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    A I G R E J A D E J E S U S C R I S T O D O S S A N T O S D O S L T I M O S D I A S O U T U B R O D E 2 0 0 3

    Uma Visita ao Lardos Hinckley,

    pgina 32.

    Acreditar no Temadas Moas,pgina 42.

    A Luz do Mundo,pgina A6.

    A Liahona

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    A I G R E J A D E J E S U S C R I S T O D O S S A N T O S D O S L T I M O S D I A S O U T U B R O D E 2 0 0 3

    NA CAPA

    Fotografias deCraig Dimond.

    CAPA DE O AMIGO

    Fotografia de John Luke,posada por modelo.

    VER O CACHECOL DE TRICVERMELHO, PGINA 18.

    S U M R I O2 Mensagem da Primeira Presidncia: Pensamentos Inspiradores

    Presidente Gordon B. Hinckley

    10 Ocasio lder Dallin H. Oaks

    18 O Cachecol de Tric Vermelho Hripsime Zatikyan Wright

    25 Mensagem das Professoras Visitantes:Preparar-se para Encontrar Deus

    26 Parbolas de Jesus: O Servo Intil lder W. Rolfe Kerr

    32 Uma Visita ao Lar dos Hinckley

    38 Vozes da IgrejaUma Cano para Ryan Luana LishNo Apenas Uma Outra Empresa Yolanda ZayasGuiada at a Igreja Yadamsuren Munkhtuya

    48 Como UtilizarA Liahona de Outubro de 2003

    E S P E C I A L M E N T E P A R A O S J O V E N S6 Poder Fortalecedor lder H. Ross Workman

    22 Perguntas e Respostas: Como Posso Preparar-me Melhor paraReceber o Sacerdcio de Melquisedeque?

    30 Aquele Livro Suwit Saisam-Ang

    42 Somos Filhas do Pai Celestial, Que nos Ama Susan W. Tanner47 Voc Sabia?

    O A M I G O2 Vinde ao Profeta Escutar: A Pequena Locomotiva Que Podia

    Presidente James E. Faust

    4 Cartes do Templo

    6 Tempo de Compartilhar: A Luz de CristoVicki F. Matsumori

    8 Histrias do Novo Testamento: Paulo e

    Silas na Priso; Paulo Obedece aoEsprito Santo

    12 Msica: De Mos Dadas, Todaa Terra Janice Kapp Perry

    14 Quero Ver o ProfetaSara V. Olds

    VER PENSAMENTOSINSPIRADORES, PGINA 2

    A Liahona

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    O ARTIGO MISSIONRIO

    Tenho doze anos e sou membro da

    Igreja h mais de um ano. Gostaria de con-

    tar-lhes como gosto dA Liahona. Aprecio

    todas as sees, porque nos ajudam diaria-

    mente e nos ensinam mais a respeito do

    evangelho. Gostei muito do artigo o Seu

    Chamado, no nmero de outubro de

    2001, pois ele descreve cada passo que pre-

    cisamos dar para nos tornarmos mission-

    rios. Muito obrigado pelaA Liahona e O

    Amigo. Eles so companheiros muito fiis

    do evangelho.

    Luis Eduardo Haro Bustos,

    Ramo Puerto Natales,

    Estaca Punta Arenas Chile

    A ALEGRIA DE COMPARTILHAR O

    TESTEMUNHO

    A Liahona proporciona-me um grande

    prazer. O Salvador prometeu: Recebereis a

    virtude do Esprito Santo, que h de vir

    sobre vs; e ser-me-eis testemunhas. (Atos

    1:8)A Liahona mostra-me como um teste-

    munho pode realizar milagres, como posso

    ser, passo a passo, uma testemunha de

    Jesus Cristo. Para mim uma grande alegria

    conhecer o Senhor e ela ainda maior ao

    ajudar os outros a virem a Ele. Uma belacoisa no cu ser a alegria daqueles a quem

    ajudamos a trazer para o Senhor. (Ver D&C

    18:16.)

    Dimitur Nikolov,

    Ramo Sliven,

    Distrito Plovdiv Bulgria

    UM TESOURO ESPIRITUAL

    A Liahona um tesouro espiritual. Essa

    revista maravilhosa tem abenoado minha

    vida desde que eu era jovem. As palavras

    dos profetas, videntes e reveladores, os

    valiosos artigos para os jovens e a seo

    infantil, terna e inspiradora, edificam minha

    vida por mais de 25 anos. Agradeo a meus

    pais por terem essa prola de grande valor

    em nosso lar, dando-me a oportunidade

    de poder deleitar-me com sua riqueza.

    Atualmente encorajo meus filhos a saciar

    a alma com sua verdade divina.

    Daniel Marcelo Caoles,

    Ala Cruz del Sur,

    Estaca Talcahuano Chile Coln

    CARTAS COM COMENTRIOS

    Fico assombrado pela forma com que o

    Senhor abenoa Seu povo nestes ltimos

    dias. Tenho a assinatura dA Liahona desde

    1987, quando me tornei membro da Igreja.

    Sinto-me muito bem ao ler a seo

    Comentrios. Os sentimentos e testemu-

    nhos dessas pessoas maravilhosas de todo

    o mundo me fortalecem. Como sou aben-oado por ser um membro da Igreja do

    Senhor! Tenho certeza de que essa revista

    inspirada por Deus, a fim de tocar Seu

    povo em todo o mundo.

    Victorino F. dela Cruz Jr.,

    Ala Quezon Hill,

    Estaca Baguio Filipinas

    A LIAHONA OUTUBRO DE 20031

    C O M E N T R I O S

    Eld isco ylo s p ap e-

    les de lareco mendaci nse

    env andesdelao f icinadereaal

    Dep artamento Misio nal,enSaltLak e

    City ,do ndelainf o rmacindeld isco sein-

    gresaalsistemadelDep artamento Misio nal.S ilo s f o r-

    mulariosestninco mpleto so lleganmsde9 0 d asantes

    delaf echaenq ueestarslisto p araco menzartu mis-

    i n,p uedeq uesedev uelv anatu p residentederea

    co ninstruccio nesdeenv iarlo snuev amenteo so lu -

    cionarcualquier problemaexistente.

    Luego ,unco mitde md ico s rev isatus registros

    md ico s y dentales p araasegurarsedeq ueestnco m-

    p leto s yp arav erif icarq ueests f sicay emo cio nal-

    mentep reparado p aralidiarco nlo s rigo res delamisi n

    regular.

    Despus de que tus formularios de recomendacin

    hayan pasado por el proceso, ests listo para ser

    puede hacer caso

    o miso deunatransgre-

    si nq ueno se hayare-

    suelto ysentirseen p az

    consigo mismo. Si se

    demo ralaco nfesi n,ellla-

    mamientopuede posponerse

    o cancelarse. El misionero

    p uedeserenviado acasaco nel

    p ro p sito ded isp o nerdelt iem-

    p o adecuado p araco mp letarel

    procesodearr epentimiento.

    ELPROCESAMIENTODE LOS

    PAPELES

    Despus dequetus lderes delsac-

    erdo cio hayanco nf irmado q ueests

    listo ento do sentido p araserv iren la

    misi n,llenarnelf o rmulario deco men-

    tarios ysugerencias paralos lderes delsac-

    erdo cio y lo env iarnalao f icinadelrea.La

    informacincontenida enlosformular iossei n-

    gresaenund isq uetedeco mp utadorausando el

    programa informtico provisto por el

    DepartamentoMisional. Estesistema electrni-

    co p ermiteq ueelDep artamento Misio nalp ro -

    ceseunos 35.000llamamientos alao.

    L I A H O N A

    20

    Sin duda alguna, el recibir el llamamiento es uno de

    los pasos ms emocionantes y angustiosos de la

    vida de un futuro misionero. Si te has preguntado

    qu es lo que sucede con los papeles de recomendacin

    del misionero durante esas pocas semanas de suspenso

    despus de que salen de las manos del presidente de es-

    taca o misin hasta que se convierten en un llamamien-

    to a la misin en el buzn, sigue leyendo. Aprenders

    qu es lo que sucede a cada paso del camino y recibirs

    valiosa informacin sobre cmo llenar tus papeles con

    xito.

    CMOLLENAR LOSPAPELES

    Uno scuatro mesesantesdeq uep uedasirtealamis-

    i n,f ijaunacitacontu o b ispo o p residentederamap ara

    tenerunaentrev istap ersonalyrecib irlo s p ap eles dere-

    comendacindel misionero.E sos papeles incluyenuna

    listadelo q uetienes q uehacerp arallenarlo s,elf o rmu-

    lariodere comendacin del misionero, el formulariopara

    los lderes delsacerdocio,los registros mdicos yden-

    tales,y lo sf o rmulario sdeseguro .

    Enelf o rmulario dereco mendaci np araelmisionero ,

    compartirs informacin concerniente a ti mismo.

    Hablars detu vida,tus deseos yhabilidades deaprender

    unid io ma,tusestud io sydec mo f inanciarstu misi n.

    Paradaruna ideacompletayc orrectadeti mismo,tno

    tu madrenitu p ad re debes llenarel f o rmulario .S

    to talmenteab ierto ysincero encuanto atusdeseo sy

    habilidades.

    Juntoconel formulario,incluye unafotografatuya en

    q uev istasytep resentessegnlasno rmasdelamisi n.

    Recuerdaq ue,alleerla inf o rmaci nq ueentregues,un

    miembrodel Qurum delos DoceApstoles mirartu

    f o to alp ro curarinsp iracinso b reellugardo ndedeb es

    serllamado .Estaf o to tamb inseleenv iaratu p resi-

    dentedemisi n desp us deq ue seas asignado .La

    p rimeraimp resi nq uedes a tu p residentedemisi nes

    muyimportante.

    Cuando comiences a llenar el papel de recomen-

    dacin, fija citas de inmediato con tu dentista y tus

    mdicos para las evaluaciones. El ver a estos profesion-

    ales de la salud con tiempo puede salvarte de retrasar

    la misin si hubiera problemas que resolver. La franca y

    cuidadosa evaluacin tuya y de tu mdico en cuanto a

    tu salud son importantes en la consideracin de tu asi-

    gnacin misional.

    Cuando esosf o rmulario sestnco mp leto syhayasre-

    sueltotus problemas desalud, entrevstatenuevame nte

    co ntu o b ispo o p residentederama.Silco nsideraq ue

    eres d igno yests listo ,teref eriratu p residentedees-

    tacao misi np araunaentrev ista.Sientu v idahub iera

    algunatransgresinq ueno hayasido resueltaadecuada-

    mente, no demoresenbuscar laayuda detuslderes del sac-

    erdocio. Ningn futuro misionero debe suponer que

    Desdetuprimeraconversacincontuobispo o presidentederamahasta

    elmomento enquetellegueeseemocionantesobreblanco,aqutedamosunaideadelo que sucedeycundo.

    Es tu

    porBarbaraJeanJonesILUSTRACIONES FOTOGRFICASPORJEDA.CLARK.

    LLAMAMIENTO

    Outubro de 2003, Vol. 56, N 10A LIAHONA, 23990-059

    Publicao oficial em portugus de A Igreja deJesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias.

