1 Pontes para a Comunidade - 1as Jornadas de …‰ com muito prazer que na qualidade de presidente...

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PROGRAMA 1 Pontes para Hotel Meliã Capuchos a Comunidade 3 & 4 d e M a i o 2 0 1 3

Transcript of 1 Pontes para a Comunidade - 1as Jornadas de …‰ com muito prazer que na qualidade de presidente...

PROGRAMA

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Pontes para

H o t e l M e l i ã C a p u c h o s

a Comunidade

3 & 4 d e M a i o 2 0 1 3

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

ComissÃoOrganizadora

Luiz Cortez Pinto - PresidenteIsabel Costa - Vice-PresidenteAlice RobertoAndreia MesquitaFernanda EscaldaJosé SoutaElsa TrigoRita MachadoAna AndradeSofia CoelhoPedro Sales Crespo

ComissÃo Científica

Diogo Sennfelt - PresidenteDiogo Guerreiro - Vice-PresidenteÁlvaro CarvalhoLuiz Cortez PintoSampaio FariaFilipe Damas ReisAntónio GamitoAntónio PaivaManuel GuerreiroFernando VieiraCristina CatanaGisela BorgesRodrigo CatarinoJaqueline RibeiroMagda PereiraFrancisco Buta

Apoio Científico

Apoio

Liga de Amigos do Hospital Garcia de Orta

SECRETARIADOTeresa Soller / Margarida SantosMorada: Rua Prof. Virgínia Rau, 13 A1600-673 LisboaTelf: 00351 21 758 33 25Fax: 00351 21 758 33 24E-mail: [email protected]

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

É com muito prazer que na qualidade de presidente da Comissão Cientifica das 1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta venho informar da realização das mesmas nos dias 3 e 4 de Maio de 2013.

As 1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta terão como principal enfoque a interligação com os médicos dos Cuidados de Saúde Primários que operam em todo o distrito de Setúbal numa vertente de troca de experiências e de formação técnico-científica de forma a optimizar a gestão dos doentes com patologia mental.

De igual modo, estas Jornadas pretendem afirmar-se como um pólo dinamizador de diferentes estruturas comunitárias bem como propi-ciar a continuidade de troca de experiências clínicas entre as equi-pas de Saúde Mental que operam na península de Setúbal.

Esperamos contar com a vossa presença neste evento de forma a tornar-se no sucesso que todos desejamos.

Agradecendo antecipadamente o apoio prestado a esta iniciativa, apresento os meus melhores cumprimentos,

O Presidente da Comissão CientíficaDiogo Sennfelt

Mensagem de Boas-Vindas

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

6ª feira, 03 de Maio09:00 – 09:15 Sessão de Abertura Luiz Cortez Pinto, Director do Serviço de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

Daniel Ferro, Presidente do Conselho de Administração do Hospital Garcia de Orta

Ana Jorge, Presidente do Centro de Investigação, Ensino e Formação Garcia de Orta

09:15 – 10:45 Modelos Integrados de Intervenção Comunitária Moderador: Diogo Sennfelt • ModeloS IntegrAdoS de Intervenção CoMunItárIA – Teresa Maia Correia

• A vISão doS CuIdAdoS de SAúde PrIMárIoS – Luísa Rocha

• o PAPel do enferMeIro de SAúde MentAl nA CoMunIdAde – José Souta

• A PSICologIA ClínICA nA CoMunIdAde – Luísa Patrão

10:45 – 11:00 Coffee Break e visita aos Posters11:00 – 12:00 doenças Afectivas: do diagnóstico à terapêutica Moderador: Elsa Trigo • neuroBIologIA dAS doençAS AfeCtIvAS – Rui Durval

• dIfICuldAdeS dIAgnóStICAS – António Gamito

• A eSColhA rACIonAl de uM AntIdePreSSIvo – Inês Cunha

12:00 – 13:00 Simposium Servier - “Agomelatina: ao encontro das expectativas do doente deprimido” Moderador: Pedro Varandas • AS dIMenSõeS dA dePreSSão e A reCuPerAção do doente dePrIMIdo – Luzia Delgado

• CASoS ClínICoS – Cláudio Morais Sarmento

Programa

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

6ª feira, 03 de Maio

13:00 – 14:00 Almoço 14:00 – 15:00 A importância dos Cuidados de Saúde Primários na deteção dos sinais precoces da psicose Sofia Brissos15:00 – 15:15 Coffee Break e visita aos Posters 15:15 – 16:00 Palestra: A Sexualidade no doente Psiquiátrico Pedro Freitas Comentador: Jaqueline Ribeiro 16:00 – 18:00 Projectos Comunitários em Curso no Serviço de Psiquiatria do h. garcia de orta Moderador: Rodrigo Catarino • 1º Ano de ConSultA de SexologIA no hgo – Maria Maceiras

• ProjeCto de APoIo àS fAMílIAS: uMA reAlIdAde – Fernanda Neto

• unIdAde de eleCtroConvulSIvoterAPIA do hgo – Gisela Borges e Olinda José

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

Sábado, 04 de Maio

09:30 – 10:45 os Síndromes demenciais Moderador: Luiz Cortez Pinto • dIfICuldAdeS dIAgnóStICAS – Martinho Pimenta

• IntervençõeS CoM AS fAMílIAS – Manuel Gonçalves Pereira

• IntervençõeS terAPêutICAS – Luís Leão de Miranda

10:45 – 11:00 Coffee Break e visita aos Posters11:00 – 12:00 A Comunidade e a doença Mental grave Moderador: Magda Pereira • ModeloS de Intervenção PreCoCe – Manuel Guerreiro

• ModeloS de Intervenção PSICoSSoCIAl – António Paiva

• o que noS reServA o futuro? – Álvaro de Carvalho

12:00 – 13:00 Palestra: A Psiquiatria forense na Comunidade Fernando Vieira Comentador: Isabel Costa 13:00 – 13:15 Atribuição de prémio “Melhor Poster” Comentador: Diogo Guerreiro 13:15 – 13:30 encerramento

Programa

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

Álvaro de CarvalhoAna JorgeAntónio GamitoAntónio PaivaCláudio Morais SarmentoDaniel FerroDiogo GuerreiroDiogo SennfeltElsa TrigoFernanda NetoFernando VieiraGisela Borges Inês CunhaIsabel CostaJaqueline RibeiroJosé SoutaLuís Leão de MirandaLuísa PatrãoLuísa RochaLuiz Cortez PintoLuzia DelgadoMagda PereiraManuel Gonçalves PereiraManuel GuerreiroMaria MaceirasMartinho PimentaOlinda JoséPedro FreitasPedro VarandasRodrigo CatarinoRui DurvalSofia BrissosTeresa Maia Correia

Participantes

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

António GAmitoEspecialista em Psiquiatria desde 1992.De 1998 a 2007 foi Coordenador da Unidade de Internamento de Doentes Agudos do Ser-viço de Psiquiatria do Hospital Fernando Fonseca.Desde 2008 é Director do Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Centro Hospi-talar de Setúbal.Principais áreas de interesse: psicopatologia, psicoses, organização de serviços.

ElsA triGoPsiquiatra no Hospital Garcia de Orta, Assistente livre da Faculdade de Medicina de Lisboa, Pós graduada em Affective Neuroscience pela Universidade de Maastricht e docente na Pós Graduação em Psicogerontologia do Instituto de Ciências da Saúde da Universidade Católica Portuguesa.

FErnAndA nEtoEnfermeira especialista no Serviço de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta desde 2008, es-pecialidade em Saúde Mental e Psiquiatria em Fevereiro de 2009 e em Dezembro de 2012 conclui o Mestrado na mesma área.

