1 - Tagmar - Livro de Introducao a Ambientacao 2.2

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    Introduo AmbieIntroduo AmbieIntroduo AmbieIntroduo Ambientaontaontaontao

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    Crditos & LicenciamentoCrditos & LicenciamentoCrditos & LicenciamentoCrditos & Licenciamento

    AutoresAutoresAutoresAutores

    Marcelo Rodrigues, Ygor Moraes Esteves da Silva, Julio Augusto Cezar Junior, Leonardo Nahoum Pache de Faria,Nelson Rodrigues, Luigi de Menezes Piccolo

    CapaCapaCapaCapa

    Srgio Artigas (ilustrao), Geliard Roberto Barbosa (design & layout)

    IlustraesIlustraesIlustraesIlustraes InternasInternasInternasInternas

    Eliane Bettocchi Godinho, Ygor Moraes Esteves da Silva, Thais Quintela de Linhares, Domnico Niemeyer Gay

    CoordenaoCoordenaoCoordenaoCoordenao

    Marcelo Rodrigues

    PublicaoPublicaoPublicaoPublicao

    Publicado pelo Projeto Tagmar 2 em 7/7/2007 e disponvel para download gratuito em www.tagmar2.com.br

    VersoVersoVersoVerso

    2.2

    LicenciamentoLicenciamentoLicenciamentoLicenciamento

    Esta material foi adaptada do livro Tagmar RPG de Aventura Medieval 1991 de autoria de MarceloRodrigues, Ygor Moraes Esteves da Silva, Julio Augusto Cezar Junior e Leonardo Nahoum Pache de Faria; e estlicenciada de acordo as seguintes condies: Atribuio-Uso No-Comercial-Compatilhamento pela mesmalicena 2.O Brasil

    Voc pode:

    Copiar, distribuir, exibir e executar a obra.

    Criar obras derivadas.

    Sob as seguintes condies:

    Atribuio. Voc deve dar crdito ao autor original.

    Uso No-Comercial. Voc no pode utilizar esta obra com finalidadescomerciais.

    Compartilhamento pela mesma Licena. Se voc alterar, transformar, oucriar outra obra com base nesta, voc somente poder distribuir a obraresultante sob uma licena idntica a esta.

    Para cada novo uso ou distribuio, voc deve deixar claro para outros os termos da licena desta obra.

    Qualquer uma destas condies podem ser renunciadas, desde que Voc obtenha permisso do autor.

    Este licenciamento segue um padro obra aberta e est registrado pela seguinte licena da Creative Commons :http://creativecommons.org/licenses/by-nc-sa/2.O /br/ com validade legal no Brasil e por muitos outros pases.

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    NDICE

    1 INTRODUO ............................................................................................................................. 52 HISTRIA .................................................................................................................................6

    2.1 Primeiro Ciclo, ou O Tempo das Nvoas............................................................................... 62.2 Segundo Ciclo, ou "O Tempo dos Filhos" ................................................................................ 62.3 Terceiro Ciclo, ou "Tempo das Mentiras Infernais ................................................................... 9

    2.4

    Extratos do "Livro de Maudi................................................................................................ 93 OLHOS SOBRE TAGMAR ................................................................................................................ 13

    3.1 O Mundo Conhecido ......................................................................................................... 13Os Reinos Livres....................................................................................................................... 133.2 As Fronteiras................................................................................................................... 183.3 Ascenses e Quedas......................................................................................................... 193.4 Linha do Tempo............................................................................................................... 25

    4 OS DEUSES DE TAGMAR ............................................................................................................... 275 AS LNGUAS ............................................................................................................................ 286 OMAPA PRINCIPAL..................................................................................................................... 307 CONSIDERAES FINAIS............................................................................................................... 307 CONSIDERAES FINAIS............................................................................................................... 31

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    1111 IntroduoIntroduoIntroduoIntroduoO texto que se segue tem como objetivo servir de"primeira porta", ser como um arauto para voc,leitor, nessa viagem por um mundo novo ediferente, um universo que ir respeitar leisdiferentes das que voc conhece em seu mundoreal. Por isso, leia as prximas pginas com

    ateno, e saiba desde j que isso no ser tudo:Tagmar nunca poderia ser descrito em poucaspginas, nem mesmo em milhares de milhes.Porque esse novo mundo feito de imaginao,nem mais, nem menos real do que qualquer coisaque voc conhea. Apenas mais poderoso, maiseterno... Como so os mitos da mente.

    Tagmar (pronuncia-se Tgmar) o nome com quefoi batizado o mundo terreno criado pelos Deusesno Primeiro Ciclo (ver seo mais frente). Dotadode atmosfera, vida animal e vegetal semelhantes sda Terra, Tagmar tambm gira em torno de um solamarelo, e possui, como o nosso planeta, mais

    gua do que terra firme em sua superfcie. Emboradotado de muitos continentes e pores de terra,neste livro trataremos apenas da parte oriental deum nico continente, que por seus habitantes

    considerado como "O Mundo Conhecido", ousimplesmente "O Mundo".

    Tagmar uma terra que conhece a magia, nocomo a fantasia ficcional e mstica que conhecemosem nosso mundo, mas como realidade nua e crua,que pode vir como ameaa dos dedos flamejantesde um viajante desconhecido, bem como dasentranhas de monstros inexplicveis, ou como umaluz curativa, uma fora construtora e aliada nospercalos que surgiro sempre nessa terraselvagem. Pessoas podem, subitamente, morrerenvolvidas por relmpagos surgidos de um meroestalar de dedos, ou voltar da morte, comomilagres recontados. Em Tagmar assim: a magiaexiste. Os Deuses tambm. Aqui vive omaravilhoso, e tambm o terrvel.

    Portanto, sempre aconselhvel o uso de cautela.Este um mundo de aventuras, sim; masigualmente de mortes horrveis, do inexplicvel, dobanal, da exceo. Viver entre o sonho e opesadelo. Viver, leitor, em Tagmar.

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    2222 HistriaHistriaHistriaHistria

    2.12.12.12.1 Primeiro Ciclo, ou O TempoPrimeiro Ciclo, ou O TempoPrimeiro Ciclo, ou O TempoPrimeiro Ciclo, ou O Tempo

    das Nvoasdas Nvoasdas Nvoasdas Nvoas

    A criao de Tagmar, e mesmo de sua dimenso,se deu no perodo conhecido como Primeiro Ciclo(nome proposto por magos e estudiosos de Portis),muitos milhares de anos antes da Grande Falha ede qualquer memria viva, mesmo lfica. Nessapoca longnqua, onde as coisas mais simples,como o ar, as rochas e o espao ainda noexistiam, havia apenas Deuses, Deuses e Demnios- criaturas eternas, poderosas, semelhantes sentidades mgicas que dominaram a imaginaodos homens na Terra antiga, no Olimpo, no Egito,nos reinos dos mitos da religio. Nesse nosso novouniverso, porm, eles existem - os mitos - e so osresponsveis pela criao de Tagmar e todos osseres vivos (ou no... ) que percorrem suasperigosas paragens.

    No entanto, h mistrios sobre tal criao. Tempossem fim se passaram, desde os acontecimentos quederam forma a rochas, elfos e anes, e mesmo asculturas mais antigas de Tagmar perderam (esse,ao menos, o pensamento corrente), a histriaverdadeira da Criao. Por isso, o Primeiro Ciclo conhecido tambm como "O Tempo das Nvoas, otempo de que nada se sabe, e do qual melhor nofalar.

    O conhecimento, porm, no se perdeu. E a histria

    do verdadeiro nascimento de Tagmar ainda persistena mente de alguns sbios. Muito poucos, comopoderemos ver mais tarde, numa histria quereproduziremos aqui, pertencente ao perodoposterior, conhecido como...

    2.22.22.22.2 Segundo Ciclo, ou "O TempoSegundo Ciclo, ou "O TempoSegundo Ciclo, ou "O TempoSegundo Ciclo, ou "O Tempo

    dos Filhos"dos Filhos"dos Filhos"dos Filhos"Esse o perodo que compreende toda a histria deTagmar, desde a criao dos "Filhos", isto , dosanes, elfos, humanos e pequeninos, at o advento

    da Grande Falha e a Revelao dos Deuses. Amagia, nessa poca, era muito intensa econcentrada nas mos de poucos magos esacerdotes de grande poder. Durante todos osmilnios que formaram essa fase, as criaturaspensantes de Tagmar no tiveram prova alguma daexistncia dos Deuses, seus criadores, dos quaissabiam apenas atravs de histrias com comeosperdidos. Este foi um perodo de testes, onde osDeuses se mantinham afastados de seus filhosterrestres para esperar o florescimento daverdadeira f, a que no precisa de provas para seinstalar no corao ( muito fcil acreditar emDeuses quando Eles aparecem na sua frentesoltando cobras e relmpagos, no?).

    Nem tudo, porm, saiu como os Criadoresesperavam. Com o seu afastamento do planomaterial, a magia era um item raro em Tagmar;como j foi dito acima, raro em diversidade deusurios, mas abundante em quantidade, empoder. Guerras sangraram nesses tempos,movendo vagalhes lficos, turbas de anes e

    gente humana em confrontos que envolviammagias de inimaginvel poder, nunca maisalcanadas depois do Segundo Ciclo, por nenhummortal. Fiis, adoradores do Verdadeiro Panteo,combatiam descrentes, que reuniam desde ateusat adoradores de falsos Deuses (falsos mesmo!),em bals sangrentos que duraram mais do que osescritos remanescentes da poca permitiram traar.

    So produtos dessas batalhas alguns dos recantose runas mais impressionantes (e mortais) de todoo Mundo Conhecido:

    O Domo de Arminus: Grande abbada negra, deprovvel origem mgica, constituda de materialdesconhecido em Tagmar e resistente at smaiores concentraes de energia. --- Essemonumento de foras perdidas, com um dimetroque excede os quatrocentos metros, encontra-senas plancies a leste da Cadeia Ergoniana, numaregio pretensamente ocupada pela Geleira. Atemperatura num raio de 15 km do Domo muitosgraus superiores ao normal da regio, propiciandouma grande diversidade de espcimes animal evegetal onde s deveria haver desertos de gelo.Algumas pessoas referem-se regio como sendo"O Osis de Arminus", por motivos mais do quebvios.

    O Domo est situado, mais especificamente, nasproximidades da cidade Telas (na verdade poucomais que uma aldeia, contando com quaseduzentos habitantes, entre elfos, humanos epequeninos). Telas se destaca por ser uma cidadede magos e se supe ser a regio adequada aosestudos arcanos aos quais se dedicam.

    Diz-se pelas estradas que o Domo freqentado,em sua maioria, por velhos magos e sacerdotes,que levariam ao lugar seus pupilos, a fim deoferecer-lhes lies de humildade. O verdadeiropropsito da estrutura, contudo, desconhecidopelos Filhos. Correm, verdade, alguns boatos: os

    elfos dourados das Florestas de mien, porexemplo, parecem acreditar numa lenda que dizhaver ali, sob a estrutura negra, uma grande naulfica, majestosa e to antiga quanto a Criao, queteria o poder de reunir todos os elfos um diaviventes em uma grande viagem at a Terra dePalier, deus e criador de todos os elfos de Tagmar,no que seria o ltimo dia de uma existnciagloriosa. claro que tudo, provavelmente, nopassa de mito (embora, como j foi dito, nossarelao com os mitos aqui em Tagmar, seja umpouco diferente...), uma histria nascida noSegundo Ciclo tornada imortal por milhares de

    repeties. A explicao mais comum (e a maiscautelosa), porm, a de que o Domo de Arminussera na verdade, um tmulo, um enorme mausoluonde repousa um mago ou ser poderoso existente

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    antes da Grande Falha. por isso que todas astentativas de destruio do Domo, quer por magosinexperientes, quer por aventureiros desejosos deouro, so mal vistas por todos no MundoConhecido. Obviamente, mais por medo que porrespeito.

