1 UNIDADE 7 ANÁLISE DA CAPABILIDADE DE PROCESSO Professor: Márcio José Coutinho de Paiva 7.1...
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1
UNIDADE 7
ANÁLISE DA CAPABILIDADE DE PROCESSO
Professor: Márcio José Coutinho de Paiva
7.1 Análise gráfica da capabilidade de processos.7.2 Razões da capabilidade de um processo.7.3 Análise da capabilidade de processos utilizando um Gráfico de Controle.
2
1 – O carro pode se deslocar lateralmente com folga que ainda assim estará dentro da pista de rolamento – processo muito capaz (pouco provável que saia da pista)
2 e 3 – Situações ainda razoavelmente tranqüila para o motorista – processo capaz
4 – Qualquer deslocamento lateral do carro colocará o mesmo fora da pista - processo aceitável (marginal)(sai da pista com frequência)
5 – O carro naturalmente já maior que a pista - processo incapaz (Ele ficará todo tempo fora da pista de rolamento)
1
2
3
4
5
capabilidade de processo
3
capabilidade de processo
Estudos de capabilidade (ou capacidade) têm por objetivo verificar se um processo gera produtos que atendem às especificações de engenharia, em condições normais de
operação.
Para verificar se um processo é capaz, são utilizados índices de capabilidade que comparam as especificações de engenharia com a variação natural do processo
capabilidade de processo
4
“Somente processos estáveis devem
ter sua capabilidade avaliada.”
Um processo pode não ser capaz por apresentar:
• Elevada variabilidade• Média deslocada em relação ao ponto médio dos limites da
especificação
capabilidade de processo
5
• O processo deve estar (estatisticamente) estável
• As medidas individuais devem ter distribuição normal
• Se estas duas restrições não forem obedecidas os resultados do estudo fornecerão indicações erradas.
Estudo de capabilidade:
capabilidade de processo
6
capabilidade de processo
Tolerância ou especificação
Faixa de valores aceitáveis estabelecidos pelo projeto de engenharia ou requerimentos do cliente
Variabilidade de processo
Variabilidade natural de um processo
capabilidade de processo
É a variabilidade de processo em relação à especificação
7
Convençõesµ = média do processo σ = desvio-padrão do processo = média geral das amostras = amplitude média das amostras = desvio-padrão médio das amostras LIE = limite inferior da especificação LSE = limite superior da especificação
d2 e c4 = constantes tabeladas
sRx
capabilidade de processo
8
Procedimento Resumido• Escolha um período para avaliação, excluindo os pontos cuja
variação seja justificada por ocorrências anormais (especiais)(ou seja, processo deve estar sob controle estatístico).
• Verifique se a distribuição é normal, por meio de um histograma.
• Se a curva é normal, calcule o Cp e trace os limites inferior e superior.
• Se a curva é normal e a média está deslocada ou se há apenas LIE ou LSE, calcule o Cpk.
• Defina os valores para LIC e LSC.