FErnAndo ViEirAMédico Psiquiatra no Hospital Júlio de Matos e posteriormente no Hospital Miguel Bom-barda. Assistente Graduado exerce então, após 1997, na Unidade de Internamento de ininputável daquele Hospital, sendo nomeado Coordenador da Actividade Pericial e da En-fermaria de Segurança em 2003. Em 2004 Director do Serviço de Psiquiatria Forense do Instituto de Medicina Legal. Actualmente Director do Serviço de Clínica Forense do INML, na delegação sul em Lisboa.Membro da Comissão Nacional de Acompanhamento da Lei de Saúde Mental entre 1999-2001, presidindo à mesma Comissão entre 2006-2008. Consultor para assuntos de Psiquiatria Forense da extinta Direcção de Serviços de Saúde Mental da Direcção Geral da Saúde. Membro de várias Associações de Psicoterapia, tendo sido presidente da Sociedade Portuguesa de Psicodrama.Pós-graduação em Medicina Legal e Direito Bio-Médico.Docente durante alguns anos da Cadeira de Psicofarmacologia na Licenciatura de Psicolo-gia da Universidade Lusófona. Actualmente, lecciona Psiquiatria e Psicologia Forenses, em Mestrados, Pós-graduações e Pré-graduação.Tem, em co-autoria, três livros publicados (dois deles no âmbito da Psiquiatria Forense) e múltiplos artigos científicos em revistas indexadas, para além de dezenas de apresentações em Congressos nacionais e internacionais.

Participantes

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

inÊs CUnHAMédica Psiquiatra. Assistente graduada de psiquiatria a trabalhar no Centro Hospitalar Psi-quiátrico de Lisboa. Em 1992 estagiou no Maudsley Hospital em Londres, no Serviço de Neuropsiquiatria, com especial ênfase para a área da Epileptologia. Fez formação no acompanhamento psiquiátrico da cirurgia da epilepsia no Maudsley Hos-pital e no Radcliffe Hospital em Oxford.Tem feito parte da equipa pluridisciplinar do Programa de Cirurgia da Epilepsia do Hospital Egas Moniz desde o início deste programa em 1995.Em 1997 iniciou o Núcleo de Neuropsiquiatria do Hospital Júlio de Matos em parceria com a Drª Alice Nobre e Drª Vitorina Passão. Coordena a Unidade de Eletroconvulsivoterapia do Hospital Júlio de Matos (CHPL) desde a sua abertura em 2005. Ao longo dos anos tem feito diversas apresentações orais em congressos e ações de for-mação. Durante largos anos colaborou na formação pós graduada do ISPA, dando a formação sobre Neuropsiquiatra e Psicofarmacologia, inserida no Curso de Neuropsicologia organizado por essa instituição.Tem 2 artigos publicados na Revista Epilepsy and Behaviour (Dez, 2003; Abr, 2010).

José soUtAEspecialista de Mérito Reconhecido desde 2011, pela Universidade de Évora ( Escola de Enfermagem São João de Deus), trabalha no Hospital Garcia de Orta, Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental, na Unidade de Intervenção Comunitària do Seixal, onde exerce funções de responsável de equipa desde 2005.Na área da psiquiatria e saúde mental, iniciou a sua prática clínica de enfermagem em 1993, no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental do Hospital de São Francisco Xavier, tendo exercido funções de responsável de equipa.Membro fundador do Núcleo de Neurologia a Sul do Tejo.

lUísA PAtrãoCoordenadora da Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) do ACES Almada –Seixal; Psicóloga Clínica das Unidades Funcionais de Amora; Mestre em Psicologia – Psi-coterapia e Psicologia da Saúde; Pós - Graduada em Terapias Comportamental e Cognitiva pela Associação Portuguesa de Terapias Comportamental e Cognitiva (APTCC); Membro Fundador da Sociedade Portuguesa de Psicoterapias Construtivistas (SPPC); Foi Docente na Escola Superior de Enfermagem da Cruz Vermelha Portuguesa; Integrou o Núcleo de Cirurgia Psiquiátrica do Hospital De Santa Maria

mAnUEl GonçAlVEs PErEirAMédico, psiquiatra e terapeuta familiar. Doutorado pela Faculdade de Ciências Médicas (FCM-UNL), onde é Professor Auxiliar de Psicologia Médica no Departamento de Saúde Mental e investigador no CEDOC.Áreas de principal interesse clínico ou de investigação: psiquiatria geriátrica, intervenções com famílias, psiquiatria de ligação em cuidados paliativos e epidemiologia psiquiátrica. É autor de mais de vinte publicações em revistas de circulação internacional com ‘peer-re-view’ e de mais de cem comunicações científicas em congressos nacionais e internacionais.

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

mAnUEl GUErrEiroMédico Psiquiatra. Mestre em Ciências da Educação - Pedagogia da Saúde pela Faculdade de Ciências da Educação da Universidade de Lisboa. Diretor Clínico da Casa de Saúde de Carnaxide.Trabalhou entre 1979 e 1984 no Departamento de Psiquiatria e Saúde Mental da F.C.M. da U.N.L. Entre 1985 e 1996 trabalhou no Hospital Miguel Bombarda. De 1996-1997, desempenhou funções no Serviço de Psiquiatria do Hospital Fernando Fon-seca. 1997 a 1998 exerceu actividade no Hospital Júlio de Matos. De 1998 até 2011 trabalhou no Hospital Miguel Bombarda e no Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa.Teve actividades lectivas em cursos superiores de saúde (medicina, enfermagem e outros técnicos) desde 1980. Faz prelecções e comunicações em reuniões científicas desde o início da sua carreira. Tem publicados mais de 50 trabalhos científicos. Fundou as seguintes associações: Associação Portuguesa de Epidemiologia; Associação Portuguesa de Medicina da Adicção; Associação Portuguesa de Saúde Mental e esteve en-volvido na organização de vários congressos e reuniões científicas.

olindA JoséCurso de Enfermagem Geral- Escola de Enfermagem Drº Lopes Dias – 1982Curso de Complemento de Formação em Enfermagem- Escola Superior de Enfermagem – Artur Ravarra em 2002; Curso de Pós- Licenciatura de Especialização em Enfermagem de Saúde Mental e Psiquiatria – Escola Superior de Enfermagem das Misericórdias em 2011.Percurso Profissional:Centro hospitalar Cova da Beira - de 1983 a 1987;Hospital S. Francisco Xavier - Lisboa - de 1987 a 1991De 1991 até à presente data - Hospital Garcia de OrtaExperiência Profissional – Hospital Garcia de Orta:Unidade de Cuidados Intensivos- 1991-1993; Serviço de Urgência Geral- 1993-2000; Servi-ço de Traumatologia-2000-2007; Serviço de Psiquiatria- Internamento de Agudos- 2007 até à presente data.

PEdro FrEitAsLicenciado em Medicina tendo feito a sua formação base em Medicina Interna nos Hospi-tais Civis de Lisboa. Tem o Curso-Diploma em Hipnose Clínica pelo London College of Clinical Hypnosis. Sexologista Clínico pelo The American Board of Sexology (ABS).Doutorado em Sexologia Clínica pela Maimonides University - The American Academy of Clinical Sexologists (AACS).Professor Associado da AACS (desde 2007).Membro do Advisory Board da AACS (desde Janeiro de 2007).Sócio-Fundador do ILASC – Instituto Luso-Americano de Sexologia Clínica.Orientador principal (Chairman) de 4 teses de Doutoramento em Sexologia Clínica (USA).Trabalhou no Hospital de Júlio de Matos - Consulta de Sexologia Clínica, até Maio de 2007. Mantém actividade clínica privada em Lisboa (Pelviclinic).Áreas de maior interesse na Sexologia Clínica: Perturbação de Identidade de Género (Tran-sexualidade) e Disfunções Sexuais.

