decenais realizados por

aquela instituição.

Como funciona a Pnad

A pesquisa básica da Pnad pesquisa a população residente em domicílios

particulares permanentes e em unidades de habitação em domicílios coletivos.

A coleta das informações obedece a uma série de conceitos e definições

operacionais iguais ou parecidos com os utilizados em outras pesquisas

domiciliares, inclusive o Censo Demográfico, assim os resultados podem ser

comparados e mais facilmente extrapolados. As principais características

investigadas pela pesquisa básica são relacionadas no Quadro abaixo.

Principais características e variáveis levantadas pela Pnad

Características Variáveis

Demográficas e sociais

Sexo, cor, condição na unidade domiciliar, posição na família e no domicílio, número na família e data de nascimento dos moradores.

Educacionais Alfabetização, escolaridade (série e grau freqüentados) e nível de instrução das pessoas que não são estudantes (última série concluída e grau correspondente).

Mão-de-obra Para as pessoas de 10 anos de idade ou mais: condição de atividade.

Para as pessoas ocupadas: ocupação, atividade e posição na ocupação no trabalho principal, horas normalmente trabalhadas

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por semana no trabalho principal e nos outros trabalhos, e se é contribuinte de instituto de previdência pelo trabalho.

Para as pessoas desocupadas: tempo de procura de trabalho, ocupação, atividade, posição na ocupação e motivo da saída, se recebeu fundo de garantia, e tempo de permanência em relação ao último trabalho remunerado;

Rendimento Rendimento mensal normalmente recebido do trabalho principal e dos outros trabalhos, aposentadoria, pensão, abono de permanência, aluguel e outros rendimentos;

Habitação Espécie de domicílio. Para os domicílios particulares permanentes: tipo, estrutura,

abastecimento de água, esgotamento sanitário, uso de instalação sanitária, destino do lixo, iluminação elétrica, número de cômodos, condição de ocupação, aluguel ou prestação mensal, filtro de água, fogão, geladeira, rádio e televisão.

Fonte: Fundação IBGE. Para Compreender a Pnad, 1991.

PNAD Contínua

Visa acompanhar as flutuações trimestrais e a evolução, no curto, médio

e longo prazos, da força de trabalho, e outras informações necessárias para o

estudo do desenvolvimento socioeconômico do País. Para atender a tais

objetivos, a pesquisa foi planejada para produzir indicadores trimestrais sobre a

força de trabalho e indicadores anuais sobre temas suplementares permanentes

(como trabalho e outras formas de trabalho, cuidados de pessoas e afazeres

domésticos, tecnologia da informação e da comunicação etc.), investigados em

um trimestre específico ou aplicados em uma parte da amostra a cada trimestre

e acumulados para gerar resultados anuais, sendo produzidos, também, com

periodicidade variável, indicadores sobre outros temas suplementares. Tem

como unidade de investigação o domicílio.

A PNAD Contínua foi implantada, experimentalmente, em outubro de

2011 e, a partir de janeiro de 2012, em caráter definitivo, em todo o Território

Nacional. Sua amostra foi planejada de modo a produzir resultados para Brasil,

Grandes Regiões, Unidades da Federação, Regiões Metropolitanas que contêm

Municípios das Capitais, Região Integrada de Desenvolvimento - RIDE Grande

Teresina, e Municípios das Capitais. Desde sua implantação, a pesquisa,

gradualmente, vem ampliando os indicadores investigados e divulgados.

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Temas e tópicos suplementares pesquisados em trimestres específicos

do ano:

Educação (2o trimestre);

Acesso à televisão e à Internet e posse de telefone celular para uso pessoal

(4o trimestre).

Temas e tópicos pesquisados ao longo do ano em determinada visita:

Habitação (1a visita);

Características gerais dos moradores (1a visita);

Informações adicionais da força de trabalho (1a visita);

Outras formas de trabalho (afazeres domésticos, cuidados de pessoas,

produção para o próprio consumo e trabalho voluntário) (5a visita);

Trabalho de crianças e adolescentes (5a visita); e

Rendimentos de outras fontes (1a e 5a visitas).

2. Desempregados

Assim, o índice de desemprego é levantado baseado nos dados coletados

na PNAD contínua. As amostras são intercaladas ao longo de um trimestre, na

base de 70 mil domicílios mensais. Nos domicílios visitados todos os brasileiros

com mais de 14 anos de idade são entrevistados.

São investigados os empregos no setor privado, com e sem carteira de

trabalho, no setor público, os empregadores e ainda os autônomos. A pesquisa

mostra não apenas quem está trabalhando ou buscando vagas, mas também os

brasileiros que estão disponíveis para trabalhar, mas por algum motivo qualquer

não procuraram uma posição no período da entrevista, são chamados de

“desalentados”. O Gráfico abaixo serve para fixar as categorias, mas

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naturalmente não está proporcional, afinal as proporções estão sempre

variando.