    A Primeira Presidncia: Gordon B. Hinckley,Thomas S. Monson, James E. Faust

    Qurum dos Doze: Boyd K. Packer, L. Tom Perry,David B. Haight, Neal A. Maxwell, Russell M. Nelson,Dallin H. Oaks, M. Russell Ballard, Joseph B. Wirthlin,Richard G. Scott, Robert D. Hales, Jeffrey R. Holland,Henry B. Eyring

    Editor: Dennis B. NeuenschwanderConsultores: Monte J. Brough, J. Kent Jolley, W. Rolfe Kerr,

    Stephen A. WestDiretor Gerente: David L. FrischknechtDiretor Editorial:Victor D. CaveDiretor Grfico:Allan R. Loyborg

    Gerente Editorial: Richard M. RomneyGerentes Editoriais Assistentes: Marvin K. Gardner,Vivian Paulsen, Don L. SearleEquipe Editorial: Collette Nebeker Aune, Susan Barrett,Ryan Carr, Linda Stahle Cooper, LaRene Porter Gaunt, ShannaGhaznavi, Jenifer L. Greenwood, Lisa Ann Jackson, Carrie Kasten,Melvin Leavitt, Sally J. Odekirk, Adam C. Olson, Judith M. Paller,Jonathan H. Stephenson, Rebecca M. Taylor, Roger Terry, JanetThomas, Paul VanDenBerghe, Julie Wardell, Kimberly Webb,Monica Weeks

    Gerente Grfico da Revista: M. M. KawasakiDiretores de Arte: J. Scott Knudsen, Scott Van KampenGerente de Produo: Jane Ann PetersEquipe de Diagramao e Produo: Kelli Allen-Pratt, Fay P.Andrus, C. Kimball Bott, Howard G. Brown, Thomas S. Child,Reginald J. Christensen, Brent Christison, Kerry Lynn C. Herrin,Kathleen Howard, Denise Kirby, Tadd R. Peterson, Randall J. Pixton,Mark W. Robison, Brad Teare, Kari A. Todd, Claudia E. Warner

    Gerente Comercial: Larry HillerDiretor de Impresso: Craig K. SedgwickDiretor de Distribuio: Kris T Christensen

    A Liahona:

    Diretor Responsvel e Produo Grfica: Dario MingoranceEditor: Luiz Alberto A. Silva (Reg. 17.605)Traduo: Wilson R. Gomes

    Assinaturas: Cezare Malaspina Jr.

    REGISTRO: Est assentado no cadastro da DIVISO DECENSURA DE DIVERSES PBLICAS, do D.P.F., sob n1151-P209/73 de acordo com as normas em vigor.

    ASSINATURAS: Toda correspondncia sobre assinaturas deve-r ser endereada a: Departamento de Assinaturas deALiahona Caixa Postal 26023, CEP 05599-970 So Paulo,SP. Preo da assinatura anual para o Brasil: R$ 18,00. Preodo exemplar em nossa agncia: R$ 1,80. Para Portugal Centro de Distribuio Portugal, Rua Ferreira de Castro,10 Miratejo, Corroios 28 55238. Assinatura Anual:10 Euros. Para o exterior: Exemplar avulso: US$ 3.00;Assinatura: US$ 30.00. As mudanas de endereo devem sercomunicadas indicando-se o endereo antigo e o novo.

    Envie manuscritos e perguntas para:A Liahona, Room 2420, 50East North Temple Street, Salt Lake City, UT 84150-3220, USA;ou mande e-mail para: [email protected]

    A Liahona (um termo do Livro de Mrmon que significabssola ou orientador) publicada em albans, alemo,armnio, blgaro, cambojano, cebuano, chins, coreano,croata, dinamarqus, esloveno, espanhol, estoniano, fijiano,finlands, francs, haitiano, hngaro, holands, indonsio,ingls, islands, italiano, japons, leto, lituano, malgaxe,marshalls, mongol, noruegus, polons, portugus, quiribati,romeno, russo, samoano, sinhala, sueco, tagalo, tailands,taitiano, tmil, tcheco, tlugo, tongans, ucraniano, evietnamita. (A periodicidade varia de uma lngua para outra.)

    2003 por Intellectual Reserve, Inc. Todos os direitosreservados. Impressa nos Estados Unidos da Amrica.

    For readers in the United States and Canada:

    October 2003 Vol. 56 No. 10. A LIAHONA (USPS311-480) Portuguese (ISSN 1044-3347) is published monthlyby The Church of Jesus Christ of Latter-day Saints, 50 East NorthTemple, Salt Lake City, UT 84150. USA subscription price is$10.00 per year; Canada, $16.00 plus applicable taxes.Periodicals Postage Paid at Salt Lake City, Utah, and at additionalmailing offices. Sixty days notice required for change of address.Include address label from a recent issue; old and new addressmust be included. Send USA and Canadian subscriptions toSalt Lake Distribution Center at address below. Subscription helpline: 1-800-537-5971. Credit card orders (Visa, MasterCard,American Express) may be taken by phone. (Canada PosteInformation: Publication Agreement #40017431)

    POSTMASTER: Send address changes to Salt LakeDistribution Center, Church Magazines, PO Box 26368,Salt Lake City, UT 84126-0368.

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    A LIAHONA OUTUBRO DE 20033

    O Processo Missionrio

    O processo missionrio compe-se dequatro partes: (1) achar o pesquisador, (2)ensinar o pesquisador, (3) batizar o conversodigno, (4) integrar o membro novo. (...) importante que daqui a 5, 10 ou vinte anos,aquele que voc batizou seja um membroativo, fiel, dedicado e digno dA Igreja deJesus Cristo dos Santos dos ltimos Dias.(Reunio missionria, Houston, Texas, 20 desetembro de 1998.)

    Compartilhar o Evangelho

    Para o bem dos missionrios, (...) querorogar aos santos que faam tudo o quepuderem para fornecer referncias (de pes-soas) a quem eles possam ensinar. Vocsficaro felizes se o fizerem. Todos os quevocs virem entrar na Igreja por causa deseus esforos, traro felicidade sua vida.Fao disso uma promessa a cada um devocs. (Sero, Pusan, Coria, 21 de maio

    de 1996.)

    As Conseqncias Nunca Podem Ser

    Previstas

    As conseqncias daquilo que fazemosnunca podem ser previstas. E o homemou mulher, rapaz ou moa a quem vocsvisitam hoje, com quem falam, com quemdeixam um Livro de Mrmon, e que noo aceitam, podero, mais tarde, ficar

    interessados e se filiar a esta Igreja. (...)

    Os caminhos tomados pelo Senhor paratocar o corao das pessoas so estranhos.As conseqncias daquilo que fazemosnunca podem ser previstas. (Reuniomissionria, Boston, Massachusetts, 22de maro de 2002.)

    A Converso

    extremamente importante, meusirmos e irms, providenciar que (os mem-bros recm batizados) estejam convertidos,que tenham em seu corao uma convicoquanto a esta grande obra. No apenasuma questo de raciocnio. tambm desentimento, e de que os coraes sejamtocados pelo Esprito Santo at que saibamque esta obra verdadeira, que JosephSmith foi verdadeiramente um profeta deDeus, que Deus vive e que Jesus Cristo vive,e que Eles apareceram ao menino JosephSmith, que o Livro de Mrmon verdadeiro,

    que o sacerdcio se encontra aqui comtodos os seus dons e bnos. No possodar a esse assunto a nfase que lhe devida. (Reunio missionria, Bogot,Colmbia, 8 de nov. de 1996.)

    A Igreja Espera Alguma Coisa das Pessoas

    Esta Igreja espera muito das pessoas. Elapossui padres altos. Tem uma doutrinavigorosa. Espera que as pessoas prestem

    M E N S A G E M D A P R I M E I R A P R E S I D N C I A

    Esta Igreja est inte-

    ressada em pessoas,

    independentemente do

    nmero de membros

    que tenha. Sejam 6, 10,

    12 ou 50 milhes, no

    podemos jamais per-

    der de vista o fato de

    que o importante a

    pessoa.

    P R E S I D E N T E G O R D O N B . H I N C K L E Y

    Pensamentos

    Inspiradores

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    muito servio. No quer que prossigam displicente-

    mente. Esperamos que elas realizem coisas. As pessoascostumam corresponder. Elas recebem com satisfao aoportunidade de serem teis e, ao faz-lo, crescem emsua capacidade, em sua compreenso, e em suas qualifi-caes para fazerem as coisas e faz-las bem. (Entrevistacom a televiso ORF (australiana), 6 de nov. de 2001.)

    Sentir-se Bem-vindos

    Precisamos providenciar que todas as pessoas que sefiliam a esta Igreja sejam bem-vindas, sintam-se vontade,tenham amigos na Igreja e recebam alguma coisa para

    fazer na Igreja que as faa desenvolverem-se em f e fideli-dade. (Reunio, Aruba, 16 de mar. de 2001.)

    Uma Palavra de Encorajamento

    Temos uma grande obrigao para com aqueles que sebatizam na Igreja. No podemos negligenci-los. Nopodemos deixar que fiquem sozinhos. Elesprecisam de ajuda, enquanto se acostumamaos modos e cultura desta Igreja. E nossagrande bno e oportunidade proporcionar-lhes essa ajuda. (...) Um caloroso sorriso, umapertar de mos amistoso, uma palavra deencorajamento far maravilhas. (Confernciaregional,Ensign/Rose Park, Utah, 28 de fev. de1999.)

    Integr-los

    Eles (os missionrios) ainda tm aobrigao de nutri-los e de ajudar aos quebatizaram ampar-los, escrever-lhes, enco-raj-los. Contudo, maior do que essa

    a sua responsabilidade, meus irmos

    como bispos, presidentes de estaca, presidentes de qu-

    runs de lderes de integrar essas pessoas e faz-lassentirem-se vontade, queridas e felizes. Isto impera-tivo. (Conferncia regional, Woods Cross, Utah, 10 dejan. de 1998.)

    Nutrio Constante

    Todo converso necessita de um amigo na Igreja,algum que fique prximo dele, que responda s suas per-guntas, que cuide dele e o mantenha ativo. Precisa receberuma responsabilidade. Precisa de alguma coisa para fazer.Ele no progredir sem responsabilidades. Precisa ter um

    encargo. Precisamos cuidar dos que entram na Igrejacomo conversos. Eles necessitam de nutrio constante noevangelho. (Conferncia regional, Woods Cross, Utah, 10de jan. de 1998.)

    Edificar a Espiritualidade das Pessoas

    Se eu fosse hoje um bispo ou presidentede estaca, o que faria? Creio que tentaria envi-dar meus maiores esforos na edificao daespiritualidade das pessoas. Trabalharia tantoquanto pudesse para aumentar sua f noSenhor Jesus Cristo, em Deus, nosso PaiEterno, no Profeta Joseph Smith e naRestaurao desta obra, assim como no seusignificado e objetivo. Eu encorajaria meupovo a ler as escrituras, o Livro de Mrmon eo Novo Testamento. Eu os incentivaria com omximo que posso transmitir, a ler silenciosa-mente e meditando, se querem saber. Eu lhesrecomendaria insistentemente que lessem osensinamentos do Profeta Joseph Smith.

    (Conferncia regional, Eugene, Oregon, 14de set. de 1996.)

    Oprocesso

    missionrio

    compe-se

    de quatro partes:

    (1) achar o pesqui-

    sador, (2) ensinar

    o pesquisador,

    (3) batizar o con-

    verso digno,

    (4) integrar o

    membro novo.

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    Lembrar-se da Pessoa

    Precisamos cuidar das pessoas. Cristo sempre falousobre pessoas. Ele curou o doente, individualmente. EmSuas parbolas, falou sobre pessoas. Esta Igreja est inte-ressada em pessoas, independentemente do nmero demembros que tenha. Sejam 6, 10, 12 ou 50 milhes, nopodemos jamais perder de vista o fato de que o impor-tante a pessoa. (Entrevista com oDeseret News, 25 defev. de 2000.)

    Tenho um Testemunho

    Tenho um testemunho real, ardente e vital quanto

    veracidade desta obra. Sei que Deus, nosso Pai Eterno,vive, e que Jesus o Cristo, meu Salvador e meuRedentor. Ele que Se encontra na direo destaIgreja. Tudo o que desejo ir adiante com estetrabalho como Ele quer que pros-siga. (Conferncia de estaca,Washington, Utah, 20 dejan. de 2002.)

    Depois de preparar esta mensagem em esprito de orao,

    compartilhe-a, usando um mtodo que possa incentivar a parti-

    cipao daqueles a quem ensina. Seguem-se alguns exemplos:

    1. Junte seis a oito pedaos pequenos de madeira ou pls-

    tico. Convide as pessoas da famlia a construrem alguma

    coisa, usando esses pequenos objetos. Pergunte-lhes entoque blocos de construo poderamos empregar para cons-

    truir a espiritualidade pessoal. Rotule os pequenos objetos com

    algumas das sugestes do Presidente Hinckley apresentadas

    nesta mensagem. Como que cada sugesto constri a f em

    Jesus Cristo?

    2. Leia as primeiras quatro declaraes e debata meios

    pelos quais as pessoas da famlia e os missionrios de sua

    rea possam trabalhar em conjunto.

