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PLANO DE ENSINO

Curso: MESTRADO EM ADMINISTRAÇÃO Área de concentração: Organizações, Empreendedorismo e Internacionalização Disciplina: PODER E CONTROLE NAS ORGANIZAÇÕES Carga Horária semanal: 3 horas Carga horária total: 45 horas

1. OBJETIVO PRINCIPAL

Analisar as formas de controle social exercidas pelas organizações no âmbito das relações de trabalho, valorizando o papel que nelas desempenham o sujeito e os grupos, e como tal controle encontra-se social, política, jurídica, econômica e ideologicamente abarcado pela ossatura do Estado no sistema Capitalista Contemporâneo. Esta análise insere-se em um esquema teórico-metodológico que dá sustentação à linha de pesquisa denominada Economia Política do Poder e Análise Organizacional.

2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Conhecer, criticamente, os fundamentos da economia política do capitalismo; • Verificar as relações entre trabalho, gestão e tecnologia; • Analisar as bases da formação e do desenvolvimento coletivo dos sujeitos (da

horda primitiva ao Estado, do sujeito aos grupos sociais, dos grupos às classes); • Verificar as relações dos sujeitos no interior dos grupos e dos grupos no interior

das organizações (psicossociologia dos processos grupais); • Identificar as bases constitutivas da categoria trabalho e de sua evolução no âmbito

da reestruturação produtiva (a reorganização da produção capitalista); • Estudar as formas como as organizações operam um sistema de dominação real e

imaginário e os paradoxos da práxis organizacional (dominação e poder); • Identificar os níveis da análise organizacional (níveis e instâncias de análise: a

totalidade organizacional dissecada); • Identificar e analisar as formas e os mecanismos de controle nas organizações

(controle); • Compreender os fundamentos da ideologia gerencial capitalista; • Entender como se opera a forma perversa de gestão nas organizações; • Compreender como as relações de poder condicionam as demais relações que se

operam nos grupos, nas organizações e como as mesmas se manifestam no interior do Estado e nas relações sociais de produção das condições materiais de existência, ainda que não a determinem (as relações de poder: a Economia Política do Poder). 3. ENCONTROS

O programa deste curso se encontra dividido em 15 (quinze) Encontros presenciais

(sendo o primeiro relativo à apresentação e a discussões sobre, epistemologia, teoria e

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metodologia, forma de condução e avaliação do curso) de 3 (três) horas cada. As leituras e estudos correspondem formalmente a atividades não presenciais que compõem a carga horária do curso.

Para cada Encontro é esperado: (i) o envolvimento ativo e coletivo dos participantes; (ii) a intervenção livre e aberta (sem censura); (iii) as divergências conceituais e conceptuais. No espaço de debate os participantes podem emitir opinião (podem “achar”, sem obrigatoriamente citar fonte), cabendo ao Professor orientá-los nos casos em que as mesmas careçam de algum fundamento teórico ou empírico. A sala de aula é um espaço privilegiado para a construção coletiva do conhecimento, para o desenvolvimento do pensar, para o estabelecimento de associação de idéias, para a necessária democratização do ambiente acadêmico e para a geração de dúvidas (o melhor produto bruto da ciência). Desta forma, os Encontros serão divididos em duas partes:

i. Na primeira, um (ou mais) participante(s) apresentará(ão), em no máximo 30 minutos, o tema específico (constante deste Programa) e lançará questões para iniciar os debates entre os demais participantes. Todos devem debater as questões propostas e outras que surgirem, entre si. O Professor atuará como coordenador e mediador, podendo também intervir no debate caso seja necessário esclarecer conceitos, dar explicações adicionais ou orientar abordagens do tema.

ii. Na segunda, o Professor conduzirá um seminário sobre o tema com participação aberta dos alunos. Além de esclarecimentos, explicações adicionais e complementações a serem realizadas pelo Professor, são esperadas e desejadas manifestações de dúvidas, formulação de perguntas e de discordâncias. Nesta parte, o Professor atuará como coordenador, promotor, estimulador e facilitador dos debates, podendo lançar desafios intelectuais e provocar reflexões. Ao final desta parte, será destinado um tempo de cerca de 5 minutos para que todo o grupo sistematize, individualmente, o resultado das discussões;

iii. Entre estas partes haverá um intervalo de 20 (vinte) minutos, ou seja, a primeira e a terceira partes terão a duração de 80 (oitenta) minutos.