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

rUi dUrVAlMédico Psiquiatra. Fez o internato de psiquiatria no Hospital Miguel Bombarda entre 1987 e 1993 Trabalhou nessa altura na equipa de Sintra e no Centro Integrado para Tratamento e Reabilitação em Ambulatório (CINTRA) dirigida pelo Dr. João Senfelt, e teve como tutor o saudoso Dr. Júlio Gonçalves.Entre 1993 e 2001 foi psiquiatra no Estabelecimento Prisional do Linhó, nos últimos anos também director clínico.De 1998 a 2004 foi adjunto do último Director Clínico eleito do HMB, Dr. Jacinto Nunes (1998-2003) desempenhando, entre outras, funções na direcção do serviço de urgência e como presidente da comissão de farmácia e terapêutica.Contribuiu sempre activamente para a formação dos internos, na tutoria de estágios e in-ternatos, na apresentação de aulas e lições. Mantém uma sessão quinzenal de supervisão clínica para internos desde 2003.Colabora com o curso de psicologia da UAL como Professor Auxiliar de Psicopatogia (Aulas práticas), desde 1999.Foi o último Director Clínico do HMB enquanto instituição autónoma (2003-2007). Coordenador do Hospital de Dia Eduardo Luis Cortesão e do ambulatório da equipa L do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, até 15 de Fevereiro de 2012 quando a sua equipa foi transferida para o Hospital Júlio de Matos.É o actual director da revista de psiquiatria do CHPL. Nunca abandonou a actividade clínica, nem mesmo quando foi director clínico, o que considera a sua principal vocação.É Ateu militante, fanático da dúvida e do rigor científico, fascinado pelas artes e pensa-mentos e culturas da espécie humana e acredita que cada ser humano é um universo, e no futuro.

soFiA BrissosMédica Psiquiatra. Assistente de Psiquiatria no Hospital Distrital de Santarém (2003-2006), onde exerceu funções de Co-Coordenadora do Gabinete de Psiquiatria Forense. Assistente Hospitalar de Psiquiatria do HJM desde 2006. Consultora Científica na Área da Psiquiatria na Janssen-Cilag Farmacêutica de 2004 a 2010, altura em que integrou o quadro como Medical Affairs Manager na área das Neurociências. É consultora de Psiquiatria para várias seguradoras, realizando perícias no âmbito de Direito de Trabalho; realiza perícias psiquiá-tricas para a ADSE, consultora externa do Sistema de Verificação de Incapacidades Perma-nentes do Instituto da Segurança Social, Lisboa. Tem participado em vários ensaios clínicos multicêntricos observacionais e interventivos na área das Perturbações Psicóticas. É docente livre da cadeira de Psiquiatria na Faculdade de Medicina (U.L.) e tem colaborado no Curso de Internato Médico do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa, e no Curso de Formação de Magistrados do Centro de Estudos Judiciários de Lisboa.Linhas e Projectos de Pesquisa:

1. Perturbação Afectiva Bipolar (stress oxidativo, neurocognição, estadiamento);2. Perturbações Psicóticas;3. Psiquiatria Forense

Mais de 20 artigos publicados em publicações internacionais de referência

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Livros e/ou Capítulos de Livros:1. Brissos S. A Lei de Saúde Mental e o internamento compulsivo, em Pedro Afonso

“: Para além dos mitos, descobrir a doença”. Editora Principia, Cascais, Março de 2010.

2. Risperdal® Consta® – 5 anos a mudar vidas: Experiência Clinica em Portugal. Janssen-Cilag Portugal, Abril 2010.

tErEsA mAiA CorrEiAChefe de Serviço de Psiquiatria; Coordenadora da Unidade Funcional de Psiquiatria de Ligação no Hospital Fernando Fon-seca de 1996 a 2000.; Directora do Serviço de Psiquiatria do Hospital Fernando Fonseca e Coordenadora da Uni-dade Funcional Comunitária de 2000 a 2005; Directora do Internato Médico do Hospital Fernando Fonseca de 2005 a 2010;.Directora Clínica do Hospital Fernando Fonseca de 2011 a 2012.; Directora do Serviço de Psiquiatria do Hospital Fernando Fonseca desde Janeiro de 2013.; Coordenadora da Unidade Funcional Comunitária do Serviço de Psiquiatria do Hospital Fer-nando Fonseca desde Janeiro de 2013 desenvolvendo actividade na área de articulação com os Cuidados de Saúde Primários, estruturas comunitárias e violência doméstica .Actividade docente:Assistente Convidada da Escola Nacional de Saúde Pública desde 2006, leccionado Saúde Mental no Mestrado de Saúde Mental, Curso de Medicina do Trabalho, Curso de Especiali-zação em Saúde Pública e no Seminário de Doutoramento em Saúde Pública.; Doutoranda da Escola Nacional de Saúde Pública com o projecto intitulado “Determinantes da Relação Mãe-bebé durante a gravidez”, a que foi atribuído Prémio do Programa de Apoio à Investi-gação da Fundação AstraZeneca.Formação psicoterapêutica:Formação em Terapia Familiar e Psicoterapias de Orientação analítica.

Resumo das Apresentações

& Posters

03-04 Maio de 2013

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

Sexta-Feira, 03 DE MaiomodElos intEGrAdos dE intErVEnção ComUnitÁriAmodelos integrados de intervenção ComunitáriaTeresa Maia Correia - Directora do Serviço de Psiquiatria do Hospital Fernando Fonseca

Depois de abordada a visão sistémica e os princípios da Psiquiatria Comunitária que fundamentam a organização do Serviço, é feita uma breve descrição do Serviço e da forma como as várias Unidades se articulam. Será também caracterizada a população servida pelo Hospital e a forma como, de acordo com estas características, o Serviço se tem organizado.Seguidamente é descrita a Unidade Funcional Comunitária, constituída actualmente por quatro equipas multidisciplinares e duas áreas de dia com objectivos na área da reabilitação, e as várias actividades desenvolvidas pelos vários profissionais.São ainda abordadas as várias parcerias que o Serviço tem desenvolvido com as várias estruturas da Comunidade em que se insere, e os vários projectos comuns em curso.

o Papel do Enfermeiro de saúde mental na ComunidadeJosé Souta – Enfermeiro no Hospital Garcia de Orta, Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental

A partir da segunda metade do século XX começámos a assistir a uma mudança de paradigma nos cuidados em saúde mental devido, em grande parte, a três factores distintos:

- Os progressos significativos da psicofarmacologia, com a descoberta de novas classes de drogas (neurolépticos e antidepressivos) e novas modalidades de inter-venção psicossocial;- O movimento internacional a favor dos direitos humanos ganhou força quando a Assembleia Geral das Nações Unidas adoptou a Declaração Universal dos Direitos Humanos;- Componentes sociais e mentais foram incorporados explicitamente na definição de saúde da O.M.S.

Hoje em dia, o foco de atenção converge cada vez mais para a integração dos cuidados na comunidade, prestados por profissionais de saúde, agrupados em equipas multi-disciplinares, empenhados na emancipação de pessoas com perturbações mentais e comportamentais.Os cuidados na comunidade podem ajudar a identificar recursos e parcerias válidas, que poderão contribuir para a melhoria da qualidade dos cuidados de saúde mental; através do diagnóstico e intervenção precoce, com a participação do doente e família,

Resumo das Apresentações

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

Continuaçãoatravés do envolvimento da comunidade local e a integração nos cuidados de saúde primários. Sustentado por estes princípios orientadores, o enfermeiro de saúde mental tem um papel de relevo nesta área de actuação, por assumir a responsabilidade e o compro-misso de ir ao encontro das necessidades de saúde da população; ao desenvolver com-petências no sentido de favorecer a reabilitação bio-psico-social da pessoa no seu am-biente, assim como o incorporar uma visão holística e contextual da pessoa/família, de modo a potencializar a adequação de respostas face à especificidade dos problemas.Para que esta prática continuada e globalizante contribua para o bem-estar da popula-ção e possa reflectir ganhos em saúde, é fundamental definirem-se estratégias conjun-tas que ajudem a estabelecer as medidas tidas como prioritárias pelos enfermeiros, de modo a ajudar os indivíduos a alcançarem o máximo potencial de saúde.