    Ponte de Palier: Estrutura localizada nas Florestasde mien, prxima ao centro comercial (agoraabandonado) de Telco, onde, antes da guerra entreVerrogar e Dantsem, humanos e elfos douradostrocavam desde cereais at magias desconhecidas.

    A Ponte eleva-se do meio da floresta numa imagemestranha, pois na verdade um colosso de pedra emrmore com cerca de 80 metros de largura ecomprimento indefinido, imvel em um ngulo de30 graus, e sustentada por sabe-se l quesortilgios. A Ponte de Palier avana direto ao cusem paradas, at se misturar com as nuvenssempre baixas da regio.

    Segundo os elfos de mien, a Ponte leva at osreinos etreos onde vive seu Deus (da o nome). Aquem pretenda se aventurar por estes degraus,cuidado... so muitos os corpos encontrados nocaminho.

    A Ilha: Regio no cartografada, de contornospouco conhecidos e situada no centro do grandeLago Dengrio, na poro norte do "Mundo". A ilha tida por muitos como o reino particular de ummago muito poderoso do qual no se sabe sequer onome.

    Todos os barcos e criaturas que se encontrem nolago, seja por gua ou ar, so rechaados porventos fortes (ventos muito estranhos) sempre quechegam a menos de 30 km da ilha. As poucasinformaes que h sobre a regio, vm deaventureiros que, em vo rpido por grandesaltitudes, conseguiram vislumbrar algo do lugar. Aoque parece, so trs ilhas: uma principal e duasmenores, ligadas por (e aqui os boatos mesclam-secom informao) pontes de luz eternas e dotadasde muitos prdios, alguns lembrando a arquiteturade certas runas do Segundo Ciclo. Pouco mais sesabe sobre tal lugar, conta-se que h algumasdcadas, quando os drages que se aninhavam na

    Cordilheira de Sotopor (ver mapa principal),comearam a executar ataques cada vez mais paralonge de suas rotas costumeiras, ameaando reinoscomo Plana, Levnia e at mesmo Calco. Umagrande tempestade foi vista surgir no Lago

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    Dengrio, na regio correspondente Ilha, e foiseguida pelos olhos assombrados de barqueiros ecaravanas de Plana durante vrios dias, at sealojar finalmente no topo do Pico de Prussel, onde,sabidamente, costuma-se verificar as maioresconcentraes de drages.

    O que se seguiu foi o que muitos chamam de "ANoite das Chamas". Mal chegando ao seu destino, aestranha tempestade despejou toda sua fria deventos e relmpagos nas terrveis criaturas aladas,que fugiram com as asas em chamas, numatentativa v de salvar as prprias vidas.

    Arquivos de alguns reinos, como os de Calco,estimam o nmero de bestas mortas naquela noiteem mais de 30 (h inclusive uma grande ossadaornamentando os sales reais de Saravossa,atribuda a esse grande massacre). Porm, certoque os ataques draconianos cessaram por anos apartir daquela data. Todo o acontecido,curiosamente, foi tomado por alguns como sendoprova incontestvel de certa natureza benigna domisterioso Senhor da Ilha. Os mais sbios, todavia,continuam mantendo seus barcos e ossos longe dolugar.

    Campo Branco: Este no um lugar calmo, ouuma plancie nevada, como parece indicar o nome.Campo Branco uma rea situada no interior dodeserto de Blirga, na Levnia, que se estende porcerca de 12 km no sentido norte-sul e 7 km deleste a oeste.

    Em toda sua extenso, no existe nada alm deossos e mais ossos, sejam de anes, elfos,

    humanos ou outras raas das quais no se tmnotcias.

    No h nenhuma construo visvel por toda parte,embora haja relatos de escadarias conduzindo ainfindveis labirintos subterrneos.

    Acredita-se ser o lugar de natureza mgica, pois,apesar de existirem registros de sua existncia queremontam poca da Unificao do Grande Sbio(ver histria mais adiante), os ossos e esqueletosque formam o Campo Branco permanecem intactos,indiferentes ao vento, areia do deserto e aotempo.

    Apesar de ser uma regio considerada segura, noso poucos os que nutrem por ela terror profundo,associado a estranhas histrias sobre legies deesqueletos que se levantam e travam interminveiscombates. Mais uma vez, a cautela sempre boacompanheira da dvida.

    As Estepes Vtreas: "As Estepes Vtreas" onome de uma regio no meio do Imprio, que seestende por centenas de quilmetros e formadainteiramente de cristais e vidro. A viagem, atravsdessas terras de brilho, impossvel a qualquerrfo de magia. Seus reflexos desorientadores, suabrancura e transparncia tornam essa regio a

    barreira natural (?) mais efetiva de todoocontinente. Assim, apresenta-se como o grandeobstculo para um contato do Mundo com o

    Imprio (localizado a oeste da cadeia demontanhasconhecida como "O Muro"). Muitas runas etesouros, contado pelas lendas, encontram-senesse grande "deserto". Embora tais histriasdetaverna no tenham nenhum fundo comprovado, asEstepes Vtreas, com todos os seus perigos, so,talvez, as paragens mais procuradas pelos

    caadores de fortuna do Mundo Conhecido(mesmoque quase todos no voltem...).

    Embora no sejam estas as nicas paragensmisteriosas de Tagmar referentes ao SegundoCiclo, j so em nmero mais que suficiente, paraque voc, leitor, ou o Mestre de Jogo, utilize delascomo palco para instigantes aventuras.

    Mas continuando nossa lio de histria, foi ento,num final improvvel de uma guerra que parecia

    eterna, quando ocorreu o Grande Terremoto, oCataclismo, a Grande Falha. Os Deuses voltavam aTagmar para marcar o fim do Segundo Ciclo,trazendo ao mundo a energia avassaladora de suapresena, esmagando os reinos infiis e trazendograndes cicatrizes ao continente, que a partir deento imporia faces diferentes.

    O Continente foi, literalmente, cortado ao meio,numa catstrofe que separou povos, massacroumultides e serviu para obscurecer ainda mais, namente dos Filhos, a histria de Como Foi, e Porque.

    A poca que se seguiu Grande Falha conhecidacomo...

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    2.32.32.32.3 Terceiro Ciclo, ou "TempoTerceiro Ciclo, ou "TempoTerceiro Ciclo, ou "TempoTerceiro Ciclo, ou "Tempo

    das Mentiras Infernaisdas Mentiras Infernaisdas Mentiras Infernaisdas Mentiras InfernaisCom o Cataclismo, segue-se uma poca de grandesmigraes, e testemunha-se a chegada, tanto deDeuses, quanto de Demnios. aqui, quando os

    povos encontram seus lares definitivos e tentamvoltar a uma rotina perdida, que nasce a Seita,culto pago ao reverenciar as criaturas infernais,que comeavam a aparecer sobre a terra, eacreditando na verso demonaca da Criao deTagmar, no por Deuses, mas sim por Demnios.

    A Seita se espalhou como praga, e aparentemente,quanto maior era o nmero de adeptos, maior era apresena infernal no continente. Algumas regiespertencentes hoje a pases ricos (como o caso dequase todo o territrio de Marana), chegaram, napoca, (100 a 120 anos atrs), a ficaremcompletamente subjugadas pelas legies de

    Demnios.Conforme se pode acompanhar no relatoreproduzido mais frente, Tagmar esteve bemprximo de uma completa dominao infernal.Embora hoje todos vivam num ambiente de certapaz e estabilidade, alguns estudiosos afirmam queo perodo vivido desde a chegada do Mais Sbio e aderrota dos Demnios, at os dias de hoje (50 anosdepois da passagem do Mais Nobre) no passaramde uma falsa vitria. Por isso, visto com grandeapreenso o ressurgimento da Seita, que parecesurgir por todo o Mundo Conhecido,particularmente em Filanti.

    O perodo de 57 anos vividos sombra dasabedoria do Mais Nobre, trouxe abaixo quasetodas as fronteiras polticas existentes na ocasio.Pases como Plana e Verrogar, por exemplo,deixaram de existir durante todo esse tempo,enquanto que outros, como a Moldnia (atuaisCalco e Conti), desapareceram para dar origem anovos reinos. Foi a poca denominada peloshistoriadores de Saravossa como o "Perodo daUnio, ou Unificao".

    Surpreendentemente, tal equilbrio acabou juntocom os ltimos suspiros do Mais Sbio. Depois decerca de dois anos de guerras e discusses, a Unio

    esfacelou-se nas hoje conhecidas regies ou reinosformadores do Mundo Conhecido (como pode servisto no mapa).

    Antes, contudo, de passarmos a uma descriodesses numerosos domnios, apresentaremos naspginas seguintes o relato de um guerreiro, denome Maudi, que servir como perfil do Mundo naGuerra da Seita e como demonstrao viva dosperigos que voc, leitor, poder enfrentar...

    2.42.42.42.4 Extratos do "Livro deExtratos do "Livro deExtratos do "Livro deExtratos do "Livro de

    MaudiMaudiMaudiMaudi(da cpia existente nos arquivos dos sacerdotes dePalier em Saravossa, Calco).

    "No comeo, na primeira prola do cordo de

    existncia, havia apenas as cores do caos e daenergia bruta, seguindo a infinitude do para -sempre, que era aquela primeira esfera, onde asluas contavam-se como todas e como nenhuma".

    Ouvamos aquelas palavras pela terceira vez desdea fuga do acampamento bankdi - os mesmosversos imutveis, iguais tons de voz e nfase, queacrescentavam a todo aquele inferno, labaredas elabaredas.

    Puxei a bata do velho pela segunda vez, o som davoz treme e pra finalmente, quando o corpo feridoe trespassado por flechas negras despenca sobre

    meus braos doloridos. Arrasto-o para longe dasjanelas, onde ele diz ver multides de seus fiis.Pobre e senil criatura! As setas zunem semcomplacncia nos ouvidos, varando a janela eaterrissando alquebradas entre nossos ps.Aldrabar percorre o cho de escombros da torre embusca de projteis perfeitos. Temo que nossasaljavas no bastem para toda a fuga...

    - Uma massa vindo do sul!!! - o som vem dosandares superiores. O mago Petas nos gritadependurado da janela mais alta - Os Bankdisconvocaram suas legies de demnios! - se soltacom uma respirao curta, perfazendo cambalhotas

    e aterrissando entre vagas de escombros e flechaspartidas - A Frente est a duzentos uktos daqui,mas os batedores j se encontram bem frente. -Ergue-se o corpo magro e com ele as vozes -Escondam-vos que um encanto se faz preciso!!!

    Aldrabar se junta ao cho, o rosto fino comendo apoeira secular, e continua a afastar o lixo e ascoisas quebradas, revelando mais flechas edesenhos estranhos no cho. Puxo o velho pelamanga suja e nos coloco em proteo. QuandoPetas inicia o encanto, fluidos msticos percorrem osalo, anunciando a fora que vir. A voz imutveldesperta novamente.

    Mas houve o fim da primeira prola, e com ele, aseparao de caos e energia. Eram formados osreinos inferiores e os materiais, e em pouco tempoa sapincia manifestou-se em ambos.