A estrutura do curso compreende os seguintes encontros: 1º. Encontro: Introdução Apresentação da Disciplina A Concepção Epistemológica da Economia Política do Poder Fundamentos da Teoria Crítica nos Estudos Organizacionais Bibliografia Básica FARIA, José Henrique de. Os fundamentos da Teoria Crítica: uma introdução. In: FARIA, J. H. De. Org. Análise Crítica das Teorias e Práticas Organizacionais. São Paulo: Atlas, 2007. pp. 1-20. 2º e 3º. Encontros: Crítica da Economia Política Bibliografia Básica MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1983. Livro I. _____. Livro I, Capítulo VI. Inédito. São Paulo: Editora de Ciências Humanas, 1978. 4º. Encontro: Trabalho, Gestão, Tecnologia e Exploração

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Bibliografia Básica FARIA, José Henrique de. Economia Política do Poder. Curitiba: Juruá, 2004. Capítulo 1 Bibliografia Complementar: ANTUNES, Ricardo. Os sentidos do trabalho: ensaio sobre a afirmação e a negação do trabalho. São Paulo: Boitempo, 1999. BOITO Jr., Armando et alii. A obra teórica de Marx: atualidade, problemas e interpretações. São Paulo: Xamã, 2000. BRAVERMAN, Harry. Trabalho e capital monopolista. Rio de Janeiro: Zahar, 1977. CLEGG, Stewart R. Frameworks of power. London: Sage Publications, 1998. CORIAT, Benjamin. L’atelier et le chronomètre. Paris: Christian Bourgois, 1994. _____. L’atelier et le robot. Paris: Christian Bourgois, 1994. DEJOURS, Christophe. O fator humano. 2a. ed. Rio de Janeiro: FGV, 1999. FARIA, José Henrique de. Comissões de fábrica: poder e trabalho nas unidades produtivas. Curitiba: Criar, 1987. _____. Tecnologia e processo de trabalho. 2a. ed. Curitiba, Editora de UFPR, 1997. GORZ, André. O imaterial. Rio de Janeiro: Annablume, 2005. GUILLERM, Alain e BOURDET, Yvon. Autogestão: uma mudança radical. Rio de Janeiro: Zahar, 1976. HARDT, Michael, e NEGRI, Antonio. Império. Rio de Janeiro: Record, 2001. HOBSBAWM, Eric J. Os trabalhadores. Rio de Janeiro: Paz e Terra, 1981. KURZ, Robert. Utopia, revolução e copyleft. Revista IHU On line. São Leopoldo, no. 136, 24/10/2005. LAINO, André. Controle fabril: poder e autoridade do capital. Petrópolis: Vozes,1983. LAZZARATO, Maurizio, e NEGRI, Antonio. Trabalho imaterial: formas de vida e produção de subjetividade. Rio de Janeiro: DP&A, 2001. LESSA, Sérgio. Para além de Marx? Crítica da teoria do trabalho imaterial. São Paulo, Xamã, 2005. MARX, Karl. O capital: crítica da economia política. São Paulo: Abril Cultural, 1983. (Livro Primeiro. Caps. I a XVII). _____. O capital: livro I, Capítulo VI (Inédito). São Paulo: Livraria Editora Ciências Humanas, 1978. (pp. 5-123). MATTOSO, Jorge E. L. Org. et alii. O mundo do trabalho: crise e mudança no final do século. São Paulo: Página Aberta, 1994. PRADO, Eleutério F. S. Pós-grande indústria: trabalho imaterial e fetichismo. São Paulo: FEA/USP, www.econ.fea.usp.br/eleuterio. RIFKIN, Jeremy. El fin del trabajo. Buenos Aires: Paidós, 1997. ROSDOLSKY, Roman. Gênese e estrutura de “O Capital” de Karl Marx. Rio de Janeiro: EDUEJ: Contraponto, 2001. SINGER, Paul. Economia política do trabalho. São Paulo: Hucitec, 1977. SWEZZY, Paul. Teoria do desenvolvimento capitalista. São Paulo: Abril Cultural, 1983.