A Psicologia Clínica na ComunidadeLuisa Patrão - Coordenadora Da Unidade De Recursos Assistenciais Partilhados (URAP) do ACES Almada

Apresenta-se a intervenção da psicologia clínica no contexto dos cuidados de saúde primários tanto pelo seu atual lugar na organização do ACES Almada_Seixal como pela descrição dos seus recursos e metodologias de ação.Assim, situa-se a psicologia clínica enquanto parte integrante da URAP – Unidade de Recursos Assistenciais Partilhados - e a URAP como parte integrante do ACES, para que se entenda a importância da articulação interna e externa nas principais áreas de atuação psicológica nos cuidados de saúde primários, nomeadamente nas atividades de promoção da saúde, nas atividades clínicas e no âmbito de projetos/programas ao nível interno ou comunitário.Sendo a consulta de psicologia uma das atividades-chave da intervenção psicológica, onde se cruzam as solicitações das Unidades de Saúde (ou dos projetos a decorrer) com as solicitações da comunidade no sentido da prestação de cuidados aos nossos utentes, caracteriza-se a organização das consultas de psicologia do ACES bem como os critérios de referência para as mesmas, os seus principais procedimentos de refe-renciação, de retorno de informação, de registo estatístico e de articulação interna e externa.Exemplifica-se esta atividade de consulta com alguns dados quantitativos expressivos do trabalho do psicólogo clínico. Para terminar expressa-se a crença na importância da articulação interna e comunitá-ria para a qualidade e eficácia dos cuidados que empenhadamente prestamos.

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

doEnçAs AFECtiVAs: do diAGnóstiCo À tErAPÊUtiCAneurobiologia das doenças AfectivasRui Durval

O que é que a neurobiologia da depressão tem que ver com as pontes para a comuni-dade ?Nós os clínicos temos tendência para ver a neurobiologia como informação dispersa um pouco exotérica que só compreendemos pela vertente psicofarmacológica porque esta é a que nos é mais sensível e faz mais sentido clínico: são os remédios para os nossos doentes.De facto o crescimento de trabalhos publicados sobre este tema tem sido quase expo-nencial ficando a impressão que há muita informação mas pouca sistematização.Com introdução falarei do Riso dos Ratos e tentarei explicar porque é que sermos brin-calhões é um dos maiores contributos para a nossa saúde mental ou como a neuro-biologia da depressão está muito ligada à relação com os outros e com a comunida-de. Voltando atrás explicarei brevemente os trabalhos de uma longa carreira de Jaap Panksepp sobre a neurobiologia das emoções e afectos, descobridor do riso dos ratos e fundador da neurociência afectiva.Tentarei mostrar como podemos compreender as doenças afectivas com base nesta descrição sistemática dos circuitos neuronais das emoções (agora aproximada ao que já conhecíamos por exemplo nos sistemas perceptivos).No meio desta conversa mostrarei alguns quadros de resumo das evidências mais re-centes tentado que tanta informação dispersa tenha algum sentido para a prática clí-nica.

dificuldades de diagnóstico, implicações terapêuticas e iatrogeniaAntónio Gamito - Centro Hospitalar de Setúbal

Quando abordamos as doenças afectivas,do ponto de vista dos Cuidados de Saúde Primários,existe um ponto crucial que poderá ser visto como uma questão de saúde pública:o da distinção entre depressão unipolar e depressão bipolar.Explicitamos a fenomenologia da depressão bipolar e a sua evolução comparando-a com a depressão unipolar.Falamos do uso indiscriminado de antidepressivos salientando a sua iatrogenia e im-plicações na evolução e prognóstico da depressão bipolar bem como nas formas “soft” do espectro bipolar.Aspectos como a distinção entre reacção de ajustamento e depressão são também abordados.

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

A imPortÂnCiA dos CUidAdos dE sAÚdE PrimÁrios nA dEtEção dos sinAis PrECoCEs dA PsiCosESofia Brissos - Psiquiatra, Assistente Hospitalar do centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa; Medical Affairs Manager na Janssen Farmacêutica.

Earlier detection and treatment of psychosis is associated with improved health out-comes. While the role of specialist services to facilitate early diagnosis and treatment has been extensively described internationally, little data on their impact on general practice has been reported.General Practice has an important role in early detection of psychosis and accessing timely psychiatric evaluations of suspected psychosis. Increasing awareness among General Practitioners (GPs) and ensuring the early intervention model is responsive to primary care can support this role.But although GPs have a pivotal role in early detection and treatment of psychosis, there is sparse information on their views of early intervention services and how infor-mation related to early intervention should be delivered.Detecting early signs of psychosis requires training and the ability to communicate with patients, as well as a special sensitivity to psychiatric conditions. This can be achieved by enhancing accessibility and continuity of primary healthcare for these patients. Fur-thermore, a greater sensitivity to early signs of psychosis must be created among all healthcare personnel. The co-operation between primary healthcare and psychiatric care must increase. Pri-mary care physicians need opportunities to see patients over time in order to correctly interpret early signs and symptoms of psychiatric illness.

PAlEstrA: sEXUAlidAdE no doEntE PsiQUiÁtriCoPedro Freitas - Médico Sexologista Clínico

Nesta apresentação serão abordadas as alterações da sexualidade em 3 patologias psi-quiátricas: Depressão, Esquizofrenia e Doença Bipolar.depressão: Co-morbilidade com as alterações sexuais; causas de disfunção sexual em doentes deprimidos; Depressão e sexualidade; Como gerir o problema? Tipos de dis-funções sexuais induzidas por antidepressivos; SSRIs e disfunções sexuais; Novos an-tidepressivos e disfunções sexuais; Tratamento das disfunções sexuais induzidas por antidepressivos.Esquizofrenia: Definição; Esquizofrenia e funcionamento sexual; Mecanismos das al-terações da sexualidade na esquizofrenia; Antipsicóticos e alterações da sexualidade; Como gerir o problema; Tratamento das disfunções sexuais induzidas por antipsicóti-cos.doença Bipolar: Definição (Tipo I e II); Fase de mania e sexualidade; Disfunções sexuais e estabilizadores do humor; Tratamento das disfunções sexuais induzidas pelos estabi-lizadores do humor.

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

ProJECtos ComUnitÁrios Em CUrso no sErViço dE PsiQUiAtriA do HosPitAl GArCiA dE ortAProjecto de Apoio às famílias: Uma realidadeFernanda Neto, Ana Bela Cardoso, Catarina Cupertino, Aníbal Machado

Os autores apresentam a criação e a experiência do Grupo de apoio aos familiares de pessoas portadoras de Esquizofrenia. Este projecto teve inicio em 2009 sendo da responsabilidade de enfermeiros e um psicólogo que quinzenalmente convidam os familiares de utentes com Esquizofrenia a participar neste espaço promovendo um momento de entreajuda e partilha de emoções, preocupações, experiências e conhe-cimento. Este projeto tem como objectivo principal ajudar estes familiares a assumir a difícil tarefa de “cuidar” de um familiar doente e consequentemente reduzir a sobre-carga e stresse na relação familiar. A experiência destes 3 anos e a contínua e assídua presença dos familiares permitiu-nos perceber a pertinência e relevância deste traba-lho. Continuamos a acreditar na importância e eficácia deste grupo como uma estra-tégia complementar ao tratamento farmacológico e como uma ferramenta auxiliadora da redução do sentimento de solidão e sobrecarga e stresse familiar.