    3. Leia Sentir-se Bem-vindos e as trs declaraes

    seguintes. Convide as pessoas da famlia a contar experincias

    que tiveram ao ajudar um membro novo. Leia Lembrar-se da

    Pessoa e preste testemunho do amor que tem o Salvador.

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    IDIAS PARA OS MESTRES FAMILIARES

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    L D E R H . R O S S W O R K M A NDos Setenta

    EEu estava na faculdade, tinha um bomemprego de meio perodo, era noivo epretendia casar-me dentro de poucos

    meses. Minha vida era tima, e o futuro pare-cia brilhante.

    Surpreendi-me quando meu presidentede estaca se aproximou de mim certodomingo pela manh e disse: O Senhor querque voc sirva em uma misso. Tive umaforte sensao de que este era um chamadode Deus. Sob a influncia dessa impresso,imediatamente comprometi-me a servir.

    Fui chamado para servir na Misso dosEstados do Sul e comecei a preparar-me com

    tarefas difceis: sa do emprego, deixei a uni-versidade, adiei meu casamento por doisanos e despedi-me das pessoas queridas.Parecia estar abandonando todos e tudo quetinha importncia para mim.

    Viajei de trem durante muitas horas comcompanheiros missionrios para Atlanta, naGergia. Dois missionrios nos apanharam elevaram-me de carro para conhecer o presi-dente da misso. Ele cumprimentou-me por

    alguns momentos e depois disse-me que eudeveria partir imediatamente, de nibus, paraMontgomery, Alabama, onde receberia instru-es a respeito de meu campo de trabalho.Os mesmos lderes que me haviam recebidolevaram-me para a estao rodoviria e mederam um pedao de papel com um ende-reo. Disseram-me que os missionrios emMontgomery me instruiriam no que fazer.

    Entrei hesitante na estao rodoviria,comprei uma passagem e subi no nibus.Estava escurecendo, e comecei a sentir-memuito s. Encontrei um assento vago pertode uma janela e tentei ignorar o crescentedesnimo por no saber para onde ia, comquem estaria, ou o que faria.

    Quando o motorista sentou-se, olhou

    para mim pelo espelho retrovisor. Ele veioat onde eu estava e gritou: O que que hcom voc, rapaz? Fiquei chocado por eleestar gritando comigo com todos do nibusolhando. Eu no tinha idia da razo de suaraiva. Mal pude sussurrar: Estou simples-mente viajando no nibus.

    Ele vociferou: Voc est tentando arran-jar problemas? Apontou para uma linhabranca que eu no havia notado antes, no

    6

    PPOODDEERRFFOORRTTAALLEECCEEDDOORRAbandonar tudo para fazer uma misso parecia ser o certo,at que tudo deu errado. Mas eu nunca desistiria. Eupermaneceria na misso.

    OOSenhor

    quer que

    voc sirva

    em uma misso. Tive

    uma forte sensao

    de que este era umchamado de Deus.

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    A LIAHONA OUTUBRO DE 20037

    OOque

    que h

    com

    voc, rapaz?

    Fiquei chocado

    por ele estar gri-

    tando comigo

    com todos do

    nibus olhando.

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    quantia, muito embora parecesse bem alta.Ele dirigiu por menos de 90 metros e anun-ciou: Chegamos! O motorista cobrou a cor-rida e deixou-me, com as malas, em frente auma pequena casa branca.

    A casa estava s escuras. Levei minhasmalas at a varanda e bati na porta. Ningumapareceu. Bati com mais fora. Depois dealguns minutos, um missionrio com cara desono abriu a porta.

    Quem voc? perguntou.

    Quando lhe contei quem era e por queestava ali, disse-me que no sabia que euvinha, e no me convidou para entrar.Desculpei-me e disse-lhe que estava apenasfazendo o que me orientaram.

    No temos espao para voc, disse ele,deixando-me ainda na varanda.

    E o que voc quer que eu faa, lder?bradei. Fui enviado para c e no tenhonenhum outro lugar para ir.

    Ele finalmente convidou-me a entrar nacasa e disse-me que teria de dormir no choda cozinha. Depois, desapareceu em seuquarto. Nunca me havia sentido to s, inde-sejvel e desanimado.

    Coloquei as malas no cho imundo e apa-guei a luz. Estava acabrunhado demais paradormir; assim, fiquei na porta e olhei pelajanela. Pude ver a estao rodoviria da qualsara h poucos minutos. Poderia facilmenteandar at l e comprar uma passagem para

    casa. Sobrara-me apenas o necessrio paraisso. Todas as minhas alegrias, esperanas esonhos estavam em casa. As pessoas de lme amavam. Eu poderia conseguir meuemprego de volta, retornar escola, verminha famlia e casar-me. Pensei repetida-mente: V para casa. Ningum aqui seimporta com voc. Ningum o quer aqui.

    Ento, fiz-me a pergunta: Para comear,por que que vim aqui? As palavras de

    8

    cho do nibus. Berrou que me sentasse nafrente daquela linha, ou me faria descer donibus. Eu estava terrificado e mudei-meimediatamente. No soube, at muito maistarde, que naqueles dias as linhas brancasdividiam as reas em que as pessoas bran-cas e negras poderiam sentar-se. J houveramuita desavena no sul dos Estados Unidospor causa da segregao de brancos enegros, e o motorista deve ter pensado queeu estava iniciando um protesto.

    Viajei durante vrias horas, apertadono nibus, tentando lutar contra o medo,solido e constrangimento. Ao chegar aMontgomery, minhas mos trmulas malpodiam levantar as malas. O nibus chegoutarde da noite: a estao rodoviria estavaquase vazia, e no havia ningum me espe-rando. A nica informao que tinha era oendereo que os missionrios me haviamfornecido em Atlanta. Eu no tinha idia decomo encontrar essa casa.

    Acordei um motorista que dormia em seutxi e perguntei-lhe se poderia levar-me aoendereo do papel. Ele estava irritado. Disse-me quanto custaria e prometi pagar-lhe a

    O verdadeiro sucesso

    de uma misso no

    medido em um grfico

    ele gravado em teu

    corao e no daqueles

    cuja vida eternamente

    mudada por tua causa.

    Compartilha sempre o

    teu testemunho. Jamais

    observei em um missio-

    nrio algo que exera

    maior poder e influncia

    positiva do que prestar

    um testemunho puro e

    simples. O teu testemu-

    nho o primeiro passo

    na converso daqueles

    a quem ensinas. Tem a

    coragem de incentivar

    os outros a mudarem

    de vida e a virem a

    Cristo, pela obedincia

    aos princpios e orde-

    nanas do evangelho.

    lder Dennis B.Neuenschwander,da Presidncia dosSetenta, A Um FilhoMissionrio,A Liahona,jan. de 1992, p. 49.

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    meu presidente de estaca voltaram-me mente: O Senhor quer que voc sirva emuma misso. Senti algo muito forte quandoele me disse isso. Tal sentimento fez comque eu adiasse meu casamento, sasse demeu emprego e deixasse a universidadepara sair em misso. Eu sabia que o Senhorqueria que eu servisse.

    No entanto, estar no campo missionriono era de modo algum o que imaginava. Eutive a certeza uma vez, mas agora, quando

    mais necessitava da confirmao divina,aqueles sentimentos poderosos pareciamuma lembrana distante.

    Minha chegada ao campo missionrio detempo integral foi um desafio inesperado.Mas eu sabia que estava a servio do Senhor.Sabia, sem dvida, que era Sua vontade queeu servisse em uma misso. A ausncia deuma profunda confirmao naquela janelaescura de um alojamento de missionriosno mudou esse conhecimento.

    Precisava tomar uma deciso muitoimportante, entre o que eu queria fazer eo que o Senhor queria que eu fizesse. Eraa primeira vez na vida que me lembravade ter reconhecido to claramente umaescolha.

    Disse em meu ntimo: Nunca, nuncaabandonarei o chamado que aceitei. Noimporta o que acontea, permanecerei emminha misso. Em seguida, a paz tomou

    conta de meu corao pela primeira vezdesde que cheguei ao campo missionrio.Hoje, muitos anos depois, reconheo

    que o Senhor estava-me guiando por meiodessa experincia. Aprendi que o Senhors nos abenoa com a paz confirmadoradepois que demonstramos disposio paraobedecer. Serei sempre grato pelas bn-os daquela escolha. Ela mudou minhavida para sempre.

    A LIAHONA OUTUBRO DE 20039

    CColoquei

    as malas

    no cho

    imundo e apaguei

    a luz. Estava aca-

    brunhado demais

    para dormir; assim,fiquei na porta e

    olhei pela janela.

    Precisava efetuar

    uma escolha muito

    importante.

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    L D E R D A L L I N H . O A K SDo Qurum dos Doze Apstolos

    H muitos anos, na posse de um presi-dente de universidade, ouvi uma his-tria que ilustra a importncia daocasio. Certo presidente de universidadehavia chegado ao trmino de seu perodo deservio, e um outro estava apenas come-ando. Num gesto de boa vontade, o sbiopresidente que se retirava estendeu ao queentrava trs envelopes fechados. Conserve-os at a primeira crise que surgir em suaadministrao, explicou ele. A, abra o pri-meiro e achar um conselho sbio.

    Passou-se um ano antes que o novo presi-dente enfrentasse uma crise. Quando abriu oprimeiro envelope, achou uma nica folha depapel em que estavam escritas as palavras:

    Ponha a culpa na administrao anterior.Ele seguiu o conselho e sobreviveu crise.Dois anos depois, deparou com um srio

    desafio sua liderana. Abriu o segundoenvelope e leu: Reorganize sua administra-o. Isso ele fez, e a reorganizao desar-mou seus crticos e deu novo mpeto sualiderana.

    Muito depois, o agora experimentado pre-sidente enfrentou sua terceira grande crise.

    Abriu avidamente o ltimo envelope, pre-vendo o conselho que solucionaria seus pro-blemas. Mais uma vez, achou uma nica folhade papel, mas agora ela dizia: Prepare trsenvelopes. Chegara a ocasio de uma novaliderana.

    A conhecida observao de que a ocasio tudo certamente exagera o ponto, mas aocasio vital. Lemos em Eclesiastes:

    Tudo tem o seu tempo determinado, e htempo para todo o propsito debaixo do cu.

    H tempo de nascer, e tempo de morrer;tempo de plantar e tempo de arrancar o quese plantou; (...)

    Tempo de chorar, e tempo de rir; tempode prantear, e tempo de danar;

    (...) tempo de abraar, e tempo de afastar-se de abraar; (...)

    (...) tempo de estar calado, e tempo defalar. (Eclesiastes 3:12, 45, 7)Em todas as decises relevantes de

    nossa vida, o mais importante fazer acoisa certa. Em segundo lugar, apenas umpouco abaixo da primeira, fazer a coisacerta na ocasio certa. As pessoas quefazem a coisa certa na ocasio erradapodem ficar frustradas e ser ineficientes.Podem at ficar confusas, pensando se

    OcasioEm todas as decises relevantes de nossa vida, o mais importante fazer a coisa certa. Em segundo lugar, apenas um pouco abaixo daprimeira, fazer a coisa certa na ocasio certa.

    A f no Senhor Jesus

    Cristo prepara-nos

    para o que quer que

    a vida possa trazer.

    Esse tipo de f nos

    prepara para lidar

    com as oportunidades

    da vida a tirar

    vantagem daquelasque so recebidas e

    persistir ultrapas-

    sando aquelas que

    so perdidas.

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    A LIAHONA OUTUBRO DE 200311

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    fizeram a coisa certa, quando o que estava errado era aescolha da ocasio.