capabilidade de processo
9
Amostra xi1 xi2 xi3 xi4 xi5 xbarra Ri
1 7,100 7,095 7,100 7,105 7,105 7,101 0,0102 7,100 7,100 7,095 7,105 7,100 7,100 0,0103 7,120 7,105 7,100 7,120 7,100 7,109 0,02045 7,090 7,095 7,110 7,120 7,105 7,104 0,0306 7,110 7,100 7,105 7,100 7,100 7,103 0,0107 7,105 7,095 7,100 7,105 7,085 7,098 0,0208 7,100 7,115 7,095 7,105 7,125 7,108 0,0309 7,065 7,090 7,110 7,105 7,105 7,095 0,045
10 7,125 7,130 7,095 7,100 7,115 7,113 0,03511 7,105 7,100 7,115 7,095 7,075 7,098 0,04012 7,100 7,110 7,085 7,090 7,080 7,093 0,03013 7,115 7,090 7,085 7,090 7,110 7,098 0,03014 7,095 7,090 7,095 7,100 7,080 7,092 0,02015 7,110 7,070 7,095 7,100 7,110 7,097 0,040
1617 7,090 7,130 7,100 7,110 7,100 7,106 0,04018 7,100 7,100 7,090 7,095 7,080 7,093 0,02019 7,080 7,070 7,090 7,110 7,100 7,090 0,04020 7,100 7,110 7,070 7,110 7,110 7,100 0,04021 7,095 7,105 7,095 7,095 7,100 7,098 0,01022 7,105 7,070 7,110 7,110 7,110 7,101 0,04023 7,100 7,100 7,105 7,110 7,105 7,104 0,01024 7,100 7,105 7,105 7,110 7,080 7,100 0,030
25
Médias 7,100 0,02727
Como existem 3 pontos fora de controle, o
analista retirou os
pontos fora de controle e
recalculou os limites de controle
Análise gráfica da capabilidade de processo
10
0843,702727,0577,01000,71000,7
1157,702727,0577,0100,7
2
2
xRAxLICxLM
xRAxLSC
Gráfico Xbarra
(retirado as amostras 4, 16 e 25)
7,08
7,09
7,1
7,11
7,12
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25
número das amostras
méd
ias
diâm
etro
s m
m
LSC = 7,1157
LM = 7,1000
LIC = 7,0843
Análise gráfica da capabilidade de processo
11
002727,0002727,0
05767,002727,0115,2
3
4
xRDLICRLM
xRDLSC
Gráfico R (retirado amostras 4, 16 e 25)
00,010,020,030,040,050,06
1 3 5 7 9 11 13 15 17 19 21 23 25número das amostras
ampl
itude
s
LSC = 0,05767
LM = 0,02727
LIC = 0
Análise gráfica da capabilidade de processo
12
Análise gráfica da capabilidade de processo
Especificação dos diâmetros
7,10 ± 0,06 mm
• Processo sob controle (estável)
• Distribuição próxima da normal
• Processo centrado
• Processo capaz
Tolerância do processo
Diâmetros das roscas
Freq
üênc
ia
7,167,147,127,107,087,067,04
30
25
20
15
10
5
0
7,167,04Mean 7,100StDev 0,01237N 110
Normal Histograma das medidas de diâmetro das roscas
LSELIE
]135,7;065,7[326,202727,03100,7
332
dRxx
13
Índice de capabilidade de processo Cp
Cp mede quantas vezes a tolerância da especificação é maior ou menor que a tolerância do processo.
Exemplo: Cp = 2, indica que a variação permitida pela especificação é duas vezes maior que a variação do processo
42
666.csLIELSE
dRLIELSELIELSE
processotolLIELSEC p
especificação
Tol. processo
LIE LSE
6σ
Cp é adequado quando o
processo está centrado
Atenção
14
Índice de capabilidade de processo Cp
Exemplo: Cp = 1,71, indica que a variação permitida pela especificação é 1,71 vezes maior que a variação do processo
71,107,012,0
065,7135,704,716,7
6.