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1as Jornadas de Psiquiatria do Hospital Garcia de Orta

Sábado, 04 DE MAIOos síndromEs dEmEnCiAisdificuldades diagnósticasMartinho Pimenta – Neurologista Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa

Nesta comunicação aborda-se a dificuldade de diagnóstico das demências e das do-enças que conduzem a demência, cada vez mais presente no quotidiano do médico.A avaliação dos primeiros sintomas começa por levantar a questão de diferenciar o que pode ser interpretado como “variante da normalidade” e o que representa a fase inicial de uma demência.Os actuais critérios de diagnóstico são reconhecidamente insuficiente para o diagnós-tico precoce das demências. A sua falta de operacionalidade é uma das mais reconhe-cidas insuficiências que tem levado à procura e proposta de novos critérios.São insuficientes porque não consideram a demência mista, por exemplo a associação de demência vascular e de Alzheimer, ou qualquer destas associada à doença de Pa-rkinson, situações muito comuns.São insuficientes porque não consideram as diversas entidades nosológicas como en-tidades genética e fenotipicamente heterogéneas. Reconhecem-se hoje variantes da doença de Alzheimer, que os critérios tradicionais de diagnóstico não diferenciam.O rigor de diagnóstico passa a depender cada vez mais do uso de meios complemen-tares de diagnóstico de custo elevado. Diagnosticar as doenças que conduzem a de-mência ou demência em fase inicial, bem como situações demenciais menos comuns, requer um conjunto de exames complementares de diagnóstico mais fiáveis mas dis-pendiosos - marcadores biológicos, testes genéticos, imagiologia estrutural, metabó-lica e funcional.A elevada prevalência da demência obriga a racionalização dos recursos tecnológicos de elevado custo, que por razões económicas não pode ser extensiva a toda a popula-ção. A dificuldade do médico reside na gestão de uma boa prática clínica, consciente da defesa da qualidade assistencial e do equilíbrio orçamental das instituições de saúde.

intervenção em FamíliaManuel Gonçalves Pereira – Departamento de Saúde Mental, Faculdade de Ciências Médicas, Universidade Nova de Lisboa

As intervenções familiares na demência têm sido abordadas na literatura nacional e internacional, podendo parecer redundante revisitar o tema. Porém, a sua implemen-tação é ainda insuficiente.As necessidades das famílias são diferentes e a indicação para intervir deve ser ponde-rada com precisão. O trabalho clínico pode incidir estrategicamente no apoio emocio-nal, na transmissão de informação/competências para lidar com a doença, na resolu-ção de problemas ou em questões sistémicas.O modelo varia (do nível individual ao do conjunto familiar, podendo incluir aborda-gens grupais). A diferenciação clínica e técnica necessárias são igualmente variáveis,

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Continuação sendo desejável (ou por vezes imprescindível) treino psicoterapêutico. A supervisão e a colaboração em equipa multidisciplinar potenciam os resultados.Nesta apresentação, o autor discute casos de diferente complexidade clínica, ilustran-do graus de dificuldade técnica. A experiência das terapias familiares na área das psico-ses ou das dependências de substâncias pode informar vertentes específicas da inter-venção. É fulcral o trabalho da comunicação interpessoal, incluindo o doente sempre que possível. Por exemplo, devem ser consideradas as dificuldades de linguagem na demência, adaptando as intervenções aos conceitos de prática “centrada na pessoa” e de comunicação positiva.Bibliografia:

1. Gonçalves-Pereira M, Sampaio D. trabalho com famílias em psiquiatria geriátrica. Acta Médica Portuguesa, 2011; 24(S4): 819-826.

2. Gonçalves-Pereira M, Sampaio D. Psicoeducação familiar na demência. da clínica à saúde pública. Revista Portuguesa de Saúde Pública, 2011; 29: 3-10.

3. Gonçalves-Pereira M, Martín-Carrasco M, Sampaio S. Aspectos práticos da intervenção familiar na clínica psicogeriátrica. Mosaico (Revista de la Federación Española de Asocia-ciones de Terapia Familiar – com a colaboração da SPTF), 2011; 47: 14-22.

4. Gonçalves Pereira M. intervenciones sistémicas en psicogeriatría: Una cuestión (tambi-én) médica. Informaciones psiquiátricas 2012; 208(2):147-155.

A ComUnidAdE E A doEnçA mEntAl GrAVEmodelos de intervenção PrecoceManuel Costa Guerreiro - Diretor Clínico da Casa de Saúde de Carnaxide

A detecção precoce dos transtornos mentais aumentaria a probabilidade de interven-ção atempada, diminuindo positivamente o risco de uma evolução crónica ou de se-quelas residuais graves.De acordo com a OMS (2006), a prevenção e o tratamento adequados de certos trans-tornos mentais e comportamentais podem reduzir os índices de suicídio, sejam essas intervenções orientadas para indivíduos, famílias, escolas ou outros sectores da comu-nidade em geral.Actualmente, preconizam-se políticas de saúde mental que exijam a formação de pro-fissionais e que sejam financeiramente suficientes e sustentáveis, que visem oferecer assistência apropriada em todos os níveis de cuidados de saúde.A saúde mental é um valor em si mesmo: contribui para a saúde geral, individual e co-lectiva e o bem-estar e qualidade de vida contribuem para a sociedade e a economia, aumentando o melhor funcionamento social, produtividade e capital social.Os resultados da experiência mostram que não é suficiente tratar as doenças mentais, mas são necessárias políticas, estratégias e intervenções precoces. s provas que de-monstram a eficácia, efetividade e eficiência das intervenções de promoção e preven-ção são abundantes mas no entanto, a promoção da saúde mental não foi assumida, em geral, pelos serviços de saúde mental como uma tarefa de rotina.A promoção da saúde mental não é uma competência exclusiva dos serviços de saúde,

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Continuação mas é uma tarefa intersectorial e multidisciplinar que exige a participação das áreas daeducação, justiça, planeamento urbano, serviço social, trabalho e habitação. O con-junto de acções de promoção e prevenção devem ser realizadas com base nas neces-sidades identificadas, o que requer a identificação de populações-alvo e ambientes e tendo em conta as opiniões e experiências de prestadores de serviços, utilizadores, familiares, cuidadores, e elementos da sociedade civil.

PAlEstrA: A PsiQUiAtriA ForEnsE nA ComUnidAdEFernando Vieira - Médico psiquiatra, Director do Serviço de Clinica Forense da Delega-ção Sul do Instituto Nacional de Medicina Legal e Ciências Forenses, IP

Partindo da definição e do objecto da Psiquiatria Forense, o autor interroga-se sobre a possibilidade da existência de um Psiquiatria Forense de índole mais comunitária, quando o que a sociedade em geral, os media, e mesmo por ventura a esmagadora maioria dos clínicos, ainda pretendem (e exigem?) uma disciplina rígida e de natureza asilar. De seguida, abordam-se duas distintas mas paradigmáticas realidades, a saber, o internamento compulsivo previsto na Lei 36/98, e o internamento de inimputáveis julgados por Tribunal competente com perigosidade (ex vi art. 20º conjugado com o art. 91º, ambos do Código Penal), destacando o lado mais comunitário, de facto já existente, mas que muitas vezes é esquecido, essencialmente pelos próprios clínicos; a enfase é colocada na necessidade de uma rigorosa avaliação de risco de violência, sem a qual qualquer abordagem mais comunitária sempre estará à partida condenada ao fracasso. Por ultimo, o autor metaforicamente conclui, à semelhança de J. F. Kennedy, que mais do que perguntar o que é que a Psiquiatria Forense pode fazer pelos clínicos, deve ser inquirido, o que é que os clínicos podem fazer pela psiquiatria forense.