Categorias no levantamento do perfil de empregos da população

Um pequeno percentual de desempregados (em torno de 3%) é normal

em qualquer país. Na prática, com um percentual tão baixo as pessoas não ficam

desempregadas muito tempo. A rotatividade não apenas garante as pessoas

conseguirem novos empregos como é saudável para o mercado de trabalho e

para a economia. Mas a medida que a quantidade de pessoas sem trabalho

aumenta, a coisa vai ficando preocupante. Não apenas é devastador para as

pessoas não conseguirem usar sua capacidade produtiva e pagar suas contas

como o impacto na economia do país pode ser desastroso. O gráfico abaixo

mostra a quantidade de desempregados no país desde 2012, em bases

trimestrais.

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Força de trabalho desempregada no Brasil (em milhões de pessoas)

Uma observação importante sobre o desemprego causado por crises

econômicas em países como o Brasil: como contratar e demitir é um processo

caro e trabalhoso, os empresários geralmente esperam até ter certeza para

contratar e para demitir também. Então o desemprego é sempre o último

indicador a entrar na crise e sempre o último a sair. Falaremos disso mais à

frente.

3. Crise econômica

A partir desse momento vamos estudar como viemos parar na situação

em que estamos. Antes de começar, é importante destacar que conduzir a

economia é como guiar um transatlântico: a mudança de 1 ou 2 graus no curso

parece não fazer a menor diferença no momento em que é feita, mas lá na frente

é o que faz a diferença entre se chocar com um iceberg ou não. E o pior é que

as vezes quando topamos com o iceberg (ou não), o piloto já mudou e aquele

que acabou de assumir o timão é responsabilizado ou elogiado sem motivos para

isso.

Desta forma, vamos retornar a 2002, o governo Lula assumindo o governo

com uma inflação de 12,5% (em grande parte causada pela própria especulação

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em cima da sua vitória), o início do seu mandato se caracterizou pela austeridade

fiscal e respeito aos contratos, ao contrário do que uma parcela significativa do

mercado temia. Ajudado pelos bons ventos do mercado internacional no período

(ausência de crises internacionais somada ao crescimento estrondoso da China)

que possibilitou aumento no significativo do volume de exportações das nossas

commodities (minério de ferro, petróleo e soja) e bons superávits fiscais no

período.

Além disso, o incremento das políticas assistencialistas de transferência de

renda, o aumento do poder de compra do salário mínimo e a facilitação do

crédito bancário à população contribuíram para alavancar o crescimento da

economia e a geração de empregos, produzindo uma sensação de bem-estar

econômico que garantiram a sua reeleição, mesmo com as denúncias de

corrupção que começavam a surgir no radar.

No segundo mandato veio a crise de 2008, que na época foi chamada pelo

então presidente de “marolinha”, mas que na verdade teve seus efeitos mal

disfarçados com políticas de incentivo ao consumo (redução de impostos de

carros e eletrodomésticos) e ao endividamento, por meio de facilitação excessiva

de crédito por meio de “flexibilização” das normas dos bancos públicos. Além

disso, se somava a omissão em realizar reformas importantes e necessárias

como a tributária e a da previdência. Todas essas medidas começavam a armar

a tempestade perfeita para a sucessora que ele preparava e realmente o

sucedeu.

Cada vez mais crescia a visão de que a estratégia de crescimento,

chamada de "liderada pelo consumo", era insustentável. Empresários do setor

industrial e boa parte dos economistas defendiam medidas que reduzissem os

custos das empresas nacionais e elevassem sua competitividade diante da

concorrência estrangeira. A presidente Dilma atende a tais demandas: reduz a

taxa de juros a força (a força porque teoricamente é uma decisão do Bacen e

não do presidente da república), desvaloriza o Real e subsidia a lucratividade

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dos empresários por meio de desonerações tributárias, controle de tarifas

energéticas e crédito a juros mais baixos.

E dá tudo errado!!! Essas medidas, de alto custo e pouco eficazes no

estímulo ao crescimento, têm impacto negativo sobre as receitas do governo, a

confiança de investidores nacionais e internacionais e dificultam a estabilização

da dívida pública.

Basicamente, o Brasil não tinha (e ainda não tem) condições de sustentar

taxas altas de crescimento, como foram os melhores anos do governo Lula, por

longos períodos. Gargalos na produção e infraestrutura geram inflação e a

capacidade de investimento se esgota. Dilma não entendeu isso e tentou forçar

o crescimento com medidas artificiais, que além de não darem certo, cobraram

um alto preço a partir de 2014 e principalmente 2015. Abaixo apresento uma

tabela, não exaustiva, das medidas econômicas tomadas pelo governo Dilma e

suas consequências.

Medida Intenção Porque não funcionou

Consequência real

Redução forçada das taxas de juros

Estimular os investimentos.

Os grandes players já possuíam acesso a taxas subsidiadas via BNDES

Desconfiança dos investidores em função do intervencionismo; Inflação de demanda.

Desvalorização do Real

Facilitar as exportações.

Existem diversos outros gargalos ao aumento das exportações, como sistema tributário e infraestrutura logística.

Inflação decorrente do aumento de preço das importações.