    O Tempo do Senhor

    Meu primeiro ponto a abordar sobre a ocasio, que oSenhor tem Sua prpria programao. Minhas palavrasso certas e no falharo, ensinou o Senhor aos primeiroslderes desta dispensao. Todas as coisas, continuouEle, porm, devero realizar-se aseu tempo. (D&C 64:3132)

    O primeiro princpio do evange-lho f no Senhor Jesus Cristo. Fsignifica confiana confiana na

    vontade de Deus, confiana em Seumodo de fazer as coisas, e confianaem Sua programao. No devemostentar impor nossa programaosobre a Dele. Como disse o lderNeal A. Maxwell, do Qurum dosDoze Apstolos:

    Para ns a questo confiarmossuficientemente em Deus para con-fiarmos tambm em Sua programa-o. Se pudermos verdadeiramenteacreditar que Seu desejo o nossobem-estar, ser que no podemosdeixar que Ele desenvolva Seus pla-nos da maneira que achar melhor? Omesmo se d com a segunda vinda ecom todos os assuntos em que nossa f precisa incluir acrena na programao do Senhor para ns, pessoal-mente, no apenas em Seus planos e propsitos gerais.1

    Na realidade, no podemos ter f verdadeira no Senhorsem ter tambm completa confiana na vontade do

    Senhor e em Sua programao.No servio que prestamos na Igreja do Senhor, deve-mos nos lembrar de que oquando to importantequantoquem, o que, onde, ecomo.

    Para obtermos uma ilustrao vvida da importncia daocasio, podemos observar o ministrio terreno doSenhor e Suas sucessivas instrues aos Seus Apstolos.Durante Sua vida, o Senhor instruiu os Doze Apstolos ano pregarem aos gentios, mas ide antes s ovelhas perdi-das da casa de Israel. (Mateus 10:6; ver tambm Mateus

    12

    10:5; 15:2226.) Depois, na ocasio apropriada, essa instru-o foi mudada em uma grande revelao ao Apstolo

    Pedro. S ento, na ocasio precisa ditada pelo Senhor, oevangelho foi levado aos gentios. (Ver Atos 1011.)

    Como demonstra esse exemplo, a revelao contnua o meio pelo qual o Senhor administra Sua ocasio. Ns pre-cisamos dessa orientao reveladora. Por exemplo, muitosde ns ou nossos descendentes, sem dvida, participare-

    mos no cumprimento de profecias arespeito da construo da Cidade deNova Jerusalm. (Ver D&C 84:24.)Mas, quanto a esse assunto, a pro-gramao do Senhor, e no nossa.

    No seremos aprovados ou aben-oados para limpar o terreno ouassentar os alicerces desse grandeprojeto, at que o Senhor tenha ditoque chegou a ocasio. Nessa, comoem muitas outras coisas, o Senhorprosseguir em Seu prprio tempoe de Seu prprio modo.

    Preparemo-nos da maneirapela qual o Senhor orientou.Mantenhamo-nos prontos paraagir de acordo com a ocasio doSenhor. Ele nos dir quando che-gar o tempo certo para dar oprximo passo. Por agora, simples-mente nos concentraremos em

    nossas prprias designaes e naquilo que nos foi pedidoque fizssemos hoje. Dessa forma, estaremos tambmcientes da certeza de que o Senhor nos deu: Eis queapressarei minha obra a seu tempo. (D&C 88:73)

    Pessoas que no aceitam a revelao contnua s vezes

    enfrentam problemas fazendo as coisas cedo demais, tardedemais, ou durante muito tempo. A prtica do casamentoplural um exemplo.

    A importncia da ocasio do Senhor tambm se eviden-cia em Suas leis de sade. O Senhor deu uma lei de sade antiga Israel. Muito mais tarde, devido a maldades edesgnios que existem nestes ltimos dias (ver D&C89:4), Ele nos deu uma Palavra de Sabedoria adaptada scircunstncias de nossa poca, acompanhada pelas bn-os prometidas de que necessitamos em nossos tempos.

    Construir templos adicionais sempre foi

    a direo a seguir, mas, at que o profeta

    do Senhor apontasse isso como uma inicia-

    tiva principal, ningum poderia ter impul-

    sionado apropriadamente esse aumento

    repentino e dramtico.

  • 8/6/2019 10 Outubro

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    Para obtermos

    uma ilustra-

    o vvida da

    importncia da oca-

    sio, poderemos

    observar o ministrio

    terreno do Senhor e

    Suas sucessivas ins-

    trues aos Seus

    Apstolos.

    A ocasio do Senhor aplica-se tambm aacontecimentos importantes de nossa vidapessoal. Uma grande escritura de Doutrina eConvnios declara que uma experincia espi-ritual particular nos advir em seu prpriotempo e a seu prprio modo e de acordocom sua prpria vontade. (D&C 88:68) Esteprincpio aplica-se revelao2 e a todos osmais importantes acontecimentos de nossavida: nascimento, casamento, morte e at anossas mudanas de um lugar para outro.

    No suficiente que estejamos seguindo

    na direo certa. A ocasio precisa ser certa, ese no o for, nossas aes devem ser ajusta-das programao do Senhor conforme reve-lada pelos Seus servos.

    H vrios anos, o Presidente Gordon B.Hinckley anunciou a construo de um grandenmero de templos, dobrando, essencial-mente, o nmero de templos da Igreja emfuncionamento, de 50 para cerca de 100 emapenas alguns anos. Construir templos adicio-

    nais sempre foi a direo a seguir, mas, at queo profeta do Senhor apontasse isso como umainiciativa principal, ningum poderia ter impul-sionado apropriadamente esse aumentorepentino e dramtico para a Igreja e seu povo.Somente o profeta do Senhor poderia indicar Igreja que dobrasse o nmero de seus templosem funcionamento em apenas alguns anos.

    Em meu discurso da conferncia deoutubro de 2001, empreguei outra ilustra-o a importncia de seguir a ocasio doSenhor para aqueles que tentamos fazer

    com que se interessem em ouvir a mensa-gem do evangelho.3 Proclamar o evangelho Seu trabalho, no nosso e, portanto, issoprecisa ser feito a Seu tempo e no nonosso. Existem naes no mundo de hojeque precisam ouvir o evangelho antes queo Senhor volte. Ns sabemos disso, masno podemos for-lo. Precisamos esperarpela ocasio do Senhor. Ele nos dir, eabrir as portas ou derrubar os muros

    A LIAHONA OUTUBRO DE 200313

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    quando chegar a ocasio certa. Devemosorar pela ajuda e orientao do Senhor,

    para que possamos ser instrumentos emSuas mos para proclamar o evangelho anaes e pessoas que se encontram pron-tas agora pessoas a quem Ele quer queajudemos hoje. O Senhor ama a todos osSeus filhos e deseja que todos tenham aplenitude de Sua verdade e a abundnciade Suas bnos. Ele sabe quando gruposou pessoas esto prontos, e quer que oua-mos e prestemos ateno ao Seu calendriopara partilhar com eles o Seu evangelho.

    O Arbtrio de Outros

    A realizao de algumas importantesmetas em nossa vida est sujeita a mais doque a ocasio do Senhor. Algumas realizaespessoais esto tambm sujeitas ao arbtrio deoutros. Isso est particularmente evidenciadoem duas questes de especial importncia

    para os jovens de idade universitria batis-mos missionrios e casamento.

    A irm Oaks e eu estvamos em Manaus,Brasil, no vero de 2001. Falei a quase 100 mis-sionrios naquela grande cidade do Amazonas.Ao me levantar para falar, fui inspirado a deixarde lado algumas anotaes que geralmenteuso nessas ocasies e substitu-las por algunspensamentos sobre a importncia da ocasio algumas das escrituras e princpios queestou usando aqui.

    Lembrei aos missionrios que alguns denossos planos mais importantes no podem-

    se realizar sem o arbtrio e aes de outros.Um missionrio no pode batizar cinco pes-soas neste ms sem o arbtrio e ao de cincooutras pessoas. O missionrio pode planejare trabalhar e fazer tudo o que est ao seualcance, mas o resultado desejado dependerdo arbtrio e ao adicionais de outros.

    Conseqentemente, as metas de um

    14

    Omissionrio

    pode plane-jar, traba-

    lhar e fazer tudo

    o que est a seu

    alcance, mas o resul-

    tado desejado depen-

    der do arbtrio e

    ao adicionais dos

    outros.

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    missionrio devem basear-se no arbtrio e ao pessoais doprprio missionrio, no sobre o arbtrio ou ao de outros.

    Mas, agora no hora de desenvolver o assunto sobre metasque conversei com os missionrios. Em vez disso, compar-tilharei com vocs algumas outras aplicaes do princpiodo tempo, dando ilustraes de nossa vida pessoal.

    Aplicaes Nossa Vida

    Devido a coisas sobre as quais no temos controle, nopodemos planejar e realizar tudo oque desejamos em nossa vida. Muitascoisas importantes que no planeja-mos acontecero em nossa vida, e

    nem todas sero bem-vindas. Atmesmo os nossos desejos mais dignospodem enganar-nos ou chegar demaneira diferente ou em ocasio dife-rente do que procuramos planejar.

    Por exemplo, no podemos estarcertos de que nos casaremos to cedoquanto pretendemos. Um casamentoque a nosso ver possa ser oportunopode ser ou no nossa bno. Minhamulher Kristen um exemplo. Elano se casou, a no ser muitos anosdepois de sua misso e formatura.

    A ocasio para o casamento talvezseja o melhor exemplo de um aconte-cimento extremamente importanteem nossa vida que quase impossvelde se planejar. Como outros aconteci-mentos mortais importantes que dependem do arbtrio deoutros ou da vontade e ocasio do Senhor, o casamento nopode ser previsto ou planejado com certeza. Podemos e

    devemos trabalhar e orar para a realizao de nossos dese-jos justos, mas, a despeito disso, muitos ficaro solteirosmuito alm do que sua ocasio desejada para o casamento.

    Assim, o que precisa ser feito nesse meio tempo? A f noSenhor Jesus Cristo prepara-nos para o que quer que a vidatraga. Esse tipo de f prepara-nos para lidar com as oportu-nidades da vida a tirar vantagem daquelas que so rece-bidas e persistir ultrapassando as que so perdidas. Noexerccio dessa f, devemos comprometer-nos com as prio-ridades e padres que seguiremos em assuntos que no

    A LIAHONA OUTUBRO DE 200315

    controlamos e persistir fielmente nesses compromissos, oque quer que nos acontea por causa do arbtrio de outros

    ou da ocasio do Senhor. Quando fizermos isso, teremosem nossa vida uma constncia que nos fornecer orienta-o e paz. Sejam quais forem as circunstncias que estoalm de nosso controle, nossos compromissos e padrespodem ser constantes.

    Os compromissos e servio de adultos solteiros podemmant-los firmes durante os anos de espera pelo tempo

    certo e pela pessoa certa. Seus com-promissos e servio podem tambminspirar e fortalecer a outros. Sbiosso aqueles que assumem este com-

    promisso: Colocarei o Senhor emprimeiro lugar em minha vida, ecumprirei os Seus mandamentos. Arealizao desse compromisso estdentro do controle de todos.Podemos cumpri-lo sem considera-o com o que os outros decidiremfazer, e esse compromisso nos forta-lecer, no importando a ocasioque o Senhor escolher para osacontecimentos mais importantesde nossa vida.

    possvel ver a diferena entrecomprometer-se com o que vofazer em contraste com a tentativade planejar que se casaro na pocade sua formatura, ou que obteropelo menos certa quantia de

    dinheiro em seu primeiro emprego?Se tivermos f em Deus e nos comprometermos com os

    fundamentos de guardar Seus mandamentos e coloc-Lo

    em primeiro lugar em nossa vida, no precisaremos plane-jar cada um dos acontecimentos ainda que sejam acon-tecimentos importantes e no deveremos nos sentirrejeitados ou deprimidos, se algumas coisas ainda quesejam coisas muito importantes no acontecerem naocasio em que havamos planejado, esperado ou orado.

    Comprometa-se a colocar o Senhor em primeiro lugarna sua vida, guarde Seus mandamentos, e faa o que os ser-vos do Senhor lhe pedirem que faa. Ento seus ps esta-ro no caminho da vida eterna. A no importar se voc

    A ocasio para o casamento talvez seja o

    melhor exemplo de uma ocorrncia extrema-

    mente importante em nossa vida que

    quase impossvel de se planejar. Como outros

    acontecimentos mortais importantes que

    dependem do arbtrio dos outros ou da von-

    tade e ocasio do Senhor.