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1ProJECto tErAPEUtAs dE rEFErÊnCiAProª. Maria Luisa Figueira; Prof. Marco Paulino; Enfª Manuela Cordeiro; Enfº Celso Pa-sadas; A. S. Marta BejaCentro Hospitalar Lisboa Norte – Hospital Santa Maria, Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental

introdução: Projecto inovador, direccionado a pessoas com deficiência mental grave com necessidade de cuidados continuados assertivos.métodos: Três Terapeutas em full-time. Projecto construído com a pessoa doente e famí-lia. O trabalho de proximidade incluiu: visitas domiciliárias, intervenções psico-educativas individuais e familiares e intervenções comunitárias. Os indivíduos foram caracterizados nas dimensões (sócio-demográfica, clínica e ocupacional) e em diferentes momentos: zero, seis, doze e dezoito meses de projectoResultados: A avaliação do projecto mostrou: diminuição do consumo hospitalar; melho-ria da qualidade de vida; diminuição da sobrecarga familiar e melhoria da parceria com a comunidade. Conclusões: Os Terapeutas de Referência tornaram-se um importante mediador na moni-torização dos indivíduos com doença mental grave. O trabalho de proximidade permitiu a não descontinuidade da medicação e consequente recaída. O trabalho de parceria com a família permitiu a resolução de problemas em tempo real.

2dEsEnVolVimEnto dE ComPEtÊnCiAs sóCio-EmoCionAis: intErVEnção PsiCotErAPÊUtiCA Em GrUPo no ContEXto dAsAÚdE mEntAlAna Maria Sancho; Carla Marinho; Maria CerqueiraCentro Hospitalar Psiquiatrico de Lisboa, Serviço de Psicologia Clínica e Psicoterapias

Esta apresentação descreve e reflecte sobre a intervenção psicoterapêutica em grupo no âmbito das competências sócio-emocionais em utentes do Serviço de Psicologia Clínica e Psicoterapias do Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa. Este método terapêutico tem sido utilizado para aumentar a capacidade de comunicação interpessoal, promover a quali-dade de vida e intervir na prevenção do desenvolvimento da doença mental.A intervenção decorreu de 2010 a 2012, incidiu sobre 4 grupos com cerca de 8-12 sujeitos cada – grupos fechados, 16 sessões semanais e uma de follow-up. A avaliação seguiu uma metodologia de pré e pós teste, foram avaliadas as variáveis assertividade, ansiedade em situações de interacção social, auto-estima, sintomatologia geral, indicadores de bem-estar geral, identificadas por diversos autores como componentes importantes na promoção de competências sócio-emocionais.No âmbito dos objectivos propostos verifica-se mudança positiva ao nível da comunicação

Posters

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interpessoal, desenvolvimento de comportamentos assertivos, capacidade de resolução de problemas, mudança ao nível das cognições, manutenção e generalização das aquisições.Destacam-se as seguintes conclusões: apura-se mudança significativa ao nível de todos os objectivos propostos e constata-se uma melhoria ao nível da sintomatologia geral e da an-siedade em situações de interacção social.

3tErAPiA dE rElAXAmEnto: UmA intErVEnção Em sAÚdE mEntAl E PsiQUiAtriAAna Margarida Varandas Santo. Carla Alexandra Calisto MatiasEquipa de Tratamento de Caldas da Rainha da Administração de Lisboa e Vale do Tejo

introdução: Os indivíduos experienciam situações de stress diariamente, facto que poderá estar associado ao desenvolvimento de diversas patologias. Neste contexto, as terapias de relaxamento constituem métodos eficazes para reduzir a tensão física, mental e emocional.métodos: Existem diversas técnicas de relaxamento cuja eficácia se encontra comprova-da, de entre as quais se destaca a respiração abdominal, as imagens mentais, o treino de relaxamento progressivo e o treino de relaxamento autogénico. Estas técnicas têm três objetivos fundamentais: prevenir os órgãos do desgaste desnecessário; auxiliar no alívio de stress em diversas patologias; fornecer competências para lidar com o stress, permitindo que o pensamento se torne mais claro e eficaz.resultados: Os benefícios da prática de relaxamento são descritos em inúmeros estudos nas mais diversas áreas de cuidados de saúde (hipertensão, insónia, asma, deficiência imunológica e perturbações de pânico). No entanto, estas terapias nunca devem ser vistas como substituição de um tratamento médico, mas sim utilizadas em complementaridade, podendo ser associadas a tratamentos como a farmacoterapia e a psicoterapia.Conclusão: A incorporação na prática de cuidados das terapias de relaxamento produzem ganhos em saúde mental, contribuindo para a redução do stress, da tensão arterial e mus-cular e da frequência cardíaca e respiratória.

4“PontEs dE sAÚdE mEntAl” – o imPACto dE UmA intErVEnção Em GrUPo nA sAÚdE mEntAl, sEntido intErno dE CoErÊnCiAE AdEsãos Aos trAtAmEntos do doEntE dEPrEssiVoAna Margarida Varandas SantoEquipa de Tratamento de Caldas da Rainha da Administração de Lisboa e Vale do Tejo

introdução: De acordo com a Organização Mundial de Saúde (2002) a depres-são afeta cerca de 20% da população portuguesa pelo que actualmente tem sido dedicada atenção especial aos benefícios da terapia de grupo como meio de en-corajar as pessoas com depressão a partilhar os seus problemas com os outros. materias e métodos: Este estudo pretende através de uma metodologia de investigação-acção perceber o impacto de uma intervenção em grupo na adesão aos tratamentos, sen-tido interno de coerência e saúde mental do doente depressivo e simultaneamente iden-tificar quais as intervenções consideradas pelos participantes como mais benéficas e quais

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as alterações necessárias ao modelo de intervenção existente (abordagem qualitativa). O modelo de intervenção em grupo denominou-se “Pontes de Saúde Mental” e decorreu durante 2 meses. A amostra foi constituída pelos 6 participantes no grupo.resultados/Conclusão: Concluiu-se que a intervenção em grupo aumentou o nível de saú-de mental, sentido interno de coerência e adesão aos tratamentos dos participantes da intervenção. No que se refere às intervenções consideradas como mais benéficas por parte dos participantes do grupo destacaram-se as relacionadas com trabalhar o relacionamento interpessoal e a socialização, promover a redução do estigma e gestão do stress. Como al-terações ao modelo existente surgiu a importância de aumentar o número de sessões e foi reforçada a necessidade de explorar o que os participantes sentem pela ausência de outros membros do grupo.

5FoliE À trois: A ProPósito dE Um CAso ClíniCoYaroslava ShcheglovaUSF do Castelo

Folie à deux é um transtorno delirante induzido, cuja apresentação clínica é a transmissão de sintomas psicóticos de um indivíduo doente para uma ou mais pessoas (folie à trois, etc). resumo do caso: Trata-se de uma família – mãe de 39 anos, filha de 15 anos e avó materna de 72 anos, sem história psiquiátrica prévia, que desenvolveram um quadro delirante, com ideias comuns de perseguição, episódios de agressão verbal e física, o que resultou em internamento psiquiátrico das três doentes, de forma separada.Durante o internamento ficou claro que a mãe era portadora de esquizofrenia paranoide, apresentando delírios persistentes e sintomas negativos.No caso da filha, foi observado o gradual desaparecimento de ideias delirantes, presença de traços histriónicos do comportamento e baixo nível de conhecimentos, sem existência de atraso mental. As ideias delirantes da avó também desapareceram, foi confirmado um ligeiro défice cognitivo.Conclusão: O caso ilustra a folie à trois, com a transmissão de ideias delirantes da indutora para duas pessoas familiares, vulneráveis atendendo às idades (uma adolescente e outra idosa), por certos traços da personalidade e pelo défice cognitivo.