Desonerações tributárias

Aumentar o consumo de certas linhas de produtos.

As empresas frequentemente não repassavam a integralidade do desconto nos preços; Vários desses produtos eram duráveis, então

Piora das contas públicas. Instabilidade gera dificuldade de planejamento no seguimento.

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a diminuição do preço não necessariamente aumentava o consumo imediato.

Controle das tarifas elétricas

Diminuir os custos de produção.

A redução de 20% no primeiro ano gerou aumentos da ordem de 70% nos anos seguintes.

Desestabilizou todo o setor elétrico afastando investidores.

Créditos para consumo a juros baixos

Aumentar o consumo

Embora aumente o consumo em um primeiro momento, depois de algum tempo ocorre uma redução do consumo e disparada da inadimplência.

Inflação a curto prazo. Redução do consumo e inadimplência bancária a médio e longo prazo.

Medidas econômicas do governo Dilma – intenções e reais consequências.

E foi assim que chegamos a conturbada eleição de 2014. Em que os

opositores que diziam que a “nova matriz econômica” era um caminho para o

precipício eram acusados, no mínimo, de serem adeptos do “quanto pior

melhor”, mas que na verdade a economia já dava sérios sinais de

desaquecimento, inflação e diversos outros problemas.

Depois da reeleição era a hora de tentar desarmar as bombas na

economia. Dilma havia aumentado os gastos do governo e comprometido

totalmente as contas públicas para tentar estimular a demanda privada e só

conseguiu fazer o Brasil perder o grau de investimento das agências de risco. A

trajetória do indicador dívida/PIB se tornou explosiva. Tanto que as acusações

que embasaram o pedido de afastamento da presidente – as "pedaladas fiscais"

e a assinatura de decretos de suplementação orçamentária sem a autorização

do Congresso – são, de certa forma, consequências da crise econômica e fiscal

que tomava o país. Nesse cenário, naturalmente os investidores procuram

proteção em uma moeda forte, de forma que o Dólar continuava a sua disparada.

E então o mais impopular dos indicadores se fez presente: o desemprego.

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A rápida piora de todos os indicadores econômicos acima somada às

denúncias de corrupção que pipocavam no noticiário e a inabilidade da

presidente em lidar com um congresso cada vez mais voraz por cargos e

emendas parlamentares tornaram inevitável que se desenhasse o impeachment.

O quadro abaixa mostra a variação do PIB e emprego nos últimos anos, para

relembrar o que foi aquele período.

Desemprego e variação do PIB de 2012 a 2019 (até segundo trimestre)

Como já vimos, contratar e demitir é um processo caro e trabalhoso no

Brasil, então os empresários geralmente esperam até ter certeza para contratar

e para demitir também. Assim o desemprego é sempre o último indicador a

entrar na crise e sempre o último a sair. Essa crise não foi exceção a regra.

Como você pode perceber, o desaquecimento da economia começou em 2014,

mas o desemprego apenas chegou ao pico em 2016. Por outro lado, a

substancial melhora em 2017 e 2018 quase não impactou a taxa de desemprego

nesses mesmos anos.

E ao contrário do que foi dito a exaustão na época, não adianta colocar a

culpa no resto do mundo, no crescimento mundial ou similar, o gráfico abaixo,

com dados do FMI, que mostra o crescimento do Brasil comparado ao resto do

mundo, mostra que nossa crise foi doméstica.

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Crescimento mundial 2010 a 2018

Ocorrido o afastamento da presidente, parecia haver uma luz no fim do

túnel. Michel Temer assumiu com uma postura de austeridade fiscal (uma das

suas primeiras medidas foi a redução do número de ministérios de 32 para 23)

e comprometido a fazer as reformas necessárias a tirar o país do atoleiro. Com

experiência política e uma boa capacidade de articulação, aprovou projetos

importantes, como a PEC do teto dos gastos públicos, e tudo indicava que

aprovaria a reforma da previdência. Seu plano era entrar para a história como

o presidente que mais realizou em menos tempo.

Mas tinha “uma pedra” no caminho. O áudio da conversa realizada tarde

da noite e fora da agenda presidencial, em que o presidente tem gravada uma

conversa nada republicana com uma visita sorrateira é divulgado e derruba os

mercados no dia seguinte. O dólar volta a disparar. A confiança no novo governo,

que aparentava comprometido com as reformas necessárias, desaba. A partir

de então o presidente queima todo o seu capital político apenas para se manter

no cargo, jogando a economia em estado de animação suspensa até as eleições.

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Até que finalmente vieram as eleições e a vitória de Jair Bolsonaro, que

embora com algumas medidas corretas no plano econômico, ainda não

conseguiu apresentar números encorajadores. Mas como falado acima, é natural

que o desemprego seja um dos últimos indicadores de crise a arrefecer. É

necessário que a economia volte a crescer primeiro, para que entremos em uma

espiral positiva. Atualmente, o nosso nível de atividade econômica é similar ao

do ano de 2012. Há muito o que se recuperar ainda. O gráfico abaixo apresenta

os dados mais recentes, em percentuais.