    As emanaes do caos indmito, destruidor, deramorigem aos seres infernais, Demnio,contemporneos dos igualmente temidos Tits,oriundos da conscincia e emanaes das foraselementais existentes nos reinos da matria. Osseres titnicos eram treze, e chamavam a simesmos de Treva, Luz, gua, Terra, Fogo, Ar,Crnus, Crio, nimus, tere, Man, Entropia eGnese.

    O ancio se cala de repente, e ento, as foras doencanto de Petas atingem seu nvel mximo. Ovento rodopia pela Torre, vai desenhando poeira

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    sobre nossos olhos sofridos, urrando profanaes.Sentimos todos um frio brusco, quando o encantoparte em direo ao inimigo, cavalgando luz deossos e fogos-ftuos. Um frio de morte e denegrura. De magia...

    - Negra... - meus olhos se esbugalham e eu corropara Petas, tentando fazer com que inverta oencanto - Voc est usando magia negra! Estamosem misso sagrada, voc no deve...

    Minhas pernas enrijecem e minha corrida pra.Malditos fazedores de milagres... Petas metransforma em uma meia-esttua e eu possoapenas respirar. O cu l fora escurece e o arassobia palavras malditas. As flechas que entrampela janela agora se cravam nas paredes e exalamcheiros podres. Veneno bankdi.

    - O que est... maldio, Petas! A torre esttremendo!!! Aldrabar grita como se tivesse trspulmes. Petas abandona a posio conjuratria e

    me liberta da paralisia.- Est feito! -sua voz nunca esteve to consumida -Metade dos demnios e hordas foi banida.Mandei-os para os nveis mais inferiores do CaosInfernal.

    - Idiota... - minha voz tentava controlar a raivaardente - Sabe que estamos escoltando um homemsanto. Quer trazer a ira de seu deus sobre asnossas cabeas, isso que quer? Voc e essamagia podre?

    - Voc sabe que no temos escolha!!! - A voz, agarganta, os pulmes, tudo parecia fraco. Um fio de

    sangue escorria dos ouvidos do mago - A seitaBankdi muito mais do que pensamos que fossequando aceitamos o trabalho. H! - esfregou asmos nas tmporas e orelhas e ficou um pouco a rirpara os dedos vermelhos - Nos disseram "umpequeno grupo de fanticos que quer erradicar comtodas as religies mais antigas", "uma meia-dzia

    de dois", "poder nenhum..." - cuspiu para o lado. Osangramento aumenta. - Li a mente de um delesquando estava l no alto, na janela. A MoldniaSuperior j no conhece mais os antigos ritos.Todos os cultos derivados da histria antiga estoesquecidos. Malim - apontou o velho - um homemsanto, sim. O ltimo que vive, representante da

    adorao ancestral. E ns estamos carregando-opor plancies de demnios e venenos, de foras quepodem nos esmagar!

    Calou nesse ponto e eu tambm no disse nada.Petas tinha toda a razo. Carregvamos a histriado mundo conosco, de um mundo que queriaesquecer essa histria.

    Depois de prolas e mais prolas de infinitohorizonte, mudanas vieram: a descendncia dosTits deu Deuses ao Universo, que teimaram em seunir s criaturas dos reinos baixos, dando origemaos Tits-segundos. Houve nessa poca a PrimeiraDiscrdia, quando Deuses e Tits-segundosjuntaram foras contra seus criadores, instveis ecatastrficas demais. Foi o incio da Lei.

    Malim falou essas palavras e caiu para o lado, comoque adormecido, e no ar ficara o peso das palavras.Pensei em quanta coisa podia se perder, com amorte daquele homem.

    Aldrabar interrompeu pensamentos com gritosirracionais.

    - Na janela!!! Bankdis na janela!!!

    Em poucos instantes eles eram muitos e pareciamvir em hordas, escalando os muros altos da torre e

    se arremessando da janela sobre ns. Minhaespada refletiu meus dentes secos e corpos bankdicomearam a ganhar o cho.

    - Petas, a janela! Voc tem que tentar fechar ajanela! - alternava inspiraes e golpesdecepadores. Belador cintilava azul pungente,

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    excitada, enquanto cortava carne inimiga como seno precisasse de meu brao . Aldrabarrefugiava-se com o velho atrs de uma pilastracada, retomando as setas recolhidas aos seusantigos donos.

    - L vai! - o aviso chega atrasado e meu corpoquase chega a ir com o vento que se forma.Grandes escombros levantam-se do cho da torre evo se amontoar na janela agora vermelha, aenorme profuso de membros partidos que voficar ali para sempre.

    O vento cessa, e eu conto cinco golpes e duasflechas antes que o salo esteja livre de vidainimiga. Petas cambaleia por entre os corpos.

    - A barreira no vai... agentar muito! - esforo,mais sangue, ouvidos vermelhos - Meu Deus! Tantovermelho no!!! - Temos que... dar um jeito desair! - seguro-o pelo ombro, deixo-o sentadoenquanto averiguo Aldrabar e o velho.

    A torre, ento, treme de novo, cascalhos caem doteto e das rochas presas janela. Petas chora, tudoparece mais negro.

    Aldrabar grita.

    - Um alapo! - vejo-o revirar mais poeira - Maudi,venha, c! Tem um alapo aqui, rapaz!

    Atravesso o salo tentando no notar o chotrmulo, o medo incipiente, os cadveres queparecem chamar reforos. Colocamos pesos epesos de madeira e destroos de lado, e a

    esperana parece reacender nos olhos quandovislumbramos a tal portano cho. Petas seaproxima quase a se arrastar.

    - ... uma sada, mesmo?

    - No sabemos ainda. - foro o grande puxador demetal para cima. - Aldrabar, me ajude aqui.

    Puxamos e puxamos at quase o corpo estalar, oferro gemendo e resistindo mais que os msculos,at que a vontade e o desespero tomam frente e oportal cede, caindo de lado e revelando asentranhas da terra para ns, um tnel rochoso quese estende indefinidamente a partir de alguns

    poucos degraus que servem de entrada. Sinto gelona alma, no corpo. O ar que me bafeja o rosto antigo, milenar, talvez nunca respirado, e eu sintoarrepios ao pensar em maldies e lugares que nose deve nunca, NUNCA, profanar. Recuei.

    - No podemos ter medo, Maudi. No podemos. -Petas passa por mim cambaleante, vencendo osprimeiros degraus em direo ao inferno escuro edesconhecido. Aldrabar carrega Malin e repete osmesmos passos de coragem.

    E eu... eu. Por todos os Deuses, tudo o que possofazer eu fao. E os sigo.

    - Vocs... abaixem a cabea. - Petas fala a Aldrabare Malin. Alcano o alapo com as mos e retorno

    ao seu lugar, acabando com a nica luz quepossuamos. Petas dirige-se a mim, agora.

    - Voc tambm, Maudi. - tosse rouca, senterespingos quentes no pescoo. Visco, pode apostar,vermelho. - Vou selar o alapo com magia edisfar-lo o melhor possvel. Mas teremos de nosmover depressa. Com esse encanto feito, o dajanela ser automaticamente desfeito. a ordemdas malditas coisas.

    Encolhi-me junto parede mida, cheirando omusgo como se fosse pele de mulher. Refreeivmitos. Petas sussurra "Agora!" e o alapoparece tentar se amassar sobre ns. Eles tero quecavar ao redor para nos pegar.

    - Vamos... rpido! - o barulho das pedras chega atns, caindo sobre o salo da janela com umribombar que lembra as piores tempestades. Osgritos animalescos de demnios e coisas pioresgelam o ar e a alma. Somos puro medo.

    Avanamos durante mais tempo que consigolembrar. Malim parece ausente. Recomea a falarcomo se estivesse numa grande praa tranqila.

    Alguns dos Tits fugiram, ento, para alm da Leie do Caos, formando os Reinos Elementais de Aqua,Terra, Fogo e Ar, tendo tere a ocupar o vazioentre eles.

    Outros, em sua tentativa de fuga, juntaram-se aonovo Universo material. Este foi o destino denimus, Man, Entropia, Crio e Crnus. Poucosforam, ainda, capturados e subjugados: Treva eLuz eram eles.

    De Gnese, nada se sabe; nem verdades nemlendas. Os Deuses instalaram-se nos reinosmateriais, criando leis em meio ao caos. DosTits-segundos, sabe-se apenas que vagam pelasdimenses, percorrendo todas as prolas do Mundosem motivo que nos seja permitido saber.

    A terra ento principiou a cair sobre ns. Era chuvabarrenta, bocados caam aos montes, como secriaturas enfiassem garras por cima de ns, natentativa de nos tirar a vida. Petas parou, fazendocom que ficssemos todos juntos, um bolo de carne

    medrosa, esperanosa de uma morte rpida.- Amigos... a morte se aproxima. - Petas no falavanem baixo nem com cuidado. Como se j nohouvesse mais necessidade de fugas eesconderijos. - No espero que acreditem no quevou dizer, nem que atendam meu pedido. - o tetocaa em profuso, rochas, musgo, razes de rvoresperdidas em uma terra qualquer que no podamosver. O medo caminhava maior. Posso sentir apresena do Mal sobre ns, posso cont-lo em maisde dois mil inimigos. No h fuga possvel, nocomo tentamos fazer agora. - pareceu falar maisalto - Escutem!

    S temos chance na magia antiga, na magiaancestral que nem mesmo os mais poderososmagos se atrevem a usar. Meu corpo gelava e eu

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    cuspia terra e queria sair dali. Mas o Mal era quase

    visvel, a morte nos acompanhava mais de perto acada respirao. Ns trs, Petas, eu e Aldrabarfizemos apenas silncio durante aquele poucotempo que intercalou tais propostas desesperadas.Era uma concordncia. Tentaramos o que quer quefosse para nos tirar dali - Voc ser o recipiente doencanto, Maudi. Tem o nico corpo resistente osuficiente para agentar a... magia.

    - No entendo...

    - Sairemos todos daqui Aldrabar, mas s emesprito. Seremos quatro almas a ocupar o corpo deMaudi. Nossas carcaas sero abandonadas aquienquanto a magia transportar um nico corpo

    atravs das dimenses at um lugar seguro,focalizou a voz - Pode ser a sua casa, Maudi.

    No respondi. Nem mesmo poderia. Era umabsurdo enorme tudo aquilo. E ao mesmo tempo,estvamos numa posio em que acreditaramosat nas palavras de cachorros. Falei "sim". Aldrabargemeu to alto que ouvimos ecos vezes e vezes.

    - a nossa nica chance! Petas tremia sua voz. -Juntem as mos!!! - ele gritava, sobrepondo-se aosoutros gritos que agora enchiam o tnel por detrsde ns e que pareciam avanar; sem parar, dentestrincados, garras, sedentos.

    Os demnios precipitaram-se sobre ns mesmoperto das ltimas conjuraes. O mundo j era umaviso qudrupla, quatro corpos, quatro mentes, e

    pude sentir quando as garras penetraram nos

    corpos quase vazios, momentos antes de partirmosna caravela de carne que antes foi o corpo de umhomem chamado Maudi.