5º. Encontro: Classes Sociais, Elites e Oligarquias Bibliografia Básica FARIA, José Henrique de. Economia Política do Poder. Curitiba: Juruá, 2004. Vol. 1, Capítulo 2. Bibliografia Complementar:

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BOTTOMORE, Tom. As elites e a sociedade. Rio de Janeiro: Zahar, 1974. MICHELS, Robert. Os partidos políticos. São Paulo: Senzala, 1968. (Sendo edição esgotada, ver “Sociologia dos partidos políticos”. Brasília: Editora UnB) POULANTZAS, Nicos. Poder político e classes sociais. São Paulo: Martins Fontes, 1977. SWINGEWOOD, Alan. Marx e a teoria social moderna. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 1978. 6º. Encontro: A Organização em Análise Bibliografia Básica ENRIQUEZ, Eugène. A organização em análise. Petrópolis: Vozes, 1994. p.11 a 133. Bibliografia Complementar: ENRIQUEZ, Eugène. Imaginário social, recalcamento e repressão nas organizações. Tempo Brasileiro, Rio de Janeiro: 36/37: 53-94, jan.- jun. 1974. LOURAU, René. A análise institucional. Petrópolis: Vozes, 1975.

7º. Encontro: Indivíduo, Vínculo e Subjetividade Bibliografia Básica FARIA, José Henrique de; SCHMITT, Elaine C. Indivíduo, vínculo e subjetividade. In: FARIA, José Henrique de. Org. Análise crítica das teorias e práticas organizacionais. São Paulo: Atlas, 2007. Capítulo 1. Bibliografia Complementar: BOCK, Ana M. Bahia, GONÇALVES, M. G. M. e FURTADO, O. Orgs. Psicologia sócio-histórica: uma perspectiva crítica em psicologia. São Paulo: Cortez, 2001. CODO, W., SAMPAIO, J. J. C. E HITOMI, A. H. Indivíduo, trabalho e sofrimento: uma abordagem interdisciplinar. 3a. ed. Petrópolis: Vozes, 1998. DEJOURS, Christophe, et alii. Psicodinâmica do trabalho. São Paulo: Atlas, 1994. DEJOURS, Christophe. O fator humano. 2a. Rio de Janeiro: Editora FGV, 1999. ENRIQUEZ, Eugène. Interioridade e organizações. In: DAVEL, Eduardo e VERGARA, Sylvia C. Orgs. Gestão com pessoas e subjetividade. São Paulo: Atlas, 2001. pp. 173-187. MOTTA. F. C. Prestes e FREITAS, M. E. orgs. Vida psíquica e organização. São Paulo: Editora FGV, 2000. FREUD, Sigmund. O mal-estar na civilização. Rio de Janeiro: Imago, 1997. _____. Totem e tabu. Rio de Janeiro: Imago, 1999. _____. Cinco lições de psicanálise. São Paulo: Abril Cultural, 1978. Coleção Os Pensadores (Contém outros quatro textos, inclusive O mal-estar na civilização). RATNER, Carl. A psicologia sócio-histórica de Vygotsky: aplicações contemporâneas. Porto Alegre: Artes Médicas, 1995. ROZITCHNER, Léon. Freud e o problema do poder. São Paulo: Escuta 1989. VYGOTSKY, Lev Semenovich. A formação social da mente. 4a. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1991. _____ . Teoria e método em psicologia. 2a. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1999. _____ . Pensamento e linguagem. 2a. ed. São Paulo: Martins Fontes, 1998. ZANELLA, Andréa Vieira. Vygotsky: contexto, contribuições à psicologia e o conceito de zona de desenvolvimento proximal. Itajaí: Ed. UNIVALI, 2001.

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8º. Encontro: Psicanálise do Vínculo Social: o nascimento do Estado Bibliografia Básica ENRIQUEZ, Eugène. Da horda ao Estado: psicanálise do vínculo social. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, 1996. P. 28 a 139.