LIELSE
processotolLIELSEC p
especificação
Tol. processo
LIE = 7,04 LSE = 7,16
6σ7,065 7,135
135
No caso do diâmetro das roscas
15
Índice de capabilidade de processo Cpespecificação
Tol. Processo 6σ
LIE LSE
Cp > 1,33 processo capaz
Cp = 1,00 ~ 1,33 processo aceitável (marginal)
Cp < 1,00 processo incapaz
especificação
Tol. Processo 6σ
LIE LSE
especificação
Tol. Processo 6σ
LIE LSE
16
Interpretação natural
O índice Cp tem uma interpretação natural:
% da faixa de especificação utilizada processo = 1/Cp x 100
Exemplos:Cp = 1,33 ≡ 75% da faixaCp = 1,0 ≡ 100% da faixaCp = 0,90 ≡ 110% da faixa
Índice de capabilidade de processo Cp
17
Índice de capabilidade de processo Cp
especificação
Tol. Processo 6σ
LIE LSE
Deficiência de Cp para detectar processo não centrado
Processo Cp = 2Processo centrado
Processo não centrado
especificação
Tol. Processo 6σ
LIE LSEProcesso Cp = 2
A média do processo deslocou
Processo capaz
Processo incapaz
18
Índice de capabilidade de processo Cp
Classificação do processo Cp
Comparação com a especificação
Proporção fora da
especificaçãoLIE LSE
LIE LSE
LIE LSE
Capaz ou adequado
Cp > 1,33
Aceitável 1 ≤ Cp ≤ 1,33
Incapaz ou inaceitável
Cp < 1
p ≤ 64 ppm
64 ppm ≤ p ≤ 0,27 %
p ≥ 0,27 %
19
Índice de capabilidade de processo CpkÍndice Cpk: processos centrados e não centrados
42
42
333
333
),(
csxLSE
dRxLSELSEC
csLIEx
dRLIExLIEC
CCMinC
PS
PI
PSPIpk
Deve-se escolher o menor dos dois
índices
20
Índice de capabilidade de processo Cp
especificação
Tol. Processo 6σ
LIE = 20 LSE = 40
25 3530
2510
30353040
pPKPIPS CCCC
Processo centrado e capaz
especificação
Tol. Processo 6σ
LIE = 20 LSE = 40
30 40353
515
30352035
PIC
155
35403540
PSC
O menor Cpk retrata a pior condição do
processo
21
Índice de capabilidade de processo Cpk
Índice Cpk: processos centrados e não centrados
• Cp é sempre maior ou igual a Cpk
• Quando o processo está centralizado, ou seja, a sua média n está bem no meio da especificação, então Cp = Cpk
• Sempre que Cpk < 1, há geração de produtos não-conformes
• No caso de especificações unilaterais, somente se utiliza o índice Cpk
•Tanto Cp como Cpk só têm resultados válidos se a distribuição dos valores individuais for normal
22
Cp CpkLIE LSE
A
B
C
D
E
F
Índice de capabilidade de processo Cpk
23
Índice de capabilidade de processo Cpk
A
B
LIE = 56 LSE = 6460
Xbarra = 60 kg
σ = 2 kg
Xbarra = 63 kg
σ = 0,5 kg
capabilidade de processo
Histograma
Gráfico de controle
Fora de controle Sob de controle
Não
ate
nden
do
a es
peci
ficaç
ãoA
tend
endo
a
espe
cific
ação
LIE LSE
LIC
LSC
LIE LSE
LIC
LSC
LIE LSE
LIC
LSC
LIE LSE
LIC
LSC
2
1
4
3
25
capabilidade de processo
Melhorar a capabilidade do processo
• Simplificar
• Padronizar
• Treinar
• Fazer dispositivos a prova de erro
• Adquirir equipamentos mais modernos
• Fazer automação
26
capabilidade de processo
Limitações dos índices de capabilidade de processo
• O processo pode não estar estável
• A saída do processo pode não estar distribuída normalmente
• O processo pode não estar centrado, mas Cp está sendo usado
27
Ações após o estudo de capabilidade do processo
• Primeiro reduzir a variação no processo
• Então buscar a média alvo do processo
Alvo do processo
Variação
capabilidade de processo
28
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
Controle do processo
A variação do processo é estável e aceitável?
Controle do produto
O produto está dentro da especificação? X
29
Tipo de controle
Ênfase
Objetivo
Padrão de comparação
Tipo de ação
Responsável
Produto
Detecção de defeitos
Separar itens bons de itens ruins
Limites de especificação
Inspeção
Operador ou inspetor
Processo
Prevenção de defeitos
Evitar itens ruins
Limites de controle
Controle
Todos envolvidos
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
30
Detecção
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
Controle do produto
processo saídas
Agir e corrigir
Analisar e decidir
Observar ou medir
Avaliar e comparar
Sele ção
bom
ruim
Entradas
31
Erro do tipo I
O produto bom algumas vezes será classificado como produto ruim (reprovar um bom produto) – risco do produtor ou alarme falso.