6A intErVEnção Bio-PsiCo-soCiAl nA dinÂmiCA GrUPAl dAUnidAdE dE intErnAmEnto dE PEdoPsiQUiAtriA (HdE-CHlC)Enfermeiras na Unidade de Internamento de Pedopsiquiatria do HDE-CHLC: Catarina Alves & Beatriz PiresHospital Dona Estefânia (HDE) – Centro Hospitalar de Lisboa Central (CHLC)

A intervenção bio-psico-social, procura de um modo geral, contextualizar o indivíduo tendo em conta o seu aporte biológico (influências genéticas, agentes patogénicos, ambiente físi-co, nutrição e doenças pré-existentes) com o seu envolvimento cultural e ideológico (cren-ças), hierarquia social, condições de vida, recursos e hábitos familiares. Sem dúvida alguma,que “a qualidade da relação que o doente estabelece com os prestadores de cuidados é o melhor preditor de uma evolução positiva” (Matos, 2012).

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O grupo terapêutico assume uma função primordial na construção da identidade e autono-mia dos jovens. Constitui um espaço de diálogo e apoio acerca dos problemas vivenciados na família, na escola e no dia-a-dia na comunidade. Fomenta o prazer de ser reconhecido e aceite pelo outro (Vayer, 1980). Nele é fundamental cultivar o amor-próprio para puder-mos relacionarmos com o outro e contextualizar o significado de uma eventual violência dirigida.Bibliografia: Costa, J. (2011). Adoles Ser: Psicomotricidade Relacional em jovens com alterações do comportamento. 1ª edição. Trilhos Editora, Lisboa. matos, A. (2012). Saúde Mental – Obras de António Coimbra de Matos. Climepsi Editores, Lisboa. Vayer, P. (1980). O diálogo corporal. Lisboa: Instituto Piaget.

7rAstrEio do déFiCE CoGnitiVo Em doEntEs PsiQUiÁtriCosnA inVolUção Com QUEiXAs dE mEmóriAM O Vieira1, C R Vieira1, L Ganança1, L C Pestana1, J Teixeira2

1 - Centro Hospitalar Lisboa Norte – Hospital de Santa Maria; 2 - Centro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa

introdução: Embora seja comum os doentes psiquiátricos apresentarem queixas de me-mória, habitualmente fica por demonstrar a existência de défice cognitivo objectivável. O objectivo deste estudo foi rastrear a existência de défice cognitivo em doentes com segui-mento por perturbações ansiosas ou depressivas, com queixas de memória.materiais e métodos: Seleccionaram-se aleatoriamente doentes da consulta de psiquiatria do Hospital de Santa Maria, com idade igual ou superior a 50 anos, com diagnóstico de per-turbações ansiosas ou depressivas em remissão e com queixas de memória. Esses doentes realizaram avaliação clínica e uma bateria de testes e escalas neuropsicológicas: Hachinski, GDS, MMSE, CDR, CDT, SKT, WAIS, figura complexa de Rey e os mais recentes ao MoCA. No caso de haver demência foram submetidos a TAC CE.resultados: A amostra incluiu 98 doentes, 75 do sexo feminino e 23 do sexo masculino, com uma idade média de 70 anos. Os diagnósticos psiquiátricos de 79% dos doentes eram perturbações afectivas.Após completar a avaliação clínica e neuropsicológica, apurou-se por consenso que 22% dos doentes não apresentava defeito cognitivo, 54% apresentavam défice cognitivo ligeiro e 24% apresentavam demência (18% demência ligeira, 5% demência moderada e 1% de-mência grave). Conclusão: As queixas subjectivas de memória em doentes com patologia afectiva e idade superior a 50 anos, não devem ser subestimadas, sendo importante o rastreio de defeito cognitivo.

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8ComUniCAr´tE – ComUniCAr AtrAVés dA ArtE nUmA tErAPiA dE GrUPoCarla Alexandra Calisto Matias/ Mónica Sofia Cabaceira Cirne Grais/ Nuno José Pires Borda de Água/ Dora Sofia Abreu Mendes/ Ana Catarina Ferreira Rodrigues.Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental e Museu do Hospital e das Caldas do Centro Hospitalar do Oeste – Caldas da Rainha

introdução: Através da criação de arte e reflexão sobre os processos e trabalhos artísticos, as pessoas podem ampliar o auto e heteroconhecimento e desenvolver recursos físicos, cognitivos e emocionais.materiais e métodos: O ComunicAr’te consistiu numa intervenção de grupo semanal utili-zando mediadores artísticos com o objetivo de promover a saúde mental, o bem-estar e a expressão emocional da pessoa com perturbação mental, realizado numa parceria entre o Serviço de Psiquiatria e Saúde Mental (SPSM) e o Museu do Hospital e das Caldas do Centro Hospitalar do Oeste (CHO).A amostra foi selecionada por conveniência. Foram aplicadas três escalas: Escala de Ex-pressão Emocional, Escala de Medida de Manifestação de Bem-Estar e Inventário de Saúde Mental.A equipa de terapeutas transdisciplinar foi constituída por: 2 enfermeiros especialistas em saúde mental, 1 psicóloga e terapeuta familiar, 1 técnica de conservação e restauro e 1 an-tropóloga. Frequentemente foram realizadas supervisões clínicas, com a equipa do SPSM do CHOs.resultados: Obteve-se melhorias estatisticamente significativas ao nível da saúde mental: ansiedade, depressão e laços emocionais; e ao nível do bem-estar: envolvimento social.Conclusões: Os terapeutas, por realizarem todas as atividades com os utentes, reconhe-ceram as suas dificuldades, o que se considera ter contribuído para uma melhoria da ca-pacidade de empatia.iva e idade superior a 50 anos, não devem ser subestimadas, sendo importante o rastreio de defeito cognitivo.

9A diFiCUldAdE diAGnóstiCA E tErAPÊUtiCA QUAndo EXistE PErtUrBAção dA PErsonAlidAdEAna Luísa Guiomar e Vanda EstríbioUSF Servir Saúde

Doente de 51 anos, sexo feminino, casada, com diagnósticos de fibromialgia e diversos episódios depressivos desde jovem. Tem história familiar complexa: a mãe saiu de casa quando era criança, tem relação conjugal e com o filho conflituosas. Refere desde sempre conflitos laborais. Relaciona estes aspectos com episódios depressivos que tem tido. Tem referido também desde jovem múltiplas queixas principalmente álgicas e sintomas com componente psicossomático. Identifica-se uma personalidade cluster BNos últimos anos a situação piorou, há 3 anos que não mantém actividade laboral. Não consegue suportar qualquer tipo de ruído, sente ainda que ”a temperatura da cabeça sobe muito” sic e descreve múltiplas queixas álgicas.

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Todos os sintomas são apresentados de forma marcadamente histeromorfa. Já foi observa-da e investigada exaustivamente em ORL e neurologia não tendo sido encontrado diagnós-tico. Neste momento faz medicação que tem sido constantemente alterada e aumentada nas consultas em que é assistida. Encontra-se a fazer Cymbalta®, Fluoxetina, Mutabom-D®, Victan®, Tridural®, Lyrica®, Flexiban®, Metamizol.A expressão ansiosa somática desta doente, com evidente patoplastia de factores de perso-nalidade do cluster B, dificulta a suspensão da marcha diagnóstica e da escalada terapêuti-ca, que seriam essenciais, entre outras medidas, para a melhoria do quadro clínico.