    No... devo manter-me separado enquanto escrevoesses passados. Devo ser Maudi, pelo menosenquanto trao essa histria desconhecida de meupovo, a Verdade que deve um dia ser dita. J sevo cinqenta anos na esteira do tempo, desde osacontecimentos que narrei nestas folhasamareladas. A seita Bankdi j praticamente noexiste mais, e as pessoas do mundo materialseguem um Deus humano, reverencivel por sersbio, mais sbio do que algum homem alguma vez

    j foi. Devo encerrar por enquanto esses escritos,retomar a eles quando outras coisas aflorarem etiverem por direito de serem expurgadas,imortalizadas em papel para a histria um diapoder ser dita, inteira e em sua total verdade. Porenquanto, urge que o mundo desfrute de uma pazque s um homem incomum poderia conquistar.

    Um homem que quatro... e UM.

    Maudi, Aldrabar, Petas e Malim.

    UM.

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    3333 Olhos sobre TaOlhos sobre TaOlhos sobre TaOlhos sobre TagmargmargmargmarNessa seo voc ter oportunidade de colherdados sobre as diversas regies do continente. Omapa, que lhe ser til para acompanhar asdescries, no pretende esgotar todas as reas eos acidentes geogrficos de Tagmar. Nele esto

    assinalados apenas os rios, cordilheiras, baas eflorestas de maior importncia para o perfil docontinente. Voc, ou seu Mestre de Jogo, tem totalliberdade para acrescentar lagos, rios, montes etodo o tipo de terreno que seja necessrio para oandamento da sua aventura ou campanha.

    3.13.13.13.1 O Mundo ConhecidoO Mundo ConhecidoO Mundo ConhecidoO Mundo ConhecidoPoro oriental do Continente, o mapa mostra suaextensa cartografia a partir do que os serespuderam explorar at o presente momento. Ser,assim, tomada como referncia para todas as

    demais regies.

    Os Reinos LivresOs Reinos LivresOs Reinos LivresOs Reinos LivresLevnia: Um dos locais mais ridos do MundoConhecido, a Levnia dominada em seu centropelo grande deserto de Blirga, onde fica o CampoBranco.

    Com um pequeno comrcio costeiro, o ambiciosorei da Levnia organiza atualmente um exrcito,com armas compradas (aos poucos) doscomerciantes em Plana. Corre entre a cortelevaniana que o rei teria planos para Ludgrim eDartel, quais exatamente, ningum sabe.

    Mostrando uma devoo cada vez maior por Blator,Levnia tida por alguns estudiosos como umapotncia militar em formao.

    Ludgrim: Pas que conta com a maior populaode meio-elfos em Tagmar, Ludgrim conhecidopela sua poltica justa, pacfica, e seu rei meio-elfoDarniar, que , dentro e fora de seu reino, sinnimo

    de carter, coragem e decncia.Embora no seja propriamente um reino lfico,Ludgrim tido por muitos como um intermedirio

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    entre as duas culturas, elfa e humana. Mantenedorde boas relaes com os elfos de mien, dos quaisDarniar amigo pessoal, Ludgrim possui razoveisreas agrcolas cultivadas, chegando at acomercializar excessos.

    O rio Galatel, procurado por magos de todo oMundo, desejosos pelo pequeno peixe Pigi,existente apenas ali e principal ingrediente depoes de invisibilidade, encontra-se totalmentedentro de Ludgrim, que exerce intensa vigilnciasobre o rio.

    Eredra: Pas entre os mais ricos, Eredra responsvel pela produo de mais da metade detodo o cereal do Mundo Conhecido, possuindo umpoder poltico muito grande a partir desse fato. Boaparte de seu territrio cortada pela Bacia do rioOden, e suas guas propiciam uma fertilidade sexistente na regio. Eredra domina ainda asprincipais tcnicas de manufatura, e tem uma boareserva mineral, de forma a possibilitar ser um pasagrcola sem tornar-se dependente dos mais"industrializados", como Calco e Marana.

    Adoradores de Ganis, de Sevides, e de seus filhosQuiris, deus do plantio, e Liris, deusa da colheita,os de Eredra passam os dias sem se preocupar coma guerra, mantendo boas relaes com todos queprecisam de algum po.

    Verrogar: Hoje, oreino de Verrogar constitui-senum dos maiores problemas e flagelos de todo oMundo Conhecido. Depois de dcadas de paz,quebrada apenas pelo curto perodo ps-Unificao,a Casa Nobre de Verrogar traz a guerra s terras do

    Mundo, numa campanha que, dizem, busca ocaminho para o mar atravs do territrio deDantsem.

    Com um grande exrcito, e aps longa luta,Verrogar acabou por incorporar parte de Dantsem,embora nem por isso tenha feito o conflito parar.

    Inimigos mortais dos nobres dourados de mien, osverrogaris so conhecidos entre essa raa como"assassinos de elfos".

    Nas encostas dos Montes Palomares a nordeste deVerrogar, se refugiam a maioria dos piratas doMundo Conhecido. uma regio conturbada,

    abrigando seres msticos e criaturas de outro plano.Adoradores de Blator e Crezir, os verrogaris teriamum suposto acordo de no-agresso com Eredra.Os diplomatas desse pas agrcola, no entanto,refutam qualquer afirmao a respeito.

    Dantsem: Passando por uma fase extremamentedifcil, Dantsem hoje um reino dominado pelamisria e guerra.

    Tendo perdido j parte de seu territrio paraVerrogar, a "corrida" militar em Dantsem tremenda. Antes um pas pouco preocupado com"as coisas de Blator", hoje o palco do maior

    recrutamento j visto. Adolescentes so soldados;monstros de todo o tipo so capturados etransformados magicamente em novos guerreiros;

    magia ensinada a qualquer um que queira lutar; eos mercenrios fazem de Dantsem seu novo lar.

    Enquanto preparam uma grande contra-ofensiva(que teria, segundo parece, o apoio dos elfos demien) o povo da regio tenta manter as pequenaslavouras salvas, e extrair cada vez mais de suasminas de cobre.

    Por enquanto, indiferente ao conflito, Mon, seuDeus, na verdade um aspecto mineral de Maira,Deusa da natureza, recebe cada vez mais apelosdos anes da regio, que inclusive fabricam asarmaduras do exrcito dantseniano.

    Que Mon oua suas preces...

    Marana: Em processo de militarizao provocadopela guerra entre os vizinhos Verrogar e Dantsem,pela estranha poltica agressiva do aliado (?) Filantie pela peste luniense, Marana encontra-se beirada parania.

    Seu sistema poltico basicamente uma monarquiademocrtica. Sua grande populao divide-seequanimente por todo o territrio, e ocupa-se tantoda agricultura e pesca quanto do comrcio e demanufaturas emergentes. Adoradora de Selimom ePalier, Marana considerada geralmente como umaterra livre e no-violenta. Devido atual crise,muitos por todo o Mundo temem pela suatransformao em uma nao militar.

    Aps a morte do Rei Elberto e a ascenso de seufilho primognito Augusthot, esse processo demilitarizao tem andando cada vez mais rpido,causando revolta em vilas pacficas formadas nas

    fronteiras de Marana e nas redondezas da Florestade Fiona.

    Muitos no-humanos habitam Marana.

    Luna: Com o agora belicoso Filanti como fronteiraocidental, e tendo Portis ao norte, Luna vive um deseus momentos mais preocupantes.

    Governado por uma monarquia cada vez maisesvaziada de poder, Luna v-se em meio sameaas de uma possvel invaso das tropas deFilanti e da misteriosa praga espalhada pelo pas apartir das cidades do interior. Sua grandepopulao diminui em enorme nmero devido

    doena, e com isso, seu exrcito. Estudiosos deMarana, pas amigo, tentam decifrar o mistrio dapeste, que resiste aos mais fortes encantoscurativos. Sua capital, Franges, estcompletamente tomada pela molstia mortal.

    Portis:Tido como um dos lugares mais fascinantese perigosos do Mundo Conhecido, Portis uma"magocracia" com pouco mais de trinta anos deexistncia, que assumiu o que se costuma chamarde "poltica cautelosa" para com todos os seusvizinhos, ou seja, procura formar boas relaescom todos, mesmo aqueles que se declarempublicamente seus inimigos (como Azanti).

    Embora no nutra desejos de expanso, Portis temgrandes planos de explorao e pesquisa traados,que so, inclusive, a razo para manter as relaes

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    com Porto Livre, covil de piratas odiado por todo oMundo. Portis e Porto Livre tm um tratado deno-agresso que inclui, ainda, a realizao deinmeras expedies pioneiras do interesse dePortis. Diz-se que, em alto mar, os corsrios usambandeiras como cdigo para identificar seus aliados.

    Com um enorme poder, baseado principalmente namagia, os habitantes de Portis louvam Palier, Deusdos elfos, da magia, e do conhecimento.

    Por sua estranha relao com os fora-da-lei dePorto Livre, Portis visto com desconfiana porquase todos os reinos.

    Importante centro de estudos, sua capital acidade de Runa.

    mien: J abordado em outras descries, mien o reino-lar dos elfos dourados, criaturas comgrande inclinao para a magia e que vivem suaexistncia civilizada entre as grandes florestas daregio.

    A passagem por essas terras muito dificultadapelo grande nmero de iluses que compem quasetoda a sua paisagem. Para qualquer um no-elfo,mien sempre um lugar difcil de entender comos olhos.

    Preocupados com a campanha de Verrogar, mienconsidera-se secretamente aliada de Dantsem, aquem tem fornecido preciosa ajuda mgica.

    Diz-se que as florestas so constantementevisitadas pelo Rei meio-elfo Darniar, que grandeamigo dos senhores dourados de mien.

    Os de mien louvam com fervor tanto Palier quantoVet, Maira em seu aspecto vegetal.

    Abadom: H muitas dcadas um pas poderoso,Abadom hoje praticamente o quintal dos vriosdrages que habitam o Pico de Prussel.

    Pases de intenso comrcio como Plana evitam, atodo custo, a travessia de suas terras, embora issono seja sempre possvel.

    Com vrias cidades abandonadas s pressas portodo o territrio, Abadom considerado o maiorcovil de monstros jamais existente em todo oTagmar. Literalmente, um reino cado, sob o jugo

    de drages.Acordo:Pequeno reino encravado nas cordilheirasvizinhas ao Pico de Prussel, a oeste de Plana,Acordo a maior fonte de minrio de todo oMundo, podendo-se mesmo afirmar que cada armae escudo em Tagmar possui um pouco de seumetal.

    Notvel, ainda, por ser uma colnia incomum,mista de humanos e anes (da o nome), Acordo um pas bem protegido, acessvel apenas porperigosas e secretas trilhas pelas montanhas. Aquise louva Mon e seu povo segue os dias procurando

    progresso.Existem duas rotas principais de minrio, a saber:as vrias trilhas que atravessam a cordilheira at

    Plana, e o porto, de onde saem navios abarrotados,com os destinos mais variados.

    Plana: Entre os centros de estudos de Calco e asminas de Acordo, fica Plana, pas de humanos,anes e pequeninos - mas poucos elfos - todospreocupados em aumentar suas margens de lucro,diminuir custos, etc.

    Plana um reino de plancies (da o seu nome),extensamente povoado, que conta com um grandenmero de cidades espalhadas por todo o seuterritrio. Inmeras tambm so as estradas(quase to boas quanto s de Calco e Marana) quecortam sua regio, e que so o cho por ondepassam suas caravanas de comrcio, ligando todosos pases de fronteira.