Variação do PIB brasileiro 2010 – 2019 (%)

4. Agronegócio

Seguindo, vamos falar do agronegócio pela sua importância na geração de

empregos. Estima-se que, hoje o agronegócio represente 24% do nosso PIB. Ou

seja, um quarto da nossa economia se deve a ele, isso é muita coisa. Entre 2014

e 2017 o PIB diminuiu 6%: a indústria encolheu 12,1% e o setor de serviços

5%. Já o setor agrícola cresceu 11,7%. O gráfico abaixo mostra o que aconteceu

durante a crise, partindo de 2014. Repare que enquanto o PIB caia (linha verde),

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puxando por todos os outros setores, a agropecuária disparou no sentido oposto,

evitando uma tragédia maior na economia.

Evolução do PIB e seus componentes durante a crise

O agronegócio brasileiro exportou US$ 102 bilhões (bi) e importou apenas

US$ 14 bi em 2018, gerando um saldo de US$ 88 bi, o maior saldo da história.

Somente o complexo soja respondeu por US$ 41 bi desse saldo, dos quais, a

maior parte resultou da exportação de 83,6 milhões de toneladas de grãos –

principalmente para a China, que nos beneficiou com prêmios pagos nos portos

por conta da sua guerra comercial com os EUA. A figura abaixo apresenta alguma

das nossas posições de destaque.

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Posições de destaque do agronegócio brasileiro no mundo

Nossa salvação, não foi? Pense quantas pessoas que não perderam

emprego nas outras áreas e conseguiram um novo trabalho no agronegócio

nesta época. O principal motivo disso acontecer foi que com a crise o dólar sobe

e facilita as exportações. Falaremos mais sobre isso a frente. Algodão, arroz,

feijão, soja, milho e trigo são alguns dos nossos principais produtos.

Mas não é só questão de contratar mais gente. Desde os anos 70 a nossa

produtividade agrícola aproximadamente triplicou, isso faz com que os preços

despenquem, deixando o consumo mais acessível e possibilitando exportações.

Esse importantíssimo indicador se deve a milhares de empresas e pessoas, que

pesquisam formas de conseguir produzir mais com menos. Tanto na iniciativa

privada como na pública. Destaco a importância de órgãos pesquisa e

transferência de tecnologia para a produção, como a EMBRAPA e a EMATER.

E é por isso que esse humilde gráfico abaixo é um dos mais importantes

do nosso país, apresentado com orgulho por todos os nossos ministros da

agricultura nas últimas décadas, não importa o partido. Nele podemos ver que

enquanto a área plantada no país aumentou pouco mais de 50%, a nossa

produtividade alcançou incríveis 450% sem dar sinais que pretende parar por

aqui.

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Evolução da produção de grãos e área plantada no Brasil (%)

Então esqueça todo aquele drama que os ambientalistas fazem dizendo

que todas as matas vão ser derrubadas para dar lugar a plantações. Em quarenta

anos a área de plantio foi aumentada em apenas 60% para um aumento de 5,5x

na produção de grãos. A própria EMBRAPA possui dados que provam que apenas

7.8% do território brasileiro é utilizado para agricultura. É muito mais

interessante para os produtores aumentar a produção em uma mesma área do

que ter que aumentar a área cultivada, claro. Então os investimentos em

pesquisa e extensão relacionados à produtividade agrícola fazem mais pelo meio

ambiente do que qualquer outra coisa. Logicamente que regras e fiscalização

são necessárias (e assuntos de outras aulas), mas entender esse ponto é muito

importante.

O Brasil é um país com vocação natural para o agronegócio devido às suas

características e diversidades, principalmente encontradas no clima favorável,

no solo, na água, no relevo e na luminosidade. Com seus 8,5 milhões de km o

Brasil é o país mais extenso da América do Sul e o quinto do mundo com

potencial de expansão de sua capacidade agrícola sem necessidade de agredir o

meio ambiente. Temos um potencial enorme e embora haja quem critique

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sermos exportadores de commodities, não há problema algum explorarmos

nossa vocação natural, na verdade é justamente o que devemos fazer.

Com isso entramos em outra discussão importante: poucas nações têm

recursos naturais e extensão territorial como o Brasil, para ser chamado de

“celeiro do mundo” (meio errada, já que não se produz comida no celeiro). O

modelo de negócios no setor está sustentado por dois pilares:

1- Aumento contínuo da produtividade, decorrente da utilização da ciência

no desenvolvimento de novas tecnologias; e

2- Maior eficiência dentro das cadeias produtivas, num contexto de

competição com o exterior.

O campo está passando por uma verdadeira evolução tecnológica, é a

chamada “agricultura de precisão” com uso de georreferenciamento e técnicas

digitais. Quantidade de fertilizantes determinadas por micro sensores

espalhados no solo conectados remotamente a laboratórios, plantadeiras e

adubadeiras guiadas por GPS. Na pecuária, sensores colocados nos cochos de

alimentação do gado medem o quanto foi consumido e enviam as informações

online que alimentam o sistema da carreta que repõe a alimentação na

quantidade correta. Ou seja, é a tecnologia otimizando o uso dos recursos para

fazer os custos caírem e a produtividade subir. A figura abaixo é uma

simplificação para ficar mais fácil memorizar o que estamos discutindo.