10JoGo PAtolóGiCo: A ProPósito dE Um CAso ClíniCoCatarina Peixoto de Freitas, Sandra QueirósCentro Hospitalar Tâmega e Sousa

Jogo patológico é definido como o fracasso progressivo e crónico de resistir ao impulso de jogar, convertendo-se em conduta desadaptativa que danifica os objetivos profissionais, familiares e vocacionais (APA, 2000). É classificado como um transtorno do controlo dos impulsos no DSM-IV-TR e no ICD-10. A prevalência estimada de jogadores patológicos é de 1-2% na população geral, valor em crescendo, devido em grande parte à maior facilidade de acesso ao jogo (nomeadamente através da internet).Neste caso clínico, os autores propõem-se a realizar uma revisão teórica acerca do tema, apresentando o caso de uma doente, a quem se diagnosticou jogo patológico, e se instituiu tratamento com topiramato, acompanhamento psicológico individualizado do tipo cogniti-vo-comportamental e terapia de grupo. Pretende ser um guia para médicos dos cuidados de saúde primários realizarem o diagnóstico e referenciação atempados para consulta de Psiquiatria, o que permitirá um prognóstico mais favorável para doentes com esta patolo-gia, que tão elevado impacto social e económico acarreta.

11EmoçõEs/AFEtos E HUmor – APliCAção soAriAnCarlos Monteiro, Manuel Bidarra, Pedro FlóridoServiço de Internamento de Psiquiatria do Hospital Fernando Fonseca, EPE

Hoje é reconhecida a importância das emoções na saúde mental da pessoa, pela sua gran-de repercussão a nível de funções mentais nomeadamente a percepção, o pensamento, memória, a atenção, a capacidade de concentração e a consciência crítica. Os internamentos frequentemente causam emoções fortes e ansiedade, podendo induzir insegurança, medo e pânico, resultando em tomadas de decisão desajustadas, criando in-teracções conflituosas.Devemos, pois, ajudar os utentes a desenvolver competências, de forma a conseguirem mobilizar a energia das suas emoções numa vertente motivadora positiva e melhor gerir os seus pensamentos, emoções, humor e consequentemente, os seus comportamentos.Para um registo fiel, científico e consensual, a aplicação Soarian, em vigor no serviço de internamento de Psiquiatria do Hospital Fernando Fonseca, EPE, surge como uma ferra-menta importante para o registo claro e objectivo do estado mental, emocional e humor dos utentes internados.

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Cientes destas vantagens, entendemos que deve existir uma divulgação das capacidades desta plataforma informática.Realizou-se um estudo exploratório-descritivo, que enalteceu o papel facilitador da aplica-ção Soarian no registo dos cuidados de Enfermagem de Saúde Mental, posterior consulta e sua avaliação. Os resultados comprovaram igualmente uma melhoria significativa no esta-do emocional e humor dos utentes durante o internamento.

12o PrAZEr morA AQUi? AnEdoniA FísiCA, inVEstimEnto CorPorAl E AnsiEdAdE, dEPrEssão E strEss Em EstUdAntEs dE rEABilitAção PsiComotorAInês Oliveira, Rui Martins, Diane GoodingHospital Garcia de Orta, E.P.E

A insensibilidade ao prazer, denominada anedonia, é reconhecida como um sintoma psico-patológico de perturbações psicóticas e do humor, sendo também considerada enquanto traço caracteriológico que vulnerabiliza os indivíduos ao desenvolvimento de psicopatolo-gia. A anedonia física, vivenciada ao nível da sensorialidade, relaciona-se, de forma direta, com as vivências e o investimento ao nível do corpo. Tais aspetos são cruciais na formação dos estudantes de reabilitação psicomotora, pelo que estes têm acesso a experiências par-ticulares neste âmbito. Neste estudo quantitativo, responderam a questionários de auto-preenchimento, 133 estudantes de reabilitação psicomotora. Foram estudadas as relações entre anedonia física, investimento corporal e níveis de ansiedade, depressão e stress. Os resultados mostram que a correlação mais significativa é negativa e verifica-se entre a ane-donia física e o investimento corporal. Os dados demonstram ainda que níveis de anedonia mais elevados estão associados a níveis de depressão superiores e que maiores níveis de investimento corporal estão associados aos anos mais avançados do curso e a menores níveis de ansiedade.

13AssoCiAção EntrE diABEtEs E dEmÊnCiAPatrícia Pedro, Joana Teixeira, Ana Margarida BaptistaCentro Hospitalar Psiquiátrico de Lisboa

introdução: Com a melhoria das estratégias de prevenção e tratamento da Diabetes tipo II, os doentes vivem cada vez mais tempo, podendo ocorrer o surgimento de novas com-plicações como Défice Cognitivo ou Demência. Aliás, o risco de Demência em pessoas com Diabetes tipo II, é cerca de 1.5 a 2.5 de vezes maior do que na população geral.materiais e métodos: Os artigos seleccionados para a revisão, foram identificados através de pesquisas em inglês e português nos motores de busca electrónicos Pubmed, HighWire e SpringerLink, combinando os termos “diabetes”, “dementia” e “cognitive impairment” com data de publicação entre Janeiro de 1950 e Janeiro de 2013.resultados e Conclusões: Para a etiologia da associação entre Diabetes e Demência, pode-rão estar implicados factores como hiperglicemia, hipoglicémia, hiperinsulinémia, media-dores inflamatórios, factores reológicos, desregulação do eixo hipotálamo-hipófise-supra-renal, entre outros.

Informações

03-04 Maio de 2013

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local da reuniãoHotel Meliã CapuchosLargo Aldeia dos Capuchos,2825-017 Caparica

Secretariado Permanente Dia 03 de Maio de 2013 – das 08h00 às 19h00Dia 04 de Maio de 2013 – das 08h30 às 13h30Margarida Santos / Teresa Soller MTP2 Eventos, LdaTelf: + 351 217 583 325 / Fax: + 351 217 583 324

oradoresAs Apresentações devem ser entregues no “Data desk (dentro da sala)” até 30 minutos antes da respectiva sessão. Para as sessões com início às 9:00 horas, reco-menda-se a entrega na véspera.Os oradores deverão estar na sala 10 mi-nutos antes do início de cada sessão.

Cartões de IdentificaçãoÉ obrigatório o uso do cartão de identifi-cação no recinto da Reunião e para entra-da no Almoço.

Inscrições de última horaA reunião tem um limite máximo de Inscri-tos.É possível fazer a inscrição no local desde que não tenha sido atingido o limite de inscrições, mas estas terão um acréscimo de 15,00 €

Médicos ............................................ 80,00 €Técnicos Superiores ...................... 40,00 € (Enfermeiros, Psicólogos, Terapeutas e Serviço Social)Estudantes ………………………….….... 30,00 €

A inscrição no Congresso inclui: Partici-pação no programa científico; Visita à ex-posição técnica; Pasta e documentação; Almoço de trabalho e coffee-breaks.

PostersOs autores disporão de uma área de 120 cm (vertical) x 90 cm (horizontal) para afi-xar os seus posters, na Sala Porto (exposi-ção Técnica), no piso da Reunião, em pai-nel apropriado. Todos os posters estarão presentes durante sexta-feira e sábado. Os posters deverão ser afixados na sexta-feira, dia 03 de Maio, entre as 09:00 e as 10:45 e retirados no sábado, dia 04 de Maio a partir das 11:30.Um dos autores deverá permanecer junto ao poster durante o período de discussão, que decorrerá durante as pausas para café.

exposição técnica Horário:Dia 03 de Maio das 09h00 às 18h00Dia 04 de Maio das 09h00 às 13h00

Certificados/recibosO Certificado das Jornadas será entregue no Check-in.As inscrições individuais só podem ter re-cibo emitido em nome do próprio ou da entidade patronal respectiva.Os recibos serão enviados por correio electrónico até 1 mês após a realização das Jornadas.

Informações de Carácter Geral

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Mapa de Exposição Técnica

1. laboratórios Alter2. AstraZeneca3. lilly4. AtralCipan5. Bial6. grünenthal7. tecnifar farmacêutica8. lundbeck9. Servier10. janssen-Cilag11. tolife12. Pfizer

• Lusodidacta (Editora)• Associação Raríssimas

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