    Devotos de Cambu, Deus do comrcio, oshabitantes de Plana podem ser encontrados emqualquer lugar de Tagmar, a qualquer hora esituao. Existe sempre um planense por trs de

    uma operao comercial, sempre calmo, tentandolevar a melhor parte no trato. No obstante a mfama que alguns de seus representantesconquistaram, Plana possui um papel importante noquadro poltico do Mundo, pois tendo que assumiruma posio to neutra quanto possvel (j que noquerem deixar de comerciar com ningum...),acabam funcionando como mensageiros para asdiversas regies que visitam. Isto sem contar coma funo homogeneizadora de suas atividades, quetorna possvel, por exemplo, a utilizao denovidades tcnicas em Saravossa e Ludgrim quaseque simultaneamente.

    Plana forma, junto com Calco, seu reino irmo (pelomenos, assim o chamam os planenses), umaimportante "instituio" de produo e difuso denovos conhecimentos.

    Filanti: Grande rea encontrada a leste do LagoDengrio, Filanti atualmente o alvo de quasetodos os estudiosos da Histria anterior ao grandeSbio e guerra da Seita. H poucos anos um pascordial, Filanti hoje conduzido por uma linhapoltica paranica, influenciada grandemente peloConselheiro Ludur, que alguns dizem ser umdemnio disfarado. Tal mudana na atitude do reiMar II coincide com o reaparecimento da Seita no

    Mundo, os seus maiores focos em Filanti.Com um grande exrcito em constante expanso(com a contratao mesmo de mercenrios) e umcomrcio em pleno declnio, Filanti temdemonstrado desejos de expanso que lhetrouxeram recente inimizade de numerosos reinos(at mesmo de seu protetorado).

    Dentre as cidades que se destacam em Filanti estoMutina e Capela. A floresta de Gironde, que fica nointerior de seu territrio, abriga seres msticos ecriaturas pavorosas desconhecidas em todo oMundo.

    Apesar de haver um sentido religioso altamenteabalado, pode-se dizer que os Deuses para quemos de Filanti oram so Sevides, Deus da agricultura,

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    Selimom, Deus da paz, e Blator, Deus da guerra.Desses trs, um, obviamente, est em francodeclnio. No muito difcil adivinhar qual ...

    Conti:Antes parte do desaparecido reino daMoldnia, situa-se ao norte do Lago Dengrio, entreos reinos de Calco e as cidades de Pino, Quzes eEnder, tendo ainda ao sul e sudeste Filanti e Azanti.Com pouca atividade agrcola, Conti basicamenteum pas pesqueiro, responsvel pela maior partedessa atividade, tanto em mar quanto nas bordasdo Lago.

    Conti mantm relaes muito cordiais com Calco,conduzindo assim, um vasto comrcio, e tendocomo especiaria principal o espermacete leo decachalotes capturadas mar adentro, responsvelpela iluminao no-mgica das grandes cidades devrios pases.

    Embora o reinado de Arrab III seja fracopoliticamente, mesmo que estvel, Conti

    relaciona-se amigavelmente com quase todos osreinos do "Mundo", exceo feita apenas s terraspara alm da Cordilheira da Navalha, reconhecidapor alguns reinos (Portis, por exemplo) como PortoLivre, em verdade, reduto de corsrios e criminososque no raro entram em choque com os barcos deConti.

    Devotos de Ganis, Deusa da gua e do mar, oshabitantes desse reino no nutrem grandespreocupaes pela guerra. Possuem, sim, uma frotapesqueira vasta que pode, em caso de extremanecessidade, ser transformada em unidade deguerra.

    Com uma populao mediana, constitudapraticamente de humanos, Conti um pas emcrescimento. Sua cidade mais desenvolvida Muli,sua capital e grande centro porturio.

    Azanti: O ducado de Azanti um protetorado deseu vizinho meridional, Filanti, e pode serconsiderado como um dos reinos mais belicosos noque diz respeito fronteira e independncia.

    O Duque Lenor de Azanti tem muita influnciasobre a populao, que de certa maneiraintimidada pela "Mesa de Prata", ordem decavaleiros que tem como bandeira o Ducado.

    Permitindo a si prprios uma certa independncia,tais guerreiros so conhecidos principalmente pelosseus trabalhos de aluguel, que pedem sempre maisdo que ouro como pagamento.

    Embora preocupado com a atual guinada poltica deFilanti, Azanti mantm boas relaes com este eCalco. Com seu maior poder na "Mesa de Prata", apequena populao de Azanti louva principalmenteo filho do Deus de Blator, Crisagom, que preza ahonra, estratgia e bravura do combate.

    Tornando para si Portis como inimigo, os de Azantiesto sempre envolvidos em incurses guerreirasque quase sempre terminam em tragdia.

    Calco:O mais prspero pas do Mundo Conhecido,Calco tem sido o modelo de desenvolvimento para

    quase todos os reinos setentrionais desde o perododa Unificao, quando, deixando de lado umapoltica predominantemente agrcola, tornou-se obero de quase todas as atividades culturais,acadmicas e de pesquisa existentes hoje noMundo. Os centros de estudo de Saravossa, suacapital, so procurados por seres de todas as

    regies de Tagmar (dizem haver at representantesdo pouco conhecido Imprio entre os alunos desuas escolas), independente de raa, credo oulngua.

    Calco tem sido responsvel pelo patrocnio eorganizao de inmeras expedies de pesquisa,explorao e mapeamento (como a que foi levada acabo em Dartel, e em algumas regies no interiordo Muro). Pode-se at dizer que grande parte dosavanos tcnicos vistos hoje (tais como fechadurasmais complexas) nos pases com quem mantmcomrcio devido a essa poltica, incrivelmenteestranha para quase todos os soberanos de outros

    reinos (exceo feita, talvez, aos Magos de Portisque tm em Runa outro grande centro de cultura).Neste territrio desenvolve-se um extensoaperfeioamento do conhecimento dos Filhos arespeito do Mundo, tanto nos aspectos fsicos (seusvrios projetos cartogrficos, por exemplo) quantonos msticos (o governo em Calco extremamentetolerante no que diz respeito a cultos e religies.Quase todas as Ordens, Colgios e crenasencontram-se aqui, representados com maior oumenor fora).

    Com uma economia forte, baseada principalmentena venda de conhecimento, mapas, frmulas

    mgicas e outros "produtos" do gnero, Calcomantm relaes extremamente amigveis comPlana, que age muitas vezes como seu agente denegcios com o resto do Mundo. Com umapopulao predominantemente humana (e umnmero nada desprezvel de elfos dourados,meio-elfos e anes) considera-se que Selimon ePalier sejam os Deuses mais queridos de Calco,embora no haja qualquer declarao oficial arespeito.

    Sem exrcito organizado, e contando apenas comuma milcia para problemas domsticos, Calco seencontra livre de ameaas polticas em geral (como

    Verrogar). A explicao de tal despreocupaoestaria encerrada nas prateleiras da BibliotecaCentral de Saravossa, onde dizem haver, trancadosa sete chaves, vrios livros rarssimos de magia,remanescentes do Segundo Ciclo, com encantos topoderosos quanto o que se supe ter criado (oudevastado) o Campo Branco.

    Calco governado pelo rei Hemilannor que, umavez por ano, num costume mais antigo mesmo quea Unificao, submetido a um ritual de verificaomgica de intenes, que inclui a utilizao deencantos como Contatos Mentais e Deteces. Essa uma tradio poltica tpica de Calco; nenhum

    outro monarca, em todo o Mundo Conhecido, sesubmete a tais provas perante seu povo.

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    3.23.23.23.2 As FronteirAs FronteirAs FronteirAs FronteirasasasasTerra das Brumas, ou Dartel: Emborapouqussimos saibam, o verdadeiro nome doterritrio circular conhecido como Terra dasBrumas, dado por seus habitantes, "Dartel".

    Encravada entre Verrogar, Levnia, Abadom e oLago, "Dartel" uma terra nunca visitada porhumanos, a que os pequeninos chamam de "ltimolar'', e que corresponderia a um refgio parapequeninos que desejam abandonar, para sempre,o mundo dos homens.

    Envolvida sempre por uma nvoa espessa, Dartels foi devidamente descoberta e delimitada algunsanos atrs, quando uma grande expedio de Calcofoi para l com esse fim. At ento, Dartel noexistia para os homens. Todos errados, os mapasda poca no apresentavam a rea circular pelo"simples" fato de que, quando se tenta penetrar nanvoa em direo ao interior do lugar, aparece-sena outra borda do crculo, a quilmetros dedistncia, dependendo apenas do ngulo deentrada. Admitisse ento, no sem dvidas, queaquilo era apenas uma nvoa muito fina, etomava-se por contguos lugares s vezesseparados por vrias dezenas de quilmetros.

    Obviamente, como no se pode manter coerenteum mapa do qual tenha-se extradoum crculo demais de 100 km de dimetro, muitos foram os quemorreram ali, mngua, perdidos entre nvoas,sis que mudam de repente de lugar e mapas queno prestam.

    Aps a expedio de Calco, que realizou vriasanlises areas da regio, e com isso se pdecompreender melhor os efeitos do fenmeno, aviagem pela regio ficou mais segura, com mapasdevidamente corrigidos e nimos menossobressaltados.

    Sobre a natureza de Dartel, contudo, h muitopouco a se dizer. Notcias de Runa sobre a regioso sempre aguardadas, mas... pesquisa mgicaleva teeeeempo!

    Lago Dengrio: Chamado por muitos de "o MarDoce", o Lago o principal sustentculo da vidacivilizada na regio. Provendo a pesca e propiciandomeio de transporte rpido, mesmo que apenasatravs de suas bordas (entendendo-se porbordas a diferena entre sua rea total e a regiocontida dentro dos limites de 30 km da Ilha), atravs dele que se fomenta grande parte docomrcio dos reinos setentrionais.

    Com sua superfcie sempre calma (excetuando-seos grandes ventos de origem insular), comumouvir histrias de origem contiana acerca da"verdadeira" natureza do Lago, que seria aencarnao de um filho da Deusa Ganis, que estariaali para assegurar fertilidade a uma terra antesrida. Estudos feitos em Saravossa conseguiramrastrear registros da lenda at cerca de duzentosanos antes do Grande Sbio, onde se confundem etornam incerto maiores avanos nessa empreitada.

    Impossibilitados pela falta de dados, os sbios dacidade mantm a lenda como um "verdadeiro"mistrio, mas as pesquisas acerca de talinterveno divina continuam.

    "Lar", ou Reino lfico: Grande regio de planciesao norte do Muro, Lar (nome dado por seushabitantes) tem ainda como fronteiras naturais abaa de Lin a noroeste, e as Montanhas Mornicas,cobrindo tudo de sudeste a nordeste.

    aqui que se rene a maior populao lfica doMundo, que geralmente evita contatos com oexterior. Muito pouco se sabe sobre tais plancies, o

    que passa sobre elas. Encontram-se, em todolugar, lendas relativas a essa terra e suasmaravilhas. Muitas so as expedies deaventureiros que terminam seus dias tentandoalcan-la.

    O nico dado concreto sobre seus habitantes ehbitos (e fonte dos nicos contatos comestrangeiros) a procisso anual, que pareceacontecer no incio da primavera, quando todosprestam louvor a um Deus (Palier?) s margens danascente do Oden. uma solenidade de extremabeleza, com durao de vrios dias.

    Embora se mostrem pacficos e amantes daserenidade e no-violncia, os elfos do Lar noadmitem invases s suas terras por ningum.

    A Geleira: Extensa rea a leste do Muro,dominando quase toda a superfcie ao sul da Baciado rio Oden, a Geleira, como o nome indica, umaregio de temperatura extremamente baixa quetem se mostrado inspita s diversas tentativas decolonizao. Extensamente povoada por vegetaoe animais tpicos, incluindo a um grande nmerode ursos brancos, a alva paisagem do lugar s quebrada nas proximidades do Domo de Arminus,com seu estranho osis aquecido.