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O agronegócio brasileiro

E o Brasil tem feito tudo isso sem grandes subsídios governamentais.

Subsídio, se você não sabe, é o estado pagando parte dos custos de determinado

setor da economia para o produto ficar mais acessível no mercado nacional ou

competitivo no internacional. Basicamente, é o dinheiro de impostos sendo

transferido para uma área que o governo quer estimular. Seja por motivos

econômicos, seja por ser amigo do dono da empresa. Mas historicamente o

volume de subsídios para apoio ao produtor no Brasil é baixo. Por exemplo, os

números da OCDE (assunto de outra aula) mostram que em 2015 o apoio ao

produtor agrícola, em relação a receita bruta, foi de 29% na Indonésia, 22% na

China, 19% na União Europeia, 9% nos EUA e apenas 3% no Brasil.

E por que estamos falando sobre isso? Porque as discussões na OMC

(novamente outra aula) frequentemente giram em torno da retirada de subsídios

pelos países na mesa de negociação. Pense bem, de que adianta todo o

investimento em tecnologia de que falamos a respeito se o concorrente tem seu

custo reduzido em 20% por uma canetada do governante do país dele?

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5. Desindustrialização

Nos últimos anos vários economistas têm alertado para o que chamam a

desindustrialização da economia brasileira. Basicamente, a participação da

indústria no PIB tem diminuído nas últimas décadas. Não apenas pelo fato pelos

outros setores terem crescido mais, como em muitos momentos o setor

industrial ter sofrido retração. O gráfico abaixo apresenta o percentual de

participação da indústria no PIB em alguns anos para ilustrar.

Participação da indústria no PIB (%)

As causas desses fatores ainda são controversas, mas algumas elencadas

por economistas são o fato do aumento da produtividade industrial ter sido

inferior a outras áreas e a facilidade de importação de bens e serviços. Por outro

lado, os setores industriais falam que a política de aumento salarial do governo,

a falta de mão-de-obra qualificada, o excesso de burocracia, a infraestrutura

deficiente e o excesso de impostos têm destruído a competitividade industrial.

Ainda não encontrei questões sobre este tema em nenhuma prova de

atualidades (apenas em economia), então não vamos nos alongar mais nesse

assunto. Mas basicamente, o motivo de abordamos esse assunto é mostrar que

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provavelmente no futuro mais empregos serão gerados no agronegócio do que

nos seguimentos industriais não ligados a ele.

Emprego no Brasil

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ESQUEMAS E RESUMOS DA AULA

Principais características e variáveis levantadas pela Pnad

Características Variáveis

Demográficas e sociais

Sexo, cor, condição na unidade domiciliar, posição na família e no domicílio, número na família e data de nascimento dos moradores.

Educacionais Alfabetização, escolaridade (série e grau freqüentados) e nível de instrução das pessoas que não são estudantes (última série concluída e grau correspondente).

Mão-de-obra Para as pessoas de 10 anos de idade ou mais: condição de atividade.

Para as pessoas ocupadas: ocupação, atividade e posição na ocupação no trabalho principal, horas normalmente trabalhadas por semana no trabalho principal e nos outros trabalhos, e se é contribuinte de instituto de previdência pelo trabalho.

Para as pessoas desocupadas: tempo de procura de trabalho, ocupação, atividade, posição na ocupação e motivo da saída, se recebeu fundo de garantia, e tempo de permanência em relação ao último trabalho remunerado;

Rendimento Rendimento mensal normalmente recebido do trabalho principal e dos outros trabalhos, aposentadoria, pensão, abono de permanência, aluguel e outros rendimentos;

Habitação Espécie de domicílio. Para os domicílios particulares permanentes: tipo, estrutura,

abastecimento de água, esgotamento sanitário, uso de instalação sanitária, destino do lixo, iluminação elétrica, número de cômodos, condição de ocupação, aluguel ou prestação mensal, filtro de água, fogão, geladeira, rádio e televisão. Fonte: Fundação IBGE. Para Compreender a Pnad, 1991.

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Categorias no levantamento do perfil de empregos da população

Força de trabalho desempregada no Brasil (em milhões de pessoas)

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Medida Intenção Porque não funcionou

Consequência real

Redução forçada das taxas de juros

Estimular os investimentos.

Os grandes players já possuíam acesso a taxas subsidiadas via BNDES

Desconfiança dos investidores em função do intervencionismo; Inflação de demanda.

Desvalorização do Real

Facilitar as exportações.

Existem diversos outros gargalos ao aumento das exportações, como sistema tributário e infraestrutura logística.

Inflação decorrente do aumento de preço das importações.

Desonerações tributárias

Aumentar o consumo de certas linhas de produtos.