Erro do tipo II
O produto ruim algumas vezes será classificado como produto bom (aprovar um produto ruim) – risco do consumidor ou taxa de erro (miss rate).
Controle do produto
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
32
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
Considere que toda a variabilidade existente seja devido a repetitividade e reproducibilidade (processo de medição está sob controle estatístico e tem zero bias (on target))
Comete-se os erros do tipo I (risco do produtor) e do tipo II (erro do consumidor).
Controle do produto
33
Controle do produto
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
Erro do tipo I
LIE LSE
LIE LSEErro de medição ideal (erro zero)
Erro de medição (diferente de zero)
Com o erro do sistema de medição igual a zero, mesmo o processo estando deslocado do centro, os produto serão considerados conformes (dentro da especificação)
Se o erro do sistema de medição for grande e o processo estiver deslocado do centro, produtos bons podem ser considerados não-conformes.
34
Erro do tipo II
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
LIE LSEUm produto não conforme próximo do limite pode ser considerado conforme devido ao erro do sistema de medição
Controle do produto
35
I produtos ruins sempre serão classificados de ruins
III produtos bons sempre serão classificados como produtos bons
II potenciais decisões erradas poderão ser tomadas
Sendo:
IIIIII III
LIE LSE
área de incerteza
área de incerteza
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
Controle do produto
36
Para maximizar a tomada de decisões CORRETAS
Melhorar o processo de produção - reduzir a variabilidade do processo de maneira que nenhum produto seja produzido na área II
Melhorar o sistema de medidas - reduzir o erro do sistema de medidas para reduzir o tamanho da área II de maneira que todos os produtos bons que estão sendo produzidos caiam dentro da área III e os
produtos ruins caiam na área I e então minimize o risco de tomada de decisão errada
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
Controle do produto
37
Prevenção
processoentradas saídas
Agir e corrigir
Analisar e decidir
Observar ou medir
Avaliar e comparar
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
Controle do processo
38
Três condições são necessárias para a análise: - processo está em controle estatístico - processo está on target (centrado) - processo está com variabilidade aceitável
A decisão está relacionada com as causas comuns e especiais:
- causa comum sendo classificada como causa especial
- causa especial sendo classificada de causa comum
Controle do processo
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
39
• Erro tipo I - erro que se comete ao se afirmar que o processo está fora de controle quando na realidade ele está sob controle.
Causas aleatórias (comuns) em raras ocasiões (0,27 %) indicarão que o processo provavelmente está “fora de controle”, quando na realidade ele não está.
• Erro tipo II - erro que se comete ao se afirmar que o processo está sob controle quando na realidade ele está fora de controle.
Causas especiais podem estar atuando no processo e o gráfico de controle indica que o processo está sob controle, pela incapabilidade de detectar a variação especial rapidamente.
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
Controle do processo
40
Tempo
y
LSC
LIC
x
x
X
Med
idas
de
méd
ias
Limite Inferior do processo
Limite superior do processo
+3σx
-3σx
Uma causa comum rara (além dos 3 σ) pode causar um alarme falso avaliando-a como causa especial (erro tipo I – é o risco do produtor)
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
Exemplo: GRÁFICO Xbarra
Controle do processo
41
Tempo x
Uma causa especial está atuando no processo e seu gráfico não foi capaz de detectar. O gráfico está dizendo que o processo está sob controle quando na realidade ele está fora de controle. É o erro do tipo II ou beta.
Efeitos da variabilidade na tomada de decisão
Exemplo: GRÁFICO Xbarra
Controle do processo
y
LSC
LIC
xX
Med
idas
de
méd
ias
Limite Inferior do processo
Limite superior do processo
+3σx
-3σx