    Nas caravanas e expedies que tentam a travessiadesse inferno gelado, no so incomuns os casosde morte por congelamento...

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    de monstros, onde orcos possuam dezenas deacampamentos nas montanhas e colinas prximas.Estas criaturas eram governadas por um poderosotirano orco chamado Korumba, o ceifador de elfos.

    Korumba governava seu povo monstruoso dasprofundezas da fortaleza de Saravos, que na lngualfica significava a pedra do norte. Essa fortalezafora tomada de um grupo de elfos que haviamjurado defender a regio buclica do rio dossentimentos ruins que habitavam os novos tempos.Sucumbiram, porm, aos ataques dos orcos eperderam a fortaleza de pedra e madeira nobre.Saravos se tornou o covil de monstros e feras quefizeram dela o ponto inicial de sua expanso noVale do Frefo.

    Quando os moldas chegaram regio, ela j estavacontrolada por Korumba e seus seguidores. Apsalguns conflitos, o povo humano resolveu serefugiar ao leste (onde hoje Conti), na beira doLago Dengrio. Fundaram a sua primeira cidade,Moldazi, que significava dos Moldas. A crescerame prosperaram, avizinhados pelo malfico Korumba,que com o passar dos anos tambm ia expandindoo seu territrio.

    Durante esse perodo houve a comunho comoutras raas, exiladas do outrora pacfico vale.Anes, pequeninos e elfos aproximaram-se dosmoldas, instalando-se perto de Moldazi. Essa trocade experincias foi essencial para a vila, queaprendeu novas tcnicas de forjaria e assimilou asartes arcanas no seu dia-a-dia. Apesar da tradioguerreira deste povo, os moldas no temeram oestudo da magia por uma questo de defesa de

    suas novas terras que estavam constantementeameaadas de invaso.

    Moldazi acabou sendo conhecida como O Refgioe passou longas dcadas fechada em suasmuralhas, construda pelos mais experientesartesos anes. Foi quando nasceu por volta de 300DC, no bero de uma famlia nobre da cidade,Sivon. Esse jovem, criado sobre a influncia do tioBazva, poderoso guerreiro, e de sua tia, Anaes,descendente de meios-elfos e sacerdotisa deSelimon, foi desde muito pequeno uma figura degrande carisma e futuro marcado. Convencido quea solido de Moldazi no Lago Dengrio e a

    crescente expanso dos monstros do Frefo levariamo povo Molda a morte, ele decidiu agir. Certo deque havia um destino manifesto para aquele povo,que deveria combater para expandir e pacificarpara sobreviver, Sivon atraiu a ateno dossacerdotes de Blator e Selimon. Os seguidoresdesses deuses, ambos muito populares entre osMoldas, proclamaram Sivon chefe de guerra dosMoldas e esse ento iniciou os planos de ataque aovale e a tomada de Saravos. Foi nesta poca quefoi forjada pelos anes a espada de Sivon, Sagae apacificadora, incrustada pelas gemas mgicas doselfos do norte.

    Os anos de guerra levaram os moldas, abenoadospor Blator, a conquistarem grandes pores deterra e obrigar o recuo dos monstros em direo a

    Saravos. A regio conquistada pela unio dosmoldas com outras raas foi batizada de Sivonti, ouTerra de Sivon, que mais tarde seria conhecidacomo Conti (pois o nome fora corrompido com otempo). Iniciou-se por volta de 340 DC, aconstruo de Muli, porto que daria a aliana oportunidade de fazer por mar o ataque definitivo a

    Saravos. Utilizando a lingolie, madeira de leiresistente e adaptada ao clima quente da regiocentro-norte de Sivonti, os moldas construramnavios de guerra leves e velozes. Para a confecodas velas utilizaram-se do plo fino e resistente dodozecrneo, espcie de ovelha com dozepequenos chifres existente na regio.

    A aliana atacou por duas vertentes, ao sul combatedores pequeninos e anes. E ao norte, com afrota martima comandada por Sivon e nobres elfos.A guerra no durou mais que cinco anos, quandoento os guerreiros moldas entraram finalmente noterritrio de Saravos e Sivon lutou pessoalmente

    contra Korumba, cortando-lhe a cabea com suaSagae. A longevidade do lder dos orcos, quedominou a regio por quase duzentos anos, nuncafoi muito bem explicada, acreditando-se quepoderia se tratar de um demnio ou criatura depoder equivalente.

    Sagasta, o Trono dSagasta, o Trono dSagasta, o Trono dSagasta, o Trono da Alianaa Alianaa Alianaa Aliana

    Os elfos ento se retiraram para florestas perto doFrefo e para Lirati, um vale no interior da grandefloresta de Melgundi, ao Sul de Sivonti. Os Anesaceitaram cavar as rochas das montanhas centrais

    de Sivonti, em troca de autonomia e comrcio. Sos pequeninos inicialmente no aceitaram nenhumafaixa de terra, preferindo viver em regiesprximas ao Frefo ou aos humanos, mas bem maistarde acabaram fundando a cidade de Abrasil.

    Das runas de Saravos nasceu Saravossa, agrandiosa capital dos moldas. No seu centro foramconstrudos os Jardins de Selimon, um grandebosque central com ligaes para o Palcio Real, eas trs principais edificaes da cidade, os templosde Selimon, Blator e Palier. Inicialmente um povoguerreiro, os moldas foram aprendendo aaperfeioar o seu fraco conhecimento mgico com

    os elfos e aos poucos os adeptos humanos de Palierforam crescendo. Sivon assumiu ento, nanecessidade de um homem forte que representassea nascente unio no norte, o trono de Saravossa: aSagasta(conhecida como o Trono da Aliana). Oreinado de Sivon no se prolongou muito, durandoapenas seis anos, e em 351 DC o grande lder dosmoldas morre, sendo os seus restos mortaisenterrados sob os ps da Sagasta. Durante esseperodo houve grandes conflitos no entendimentode quem deveria suceder como governante do novoreino da Moldnia. Aps dois anos de incertezas, ojovem filho de Sivon, Calco, foi apresentado pelasIgrejas de Selimon e Palier como possvel sucessor

    do pai. A Igreja de Blator era contra, assumindoposio em favor de Balga, filho de Bazva e primode Sivon. Porm o povo aclamou Calco, herdeiro

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    direto de Sivon, e os seguidores de Balga forampara Moldazi, na regio sul de Sivonti. Esse conflitoinicial, conhecido como a Quebra da Aliana,marcaria os rumos culturais do futuro Imprio daMoldnia. Os seguidores do jovem Calco, educadopor elfos nas artes arcanas e guerreiras,registrariam os seus ensinamentos criando assim a

    Escola Filosfica de Calco. J os seguidores deBalga fundariam os conceitos principais da Escolada Guerra, cujo principal centro era Moldazi. Essasescolas no eram como as escolas e academiasmodernas de artes mgicas, sendo muito maisprincpios filosficos e polticos, no que tangncia aforma de governar uma nao.

    O Reino da MoldniaO Reino da MoldniaO Reino da MoldniaO Reino da Moldnia

    De 353 a 391, Calco governou com sabedoria ejustia, sedimentando as bases do que seria hoje oatual reino de Calco. Iniciou um forte processo de

    colonizao no Frefo, nas costas do reino e naregio centro-norte de Sivonti. Continuou aconstruo de Saravossa, criando o primeiro espaofechado para estudos sobre magia. E tambmestreitou laos com os povos ocidentais do Frefo,agrupamentos de moldas que no se submeteramas guerras contra Korumba e nem a liderana deSivon. Esses povos, que se agrupavam empequenas cidades costeiras ou na margem leste doFrefo, foram convencidos por Calco que a unio dosseus esforos ao nascente reino da Moldniacontribuiria tambm para a prosperidade daquelaregio. Nasceu assim em 342 DC, nas plancies aoeste do Frefo, a Unio das Plancies,

    vulgarmente conhecida como Plana. Essa regio,durante a primeira dinastia, sempre foi fortementeautnoma, tendo seu prprio exrcito e decidindoseus rumos sozinha. Calco contrai, em 389 DC,uma molstia mstica durante expedies emSivonti e morre finalmente em 391 DC. AssumeSaverios, seu filho meio-elfo, causando aindignao da Escola de Guerra, em Moldazi.Contudo no ocorre a ciso por deciso do velhoBalga, que prestigiava os elfos e sua honradaparticipao na guerra de fundao do reino. Inicia-se assim um perodo de 170 anos de durao,conhecido como A Primeira Dinastia, em que osdescendentes diretos de Sivon governaram aMoldnia.

    Esse perodo conhecido pela relativa paz, em queviveu a Moldnia. Sem inimigos diretos e com ocrescimento de sua populao, a Moldnia iniciouum processo de militarizao e pesquisas militaresnas escolas msticas, quando os reis foramconvencidos pela necessidade de se armar edesconfiar da paz. A Igreja de Selimon sempre foicontra essa corrida armamentista, porm a Igrejade Palier havia aceitado os argumentos da Igreja deBlator, em Moldazi. Os alimentos se tornariamescassos e a populao passaria fome, o reinoenfraqueceria se no expandisse suas fronteiras.Durante esse perodo tambm ocorreu os primeiroscontatos com outros reinos e povos da regio: oImprio da Levnia e o reino ancestral de Abadom

    (em 420 DC), os povos de Runa (em 423 DC), astribos que viviam na regio da atual Filanti (em 424DC), os habitantes das regies ridas das Cidades-Estados (em 426 DC) e os Verrogaris (em 432 DC).Os descendentes de Sivon tentaram seguir oexemplo de Calco, buscando o dilogo entre ospovos e invocando as benesses da unio com o

    Reino da Moldnia. O povo feiticeiro de Runarecusou a ajuda, no aceitando a submisso doPovo Antigo sobre o comando de Saravossa. Assimtambm fizeram os Lees-Rubros de Verrogar,desdenhando e desconfiando das palavras dosMoldas. A regio leste das cidades-estados e ospovos que viviam na atual Filanti aceitaram iniciarfortes relaes com a Moldnia. Apenas a Levniarespondeu de forma agressiva a investida dosMoldas rejeitando qualquer lao de amizade eanunciando a superioridade dos Levas (os deAbadom se alinharam aos Levas, pormmanteriam-se sempre amistosos com os moldas, nainteno de preservar seus tesouros e estudos

    ancestrais).O grande conflito se deu com a morte da rainhaTria, a guardi do Frefo, que aos vinte e cincoanos morreu em 561 DC sem deixar herdeiros. Erao fim da primeira dinastia e o incio de um conflitoque marcaria a histria da Moldnia, a Tomada daSagastaem 562 DC. O descendente que mais seaproximava de Sivon seria Carom, representantedireto na linhagem de Balga (primo direto doprimeiro rei), em Moldazi. Porm as Igrejas deSelimon e Palier defendiam Guindam, elfo eRegente de Lirati, primo de Calco. O conflito durouapenas um ano quando, numa noite de outono, o

    exercito prpura de Moldazi entronizou Caromcomo novo rei da Moldnia.