  • 8/6/2019 10 Outubro

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    16

    Outro exemplo: Depois de servir comopresidente da Universidade Brigham Youngdurante nove anos, fui desobrigado. Algunsmeses depois, o governador do Estado deUtah indicou-me para um perodo de 10 anosna mais alta Corte do Estado. Na poca eutinha 48 anos. Minha mulher June e eutentamos planejar o resto de nossa vida.Queramos servir a misso de tempo integralque nenhum de ns tivera o privilgio derealizar. Planejamos que eu serviria durante20 anos na alta Corte do Estado. Depois, ao

    trmino dos dois perodos de 10 anos, quandoestivesse perto dos 70 anos, eu me aposenta-ria da Corte e enviaria os papis missionriospara servir como casal missionrio.

    Comemorei meu 69 aniversrio h doisanos e lembrei-me vividamente daqueleimportante plano. Se as coisas tivessem acon-tecido como planejramos, teramos enviadoos papis para servir como missionrios eu eminha esposa June.

    for chamado para ser um bispo ou a presi-dente da Sociedade de Socorro, se for casadoou solteiro, ou se morrer amanh. Voc nosabe o que vai acontecer. Faa o melhor poss-vel no que fundamental e pessoal, e entoconfie no Senhor e em Sua ocasio.

    A vida tem algumas coisas estranhas. Parailustrar isso, contarei algumas experinciaspessoais.

    Quando era jovem, pensei que serviria emuma misso. Formei-me no secundrio emjunho de 1950. A milhares de quilmetros

    dali, uma semana depois daquela formaturado secundrio, um exrcito norte coreanocruzou o paralelo 38, e nosso pas entrou emguerra. Eu tinha 17 anos, mas como membroda Guarda Nacional de Utah, logo recebiordens de preparar-me para a mobilizao eservio ativo. Repentinamente, para mim emuitos outros rapazes de minha gerao, amisso de tempo integral que havamos plane-jado ou desejado no poderia realizar-se.

    A

    licerce sua

    vida em princ-

    pios eternos e

    aja de acordo com

    eles, sejam quais

    forem as circunstn-

    cias e quais forem as

    aes dos outros.

    Voc poder, ento,

    aguardar a ocasio

    do Senhor e estar

    certo do resultado

    na eternidade.

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    assunto sob uma perspectiva eterna. A mortalidade uma simples fatia da eternidade, mas o modo pelo qual

    nos conduzimos aqui o que nos tornamos por meiode nossas aes e desejos, confirmado por nossos conv-nios e as ordenanas que nos so administradas peladevida autoridade moldar nosso destino para toda aeternidade. Como ensinou o profeta Amuleque: Estavida o tempo para os homens prepararem-se para

    encontrar Deus. (Alma 34:32) Essarealidade deve ajudar-nos a examinaro assunto a longo prazo a pers-pectiva da eternidade.

    Oro para que cada um de ns oua

    e d ouvidos palavra do Senhorsobre como nos conduzirmos namortalidade, estabeleamos nossospadres e assumamos nossos com-promissos, para que possamos ficarem sintonia com a ocasio de nossoPai Celestial.

    NOTAS1.Even as I Am (Assim Como Sou) (1982), 93.2. Ver Dallin H. Oaks, Ensinar e Aprender

    pelo Esprito,A Liahona, maio de 1999,p. 21.

    3. Ver Compartilhar o Evangelho,ALiahona,jan. de 2002, 89.

    De um discurso feito em um devocional em29 de janeiro de 2002, na UniversidadeBrigham Young.

    VAMOS FALAR SOBRE ISSO

    1. Convide os familiares a debater como poderia ser dife-rente sua vida, se acontecimentos como o batismo na Igreja,a mudana para uma nova cidade ou o casamento tivessemocorrido anos antes ou depois do que realmente acontece-ram. Revezem-se lendo a seo O Tempo do Senhor e tes-

    tifique o quanto estar pronto para agir de acordo com aprogramao do Senhor abenoa a sua vida.2. D a um dos familiares uma tarefa como pegar um

    objeto ou escrever numa folha de papel. Depois,impea-o de realiz-la. Debata o lugar do arbtrio e asaes dos outros na realizao de nossas metas. Leia assees O Arbtrio dos Outros e Aplicaes NossaVida. Compartilhem experincias em que examinar oassunto sob uma perspectiva eterna ajudou voc oualguma outra pessoa a tomar decises corretas.

    A LIAHONA OUTUBRO DE 200317

    Quatro anos depois de termos feito aqueles planos, fuichamado para o Qurum dos Doze Apstolos algo que

    nunca sonhramos que fosse acontecer. Compreendendoento que o Senhor tinha diferentes planos e ocasio dife-rente do que eu imaginara, eu demiti-me de juiz do maisalto tribunal do Estado. Mas esse no foi o fim das impor-tantes diferenas. Quando eu estava com 66 anos, minhamulher June morreu de cncer. Dois anos mais tarde,casei-me com Kristin McMain, a com-panheira eterna que est atualmenteao meu lado.

    Quo fundamentalmente diversa minha vida daquela que eu procurei

    planejar. Minha vida profissionalmudou. Minha vida pessoal mudou.Mas o compromisso que assumi com oSenhor de coloc-Lo em primeirolugar em minha vida, e de estar prontopara o que Ele quisesse guiou-mepor meio dessas mudanas de impor-tncia eterna.

    F e confiana no Senhor do-nos afora para aceitar e persistir, seja o quefor que acontea em nossa vida. Euno sabia por que recebera um nos oraes feitas para a recuperao deminha companheira de muitos anos,mas o Senhor forneceu-me um teste-munho de que essa era Sua vontade, e deu-me a fora paraaceit-la. Dois anos depois de sua morte, conheci a mulhermaravilhosa que agora minha esposa para a eternidade. Esei que isso tambm era a vontade do Senhor.

    Volto ao assunto pelo qual comecei. No se prenda emplanejar cada coisa de sua vida mesmo que seja algo

    importante. Esteja pronto para aceitar o planejamento doSenhor e o arbtrio dos outros em assuntos que inevitavel-mente o afetaro. Planeje, claro, mas fixe seu planeja-mento em compromissos pessoais que o conduzam,acontea o que acontecer. Alicerce sua vida em princpioseternos e aja de acordo com eles, sejam quais forem as cir-cunstncias e quais forem as aes dos outros. Vocpoder, ento, aguardar a ocasio do Senhor e estar certodo resultado na eternidade.

    O princpio mais importante da ocasio examinar o

    Comprometa-se a colocar o Senhor em

    primeiro lugar na sua vida, guarde Seus

    mandamentos e faa o que os servos do

    Senhor lhe pedirem que faa. Ento, seus

    ps estaro no caminho da vida eterna.

  • 8/6/2019 10 Outubro

    20/68

    H R I P S I M E Z A T I K Y A N W R I G H T

    Nasci na Armnia, quando era parte da UnioSovitica. Meus pais ensinaram a mim e a meusdois irmos que deveramos ser honestos, bonse moralmente limpos, e fizeram tudo para proporcionar-nos uma boa educao. Mas uma das primeiras coisasque aprendi no jardim de infncia foi a filosofia de quea religio o pio do povo. E at meus 12 anos, nuncasoube que existia um Deus.

    Bendito Seja o Teu Nome, Deus

    Quando estava com 12 anos, um terrvel terremotodestruiu 90 por cento da cidade onde eu morava,matando mais de 50.000 pessoas. Eu estava na escolaquando o barulho foi aumentando, cada vez mais alto, etudo nossa volta comeou a tremer. Fui empurrada emmeio das pessoas que procuravam escapar do edifcio.

    Naquela imensa confuso, repentinamente compreendique poderia nunca mais ver minha famlia. Nessemomento, vi um cachecol de tric vermelho que minhame havia feito para mim, dependurado em um grandecorredor, direita do vo da escada. Seguindo umaimpresso, sa dali e fui busc-lo. Nesse instante, o chofoi sacudido pela terceira e ltima vez, e vi o vo daescada cair com todos os meus amigos entre suas runas.Ao recobrar os sentidos, vi que toda a escola era umgrande amontoado de entulho com exceo daquela

    18

    pequena rea que abrigava a mim e a meu cachecol detric vermelho.

    Toda a minha famlia, composta de cinco pessoas,sobreviveu. Quando meu pai viu minha me, minha irm-zinha de oito meses, meu irmo de sete anos e eu senta-dos no meio da rua, depois de nos ter procurado durantesete horas, a nica coisa que disse foi: Bendito seja o Teunome, Deus. Eu havia perdido minha casa, mas, pela pri-meira vez, ouvira o nome de Deus.

    Sentimentos do Lar

    Passaram-se onze anos. Havia-me formado h pouco naFaculdade de Medicina, em Yerevan, a capital da Armnia,onde fazia residncia mdica em oftalmologia. Quandorealizava alguns trabalhos voluntrios, conheci dois mis-sionrios santos dos ltimos dias e tornamo-nos bons ami-

    gos. Eles eram bem-vindos em nossa casa como todas asoutras pessoas, mas, assim que comearam a falar sobreDeus, toda a atmosfera ficou tensa. Meus pais disseram-me que missionrios ensinando sua religio no erambem-vindos em nossa casa. Pessoalmente, eu no estavainteressada em religio, mas no os impedira porquehavia algo diferente nos olhos daqueles missionrios alguma coisa to inocente, pura e magnificente. Fiqueimuito interessada em descobrir a fonte da luz que noteiem seus olhos.

    OCachecol

    deTricVermelhoCresci sendo ensinada que no existia

    Deus, mas um terremoto e uma dupla

    de missionrios ajudaram-me aencontr-Lo.

  • 8/6/2019 10 Outubro

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    Depois que meus pais expressaram suadesaprovao, evitei falar com os mission-rios, mas finalmente combinei encontr-losno prdio de sua igreja, s para dizer-lhesque estava muito ocupada para continuarcom nossas palestras. Chegando ao nossoencontro com uma hora de antecedncia,entrei em uma sala com muitas cadeiras ecerca de 15 pessoas. Sentei-me em silncio,tentando no incomodar ningum, e fiqueiadmirada com os sentimentos incomuns, masincrivelmente familiares. Senti-me como oque eu tinha, quando estava com cinco anose podia correr pela casa, abraar minha me e

    contar-lhe tudo que havia feito certa deque ela me amava, que ela estaria sempre alipara mim, e que tudo estava bem. Depois delongos anos vagando em esprito, eu sabiaque estava em casa.

    Naquela noite, pela primeira vez na vida,ajoelhei-me e orei a Deus. Se havia um PaiCelestial, queria que Ele me respondesse,para dizer-me se o que os missionrios ensi-navam era verdade, para mostrar-me por que

    A LIAHONA OUTUBRO DE 200319

    Sa da multi-do nasescadas e fuibuscar o cachecol

    de tric vermelho

    que minha me

    havia feito para

    mim. Naquele

    momento, o cho

    sacudiu novamente,

    e vi o vo da escada

    cair com todos os

    meus amigos entre

    suas runas.

  • 8/6/2019 10 Outubro

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    me sentia to diferente. difcil descrever oque ocorreu a seguir. Nunca havia sentido apresena de meu Pai Celestial de modo totangvel. Eu soube que Ele me amava. Ele me

    conhecia. Ele sempre estivera ali. Naquelanoite, dormi sabendo, com toda a fora demeu corao, que havia encontrado meucaminho para casa.

    Comecei a estudar o evangelho com muitocuidado. Depois de quatro meses de intensainvestigao, decidi ser batizada.

    Minha vida virou de cabea para baixo.Perdi o emprego e tive que terminar minharesidncia mdica. medida que meus inte-resses e valores comearam a mudar, meus

    velhos amigos comearam a desaparecer.Mas, o mais difcil de aceitar foi que meuspais eram contra meu batismo.

    Eu amava muito a meus pais. Elestinham-me dado tudo que possuam para

    proporcionar-me a melhor educao eambiente. Estavam orgulhosos de minhasrealizaes. Mas, quando ouviram minhadeciso, ficaram chocados. Era a primeira

    vez que eu desejava fazer algo com o queno concordavam, e isso era muito difcilpara todos ns. Mas eu sabia que Deus que-ria que fosse batizada. Assim, mesmo queminha famlia me rejeitasse, no poderiarejeitar meu Pai Celestial.

