1-O SOM NO CINEMA

37
O SOM E A ESCUTA NO CINEMA

Transcript of 1-O SOM NO CINEMA

Page 1: 1-O SOM NO CINEMA

O SOM E A ESCUTA NO CINEMA

Page 2: 1-O SOM NO CINEMA

NUMA OBRA AUDIOVISUAL, A IMAGEM É MAIS

IMPORTANTE QUE O SOM ?

Page 3: 1-O SOM NO CINEMA

NO CINEMA, NÃO EXISTE TRILHA SONORA SEPARADA

DA IMAGEM. CADA ELEMENTO SONORO

ESTABELECE UMA RELAÇÃO DE SENTIDO COM OS ELEMENTOS DE CADA

IMAGEM

Page 4: 1-O SOM NO CINEMA

A imagem tem sido mais estudada, debatida e

compreendida ao longo do tempo do que o som. O motivo disso é que a possibilidade de

registrar a imagem é mais antiga que a de registrar o som.

Page 5: 1-O SOM NO CINEMA

Isso fez com que o conhecimento sobre a

percepção e a narração visual avançasse muito mais

rapidamente que o conhecimento sobre a

percepção e narração sonora.

Page 6: 1-O SOM NO CINEMA

Somente em 1910 iniciou-se a produção industrial do disco e

dos gramofones.Em 1950, foi a vez dos gravadores

de fita magnética.

Page 7: 1-O SOM NO CINEMA

PIERRE SCHAEFFER E MICHEL CHION

Na década de 1950, com o advento da gravação magnética do som, Pierre Schaeffer começa seus estudos. Através da gravação e manipulação de sons, chega ao conceito de escuta reduzida e objeto sonoro e cria a Música Eletroacústica.

Seu discípulo, Michel Chion, vai direcionar suas pesquisas para o som no cinema a partir da década de 1980.

Page 8: 1-O SOM NO CINEMA

Nos anos 1970 , houve um grande desenvolvimento tecnológico na área do áudio no cinema, quando é introduzida a tecnologia

que irá mudar para sempre a experiência de se assistir um filme: o sistema Dolby.

Por meio dele, a reprodução sonora melhora exponencialmente e o

multicanal torna-se obrigatório, consolidando-se ao permitir a distribuição do som em quatro,

cinco ou mais canais. Valorizando o uso dos ruídos.

Page 9: 1-O SOM NO CINEMA

Sound Designer ou Diretor de Som

Profissional que pensa a concepção sonora deum filme desde a concepção do roteiro, construindo um pensamento sonoro em

conjunto com o diretor, solucionando questões técnicas, escolhendo a equipe de som e explorando ao máximo o potencial

sonoro de umfilme

Page 10: 1-O SOM NO CINEMA

SOUND STUDIES

As universidades americanas na década de 1970 em diante,

começam a produzir teoria e reflexão sobre o uso do som no

cinema.David Bordwell, Claudia Gorbman, Rick

Altman, Elisabeth Weis, John Belton.

Page 11: 1-O SOM NO CINEMA

QUATRO TIPOS DE ESCUTA FÍLMICA

• SEMÂNTICA• CAUSAL• REDUZIDA (SCHAEFFER)• PÂNICO (BARTHES)

SÃO IDENTIFICADOS, MAS SE MISTURAM NO CINEMA

Page 12: 1-O SOM NO CINEMA

SEMÂNTICA

• LINGUAGEM FALADA• O CINEMA É VOCOCÊNTRICO E

VERBOCÊNTRICO

Page 13: 1-O SOM NO CINEMA

A HIERARQUIA DA PALAVRA

Quando existe a fala numa obra audiovisual, tudo os

outros sons se subordinam à inteligibilidade do discurso

semântico

Page 14: 1-O SOM NO CINEMA

CAUSAL

• EFEITO DO SINCRONISMO• IDENTIFICAMOS A FONTE SONORA

Page 15: 1-O SOM NO CINEMA

REDUZIDA (SCHAEFFER)

• QUANDO SEPARAMOS O SOM DA SUA FONTE SONORA• IDENTIFICAMOS QUALIDADES E

FORMAS ESPECÍFICAS DO SOM, ESSE OBJETO SONORO

Page 16: 1-O SOM NO CINEMA

PÂNICO (BARTHES)

• PARTICIPAR DE UM JOGO ABERTO A TODOS OS TIPOS DE SIGNIFICACÕES (DAÍ SUA REFERÊNCIA AO DEUS PÃ).

• A “escuta pânico”, idealizada pelos gregos dionisíacos do Santuário de Elêusis, é “uma escuta dos ínferos, daquilo que se oculta nas profundezas”.

• Na natureza, o "estado de pânico" é um sistema de defesa que ativa todas as regiões do cérebro que estão relacionadas à atenção.

• SENTIR O SOM, ANTES DE PERCEBER ALGUM SIGNIFICADO.

• ESTAR DISPONÍVEL A UMA ESCUTA POLISSÊMICA.

Page 17: 1-O SOM NO CINEMA

• No cinema, o olhar é uma exploração espacial e temporal delimitada pela tela.

• E a escuta é quase uma imposição não delimitada (ausência de pálpebras para as orelhas, omnidirecionalidade da escuta, e a propagação do som).

• O som é um meio insidioso de manipulação afetiva e semântica e nos faz ver aquilo que sem ele não veríamos, ou que veríamos de outra forma.

Page 18: 1-O SOM NO CINEMA

Exercício de percepção proposto por Michel Chion: assistir o filme sem o som e

depois sem a imagem

Page 19: 1-O SOM NO CINEMA
Page 20: 1-O SOM NO CINEMA

ALGUMAS FUNÇÕES DO

SOM NO CINEMA

Page 21: 1-O SOM NO CINEMA

Unificar o fluxo das imagens : sons

ambientes, voz ou música

Page 22: 1-O SOM NO CINEMA
Page 23: 1-O SOM NO CINEMA

Função simbólica :a junção som/imagem

resulta num 3º sentido

Page 24: 1-O SOM NO CINEMA

O PÂNTANO (2001)Lucrécia Martel

Page 25: 1-O SOM NO CINEMA
Page 26: 1-O SOM NO CINEMA

Função retórica: enfatizar uma sensação

Page 27: 1-O SOM NO CINEMA

Pontuação da narrativa : tiro, silêncio,gotas,

relógio

Page 28: 1-O SOM NO CINEMA
Page 29: 1-O SOM NO CINEMA

Filme verbo-centradoEDIFÍCIO MASTER (2002)

Page 30: 1-O SOM NO CINEMA
Page 31: 1-O SOM NO CINEMA

MUSICAISNOEL, O POETA DA VILA

(2006)

Page 32: 1-O SOM NO CINEMA
Page 33: 1-O SOM NO CINEMA

O SOM DIRETO REFORÇANDO A VEROSSIMILHANÇA

FICÇÃO COM IMPROVISAÇÃOMUTUM (2007)

Page 34: 1-O SOM NO CINEMA
Page 35: 1-O SOM NO CINEMA

ANIMAÇÃO

Page 36: 1-O SOM NO CINEMA
Page 37: 1-O SOM NO CINEMA

O SOM AGREGA INFORMAÇÃO E

VALOR EXPRESSIVO À

IMAGEM