As empresas frequentemente não repassavam a integralidade do desconto nos preços; Vários desses produtos eram duráveis, então a diminuição do preço não necessariamente aumentava o consumo imediato.

Piora das contas públicas. Instabilidade gera dificuldade de planejamento no seguimento.

Controle das tarifas elétricas

Diminuir os custos de produção.

A redução de 20% no primeiro ano gerou aumentos da ordem de 70% nos anos seguintes.

Desestabilizou todo o setor elétrico afastando investidores.

Créditos para consumo a juros baixos

Aumentar o consumo

Embora aumente o consumo em um primeiro momento, depois de algum tempo ocorre uma redução do consumo e disparada da inadimplência.

Inflação a curto prazo. Redução do consumo e inadimplência bancária a médio e longo prazo.

Medidas econômicas do governo Dilma – intenções e reais consequências.

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Desemprego e variação do PIB de 2012 a 2019 (até segundo trimestre)

Crescimento mundial 2010 a 2018

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Variação do PIB brasileiro 2010 – 2019 (%)

Evolução do PIB e seus componentes durante a crise

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Posições de destaque do agronegócio brasileiro no mundo

Evolução da produção de grãos e área plantada no Brasil (%)

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O agronegócio brasileiro

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QUESTÕES COMENTADAS

Chegou o momento para fixar o conteúdo da aula. Caso você queira resolver as questões sem ver o comentário, pule esta parte e vá direto para o próximo tópico – Questões sem comentários.

1) 2017 - FGV - Prefeitura de Salvador - BA - O IBGE divulgou que o

PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 1% no primeiro trimestre de 2016, em

relação ao quarto trimestre do mesmo ano, já retirados os efeitos sazonais. É o

primeiro número positivo desde o final de 2014, e o principal fator para este

resultado foi o desempenho do setor agropecuário, que cresceu 13,4% no

período. Os serviços, que respondem por mais de 70% do PIB, ficaram estáveis.

A indústria também teve resultado positivo, com alta de 0,9%.

(Adaptado de http://www1.folha.uol.com.br/mercado/)

Com relação ao desempenho positivo do agronegócio brasileiro, analise as

afirmativas a seguir.

I. O agronegócio é responsável por uma grande parte da produção

nacional brasileira, impulsionando também a demanda em outros

segmentos, como, por exemplo, o de insumos e o de transporte

de cargas.

II. O agronegócio tem papel relevante no incremento das

exportações brasileiras para países orientais, sobretudo a China,

que concentram a demanda em produtos do complexo da soja.

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III. O agronegócio expandiu suas cadeias produtivas graças à

ampliação de áreas de cultivo e ao desenvolvimento de novas

tecnologias, sendo responsável pela geração de empregos no

campo.

Está correto o que se afirma em

A) I, somente.

B) II, somente.

C) III, somente.

D) I e II, somente.

E) I, II e III.

Resposta: Ok, vamos analisar as alternativas:

I. O agronegócio é responsável por uma grande parte da

produção nacional brasileira, impulsionando também a

demanda em outros segmentos, como, por exemplo, o de

insumos e o de transporte de cargas. Verdade, embora o texto

de introdução da questão fale que o setor de serviços é responsável

por 70% do PIB, muitos dessas atividades relacionadas a serviços

movimentam um volume financeiro tão grande justamente porque

são serviços de suporte ao agronegócio, como por exemplo o setor

de logística, citado no próprio texto.

II. O agronegócio tem papel relevante no incremento das

exportações brasileiras para países orientais, sobretudo a

China, que concentram a demanda em produtos do

complexo da soja. Verdade. Com a sua enorme população e o seu

vertiginoso crescimento econômico, a China tem se tornado um dos

maiores compradores das nossas commodities alimentícias.

III. O agronegócio expandiu suas cadeias produtivas graças à

ampliação de áreas de cultivo e ao desenvolvimento de

novas tecnologias, sendo responsável pela geração de

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empregos no campo. Verdade. As novas tecnologias

desenvolvidas pelos centros de pesquisa, como a Embrapa, têm

possibilitado a expansão das áreas de cultivo e especialmente o

aumento da produtividade.

Assim, ficamos com a alternativa E)

2) 2018 - VUNESP - Câmara de Dois Córregos - SP - O Banco

Central reduziu na noite da quarta-feira, 6 de dezembro, a taxa Selic em 0,50

ponto porcentual, de 7,5% para 7% ao ano. Foi o décimo corte consecutivo.

Antes do anúncio desta quarta-feira, a Selic mais baixa, de 7,25%, havia sido

registrada ainda no primeiro governo de Dilma Rousseff. Além do corte desta

quarta, o BC já sinalizou a intenção de promover nova redução de juros no

próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), em fevereiro do ano

que vem. (Estadão, 6 dez. 17. Disponível em: <https://goo.gl/2qVoYv>.

Adaptado)

Entre os fatores que contribuíram para a redução da taxa de juros, é correto

identificar

A) o aumento brusco do desemprego.

B) a persistência da recessão.

C) o rápido crescimento econômico.

D) a inflação sob controle.