    Minha famlia no aceitou o convite para omeu batismo; assim, no dia de meu batismo,fui sozinha para a Igreja. Havia muitas pessoaspara a reunio, mas senti que meus nicosfamiliares eram os dois missionrios. Ento,

    quando me voltei para ir pia batismal, viminha me e meu irmo. Foi o dia mais felizde minha vida. A presena de minha famliafoi como um raio de luz do sol que me trouxea esperana de um amanh mais brilhante.

    20

    Acima: No dia de seu

    batismo, Hripsime(direita) foi sozinha

    para a igreja. Muitos

    amigos, inclusive

    a irm Anderson

    (esquerda) assistiram.

    No ltimo momento,

    a me e o irmo de

    Hripsime chegaram.

    Abaixo: Sster Zatikyan

    durante sua misso na

    Praa do Templo, emSalt Lake City.

  • 8/6/2019 10 Outubro

    23/68

    Compartilhar a Luz do Evangelho

    O ano seguinte foi cheio de bnos. Alm das respon-sabilidades em meu ramo e muito trabalho voluntrio,encontrei emprego em um hospital particular e pude con-

    tinuar meus estudos. Minha me foi vrias vezes Igrejadepois de meu batismo e foi batizada cinco meses depois.Mas, o mais importante que tinha o amor de meu PaiCelestial como parte de minha vida, e tinha, finalmente, acerteza de que estava no caminho para casa.

    Eu desejava compartilhar a luz do evangelho que entraraem minha vida; assim, exatamente um ano depois do meubatismo, enviei os papis para servir em uma misso detempo integral. Esperando que o corao de meu pai sehouvesse enternecido, contei-lhe sobre minha deciso. Suareao foi inesperadamente zangada. Fiquei sentada em

    silncio no meu quarto durante toda a noite e, depois dotrabalho no dia seguinte, estava com muito medo de ir paracasa. Eu ainda estava trabalhando quando meu pai foi atmeu emprego. Depois de longo silncio, ele finalmentefalou: Voc realmente deseja abandonar todas essas coisas seu lar, seus amigos, seus estudos, seu trabalho apenas a fim de ir para algum lugar que nem ao menosconhece? Eu respondi: Sim. Desde a no mais nos fala-mos, at minha partida para a misso. Esse dia chegou 10breves dias depois que recebi meu chamado para servirna Misso Utah Salt Lake City Praa do Templo.

    Um Livro de Mrmon Extra

    Quando sa para cumprir minha misso, minha me eirm j eram membros da Igreja. Seis meses mais tarde,minha me escreveu-me, dizendo: Encontrei um exem-plar extra do Livro de Mrmon em nossa casa. Seu paidisse que eu devo ter posto meu livro no lugar errado.Estou to emocionada. Alguma coisa est ocorrendo. Maistarde ficamos sabendo que quatro meses depois de minhapartida, meu pai parou os missionrios na rua e pergun-

    tou-lhes como era a misso, onde comiam e dormiam, deque modo eram sustentados e como era seu horrio. Elequeria saber por que esta Igreja era mais importante paramim do que tudo o mais.

    Oito meses depois de minha partida, recebi a primeiracarta de meu pai. Ele escreveu: No dia 2 de dezembro de2000, fui batizado. Aprendi pouco a pouco a respeito doevangelho. Estou muito orgulhoso de voc. Estou muitoorgulhoso de minha menina que no desistiu e nostrouxe para este caminho. Quando terminei a misso,

    todos de minha famlia se haviam convertido ao evange-lho, e muitos parentes e amigos haviam decidido juntar-se Igreja.

    Vivendo na Luz

    Por causa das verdades que aprendi, sinto-me na obriga-o de viver uma existncia significativa. Sei que Deus vivee que Ele conhece a cada um de ns. No importa que cul-tura ou antecedentes tenhamos; quando estamos prxi-mos Dele, podemos sentir Seu amor. Sei essas coisas noporque meus pais me ensinaram, nem porque todos osoutros que estavam minha volta acreditavam nelas, mas

    sinto-as com todo meu corao. A luz que vi brilhando nosolhos daqueles primeiros missionrios a mesma quesenti quando visitei a capela pela primeira vez e soube quetinha vindo para casa. a luz que vi nos olhos dos mem-bros de minha famlia, medida que entraram, um a um ,para a Igreja. a luz descrita nas escrituras: E se vossosolhos estiverem fitos em minha glria, todo o vosso corpose encher de luz. (D&C 88:67)

    Hripsime Zatikyan Wright membro da Terceira Ala daUniversidade Salt Lake, Primeira Estaca Universidade Salt Lake.

    A LIAHONA OUTUBRO DE 200321

    Quando Hripsime terminou a misso, todos de sua famlia e

    muitos parentes e amigos haviam-se batizado (alto); inclu-

    sive seu pai (acima), que escreveu: Estou muito orgulhoso

    de minha menina que no desistiu e nos trouxe para este

    caminho.

  • 8/6/2019 10 Outubro

    24/68

    Cumprir as suas res-

    ponsabilidades no

    Sacerdcio Aarnico

    ajud-lo- a preparar-

    se para receber o

    Sacerdcio de

    Melquisedeque.

    Os portadores do

    Sacerdcio Aarnico

    devem manter-se dignos

    sob todos os aspectos,

    enquanto se preparam

    para o sacerdcio maior.

    Aprendam a ser respon-

    sveis. O Sacerdcio de

    Melquisedeque acarreta

    muita responsabilidade.

    Atuar no sacerdcio

    agir em nome de Jesus

    Cristo. Aproxime-se

    Dele orando, jejuando,

    estudando as escrituras,

    guardando os manda-

    mentos e servindo aos

    outros.

    Como Posso Preparar-me Melhorpara Receber o Sacerdcio de Melquisedeque?

    Perguntas respondidas guisa de orientao, no como pronunciamentos doutrinrios da Igreja.

    22

    A L I A H O N AA L I A H O N A

    OOSacerdcio Aarnico o sacerd-cio menor e contm a chavedo ministrio de anjos e do

    evangelho preparatrio; Evangelho esseque o evangelho do arrependimento e dobatismo e da remisso de pecados. (D&C84:2627) O sacerdcio maior recebeu onome de Melquisedeque, um sumo sacer-dote do Velho Testamento, e contm achave dos mistrios do reino, sim, a chavedo conhecimento de Deus. (D&C 84:19)Visto que o Sacerdcio de Melquisedequeinclui o direito de oficiar nas ordenanas

    superiores e de administrar bnos espiri-tuais, suas experincias depois de recebero sacerdcio maior se expandiro almdaquelas que voc j experimentou comodicono, mestre e sacerdote.

    Entre outras coisas, os diconos podemdistribuir o sacramento e recolher ofertasde jejum; os mestres podem preparar osacramento e agir no ensino familiar; eos sacerdotes podem batizar, abenoar

    o sacramento e ordenar outros sacerdotes,mestres e diconos. Embora todasessas responsabilidades do SacerdcioAarnico sejam atividades espirituais, asordenanas e deveres do Sacerdcio deMelquisedeque so ainda mais espirituaisem sua natureza. Portanto, ao se prepararpara receber o sacerdcio maior, vocdeve estar espiritualmente apto para res-ponsabilidades maiores, como conferir odom do Esprito Santo e dar bnos dosacerdcio.

    Grande parte de sua preparao deveser cumprir todos os seus deveres doSacerdcio Aarnico com diligncia emagnificar os chamados que receber.

    Deve incluir qualquer atividade que oleve para mais perto do Salvador, vistoque o sacerdcio Dele que voc est-sepreparando para receber e a autoridadeDele que empregar para abenoar osoutros. Essas atividades incluem orar,jejuar, estudar as escrituras, guardar osmandamentos, manter-se livre das influn-cias malficas do mundo e servir aosoutros.

    Perguntas eRespostasPerguntas eRespostas

  • 8/6/2019 10 Outubro

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    L E I TL E I T O R E SO R E SPor haver recebido o

    Sacerdcio Aarnico, voc

    j comeou a preparar-se

    para receber o Sacerdciode Melquisedeque. Voc

    precisa cumprir as responsabilidades do

    Sacerdcio Aarnico que possui agora,

    porque mais tarde ter responsabilida-

    des adicionais.

    Oyunsuren Bandi, 20 anos, Ramo de Old

    Darkhan, Distrito de Ulaanbaatar Monglia Norte

    A idia de prestar servio

    compatvel tanto com o

    Sacerdcio Aarnico como

    com o de Melquisedeque.

    Sacerdcio servio. O

    Sacerdcio Aarnico prepara aqueles queo possuem para servios ainda maiores

    como possuidores do Sacerdcio de

    Melquisedeque. Para preparar-se, leia a

    Seo 84 de Doutrina e Convnios. Seja

    obediente aos mandamentos e voc trar

    alegria aos outros por meio de sua fideli-

    dade.

    lder Jeffrey Jardine, 21 anos, Misso

    Argentina Salta

    A responsabilidade e

    experincia que podemos

    obter com o Sacerdcio

    Aarnico so notveis,

    assim como o o Esprito

    que sentimos. Mas, por meio doSacerdcio de Melquisedeque, tornamo-

    nos mais amadurecidos e responsveis,

    sentindo maior amor, alegria e bon-

    dade. Precisamos estudar e orar, a fim

    de nos prepararmos para receber o

    Sacerdcio de Melquisedeque.

    John Louie Ambrosio, 18 anos, Primeiro Ramo

    de Catnia, Distrito de Catnia Itlia

    A LIAHONA OUTUBRO DE 200323

    FOTOGRAFIAPORSTEVEBU

    NDERSON,

    POSADAPORMODELOS

  • 8/6/2019 10 Outubro

    26/68

    24

    N

    s nos volta-

    mos a vocs,

    meus jovens

    do Sacerdcio

    Aarnico. Precisamos

    de vocs. Como os

    2.000 jovens guerrei-

    ros de Helam, vocs

    tambm so filhos

    espirituais de Deus e

    podem tambm ser

    investidos de poder

    para edificar e defen-

    der Seu reino.

    Precisamos de que

    faam convnios

    sagrados, assim

    como eles fizeram.

    Precisamos de que

    sejam meticulosa-

    mente obedientes e

    fiis, assim como eles

    foram.lder M. Russell Ballard,do Qurum dos Doze

    Apstolos, A Melhor deTodas as Geraes deMissionrios,A Liahona,Nov de 2002, p.47.

    Freqentar o seminrio e outroscursos da Igreja ajudou-me a com-

    preender a natureza do sacerdcio

    maior. Estudei especialmente

    Doutrina e Convnios 13, 20, 84 e

    107. Essas escrituras oferecem um amplo conheci-

    mento dos dois sacerdcios. Quanto mais procuro

    honrar o sacerdcio, mais sinto a diferena que

    ele faz em minha vida.

    Humberto Martins de Arajo Jnior, 22 anos, Primeira

    Ala de Caets, Estaca Olinda Brasil Paulista

    Se estudarmos, orarmos e guardarmos os manda-

    mentos, estaremos prontos para receber o

    Sacerdcio de Melquisedeque. O Senhor disse:

    Darei aos filhos dos homens linha sobre linha.

    (2 Nfi 28:30) Isso quer dizer que precisamos tra-

    balhar diligentemente, mas ter pacincia, a fim

    de crescermos no evangelho.

    Grigoryan Bakken, 18 anos, Ramo de Komitas, Distrito

    de Yeravan Armnia

    Se voc exercer seu sacerdcio em

    servios de caridade e tentar mag-

    nificar seu chamado como sacer-

    dote, preparar-se- naturalmente

    para as bnos de oficiar no

    Sacerdcio de Melquisedeque e servir como

    missionrio.

    lder Benny C. Smith, 20 anos, Misso Chile

    Santiago Leste

    Quando penso no sacerdcio, posso sentir oquanto nosso Pai Celestial e Jesus Cristo nos

    amam. um grande privilgio realizar ordenan-

    as que so necessrias para a salvao, assim,

    importante ser digno. Gosto muito das palavras

    do Salvador: Que tipo de homens devereis ser?