    A Moldnia ImperialA Moldnia ImperialA Moldnia ImperialA Moldnia Imperial

    A burocracia e o exrcito de Moldazi assumiramento o controle de Saravossa e a partir da iniciou-se um conflito interno entre a Escola Filosfica deCalco e a Escola de Guerra. A coroa eracomprometida com a nobreza moldaziana e com aIgreja de Blator, decidindo em poucos anos assumiro caminho da guerra. Iniciou uma campanha militarde propores gigantescas em busca das terras

    frteis alm do sul da Moldnia. Para defender oterritrio oeste do reino, Carom confrontou osmoldas da Unio das Plancies, controlando-osmilitarmente e criando assim o Marco de Plana,governado diretamente por um sacerdotemoldaziano da Igreja de Blator, o Marqus Urgos deMoldazi. Em 567, Carom liderou as tropas rumo aoLeste do Dengrio e em outra frente Cidade deRuna, que controlava grande parte da regio. Aguerra, que durou cerca de vinte anos, esfacelou opoder da Cidade-Estado de Runa e terminou numacordo de paz em que os Moldas integraram osterritrios que atualmente so conhecidos comoAzanti e Filanti. Essas regies formariam o novovice-reinado da Moldnia Inferior, governado porum Vice-Rei escolhido pela coroa. Os vinte anos deconflito desgastaram a imagem de Carom e da

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    Escola de Guerra com os moldas, o que deixou osplanos de conflito com o Imprio da Levnia paradepois. O importante para Carom era restabelecer ainfluncia da coroa sobre o povo e fortalecer oslaos entre os territrios conquistados, colonizandofortemente a Moldnia Inferior.

    A Segunda Dinastia, baseada nos postulados daEscola da Guerra, se apropriou dos povosconquistados instituindo (como j havia entreoutros povos) a escravido no territrio daMoldnia: o que desagradou a Escola Filosfica deCalco, mas agradou a parte pobre da populao dosmoldas (muitos moldas foram servir ao exrcitocrescente, enquanto o povo da Moldnia Inferior setornava escravo em Muli, Caleonir e Saravossa).Carom, em cerimnia no Palcio Real, foi coroadopela Igreja de Blator, Imperador da GrandeMoldnia. A segunda dinastia e a fase imperialduram 320 anos, nos quais muitas coisasaconteceram e o mundo conhecido se viu

    assombrado por rumores de terras distantes emensagens divinas sobre um futuro mal quesurgiria sobre ele, aSeita. Sacerdotes de Selimonavisavam sobre um mal vindouro, um mal queabalara o mundo durante o segundo ciclo e do qualpoucos humanos se recordavam.

    Fim do Imprio e a Diviso da MoldniaFim do Imprio e a Diviso da MoldniaFim do Imprio e a Diviso da MoldniaFim do Imprio e a Diviso da Moldnia

    A segunda dinastia, aquela proveniente de Carom,manteve os olhos voltados para o interior da suafronteira, enrijecendo com o povo e ao mesmotempo incitando a adorao ao Imperador e a

    Blator. Escravido, aumento dos tributos parasustentar o exrcito, o cerco a Virena e Lirati paracontrolar as populaes no-humanas e a anexaodos territrios pertencentes aos de Runa, foramdecises que desagradaram as Igrejas de Palier eSelimon. Esta ltima decidiu retirar os seussacerdotes de Saravossa e lev-los para tratar dosferidos de guerra na regio anexada; a partir da aIgreja de Selimon desloca seu foco para o sul,deixando Saravossa nas mos da Escola da Guerra.O Cisma de Saravossa, em 656 DC, fez com quea coroa perdesse o apoio de grande parte dapopulao e iniciou um perodo de conflito entre asIgrejas de Blator e Selimon.

    A Igreja de Palier, porm, resolveu agir sozinha.Associada aos jovens seguidores de Cambu eCrizagom, Deuses de pouco destaque na poca,incitaram uma revolta civil no Marco de Plana e nasterras ao sul de Sivonti, perto de Lirati. Pretendiamatravs de uma manobra arriscada invocar apopulao contra a divinizao do imperador e seusseguidores da Escola da Guerra. O imperadorCarom IV descobriu os planos secretos dessasIgrejas e, em 678 DC, baniu-as do territrio daMoldnia. Os seguidores de Cambu fugiram para oMarco de Plana. Os de Palier abrigaram-se emLirati e os de Crizagom na Moldnia Inferior.

    O grande conflito ocorreu quando o ImperadorCarolino II decidiu transferir, em 830 DC, a capitalda Provncia de Sivontide Moldazi para Muli.

    Moldazianos que dominavam a burocracia deSaravossa foram contra e decidiram dar um golpe,colocando no poder o prncipe Hermon, sacerdotede Blator. Ao assumir o trono porm, Hermondecidiu instituir uma religio nica no reino,pretendendo atingir as religies sulistas (Selimon,Palier e Crizagom), e o crescente poder de Ganis

    em Muli (data desta poca a construo daCatedral dos Mares, maior templo de Ganis nomundo). A tentativa de banir as religiesfundadoras da nao, uniram no sul os moldas erunas fieis a estas igrejas. Filam de Chats,guerreiro devoto de Crizagom, com o apoio deseguidores de Blator contrrios a poltica deHermon e juntamente com Guindam de Lirati,ligado a Palier, incitaram uma revolta. Filam entodeclarou o fim do Vice-reinado da Moldnia Inferior,porm Moldazi e a Crte em Saravossa noaceitaram o nascimento dessa nova nao,declarando guerra ao sul. Ao mesmo tempoocorriam revoltas em Plana e Muli, as duas regies

    se declararam independentes. O imprio entoconvocou sua armada e os magos ligados a Escolade Guerra invocaram criaturas tenebrosas,iniciando uma guerra que durou 50 anos e que tevecomo resultado o esfacelamento do Imprio daMoldnia. A Moldnia Superior ficou com o seuterritrio original, sendo Plana oficialmentedesligada do Imprio. A Moldnia Inferior foi aceitacomo reino independente, e a cidade de Moldazi, nabeira do Dengrio, foi completamente destrudadando fim segunda dinastia.

    Sobe ao trono a Terceira Dinastiaque, muitoprxima da Escola Filosfica de Calco e afastada

    das religies em geral, inicia o processo dereconstruo da Moldnia. Alvr I, sbio e magoestudioso, assume o trono com o apoio da maioriada populao, que cansada da guerra se fecha emsuas fronteiras ao norte. Esse perodo que vai at aUnificao conhecido pelo isolacionismo daMoldnia Superior e pelo crescente poder do reinodo sul. A Igreja de Palier retorna, gloriosa, Saravossa. Os seguidores de Selimon prometemreconstruir o sul cansado da guerra, e assumempapel importante no governo da Moldnia Inferior.

    Filam declara Chats a capital do novo reino e cria apoderosa Mesa de Prata, cavaleiros que

    governariam os feudos, vilas e cidades junto aomonarca. Esses cavaleiros eram unidos por umcdigo de tica, defendendo a monarquia, a justiae a paz. Assinaram um tratado de paz comVerrogar em 885 DC e reconheceram o nascimentode Luna em 890 DC, visando enfraquecer seusantigos dominadores, a Cidade-Estado de Runa. Foium perodo de grande prosperidade para o Sul, quegovernado por Filam durante longos 58 anos, alouo novo reino condio de potncia emergente.Quando ento ocorreu a morte do rei, em 940 DC,seu filho Ftor I mudou o nome do reino paraFilanti, em homenagem ao heri da independncia.

    Cinqenta anos mais tarde, seu neto, Celto I,iniciou um processo que buscava a criao de umaidentidade nacional para Filanti, casando-se comuma nobre de Runa (buscando a simpatia dos runas

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    que j viviam ali muito antes da dominao molda).Aza, seu primo e Comandante da Mesa de Prata,adepto de causas como a nobreza do esprito, afeitiaria como uma fora corruptora e a guerracomo causa da paz, retirou seu apoio ao rei. Comoresposta, a Igreja de Blator, que nunca concordoucom suas idias segregacionistas, pediu que Aza

    abandonasse seu alto-posto na Mesa de Prata. Ocarisma do primo do rei era, porm, muito maisforte que a palavra da Igreja de Selimon - muitosmembros da Mesa de Prata abandonaram seu postoe seguiram Aza para o norte, onde ele pretendiafundar um estado baseado em suas idias depureza tnica, disciplina e grandeza de esprito. Oreino, aps perder sua elite militar, comeouimediatamente a recrutar novos soldados. Celto Ino aceita a criao, por seu primo, da cidade deZanta e inicia uma guerra com Aza, a quemacusava de traio. Depois de longos e sangrentosconflitos, Filanti acaba por ser derrotada, sendoobrigada a reconhecer o nascimento e

    independncia do Reino de Azanti. Com o reinodestroado, a igreja de Selimom passa a ter umaforte influncia sobre este. Celto I cria ento,juntamente com a nobreza, os CavaleirosBrancos, que possuam como misso defender aintegridade fsica e moral do Reino, trazendo umlongo perodo de paz e prosperidade para Filanti.

    Os dois braos da antiga Grande Moldnia, aMoldnia Superior e Filanti-Azanti cresceriamseparados e manteriam pouco contato durantelongos anos, s restabelecendo laos de amizadedurante o aumento de influncia dos Bankdis, osmensageiros dos demnios.

    O Surgimento da Seita e a Queda daO Surgimento da Seita e a Queda daO Surgimento da Seita e a Queda daO Surgimento da Seita e a Queda da

    HumanidadeHumanidadeHumanidadeHumanidade

    A Levnia j era um grandioso imprio muito antesda chegada dos moldas ao Frefo. Durante anos, oslevas se estabeleceram nas regies frteis queficavam perto dos rios Brual e Aurim, nas savanasprximas ao deserto de Blirga, ou em osis eregies costeiras. Os levas eram o maioragrupamento humano durante o Tempo dasMigraes, contando quase o dobro dos moldas.

    Estabeleceram-se na regio e a denominaramLevnia, em 180 DC, lutando contra nmades,monstros, elfos e anes, e se espalhando pelodeserto e regies prximas. Ali criaram cidades-estados e assinaram acordos de paz entre osgovernantes do seu povo, que tinha laos culturaise de amizade muito fortes. Sadom foi declarada acapital em comum acordo e o governante do reino,o sbio de um conselho de msticos e estudiosos damagia, o Ancio-Rei de toda a Levnia. Essesistema funcionou pacificamente durante mais deum milnio, sendo respeitado por lderes dediferentes tendncias religiosas e ideolgicas: asobrevivncia dos Levas no deserto e a defesa das

    regies frteis do Brual e Aurim, dependiam doconsenso e da irmandade entre todos. Porm, em1100 DC, o cl sulista conhecido como Bankdi,j

    dominava atravs de casamentos entre as crtes dediferentes cidades, a maior parte do territrio daLevnia menos Sadom, governada pelo mesmocl que fundou a cidade. Aos bankdis, que vinhamda regio do Aurim e controlavam grande parte daproduo de alimentos do Imprio, interessavacasar um de seus descendentes com a Princesa-

    Regente da cidade de Sadom. O Ancio-Rei AzaldinIV, com medo da dominao Bankdi sobre toda aLevnia, aconselhou ao Rei de Sadom que casassesua filha com o prncipe de Abadom, estado aonorte que sempre manteve uma postura amistosaem relao a Levnia. Os sadomianos noaprovavam essa unio, mas tampouco queriam veros Bankdis, ditadores sanguinrios e cruis, nocontrole de toda a Levnia; a princesa se casou aonorte enquanto tropas se formavam na regio doAurim. O lder dos bankdis, Alevos, retirou-se parao deserto de Blirga e l orou para o deus da guerrae da fria quando, dizem as lendas, umatempestade de areia o levou a regio do Campo

    Branco, o deserto de ossos no centro de Blirga. L,perseguido por uma voz em sua mente, passouduas semanas desaparecido, quando ento, nasmargens do Aurim, surgiu garantindo a vitria dosBankdis. A conquista da Levnia no poderia sergarantida sem a conquista de Sadom, a maior dascidades do Imprio. A guerra durou longos 30 anose Alevos passou o seu misterioso segredo paraRasZoul, seu filho. O poderoso mago iniciounovamente o ataque a Sadom, liderando as tropasfieis aos bankdis, porm as defesas da cidaderesistiam no norte da Levnia. Ras ento some edurante longos trs meses no manda notcias. As

    tropas de Sadom comeavam a recuperar suasforas e expulsavam os Bankdi para o sul, quandoento RasZoul retorna a Sadom com uma tropa demonstros e feras das montanhas. Logo elesconquistam Sadom em 1135 DC e a ditaduraBankdi foi instalada na Levnia.