E) o aumento do superávit fiscal.

Resposta: Neste tipo de questão é muito importante prestar atenção na

data, pois alguma alternativa pode estar tecnicamente certa, mas errada na

situação tratada, ou seja, errada conjunturalmente. O texto utilizado na questão

é de dezembro de 2017, nessa época, já estávamos na crise econômica a três

anos. Vamos as alternativas:

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A) o aumento brusco do desemprego. Errada por dois motivos: o

primeiro, nessa época o desemprego já estava alto (erro conjuntural).

O segundo (erro técnico) é que devido aos custos de demissão e

contratação o desemprego geralmente é o último indicador a se

alterar, tanto quando o país entra na crise (ele aumenta) quando o

país consegue sair da crise (ele diminui).

B) a persistência da recessão. Em momentos de recessão é comum o

Bacen promover redução na taxa de juros (tecnicamente correto) mas

como naquele momento o PIB já não mais apresentava crescimento

negativo (recessão) a questão está conjunturalmente errada.

C) o rápido crescimento econômico. Essa aqui não precisa nem falar:

errada tecnicamente, já que em momentos de rápido crescimento

econômico a tendência é de se aumentar os juros, pois pode haver

inflação e conjunturalmente errada, pois não havia nada de rápido no

crescimento econômico.

D) a inflação sob controle. Correta, como a inflação dos anos

anteriores foi controlada e o crescimento econômico estava baixo, o

Bacen decidiu baixar a taxa de juros para aquecer a economia.

E) o aumento do superávit fiscal. Errada, não existe uma relação

direta entre as duas coisas.

3) 2018 - PROMUN - Funcabes - O Brasil criou 47.319 vagas com

carteira assinada no último mês de julho, segundo dados do CAGED (Cadastro

Geral de Empregados e Desempregados) divulgados em 22 de agosto. O

resultado é o saldo, ou seja, a diferença entre as vagas abertas e fechadas. O

resultado positivo de julho foi puxado pelo agronegócio, serviços e construção

civil. O comércio e a administração pública apresentaram resultados negativos.

Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE

(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam

em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.

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A última PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) registrou que o

Brasil tinha aproximadamente:

A) 3 milhões de desempregados.

B) 13 milhões de desempregados.

C) 23 milhões de desempregados.

D) 33 milhões de desempregados.

Resposta: Geralmente a quantidade de desempregados é um número

repetido a exaustão, pelo uso político da questão, então não é difícil lembrar que

foram 13 milhões de desempregados (letra B). Eu sei que essa questão é

decoreba, mas é importante para mostrar como esses dados as vezes são

perguntados preto no branco.

4) 2015 - FUNCAB - PC-AC - Nos últimos meses, o Brasil vem

passando por intensos debates sobre a situação econômica. Apesar do período

de significativa instabilidade, alguns fatores ocorrem sistematicamente em um

mesmo sentido. Entre os acontecimentos da política econômica brasileira a

seguir, assinale o que vem ocorrendo sistematicamente nos últimos meses.

A) Diminuição da exportação de todos os produtos agrícolas

B) Aumento da taxa de juros Selic

C) Valorização do Real frente ao dólar

D)Crescimento da meta do superávit primário

E) Proibição a importação de produtos chineses

Resposta: É só lembrar do resuminho do período Dilma para matar essa

questão fácil. Vamos as alternativas.

A) Diminuição da exportação de todos os produtos agrícolas.

Erradíssima. Como vimos, o agronegócio no período foi a salvação da lavoura

(viu como trocadilho funcionou para lembrar?), além disso, o período foi de

desvalorização do Real, o que facilita as exportações.

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B) Aumento da taxa de juros Selic. Correto. Quando a crise fica feia

e o país perde credibilidade junto a seus credores, o jeito é aumentar a taxa de

juros. É assim que funciona.

C) Valorização do Real frente ao dólar. Errada, claro. Em uma crise,

a moeda desvaloriza frente a moedas fortes, como o dólar.

D)Crescimento da meta do superávit primário. Errada. O país já

estava apresentando déficits, aumentar metas de superávit apenas destruiria a

credibilidade.

E) Proibição a importação de produtos chineses. Se isso acontecesse

voltaríamos a idade da pedra, já que quase tudo que compramos vem da China.

Claro que está errada.

5) 2014 - CESPE - MTE - Texto associado

Na abordagem do cenário econômico e social do mundo contemporâneo,

no qual o Brasil está inserido, determinados aspectos são destacados, a exemplo

das características que envolvem o mundo do trabalho - especialmente no que

concerne a emprego e renda -, do papel do cooperativismo e do associativismo,

além da crescente importância conferida ao conceito de desenvolvimento

sustentável. Com relação a esses assuntos, julgue os itens que se seguem.

O desemprego costuma ser um dos efeitos das crises que atingem a

economia global contemporânea, tal como se verificou recentemente em alguns

países europeus.

Certo

Errado

Resposta: Exatamente como explicamos, o desemprego é uma

consequência recorrente das crises, e alguns países europeus passaram pelo

processo recentemente. Lembrando que em países como Brasil ele possa ficar

um pouco descasado em relação aos outros indicadores. Resposta correta.