    Em verdade vos digo que devereis ser como eu

    sou. (3 Nfi 27:27)

    Nick Chemezov, 18 anos, Ramo de Kharkivska, Distrito

    de Kyiv Ucrnia

    O Sacerdcio Aarnico um evangelho prepara-trio. Isso sugere que algumas experincias

    sero diferentes no Sacerdcio de

    Melquisedeque. Ordenanas como a do casa-

    mento celestial so realizadas pelos que pos-

    suem o sacerdcio maior. Cumprir as suas

    responsabilidades no Sacerdcio Aarnico

    ajud-lo- a preparar-se para receber o

    Sacerdcio de Melquisedeque.

    Ebers Ral Alvarez Comesaa, 23 anos, 10 Ala de

    Montevideo, Estaca Montevideo Uruguai Oeste

    Nada h de mais sagrado na vida de um

    rapaz do que receber o Sacerdcio de

    Melquisedeque. As responsabilidades so

    maiores, mas tambm o so as bnos, se

    magnificarmos nossas responsabilidades. A

    melhor maneira de nos prepararmos viver-

    mos dignamente a cada dia.

    Moiss Nfi Moralez Gonzlez, 17 anos, Ala Naval,

    Estaca Ventanilla Peru

    O Q U E V O C A C H A ?Jovens leitores: Enviem-nos suas responstas

    para a pergunta abaixo, juntamente com

    seu nome, idade, endereo de casa, ala e

    estaca (ou ramo e distrito). Por favor,

    inclua tambm sua fotografia. Envie sua

    resposta de modo que chegue antes de 1

    de novembro de 2003. Envie-a para:

    Questions and Answers 11/03, Room 2420,50 East North Temple Street, Salt Lake City,

    UT 84150-3220, USA;ou mande e-mailpara [email protected].

    P E R G U N T ALuto repetidamente contra as mesmas

    tentaes, muito embora tenha tomado

    minha deciso contra elas h vrios anos e

    at agora tenha resistido. Por que o Senhor

    no reconhece meu compromisso e retira a

    tentao?

  • 8/6/2019 10 Outubro

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    Em esprito de orao, leia amensagem a seguir e escolhaas escrituras e ensinamentosque melhor atendam s necessida-

    des das irms que voc visita. Fale

    de suas experincias e de seu teste-

    munho e incentive as irms a faze-

    rem o mesmo.

    Alma 34:32: Esta vida o tempopara os homens prepararem-se paraencontrar Deus; sim, eis que o diadesta vida o dia para os homens exe-cutarem os seus labores.

    lder Marvin J. Ashton (19151994),

    do Qurum dos Doze Apstolos: Asdez virgens (ver Mateus 25:113)representam as pessoas da Igreja deJesus Cristo, e no apenas as pessoasdo mundo. (...) A responsabilidade determos azeite em nossas lmpadas uma exigncia e oportunidade indivi-dual. O azeite da preparao espiritualno pode ser compartilhado. (...) Oazeite da parbola poderia ter sidocomprado no mercado, mas, emnossa vida ele acumulado pelo viverdigno, uma gota por vez. [A Time ofUrgency, (Um Tempo de Pressa),

    Ensign, maio de 1974, p. 36.]

    Presidente Harold B. Lee (18991973): H quanto tempo vocsadiam a ocasio do arrependimentode suas faltas? O julgamento a queseremos submetidos ser diante doJusto Juiz que levar em conta nossascapacidades e limitaes, nossasoportunidades e desvantagens. Quempecar e se arrepender e depois preen-cher sua vida com obras significativas,

    M E N S A G E M D A S P R O F E S S O R A S V I S I T A N T E S

    Preparar-separa Encontrar Deus

    no perder tanto quanto um outroque, embora no tenha cometido umpecado srio, fracasse terrivelmentepor no ter feito o que permitiamsuas aptides e oportunidades.(Ensinamentos dos Presidentes da

    Igreja: Harold B. Lee. 2001, p. 229.)lder Dallin H. Oaks, do Qurum

    dos Doze Apstolos: O julgamentofinal no apenas um balano dototal de atos bons e ruins, ou seja, doquefizemos. a constatao do efeitofinal de nossos atos e pensamentos,ou seja, do quenos tornamos. Nobasta fazer tudo mecanicamente. Osmandamentos, ordenanas e conv-nios do evangelho no so uma listade depsitos que precisamos fazernuma conta bancria celestial. Oevangelho de Jesus Cristo um planoque nos mostra como podemos ser oque nosso Pai Celestial deseja que nostornemos. (O Desafio de Tornar-se,

    A Liahona, jan. de 2001, p. 40.)Alma 5:28: Eis que estais despi-

    dos de orgulho? Digo-vos que, se noo estais, no estais preparados paracomparecer perante Deus.

    Morni 7:47: Caridade o puro

    amor de Cristo (...) e para todos os

    que a possurem, no ltimo dia tudoestar bem.

    Anne C. Pingree, segunda conse-

    lheira na presidncia geral da

    Sociedade de Socorro: Podemosalterar a face da Terra,famlia a fam-

    lia, casa a casa, por meio da cari-dade, com simples atos de amor puro.(...) Aos poucos, nossos atos de cari-dade mudam a nossa natureza, defi-nem o nosso carter e, finalmente,transformam-nos em mulheres quedizem ao Senhor, com coragem ecompromisso: Eis-me aqui, envia-me (Caridade: Uma Famlia e Uma

    Casa de Cada Vez,A Liahona, nov. de2002, pp. 108109.)

    Presidente Spencer W. Kimball

    (18951985): Para os que do ouvi-dos advertncia e fazem seus pre-parativos, para os encontrados meia-noite com o azeite da retidoem suas lmpadas, para os compacincia, longanimidade e dedica-o plena, a promessa de que sen-tar-se-o no banquete com seuSenhor. (Faith Precedes the

    Miracle (A F Precede o Milagre)1972, p. 257.)

    Como podemos aumentar o

    azeite de nossas lmpadas? (Ver

    D&C 45:5657.)

    O que podemos fazer para

    nos tornar mais caridosos e menos

    orgulhosos?

    DETALHEDECINCODELASERAMSBIAS,

    DEWALTERRANE

  • 8/6/2019 10 Outubro

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    Como um de quatro filhos homens,criado em uma fazenda familiar aonorte de Utah, foram-me ensinadasmuitas lies valiosas por pais sbios, amveise esclarecidos. Ensinaram-nos, por meio depalavras e exemplos, a confiar no Senhor e

    que toda vitria e toda glria ser(-nos-)omanifestadas por meio (de nossa) diligncia,fidelidade e oraes de f. (D&C 103:36)Ensinaram-nos a ser fiis ao Senhor JesusCristo e a Seus ensinamentos.

    Quando o Salvador estava terminandoSeu ministrio mortal, ensinou Seus discpu-los a respeito da f e da fidelidade. Suas pala-vras exigiam novos e bem exigentes padresde conduta (ver Lucas 1019). Alguns de

    Seus discpulos sentiram-se sobrecarregadose rogaram: Senhor: acrescenta-nos a f.(Lucas 17:5) O Salvador respondeu, dando-lhes mais do que para ns pode parecer umadoutrina severa com uma parbola a res-peito de f e fidelidade. Na parbola do servo

    intil, encontramos aspectos da vida rural,imagens facilmente entendidas por eles.Seus princpios so to aplicveis hoje,quanto na poca em que foramensinados.

    O Servo e o Mestre

    Jesus iniciou: Qual de vs ter um servoa lavrar ou a apascentar gado (...). (Lucas17:7) Nos dias de Jesus, os servos eram

    26

    O ServoIntil

    P A R B O L A S D E J E S U S

    Jesus ensinou Seus discpulos a

    respeito da f e da fidelidade, ea relao entre Sua graa enossas obras.

    L D E R W . R O L F E K E R RDos Setenta

  • 8/6/2019 10 Outubro

    29/68

    propriedade de mestres e mais semelhan-tes a escravos do que a empregados. Eramlegalmente obrigados a fazer qualquer coisade que o mestre precisasse, como plantar,cuidar das ovelhas, ou preparar e servirrefeies. Por sua vez, os mestres cuidavam

    dos servos.O Salvador continuou Sua pergunta: (...)a quem, voltando ele do campo, diga: Chega-te, e assenta-te mesa? E no lhe diga antes:Prepara-me a ceia, e cinge-te, e serve-me atque tenha comido e bebido, e depois come-rs e bebers tu?. (Vers. 78) O dever doservo era atender primeiro s necessidadesdo mestre. No se podia imaginar que o mes-tre autorizasse o servo a comer antes dele.

    Jesus concluiu ento a parbola com estapergunta: Porventura d graas ao tal servo,porque fez o que lhe foi mandado? Creio queno. (Vers. 9) O servo no deveria esperaragradecimentos por seus esforos, porque, afi-nal, estava simplesmente cumprindo sua tarefa.

    Para certificar-Se de que Seus discpuloshaviam entendido o ponto desta parbola,o Salvador enfatizou: Assim tambm vs,quando fizerdes tudo o que vos for mandado,dizei: Somos servos inteis, porque fizemossomente o que devamos fazer. (Vers. 10)Desde que o mestre suprisse todas as necessi-dades do servo, os esforos do servial eramapenas a realizao daquilo que ele devia aomestre e que eram seu dever.

    A LIAHONA OUTUBRO DE 200327

    Nos dias deJesus, os ser-vos eramlegalmente obriga-

    dos a fazer o que o

    quer que o mestre

    precisasse, comoplantar, cuidar das

    ovelhas, ou preparar

    e servir refeies.

    Por sua vez, o mestre

    cuidava dos servos.

  • 8/6/2019 10 Outubro

    30/68

    Creio que nesta parbola Jesus estava ensinando Seusdiscpulos a respeito de f e fidelidade, princpios quecomecei a aprender quando menino em uma fazenda.

    Os Princpios de Dever e Valentia

    Imaginem quatro meninos criados em uma fazenda.Para ns, ser fiel significava andar a segunda milha.Significava que no precisavam dizer tudo o que tnhamosde fazer, mas que deveramos prever o que era necessrio,e faz-lo. Alimentar o gado no era simplesmente jogar ofeno, os cereais e a forragem na manjedoura. Significava

    tambm recolher os arames que seguravam os fardos elimpar o feno espalhado e os cereais derramados. Cuidardo gado significava verificar as cercas e os portes, limpare espalhar a palha nos currais e procu-rar os animais doentes ou que estives-sem mancando. Arar o campo era maisdo que dirigir o trator de um lado docampo para outro. Inclua encaixar oarado de modo apropriado, fazendo otrabalho com esmero bem junto scercas e s margens das valas cuidarda maquinaria e devolver as ferramen-tas e equipamentos a seus devidoslugares.

    A mesa de jantar no era apenasonde se comia; era o local onde ra-mos ensinados, onde compartilhva-mos sentimentos e experincias, efazamos nossos planos. O lar no eras um lugar onde morvamos, mas deveria ser mantidolimpo e redecorado de tempos em tempos, com a partici-

    pao de todos. As camas no serviam apenas para dormir:deveriam ser arrumadas diariamente e trocadas todas assemanas. A loua no servia apenas para os alimentos, tam-bm deveria ser lavada e apropriadamente guardada emarmrios. Frutas e legumes no eram apenas consumidosvorazmente, mas enlatados, colocados em vidros ou con-gelados. As tarefas da casa eram parte do que se esperavade ns, meninos. Aprendemos o velho adgio de que Umtrabalho que valha a pena fazer, um trabalho que vale apena fazer bem.

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    Valentia significa realizar fielmente o dever alm dosrequisitos mnimos. trabalhar com um padro que repre-senta o nosso melhor esforo e muito mais do que mini-mamente se poderia esperar. Para ns era til observar osexemplos fiis de valentia de nossos pais. Ao completarum longo dia de trabalho na fazenda, nosso pai ia cumprirseus deveres de mestre familiar e sempre aceitou e magni-ficou seus muitos chamados na Igreja durante anos. Almde apoiar o marido em suas responsabilidades da fazendae do sacerdcio, nossa me carregava seus pesados encar-gos de chamados na ala e estaca. Nossos pais eram fiis. Na

    realidade, eram valentes.De tempos em tempos ouvimos alguns membros da

    Igreja expressarem o sentimento de que difcil ser fielno mundo de hoje. Dizem eles: difcil pagar um dzimo integral, difcil manter-se moralmentepuro ou mesmo: difcil ser umsanto dos ltimos dias. O fato deque algumas coisas so difceis no novidade para aqueles que abraa-ram o evangelho de Jesus Cristo. Eleproporcionar tambm um derrama-mento de foras para ajudar-nos atornar fceis essas coisas difceis.