9º. Encontro: Estado Contemporâneo e Globalismo: a sociedade moderna sob o comando do capital Bibliografia Básica: FARIA, José Henrique de. Economia Política do Poder. Curitiba: Juruá, 2004. Vol. 1, Cap. 3. Bibliografia Complementar JESSOP, Bob. The capitalist State: marxist theories and methods. Oxford: Martin Robertson, 1982. _____. State theory: putting the capitalist state in its place. 2a. ed. Cambridge: Polity Press, 1996. POULANTZAS, Nicos. Poder político e classes sociais. São Paulo: Martins Fontes: 1977. _____. O Estado, o poder, o socialismo. Rio de Janeiro: Graal, 1990. WRIGHT, Eric Olin. Class, crisis and the State. London: Verso, 1979.

10º. Encontro: Poder e Relações de Poder Bibliografia Básica FARIA, José Henrique de. Economia Política do Poder. Curitiba: Juruá, 2004. Vol 1. Capítulo 4. Bibliografia Complementar As indicadas no texto de leitura obrigatória.

11º. Encontro: O Seqüestro da Subjetividade Bibliografia Básica FARIA, José Henrique de; MANEGHETTI, Francis K. O seqüestro da subjetividade e as novas formas de controle psicológico no trabalho. In: FARIA, José Henrique de. Org. Análise crítica das teorias e práticas organizacionais. São Paulo: Atlas, 2007. Cap. 2. Bibliografia Complementar: ANZIEU, Didier. O grupo e o inconsciente: o imaginário grupal. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1993. BUSS, David M. Evolutionary psychology: the new science of the mind. Needham Heights: Allyn & Bacon, 1999. Part Five, pp. 251-369. CARTWRIGHT, Dorwin e ZANDER, Alvin. Dinâmica de grupo: pesquisa e teoria. São Paulo: EPU, 1975. DAMÁSIO, Antonio. The feeling of what happens: body and emotion in the making of consciousness. New York: Harcourt Brace, 1999

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ENRIQUEZ, E. et alii. La formation psychosociale dans les organizations. Paris: Presses Universitaires de France, 1971. _____. Psicossociologia: análise social e intervenção. Petrópolis: Vozes, 1994. KERNBERG, Otto F. Ideologia, conflito e liderança em grupos e organizações. Porto Alegre: Artmed, 2000. KAËS, René. O grupo e o sujeito do grupo: elementos para uma teoria psicanalítica do grupo. São Paulo: Casa do Psicólogo, 1997. LAPASSADE, G. Grupos, organizações e instituições. Rio de Janeiro: Francisco Alves, 1977. LEWIN, Kurt. Problemas de dinâmica de grupo. São Paulo: Cultrix, 1975. NERI, Claudio. Grupo: manual de psicanálise de grupo. Rio de Janeiro: Imago, 1999. PAGÈS, Max. A vida afetiva dos grupos. Petrópolis: Vozes, 1976. ZIMERMAN, David e OSÓRIO, Luiz Carlos. Como trabalhamos com grupos. Porto Alegre: Artes Médicas, 1997.

12º. Encontro: A Ideologia Gerencial Capitalista: das bases históricas à produção flexível. Bibliografia Básica FARIA, José Henrique de. Economia Política do Poder. Curitiba: Juruá, 2004. Livro 2. Caps. 6 à 14. Bibliografia Complementar A sugerida no texto obrigatório 13º. Encontro: As Práticas do Controle nas Unidades Produtivas Bibliografia Básica FARIA, José Henrique de. Economia Política do Poder. Curitiba: Juruá, 2004. Volume 3. Capítulo 15. Bibliografia Complementar A sugerida no texto obrigatório

14º Encontro: A Teoria Crítica do Controle nas Organizações

Bibliografia Básica FARIA, José Henrique de. Economia Política do Poder. Op. Cit. Volume 3. Capítulo 16. Bibliografia Complementar: a sugerida no texto obrigatório

15º. Encontro: Predadores Organizacionais: a prática gerencial perversa Bibliografia Básica FARIA, José Henrique de. Os predadores organizacionais: considerações finais. In: FARIA, J. H. De. Org. Análise Crítica das Teorias e Práticas Organizacionais. São Paulo: Atlas, 2007. pp. 317-324.