    RasZoul se torna o Imperador e os bankdis formama grande tropa de elite, o cl central. Muitos anese humanos fugiram para o norte nesta poca.Feras, bestas, monstros e inmeros acampamentosorcos foram se espalhando pela Levnia, sendogrande parte do povo escravizado ou alistado noexrcito, o maior do mundo conhecido. Em 1140

    DC, RasZoul convoca os cerca de vinte mil levasligados ao cl dos bankdis para assinarem emconjunto o Pacto dos Bankdis, no qual vendiamsuas almas ao poder que os levou a vitria contraSadom. Esses homens e mulheres ganharampoderes grandiosos, riquezas incomensurveis, masaos poucos perderam a vitalidade e muitas vezesforam apenas carcaas controladas pelos desejosde um poder oculto...

    Iniciou-se ento o expurgo de divindades poderosasna Levnia e sacerdotes foram queimados vivos naspraas das maiores cidades. Os bankdis rejeitaramas divindades humanas, declararam guerra contra a

    religio e os deuses dominadores, dizendo quetodos os homens possuam um grau de divindadeque os Deuses no gostariam de ver despertado.Assim surgiu a Seita e, no final de 1140 DC, j era

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    numeroso o nmero de seguidores dentro daLevnia. RasZoul convocou ento os seus mais fiisoradores, trovadores e conselheiros, todosconvertidos s palavras obscuras da nova Seita. OsConselheiros Bankdisseriam os responsveis pordesestabilizar as outras naes, causar discrdia,levar a palavra da Seita e preparar a chegada das

    foras que se mantinham nas sombras...Estes conselheiros se espalharam pelo mundoconhecido, do sul ao norte, com a misso de seaproximar de governantes e grupos de humanosambiciosos. Por alguma razo desconhecida, osbankdisno se aproximaram de elfos, anes epequeninos, chegando a incitar o dio a essasraas inferiores. Ao sul, os bankdiscontrolandoexrcitos de monstros e brbaros do Sul Selvagem,iniciou o perodo conhecido como A Fria do Sul,quando as populaes do que seriam Ludgrim eEredra, foram surpreendidas pelo ataque e caramvitimas da escravido e da fome. Os bankdis se

    aproximaram dos humanos escravizados nestemomento, convocando-os a lutarem contra osdeuses que lhes haviam causado tamanhosofrimento. Em 1200 DC, os bankdis j dominavamgrande parte dos humanos sulistas, incitando-os aodio contra elfos e mestios (meios-elfos).

    Em 1220 DC, os bankdis j haviam juntado todasas peas necessrias para o grande golpe final nocontinente de Tagmar. Atravs de expedies nosul e em outras regies, chegando a invadir aprpria Floresta de mien, os bankdis conseguirampedaos da Pedra Negra, elemento necessriopara a invocao dos 13 Portes Antigos,

    grandes portais com capacidade de ligar Tagmar aoutras dimenses desconhecidas... E delessurgiram milhares e milhares de seres demonacos,liderados por criaturas que se autodenominavamOs Senhores Infernais, os treze prncipes doInferno.

    Aproximando-se dos Lees-Rubros (Cavaleiros deElite de Verrogar), os bankdis incitaram o seuexpansionismo e exaltaram a vocao imperial danao. Foram os bankdisque trouxeram as tribosverrogaris noo de unidade, visto que esse povoguerreiro sempre esteve ocupado demais com suasguerras internas. Os bankdis elegeram um lder leal

    a eles e o declararam Rei, incitando a guerra contraFilanti e os reinos orientais ligados aos runas:Marana, Luna e a prpria Cidade-Estado de Runa.Enquanto guerreavam na regio leste de Tagmar, oImprio da Levnia invadia Abadom e cercava asdesconhecidas Brumas de Dartel, impedindo a fugados povos pelas suas fronteiras. Assim, o MundoConhecido ficou sabendo das intenes da Levnia,e a Moldnia Superior e Filanti se uniram mais umavez contra seus novos inimigos. Essa guerra duroucerca de 173 anos, arrasando praticamente todasas naes (incluindo as cidades-estados do Norte,que foram cercadas pelos bankdis aps Runa eFilanti estarem completamente dominadas pela

    Seita.Este perodo foi o momento mais negro da histriarecente do mundo. A invaso demonaca controlou

    grande parte de Tagmar, escravizando e sealimentando do medo das raas civilizadas. Osdemnios se fortaleceram com o clima de dio,medo e outros sentimentos ruins que aoitavam oscoraes dos povos durante o perodo de influnciados bankdis sobre Tagmar. Com a invaso, osdemnios encontraram um povo fraco e sem

    resistncia moral para lutar contra o seu podercorruptor. Os 13 Senhores (ou Prncipes) do Infernodividiram o mundo sobre sua influncia emassacraram os rebeldes, levando-os a periferia domundo. Os bankdis formariam a corte dessascriaturas e o seu grupo de sacerdotes ( daqui quea palavra Bankdiperde a sua origem tribal para setornar um sinnimo de adorador de demnios).

    ResistnciResistnciResistnciResistncia, As Terras da Antigaa, As Terras da Antigaa, As Terras da Antigaa, As Terras da Antiga

    MoldniaMoldniaMoldniaMoldnia

    Os deuses se afastaram do mundo e uma grande

    noite caiu sobre toda Tagmar, s cinzas e nvoassulfurosas que saam das cicatrizes do mundomanchavam o cu como uma nuvem sombria eeterna. Os 13 Senhores escravizaram os povos econstruram suas fortalezas, aumentando seusexrcitos com monstros vindo do sul. Os Bankdisperdiam a lucidez, alienavam-se no seu cultomaligno, tatuando smbolos infernais e cantandosobre a morte dos deuses. As divindades, porm,no se deixaram abater por tamanha queda deinfluncia sobre o mundo: as antigas tradiesprecisavam ser preservadas. Quando da poca dainvaso, as principais Igrejas organizadas se

    reuniram em Saravossa para uma reunio nuncaantes ocorrida. Era necessrio deixar as diferenasde lado e iniciar uma reao contra o podercrescente dos demnios. Plana, Moldnia Superior eAzanti, uniram-se em 1224 DC na Aliana dosPovospara defender as raas civilizadas e as suasdivindades criadores. Essa regio sempre foi umfoco de resistncia do poder demonaco, que no ainvadia porque j possua muito trabalho com ocontrole das imensas reas sob seu controle e comas intrigas entre os 13 Senhores. Assim sepassaram 170 anos, de guerras localizadas nasfronteiras e muita destruio no resto do mundo.Porm tudo mudou em 1390 DC...

    Nesse perodo os 13 Senhores Infernais aceitaramuma trgua, mediada pelos sacerdotes da Seita, emprol da destruio da Aliana ao norte ultimoreduto das Antigas Tradies sobre toda Tagmar.Saravossa era nesta poca governada pelo ReiAlvr XI, que tinha no seu conselho o grande sbioMalim. Malim havia unificado os diversos alfabetosde Tagmar em um novo alfabeto mais simplificado,que no futuro viria a ser adotado como a escritanica. Esse homem era considerado um HomemSanto, guardio das Antigas Tradies e SupremoLder da Aliana dos Povos. Era do interesse dosBankdis v-lo morto, porm o Rei era muito leal

    figura de Malim e desde a chegada dos demniostodos os reis eram levados a uma sondagemmental para que se pudesse ter certeza de que

  • 8/10/2019 1 - Tagmar - Livro de Introducao a Ambientacao 2.2

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    Introduo AmbieIntroduo AmbieIntroduo AmbieIntroduo Ambientaontaontaontao

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    estava livre da corrupo da Seita. Porm eram 170anos de privao e misria, muitos no maisacreditavam que a Aliana fosse sobreviver pormuito tempo e os bankdis comearam a se infiltrarlentamente entre os humanos do Norte... Iniciou-seassim a guerra civil e nesta poca Malim comeou aperder a lucidez e a ter vises profticas (dizem

    que eram mensagens dos Deuses). O Rei Alvr XImorreu numa batalha contra hordas demonacasem Filanti e a esperana foi se esvaindo, caindoFilanti, Azanti e Plana sob o jugo dos 13 Senhores.Com a morte do Rei e o enfraquecimento daMoldnia, Malim e um grupo de poderosos herisatravessam Plana em busca de abrigo em Acordo,porm so atacados pelos bankdis.

    Saravossa cercada, Muli corrompida, Caleonirincendiada, Chats controlada por exrcitos orcos:era o fim da Aliana dos Povos. Os 13 Senhores sepreparavam para invadir pessoalmente a ltimacidade resistente, quando surgiu no horizonte uma

    figura solitria emanando uma aura de esperana epaz sobre o mundo: O Grande Sbio, ou o MaisSbio. O Grande Sbio inicia ento sua jornada pelaUnificao e pela destruio da Seita. Aos poucosvai contactando algumas resistncias (Eredra,Ludgrim, mien) que sobreviveram ao perodonegro. Recebendo de Maira o cetro dourado,passa-o a rainha Enora de mien que conseguevencer o demonio Morrigalti, expulsando os bankdisdas florestas de mien. Em 1403 acontece aBatalha dos Mil Mrtires, onde bravos heris,inclusive o rei Julian da Moldnia, perderam suasvidas em prol do resgate da Pedra Negra.Saravossa reanimada consegue ento impedir a

    invaso dos demnios, os bankdis caem naLevnia, os Lees-Rubros de Verrogar lutam contraa Fortaleza Negra, e os demnios voenfraquecendo com a coragem e a esperanaressurgindo no corao dos povos. O prprioGrande Sbio concebeu feitios poderosos queenviou os 13 Senhores de volta para o Inferno,juntamente com muitos seguidores bankdis. Aospoucos, todos os reinos conseguem com suasresistncias unidas aos exrcitos da Unio, expulsros bankdis e restabelecer seus domnios. Osbankdis sobreviventes desta poca foram marcadoscom a Marca da Vergonhae perseguidos por todo

    o mundo. Os demnios e seus adoradores no maisassombravam Tagmar e o Grande Sbio veiorestabelecer a f na Antiga Tradio e na Alianados Reinos... Alguns estudiosos se espantam pelofato de uma dominao to duradoura por partedas criaturas infernais ter sido desmantelada poruma figura humana em apenas dois anos - aceitamento a explicao religiosa de que o Grande Sbioera o enviado dos deuses, o preservador dastradies e defensor de todos os povos.

    O Sbio concebeu em 1393 DC, a Unificao. Esseproj