    Jesus ensinou muitas coisas dif-ceis aos Seus discpulos. (Ver Joo6:60.) O que diria o Salvador, se esti-vssemos inclinados a sentir quenossa parte dura demais ou muito

    desafiadora? Talvez Ele perguntasse, como fez aos SeusApstolos: Quereis vs tambm retirar-vos? (Joo 6:67)

    minha orao que reconheamos Sua generosidade emisericrdia para com ns prprios e que respondamoscomo Pedro: Senhor, para quem iremos ns? Tu tens aspalavras da vida eterna. E ns temos crido e conhecidoque tu s o Cristo, o Filho do Deus vivente. (Joo6:6869)

    A fidelidade, mesmo nas doutrinas difceis, umaqualidade que o Salvador incentivou em Seus discpulos.No entanto, Jesus tambm queria que eles entendessemque satisfazer ao mestre era mais do que simplesmente

    Na fazenda de nossa famlia, valentia

    significava realizar o dever alm dos

    requisitos mnimos.

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    uma tica de trabalho. Ele ensinou-lhestambm que era uma questo de sentimentoe de seu relacionamento com seu Mestrecelestial.

    Os Princpios de F e de Graa

    Como jovens na fazenda, reconhecamosdever tudo, fsica e espiritualmente, aoSenhor e a nossos pais. Fomos ensinados,como Amuleque passou aos zoramitas, a orartanto de manh como ao meio-dia e noite

    por nosso prprio bem-estar e pelo dos quenos cercam. (Ver Alma 34:1927.) As oraesfamiliares e individuais eram parte de nossaexperincia diria. Aprendemos, por palavra eexemplo a ter f no Senhor da colheita.(Ver Alma 26:7.) Depois de ararmos, plantar-mos, irrigarmos e cultivarmos os campos,deixvamos nosso destino em Suas mos.Trabalhvamos muito, mas sabamos que sema luz do sol e a chuva, a graa e misericrdiade Deus, e a benevolncia de pais que nosamavam, nada poderamos realizar.

    No era essa f e dependncia de Deusque o Rei Benjamim ensinou, quando disse:Se renderdes todas as graas e louvores,com todo o poder de vossa alma, queleDeus que vos criou (...) se o servirdes comtoda a alma, ainda assim sereis servos in-teis. (...) E agora vos pergunto: Podeis dizeralgo de vs mesmos? Respondo-vos: No.No podeis dizer que sois nem mesmo como

    o p da Terra. (Mosias 2:2021, 25)Devemos a Deus a prpria vida. Quandoguardamos Seus mandamentos, o que nosso dever, Ele imediatamente nos aben-oa. Estamos, portanto, continuamente emdbito e Lhe somos inteis. Sem a graa,nossa valentia por si s no nos pode salvar.

    O lder Neal A. Maxwell, do Qurum dosDoze Apstolos, escreveu com relao a essaparbola:

    A generosidade (ou graa) de Deus paraconosco no deve ser expressa pela diminui-o do peso das responsabilidades que Eledeposita sobre ns. A quem muito dado,muito exigido e no vice-versa. Nem agenerosidade divina deve ser expressa porum rebaixamento dos padres relativos aoque precisa ser feito. Em vez disso, quandomuito dado e muito realizado pelo disc-pulo, ento a generosidade de Deus assombrosa!

    Quando tivermos dado e feito tudo dens, receberemos, um dia tudo o que[nosso] Pai possu. (D&C 84:38) Aqui seencontra a generosidade de Deus. Quandocumprimos nosso dever, Ele est obrigado e alegremente obrigado.1

    Na parbola do servo intil, o Salvador

    ensinou a Seus discpulos e a ns a res-peito da f e da fidelidade. Ensinou sobrea valentia e a graa. Que possamos servalentes, fazendo mais do que seria oesperado. Que possamos reconhecergratamente que somente Sua graa suficiente para nos tornar perfeitos Nele.(Ver Morni 10:3233.)

    NOTA1.Even as I Am (Assim Como Sou) (1982), p. 86.

    A LIAHONA OUTUBRO DE 200329

    Devemos aDeus a pr-pria vida.Quando guardamos

    Seus mandamentos,

    o que nosso dever,

    Ele imediatamente

    nos abenoa.

    Estamos, portanto,

    continuamente em

    dbito e Lhe somos

    inteis. Sem a graa,

    nossa valentia por

    si s no nos pode

    salvar.

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    S U W I T S A I S A M - A N G

    QQuando me mudei para o aloja-mento da universidade em KhonKaen, Tailndia, notei um livro azul

    no canto do quarto. Nunca o pegueie o livro ainda continuava l quando memudei para outro lugar muitos meses maistarde.

    Aps formar-me na universidade, voltei minha cidade natal, Kalasin. Certo dia,quando visitava um amigo, vi um livro azulem cima da TV um livro que me lem-brava aquele que vira no alojamento.Onde voc conseguiu este livro?, per-guntei ao meu amigo. Ele respondeu queuns missionrios lhe tinham dado o livro.Eu lhe disse que tinha visto um livro simi-lar, mas que no sabia nada a respeitodele. Meu amigo tambm no o tinhalido.

    Peguei o livro e finalmente li as palavras

    da capa O Livro de Mrmon: OutroTestamento de Jesus Cristo. Em seguida,abrindo-o ao acaso, descobri Jac captulo5:1 e comecei a ler sobre uma oliveira boa euma oliveira brava. Embora eu no com-preendesse realmente o significado da alego-ria, a leitura trouxe-me um sentimento defelicidade.

    medida que os dias passavam, desco-bri que queria ler mais e mais o contedo

    do livro, portanto voltei casa de meuamigo a fim de tom-lo emprestado.Quando cheguei, meu amigo estava con-versando com dois missionrios. Eles seapresentaram como lder Reid e lderHaroldsen e assumiram o compromissode visitar-me. Eles o fizeram como haviamprometido e compartilharam comigo suacrena no plano do Pai Celestial. Enquantofalavam, eu podia sentir o amor do Pai.

    Atendendo ao convite deles, fui Igrejano domingo. Embora houvesse apenas 10pessoas na reunio, senti amor pelo RamoKalasin e concordei em retornar.

    Fui batizado em 21 de maro de 1999 elogo comecei a trabalhar com os mission-rios. Ao observar os missionrios tentandoespalhar o evangelho, pude sentir o amorde Deus por Seus filhos.

    Dois meses aps o meu batismo, minha

    irm mais velha obteve seu prprio teste-munho e tambm foi batizada. Um msmais tarde, minha sobrinha tambm foibatizada. Com a ajuda dos membros, nossopequeno ramo logo triplicou de tamanho,tendo uma freqncia regular de trintamembros.

    Um ano depois de meu batismo, recebium chamado para servir em uma missode tempo integral em Bangkok, Tailndia.

    Aquele

    LivroLivroIgnorei o livro por muito tempo. Porm, quando finalmenteo abri, ele mudou a minha vida para sempre.

    TTive vrias

    oportuni-

    dades de

    pegar aquele livro

    azul. Quando o

    fiz, no conseguia

    parar de l-lo.

    Descobri que o

    Senhor tinha um

    plano para a

    minha vida.

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    Minha irm mais velha tambm foichamada para servir na mesma misso.

    Sei que no foi por acaso ou coinci-dncia que me tornei membro da ver-dadeira Igreja do Senhor. Sei que oPai Celestial realmente tem umplano para mim e que Elecomeou a me preparar paraser missionrio desde o pri-meiro dia em que abriaquele livro e li a res-peito da vinha. Que privi-lgio maravilhoso irquela vinha a procurade meus irmos e irmspara compartilharcom eles o livro e oevangelho quemudaram minhavida. Suwit Saisam-ang terminoua misso e membro doRamo Kalasin, Distrito KhonKaen Tailndia.

    A LIAHONA OUTUBRO DE 200331

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    ELE RESPEITOU MINHA INDIVIDUALIDADE EDEIXOU-ME ALAR VO

    A Liahona: Por que o seu casamento to duradouroe feliz?

    Presidente Hinckley: O alicerce de um bom casamento o respeito mtuo respeito de um pelo outro, umapreocupao com o conforto e bem-estar do outro. Essa a chave. Se [o] marido pensasse menos em si e maisna esposa, teramos lares mais felizes em toda a Igreja eem todo o mundo.

    A Liahona: Irm Hinckley, a senhora disse: Meumarido sempre deixa-me fazer as coisas de que gosto. Elenunca insistiu para que eu fizesse algo a seu modo, ou dequalquer modo especfico, por assim dizer. Desde o princ-pio ele respeitou minha individualidade e deixou-me alarvo.1 Como que ele faz isso?

    Irm Hinckley: Ele nunca me diz o que fazer. Ele deixaque eu siga meu curso e me faz sentir uma pessoa na ver-dadeira acepo da palavra. Ele sempre me encoraja a fazertudo o que me traga felicidade. Ele nunca tenta dirigir-meou dominar-me.

    A Liahona: Presidente, o senhor disse: Alguns maridos

    acham que seu direito compelir a esposa a ajustar-se aospadres que eles consideram ser os ideais. Isso no dcerto.2 Como que o senhor conseguiu evitar isso emseu casamento?

    Presidente Hinckley: Procuro reconhecer a individuali-dade de minha esposa, sua personalidade, seus desejos,sua formao e seus anseios. Deix-la alar vo. Sim, deixo-a alar vo! Deixo-a desenvolver seus talentos e fazer ascoisas a seu prprio modo. Basta sair do caminho e mara-vilhar-me com o que ela capaz.

    Uma Visita ao

    Lar dosHinckley

    Quando a irm Marjorie Pay Hinckley ocupa oplpito para falar aos santos dos ltimos dias,

    ela imediatamente nos coloca vontade. Comseu encantador senso de humor e seu amor genuno,ela nos faz sentir parte da famlia. Ento, como se fossenossa me ou av, ela diz ter orgulho de ns e nosencoraja, assegurando-nos que , com a ajuda doSenhor, podemos vencer as dificuldades da vida eencontrar alegria.

    Quando seu marido, o Presidente Gordon B.Hinckley, nos dirige a palavra, ele rapidamente assumeo papel de pai e av amoroso ensinando-nos a sermelhores como filhos, pais, maridos, esposas e mem-bros da famlia.

    Em qualquer lugar que estejam, o Presidente e airm Hinckley parecem encontrar sua famlia entre osmembros da Igreja que se somam aos seus cincofilhos, vinte e cinco netos e trinta e cinco bisnetos.Ensinando o tipo de vida que exemplificaram durantemais de 90 anos de existncia e 66 anos de casamento,os Hinckley esto notavelmente qualificados paradar conselhos sobre os mais importantes papis quevenhamos a desempenhar. Recentemente, eles

    conversaram com os editores das revistas da Igrejasobre os meios de fortalecer o casamento e a famlia.

    Marjorie Pay Hinckey (acima, pouco antes de seu casa-

    mento em 1937) e Gordon B. Hinckley (acima, em sua

    foto de formatura na universidade, em 1932) cami-

    nham juntos, lado a lado, h 66 anos, em amoroso

    companheirismo.

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    A Liahona: Quaisso algumas das coisas

    que ela faz que lhe causam admirao?Pres. Hinckley: Oh, so muitas...Irm Hinckley (sorrindo): Essa uma per-

    gunta difcil para ele.Presidente Hinckley: ... Ela vem dirigindo

    nosso lar todos esses anos. Quando nossosfilhos eram pequenos, eu me ausentava muito

    em funo das designaes da Igreja. No in-cio, quando a minha responsabilidade era aobra na sia, e isso foi por um perodo bemlongo, eu costumava viajar por at dois mesesseguidos. Naquela poca no se podia telefo-nar com a facilidade de hoje. Ela cuidava detudo. Ela administrava a casa e administravatudo o mais, alm de cuidar das crianas.

    Tnhamos uma horta nos fundos de casa.Quando voltei par