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QUESTÕES – SEM COMENTÁRIOS

1) 2017 - FGV - Prefeitura de Salvador - BA - O IBGE divulgou que o

PIB (Produto Interno Bruto) cresceu 1% no primeiro trimestre de 2016, em

relação ao quarto trimestre do mesmo ano, já retirados os efeitos sazonais. É o

primeiro número positivo desde o final de 2014, e o principal fator para este

resultado foi o desempenho do setor agropecuário, que cresceu 13,4% no

período. Os serviços, que respondem por mais de 70% do PIB, ficaram estáveis.

A indústria também teve resultado positivo, com alta de 0,9%.

(Adaptado de http://www1.folha.uol.com.br/mercado/)

Com relação ao desempenho positivo do agronegócio brasileiro, analise as

afirmativas a seguir.

IV. O agronegócio é responsável por uma grande parte da produção

nacional brasileira, impulsionando também a demanda em outros

segmentos, como, por exemplo, o de insumos e o de transporte

de cargas.

V. O agronegócio tem papel relevante no incremento das

exportações brasileiras para países orientais, sobretudo a China,

que concentram a demanda em produtos do complexo da soja.

VI. O agronegócio expandiu suas cadeias produtivas graças à

ampliação de áreas de cultivo e ao desenvolvimento de novas

tecnologias, sendo responsável pela geração de empregos no

campo.

Está correto o que se afirma em

A) I, somente.

B) II, somente.

C) III, somente.

D) I e II, somente.

E) I, II e III.

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2) 2018 - VUNESP - Câmara de Dois Córregos - SP - O Banco

Central reduziu na noite da quarta-feira, 6 de dezembro, a taxa Selic em 0,50

ponto porcentual, de 7,5% para 7% ao ano. Foi o décimo corte consecutivo.

Antes do anúncio desta quarta-feira, a Selic mais baixa, de 7,25%, havia sido

registrada ainda no primeiro governo de Dilma Rousseff. Além do corte desta

quarta, o BC já sinalizou a intenção de promover nova redução de juros no

próximo encontro do Comitê de Política Monetária (Copom), em fevereiro do ano

que vem. (Estadão, 6 dez. 17. Disponível em: <https://goo.gl/2qVoYv>.

Adaptado)

Entre os fatores que contribuíram para a redução da taxa de juros, é correto

identificar

A) o aumento brusco do desemprego.

B) a persistência da recessão.

C) o rápido crescimento econômico.

D) a inflação sob controle.

E) o aumento do superávit fiscal.

3) 2018 - PROMUN - Funcabes - O Brasil criou 47.319 vagas com

carteira assinada no último mês de julho, segundo dados do CAGED (Cadastro

Geral de Empregados e Desempregados) divulgados em 22 de agosto. O

resultado é o saldo, ou seja, a diferença entre as vagas abertas e fechadas. O

resultado positivo de julho foi puxado pelo agronegócio, serviços e construção

civil. O comércio e a administração pública apresentaram resultados negativos.

Existem outros números sobre desemprego apresentados pelo IBGE

(Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística), que são mais amplos, pois levam

em conta todos os trabalhadores, com e sem carteira.

A última PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios) registrou que o

Brasil tinha aproximadamente:

A) 3 milhões de desempregados.

B) 13 milhões de desempregados.

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C) 23 milhões de desempregados.

D) 33 milhões de desempregados.

4) 2015 - FUNCAB - PC-AC - Nos últimos meses, o Brasil vem

passando por intensos debates sobre a situação econômica. Apesar do período

de significativa instabilidade, alguns fatores ocorrem sistematicamente em um

mesmo sentido. Entre os acontecimentos da política econômica brasileira a

seguir, assinale o que vem ocorrendo sistematicamente nos últimos meses.

A) Diminuição da exportação de todos os produtos agrícolas

B) Aumento da taxa de juros Selic

C) Valorização do Real frente ao dólar

D)Crescimento da meta do superávit primário

E) Proibição a importação de produtos chineses

5) 2014 - CESPE - MTE - Texto associado

Na abordagem do cenário econômico e social do mundo contemporâneo,

no qual o Brasil está inserido, determinados aspectos são destacados, a exemplo

das características que envolvem o mundo do trabalho - especialmente no que

concerne a emprego e renda -, do papel do cooperativismo e do associativismo,

além da crescente importância conferida ao conceito de desenvolvimento

sustentável. Com relação a esses assuntos, julgue os itens que se seguem.

O desemprego costuma ser um dos efeitos das crises que atingem a

economia global contemporânea, tal como se verificou recentemente em alguns

países europeus.

Certo

Errado

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GABARITO

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11 12 13 14 15 16 17 18 19 20

21 22 23 24 25 26 27 28 29 30

31 32 33 34 35 36 37 38 39 40

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Agradeço pela companhia e aguardo suas dúvidas

pelo fórum.

Bons estudos e até a próxima aula!

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